FUNDOS DE

INVESTIMENTO:
TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER
PARA COMEÇAR!
Introdução ............................................................................................................ 3
O que são fundos de investimento? ............................................................. 4
Quais os tipos de fundo de investimento? ................................................. 6
Como funcionam os fundos de investimento? ........................................ 15
Quais as vantagens de investir em um fundo de investimento? ....... 30
É seguro investir em fundos de investimento?........................................ 37
Qual é o risco de investir em fundos de investimento? ........................ 39
Como escolher o fundo de investimento ideal ........................................ 42
Introdução
Você já investe ou quer investir, mas sente que ainda
falta saber mais sobre fundos de investimento?

Embora, hoje, a renda fixa seja a alternativa mais

procurada pelos brasileiros, ela não é a mais rentável.
Nesse cenário, os fundos entram para diversificar e
rentabilizar os seus investimentos.

Isso com a tranquilidade de ter um especialista

operando para você. Então, para você saber tudo
sobre fundos de investimento, preparamos esse guia
completo!

VAMOS COMEÇAR?

3
 Os Fundos de Investimento agrupam os recursos de
Afinal, o que vários investidores e aplicam todo esse dinheiro em
uma série de ativos financeiros de acordo com

são Fundos de estratégias específicas. Esses ativos podem ser

ações, derivativos, títulos públicos, imobiliários, de

Investimento? renda fixa, etc.

Podemos dizer que um fundo é como uma empresa

para a qual você dá uma parte do seu dinheiro para
ela administrar e aplicar em ativos, visando uma
maior rentabilidade para você.

O objetivo de um fundo é sempre obter lucro. As

estratégias para isso e os riscos corridos vão variar
conforme o tipo de fundo.

4
Para o investidor, essa é uma opção vantajosa porque
ele pode diversificar sua carteira e adquirir ativos que
talvez não fossem acessíveis ou interessantes caso
investisse individualmente.

Existem diversos tipos de fundos e que atendem a

diferentes perfis de investidores. Mais para frente,
vamos ver em detalhes quais são eles.

Entender o que são fundos de investimento é

importante para tomar as melhores decisões na hora
de aplicar o seu dinheiro. 

Por isso, vamos mostrar para você como funcionam

os fundos. Vamos lá?

5
Quais são os imobiliário;

tipos de Fundos cambial;

fundo referenciado;

de Investimento? dívida externa.

Cada tipo de fundo de investimento também serve a

Ao longo desse tópico, vamos falar sobre diferentes tipos de objetivo e são mais adequados a
os seguintes tipos de fundo de um ou a outro perfil de investidor. Por isso, há fundos
investimento: de baixo risco, como os mais conservadores, e fundos
mais agressivos, com maior risco.
ações;
multimercado; E é importante saber que cada tipo de fundo segue as
quantitativos; regras determinadas pela Comissão de Valores
crédito privado; Mobiliários (CVM) e que estabelecem os limites para
renda fixa; aplicação em certos ativos e derivativos.

6
Ações
Os fundos de investimento em ações
aplicam, no mínimo, 67% dos recursos na
bolsa de valores.
Isso significa que a valorização de papéis
é o que determina a rentabilidade do
fundo.
Eles podem ser fundos passivos, em que
os rendimentos estão vinculados a um
índice, como o Ibovespa; ou fundos
ativos, em que a carteira é composta com
base em análises macroeconômicas.
Esse tipo de fundo é ideal para o perfil agressivo de
investidor, afinal, não há garantias de ganho.
Ao mesmo tempo, por ser o tipo mais arriscado, é o
que têm potencial de trazer mais rentabilidade.
Com o fundo, o cotista acaba tendo uma participação
nas ações dessas empresas.
Os fundos também são interessantes para aqueles
que desejam aplicar em ações, mesmo sem muito
conhecimento sobre como alocar os papéis.
Afinal, é o gestor do fundo que terá a função de fazer
as aplicações a partir de uma leitura especializada do
mercado.
7
Multimercado
O fundo multimercado, como o nome sugere, é
composto por diferentes tipos de ativos, tanto de
renda fixa, como de renda variável, seja ações,
imobiliário e etc.

É uma ótima opção para quem quer pulverizar seus

investimentos, já que é um dos mais diversificados
entre os tipos de fundo de investimento disponíveis.

