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HORÁRIO NOTURNO: a "ficção legal" (CLT, art. 73, §1º) é de difícil entendimento
para um simples operário; este é o “fator-chave” que sempre favorece aos
empregadores, que continuam extrapolando as verdadeiras fronteiras da jornada
noturna.
Tudo porque, diante dos misteriosos “30 segundos” da imaginária duração da hora
noturna, o simples empregado fica perplexo, não entende nada. Assim, torna-se
parte vencida na suposta proteção do trabalho noturno, que acaba por não proteger
coisa alguma, conforme se vê na fórmula de cálculo de determinado horário misto
(22h às 07h) descrito ao final deste trabalho, o qual deveria ter uma remuneração
extraordinária de mais de 2 horas (05h às 07h), mas não tinha coisa alguma.
Da minha parte, nos idos de 1980, após alguns anos de esforço, consegui atingir a
fase de entendimento do segredo da coisa, que podemos chamar de “ficção legal”.
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Por sua vez, o §2º refere-se a um período contínuo (22h às 05h), o qual não pode
ser descontinuado, pois se assim for, perde a sua qualidade de “remuneração”.
Para permitir a ligação correta entre os dois parágrafos (§1º e §2º) do Art. 73 da
CLT, aquele período contínuo (22h às 05h), não pode ser descontinuado, sob pena
de ser manipulado, e a prova disso é que com qualquer número impar de horas
noturnas a conta dos “30 segundos” não fecha.
HORÁRIOS MISTOS – já vimos que o art. 73 da CLT não estabeleceu outra hora
(noturna) com duração de 52min 30seg porque isto não existe; repetimos.
Acontece que na duração normal, após 4 horas de trabalho, a lei estabelece um
intervalo para repouso ou alimentação. Mas, se a “remuneração” de que trata o art.
73 da CLT for interrompida, pelo intervalo legal, a conta dos “30 segundos” no
período de 22h às 05h não fecha, conforme veremos adiante.
Esta minha afirmação pode ser conferida. Por exemplo, numa jornada de 8
(oito) horas, iniciando-se o primeiro turno de trabalho no horário (16:00h
até 20:00h) podemos contar 4 (quatro) horas “diurnas” de trabalho. A
seguir, poderia haver um intervalo de 1 (uma) hora (20:00h às 21:00h).
Depois, mais 1 hora de trabalho, em hora essa “ainda diurna” de (21:00h
às 22:00h). Até aqui temos 5 (cinco) horas de trabalho.
CLT. Pelos seus dizeres acima, eu descobri que “hora de 52min 30seg” era
resultante de uma regra de três simples e assim a conta fecha com exatidão, como
podemos ver adiante.
onde não havia, no andar, nenhuma outra sala aberta, separada para repouso ou
alimentação; todas as demais salas do andar eram trancadas com chave à noite.
Dentre outras máquinas, havia duas impressoras IBM 3211 de impacto e uma
gigante à Laser. Mas, o que merece destaque, além das leitoras de cartões, eram
as 3 impressoras de impacto IBM 1403, nas quais, junto às mesmas, foram
registradas três fontes de ruído de 96 decibéis em cada uma, conforme o relatório
de caráter “Confidencial” do tempo da Ditadura Militar, ou seja, o ruído era muito
maior. Eram máquinas enormes, a CPU era um armário de aço de 2m de altura
por meio metro de largura, afora isso havia leitora de cartões, discos panelas
girando, com barulho ensurdecedor de máquinas pesadas do tamanho de uma
geladeira.