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Nome:__________________________________________ Nº___ Turma ___Ano letivo __/__

Avaliação: __________________ Professor: ______________ Enc. Educação: _____________

Grupo I – COMPREENSÃO DO ORAL

Para responderes aos itens que se seguem, vais visionar um pequeno vídeo no qual se fala
de uma das mais importantes zonas de circulação e nidificação de aves da Europa, a Lagoa de
Albufeira, em Sesimbra: “Silêncio... vamos observar pássaros na Lagoa de Albufeira”.
http://ensina.rtp.pt/artigo/silencio-vamos-observar-passaros-na-lagoa-de-albufeira/

Antes de iniciares, lê as questões. Em seguida, ouve, atentamente, duas vezes e responde


ao que é pedido.

1. Para cada item (1.1. a 1.4.), seleciona a opção que completa a frase, de acordo com o
sentido do texto.

1.1. A área da Lagoa de Albufeira deve a sua importância


(A) à presença de uma grande diversidade de aves selvagens.
(B) ao facto de ser uma área protegida.
(C) ao seu interesse internacional.

1.2. Esta área é administrada através de uma parceria entre


(A) o Instituto de Conservação da Natureza, a Quercus e a Câmara Municipal de
Sesimbra.
(B) o Instituto de Conservação da Natureza e a Quercus.
(C) o Instituto de Conservação da Natureza, a Quercus, a Câmara Municipal de
Sesimbra e a Cimpar Sul.

1.3. Os visitantes podem observar


(A) apenas aves.
(B) qualquer espécie de animais.
(C) aves e algumas outras espécies de animais aquáticos.

1.4. O horário das visitas é


(A) todos os dias, durante uma parte da manhã e uma parte da tarde.
(B) três dias por semana, durante uma parte da manhã e uma parte da tarde.
(C) três dias por semana a qualquer hora.
Grupo II – LEITURA

A arca fotográfica de Joel Sartore

Durante muitos anos, Joel Sartore, fotógrafo da National Geographic, trabalhou longe de
casa, documentando a vida selvagem do Parque Nacional de Madidi, na Bolívia, escalando os
picos mais altos da Grã-Bretanha ou aproximando-se de ursos-pardos no Alasca. Enquanto
isso, a sua mulher, Kathy, permanecia na cidade de Lincoln, no estado de Nebrasca, junto dos
5 filhos.
Em 2005, foi diagnosticado um cancro a Kathy. Joel Sartore não teve escolha: com três
filhos, de 12, 9 e 2 anos, não podia prosseguir com as campanhas fotográficas que tinham
construído a sua carreira. Nessa altura, recorda agora, “tive um ano para ficar em casa a
pensar”. Pensou em John James Audubon, o ornitólogo 1 americano do século XIX. “Ele pintou
10 várias aves que hoje já estão extintas”, diz. No verão de 2006, Joel apresentou a ideia ao seu
amigo John Chapo, presidente e diretor-geral do zoológico Lincoln Children’s. Pediu
autorização para fotografar alguns dos animais daquela infraestrutura. John Chapo autorizou
o projeto, embora pensasse então que o objetivo era excessivamente ambicioso. Ao chegar ao
zoológico, Joel pediu apenas duas coisas ao curador 2 Randy Scheer: um fundo branco e um
15 animal que permanecesse quieto. “Que tal um rato-toupeira-pelado?”, retorquiu Randy. Pode
parecer estranho que uma criatura tão humilde conseguisse inspirar aquilo que viria a tornar-
se a obra de Joel Sartore: a missão de fotografar as espécies cativas do mundo e levar o
público a preocupar-se com o seu destino. Joel calcula que serão necessários 25 anos, ou
mais, para fotografar a maioria das espécies em cativeiro.
20 Na última década, ele fotografou mais de
5600 animais para o seu projeto entretanto
cunhado como Arca Fotográfica (Photo Ark). Joel
captou retratos de animais que podem ser
salvos, mas também de animais condenados. No
25 verão passado, no zoológico de Dvůr Králové, na
República Checa, fotografou um rinoceronte-
-branco-do-norte, um de apenas cinco
remanescentes3 no mundo.
Joel cresceu perto de Lincoln – em Ralston,
30 no Nebrasca. Os seus pais adoravam a Natureza. O pai levava-o a colher cogumelos na
primavera, a pescar no verão e a caçar no outono. A mãe ofereceu-lhe aos oito anos um livro
sobre aves editado pela Time-Life que poderá ter-lhe mudado a vida.

Texto de Rachel Hartigan Shea; fotografias de Joel Sartore,


In https://nationalgeographic.sapo.pt/natureza/grandes-reportagens/657-arca-fotografica (com supressões).

1 2 3
ornitólogo: pessoa que se dedica ao estudo das aves; curador: administrador, zelador; remanescentes:
restantes, sobrantes.
1. Relaciona, considerando as informações do texto, as figuras cujos nomes constam da
coluna A com a sua respetiva profissão indicada na coluna B.

Coluna A Coluna B

A. Joel Sartore 1. Ornitólogo


B. John James Audubon 2. Fotógrafo
C. John Chapo
3. Diretor

2. Para cada item (2.1. a 2.3.), escolhe a opção que completa corretamente as afirmações que
se seguem.

2.1. O objetivo do atual projeto de Joel Sartore é


(A) trabalhar longe de casa a documentar a vida selvagem.
(B) fotografar animais no seu habitat.
(C) fotografar animais em cativeiro.
(D) fotografar apenas animais em vias de extinção.

2.2. A ideia para o projeto Arca Fotográfica surgiu porque Joel Sartore
(A) estava cansado de viajar pelos vários continentes.
(B) andava preocupado com os animais em via de extinção.
(C) foi convidado pelo seu amigo John Chapo.
(D) teve de prestar assistência à família.

2.3. A paixão de Joel Sartore pela vida selvagem e pela Natureza surgiu
(A) durante as suas viagens pelo mundo.
(B) na sua infância.
(C) quando começou a fotografar os animais.
(D) quando começou a trabalhar para a revista National Geographic.
Grupo III – EDUCAÇÃO LITERÁRIA

Lê o excerto que se segue. Em caso de necessidade, consulta as notas.

Ladino é um pardal muito velho, muito cuidadoso e mais esperto do que qualquer outro animal

Ladino

Mas como havia de lhe dar o lampo 1, se aquilo era uma cautela, um rigor!… E logo de
pequenino. Matulão, homem feito, e quem é que o fazia largar o ninho?! Uma semana inteira
em luta com a família. Erguia o gargalo 2, olhava, olhava, e – é o atiras dali abaixo!… A mãe,
coitada, bem o entusiasmava. A ver se o convencia, punha-se a fazer folestrias 3 à volta. E
5 falava na coragem dos irmãos, uns heróis! Bom proveito! Ele é que não queria saber de
cantigas. Ninguém lhe podia garantir que as asas o aguentassem. É que, francamente, não se
tratava de brincadeira nenhuma!
Uma altura! Até a vista se lhe escurecia… O pai, danado, só argumentava às bicadas, a
picá-
10 -lo como se pica um boi. Pois sim! Ganhava muito com isso. Não saía, nem por um decreto. E,
de olho pisco, ali ficava no quente o dia inteiro, a dormitar. Pobre de quem tinha de lho meter
no bico…
Contudo, um dia lá se resolveu. Uma pessoa não se aguenta a papas toda a vida. Mas não
queiram saber… Quase que foi preciso um paraquedas.
15 Mais tarde, quando recordava a cena, ainda se ria. E deliciava-se a descrever as emoções
que sentira. Arrepios, palpitações, tonturas, o rabinho tefe-tefe. E a ver as coisas baças,
desfocadas. Agoniado de todo! Valera-lhe a santa da mãe, que Deus haja.
– Abre as asas, rapaz, não tenhas medo! Força! De uma vez!
Tinha de ser. Fechou os olhos, alargou os braços, e atirou o corpo, num repelão… Com mil
20 diabos, parecia que o coração lhe saía pelos pés! Ar, então, viste-o.
Deu às barbatanas, aflito.
– Mãe!
Mas afinal não caía, nem o ar lhe faltava, nem coisíssima nenhuma. Ia descendo como uma
pena, graças aos amortecedores. Mais que fosse! No peito, uma frescura fina, gostosa… Não
25 há dúvida: voar era realmente agradável! E que bonito o mundo, em baixo! Tudo a sorrir,
claro e acolhedor…
A mãe, sempre vigilante e mestra no ofício, aconselhou-lhe então um bonito antes de
aterrar. Dar quatro remadas fundas, em cheio, e, depois, aproveitar o balanço com o corpo
em folha morta, ao sabor da aragem…
30 Assim fez. Os lambões4 dos irmãos nem repararam, brutos como animais! A mãe é que
disse sim senhor, com um sorriso dos dela…
E pousou. Muito ao de leve, delicadamente, pousou no meio daquela matulagem 5 toda,
que se desunhava ao redor duma meda6 de centeio.
Terra! Pisava-a pela primeira vez! Qualquer coisa de mais áspero do que o veludo do
35 ninho, mas também quente e segura. Deu alguns passos ao acaso, a tirar das cócegas nos
dedos um prazer de que ainda tinha saudades. Depois, comeu. Comeu com fome e com gula 7
os grãos duros que o sol esbagoava 8 das espigas cheias. Numa bicada imprecisa, precipitada,
foi a ver, engolira uma pedra. Não lhe fez mal nenhum. Pelo contrário. Ricos tempos! Desde o
entendimento ao estômago, estava tudo inocente, puro. Fosse agora, e era indigestão pela
certa. Arrombadinho9 de todo! Por isso fazia aquela dieta rigorosa…

Miguel Torga, “Ladino” in Bichos. 6ª ed., Lisboa: BIS-LeYa, pp. 63-65.

