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JANEIRO/FEVEREIRO
Para responderes aos itens que se seguem, vais visionar um pequeno vídeo no qual se fala
de uma das mais importantes zonas de circulação e nidificação de aves da Europa, a Lagoa de
Albufeira, em Sesimbra: “Silêncio... vamos observar pássaros na Lagoa de Albufeira”.
http://ensina.rtp.pt/artigo/silencio-vamos-observar-passaros-na-lagoa-de-albufeira/
1. Para cada item (1.1. a 1.4.), seleciona a opção que completa a frase, de acordo com o
sentido do texto.
Grupo II – LEITURA
Durante muitos anos, Joel Sartore, fotógrafo da National Geographic, trabalhou longe de
casa, documentando a vida selvagem do Parque Nacional de Madidi, na Bolívia, escalando os
picos mais altos da Grã-Bretanha ou aproximando-se de ursos-pardos no Alasca. Enquanto isso,
a sua mulher, Kathy, permanecia na cidade de Lincoln, no estado de Nebrasca, junto dos filhos.
5 Em 2005, foi diagnosticado um cancro a Kathy. Joel Sartore não teve escolha: com três
filhos, de 12, 9 e 2 anos, não podia prosseguir com as campanhas fotográficas que tinham
construído a sua carreira. Nessa altura, recorda agora, “tive um ano para ficar em casa a
pensar”. Pensou em John James Audubon, o ornitólogo 1 americano do século XIX. “Ele pintou
várias aves que hoje já estão extintas”, diz. No verão de 2006, Joel apresentou a ideia ao seu
10 amigo John Chapo, presidente e diretor-geral do zoológico Lincoln Children’s. Pediu autorização
para fotografar alguns dos animais daquela infraestrutura. John Chapo autorizou o projeto,
embora pensasse então que o objetivo era excessivamente ambicioso. Ao chegar ao zoológico,
Joel pediu apenas duas coisas ao curador 2 Randy Scheer: um fundo branco e um animal que
permanecesse quieto. “Que tal um rato-toupeira-pelado?”, retorquiu Randy. Pode parecer
15 estranho que uma criatura tão humilde conseguisse inspirar aquilo que viria a tornar-se a obra
de Joel Sartore: a missão de fotografar as espécies cativas do mundo e levar o público a
preocupar-se com o seu destino. Joel calcula que serão necessários 25 anos, ou mais, para
fotografar a maioria das espécies em cativeiro.
Na última década, ele fotografou mais de
20 5600 animais para o seu projeto entretanto
cunhado como Arca Fotográfica (Photo Ark). Joel
captou retratos de animais que podem ser salvos,
mas também de animais condenados. No verão
passado, no zoológico de Dvůr Králové, na
25 República Checa, fotografou um rinoceronte-
-branco-do-norte, um de apenas cinco
remanescentes3 no mundo.
Joel cresceu perto de Lincoln – em Ralston,
no Nebrasca. Os seus pais adoravam a Natureza. O pai levava-o a colher cogumelos na
30 primavera, a pescar no verão e a caçar no outono. A mãe ofereceu-lhe aos oito anos um livro
sobre aves editado pela Time-Life que poderá ter-lhe mudado a vida.
1 2 3
ornitólogo: pessoa que se dedica ao estudo das aves; curador: administrador, zelador; remanescentes:
restantes, sobrantes.
Coluna A Coluna B
2. Para cada item (2.1. a 2.3.), escolhe a opção que completa corretamente as afirmações que
se seguem.
2.2. A ideia para o projeto Arca Fotográfica surgiu porque Joel Sartore
(A) estava cansado de viajar pelos vários continentes.
(B) andava preocupado com os animais em via de extinção.
(C) foi convidado pelo seu amigo John Chapo.
(D) teve de prestar assistência à família.
2.3. A paixão de Joel Sartore pela vida selvagem e pela Natureza surgiu
(A) durante as suas viagens pelo mundo.
(B) na sua infância.
(C) quando começou a fotografar os animais.
(D) quando começou a trabalhar para a revista National Geographic.
Ladino é um pardal muito velho, muito cuidadoso e mais esperto do que qualquer outro animal
Ladino
Mas como havia de lhe dar o lampo 1, se aquilo era uma cautela, um rigor!… E logo de
pequenino. Matulão, homem feito, e quem é que o fazia largar o ninho?! Uma semana inteira
em luta com a família. Erguia o gargalo 2, olhava, olhava, e – é o atiras dali abaixo!… A mãe,
coitada, bem o entusiasmava. A ver se o convencia, punha-se a fazer folestrias 3 à volta. E falava
5 na coragem dos irmãos, uns heróis! Bom proveito! Ele é que não queria saber de cantigas.
Ninguém lhe podia garantir que as asas o aguentassem. É que, francamente, não se tratava de
brincadeira nenhuma!
Uma altura! Até a vista se lhe escurecia… O pai, danado, só argumentava às bicadas, a picá-
-lo como se pica um boi. Pois sim! Ganhava muito com isso. Não saía, nem por um decreto. E,
10 de olho pisco, ali ficava no quente o dia inteiro, a dormitar. Pobre de quem tinha de lho meter
no bico…
Contudo, um dia lá se resolveu. Uma pessoa não se aguenta a papas toda a vida. Mas não
queiram saber… Quase que foi preciso um paraquedas.
Mais tarde, quando recordava a cena, ainda se ria. E deliciava-se a descrever as emoções
15 que sentira. Arrepios, palpitações, tonturas, o rabinho tefe-tefe. E a ver as coisas baças,
desfocadas. Agoniado de todo! Valera-lhe a santa da mãe, que Deus haja.
– Abre as asas, rapaz, não tenhas medo! Força! De uma vez!
Tinha de ser. Fechou os olhos, alargou os braços, e atirou o corpo, num repelão… Com mil
diabos, parecia que o coração lhe saía pelos pés! Ar, então, viste-o.
20 Deu às barbatanas, aflito.
– Mãe!
Mas afinal não caía, nem o ar lhe faltava, nem coisíssima nenhuma. Ia descendo como uma
pena, graças aos amortecedores. Mais que fosse! No peito, uma frescura fina, gostosa… Não há
dúvida: voar era realmente agradável! E que bonito o mundo, em baixo! Tudo a sorrir, claro e
25 acolhedor…
A mãe, sempre vigilante e mestra no ofício, aconselhou-lhe então um bonito antes de
aterrar. Dar quatro remadas fundas, em cheio, e, depois, aproveitar o balanço com o corpo em
folha morta, ao sabor da aragem…
Assim fez. Os lambões4 dos irmãos nem repararam, brutos como animais! A mãe é que disse
30 sim senhor, com um sorriso dos dela…
E pousou. Muito ao de leve, delicadamente, pousou no meio daquela matulagem 5 toda, que
se desunhava ao redor duma meda6 de centeio.
Terra! Pisava-a pela primeira vez! Qualquer coisa de mais áspero do que o veludo do ninho,
©Edições ASA | 2018-2019 – Carla Marques | Ana Paula Neves
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P ORTUGUÊS 7º ANO –
JANEIRO/FEVEREIRO
mas também quente e segura. Deu alguns passos ao acaso, a tirar das cócegas nos dedos um
35 prazer de que ainda tinha saudades. Depois, comeu. Comeu com fome e com gula 7 os grãos
duros que o sol esbagoava8 das espigas cheias. Numa bicada imprecisa, precipitada, foi a ver,
engolira uma pedra. Não lhe fez mal nenhum. Pelo contrário. Ricos tempos! Desde o
entendimento ao estômago, estava tudo inocente, puro. Fosse agora, e era indigestão pela
certa. Arrombadinho9 de todo! Por isso fazia aquela dieta rigorosa…
1
dar o lampo: morrer; 2 gargalo: pescoço; 3 folestrias: pândega, farra; 4 lambões: comilões; 5 matulagem:
8
bando de vadios; 6 meda: montão cónico de feixes de palha;7 gula: excesso de gosto de comer; esbagoar: tirar
9
os bagos; arrombadinho: arruinado.
1. Compara as atitudes da mãe e do pai face ao medo de voar sentido por Ladino.
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3.1. Seleciona uma destas palavras e explica por que razão ela é, na tua opinião,
adequada para caracterizar o comportamento de Ladino.
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5. “Os lambões dos irmãos nem repararam, brutos como animais!” (linha 29).
Para cada item (5.1. e 5.2.), seleciona a opção que completa corretamente cada
afirmação.
6. A mãe de Ladino tinha motivos para se sentir orgulhosa do filho? Justifica a tua opinião.
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7. Ladino diz que ter engolido uma pedra quando comeu grãos pela primeira vez não foi um
problema, mas se isso lhe acontecesse hoje tudo seria diferente.
