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15 - Avaliação Clínica Do Idoso PDF
15 - Avaliação Clínica Do Idoso PDF
SEMIOLOGIA 2016
Arlindo Ugulino Netto.
A avaliação clínica do idoso difere das outras especialidades, pois ela não se restringe somente a realização de
um exame voltada para um grupo de patologias específicas; na Geriatria, espera-se realizar uma avaliação completa da
função orgânica e ainda avaliação do estado mental do paciente.
Além disso, é importante salientar que a avaliação clínica do paciente idoso deve ser multidisciplinar, envolvendo
diversos outros profissionais da saúde tais como: Psicólogos, Fisioterapeutas, Terapeuta Ocupacional, Fonoaudiólogos.
Com isso, podemos dizer que a avaliação completa do Idoso é feita através da abordagem de uma equipe
multidisciplinar, tendo como intenção avaliar todas as funções físicas e mentais desse paciente. A forma com que o
médico geriatra faz a avaliação desses pacientes é denominada de Avaliação Geriátrica Ampla (AGA), que se
diferencia das demais abordagens semiológicas por ser complementada por Escalas de Avaliação voltadas para o idoso.
Em resumo, a AGA consiste, basicamente, na análise dos seguintes parâmetros:
I. Anamnese
II. Exame físico
III. Escalas de Avaliação: complementam a anamnese
Finalidades: diagnosticar patologias utilizando como base critérios pré-estabelecidos na literatura.
Avaliar as funções:
Física
Cognitiva
Emocional
Social
ANAMNESE
A anamnese não difere dos conceitos básicos da semiologia médica e, portanto, é composta pelos seguintes
tópicos:
1. Identificação: Nome; Idade; Sexo; Estado civil; Naturalidade.
2. Queixa principal (QP) e duração: é a principal queixa que levou o paciente a procurar o médico.
3. História da doença atual (HDA): é a parte principal da anamnese e costuma ser a chave-mestra para se chegar
ao diagnóstico de certas patologias. Neste momento, devemos determinar o início do sintoma (época, modo,
causa desencadeante), duração, características do sintoma na época em que teve início (caráter do sintoma;
localização corporal e irradiação; intensidade; fatores desencadeantes, de piora ou de melhora; relação da
queixa com funções do organismo), evolução, repercussões do problema sobre a vida do paciente, relação com
outras queixas, situação do sintoma no momento atual; etc.
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7. Antecedentes Familiares
História de Demência na família
Hipertensão
Diabetes
Depressão
8. Hábitos e costumes
Tabagismo
Alcoolismo
Dependência de drogas ou fármacos
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OBS : Na HDA geriátrica percebe-se uma dificuldade maior para se estabelecer uma cronologia correta da doença atual,
uma vez que, na maioria das vezes, os pacientes têm uma tendência de fugir da queixa principal, correlacionando com
histórias paralelas muitas vezes sem importância clínica. Entretanto, nos pacientes idosos, esse fato tem grande
importância, pois geralmente pode indicar distúrbios mentais, ou algumas vezes, a “dor” pode ser somente um motivo
para atenção.
ESCALAS DE AVALIAÇÃO
Essas escalas são utilizadas principalmente para realização de pesquisas científicas, ou ainda, para avaliação se
o idoso necessita ou não de um cuidador. Além disso, elas podem servir como critérios diagnósticos de certas
patologias.
Dessa forma, podemos dizer
que as escalas de avaliação têm
como intenção principal avaliar a
capacidade funcional do idoso. As
duas escalas de avaliação geral mais
utilizadas são as de Katz e Barthel.
O Índice de Katz, por
exemplo, foi utilizado para avaliação
das AVDs relacionadas com os
cuidados pessoais. composto por 06
atividades básicas: banho, vestir-se,
higiene pessoal, transferência,
continência e alimentação. Uma
pontuação 6 indica que o idoso é
independente, ou seja, possui
habilidade para desempenhar tarefas
cotidianas. Uma pontuação 4 indica
uma dependência parcial, podendo o
idoso requerer ou não auxílio. Uma
pontuação igual ou inferior a 2 implica
na necessidade de assistência,
indicando uma dependência
importante.
Outras escalas mais específicas são utilizadas na geriatria com o intuito de diagnosticar certas condições de
análise subjetiva, como a depressão, a demência de Alzheimer, a demência vascular, além do Mini Exame do Estado
Mental, que consiste em um teste neurológico e de cognição bastante simples, tanto na sua aplicação quanto na sua
interpretação.
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Esta escala tem, entretanto, algumas limitações, como o nível de escolaridade, o que pode variar a pontuação
obtida mesmo na ausência de patologias específicas. Desta forma, atualmente, faz-se algumas correções quanto aos
seus pontos de corte. Observe:
Total de 30 pontos possíveis
26 – 30: normal
Pontuação < 25: investigar
Limitações:
Correção do ponto de corte segundo o nível de escolaridade:
- 13 pontos para analfabetos
- 18 pontos para indivíduos entre 1-7 anos
- 26 pontos para indivíduos com 8 ou mais anos
Tem baixa sensibilidade para pacientes com déficits discretos