O risco desse tipo de fundo é determinado pela

proporção entre esses dois tipos de ativos. Quanto
mais ativos de renda variável compuserem o fundo,
maior o risco que ele apresenta. Da mesma forma,
quanto mais renda fixa, menor o risco.
8
Renda Fixa
Os fundos de renda fixa são os mais
recomendados se o seu perfil é Alguns dos tipos mais comuns de renda fixa são:
conservador, já que oferecem segurança
e certa rentabilidade. Crédito Privado;
Simples;
Isso porque esse tipo de fundo de Referenciado DI
investimento precisa alocar pelo menos
80% dos recursos em ativos de renda É muito difícil perder dinheiro com fundos de renda
fixa pré ou pós-fixados, sejam eles fixa.
públicos ou privados.
O que pode acontecer é a rentabilidade do fundo ficar
Os outros 20% são direcionados a abaixo da inflação, o que implica a perda do poder de
derivativos. compra.

9
Fundos Quantitativos
O fundo sistemático (ou quantitativo) também é um
dos mais diversificados entre as opções disponíveis.
Pode tanto ser um fundo de ações, como um
multimercado.

O diferencial do tipo de fundo quantitativo é que ele

conta com algoritmos para ler informações sobre o
mercado.

Ou seja, o gestor do fundo baseia suas estratégias em

tecnologia de ponta para explorar os padrões de
comportamento dos ativos. 
Além de serem a opção mais inovadora entre as
categorias de fundo, eles trazem ainda outras
vantagens.

Como são administrados por algoritmos, são capazes

de processar uma quantidade imensa de dados e
excluem o risco de decisões baseadas na emoção
humana. 

Além disso, ter esse tipo de fundo na sua carteira,

pode te ajudar a performar bem em momentos de
maior volatilidade do mercado.

Isso acontece porque eles são descorrelacionados, ou

seja, se comportam de maneira diferente do mercado.

11
Imoiliário
Os fundos de investimentos imobiliários
(FIIs) são compostos, como o nome já diz,
por investimentos no setor imobiliário.
Aplicando nesse tipo de fundo, você
adquire uma pequena parte de imóveis,
como shoppings, por exemplo.
A vantagem é que o investidor não
precisa comprar o imóvel inteiro, o que
talvez não fosse do interesse dele e nem
estivesse ao alcance do capital que ele
tem.
Aplicando em um fundo, é como se você dividisse um
conjunto de diferentes tipos de imóveis com outros
cotistas, mesmo com um investimento inicial baixo.
Cambial
Esse tipo de investimento é indicado para aqueles que
querem se proteger da variação cambial.
Um fundo cambial deve aplicar, no mínimo, 80% dos
recursos em ativos e derivativos relacionados a
moedas estrangeiras, principalmente ao dólar e ao
euro, como títulos públicos de outros países.
É uma boa opção para quem trabalha com importação
e exportação ou para quem tem contratos em moeda
estrangeira.
12
Fundo Referenciado
A principal característica de um fundo referenciado é
que ele usa o benchmark como objetivo de
rentabilidade.

Assim, 95% dos ativos que o compõem devem estar

associados a essa referência.

Como a maioria do fundo é composta por títulos

públicos ou privados com baixo risco de crédito, ele é
um tipo de fundo de investimento seguro. 

Os Fundos DI são um exemplo dessa categoria e tem a

Selic ou o CDI como referência, sendo, portanto,
indicado aos perfis mais conservadores.

13
Dívida Externa
Esse tipo de fundo de investimento conta com, pelo menos, 80% dos recursos em títulos da dívida
externa do Brasil. Os 20% restantes são normalmente aplicados em crédito negociado no exterior.
Há casos também em que todos os recursos do fundo são destinados a dívida externa.

É o caso de fundos restritos, abertos apenas a investidores qualificados ou profissionais. Como não
é tributado no país, fica submetido ao pagamento de impostos no exterior e é monitorado pela Anbid
(Associação Nacional de Bancos de Investimento).

A rentabilidade do fundo depende de alguns fatores, como: taxas de juros, desempenho dos papéis
no mercado internacional e taxa de câmbio do dólar.
14
 A analogia mais comum para explicar como

Como funcionam os fundos de investimento é a comparação

com um condomínio. 

funcionam os É como se cada investidor fosse um morador que

Fundos de
compra um apartamento (a cota), paga uma taxa
mensal para a gestão e segue regras para o bom
funcionamento. 
Investimento? Essas normas fazem parte de um regulamento
interno do fundo e estão registradas num documento
acessível a todos os investidores.

Todos os elementos de um fundo são regidos por esse

conjunto de regras, como a aplicação mínima, resgate,
custos, riscos, tipos de ativos negociados e taxas
cobradas.
15
 Por isso, aplicar em um fundo é uma ótima
Além disso, os fundos estão submetidos
alternativa para quem tem pouco tempo e não
também a uma legislação determinada pelas
quer ficar acompanhando seus rendimentos
autoridades financeiras, como a CVM e a
diariamente. 
ANBIMA. 

Para começar a investir, não é necessário muito

Os fundos são administrados por uma equipe de
dinheiro.
especialistas que decide como vender e adquirir
os ativos, buscando rentabilidade para os
Alguns fundos exigem uma aplicação mínima de
investidores.
30 reais, por exemplo.

Isso quer dizer que, quando você investe em um

Para entender melhor como funcionam os
fundo, é como se contratasse um gestor para
fundos de investimento, vamos apresentar
aplicar o seu dinheiro, de acordo com os
alguns dos profissionais e empresas envolvidos
objetivos do seu perfil.
na gestão do fundo.

16
Quais são os
profissionais
envolvidos na
administração
do fundo?
Vimos que, quando você decide entrar
em um fundo, terceiriza a gestão do
dinheiro para uma equipe especializada.
Os responsáveis por esse processo são
credenciados pela CVM e têm a função
de acompanhar os recursos do fundo, avaliar as
opções de compra e venda, os cenários possíveis,
estudar o mercado e tomar decisões estratégicas de
acordo com o regulamento do fundo.
Os principais profissionais e empresas envolvidos na
administração de um fundo são:
administrador: aquele que garante a constituição e
o funcionamento do fundo. É também responsável
pelos aspectos jurídicos e presta contas à CVM,
sempre em defesa dos investidores.
distribuidor: responsável pelas vendas da cota do
fundo. Pode ser tanto uma corretora ou uma
distribuidora de valores; como o próprio
administrador ou outros contratados por ele.
17
gestor: é quem acompanha o mercado e define a estratégia de constituição da carteira. Esse
profissional busca os momentos certos para comprar e vender ativos visando rentabilidade.
custodiante: é a empresa responsável por guardar os ativos do fundo. Ela responde pelos dados
dos fundos enviados para os gestores e administradores. Também cuida da efetivação da compra
e venda dos ativos.
auditor independente: pode ser uma empresa contratada pelo administrador. Tem a função de
avaliar a contabilidade do fundo. O objetivo é garantir a transparência da gestão para o
investidor.

18
E o que é a
cota?
De uma forma bem resumida, a cota é
uma parte de um fundo. Quando falamos
que o investidor aplica em um fundo,
queremos dizer que ele compra cotas.
Por isso, ele pode ser chamado de
cotista.
Quanto mais ele investe, mais cotas
compra e, por isso, garante uma
porcentagem maior desse fundo.
Na prática, em vez de o cotista comprar diretamente
um ativo, ele adquire uma cota. Quem compra os
ativos é o próprio fundo, com base nas decisões dos
gestores envolvidos.
O cotista pode adquirir quantas cotas quiser, dentro
do limite disponibilizado.
O número de cotas é calculado de acordo com o valor
investido por ele. O conjunto de todas as cotas
adquiridas pelos investidores forma o patrimônio
total desse fundo.
O valor das cotas muda de acordo com a performance
do fundo, mas o número de cotas é sempre igual.
19
Só diminui quando acontece o come-cotas,
sobre o qual vamos falar mais para frente.  tenham a mesma rentabilidade dentro daquele
Essa variação no valor unitário das cotas
corresponde à rentabilidade do fundo. É ela que
faz o valor da cota subir ou descer.
Por isso, ao consultar o saldo, por exemplo, ele
está maior ou menor dependendo do dia,
mesmo que o número de cotas permaneça
inalterado.
Esse sistema garante que todos os investidores
fundo.
Da mesma forma, todos devem seguir o
conjunto de normas que rege o fundo,
independentemente de quantas cotas possuem.
Então, é importante consultar o regulamento, a
lâmina de informações e os relatórios
fornecidos pelo administrador do fundo.
20
Como funciona
o come-cotas?
O fundo de investimento é isento de
Imposto de Renda sobre os seus ganhos.
Isso quer dizer que, quando vende um
ativo para comprar outro, o fundo não
precisa recolher o IR.
O ganho das operações se dá pela
valorização das cotas. O imposto que
seria cobrado do cotista acontece por
meio de um sistema de tributação
chamado come-cotas.
O come-cotas recolhe o IR dos fundos no último dia
útil de maio e novembro.
Assim, a cada 6 meses, esse IR é deduzido
automaticamente dos cotistas, levando em
consideração o rendimento desse período.
A cobrança é feita em quantidade de cota. O número
de cotas é calculado proporcionalmente ao valor do IR
devido, sendo subtraído do total de cotas que o
investidor possui.
Para esse recolhimento, será usada a menor alíquota
de cada tipo de fundo, 20% para fundo de curto prazo
e 15% para de longo prazo.
21
No momento de resgate da aplicação, o recolhimento
do IR é realizado de acordo com a alíquota referente
ao prazo de permanência do investimento no fundo.

