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GESTAÇÃO GEMELAR

Incidência  TODA Monocoriônica é monozigótica.


Agora, dicorionica pode ser tanto
 Frequência de monozigóticos é de
dizigótica como pode ser monozigótica.
1:250, 1/3 dos gêmeos (independe de
raça, idade e paridade) Corionicidade
 Gestação dupla: 1:90 partos
 Refere-se ao número de placentas
 Gêmeos fraternos: 2 ovos, 2
 Monocoriônica (MC): 1 placenta
espermatozóides (parecidos) – filhos do
mesmo pai e mesma mãe
 Gêmeos verdadeiros: 1 ovo, 1
espermatozóide (idênticos)

Superfecundação: Mulher ovulou 2 vezes no


mesmo ciclo, ex. ovulou hoje e transou com um
homem, amanhã ela ovula de novo e transa de
novo com outro homem. Engravida nas duas
vezes. As crianças nascem no mesmo dia, mas  Dicoriônica (DC): 2 placentas
de pais diferentes.

 A monocoriônica pode ser


Monoamniótica (MA) ou Diamniótica
(DA)
Gêmeos monozigóticos podem ficar dentro da
 Todas monocorionica são monozigóticas
mesma placenta, como também esse saco pode
 Fetos dicoriônicos podem ser
se dividir e ficar um feto implantado de um lado
monozigótico ou dizigótico
do útero e o outro do outro lado do útero. São
do mesmo zigoto, mas metade do ovo colou de Diagnóstico USG
um lado e o outro colou do outro lado.
 1º desenho: Uma única placenta
Zigocidade (monocorionica) e monoamniotica e dois
bebes. Pode-se afirmar que os bebes
 Refere-se a origem dos gêmeos:
são gêmeos idênticos (monocorionicas)
 Monozigotos (MZ): origem de um mesmo
 2º desenho: Uma placenta única e
ovo (1/3)
diamniótica, e dois bebes. Pode-se
 Dizigotos (DZ): ovos diferentes (2/3)
afirmar que os bebes são gêmeos
 ZIGOCIDADE ≠ CORIONICIDADE
idênticos (monocorionicas)
(placenta)
 3º desenho: Duas placentas juntas
 Conduta vai depender da corionicidade.
(dicorionica) e diamniótica, e dois
bebes. Não pode afirmar nada, pode ou
não ser idênticos
GESTAÇÃO GEMELAR
 Gestação amonoamniotica –
entrelaçamento de cordões
 Gemelaridade perfeita – siamês

Evolução com aborto espontâneo e morte


fetal

 Como descobrir pelo USG se é  O risco de aborto é 2x maior


monocorionica ou dicorionica?  Metade das gestações gemelares
o No USG tem um Sinal do T chegam ao termo com 2 fetos
(monocorionica e diamniótica) e  Risco de mortalidade
Sinal do lambida (λ). (dicorionica Prematuridade
e diamniótica)
 A prematuridade não diminui desde
1960, porém a mortalidade melhorou
com as UTI’s Neonatal
 IG -> Parto:
1. BI gemelar: 35-36 semanas
2. TRI gemelar: 32-33 semanas
3. QUADRI gemelar: 29-31 semanas
 No USG o Sinal do T é altamente  Tem maior risco de atonia, de ruprema,
sugestivo (patognomônico) com de descolamento de placenta
gestação monocorionica e diamniótica
 As gestações gemelares podem ser Morbidade e Mortalidade Perinatal
identificadas com 2 ou mais SGs  Está intimamente relacionada ao peso
 Faz-se diagnóstico na 4ª semana e se fetal
confirma na 6ª (BCE)  Quanto ao mais baixo peso, pior o
 Corionicidade e amniocidade o período prognóstico
ideal é na 12ª semana  Complicações mais comuns:
 No Sinal do lambida (λ) a parede entre Hiperbilirrubinemia, Hipoglicemia,
os dois bebes é grossa. SARA, Persistência do Canal arterioso,
Riscos Deficiência Mental, Hemorragia
Intraventricular
 Evolução com abortamento espontâneo
e morte fetal
 Prematuridade
 Morbidade e mortalidade perinatal
 STFF (Síndrome de Transfusão Feto
Fetal). É quando tem uma fístula
arteriovenosa, e tem-se um bebe
doador e um bebe recebedor.
 Síndrome anencefalo-acardico. Falat
tanto sangue em um dos bebe que ele
não desenvolve da cintura para cima
 RCIU – falta de comida, de espaço.
GESTAÇÃO GEMELAR
 Quando tem uma única placenta morrer também por hipóxia
(monocorionica), tem-se Discordância intrautero.
hemodinâmica:
Síndrome da Transfusão Feto-Fetal (STFF)
o TRAP (perfusão arterial
reversa) (1%): gêmeo acárdico,
isso porque não desenvolveu do
cordão umbilical para cima e não
tem coração.
o TAPS (3-5%): um bebe rouba
sangue do outro, assim um bebe
tem anemia e o outro está hemo Tem-se anastomose superficial e anastomose
concentrado profunda, em que um bebe é doador e o outro é
o TTTS (10-15%): Síndrome da recebedor. Gestação monocorionica e
Transfusão Feto Fetal. diamniótica. Sinal do Cocun (casulo), pois a
Transfusão de um feto para o criança menor tem uma bolsa diminuída.
outro. Tbm chamada de TOPS
 Ocorre em 15% das Monocorionicas
porque tem um bebe com
 Existe anastomose placentária
oligoamnio. Antigamente fazia
 Feto receptor e feto doador
diagnóstico pelo peso e hoje o
 Diagnóstico: USG
diagnóstico é pelo líquido. CAI
o Parametros:
NA PROVA. Um bebe vai estar
 Disparidade entre o
com pouquinho líquido e o outro
tamanho dos gemelares
bebe vai estar com bastante
 Poli e oligoâmnio
líquido. O que o sangue tem haver
 Disparidade vesical fetal
cm líquido amniótico? O que é
 Hidropsia fetal (28% dos
líquido amniótico? Líquido
receptores e 12% dos
amniótico é urina fetal que é
doadores)
produzida a partir da filtração
 Ducto venoso alterado
glomerular. Quanto mais sangue
 Receptor: grande, hipervolemia,
o bebe recebe mais ele urina e
hipertensão, poliuria, polidrâmnio, ICC,
vice versa. TTO: Laser divide a
hiperviscoso
placenta ao meio e assim separa
 Doador: pequeno, hipovolemia,
uma placenta da outra. Só que
hipotenso, oligúria, oligodrâmnio
quando faz esse tto, muitas
 Tratamento:
vezes melhora, porém, em 15 –
20% pós laser, um dos bebes vai
evoluir com anemia.
o No sangue da mae vai oxigênio,
hidratação e nutrientes. Então
um bebe que recebe pouca
comida, ele ganha pouco peso.
Assim, pode ter um bebe magro
e outro gordo, ou pode ter os
dois magros. Esses bebes podem
GESTAÇÃO GEMELAR
Síndrome do Anencéfalo-Acárdico –TRAP  Principal causa de morte é o
entrelaçamento do cordão

