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22/03/2019

SINAIS E SINTOMAS
 Linguagem das enfermidades.
 Sinal - vem do latim “signalis
Esta se torna cifrada ou simbólica ao ser ”, que significa manifestação, indício ou
interpretada pelo paciente, que nos vestígio. Os sinais são manifestações
transmite suas sensações pela linguagem clínicas visíveis e perceptíveis pelo
verbal, com base na sua cultura e suas profissional, através de seus sentidos
vivências, complementando por linguagem
não verbal, como gestos e expressões naturais.
fisionômicas.
Ex: edema, cianose, tosse, etc.

 Sintoma origina-se do grego Sintomatologia ou quadro clínico


“sympitien”, que significa acontecer.
São manifestações subjetivas  Representa um conjunto de sinais e
percebidas pelo paciente e relatadas sintomas presentes em uma
ao profissional. determinada doença.
 Ex.: dor, náusea, cansaço, prurido,
dormência, etc.

SINTOMAS GERAIS
FEBRE
Grupo de doenças causadoras:
 Importante:
 As que causam aumento na produção de
Conhecimento das características dos
calor (hipertiroidismo)
sintomas
 As que provocam dificuldade ou bloqueio
Unicidade de mente-corpo.
na perda de calor
 Quando há lesão de tecidos que resultam
em produção de substâncias pirogênicas

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SINTOMAS GERAIS Sintomas Gerais


FEBRE  ASTENIA: Doenças infecciosas, neoplasias,
viroses.
 As que determinam estimulação do centro  FADIGA: insuficiência cardíaca. Psicogênica ou
regulador da temperatura orgânica.
 ALTERAÇÕES DE PESO: anorexia, disfagia,
 Ação de medicamentos, ainda não medicamentos, aumento de calorias.
esclarecidos  SUDORESE: infarto do miocárdio
 CALAFRIOS: Climatério, febre
 Psicogênica (ansiedade)  CÂIMBRAS: neuropatias periféricas, hipocalcemia,
diminuição da ingestão de potássio
 PRURIDO: localizado ou generalizado.

DOR DOR
 Dor é uma desagradável experiência sensorial e emocional
associada a uma lesão tecidual já existente ou potencial, ou
 Estruturas sensíveis e estímulos
relatada como se uma lesão existisse. adequados
 A maneira se sentir dor ou o modo de expressá-la varia de
indivíduo para indivíduo e também em função das condições Exs:
psicológicas e ambientais existentes
 Mecanismo básico de defesa
 Pele: picada, calor intenso, inflamação
 Causa freqüente de inatividades  Músculo cardíaco: anóxia
 Dores que não servem a nenhum propósito útil. Ex. dor
fantasma  Cápsula hepática: distensão
 A ausência de dor é um fator limitante de sobrevida. Ex.:
queimaduras.
 Ossos: compressão intensa

DOR DOR
TIPOS DE DOR TIPOS DE DOR
 Superficial: tem como origem os estímulos que  Referida: dor visceral sentida na superfície
atuam na superfície corporal. Bem localizada e corporal seguindo a distribuição metamérica.
de acordo com o estímulo
Resultado da convergência neuronal das
 Profunda: sentida nos músculos, tendões e
fáscias. Localização menos precisa e caráter vias aferentes cutâneas e profundas em um
variável, de acordo com o estímulo e a estrutura mesmo segmento. Ex.: angina do peito.
atingida.
 Irradiada: sentida à distância de sua
 Visceral: pode ser desencadeada por distensão,
tração, inflamação, isquemia e contração
origem, sendo a expressão da estimulação
espasmódica. direta de um nervo sensitivo ou misto.

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DOR DE ORIGEM PSICOGÊNICA E DOR PSICOGÊNICA


DOR ORGÂNICA
 O estímulo situa-se no próprio cérebro sob
DOR ORGÂNICA a forma de estresse, originando de
 Decorrente de alterações de qualquer situações emocionais que agridem a
natureza: inflamatórias, isquêmicas, pessoa e que ali se transformam em
neoplásicas, degenerativas, necróticas. sensações dolorosas projetada em alguma
região do corpo.
 O estímulo doloroso atua ao nível do órgão
e é conduzido ao córtex cerebral onde se
transforma em sensações dolorosas.

