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PUC- CAMPINAS
2006
ADRIANA NASCIMENTO DA SILVA
PUC-CAMPINAS
2006
Dedico este trabalho ao meus amados pais, os quais devo gratidão
pelos constantes incentivos e por acreditar no meu crescimento
pessoal e profissional.
AGRADECIMENTOS
Aos meus colegas de curso pelos muitos momentos que pudemos compartilhar, de uma
maneira bem descontraída, nossas frustrações e conquistas profissionais e pessoais.
Aos meus pais Romualdo e Elionai e queridos irmãos Danilo e Cristiane pela força e
compreensão.
2- METODOLOGIA 10
3- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 11
3.1- A Psicopedagogia 11
3.2.3- Legislação 30
4- INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA 34
5- CONSIDERAÇÕES FINAIS 43
BIBLIOGRAFIA 45
ANEXOS 47
1- INTRODUÇÃO
limites respeitados.
dois fatores. Primeiro, pelo fato que considero um pouco confusas as suas
cada um. Segundo, limitei-me a escolher somente dois devido ao tempo cronológico
Logo, este trabalho de análise tem por finalidade revistar as leis e teorias
8
Considerando a importância dos dois profissionais para o sistema
A rede escolar estadual paulista, por exemplo, não conta mais com esse
profissional.
complexas e específicas que podem atuar de forma integrada, mas sabemos que
9
2- METODOLOGIA
que, segundo LUDKE & ANDRÉ (1986), a pesquisa qualitativa tem ambiente natural
como sua fonte direta de dados e o pesquisador como seu principal instrumento, isto
orientador educacional.
de ambos.
10
3- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1- A Psicopedagogia
psicopedagogos.
esses sintomas. Isso se revelou insuficiente para o êxito escolar. Ainda, de acordo
11
com o referido autor, a percusso psicopedagógico vai-se consolidando à medida que
dá na década de 80. A partir desse ponto, o enfoque passou a ser mais abrangente,
particularidades.
orgânico da Psicopedagogia.
aprendizagem eram causados por fatores orgânicos perdurou por muitos anos e
recentemente.
12
trabalho cooperativo entre médico e pedagogo era destinado a crianças com
também a partir das contribuições de diversos ciências. Uma vez que, segundo
e conhecimento.
13
Pode-se afirmar, através de diversos autores, que a Psicopedagogia tem
caráter interdisciplinar. Confirma Bossa (2000) quando diz “reconhecer tal caráter
significa admitir a especificidade enquanto área de estudos, uma vez que, buscando
da Psicopedagogia, afirma que a mesma não nasceu de uma área específica, uma
campo de atuação.
aprendizagem, colocado num território pouco explorado, situado além dos limites da
prática.
aprendizagem.
14
Para Scoz (1992), a psicopedagogia estuda o processo de aprendizagem e
conhecimento.
não temos respostas únicas e acabadas e sim, uma variedade de respostas, devido
15
em geral, no diagnóstico clínico, ademais de entrevistas e anamnese, utilizam-se
aprendente;
· Orientar os pais quanto a suas atitudes para com seus filhos, bem como
mas ela se tem voltado cada vez mais para uma ação preventiva, crendo que muitos
postura crítica frente ao fracasso escolar, numa concepção mais totalizante, visando
nas escolas.
16
3.1.3- Campo de atuação e Código de Ética
superior. (Rubinstein,2004).
17
entre a Pedagogia e a Psicologia ou Psicanálise, a qual, de um modo geral, está
somente no aspecto clínico. Contudo, hoje pode ser aplicado além do segmento
aprendizagem humana.
18
É possível perceber que a Psicopedagogia também tem papel importante
(NEE) no ensino regular. Entende-se que colocar o aluno com NEE em sala de aula
e não criar estratégias para a sua permanência e sucesso escolar, inviabiliza todo o
estimulação dos alunos com NEE para que as suas aprendizagens sejam efetivas
(Schroeder,M.M,s/d).
·o sigilo;
· as publicações científicas;
· a publicidade profissional;
· os honorários;
aguardando para entrar em plenário com vistas a estabelecer uma discussão entre
mesma.
o papel que lhe compete, seja reestruturando a atuação da própria instituição junto a
formação no Brasil, constata-se que a busca de uma identidade implica, por esse
desse processo, com vistas a uma intervenção. A grande necessidade de uma ação
efetiva, nesse sentido, fica evidenciada no interesse que tem havido pela
Psicopedagogia em nosso país. Haja vista que, segundo estudo da BOSSA (2000),
escolar. Será que ele tem dado conta de seu papel diante da complexidade de seu
objeto de estudo? Além disso, como ele tem se relacionado com outros profissionais
da educação que atuam no mesmo espaço físico? Há um limite claro de seu papel
com a de outros? Ou será que seu campo de trabalho tem “invadindo” áreas que diz
22
O Brasil acompanhou, inicialmente, os mesmos passos do movimento
educacional.
professor Roberto Mange, em 1924, no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. Seus
1971(Lei nº5692).
pais.
23
Embora a Orientação Vocacional e Profissional faça parte do trabalho
(1994), esse período poderia se chamar “fase romântica”. Ainda segundo a autora,
na década de 60, surge a “fase objetiva”, que tem por finalidade estar atenta às
com os alunos.
atribuir a ela uma fórmula mágica para antever e administrar situações conflituosas
Hoje, por sua vez, a O.E. é caracterizada pela criticidade, por assim dizer,
denominada “fase crítica”. Isto é, “se procura a ajudar o aluno como um todo, com os
contexto escolar.
24
3.2.2 - O Papel do Orientador Educacional
visto como adequado quando integrado com a Orientação. Nestas escolas, são os
próprios professores que ensinam e orientam. Mesmo que nelas existam o serviço
técnicas especializadas de trabalho, possa dar ao professor para que este se torne
mais competente na tarefa de orientar seus alunos, fornecendo-lhe certos dados que
demandam tempo e modo próprio de tratamento. Por outro lado, dão atenção direta
25
como aspecto essencial do trabalho do professor, tendo como justificativa a
Orientação Educacional (O.E.), a qual não visa mais adaptar o aluno à escola,
meio em que vive. Para tal alcance, é necessário um trabalho de orientação com o
uma ação no sentido de mobilizar os agentes educativos na forma que cada um,
pressupostos teóricos que contribuem para uma (re) leitura da realidade local e
26
A identidade do orientador educacional como um profissional e o seu
atividades inerentes à função. Uma vez que, o orientador educacional, muitas vezes,
relação ao seu papel e a sua identidade. Comumente, atua nas mais diversas
funções devido a essa indefinição de papéis. Fica, então, com uma imagem
limitações da pessoa que deve tomar a decisão, assim como o ajuste entre ambas.
inerente à função docente, sendo esta entendida como um projeto que tende a
27
aluno em todas as suas capacidades – cognitivo-linguística, motoras, de relação
desafio muitas vezes instransponível que, de preferência não deve ser exigido
apenas do corpo docente, o qual, para responder aos desafios que lhes são
funcionamento.
28
porque ele está preocupado com o aluno e com o seu autoconceito que, na escola,
qualidade de ensino.
29
3.2.3 – Legislação
com pessoas, fatos e situações, tornando-se cada vez mais envolvido em vários
(Santos, 1976)
torna estática, pois a própria evolução de uma profissão requererá sempre a revisão
bem como o seu propósito para atender necessidades e carências geradas pela
mudança social.
