05/09/23, 10:32 LTPS - ADICIONAL NOTURNO - Normas Gerais

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3.5.    TRABALHO NOTURNO

3.5.1.    INTRODUÇÃO
Algumas empresas, em decorrência da atividade que exercem, mantêm expediente no período noturno.
Isto implica uma série de procedimentos distintos em relação às empresas que funcionam somente no
período diurno, já que o trabalho noturno exige esforço maior do indivíduo, tendo em vista que este
horário normalmente é destinado ao descanso.
Em função desta particularidade, a legislação determina que o trabalho noturno deve ser menos longo e
melhor remunerado que o trabalho diurno.

3.5.2.    HORÁRIO NOTURNO
Considera-se trabalho noturno aquele executado das 22 horas de um dia às 5 horas do dia seguinte.

3.5.2.1.    ATIVIDADES RURAIS
Nas atividades rurais, considera-se trabalho noturno o que for executado:
a)    entre as 21 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte, no caso de trabalhadores que exerçam
atividades na lavoura; e
b)    entre as 20 horas de um dia e as 4 horas do dia seguinte, no caso de trabalhadores que exerçam
atividades na pecuária.

3.5.3.    ADICIONAL NOTURNO
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) dispõe que, salvo no caso de revezamento semanal ou
quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior à do diurno, e, para esse efeito, a remuneração
terá um acréscimo de, pelo menos, 20% sobre o valor da hora diurna.
Essas disposições são aplicáveis apenas às atividades urbanas, posto que nas atividades rurais o
acréscimo relativo ao trabalho noturno será de 25%.
O Tribunal Superior do Trabalho e o Supremo Tribunal Federal, no entanto, estabeleceram que o regime
de revezamento no trabalho não exclui o direito do empregado ao adicional noturno.

3.5.3.1.    NATUREZA DA ATIVIDADE
A CLT estabelece ainda que, em se tratando de empresas que não mantêm, pela natureza de suas
atividades, trabalho noturno habitual, o acréscimo do adicional noturno será feito tendo em vista os
quantitativos pagos por trabalhos diurnos de natureza semelhante.
Em relação às empresas cujo trabalho noturno decorra da natureza de suas atividades, o acréscimo será
calculado sobre o Salário Mínimo vigente, não sendo devido o acréscimo quando a remuneração exceder
desse limite já acrescido da percentagem.
O Supremo Tribunal Federal, entretanto, através da Súmula 313, estabeleceu que, provada a identidade
entre o trabalho diurno e noturno, é devido o adicional quanto a este, sem a limitação estabelecida na
CLT, independentemente da natureza da atividade do empregador.

3.5.4.    MENORES
Aos menores de 18 anos de idade não é permitido o trabalho em horário noturno.

3.5.5.    MULHERES
Com o advento da Constituição Federal de 1988, as mulheres passaram a ter os mesmos direitos dos
homens, pois a Constituição determina que todos são iguais perante à lei, sem distinção de qualquer
natureza.
Assim, aplicam-se às mulheres as mesmas determinações ao trabalho noturno do homem, ou seja,
qualquer que seja a atividade da empresa, e independentemente do trabalho desenvolvido pela mulher,
ela poderá trabalhar no período noturno.

3.5.6.    VIGIA
Conceitua-se como vigia o empregado guardião de bens, cuja função consiste no zelo e cuidado do
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patrimônio sob sua guarda.
Aos vigias se aplicam todas as normas contidas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Portanto,
as normas sobre o trabalho noturno analisadas nesse trabalho aplicam-se ao vigia.

3.5.7.    JORNADA DE TRABALHO
A Constituição Federal de 1988 diminuiu, de 48 para 44 horas, a duração da jornada de trabalho semanal,
tendo sido mantido em 8 horas o limite da jornada normal diária.
Com base no limite semanal de 44 horas, as empresas que trabalham aos sábados poderão fixar a
jornada diária normal de seus empregados em 7:20 horas.
As empresas poderão suprimir um dia, ou parte de um dia de trabalho, fazendo para isso a compensação
do período suprimido. A compensação de horário de trabalho consiste no aumento da jornada diária,
observado o limite máximo de 10 horas, visando a diminuir ou a suprimir o trabalho em outro dia da
semana.
Assim, é importante definir a jornada de trabalho do empregado, pois, ao se apurar o trabalho noturno,
que tem sua hora reduzida, o empregado poderá exceder sua jornada normal.

3.5.7.1.    TURNOS ININTERRUPTOS
Quando o trabalho é realizado em turnos ininterruptos de revezamento, a jornada do empregado será de
6 horas.

3.5.7.2.    INTERVALOS PARA DESCANSO

Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 horas, é obrigatória a concessão de um
intervalo para repouso ou alimentação, o qual deve ser, no mínimo, de uma hora e, salvo acordo escrito
ou contrato coletivo em contrário, não pode exceder a duas horas. O limite mínimo de uma hora para
repouso ou alimentação poderá ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho, após ouvida a Secretaria de
Segurança e Saúde no Trabalho (SSST), desde que o estabelecimento atenda, integralmente, as
exigências concernentes à organização de refeitórios e quando os respectivos empregados não estiverem
sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares.

3.5.8.    ADICIONAIS
Pode ocorrer que a jornada de trabalho do empregado seja prorrogada em até duas horas, ou, ainda, que
o trabalho seja realizado no horário noturno. Em qualquer desses casos, a remuneração terá de ser paga
com os respectivos adicionais.

3.5.8.1.    HORAS EXTRAS
A remuneração das horas extras será paga com o adicional de 50% pelo menos, sobre o valor da hora
normal. As horas extras habitualmente prestadas terão de ser computadas no cálculo do repouso
remunerado.

3.5.8.1.1.    Horário Noturno
Quando o trabalho extraordinário for realizado dentro do horário noturno, o adicional de horas extras
deverá incidir sobre o valor da remuneração horária com o acréscimo do adicional noturno.

3.5.8.1.2.    Perda do Adicional
A transferência do empregado para o período diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional
noturno, nos termos do Súmula 265 do TST.

3.5.8.1.3.    Prorrogação após Horário Noturno

Segundo a Súmula 60 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), cumprida integralmente a jornada de
trabalho no período noturno (de 22 às 5h do dia seguinte), e havendo prorrogação, as horas excedentes
também serão remuneradas como adicional noturno. Exegese do artigo 73, § 5º, da CLT.
Isto significa dizer que na prorrogação de trabalho noturno as horas extras realizadas a partir das 5 horas
devem ser calculadas sobre a remuneração acrescida do adicional noturno.

3.5.8.2.    INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO
Os adicionais relativos às horas extras e ao trabalho noturno, quando pagos habitualmente, são levados
em conta para efeito de cálculo da remuneração das férias e do 13º salário, assim como para o cálculo
das parcelas devidas na rescisão de contrato de trabalho, em virtude de sua integração ao salário do
empregado.

3.5.9.    CONTAGEM DO HORÁRIO NOTURNO

Nas atividades urbanas, a hora do trabalho noturno corresponde a 52 minutos e 30 segundos. Portanto, o

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trabalho desenvolvido pelo empregado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte
corresponderá à jornada normal de 8 horas conforme se pode observar na Tabela a seguir.

TABELA PRÁTICA DA JORNADA DE TRABALHO NO PERÍODO NOTURNO

HORAS
HORAS CONTADAS NO RELÓGIO
TRABALHADAS

1ª hora De 22h    às    22h 52m 30s

2ª hora De 22h 52m 30s    às    23h 45m

3ª hora De 23h 45m    às    00h 37m 30s

4ª hora De 00h 37m 30s    à    1h 30m

5ª hora De 1h 30m    às    2h 22m 30s

6ª hora De 2h 22m 30s    às    3h 15m

7ª hora De 3h 15m    às    4h 7m 30s

8ª hora De 4h 7m 30s    às    5h

Como pode ser observado, apesar de ter transcorrido 7 horas pelo relógio, o empregado de fato trabalhou
8 horas.

3.5.9.1.    TRABALHO NOTURNO NA ÁREA RURAL

Nas atividades rurais, o trabalho noturno é fixado em 8 horas diárias efetivas de 60 minutos cada e o
período noturno será considerado de acordo com a espécie de atividade exercida pelo trabalhador,
conforme mencionamos no item 3.5.2.1. deste trabalho.

3.5.9.2.    CONVERSÃO DA HORA DIURNA PARA HORA NOTURNA NAS ATIVIDADES URBANAS

Sabendo-se que a hora normal tem 60 minutos e que cada hora noturna corresponde a 52 minutos e 30
segundos, o tempo computado no relógio de ponto poderá ser convertido em tempo noturno, apurando-se
a proporção existente entre ambas. Como hora, minuto e segundos são grandezas diferentes, não
podendo ser as mesmas operadas juntas, teremos que trabalhá-las separadamente e/ou unificá-las numa
só grandeza. Assim, como 30 segundos representam metade de um minuto, podemos representar 30
segundos como sendo 0,5 minuto. Logo, a hora noturna seria de 52,5 minutos. O mesmo procedimento se
aplica ao minuto noturno que seria representado por 52,5 segundos.
Para se apurar a correspondência entre hora diurna e noturna e minuto diurno e noturno, utilizaremos a
regra de três, ou seja, 1 hora diurna está para 60 minutos. Como uma hora noturna está para 52,5
minutos. O mesmo ocorre com o minuto diurno, ou seja, 1 minuto está para 60 segundos, como 1 minuto
noturno está para 52,5 segundos. Desta forma, um empregado que trabalha 5 dias na semana, com a
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jornada contratual de 8 horas, iniciando a jornada às 22:00 horas, o mesmo permanecerá na empresa, no
período noturno, “X” horas, apuradas conforme examinamos:
8 horas  –   60
“X”   –   52,5
“X”    =   (8 x 52,5 min) ¸ 60 = 7 horas noturnas
Considerando que a jornada semanal é de 44 horas, o empregado contratado para trabalhar somente no
horário noturno, irá permanecer na empresa, contado no relógio, 38 horas e 30 minutos, como
demonstramos a seguir:
44 horas  –  60
“X”   –  52,5
“X”   =  (44 x 52,5) ÷ 60 = 38,5
Para facilitar a conversão das frações centesimais para minutos ou segundos, estamos divulgando, a
seguir, uma tabela de conversão que tanto pode ser usada para obtenção dos minutos quanto dos
segundos:

MINUTO/ MINUTO/ MINUTO/ MINUTO/

SEGUNDO CENTÉSIMO SEGUNDO CENTÉSIMO SEGUNDO CENTÉSIMO SEGUNDO CENTÉSIMO

01 0,02 16 0,27 31 052 46 0,77

02 0,03 17 0,28 32 0,53 47 0,78

03 0,05 18 0,30 33 0,55 48 0,80

04 0,07 19 0,32 34 0,57 49 0,82

05 0,08 20 0,33 35 0,58 50 0,83

06 0,10 21 0,35 36 0,60 51 0,85

07 0,12 22 0,37 37 0,62 52 0,87

08 0,13 23 0,38 38 0,63 53 0,88

09 0,15 24 0,40 39 0,65 54 0,90

10 0,17 25 0,42 40 0,67 55 0,92

11 0,18 26 0,43 41 0,68 56 0,93

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12 0,20 27 0,45 42 0,70 57 0,95

13 0,22 28 0,47 43 0,72 58 0,97

14 0,23 29 0,48 44 0,73 59 0,98

15 0,25 30 0,50 45 0,75 60 1,00

Assim, observando-se o exemplo acima em que encontramos 38,5 horas, os 0,50 centésimos de hora
serão convertidos para os minutos decorridos no relógio, utilizando a tabela acima, onde 0,50 consta na
coluna centesimal correspondendo a 30 minutos.

3.5.10.    EXEMPLOS PRÁTICOS
Demonstramos, a seguir, os procedimentos relativos ao cálculo da jornada e da remuneração de
empregados que exercem atividades no horário noturno:
a)    admitamos um empregado contratado para trabalhar no período de 22 horas de um dia até as 6:30h
do dia seguinte, com intervalo de 60 minutos para descanso e refeição. Sabendo-se que este empregado
trabalha 6 dias na semana, qual será sua jornada diária e como será esta remunerada?
O salário mensal do empregado é de R$ 770,00, sendo o intervalo concedido de 2 às 3 horas.

