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Do Impressionismo de Debussy

Caracterização
Tem origem em França, caracterizado por sugestão e atmosfera, contraria os excessos da era
Romântica. Os compositores impressionistas preferiam composições com formas curtas como o
nocturne, arabesque, ou o prelúdio. Um dos compositores mais proeminentes nesta corrente foi
Claude Debussy. O Impressionismo pode ser basicamente caracterizado por ter um lirismo íntimo
solitário, preferindo o imaginário e a fantasia em vez do real. Os Impressionistas tendem a usar
outras sonoridades, que não a música tonal, harmonia funcional, de forma a traduzir emoções
suspensas, etéreas, (…) etc.

melodia (etérea, estática, hesitante, fluída)


• escalas de tons inteiros, cromática, pentatónica.
• modos gregorianos, transpostos ou não.
• uso de intervalos menos comuns, como a quarta aumentada.
• ausência generalizada de sensível.
• dissolução da linha melódica.
• pequenas frases, quase melismas.
• assimetria musical.

harmonia (liberdade harmónica, não funcional)


• ambiguidade tonal/pantonal.
• ausência de tónica e da sensível apesar do uso de armação de clave.
• não rejeita os acordes por terceiras mas acrescenta quarta e sexta, agregadas.
• uso de acordes paralelos.
• uso de encadeamentos não tonais/funcionais.
• uso frequente da cadência plagal, sensação modal.
• definição de diferentes campos harmónicos.

forma (extraordinariamente fluída)


• abandono progressivo das formas tradicionais.
• supressão de toda a simetria musical.
• preferencia pelas formas mais curtas, nocturnes, arabesques, prelúdios.

ritmo (vago, sem pulsação clara)


• assimetria musical.
• ambiguidade entre divisões.

orquestração (um novo requinte)


• klangfarbenmelodie (kfm).
• novas soluções tímbricas.
• combinações de instrumentos abordados como um único.

Conclusão
A música de Debussy resulta do intercâmbio de todos os parâmetros musicais e não da
predominância de um só. Esta é por excelência espiritual e simbólica, fruto da utilização de um
discurso variado, permitindo várias interpretações e sensações ao ouvinte, possuindo um charme
simbólico, (daí talvez ocorra a ideia de improvisação em Debussy).
Citando : “(…) uma espontaneidade discursiva em que a música nasce do silêncio (…)”

Do Impressionismo de Debussy / pg.1

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