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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
CURSO DE FISIOTERAPIA
BELÉM
2009
2
BELÉM
2009
S725p Sousa, Ayda Tieko Ajisaka
Perfil da função respiratória de trabalhadores na indústria
de cerâmica de São Miguel do Guamá / Ayda Tieko Ajisaka
Sousa -- Belém, 2009.
70 f.
CDD 613.62
3
Banca Examinadora
______________________________
______________________________
______________________________
Apresentado em:____/____/____
Conceito:___________________
BELÉM
2009
4
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por me presentear com a sua companhia diária e por
todas as bênçãos que me concedeu e concede.
A minha mãe que em todos os momentos difíceis me ampara e me acompanha
permitindo que lute pelos meus objetivos e continue a buscar meus sonhos, construindo o que
somos e o que almejamos.
Ao meu orientador que resistiu bravamente as minhas crises de ansiedades e se
disponibilizou a concretizar meu objetivo.
A minha fiel e querida amiga Ediléa Monteiro, por me proporcionar a felicidade de
sua companhia, recheada de carinho e incentivo.
A professora Carla Serrão por exercer e transmitir conhecimentos com maestria e
doçura inigualável.
Ao professor Paulo Ávila por ter aceitado duas voluntárias do primeiro semestre com
"estágiarias" que voto de confiança.
A família Yokoyama por me receber sempre como quem recepciona a um filho
ausente por muito tempo e pela ajuda de inestimável valor.
Aos meus pacientes que me transformaram na esperança de querer ser melhor para
outros.
5
“Bom
Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida e viver com
paixão,
paixão, perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo
insignificante..”
pertence a quem se atreve e a vida é muito para ser insignificante
Charles Chaplin
6
RESUMO
ABSTRACT
RO Roraima
SaO2 Saturação de oxigênio
SD Desvio padrão
TCLE Termo de consentimento livre e esclarecido
VEF¹ Volume expirado forçado no primeiro segundo
VR Volume residual
10
LISTA DE TABELAS
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE QUADROS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 16
2 REFERENCIAL TEÓRICO 18
2.1 ASPECTOS GERAIS 18
2.2 EPIDEMIOLOGIA 19
2.3 POLUIÇÃO RELACIONADA AO MEIO AMBIENTE 20
2.4 SILICOSE 21
2.4.1 Alterações funcionais 23
2.4.2 Diagnóstico 24
2.5 ASBESTOSE 24
2.6 AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA 25
2.6.1 Padrão respiratório 26
2.6.2 Tipos de tórax 27
2.6.3 Percussão do tórax 27
2.6.4 Ausculta pulmonar 28
2.7 PROVAS DA FUNÇÃO PULMONAR 28
2.7.1 Pico de fluxo expiratório 29
2.7.2 Medição da força muscular 30
2.7.3 Oximetria não-invasiva – Monitoração 32
2.7.4 Questionário de sintomas respiratórios 33
3 OBJETIVOS 34
3.1 OBJETIVO GERAL 34
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 34
4 MATERIAIS E MÉTODOS 35
4.1 TIPO DE ESTUDO 35
4.2 AMOSTRA 35
4.3 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO 35
4.4 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO 36
4.5 LOCAL DO ESTUDO 36
4.6 CONSIDERAÇÕES ÉTICAS 36
4.7 COLETA DE DADOS 37
4.7.1 Ficha de avaliação 37
4.7.2 Instrumentos avaliativos 38
15
1 INTRODUÇÃO
Segundo Carneiro et al. (2002), quanto à função pulmonar não existem padrões de
disfunção típicos em silicose. A forma nodular simples geralmente está representada por
espirometrias normais ou pouco alteradas, sendo o padrão obstrutivo o mais comum nas fases
iniciais. As alterações espirométricas são tardias, não devendo ser consideradas como um
indicador precoce de comprometimento respiratório, e a constatação de valores espirométricos
normais, ou próximos à normalidade, podem dever-se, em parte, ao fato de a maioria dos
estudos terem delineamento transversal.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
A história das doenças causadas por poeiras minerais é antiga. Foram denominadas
pneumoconioses por Zenker, em 1866, e o nome específico para a silicose foi dado por
Visconti, em 1870. Em 1900, o patologista londrino Montague Murray descreveu o que
conhecemos hoje como asbestose e Fahr, em 1906 relatou a presença de corpos asbestóticos
ou corpos ferruginosos em trabalhadores expostos ao asbesto ou amianto (CASTRO;
VINCENTIN; PEREIRA, 2003).