JORNADA TEMPO PELO RELÓGIO

das 22 às 2 horas 4 horas noturnas

das 2 às 3 horas intervalo

das 3 às 5 horas 2 horas noturnas

Subtotal  6 horas noturnas

das 5 às 6:30 horas 1:30 hora diurna

Para se obter total de horas trabalhadas, deve-se aplicar a regra de três:

6 horas – 52,5
“x” – 60
“x” = (6 x 60min) ÷ 52,5 min
“x” = 360 min ÷ 52,5 min = 6,86 horas
Os 0,86 centésimos não são os minutos, mas sim centésimos da hora, o que equivale a aproximadamente
52 minutos (60 minutos x 0,86 ~ 52 min).
Assim, no período noturno, o empregado trabalhou 6:52 horas.
A jornada total do empregado será de:
             6 horas 52 minutos – Período Noturno
             1 hora 30 minutos – Período Diurno  
Total  –  7 horas 82 minutos <=> 8 horas e 22 minutos

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Como a jornada diária é de 7 horas e 20 minutos, o empregado em questão teve sua jornada prorrogada
em 1 hora e 2 minutos (8 horas e 22 minutos – 7 horas e 20 minutos).
Concluindo, o empregado em questão faz jus a receber o adicional noturno sobre 6 horas e 52 minutos e
o adicional de horas extras sobre 1 hora e 2 minutos.
Isto porque, entre as 5 horas e 5 horas e 28 minutos, ou seja, em 28 minutos a jornada foi normal, sem
qualquer acréscimo. A hora extra iniciou de 5 horas e 29 minutos às 6 horas e 30 minutos.
Sabendo-se que o salário-hora corresponde a R$ 3,50 (R$ 770,00 ÷ 220h), os cálculos da remuneração
do empregado serão efetuados da seguinte forma:

• Horas Noturnas: 6 horas e 52 minutos

6 horas x R$ 3,50 = R$ 21,00
52 minutos x R$ 0,06 (salário por minuto = R$ 3,50 ÷ 60min) = R$ 3,12
R$ 21,00 + R$ 3,12 = R$ 24,12 x 30 dias.....................................................................R$    723,60
R$ 723,60 x 20% (adicional noturno)............................................................................R$    144,72
• Horas Normais: 28 minutos
28 minutos x R$ 0,06 x 30 dias...................................................................................R$      50,40
OBS.: No exemplo, o repouso remunerado já foi incluído quando multiplicamos os valores por 30 dias.
• Horas Extras: 1 hora e 2 minutos
1 hora x R$ 5,25 = R$ 5,25
Hora Noturna (R$ 3,50 x 1,20)...............................................R$      4,20
Hora Extra Noturna:
R$ 4,20 x 1,50 =....................................................................R$      6,30
R$ 6,30 x 25 dias......................................................................................................R$    157,50
2 minutos x R$ 0,11 (R$ 6,30 ÷ 60) = R$ 0,22
R$ 0,22 x 25 dias......................................................................................................R$       5,50
• Repouso Semanal sobre Horas Extras (*)
R$ 163,00 ÷ 6...........................................................................................................R$      27,17
Total da remuneração no mês.....................................................................................R$ 1.108,89
(*) A posição adotada em relação ao cálculo do repouso semanal remunerado não é unânime, pois há
fiscais do trabalho que entendem que o repouso a hora extra deve ser apurado considerando-se o número
de dias trabalhados no mês e o número de descansos.

b)    Suponhamos um empregado contratado para trabalhar 5 dias na semana, com uma jornada diária de
trabalho de 8 horas, sendo que sua jornada normal se inicia às 13:00 horas e termina às 22 horas.
O intervalo para descanso ou refeição vai de 17 às 18 horas. Este empregado teve, por força da
necessidade do serviço, que prorrogar a sua jornada de trabalho durante todo o mês até às 23:15 horas.
Qual a jornada de trabalho extraordinária e como será a mesma remunerada?
Sabendo-se que das 13 às 22 horas o empregado trabalhou 8 horas, já excluindo o descanso de 1 hora, a
sua jornada extraordinária será apurada dentro do período noturno, que contada pelo relógio corresponde
a 1 hora e 15 minutos.
Como no período extraordinário existem horas e minutos, o cálculo deverá ser feito separadamente da
seguinte forma:
1 hora – 52,5 minutos
“x” – 60 minutos
“x” = (1 hora x 60 minutos) ÷ 52,5 minutos = 1,14 hora
Como 0,14 são centésimos de hora, o período corresponde à 1 hora 8 minutos (60 minutos x 0,14 ~ 8
min).
15 minutos – 52,5 minutos
“x”– 60 minutos
“x” = (15 minutos x 60 minutos) ÷ 52,5 minutos
“x” = 900 minutos ÷ 52,5 minutos = 17,14 minutos
Como 0,14 são centésimos de minuto, o período corresponde a 17 minutos e 8 segundos (60 segundos x
0,14 ~ 8 segundos).
Assim, no período noturno o empregado trabalhou:
1 hora 08 minutos 0 segundo
0 hora 17 minutos 8 segundos
1 hora 25 minutos 8 segundos <=> 1 hora e 25 minutos
Sabendo-se que o salário-hora do referido empregado é de R$ 9,00, pode-se efetuar o cálculo da
remuneração extraordinária do empregado da seguinte forma:
• Horas Extras Noturnas: 1 hora e 25 minutos
1:00 hora x R$ 9,00......................................................R$    9,00
– 25 minutos x R$ 0,15 (R$ 9,00 ÷ 60 minutos)...............R$    3,75           R$    12,75
– incidência de adicional noturno:
R$ 12,75 x 1,20.....................................................................................R$    15,30
– adicional de hora extra:
R$ 15,30 x 1,50.....................................................................................R$    22,95
O valor de R$ 22,95 corresponde à 1 hora e 25 minutos de período noturno e extraordinário de um dia.
• Horas Extras Noturnas no Mês
R$ 22,95 x 25 dias.................................................................................R$  573,75
• Repouso Semanal sobre Horas Extras Noturnas (*)
R$ 573,75 ÷ 6........................................................................................R$   95,63
Total das horas extras noturnas no mês...................................................R$ 669,38
(*) A posição adotada em relação ao cálculo do repouso semanal remunerado não é unânime, pois há
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fiscais do trabalho que entendem que o repouso da hora extra deve ser apurado considerando-se o
número de dias trabalhados no mês e o número de descansos.
c)    A empresa não deseja que o empregado ultrapasse às 8 horas diárias de trabalho. Sabendo-se que o
empregado começa a trabalhar às 17 horas, e que seu intervalo para descanso e/ou alimentação vai de
21 às 22 horas, a que horas deverá terminar sua jornada de trabalho?
Para se obter o total de horas que devem ser trabalhadas após 22 horas, de forma que a jornada não
ultrapasse 8 horas, deve-se transformar as 4 horas que faltam, para terminar a jornada, em horas
noturnas, da seguinte forma:
4 horas – 60 minutos
“x” – 52,5 minutos
“x” = (4 horas x 52,5 minutos) ÷ 60 minutos
“x” = 210 minutos ÷ 60 minutos = 3,50 horas
Como 0,50 são centésimos de hora, o período corresponde a 3 horas e 30 minutos (60 minutos x 0,50 ~
30 minutos).
Assim, como o empregado só deve trabalhar 8 horas diárias, a sua jornada deve se iniciar às 17 horas e
terminar às 1 hora e 30 minutos do dia seguinte.

3.5.11.    FOLHA DE PAGAMENTO E RECIBO DE SALÁRIO

Todos os valores que são pagos aos empregados, sejam fixos, variáveis ou mesmo adicionais, devem ser
discriminados na folha de pagamento e no recibo de salário. A Justiça não aceita o pagamento de
parcelas englobadas numa única rubrica.
Portanto, o adicional de horas extras, bem como o noturno, devem ser pagos de forma discriminada,
evitando-se assim o chamado salário complessivo.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: Constituição Federal – 1988 – artigos 5º e 7º (Separata/88); Lei 605, de 5-

1-49 (DO-U de 14-1-49); Lei 5.889, de 8-6-73 – artigo 7º (DO-U de 11-6-75, c/republ. no DO-U de 30-10-
73); Decreto-Lei 5.452, de 1-5-43 – Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) – artigos 58; 59, § 1º; 61, §
2º; 62, alínea “b”; 73, §§ 2º e 3º; 75; e 404 (DO-U de 9-8-43); Decreto 73.626, de 12-2-74 – artigo 11,
parágrafo único (DO-U de 13-2-74); Resolução 129 TST, de 5-4-2005 – Súmulas 60, 65, 140, 172, 264 e
265 (Informativo 17/2005) e Súmula 313 STF.

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