ESQUEMA PARA ANÁLISE DE UM


SINTOMA - características semiológicas
DOR
 CARACTERÍSTICAS: 1 – Início
1. Generalizada ou mal localizada
2. Muda de lugar sem razão aparente  Marcar a época , se for em episódios,
3. Quando irradia, não segue o trajeto do nervo definir a duração de cada um
4. Varia muito de intensidade
5. Não modifica com o uso de analgésico, mas melhora com  O modo que iniciou e fator ou fatores que
tranqüilizantes e anti-depressivos desencadearam ou o acompanharam em
6. Provoca repetidas investigações sem causa explícita
7. Paciente se apóia na queixa durante alterações emocionais
seu início.
8. Outras manifestações relacionadas com ansiedade e  Duração: refere-se ao tempo decorrido da
depressão
dor e a época de exames

CARACTERÍSTICAS
SEMIOLÓGICAS DA DOR
2 – Principais características
semiológicas: LOCALIZAÇÃO (deve ser anotada
 Localização conforme a nomenclatura da região)
 Intensidade
 Qualidade IRRADIAÇÃO
 Relações com as funções

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2 – Principais características INTENSIDADE:


semiológicas:
 Intensidade dor leve,
 Qualidade dor moderada,
dor intensa
 Relações com as funções

3 – CARÁTER OU QUALIDADE

2 – Principais características  DOR EM QUEIMAÇÃO: lembra sensação de calor


semiológicas: intenso (úlcera)
 DOR EM PONTADA OU FINCADA: objeto pontiagudo
 Qualidade (dor pleurítica)
 DOR PULSÁTIL: enxaqueca
 Relações com as funções  DOR EM CÓLICA: menstrual, intestinal
 DOR SURDA: dor contínua mas com sensação
imprecisa (dor lombar)
 DOR CONSTRITIVA: sensação de “aperto” (angina)
 DOR CONTÍNUA: dor prolongada sem interrupção
(pancreatite aguda)
 DOR PROVOCADA: quando algo a desencadeia
 DOR FANTASMA: dor no membro que foi amputado

2 – Principais características RELAÇÃO COM AS FUNÇÕES ORGÂNICAS:


semiológicas: pesquisa-se a dor levando-se em conta a sua
localização e os órgão situados na região ou
 Relações com as funções segmento corporal.

- Relação de dois ou mais sintomas

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FATORES DESENCADEANTES OU MANIFESTAÇÕES CONCOMITANTES:


AGRAVANTES: relaciona-se com as funções
orgânicas ou com outros fatores do tipo emoções e exemplo a cefaléia devido à enxaqueca pode
medicamentos. vir acompanhada de náuseas e vômitos
FATORES QUE ALIVIAM: atitudes que aliviam
“posições antálgicas”, vômitos provocados, uso de EVOLUÇÃO: maneira como a dor está
analgésicos.
evoluindo com o tempo

Características do sintoma no momento


atual A anamnese é o que resulta do relato feito pelo
paciente depois e ter passado por uma análise
crítica, com o intuito de se estabelecer o
significado exato das expressões usadas, de
verificar a coerência das correlações
estabelecidas e de rejeitar interpretações feita
pelo próprio paciente.

 CASO CLÍNICO
Atenção aos Sinais e sintomas!!

 O Sr. J.A.S. morador da rua T. nº05


no bairro vila Lourdes na cidade de
Campestre-MG, brasileiro, solteiro,
aposentado com 81 anos de idade,
nascido em 10/07/1936, apresenta-
se com uso de muletas ao chegar à
clínica de fisioterapia.

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Relata dores fortes e freqüentes no quadril,


Atualmente esta sentindo uma dor forte durante
coluna lombar e pernas. Estas dores se
o movimento de levantar da cadeira e ao ficar
apresentam em forma de fisgadas e são
muito tempo em pé apoiado na muleta. Solicita
diárias. Conta que trabalhava em lavoura antes
um apoio e orientação da fisioterapia.
de se aposentar e o serviço era pesado,
Faz uso de medicamentos para hipertensão
utilizava muitos movimentos de abaixar e
arterial e alteração cardíaca. Seus sinais vitais
carregava muito peso durante o dia. Há 20
se apresentam com PA- 150x 90mmHg, FC-
anos realizou uma cirurgia de hérnia de disco.
90bpm, FR – 29 irpm.

Usa óculos devido à alteração visual,  Durante o exame fisioterapêutico percebeu-se


sua audição está normal, se alimenta uma hipercifose torácica, com abaixamento de
ombro Direito e dificuldade na locomoção com
bem sendo que não faz nenhuma dieta as muletas.
específica. É fumante (3 cigarros no  Apresenta ADM limitada devido a rigidez
dia), foi etilista durante 30 anos de sua articular e astenia. Dores fortes na região de
vida. Participa de reuniões sociais e musculatura paravertebral lombar irradiando
encontros da terceira idade, gosta de pelo trajeto do nervo ciático até membros
inferiores (mais presente do lado esquerdo).
sair de casa e se divertir. Não apresenta edema nem hematomas, cicatriz
presente na região lombar devido à cirurgia de
hérnia de disco.

 Na avaliação da força muscular


apresenta grau 4 para flexores de
membros superiores e grau 3 em
quadríceps MIE. Há grande
encurtamento muscular de isquiotibias
em MIE e MID.
 Sua respiração é tóraco abdominal com
ausculta pulmonar clara sem ruídos. Sua
sensibilidade tátil é preservada em MMII
e MMSS.

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