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Agora os físicos não têm mais dúvidas da existência de um novo tipo de matéria, distinta daquela que forma os átomos da tabela periódica.
[Imagem: Anna Pantelia/CERN]
Quarks são partículas subatômicas fundamentais que formam a matéria. Até agora se sabia que eles
ocorrem ou em grupos de dois (pares quark-antiquark), formando os mésons, de vida muito curta,
ou em grupos de três, formando os bárions - os prótons e nêutrons que compõem os núcleos
atômicos.
Em conjunto, as partículas formadas por quarks, bárions e mésons inclusive, são conhecidas como
hádrons - de onde vem o nome do LHC, Grande Colisor de Hádrons.
Mas, nos últimos anos, os colisores têm detectado várias partículas que não se encaixam nesse
modelo de estrutura dos hádrons.
Matéria tetraquark
Agora, a colaboração LHCb afirma ter chegado a resultados inequívocos da existência de uma
partícula exótica - chamada Z(4430) - que não se encaixa no modelo de quarks, formando um outro
tipo de matéria chamada de tetraquark.
A Z(4430) foi relatada pela primeira vez no acelerador KEKB em Tsukuba, Japão, em 2008. O
acelerador SLAC, nos EUA, contudo, não conseguiu reproduzir o experimento, e a existência da nova
partícula foi posta em dúvida.
Como seria de se esperar, há mais perguntas do que respostas sobre a nova partícula de quatro
quarks.
Por exemplo, a Z(4430) decai pelo menos 10 vezes mais rápido que se calculava, o que não se
encaixa nos modelos iniciais de como uma matéria com quatro quarks deveria se comportar.
Um dos desafios para desvendar esse mistério é que os supercomputadores atuais ainda não têm
capacidade suficiente para rodar simulações de como seria uma matéria tetraquark a partir dos
chamados primeiros princípios, as descrições fundamentais das partículas e suas interações.
Bibliografia: