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F R E D E RI C M I LTO N T H R A S H E R
T H E G A N G : A S T U DY O F 1 3 1 3 G A N G S I N
C HI C AG O
Frederic Milton Thrasher.
(Thrasher, 1927)
Thrasher propôs que "bairros em transição são locais de
reprodução para gangues".
A necessidade de manter as relações face-a-face estabelece limites
para a magnitude que o gangue pode atingir. O tamanho era
determinado, por exemplo, pelo número de rapazes capazes de se
encontrar na rua ou dentro do espaço limitado do seu ponto de
encontro.
"O isolamento é comum a quase todos os grupos vocacionais,
religiosos ou culturais de uma grande cidade. Cada um
desenvolve os seus próprios sentimentos, atitudes, códigos e
até mesmo as suas próprias palavras, que são, na melhor das
hipóteses, apenas parcialmente inteligíveis para os outros."
(Thrasher, 1927)
Geralmente o grupo não cresce em proporções tão grandes
como empresas ou estruturas coletivas que acabam por
dificultar o estabelecimento de controlo e de contactos de
proximidade.
O desejo de reconhecimento
por parte de um círculo maior,
se for imperativo, é conseguido
enquanto membro da família, da
escola, do clube ou de outros
grupos e instituições às quais o
jovem tem acesso.
O "organismo" como um todo:
Um gangue, como
outros tipos de grupos
sociais, pode também
ser concebido com um
padrão de ação próprio.
Cada pessoa no grupo
executa uma função
específica por referência
a outros ou, dizendo de
outro modo, preenche o
nicho individual que a
experiência no gangue
determinou para ele.
O padrão de ação de um grupo tende a tornar-se fixo e
automático nos hábitos dos seus membros. Pode mesmo
persistir por muito tempo após a organização formal do grupo
ser alterada.
Porque vive o presente, ele concebe como parte maior da sua vida a
pertença ao gangue. O seu status noutros grupos não é tão importante. O
gangue é o seu mundo social.
Ao esforçar-se por realizar o papel que dele se espera, acaba muitas vezes
por assumir atitudes difíceis: atos de ousadia ou vandalismo e até se tornar
um criminoso.
Adquirir um registo no tribunal ou ser "afastado" para uma
instituição dá prestígio no seio do gangue. Ao “puni-lo” ou "reformá-
lo“ a sociedade está simplesmente a promover a sua ascensão no
grupo. Pelo contrário, instituições que tentam redirecionar o jovem
delinquente deveriam alcançá-lo através dos seus grupos sociais
vitais, onde podem apelar à construção essencial dele mesmo.
O processo de seleção: