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TERNURA
E FIRMEZA
Com os filhos
TERNURA
E FIRMEZA
Com os filhos
Alexander Lyford-Pike é médico pela Faculdade de
Medicina da Universidade da República Oriental do Uruguai
(1978). Em 1981 obteve uma pós-graduação em Psiquiatria na
Escola de Graduados da Universidade da República. Mais
adiante, em 1985, realizou cursos de especialização em
psiquiatria biológica na Universidade de Navarra, Espanha, e de
psicoterapia no Royal Edinburgh Hospital, Escócia. Nos anos
1988, 1989, 1992, 1993 esteve na Western Psychiatric Institute
and Clinic da Universidade de Pittsburgh, EUA., onde
aprofundou seus estudos em psiquiatria.
INTRODUÇÃO
5. COMUNICAÇÃO EFETIVA
5.1 Linguagem assertiva adequada
5.2 Mensagens sem palavras
5.3 Manejo das discussões
5.4 Reconhecimento das boas condutas
8. SITUAÇÕES ATÍPICAS
Á
9. FILHOS RESPONSÁVEIS
PRÓLOGO
ATITUDE FLEXÍVEL
E FIRME AO MESMO TEMPO
Por exemplo:
“Te amo muito como para deixar que se comporte assim. Seu
problema de comportamento deve terminar e estou disposto a fazer
o necessário para que se dê conta de que falo sério”.
Ante as condutas impróprias dos filhos esta é a
mensagem
que os pais devem transmitir. Assim lhes ficará claro
que não é
uma contradição amá-los muito e exigir-lhes.
Há que ter em conta que também se demonstra a autoridade
quando se é capaz de estimular e reforçar positivamente as
mudanças problemáticas que vão manifestando e quando se tem a
integridade de reconhecer os próprios erros.
- falar claro.
- Respaldar as palavras com fatos.
- Estabelecer as regras do jogo.
Para a difícil e apaixonante tarefa de ser pais, há
muita
experiência recolhida, tanto acadêmica como prática,
que ajuda
e orienta. Educar é ir adiante, e para isso, há que fazer
o
esforço de assistir a cursos e conferências, além de
estudar.
Estes três planos de comunicação constituem a base da EP a
ser aplicada de acordo com o modo que se vá desenvolvendo a
formação de cada criança. Educar é assegurar-se que o filho cresça
retamente. A retidão supõe a existência de uma disciplina na
pessoa. Nos anos formativos de cada pessoa, esta disciplina deve
ser estabelecida pelos pais, em maior ou menor grau conforme
sejam maiores ou menores os desvios que se produzam no reto
crescimento.
Inseguras
Hostis ou agressivas
Afirmação ineficaz
Mãe: “Te pedi que arrumasse seu quarto, mas ainda não o
fez”.
“Por que se comporta mal comigo?” ou “Por que não liga para
o que eu falo?”.
É claro que o pai não espera que seu filho lhe informe o preço
do conserto da janela, mas sua reação insegura através da pergunta
não chega a transmitir-lhe a verdadeira mensagem: que um
descuido irresponsável em seu comportamento está causando um
prejuízo econômico à família.
Súplica
A súplica à criança, pedindo-lhe que seja
compreensiva e se
apiede do adulto, transmite uma imagem paterna de
fragilidade e debilidade, que induz à desobediência e à
desvalorização. Se perde assim prestígio, autoridade e
não
se lhes apresenta um modelo atraente para ser
imitado.
“Venha deitar-se”.
Mãe: “Venha deitar-se”.
Ignorar a desobediência
Por exemplo:
Por exemplo:
Uma senhora visita a uma amiga cujo filho de doze anos ligou
o aparelho de som em seu quarto com um volume ensurdecedor.
Amiga: “Como aguenta esse ruído?”.
Formas de inferiorizá-los:
“Você é um desastre”.
Quando falar com seus filhos seja concreto. Evite frases vagas
e imprecisas como “seja bonzinho” ou “comporte-se como uma
criança de sua idade”, que reflitam apenas a expressão de um
desejo, mas não transmitem a instrução precisa de uma mensagem
clara, calma e firme.
Falar direta e assertivamente não deixa dúvidas na
mente
de seus filhos sobre o que você quer exatamente que
façam. Isto não os intimida, mas lhes dá segurança,
porque para eles nada é melhor do que ver em seus
pais
pessoas com personalidade.
Os casos que se seguem exemplificam esta forma de atuar:
Os casos que se seguem exemplificam esta forma de atuar:
Pai (com calma e firmeza diz ao filho que lhe argumenta que
tem vontade de continuar brincando): “Entendo-lhe que queira
continuar brincando, mas já é hora de comer e quero que guarde
esses brinquedos em seu lugar IMEDIATAMENTE”.
Mãe (da sala para sua filha, que está em seu quarto falando ao
telefone): “Andréia, já terminou os deveres?”.