30
Em relação direta à legislação, o Decreto Federal 72.846 de 26/09/1873, que
Artigo 8º:
Privadas;
educativo global;
educando;
Orientação Educacional;
31
i) ministrar disciplinas de Teoria e Prática da Orientação Educacional, satisfeitas as
comunidade;
grupos;
estagiários;
32
Auxilia os professores, levando-os a compreender melhor seus alunos,
favorável à realização dos objetivos da escola. Para isso, conforme Carvalho (1986)
demonstrar que seu principal interesse reside na realização perfeita dos objetivos de
seus colegas, graças à atuação destes que seu trabalho frutifica. O veículo de ação
professor sua assessoria para que este atue junto ao aluno não como um mero
33
4- INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
com uma certa consistência por volta da década de 80. Haja vista que, é a partir
deram início a serviços de apoio aos centros educacionais públicos, na sua maioria
significava que o serviço não fazia parte integrante de uma escola, mas que
distribuía seus horários e seus recursos, quase sempre reduzidos, entre as diversas
à educação especial.
educacional.
(a qual será tratada neste trabalho), define como seu objeto os processos de ensino
dinâmicas institucionais.
observa-se uma tendência, pelo menos nas disposições ditadas pelas diferentes
35
requerem a atuação direta e indireta de profissionais especializados que trabalhem
com o corpo docente, alunos e pais. Assim, são consideradas diferentes áreas de
está funcionando bem, mas se pretende enriquecer. Leva também a orientar, a partir
seja contato com sua intervenção direta ou indireta. A concretização prática destas
36
contribui com seus conhecimentos específicos, experiências e pontos de vista para o
Segundo M.C.M.3, há uma participação muito pequena dos pais na escola. Fato este
que diz à dificuldade de haver uma relação entre escola e família, irei sugerir uma
Uma vez que, “uma intervenção cuja origem situa-se em um aluno costuma envolver
inserem-se numa trama social que mantém inúmeras relações com eles.
que estabeleceu ao longo de sua trajetória uma história de relação e afeto entre
seus membros. Se por um lado, há instituições onde podemos encontrar uma bem-
canalizada relação com as famílias, por outro lado, podemos encontrar escolas que
sentem a tarefa de relacionar-se com os pais como um fardo pesado. Neste último
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O primeiro passo antes da intervenção, seria verificar qual significado há
dos pais na escola. Quais sentimentos são provocados nos agentes educacionais
são as razões que levam os pais à escola para somente reclamar, de modo que, a
família e escola. Quando isso ocorre, as relações são conduzidas pela confiança e
para Huguet (1996 apud Solé 2001), a responsabilidade pelo início e pela
bem-estar e à educação de seus filhos na escola vai depender da acolhida que esta
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oferecer não somente aos alunos mas à família em seu conjunto, assim como dos
compreender que cada família possui sua história, sua forma de perceber-se e de
dirigidas às famílias para levá-las a conhecer a escola e seus projetos. Isto poderá
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respeitosa. É interessante ressaltar que, muitas vezes, presta-se pouca atenção à
conhecer a opinião dos pais, seja em questões globais, seja em outras mais
pais, com uma função formativa. Nestas tarefas, é importante envolver o corpo
elas relações positivas. Adquire também uma grande relevância as reuniões de pais
e as entrevistas individuais do professor com os pais de seus alunos. Uma vez que,
as reuniões de aula são uma boa oportunidade para que o grupo de pais conheça as
linhas gerais do que seus filhos fazem na escola. Por essa razão, o psicopedagogo
41
seleção do que se vai explicar, garantindo que as informações sejam claras e, se
reunião, um curto vídeo ilustrativo das tarefas que se realizam ao longo da jornada,
etc). Também pode prestar sua ajuda para que o professor, na reunião, possa, além
necessários.
42
5- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Procuramos, com este trabalho, fazer uma revisão bibliográfica com vistas a
Portanto, revela-se que não tem havido atualizações bibliográficas as quais tratem
interpreta os fenômenos que precisa enfrentar, que contribui com sua visão para que
outros tomem decisões que permitam otimizá-los, que colabora, discute e chega a
43
pelo projeto educacional geral adotado por um grupo social, o que pressupõe
sua própria ideologia, o que faz sustentar certas atitudes com as condutas e idéias
educacional. Contudo, para que haja uma relação harmoniosa entre ambos
demais. De maneira que nenhum e nem o outro venha englobar além de suas
familiar.
humanas na escola.
