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artigos 25 a 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal

Leitura obrigatória:
será definido em Resolução do SENADO FEDERAL
Atenção: dívida mobiliária federal - limites são estabelecidos pelo Congresso Nacional;
LIMITES
dívida mobiliária estadual e mun - limites são estabelecidos pelo Senado Federal;
O controle será realizado a cada QUADRIMESTRE. (LRF, Art. 30, § 4o)
CONTROLE e representa uma captação externa de recursos e se dá basicamente por meio das OPERAÇÕES DE CRÉDITO.
Caso seja verificado excesso ao final desse período, deverá haver a RECONDUÇÃO em, até 12 meses (três
PROVIDÊNCIAS EM
quadrimestres seguintes) e a redução do excedente em pelo menos 25% nos primeiros 4 meses. (Art. 31) Montante total, apurado SEM duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação,
CASO DE EXCESSO
assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de
EXCEÇÃO: os entes poderão realizar operações de crédito, crédito, para amortização em prazo SUPERIOR A 12 MESES;
desde que se trate de REFINANCIAR o principal atualizado
da dívida mobiliária. (art. 31, §1º, inc. I, da LRF) a) Não poderá realizar qualquer operação Art. 29, § 3º Também integram a dívida pública consolidada as operações de crédito
de crédito, seja ela interna ou externa. de prazo inferior a 12 meses cujas receitas tenham CONSTADO NO ORÇAMENTO;
DÍVIDA PÚBLICA
CONSOLIDADA Resumindo:
Resultado primário positivo: consiste na diferença entre as
receitas e despesas de um dado exercício, NÃO incluindo as OU FUNDADA a) abrange as obrigações do ente de MÉDIO e LONGO prazo;
b) Deverá obter resultado primário b) as operações de CURTO prazo, se as receitas provenientes delas estiverem prevista no orçamento; e
receitas e despesas relativas à dívida pública. necessário para a recondução da dívida ao c) os precatórios incluídos no orçamento, mas não pagos em determinado exercício.
limite, promovendo inclusive, a limitação de
empenho (art. 9 LRF). Representada por títulos emitidos pelos entes da Federação com o objetivo de captar recursos externos.
Art. 31, LRF Ao emiti-los, o ente fica obrigado a honrar com o valor do título além do pagamento de juros durante todo
LRF - Art. 9 § 2o Não serão objeto de limitação as ATENÇÃO: A limitação dos gastos não pode atingir a o período em que o adquirente detiver o titulo. Gera ao mesmo tempo receita e despesa para o Estado.
despesas que constituam obrigações constitucionais e repartição da arrecadação tributária (TRANSFERÊNCIA EM CASO DE
legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao OBRIGATÓRIA), que consiste em uma obrigação EXCESSO, o ente: Atenção: Dívida mobiliária federal - limites são estabelecidos pelo Congresso Nacional;
pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela constitucional do ente, nem sequer aquelas cujo ENDIVIDAMENTO Dívida mobiliária estadual e mun - limites são estabelecidos pelo Senado Federal;
lei de diretrizes orçamentárias. pagamento esteja relacionado com a dívida pública. DÍVIDA PÚBLICA
MOBILIÁRIA Destaques que se É possível a compensação de tributos com títulos da dívida pública. Porém, tal possibilidade
LRF Art. 31 § 2o Vencido o prazo para retorno da dívida ao limite, relacionam com o está absolutamente CONDICIONADA A EXISTÊNCIA DE LEI QUE AUTORIZE;
e enquanto perdurar o excesso, o ente ficará também impedido de Sanção adicional quando não se conseguir a Direito Tributário Se o título da dívida pública tiver cotação em Bolsa, pode oferecer como garantia num
receber transferências voluntárias da União ou do Estado. recondução da dívida ao limite processo de execução fiscal
Excesso no primeiro quadrimestre do ÚLTIMO ANO Compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição
As restrições a) e b) aplicam-se IMEDIATAMENTE DE MANDATO do chefe do poder executivo: financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços,
Art. 32. O Ministério da Fazenda verificará o cumprimento dos limites e condições relativos à realização de operações arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros;
de crédito de cada ente da Federação, inclusive das empresas por eles controladas, direta ou indiretamente. É um INSTRUMENTO pelo qual a dívida pública é gerada.
O ente que pretende se endividar deve, em primeiro lugar, bater às portas do Ministério da Fazenda (e não do É uma operação de empréstimo que, de um lado, gera receita e, de outro, despesa.
banco), pois perante o Ministério o ente deve comprovar que cumpriu determinadas condições.