Por exemplo:
Pai (olhando-o nos olhos e com uma mão sobre seu ombro):
“Raul, pare de incomodar seu irmão” (estabeleceu especificamente
o que quer).
Por exemplo:
Mãe: (calmamente): “Pode ser que para você pareça que sou
malvada” (nevoeiro).
Mãe: “Pode ser que você acredite que sempre zombo de você”
(nevoeiro).
Essa técnica, combinada com a do “disco riscado”, favorece, por
um lado, não reagir à crítica do filho e a evitar ser desviado do
objetivo. Por outro, conseguir que responda à ordem.
Por exemplo:
Mãe (com calma): “Pode ser que você acredite que sou má
(nevoeiro), mas recolha seus brinquedos (disco riscado).
Mãe (com calma): “Pode ser que você acredite que eu fico lhe
peseguindo (nevoeiro), mas recolha seus brinquedos” (disco
riscado).
Por exemplo:
Maria: “É que meus colegas vão rir” (se chega ao ponto que
verdadeiramente afeta à criança).
Maria: “Sim”.
Exemplo:
Filho: “Que me chame para voltar cedo para casa me faz sentir
criança”.
Pai: “Que há no fato de que lhe chame, mais que lhe faça
sentir criança?” (interrogação negativa).
Filho: “Para os outros, seus pais não os fazem voltar para casa
às oito e meia”.
Pai: “Crê que ficarão ali somente porque você também fica?”.
Pai: “Não. Creio que lhe perguntarão se você está com fome e
por que não vai para casa jantar”.
Filho: “Verdade?”.
Filho: “Claro”.
Pai: “E Acha que sentir fome é uma razão para ter vergonha?”.
Filho: “Não”.
Pai: “Então, que acha de lhes dizer que tem fome e vai para
casa comer, em vez de esperar que eu lhe chame? Assim
continuarão achando-o muito criança?” (compromisso viável).
Filho: “Não”.
Pai: “Acredita que amanhã a noite terá que ser outra vez o
último em chegar a sua casa?”.
Filho: “Não”.
O elogio
Por exemplo:
Mãe (ao filho): “Estou orgulhosa, eu sei como é difícil não errar
nenhuma palavra em um ditado”.
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RESPALDAR AS PALAVRAS COM ATOS
Isolamento
Retirada de privilégios
Por exemplo:
“Não poderá sair para brincar com seus amigos enquanto não
tiver ordenado todo seu quarto”.
Retirada de privilégios
Ação física
A ação física deve ser firme, mas suave, evitando cair no ato
agressivo do golpe, da zombaria ou qualquer forma de violência.
Deve existir uma proporção lógica entre a conduta inapropriada
e a medida disciplinária.
Por exemplo:
Pai: “Alberto, não posso permitir que incomode seu irmão na
mesa. Se voltar a fazê-lo outra vez, irá para seu quarto. A escolha é
sua”.
Por exemplo:
Por exemplo:
Maria (volta a chegar tarde sem ter avisado a seus pais): “Olá,
papai”.
Por exemplo:
Por exemplo:
Pai: “Manuel, essa pistola faz muito barulho. Por favor dê-me
isso”.
Perdoar e esquecer
Uma vez que seu filho recebeu a medida disciplinária que ele
mesmo escolheu, o assunto fica encerrado.
Por exemplo:
Filha (irritada): “Nem pense que vou lavar louça essa noite”.
Os pais que cedem quando são postos a prova por seus filhos,
estão ensinando-lhes a seguinte lição inassertiva:
Filha (irritada): “Nem pense que vou lavar a louça esta noite!”.
Por exemplo:
Elogio
Pai: “Jorge, está muito bem que tenha feito tudo sem que
tivesse que lembrá-lo. O que acha de eu lhe contar uma história?”.
Prêmio especial
Muitos pais elogiam seus filhos de noite por sua boa conduta
na manhã ou lhes permitem uma saída extra porque se portaram
bem durante a semana.
Por exemplo:
Quanto mais positivo você for com seus filhos, menos terá que
marcar os limites.
Para que os prêmios sejam formativos devem ser
escolhidos
pelos pais. Se reforça ao bom comportamento dos
filhos outorgando-os de imediato, ao mesmo tempo
que se lhes faz
ver as consequências boas dos atos que realizam
bem.
“A terceira vez irá para seu quarto por dez minutos, sem olhar
tevê nem brincar com seus irmãos pelo resto do dia”.
“A quarta vez irá para seu quarto por meia hora e se deitará
imediatamente depois de jantar”.
Por exemplo:
Pai (com calma): “João, foi escolha sua. Lhe dissemos quando
conversamos com você a noite que não podemos tolerar respostas
de mal tom. Portanto, vá para seu quarto imediatamente”.
Depressão
Ansiedade