1
dar o lampo: morrer; 2 gargalo: pescoço; 3 folestrias: pândega, farra; 4 lambões: comilões; 5 matulagem:
8
bando de vadios; 6 meda: montão cónico de feixes de palha;7 gula: excesso de gosto de comer; esbagoar: tirar
9
os bagos; arrombadinho: arruinado.

1. Compara as atitudes da mãe e do pai face ao medo de voar sentido por Ladino.
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2. O que levou Ladino a voar?


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3. As palavras seguintes permitem caracterizar o comportamento de Ladino antes e durante


o primeiro voo (linhas 12-30).

Amedrontado Apreensivo Corajoso

3.1. Seleciona uma destas palavras e explica por que razão ela é, na tua opinião,
adequada para caracterizar o comportamento de Ladino.
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4. Seleciona a opção que completa corretamente a afirmação.


4.1. Ao afirmar “Mas afinal não caía, nem o ar lhe faltava, nem coisíssima nenhuma.”
(linha 22), o narrador mostra
(A) que Ladino continuava a ser medroso.
(B) aquilo de que acusavam Ladino.
(C) os medos que impediam Ladino de voar.
(D) que Ladino voou muito mal.
5. “Os lambões dos irmãos nem repararam, brutos como animais!” (linha 29).
Para cada item (5.1. e 5.2.), seleciona a opção que completa corretamente cada
afirmação.

5.1. A caracterização que, na frase, se faz dos irmãos de Ladino


(A) é negativa, porque mostra que estes apenas se preocupam com a comida.
(B) é positiva, porque justifica a sua atitude com a necessidade de comer.
(C) é negativa, porque mostra que eles gostavam de lutar como se fossem animais.
(D) é positiva, porque mostra que eles estavam distraídos com uma luta.

6. A mãe de Ladino tinha motivos para se sentir orgulhosa do filho? Justifica a tua opinião.
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7. Ladino diz que ter engolido uma pedra quando comeu grãos pela primeira vez não foi um
problema, mas se isso lhe acontecesse hoje tudo seria diferente.
Justifica as diferenças, segundo a opinião de Ladino.
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Grupo IV – GRAMÁTICA

1. Associa as palavras sublinhadas em cada frase da coluna A à sua classe e subclasse na


coluna B.

Coluna A Coluna B
A. Ele era o pardal mais preguiçoso.
B. O preguiçoso não voava. 1. Nome
2. Pronome
C. O seu voo foi calculado.
3. Adjetivo
D. O melhor voo foi o seu. 4. Preposição
5. Determinante
2. Completa os espaços em branco com as formas dos verbos conjugados nos tempos e
modos indicados entre parênteses.
a) Se a mãe lhe _____________ (dizer, pretérito imperfeito do conjuntivo) Ladino
ouvia.
b) – Hoje, eu ______________ (voar, presente do indicativo), disse Ladino.

3. Identifica a única opção cujo constituinte sublinhado desempenha a função sintática de


complemento direto.

(A) A mãe dava aos filhos os melhores grãos.


(B) Ladino esperava pelos melhores grãos.
(C) Na quinta, estavam os melhores grãos.
(D) Ladino atirou-se aos melhores grãos.

4. Considera a frase: O Ladino gostava de desafios.


4.1 - Classifica sintaticamente cada um dos seus elementos.
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________________________________________________________________________

5. Transforma as frases ativas em frases passivas.

a) Ladino ouviu os conselhos da mãe.


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b) A mãe dava aos filhos os melhores grãos.


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c) O Ladino conta um segredo à mãe.


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6.Cria um campo lexical, com um mínimo de três palavras, com o nome “terra”.

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COTAÇÃO DO TESTE

Item
Grupo
Cotação (em pontos) Total
Grupo I
Compreensão 1.1. 1.2. 1.3. 1.4.
do Oral 3 3 3 3 12
Grupo II
1. 2.1. 2.2. 2.3.
Leitura
3 3 3 3 12
Grupo III
Educação 1. 2. 3.1 4.1. 5.1. 6. 7.
Literária 3 2 3 3 3 4 4 22
6.
Grupo IV 1. 2. 3. 4. 5.
Gramática 4 3 2 6 6 3 24

Grupo V Item único


Escrita 30
Total 100

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