ARO deve ser realizada a partir de 10 de janeiro e liquidada até 10 de dezembro
Deve-se demonstrar: a) que as operações são meios para atingir o interesse (começa e termina no mesmo ano);
público e b) relação entre custo e beneficio da assunção de dívidas. Elementos
fáticos A ARO tem por objetivo atender a insuficiência de caixa no exercício financeiro. Trata-
Condições se, então, de realizar uma operação de crédito cujo lastro seja uma receita futura,
Deve demonstrar: a) a existência de prévia autorização legislativa para a contratação cumulativas Art. 29 Operação de crédito ainda não concretizada, mas prevista no orçamento.
da operação de crédito (essa autorização poderá estar na LOA, ou em créditos por antecipação de
adicionais abertos para essa finalidade, ou em uma lei específica) e b) na inclusão CONDIÇÕES Os juros incidentes nessa operação estarão previstos em LEI;
Conceitos: LRF receita orçamentária:
da receita o que esse endividamento vai gerar no orçamento. Elementos DÍVIDA PÚBLICA art. 38 LRF. Não poderá haver ARO NÃO quitada;
normativos
CRÉDITO PÚBLICO
(ENDIVIDAMENTO PÚBLICO) ARO fica proibida no último ano de mandato (para não transferir a dívida para o
As receitas geradas pelo endividamento não poderão ser superiores as despesas de capital, previstas na LOA OPERAÇÃO DE CRÉDITO governante seguinte se ela não for paga no mesmo ano)
(REGRA DE OURO - art. 167, III, CF).
Devem ser observadas as condições do art. 32 da LRF.
A única EXCEÇÃO a essa paridade entre receitas de operação de crédito e despesas de capital são os casos em que a
operação tenha sido autorizada por crédito suplementar ou especial, com finalidade precisa, e aprovados pelo Legislativo Cumpridas essas condições, o Banco Central irá realizar uma licitação para
por maioria absoluta. selecionar a instituição financeira.
Art. 34 proíbe a emissão de títulos da dívida pública pelo BACEN a partir de maio de 2002.
i) empréstimos compulsórios (art. 148 da CF), verdadeiro tributo para a doutrina e jurisprudência (STF); O art. 35 proíbe que os entes da federação realizem operações de crédito ENTRE SI, seja diretamente
ii) os títulos de curso forçado emitidos pelo Governo, como certificados de privatização. ou indiretamente. Essa proibição visa garantir o equilíbrio federativo. Tem exceção!!!
FORÇADOS QUANTO À Arts. 34 a 37 da LRF
COERCITIVIDADE O art. 36 proíbe operações de crédito entre instituição financeira estatal e o ente da federação que a
consistem num contrato de mútuo ou de aquisição de títulos públicos representativos da controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo.
dívida realizados entre o Estado e o Particular. RESTRIÇÕES AS
VOLUNTÁRIOS OPERAÇÕES DE Art. 37. Equiparam-se a operações de crédito e estão VEDADOS: I - captação de recursos a título de
CRÉDITO antecipação de receita de tributo ou contribuição CUJO FATO GERADOR AINDA NÃO TENHA
podem ser remíveis, quando o Estado reserva para si a faculdade de efetuar reembolso quando
quiser, e os irremíveis onde o reembolso é impossível. CLASSIFICAÇÃO DO OCORRIDO, sem prejuízo do disposto no § 7o do art. 150 da Constituição (substituição tributária
PERPÉTUO CRÉDITO PÚBLICO progressiva); II - recebimento antecipado de valores de empresa em que o Poder Público detenha, direta
ou indiretamente, a maioria do capital social com direito a voto, salvo lucros e dividendos, na forma da
é a dívida a curto prazo (inferior a 12 meses), e visa atender necessidades
QUANTO À legislação; III - assunção direta de compromisso, confissão de dívida ou operação assemelhada, com
MOMENTÂNEAS.
TEMPORALIDADE fornecedor de bens, mercadorias ou serviços, mediante emissão, aceite ou aval de título de crédito, não se
conforme art. 92 da Lei 4.320/64, a dívida flutuante consiste nos i) RESTOS A DÍVIDA aplicando esta vedação a empresas estatais dependentes; IV - assunção de obrigação, sem autorização
PAGAR, excluídos os serviços da dívida; ii) serviços da dívida a pagar (parcelas FLUTUANTE orçamentária, com fornecedores para pagamento a posteriori de bens e serviços.
de amortização e de juros da dívida fundada); iii) depósitos (cauções e garantias
compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada;
recebidas) e ; iv) débitos de tesouraria.
TEMPORÁRIO trata-se de uma CAUÇÃO prestada por ente da federação em face de uma operação de crédito.
é a dívida contraída a LONGO PRAZO (SUPERIOR A 12 MESES) ou até SEM prazo
DÍVIDA É possível que a garantia seja oferecida por OUTRO ENTE da Federação, e não propriamente por aquele que assumiu o
LEI 4.320/64, Art. 98. A divida fundada compreende os compromissos de FUNDADA empréstimo na condição de devedor. Neste caso, o ente devedor deve prestar ao ente garantidor uma contra-garantia.
exigibilidade superior a doze meses, contraídos para atender a desequilíbrio CONCESSÃO DE GARANTIA
orçamentário ou a financeiro de obras e serviços públicos. Contra-garantia é qualquer caução contraprestada pelo devedor ao garantidor;
LRF Art. 40 § 9o Quando honrarem dívida de outro ente, em razão de garantia prestada, a União e os
Estados poderão condicionar as transferências constitucionais ao ressarcimento daquele pagamento.
“Ponte de ouro” da LRF: o endividamento se justifica para fazer frente as despesas de CAPITAL, e não as despesas usuais e corriqueiras do
ente da Federação, as quais deve ser financiadas por receitas próprias (RECEITAS CORRENTES).
Por Renata Alvarenga
Instagram @valetudoprapassar

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