Gemelaridade Imperfecta

 São os gemêos siameses


 1:165.000
 Tocaconfalópagos (28%)
 Toracópagos (18%)
 Ocorre em STFF precoce
 Onfalópagos (10%)
(embriogênese)
 Craniópagos (6%)
 1 feto normal e outro malformado grave
 Ao USG: VV (vesícula vitelínica) única
 Mortalidade elevada
 TTO: depende do órgão que estão
 Raro 1:35.000
compartilhando
 TTO: laser
Conduta
RCUI
 Repouso materno?
 Ocorre em 30% dos gemelares
o Recomendado em caso de
 Quando a diferença de peso for
trabalho de parto prematuro
superior a 20% pensar em STFF
(TPP)
 Ocorre em 56% DC e 22% MC
o Não há comprovação de
 Tratamento:
prolongar a gestação e melhora
 IG>32: Parto
de peso no caso de
 IG>26 e < 32: TTO conservador
hospitalização da paciente
Discordância Fetal Anatômica  USG para medir o colo?
o Quanto menor o colo maior o
 É o aumento das malformações
risco de parto pré-termo
estruturais mais frequentes em
o Colo < 2,5cm, risco de 30% de
gemelares
TPP (indicação formal de
 Alterações + comuns:
progesterona até o parto)
1. Defeito de fechamento de tubo
o Colo < 1,5cm, risco de 70% de
neural (DFTN)
TPP
2. Defeitos cardíacos (+ comum na
 Medidas profiláticas:
gestação única)
1. Repouso
3. Onfalocele
2. Progesterona
4. Defeito do TGU
natural
5. Artéria umbilical única
micronizada
Gestação Monoamniótica 3. Uterolítico
4. Cerclagem
 Corresponde a 1 a 2% das gestações
5. Corticoide
monocoriônicas
 Corticóide?
 Divisão embrionária entre 9º e 13º dia
o Betametasona 12 mg IM, repetir
de fertilização. Se dividir depois do 13º
em 24 horas
são fetos grudados, gemelaridade
o Diminui o risco:
perfeita.
1. SARA
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2. Hemorragia ventricular
3. Enterocolite
necrotizante
 Cerclagem?
o Indicada nos casos de
apagamento progressivo do colo
uterino
o Indicado quando colo < 1,5 –
2,0cm
o Deve ser feito até 16 semanas
o Intuito de prolongar a gestação
 Tocólise?
o Somente se TPP
o Não existe benefício na inibição
profilática
 Desvitalização embrionária?
o Procedimento ilegal no Brasil
o Objetivo é reduzir os riscos
fetais
o O risco de morbiletalidade é
120x maior em gestações
gemelares do que em gestações
simples

Complicações Maternas

 Risco proporcional ao nº de fetos


 Situações + comuns:
o Anemia
o Síndromes Hipertensivas
o Hemorragias
o (TPP/RUPREMA/DPP)

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