2.2 EPIDEMIOLOGIA
Apesar dos notáveis avanços obtidos nas últimas décadas em direção a um ambiente
com ar mais limpo, especialmente em paises desenvolvidos, os atuais níveis de poluição
experimentados pela maior parcela da população humana continuam a se mostrar danosos à
saúde. Os primeiros estudos relacionados à poluição atmosférica e implicações na saúde
datam da metade do século passado, e ainda hoje essa relação é observada e comprovada por
trabalhos de investigação científica (GOUVEIA et al., 2006).
Se entendermos com Albert Einsten o ambiente como "tudo o que não sou eu", o
organismo humano está exposto às mais diversas agressões, quer no ambiente em geral, quer
no ambiente particular que é o ambiente ocupacional. Os acidentes, as agressões físicas, como
as radiações ultravioletas, as agressões químicas e microbiológicas constituem um permanente
risco para o organismo (GOMES, 2002).
Esta tendência recente da saúde pública desloca o enfoque da doença para o enfoque
da saúde. Isto implica em uma abordagem mais coletiva dos problemas epidemiológicos na
população (MEDEIROS, 2003).
2.4 SILICOSE
A silicose representa um sério problema de saúde pública, uma vez que, apesar de ser
potencialmente evitável, apresenta altos índices de incidência e prevalência, especialmente
nos países menos desenvolvidos. É irreversível e intratável, podendo cursar com graves
transtornos para a saúde do trabalhador (CARNEIRO et al., 2002).
22
A silicose é uma doença pulmonar fibrosante com evolução crônica, causada por
inalação da poeira da sílica, que acomete as regiões peribronquiolares, no centro do lóbulo
pulmonar secundário. A drenagem linfática é o mecanismo envolvido na remoção das
partículas dos pulmões, mas esta não é completamente efetiva, fazendo com que haja acúmulo
gradual de partículas nas regiões onde esta drenagem é menos eficiente, que são as faces
posteriores dos lobos superiores (MEIRELLES; KAVAKAMA; RODRIGUES, 2006).
Acelerada, causada pela inalação de grandes quantidades de sílica, com evolução mais
rápida que a crônica, e a silicose aguda, também conhecida como silicoproteinose, decorrente
da inalação maciça de sílica por períodos muito curtos. As alterações patológicas são
representadas pela presença de granulomas ou nódulos silicóticos (MEIRELLES;
KAVAKAMA; RODRIGUES, 2006).
Crônica é a forma de apresentação mais comum e geralmente ocorre após mais de dez
a quinze anos de exposição ou de latência. Tem evolução insidiosa, sendo inicialmente
assintomática, e pode evoluir com sintomas de dispnéia progressiva. O exame de imagem
apresenta, nos estágios iniciais, infiltrado micronodular bilateral, com predomínio nas zonas
pulmonares superiores, poupando os seios costofrênicos. A alteração patológica típica é o
nódulo silicótico encontrado no interstício pulmonar, ao redor de bronquíolos respiratórios e
dos vasos, nas regiões subpleurais, na pleura visceral e em linfonodos (FILHO; SANTOS,
2006).
Segundo Filho e Santos (2006), os indivíduos com silicose podem não apresentar
alterações funcionais nas fases iniciais, evoluindo para um padrão obstrutivo, restritivo ou
misto. Nos casos mais avançados de fibrose ou na presença de enfisema, há importante
redução da capacidade de difusão de monóxido de carbono.
2.4.2 Diagnóstico
2.5 ASBESTOSE
O asbesto, ou amianto, fibra mineral abundante na natureza, vem sendo utilizado pelo
homem desde o início da civilização. São fibras que apresentam grande resistência ao fogo e à
abrasão mecânica e química, além de serem um material isolante acústico e térmico. Os
primeiros relatos científicos relacionando a exposição a essas fibras com agravos à saúde
foram publicados no início do século passado. Os principais comprometimentos
pleuropulmonares são: derrame pleural, espessamento pleural circunscrito ou placas pleurais,
espessamento pleural difuso, atelectasia redonda, asbestose, câncer pulmonar e mesotelioma
maligno de pleura (FILHO; NERY; FREITAS, 2006).
Segundo Filho, Nery e Freitas (2006), o diagnóstico diferencial com fibrose pulmonar
idiopática deve ser feito somente pela contagem de fibras não revestidas no tecido pulmonar,
que deve situar-se acima do limite superior da normalidade obtido em estudo controles.
A avaliação respiratória segue a linha de uma anamnese. Ela deve ser feita de forma
criteriosa, pois os achados são muito semelhantes podendo confundir o fisiodiagnóstico e o
diagnóstico. Devem-se seguir os passos de uma avaliação clínica simples, ou seja, queixa
principal, história da doença atual, história patológica pregressa, história social, história
familiar, exame físico e, se for necessário, exames complementares (PRESTO; PRESTO,
2004).
26
Para Presto e Presto (2004), o padrão apical está normalmente relacionado com a
ventilação utilizando-se os ápices pulmonares. Este padrão também pode estar associado ao
uso da musculatura acessória da ventilação em caso de aumento do trabalho ventilatório, que
consiste em uma ventilação com uso predominante da parte superior do tórax.
Segundo Costa (1999) o padrão diafragmático está relacionado a uma ventilação com
utilização predominante das bases pulmonares, ou seja, com a porção mais inferior do tórax,
podendo se observar um aumento do diâmetro antero-posterior do tórax e abdômen.
Nos adultos, o tórax deve ser simétrico às costelas, descendo a aproximadamente 45°
da coluna. O diâmetro transverso deve ser maior do que o diâmetro ântero-posterior (AP). A
coluna torácica deve ter uma leve cifose (PRYOR; WEBBER, 2002).
Sons respiratórios normais vesiculares são sons tênues, com freqüências entre 100 e
400 Hz, auscultados através da parede torácica de um indivíduo sadio, ao longo de toda a
inspiração e no início da expiração (TILKIAN; CONOVER, 2004).
O médico pode fazer o diagnóstico de doença pulmonar pela história, pelo exame
físico, raios X, tomografia computadorizada de tórax e alguns exames de laboratório. Até
aqui, a avaliação é qualitativa e incompleta. Existe ainda a necessidade de caracterizar o
distúrbio respiratório, quantificar a perda da função pulmonar, aprimorar o diagnóstico ou
mesmo diagnosticar o que os sinais clínicos e radiológicos apenas permitem suspeitar e,
ainda, avaliar a evolução da doença ou o impacto terapêutico (DIAS et al., 2001).
Scan Lan, Wilkins e Stoller (2000) referem que os objetivos específicos da avaliação da
função pulmonar são os seguintes:
• Identificar e quantificar alterações na função pulmonar. A doença pulmonar pode
progredir ou regredir e as provas da função pulmonar ajudam a quantificar o progresso
ou a reversibilidade da doença
29
O mesmo autor refere ainda que o PFE esteja diretamente relacionado com a força
muscular, volume pulmonar e área transversa das vias aéreas. As indicações para a avaliação
do PFE encontram-se abaixo elencadas:
• Monitoramento a curto e longo prazo das doenças pulmonares obstrutivas.
• Classificação funcional da gravidade.
• Avaliação da resposta broncodilatadora ou antiinflamatória.
• Determinação do ambiente como indutor de doenças obstrutivas (asma ocupacional).
30
MENEZES et al. (1995), em seu estudo com uma amostra de 1200 voluntários, acima de 40
anos, estabeleceram valores de referência para o pico de fluxo expiratório em adultos baseado
na altura e idade (Quadro 1).
A primeira referência quanto aos valores das pressões respiratórias máximas foram
descritas em 1969 por Black e Hyatt. Que avaliaram 120 indivíduos saudáveis com idade
entre 20 e 86 anos, de ambos os sexos, onde foi elaborada a primeir equação para os valores
de normalidade levando-se em consideração sexo e idade. NEDER et al. (1999), realizaram
estudo com a uma amostra de 100 indivíduos saudáveis da população brasileira de ambos os
sexos, com idade entre 20 e 80 anos. E apartir da analise de regressão múltipla foram os
primeiros a desenvolver equações preditivas, sexo e idade dependestes, para PI máx e PE
máx, no estado de São Paulo (Quadro 2).
32
MASCULINO
FEMININO
Esta técnica permite a estimativa da SaO2 através da análise da absorção da luz pela
hemoglobina durante a passagem pelo leito capilar. É uma boa alternativa principalmente para
a avaliação dos resultados terapêuticos. Deve ser um recurso disponível para a rotina do
pneumologista, já que seus resultados são acurados e a técnica é simples e de baixo custo.
Valores acima de 90% costumam corresponder a uma PaO2 acima de 60 mmHg, indicando
um aporte satisfatório de O2 ao organismo (SILVA; RUBIN; SILVA, 2000).
Para Silva, Rubin e Silva (2000) as sugestões para a realização da oximetria não
inavasiva são:
• Deve fazer parte do exame físico, como o "quinto" sinal vital.
• Diagnóstico de hipoxemia.
• Estadiamento de doenças obstrutivas (DPOC, asma) e restritivas (fibrose pulmonar,
colagenose, proteinose alveolar etc.).
• Acompanhamento de atividade física seja em testes de exercício, na reabilitação ou na
atividade de rotina.
• Indicação e acompanhamento da oxigenoterapia.
• Monitoração do O2 durante cirurgias e procedimentos (por exemplo, endoscopias,
biópsias, polissonografia).
• Indicação e orientação da ventilação mecânica ou não-invasiva.
33
3 OBJETIVOS
4 MATERIAIS E MÉTODOS
4.2 AMOSTRA
O projeto foi aceito inicialmente pelo orientador da pesquisa (APÊNDICE A), pelo
local onde foram realizados os procedimentos avaliativos, Câmara dos diretores lojistas de
37
São Miguel do Guamá - Pa (APÊNDICE B), posteriormente foi submetido à avaliação pela
banca de qualificação e em seguida pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) envolvendo
seres humanos da Universidade da Amazônia – UNAMA (APÊNDICE C). Após aprovação
pelo Comitê e pela banca de qualificação, o projeto entrou em fase de execução. Os
voluntários, então, tomaram conhecimento e assinaram o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido - TCLE (APÊNDICE D), no qual constaram: o objetivo do estudo, os
procedimentos de avaliação, os riscos e benefícios, o caráter de voluntariedade da
participação do sujeito e a responsabilidade por parte do avaliador, tendo sido respeitada a
privacidade e a total confiabilidade dos dados.
Para a realização do PFE, foi utilizado o peak flow meter, adulto, modelo 3103, com
marcação de 60 a 900 L⁄min, fabricado por HS internacional – Clement Clarke, de origem
inglesa.
4.7.2.2 Manovacuometria
Foi utilizado o manovacuômetro Wika, com valores de -300 cmH2O a 300 cmH2O,
fabricado pela Criticalmed, de origem brasileira.
39
4.7.2.3 Oximetria
5 RESULTADOS
Tabela 1 - Distribuição dos valores médios e desvios padrões dos dados antropométricos dos
trabalhadores da indústria de cerâmica de São Miguel do Guamá – Pará.
Dados Antropométricos Média (X) Desvio Padrão (SD)
* Valores representam a média (X), ± desvio padrão (SD) da idade, peso, altura e IMC dos voluntários da
pesquisa.
70
67,31
60
50
Valores
40
30 32,24
20 23,4
10
1,69
0
Idade (anos) Peso (Kg) Altura (m) IMC (Kg m-2)
média foi de 1,69 m e no índice de massa corpórea (IMC) observamos a média de 23,42 kgm-2
(Tabela 1).
Tabela 2 - Distribuição dos valores médios e desvios padrões do tempo de serviço dos
trabalhadores da indústria de cerâmica de São Miguel do Guamá – Pará.
Tempo de serviço Média (X) Desvio Padrão (SD)
* Valores representam a média (X), ± desvio padrão (SD) do tempo de serviço dos voluntários da pesquisa.
Tabela 3 - Distribuição dos valores percentuais das atividades ocupacionais exercidas pelos
trabalhadores na indústria de cerâmica de São Miguel do Guamá – Pará.
Atividades Ocupacionais % N
Forneiro 24,1 7
Serviços gerais 51,8 15
Op. de máquinas 3,4 1
Ger. De produção 3,4 1
Chefe de produção 3,4 1
Aux. de produção 13.8 4
* Os valores representam os percentuais (%) e números absolutos (N) das atividades exercidas pelos voluntários,
participantes da pesquisa.
42
14% Forneiro
24%
3% Serv Gerais
3%
3%
Op. de Máquinas
Ger. de produção
Chefe de Produção
53% Aux. de Produção
Tabagista 34,4 10
Não tabagista 51,7 15
Ex-tabagista 13,7 quatro
* Os valores representam os percentuais (%) e números absolutos (N) de voluntários tabagistas, não tabagistas e
ex-tabagistas, participantes da pesquisa.
14%
34%
Tabagista
Não tabagista
Ex-tabagista
52%
* Os valores representam os percentuais (%) e números absolutos (N) de voluntários com queixas sistêmicas
entre os participantes da pesquisa.
44
Cansaço 3,4 1
Tosse pela manhã 3,4 1
Dor no peito 3,4 1
Falta de ar 3,4 1
Sem Q.P - Resp 86 25
* Os valores representam os percentuais (%) e números absolutos (N) de voluntários com queixas respiratórias
entre os participantes da pesquisa.
45
4% 3% 3%
3% Cansaço
Tosse pela manhã
Dor no peito
Falta de ar
Sem Q.P - Resp
87%
As queixas relacionadas ao quadro respiratório foram: cansaço, com 3,4%, tosse pela
manhã 3,4%, dor no peito 3,4% e falta de ar 3,4% (Tabela 6).
Tabela 7 - Distribuição dos valores percentuais dos padrões musculares respiratórios entre os
trabalhadores na indústria de cerâmica de São Miguel do Guamá – Pará.
Padrões Respiratórios % N
Apical 3,4 1
Diafragmático 24,13 7
Misto (apical) 41,37 12
Misto (diafragmático) 31,03 9
* Os valores representam os percentuais (%) e números absolutos (N) de voluntários, participantes da pesquisa,
com seus respectivos padrões musculares respiratórios.
46
3%
31% 24% Apical
Diafragmático
Misto (apical )
Misto ( diafragmático)
42%
Tabela 8 - Distribuição dos valores percentuais dos sons pulmonares (auscultação) entre os
trabalhadores na indústria de cerâmica de São Miguel do Guamá – Pará.
Ausculta Pulmonar (sons pulmonares) % N
* Os valores representam os percentuais (%) e números absolutos (N) de voluntários, participantes da pesquisa,
com seus respectivos sons pulmonares.
47
Mv sem RA
3% 3% 3% Mv dim. bilat.
7%
7% Mv dim. HTx (D)
Mv dim.1/3 inf. HTx (D)
60% Mv dim. base
17%
Ronco bilat. 2/3 inf.
Sibilo 1/3 med.HTx (D)
Tabela 9 - Distribuição dos valores médios e desvios padrões dos dados hemodinâmicos dos
trabalhadores da indústria de cerâmica de São Miguel do Guamá – Pará.
Dados Hemodinâmicos Média (X) Desvio Padrão (SD)
* Valores representam a média (X), ± desvio padrão (SD) das freqüências cardíaca e respiratória e pressão
arterial sistêmica dos voluntários da pesquisa.
48
140
120
121,4
100
Valores
80
75,1
60 68,68
40
20 15,24
0
FC (bpm) FR (irpm) PAS (mmhg) PAD (mmhg)
Com relação aos sinais vitais foram obtidas as seguintes médias: FR 15,24 irpm, FC
68,68 bpm, temperatura 35,17 C°, PAS 121,44 mmHg, PAD 75,17 mmHg. Todos os valores
encontram-se dentro dos padrões de normalidade (Tabela 9).
Tabela 10 – Distribuição dos valores médios e desvios padrões dos dados da funcional
respiratórios dos trabalhadores da indústria de cerâmica de São Miguel do Guamá – Pará.
Dados Funcionais Respiratórios Média (X) Desvio Padrão (SD)
* Valores representam a média (X), ± desvio padrão (SD) do fluxo máximo expiratório, das pressões
inspiratórias e expiratórias máximas e da saturação periférica de oxigênio dos voluntários da pesquisa.
49
600
553,1
500
400
Valores
300
200
Sim 37,93 11
Não 62,06 18
* Os valores representam os percentuais (%) e números absolutos (N) de voluntários, participantes da pesquisa,
quanto à sensação de falta de ar.
Com relação à fadiga foi questionado: Já sentiu falta de ar - 37,93% responderam que
sim enquanto 62,06% responderam que não (Tabela 11).
50
38%
Sim
Não
62%
Tabela 12 – Distribuição dos valores quanto à sensação de falta de ar na maioria dos dias do
ano passado, dos trabalhadores da indústria de cerâmica de São Miguel do Guamá – Pará.
Como se sentiu na maioria dos dias do ano passado (Dispnéia) % N
* Os valores representam os percentuais (%) e números absolutos (N) de voluntários, participantes da pesquisa,
quanto à sensação de falta de ar na maioria dos dias do ano passado.
51
17%
10%
Sem falta
Leve
Moderada
73%
Gráfico 11 - Distribuição dos valores quanto à sensação de falta de ar na maioria dos dias do
ano passado.
Quando questionados de como se sentiram na maioria dos dias do ano passado com
relação à dispnéia, 72,41% responderam sem falta de ar, 10,34% responderam leve falta de ar,
17,24% responderam moderada falta de ar, não foram mencionadas faltas de ar grave ou
muito grave (Tabela 12).
Tabela 13 – Distribuição dos valores quanto à sensação de falta de ar no dia da avaliação, dos
trabalhadores da indústria de cerâmica de São Miguel do Guamá – Pará.
Como se sente hoje (Dispnéia) % N
* Os valores representam os percentuais (%) e números absolutos (N) de voluntários, participantes da pesquisa,
quanto à sensação de falta no dia da avaliação.
52
3% 7%
Sem falta
Leve
Moderada
90%
Tabela 14 – Distribuição dos valores quanto à sensação de falta de ar nas AVD's dos
trabalhadores da indústria de cerâmica de São Miguel do Guamá – Pará.
Como se sente na maioria das AVD's (Dispnéia) % N
* Os valores representam os percentuais (%) e números absolutos (N) de voluntários, participantes da pesquisa,
quanto à sensação de falta nas AVD's.
3%
17%
Sem falta
Leve
Moderada
80%
Sim 89,65 26
Não 10,34 3
* Os valores representam os percentuais (%) e números absolutos (N) de voluntários, participantes da pesquisa,
quanto à sensação de fadiga.
10%
Sim
Não
90%
Tabela 16 – Distribuição dos valores quanto à sensação de fadiga na maioria dos dias do ano
passado, dos trabalhadores da indústria de cerâmica de São Miguel do Guamá – Pará.
Como se sentiu na maioria dos dias do ano passado (Fadiga) % N
Moderada 34,48 10
Grave 20,68 6
* Os valores representam os percentuais (%) e números absolutos (N) de voluntários, participantes da pesquisa,
quanto à sensação de fadiga na maioria dos dias do ano passado.
3% 17%
21%
Sem cansaço
Leve
Moderado
24% Grave
Gráfico 15 - Distribuição dos valores quanto à sensação de fadiga na maioria dos dias do ano
passado.
Questionados sobre como se sentiram na maioria dos dias do ano passado com relação
à sensação de cansaço, foram obtidas as seguintes informações: sem fadiga 17,24%, leve
24,13%, moderada 34,48%, grave 20,68 e muito grave 3,4 (Tabela 16).
55
Tabela 17 – Distribuição dos valores quanto à sensação de fadiga no dia da avaliação, dos
trabalhadores da indústria de cerâmica de São Miguel do Guamá – Pará.