44
BIBLIOGRAFIA
45
NOAL, I.K. Contextualização do serviço de orientação educacional na escola:
trajetórias, exepcativas e desafios. IN: PROSPECTIVA. Revista de Orientação
Educacional, 2005. nº28, p.14-17.
SANTOS, L.D. Percepção das funções do Orientador Educacional pelo diretor, pelo
orientador educacional, pelo professor e pelo supervisor escolar. Dissertação de
Mestrado. UFRJ, 1976.
46
ANEXOS
47
ANEXO 1
Artigo 1º
A Psicopedagogia é um campo de atuação em Educação e Saúde que lida com o
processo de aprendizagem humana; seus padrões normais e patológicos,
considerando a influência do meio—família, escola e sociedade—no seu
desenvolvimento, utilizando procedimentos próprios da Psicopedagogia.
Parágrafo Único
A intervenção psicopedagógica é sempre da ordem do conhecimento relacionado
com o processo de aprendizagem.
Artigo 2º
Artigo 3°
Artigo 4°
Artigo 5º
Artigo
Artigo 6°
São deveres fundamentais dos psicopedagogos:
a) Manter-se atualizado quanto aos conhecimentos científicos e técnicos que tratem
do fenômeno da aprendizagem humana;
b) Zelar pelo bom relacionamento com especialistas de outras áreas, mantendo uma
atitude crítica, de abertura e respeito em relação às diferentes visões de mundo;
49
dignidade na relação profissional são deveres fundamentais do psicopedagogo para
a harmonia da classe e manutenção do conceito público.
Artigo 7°
Artigo 8°
Parágrafo Único
Artigo 9°
Artigo 10°
50
Artigo 11º
Artigo 13°
Artigo 14°
Artigo 15°
Os honorários deverão ser fixados com cuidado a fim de que representem justa
retribuição aos serviços prestados e devem ser contratados previamente.
51
Capitulo Vlll - Das Relações com Educação e Saúde
Artigo 16°
Artigo 17°
Cabe ao Psicopedagogo, por direito, e não por obrigação, seguir este código.
Artigo 18°
Cabe ao Conselho Nacional da ABPp orientar e zelar pela fiel observância dos
princípios éticos da classe.
Artigo 19°
Artigo 20°
52
ANEXO 2
1. Dados gerais:
1.1 – Nome: R. C.
1.2 - Formação profissional: Pedagoga e Psicopedagoga
1.3 - Tempo de serviço na função atual: 20 anos
1.4 - Número de turmas e docentes que estão sob sua orientação: quatro 1ª série, 2ª
série e 3ª série e três 4ª série, além de 19 professores.
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5. Quais são os fatores que determinam/interferem o seu trabalho na
instituição escolar?(por exemplo: a filosofia da escola, os docentes, os alunos,
os pais, etc)
Eu vejo assim: você sempre tem que estar casado com a filosofia e a estrutura da
escola. De que forma? Nós estamos no colégio, em que procuramos trabalhar
sempre a criança no individual, na perspectiva que ela tem do aprendizado, do que a
família espera. Não só da parte pedagógica, mas da parte espiritual, de valores, o
que ela busca. Então agente está sempre trabalhando a expectativa individual do
aluno e da família casando também com a filosofia da escola de que é sempre
querer ver a criança bem adaptada, sendo sempre trabalhada dentro das suas
dificuldades, não só cognitivas mas psicológicas também. Então o que interfere? A
visão da família tem da escola, por isso é bom sempre estar fazendo um trabalho
individualizado tendo como meta principal aquilo que o fundador da escola
respeitava.
55
psicopedagogia vem de encontro. Porque você tenta trabalhar não só o psicológico
da criança, mas casando com o cognitivo: o que a criança pode dar, o que agente
pode oferecer a mais pra que agente possa estar caminhando com ela.
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quer que os professores apliquem em sala de aula, principalmente, pra trabalhar os
valores. A M. junto comigo montamos uma atividade pra estar aplicando nas
reuniões pedagógicas dos professores semanalmente.
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ENTREVISTA COM A PSICOPEDAGOGA
1. Dados gerais:
1.1 – Nome: M. C. M.
1.2 - Formação profissional: Psicologia e psicopedagogia
1.3 - Tempo de serviço na função atual: 23 anos
58
5. Quais são os fatores que determinam/interferem o seu trabalho na
instituição escolar?(por exemplo: a filosofia da escola, os docentes, os alunos,
os pais, etc)
Eu acho que é a falta de participação dos pais. Muitas vezes, você convoca, você
procura trazer pra escola pra gente poder fazer uma parceria no que diz respeito ao
desenvolvimento do filho e, isso , muitas vezes, não tem ocorrido. As vezes, você
convoca ou individual ou em grupo para a participação de uma palestra. E isso
agente vem sentindo a cada ano esta dificuldade de fazerem uma parceria conosco.
Na verdade, eles delegam pra escola a educação dos filhos e não participam. Ou
quando aparecem é pra fazerem uma determinada reclamação do professor ou
alguma coisa que ocorreu no ambiente escolar, mas não existe esta parceria. Então,
esta é uma grande barreira pro desenvolvimento do trabalho.
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aluno, a conduta que deve ter com cada um. Então eu acho que o papel da
orientação é esse.
Aqui (na escola) trabalho com grupos psicopedagógicos (grupos de alunos). Mas,
para os pais entenderem melhor nós chamamos esses grupos de “grupos de
reforço”. Mas, na verdade, não tem como reforçar algo na criança com aquilo que
ela ainda não tem. Eles precisam adquirir aquilo que eles ainda não tem. Então, na
verdade, o nome correto seria grupo psicopedagógico. Agente tem horários
específicos, ou seja, nos horários contrários, ao período de aulas deles pra estar
participando deste grupo de trabalho. Então tem grupo que trabalhamos com jogos,
em que procuramos desenvolver habilidades que preparam para o aluno aprender.
Tem outro que agente trabalha mais voltado à conteúdo. Agente tem grupo de
alunos estrangeiros em que temos trabalhado com eles pra emocionalmente aceitar/
adaptar ao nosso país, a nossa cidade. Aceitar as perdas das coisas que eles
deixaram aonde eles viviam: os amigos, os parentes e todos os vínculos que eles já
60
tinham. E depois pra fazer uma adaptação da língua mesmo pra que eles possam
dar prosseguimento aos estudos.
61
Ent. Que é uma sondagem, ne?!
Na verdade, eu faço uma avaliação mais a nível de escolaridade e passo pros pais
que ele (o aluno) precisaria fazer uma avaliação mais aprofundada neste aspecto a
nível clínico. Pra agente poder ser mais aptos pra estar trabalhando com o aluno até
dentro da própria escola.
Então eu acho que o trabalho do psicopedagogo pode ser até mais outros do que eu
citei. Porque agente já teve mais profissionais trabalhando com agente aqui. Nós
tínhamos fonoaudiólogo. Lógico que com um maior número de profissionais nas
escolas com estas especializações, acredito que dá pra desenvolver mais. Por
exemplo, tentar desenvolver orientação profissional a nível de Ensino Médio.A isso
cabe à psicóloga, que não sou eu. agente tenta distribuir um pouco porque não tem
como agente dá conta de tudo, né!?
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E ate se você fosse ver, precisaria de mais psicopedagogas. É uma coisa muito
ideal: nenhuma escola tem mais que uma e tem escola que nem tem. A maioria não
tem. Se você vê; essa escola, deste porte, deveria ter uma pra Educação Infantil, pra
Fundamental, pra Ensino Médio.
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Eu acho que existe a atuação do psicopedagogo clínica e escolar. Acho que o fato
de você estar na escola você consegue alcançar um número maior de pessoas,
levar os benefícios daquela ciência, conhecimento pro maior número de pessoas.
Você lida com as pessoas poderem aceitar ou não aquela sua contribuição.
Diferente, por exemplo, daquela pessoa que chega à clínica buscando o
atendimento. Já, aqui, na escola, nem sempre as pessoas te busca. As vezes, você
oferece. Então você lida com isso: quem trabalha numa instituição lida com
aceitação e rejeição. Bastante até com isso!. Mas, você leva esse conhecimento,
contribuição ao maior número de pessoas do que numa clínica. Então isso é uma
coisa gostosa: você está contribuindo pra um número maior de pessoas que, talvez,
nem tenham possibilidade de estar pagando um trabalho clínico porque é a
instituição que as mantém.
Agora eu vejo que o professor está precisando do apóio de mais de pessoas
especializadas porque os grupos que ele trabalha são mais difíceis. Já está
comprovado que o professor é uma das profissões mais estressantes. Primeiro é o
médico, o bombeiro e o professor. Porque são profissões que estão ligadas a
resolver situações muito rapidamente. Então eles tem tido bastante stress. E, as
vezes, eles não querem nem orientação. Eles querem uma pessoa que possa ouví-
lo, que possa fazer com que ele enxergue as coisas por outro ângulo. È um trabalho
que agente (psicopedagoga) tem muito pra contribuir também, né!? Porque sempre
as pessoas gostam está culpando o professor de tudo. E nem sempre a culpa é do
professor. É o que eu falo: num bolo cada um tem uma fatia de responsabilidade.
Não pode ser só o professor. Às vezes, a fatia maior de responsabilidade pode estar
nos pais e não na escola. Às vezes está no próprio aluno, que tem questões
individuais. Então eu acho que tudo isso tem que ser visto. E o psicopedagogo tem
essa formação pra estar vendo o desenvolvimento cognitivo, motor e emocional do
aluno.
Para o psicopedagogo é muito diferente você lidar com um aluno ni individual,
mesmo que ele seja difícil, do que você trabalhar com ele diante de um grupo de 30
pessoas. Então aquilo que pode servir pra um atendimento individual, eu pego.
Porque o professor não dá conta, pois além do mais, o professor é cobrada também
pra desenvolver conteúdo. Ele é cobrado com a relação que ele tem que ter com
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alunos, com os pais dos alunos. Então a função do professor também é bem
complexa. Então agente precisa tomar um pouco de cuidado com isso e apoiá-lo. E
eu vejo que, cada vez mais, agente precisa de pessoas especializadas dentro da
escola. Até por causa da inclusão. Sem pessoas especializadas é mais difícil pro
professor ter instrumentos pra lidar com essas inclusões. Então não basta só o
governo ordenar a inclusão. Tem também que instrumentalizar os professores pra
poder lidar com essas inclusões.
Agente não pode exagerar e pedir ao professor que ele seja um terapeuta dentro da
sala de aula, né!? Não é papel dele ser terapeuta. O papel dele é transmitir
conhecimento. Mas, se algum aluno esteja precisando de algo mais pra poder estar
tendo a aula, agente precisando está verificando o que é. E pra isso temos que
contar com o apoio da direção, dos pais. No sentido de poder aceitar agente mostrar
outras coisas que podem ser feitas pra poder o aluno não prejudicar o grupo
também. Então, até pela minha formação em psicologia, que é mais da área de
saúde, agente também tem como obrigação apontar os caminhos pra tratamento,
mesmo que a família não aceite. Temos que mostrar os avanços a nível de medicina
na psicologia, neurologia pra se tratar de determinados comportamentos, questões.
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para os professores. Realmente, eles (a equipe pedagógica da escola) estão carente
de recursos, profissionais especializados. Seria interessante haver, por exemplo, 1
psicopedagogo pra cada 3 unidades escolares. Isso já ajudaria bastante.
Nem todas as particulares tem o psicopedagogo.
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