Justifica as diferenças, segundo a opinião de Ladino.
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Grupo IV – GRAMÁTICA
Coluna A Coluna B
A. Ele era o pardal mais preguiçoso. 1. Advérbio
B. O preguiçoso não voava. 2. Nome
3. Pronome
C. O seu voo foi calculado.
4. Adjetivo
D. O melhor voo foi o seu. 5. Preposição
E. A aterragem foi tão suave. 6. Determinante
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3. Completa os espaços em branco com as formas dos verbos conjugados nos tempos e
modos indicados entre parênteses.
a) A mãe queria que Ladino ___________ (pôr, pretérito imperfeito do conjuntivo) os pés
no chão.
b) Ladino respeitou o que a mãe lhe _____________ (dizer, pretérito mais-que-perfeito
composto do indicativo).
c) – Hoje, eu ______________ (voar, presente do indicativo), disse Ladino.
5. Forma frases complexas que incluam uma oração do tipo indicado entre parênteses.
c) Ladino voava.
Ladino seria alvo da troça de todos. (oração coordenada disjuntiva)
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Grupo V – ESCRITA
“Depois, comeu. Comeu com fome e com gula os grãos duros que o sol esbagoava das
espigas cheias. Numa bicada imprecisa, precipitada, foi a ver, engolira uma pedra. Não lhe fez
mal nenhum. Pelo contrário. Ricos tempos! Desde o entendimento ao estômago, estava tudo
inocente, puro. Fosse agora, e era indigestão pela certa. Arrombadinho de todo! Por isso fazia
aquela dieta rigorosa…” (linhas 35-39)
Introdução:
‒ Importância da promoção da saúde para a população em geral.
‒ Apresentação de dois aspetos a tratar ao longo do texto.
Desenvolvimento:
‒ Aspeto 1: descrição e consequências positivas para a saúde.
‒ Aspeto 2: descrição e consequências positivas para a saúde.
Conclusão:
‒ Síntese das ideias principais.
COTAÇÃO DO TESTE
Item
Grupo
Cotação (em pontos) Total
Grupo I
Compreensão 1.1. 1.2. 1.3. 1.4.
do Oral 3 3 3 3 12
Grupo II
1. 2.1. 2.2. 2.3.
Leitura
3 3 3 3 12
Grupo III
Educação 1. 2. 3.1 4.1. 5.1. 5.2. 6. 7.
Literária 3 3 3 3 3 3 4 4 26
Grupo IV 1. 2. 3. 4. 5.
Gramática 5 3 4.5 3 4.5 20
(1.5+1.5+1.5) (1.5+1.5+1.5)
Grupo V Item único
Escrita 30
Total 100
PROPOSTAS DE CORREÇÃO
Grupo II – Leitura
1. A – 2; B – 1; C – 3
2.1. (C)
2.2. (D)
2.3. (B)
Grupo IV – Gramática
1. A – 4; B – 2; C – 6; D – 3; E – 1
2. Nunca os tinha comido até àquele dia.
3. a) pusesse; b) tinha dito; c) voo.
4. (A)
5. a) Ladino teve medo, pois ficou com a vista turva.
b) A mãe dava-lhe bons conselhos, mas Ladino não queria voar.
c) Ladino voava ou seria alvo da troça de todos.
Grupo V – Escrita
A promoção da saúde é muito importante para que as pessoas possam viver mais tempo e com
qualidade, ou seja, sem problemas de saúde que a tornem debilitadas ou dependentes de outros. Entre
os fatores que estão diretamente relacionados com a promoção da saúde, podemos destacar a
alimentação e o exercício físico.
Em primeiro lugar, a alimentação é um aspeto muito importante para uma vida saudável. Ingerir
vegetais e frutas, evitar alimentos com excesso de sal ou de açúcar e consumir de forma equilibrada
alguns alimentos como as carnes vermelhas são atitudes muito importantes para manter o organismo
saudável.
Em segundo lugar, o exercício físico deve complementar a alimentação. O combate ao
sedentarismo por meio de atividades físicas diárias, como caminhadas, corrida, natação ou mesmo
ginásio corresponde a uma atitude que evitam doenças muito perigosas, como é o caso dos problemas
cardíacos.
Para concluir, a promoção da saúde exige atitudes conscientes da parte de todos ao nível da
alimentação e o exercício físico.
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