Como se sente hoje (Fadiga) % N
* Os valores representam os percentuais (%) e números absolutos (N) de voluntários, participantes da pesquisa,
quanto à sensação de fadiga no dia da avaliação.
7% 3%
Sem cansaço
21%
Leve
Moderado
55% Grave
Muito grave
14%
Tabela 18 – Distribuição dos valores quanto à sensação de fadiga nas AVD's dos
trabalhadores da indústria de cerâmica de São Miguel do Guamá – Pará.
Como se sente na maioria das AVD's (Fadiga) % N
Muito grave 0 0
* Os valores representam os percentuais (%) e números absolutos (N) de voluntários, participantes da pesquisa,
quanto à sensação de fadiga nas AVD's.
14% 24%
Sem cansaço
21%
Leve
Moderado
Grave
41%
Com relação à fadiga nas atividades do dia-a-dia foram obtidos os seguintes relatos:
sem fadiga 24,13%, leve 41,37%, moderada 20,68%, grave 13,79% e muito grave 0% (Tabela
18).
6 DISCUSSÃO
Nos voluntários do presente estudo foi observado o predomínio de dor nas costas
(24,14%), entre as queixas sistêmicas encontradas, corroborando o estudo da Federação das
Indústrias do Estado de Roraima-FIER (2007) que apresenta a mesma queixa como a mais
referida entre os trabalhadores da indústria de cerâmica de RO.
No estudo de Medeiros (2003), realizado com a poeira de gesso, foi relatado que entre
as queixas mais persistentes estavam irritação conjuntiva ocular (43%) e episódios de tosse
(39%). Na presente investigação os achados para estas queixas foram 3,4% e 3,4%,
respectivamente, corroborando com nossos achados quanto às queixas mais referidas pelos
voluntários, com relação aos problemas respiratórios e sistêmicos.
Os dados do presente estudo apontam para uma diminuição dos valores de PEmáx e
PImáx em relação aos valores de normalidade encontrados na Tabela de Neder (1999). A
média da PEmáx foi de (75,8 cmH2O) e média da PImáx foi de (-113,1cmH2O).
Estudos anteriores afirmam que a silicose crônica é também conhecida como forma
nodular simples, é a mais comum, e ocorre após longo tempo do inicio da exposição, que
pode variar de dez a vinte anos, a níveis relativamente baixos de poeira. A dispnéia ao esforço
é o principal sintoma, e o exame físico na maioria das vezes, não mostra alterações
significativas no aparelho respiratório, este tipo de silicose pode ser observado nas indústrias
de cerâmica. Neste estudo constatamos que a dispnéia foi referida durante atividades de vida
diária por 20,6% dos voluntários, entre estes a média do tempo de serviço no ambiente da
indústria ceramista foi de 7,8 ± 6,9 (FAGUNDES; ZANELLATA, 2005).
59
7 CONCLUSÃO
A pesquisa constatou que a maioria dos voluntários avaliados, apesar de não referirem
problemas quanto a saúde, o quadro respiratório desta classe de trabalhadores encontra-se
com alterações nas prova de funções pulmonares.
No aspecto hemodinâmico não foram encontradas alterações, assim como nos padrões
musculares respiratórios.
Desta forma conclui-se que é necessário um olhar mais atencioso para as patologias
relacionadas ao ambiente de desenvolvimento das atividades dos trabalhadores da indústria de
cerâmica.
60
REFERÊNCIAS
LIDO, V. A.; KITAMURA, S.; OLIVEIRA, I. J.; LUCCA, R. S.; AZEVEDO, Z. A. V.;
BAGATIN, E. Exposição ocupacional e ocorrência de pneumoconioses na região de
Campinas (SP) Brasil, 1978 – 2003. Jornal brasileiro de pneumologia, 2008.
NEDER, J. A., ANDREONI, S., LERARIO, M.C., NERY, L.E. Reference values for lung
function tests II: maximal respiratory pressures and voluntary ventilation. Braz J Med
Biol Res. 1999; 32:719-27.
APÊNDICE A
-
-
64
APÊNDICE B
-
65
APÊNDICE C
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66
APÊNDICE D
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67
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68
APÊNDICE E
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69
70
ANEXO ATS
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71
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72
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73
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