Fundos de ações não sofrem com a incidência do

come-cotas.

Nesse caso, a alíquota do IR será de 15% cobrada

apenas no momento do resgate.

É importante destacar que, dependendo dos ganhos

que você obtiver com seus investimentos, eles
precisam ser declarados no seu imposto de renda.
Como funciona as taxas e a tributação?
Como os fundos são administrados por gestores especialistas, é necessário pagar uma taxa para
manter o serviço.

Cada fundo cobra taxas diferentes e, na hora de escolher o fundo, é preciso levar em
consideração essa taxa.

Por isso, é necessário ler o regulamento de cada fundo, que traz esses valores, e fazer
comparações para escolher o melhor para você.

23
Taxa de administração
É vantajoso contar com uma equipe
especializada para administrar um fundo
de investimento, não é mesmo?
Então, é preciso ter em mente que esse
tipo de gestão é um serviço que envolve
diversos profissionais capacitados e que,
portanto, merece ser remunerado.
A taxa de administração de fundo de
investimento corresponde ao valor do
serviço do gestor, da administração e das
outras instituições presentes para
operar o fundo.
A ideia dessa taxa é recompensar os profissionais
envolvidos na operação do fundo, como técnicos,
especialistas, analistas e economistas.
Ela é um percentual sobre o patrimônio total do fundo
e varia de fundo para fundo, dependendo da
complexidade da gestão.
Normalmente, essa taxa varia de 0,15% a 3,5% e está
atrelada à sofisticação do fundo.
É preciso estar atento à taxa de administração para
não ser cobrado além do necessário.
24
Fundos de renda fixa, por exemplo, não
devem cobrar uma taxa muito alta, porque
pode não valer a pena pela rentabilidade
que ele oferece.
Na consulta do valor da cota, a taxa de
administração de fundo de investimento já
está descontada.
O pagamento dessa taxa ocorre
mensalmente.
Por exemplo, se o cotista investe 10 mil
reais em um fundo cuja taxa de é de 1,5%
a.a., ao final de um ano o investidor pagaria
150 reais em taxa de administração. 
Além disso, há fundos que compram cotas de
outros fundos. Eles são chamados de fic (fundos
de investimento em cota).
Nesses casos, é cobrada uma taxa adicional do
cotista, já que o fundo também paga uma taxa de
administração de fundo de investimento para o
outro.
O nome dessa taxa adicional é taxa máxima de
administração.
25
Taxa de performance
A taxa de performance de fundo de investimento é
cobrada por alguns fundos. Ela corresponde a uma
espécie de bônus pelo bom trabalho do gestor.

Diferentemente da taxa de administração de fundo de

investimento, que é recolhida todos os meses, a de
performance é cobrada semestralmente e apenas
quando a rentabilidade do fundo fica acima do
benchmark e é positiva.

Ou seja, se a taxa supera um benchmark negativo e

continua negativa, ela não é descontada. Caso ele
volte a ficar positivo, o gestor deve recuperar o que
foi perdido para depois cobrar a taxa.

26
O percentual cobrado pela taxa de performance de fundo de investimento varia de fundo para
fundo. O mais comum é de 20% sobre o valor excedente do indicador de referência.

Assim, supondo que o valor de referência de um fundo seja o CDI, de rentabilidade 10%. Se o fundo
atingiu uma rentabilidade de 15%, isso significa que superou o benchmark em 5%.

A taxa de performance, portanto, é aplicada sobre esses 5% excedentes. Ou seja, será cobrado
20% desses 5%. Como dissemos, esse valor não é uma regra e varia de fundo para fundo. O de
renda fixa, por exemplo, não cobra taxa de performance.

27
Como funciona a
tributação dos fundos
de investimento?
Além das taxas, é preciso conhecer
também como funciona a tributação dos
fundos de investimento.
Ela é feita de forma diferente
dependendo do tipo de fundo envolvido.
É importante saber que o tempo que
cada aplicação fica no fundo determina a
incidência do imposto.
A secretaria da Receita Federal classifica os fundos
em três categorias para efeito de IR:
fundos de ação: têm uma alíquota única de
imposto de renda na fonte. Independentemente do
tempo em que o cotista permanecer com os
recursos no fundo, esse valor é de 15% sobre o
rendimento bruto do fundo na hora do resgate.
fundos de tributação de longo prazo:
correspondem àqueles que têm uma carteira de
títulos de prazo médio, igual ou superior a 365 dias.
Fundos de renda fixa são um exemplo desse tipo.
28
Eles estão submetidos a incidência de IR na IOF: A tributação dos fundos de investimento
fonte e seguem a tabela regressiva de envolve também o IOF (Imposto sobre Operações
imposto de renda: Financeiras). Ele é cobrado sobre o rendimento
apenas se o resgate foi feito em um período
0-180 dias: 22% | 181-360 dias: 20% inferior a 30 dias da data de aplicação. O
361-720 dias: 17,5% | acima de 721 dias: 15% percentual deste imposto varia conforme o número
de dias decorridos desde a aplicação. Assim, pode
fundos de tributação de curto prazo: têm
variar de 96% para um dia de investimento até 0%
uma carteira de títulos com prazo médio,
para 30 dias.
igual ou inferior a 365 dias. Os fundos de
curto prazo também estão submetidos à
incidência de IR na fonte. Nesse caso, se o
resgate do dinheiro é feito antes de 180
dias, a partir da data de aplicação, o cotista
irá pagar um IR de 22,5%. Após esse
período, a alíquota mínima é de 20%.

29
 Primeiro, é importante dizer que cada fundo traz
Quais as vantagens específicas, dependendo dos objetivos do
investidor.

vantagens de Se o seu perfil é conservador e você investe em

investir em fundos de renda fixa, o tipo de fundo está de acordo

com os seus objetivos e é vantajoso.

um fundo de Agora, para um investidor de perfil mais agressivo

que quer altíssima rentabilidade e não se preocupa
investimento? com o risco, o fundo de ações é mais vantajoso.

De qualquer modo, investir em fundos de

investimento, independentemente do tipo, traz
inúmeras vantagens e é sobre elas que vamos falar
agora.

30
Gestão Profissional
Quando você investe em fundos de investimento, tem
acesso à gestão profissional do seu dinheiro.

Ou seja, você terceiriza esse serviço para gestores

especialistas com alto conhecimento sobre o fundo
em questão.

Esses profissionais ficam dedicados em tempo

integral a gestão eficiente do investimento visando a
máxima rentabilidade.

Além disso, o acesso à gestão profissional permite

que você diversifique a carteira com maior segurança.
Afinal, conta com diversos profissionais especialistas em cada tipo de fundo escolhido e que
sabem qual o melhor caminho a seguir em cada caso.

Essa alternativa é vantajosa em relação a investir de forma individual, já que seria muito difícil
para o investidor sozinho adquirir todo a experiência que vários especialistas têm sobre os
fundos que administram.

32
Diversificação
A grande variedade de fundos disponíveis, somada aos baixos
valores mínimos de entrada, permitem que você monte uma
carteira diversificada, atuando com diferentes estratégias e
objetivos.

Um portfólio variado também aumenta suas chances de

rentabilidade, uma vez que o ganho em um fundo pode
compensar a perda em outro. Apostar as fichas em um único
lugar pode limitar seus ganhos.

Aplicar em um fundo de investimento significa também que

você pode ter acesso a ativos e derivativos que talvez fossem
inacessíveis se você estivesse investindo por conta própria.
Baixo investimento
inicial
Alguns fundos cobram valores consideravelmente
baixos para entrada.

Algumas cotas têm valor inicial de 30 reais. Isso

acontece, porque vários cotistas participam de um
mesmo fundo, assim, é possível cobrar menos por
essa entrada. Afinal, para o fundo, é a somatória de
cotas que importa.

Esse baixo investimento inicial torna os fundos mais

acessíveis aos investidores, permitindo também a
diversificação da carteira de ativos.

34
Pouca burocracia
Uma das vantagens do fundo de investimento é a pouca burocracia
para aplicação e resgate.

Primeiro, o próprio processo para abrir conta em uma corretora é

simples, com poucos cliques. Depois, assim que você escolhe o
fundo no qual quer investir, pode começar o processo
imediatamente.

Em relação ao resgate, há fundos com alta liquidez, o que significa

que o cotista pode fazer o resgate imediato ou em poucos dias.

Outra facilidade é que o imposto de renda e o IOF são cobrados na

fonte. Assim, o cotista não se preocupa com o recolhimento dos
tributos, reduzindo a burocracia do processo.
Acompanhamento de
resultado simples e fácil
O trabalho dos gestores envolve um amplo conhecimento sobre finanças e economia, além do
monitoramento de índices, e notícias sobre o mercado.

Como isso fica na mão do gestor, o investidor não precisa realizar esse monitoramento
constante, tornando o acompanhamento de resultados simples e fácil.

Por isso, os fundos de investimento são vantajosos, especialmente para aqueles que não têm
tempo nem disponibilidade para acompanhar de perto as etapas ou não têm profundo
conhecimento sobre o mercado.

Além disso, as corretoras disponibilizam uma plataforma intuitiva e completa para que os
cotistas façam as consultas necessárias sobre seus investimentos.
36
 Os fundos têm regras claras e acessíveis a todos os
É seguro cotistas. Essa transparência torna os fundos muito
seguros.

investir em Os investidores conseguem acessar o regulamento

fundos de que rege o fundo, sua política, administração e custos.

investimento?
Além disso, como cada fundo tem um CNPJ próprio,
isso garante a proteção dos investimentos caso haja
falência das instituições financeiras.

Como vimos, os fundos também são regulamentados

pela CVM e pela Anbima, que classificam e fiscalizam
as atividades.

37
A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) registra os fundos para
ofertá-los no mercado. Assim, para investir com segurança, é preciso
verificar se o fundo escolhido está listado no site desse órgão.

Já a função da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos

Mercados Financeiros de Capitais) é determinar os critérios de
composição das carteiras.

A fim de garantir transparência aos investidores, esse órgão fiscaliza

as informações disponibilizadas pela administração do fundo.

Nesse sentido, investir em um fundo certificado pela CVM e pela

Anbima é uma opção segura para a sua carteira.

Agora, cada fundo apresenta um nível diferente de risco, e esse risco

está ligado a rentabilidade dos investimentos.
38
Qual é o risco de investir em
fundos de investimento?
Um dos princípios que você precisa ter em mente na hora de investir é: rentabilidade no passado
não garante rentabilidade no futuro.

Quando falamos em risco queremos dizer que existe a possibilidade de não se ter o retorno
esperado com o investimento. Ou seja, não atingir a rentabilidade desejada e ainda poder perder
dinheiro.

Existem diferentes níveis de risco para cada tipo de fundo. Mesmo assim, há alguns riscos mais
gerais que precisam ser entendidos.

Há quatro principais riscos para os quais o cotista precisa estar atento: de mercado, de
estratégia, de crédito e de liquidez.
39
Risco de mercado: está relacionado às oscilações nos preços dos
ativos que compõem o fundo. Quanto maior essa oscilação, mais
difícil fica de prever o valor de resgate ou venda das cotas.

Risco de estratégia: diz respeito à possibilidade de as estratégias

escolhidas pelo gestor para administrar o fundo não terem
sucesso. Assim, o cotista corre o risco de perder dinheiro ou não
alcançar a rentabilidade desejada.

Risco de liquidez: pode referir-se tanto aos ativos quanto às cotas

de um fundo. No primeiro caso, o risco corresponde à dificuldade
de vender os ativos da carteira. Essa situação impossibilita aos
cotistas resgatarem o investimento. No segundo caso, o risco vem
da dificuldade de o investidor encontrar alguém para comprar suas
cotas. Isso pode fazer com que o cotista as venda por um valor
mais baixo, dependendo da sua necessidade.
 Risco de crédito: é o risco de o emissor de um ativo do fundo não pagar os rendimentos
devidos dentro do prazo estabelecido. Títulos públicos têm menos risco, porque os
ativos são emitidos pelo governo.

Outro fator que não é propriamente um risco, mas pode incomodar alguns investidores é
uma menor autonomia.

Como o cotista deixa as decisões sobre o dinheiro na mão do gestor do fundo, não tem
como interferir nesse processo e decidir como o dinheiro será administrado.

Por outro lado, mesmo que você aplique em um fundo, nada impede de também atuar no
mercado de forma individual.

41
 Uma das maiores dificuldades de quem deseja
Como investir é saber como escolher um fundo de
investimento.

escolher um Para isso, é preciso levar em conta alguns fatores

fundo de
como:

Seu perfil de investidor

investimento?
Tipo de fundo
Risco do fundo
Prazo de resgate (liquidez)
Custos de gestão
Histórico do fundo
Aplicação mínima
Vamos ver cada um desses fatores agora!

42
Análise do perfil
Analisar seu perfil é fundamental para escolher o
melhor fundo para você.

O alinhamento entre o seu perfil e o fundo de

investimento é chamado de suitability.

Quando você entra numa corretora, faz um

questionário para saber qual é o seu perfil de
investidor. 

As perguntas são relacionadas aos seus dados

pessoais, seus objetivos, quanto de capital você pode
mobilizar, qual o seu conhecimento sobre o mundo
dos investimentos e qual a sua tolerância ao risco.

43
Isso é necessário para alinhar o seu perfil aos produtos de investimento que mais se aproximam
das suas necessidades.

A tolerância ao risco é um dos fatores principais para definir o seu perfil. Por isso, na hora de
investir, é preciso saber o quanto você está disposto a arriscar.

Existem três principais perfis de investidores:

conservador: esse tipo de perfil não quer correr risco e dá preferência à segurança ao invés da
rentabilidade na hora de investir.
moderado: investidores moderados estão dispostos a arriscar um pouco mais em busca de
maior rentabilidade. Mesmo assim, ainda preferem segurança ao invés de riscos muito altos.
agressivo: investidores com esse perfil querem retornos maiores e estão dispostos a arriscar
mais do que os moderados.

44
Saber qual o seu perfil é essencial para escolher os melhores fundos para compor sua carteira de
investimentos. 

Também é importante que você entenda que seu perfil pode variar ao longo do tempo,
dependendo da sua idade, momento de vida, objetivos e capacidade financeira.

No fim, sua escolha vai depender de quem você é, quanto está disposto a arriscar e quais os seus
objetivos.
45
Seus objetivos
Como dissemos, alguns dos fatores que determinam o seu perfil são
seus objetivos no futuro.

Cada objetivo exige uma estratégia específica em um determinado

prazo.

Independentemente do seu foco, tenha em mente que: quanto

menor o prazo que você estabelece para alcançar seus objetivos,
mais você deve priorizar a segurança. Agora, quanto maior esse
prazo, mais riscos você pode correr.

No caso de reservas de emergência, por exemplo, a segurança e a

liquidez devem ser priorizadas no lugar de uma grande
rentabilidade.
Prazos
Como já vimos, os fundos contam com prazos de
resgate diferentes.

Por isso, na hora de pensar nos seus objetivos, você

precisa definir quanto tempo seria o ideal para as
suas necessidades.

Com base nos seus objetivos, observe o prazo de

resgate do fundo.

Ele irá dizer quanto tempo você vai ter que esperar do
momento em que solicita o resgate até o momento de
ter o seu investimento disponível na sua conta para
utilização.
47
Aplicação mínima
Todos os fundos de investimento têm critérios para adesão. Alguns só permitem que investidores
qualificados (com patrimônio superior a 1 milhão de reais) façam suas aplicações.

Outros exigem um valor mínimo muito alto para entrada.

Mesmo assim, há inúmeras opções para quem tem pouco para começar suas aplicações ou
realizar novos aportes.

Então, na sua análise para escolher um fundo, pense em quanto você está disposto a investir e
veja se o fundo escolhido aceita esse valor.

Não adianta encontrar um fundo que atenda a todos os seus objetivos e seja alinhado com seu
perfil, se o valor mínimo de entrada superar a quantia que você tem para aplicar.

48
Custos
Seguindo com as nossas dicas sobre como escolher um fundo de
investimento, vamos falar de custos.

Já vimos quais as taxas cobradas pelos fundos. Na hora de escolher

em qual investir, é importante olhar para elas.

Fundos com menor rentabilidade, como os de renda fixa, devem ter

taxas de administração menores.

Para avaliar a taxa de administração de um fundo, fique atento

também à Selic. Pagar 2% de taxa quando a Selic está a 15%, por
exemplo, é muito diferente de pagar o mesmo valor quando a Selic
está a 6,5%.
Uma elevada taxa de administração só se justifica caso o fundo tenha uma performance histórica
muito acima da média.

Da mesma forma, as taxas de performance são justificáveis apenas para fundos que buscam
superar o benchmark.

Fique atento se o fundo escolhido cumpre estes critérios para que as taxas não acabem engolindo
o seu lucro com os investimentos feitos.
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Estudar o fundo
Depois de analisar seu perfil, definir seus objetivos, analisar os custos, prazos, riscos e
rentabilidade dos fundos, é hora de fazer um estudo mais aprofundado das suas opções.

Para isso, procure o histórico dos fundos e analise a qualidade das gestões.

Embora uma boa performance do fundo no passado não garanta o mesmo resultado no futuro, é
interessante saber o desempenho nos últimos 12, 24 e 36 meses, caso o fundo tenha esse tempo
de vida.

As corretoras oferecem fácil acesso a esse histórico, de modo que você consegue comparar a
performance do fundo mês a mês.

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Essa pesquisa vai ajudar você a analisar a
consistência dos resultados e a volatilidade do fundo.

Assim, você consegue identificar quais fundos

encaixam-se nas suas expectativas e pode tomar
decisões mais assertivas.

Já em relação a qualidade da gestão, o processo não é

tão simples. Para realizar esse passo, é preciso saber
o nome dos gestores do fundo e realizar uma
pesquisa sobre o histórico profissional dos
envolvidos.

Isso pode te dar mais segurança na hora de terceirizar

a gestão do seu dinheiro.

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Não comparar fundos diferentes
Um dos pontos positivos dos fundos de investimento é a imensa variedade disponível. Por outro
lado, isso também pode gerar muitas dúvidas para o investidor na hora de escolher os melhores.

Nesse caso, uma dica é não comparar fundos de diferentes tipos, como um de ações com um de
renda fixa. Também não se deve comparar fundos da mesma classe, mas com estratégias muito
diversas.

Por exemplo, um fundo multimercado pode ter muitos ativos de renda fixa e outro do mesmo tipo
pode conter mais ativos de ações. Isso irá influenciar no risco do fundo.

Essa ideia vale na hora de avaliar os custos dos fundos também. Busque comparar os que
pertencem à mesma categoria. Afinal, as gestões têm complexidades diversas e as taxas serão
cobradas proporcionalmente. Por isso, não é eficiente comparar custos de fundos que envolvem
complexidades diferentes.
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 Ao longo desse guia, vimos que os fundos são uma
Fundos de alternativa prática para quem quer aplicar o dinheiro.

investimento: Como esse tipo de investimento atende aos mais variados

perfis e objetivos, acaba sendo uma opção muito vantajosa

comece já! para os cotistas.

Afinal, a gestão especializada oferecida pelo fundo faz todo

o trabalho para gerar mais rentabilidade ao investidor.

Esperamos que você tenha aproveitado o conteúdo desse

guia!

Se você quer saber mais sobre fundos de investimento,

acesse o nosso blog, clicando aqui.

Até a próxima!