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Análise Crítica PNE - Fernanda Lopes de Sá PDF
Análise Crítica PNE - Fernanda Lopes de Sá PDF
FERNANDA LOPES DE SÁ
Avaré/SP
2020
Essa análise crítica levará em conta as metas 15, 16, 17 e 18 do Plano Nacional de
Educação. Abaixo, encontra-se um breve resumo do que cada uma delas trata:
Mesmo nos tempos atuais, é fácil encontrar docentes na sala de aula que não tenham
uma formação específica e adequada para ministrarem as aulas que lhes foram destinadas.
De acordo com o Censo escolar de 2019, uma em cada três disciplinas é dada por
professor sem formação específica, e isso varia de acordo com a etapa de ensino. Essa
relação revela que as políticas de formação dos professores a nível superior, precisam de
alterações de forma a garantir que esse acesso seja universal.
Para quem opta pela carreira de docente, o salário insuficiente para sobreviver de
uma maneira digna, obriga que o indivíduo dê aula em várias escolas, além de procurar
por meios externos de complementar sua renda, e o acúmulo de tarefas que se transpõe
no aumento da carga horária trabalhada durante o dia, somado à exaustão física e mental,
constantemente provoca doenças como ansiedade, depressão, síndrome do pânico,
fazendo com que muitos professores solicitem licença médica e se afastem das escolas,
causando assim, uma grande defasagem no ensino.
Além de serem feitos concursos para a contratação dos profissionais que atuam nas
escolas deve haver um plano de carreira em toda extensão nacional, e esse plano precisa
ser bom, considerando as particularidades de cada lugar. É preciso
buscar concretizar uma “carreira aberta”, para que os docentes possam evoluir sem
necessariamente largarem sua função. Há que se criar a possibilidade de que um bom
professor consiga se aposentar sendo um professor, sem ter que recorrer a outros cargos
dentro da escola para progredir na carreira
O grande número de docentes que atuam nas escolas com contratos temporários gera
um impacto negativamente considerável sobre o aprendizado dos alunos. Além de que, a
falta de um plano de carreira eficaz a esses profissionais, faz com que eles não tenham
segurança e uma boa visão do futuro, se por exemplo, muitos nem sabem se terão ou não
turmas para darem aulas no próximo ano, ou em quais escolas continuarão dando aula e
quais não. Isso dificulta muito o planejamento profissional do professor, prejudicando o
seu desempenho como profissional e afetando o desempenho de seus alunos também.
Conforme o indicador de esforço docente, avaliado pelo Inep, mais de quarenta por
cento dos docentes do ensino médio possuem de 50 a 400 alunos, trabalham em mais de
um turno, em mais de uma escola e em mais de duas etapas de ensino diferentes. Muitos
trabalham de manhã, à tarde e à noite, em duas ou três instituições de ensino diferentes.
Já que o professor tem que essencialmente dobrar a sua carga horária de trabalho,
devido a desvalorização do mesmo, ele fica sem tempo para se dedicar em uma formação
continuada, tendo um grande impedimento para se especializar e com isto, aprimorar a
qualidade das suas aulas. Além de que, como precisa aumentar a sua renda, isso justifica
o fato de não recusar dar aulas de disciplinas que não refletem à sua formação.
Referências