Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SEXUALIDADE
infantil
A sexualidade infantil é um tema muito espinhoso e divergente.
As pessoas têm opiniões diferentes sobre esse tema. É um
tema difícil de ser tratado, com o qual estamos especialmente
sensibilizados por ocasião dos vários casos de abusos e pedo-
filia que correm nos noticiários etc. Todas essas coisas vêm à
nossa cabeça e começamos a ficar preocupados com a sexu-
alidade dos nossos filhos. Iremos falar de todas as dificuldades
que enfrentamos para cuidar da sexualidade de nossos filhos
e mesmo da nossa.
SEXUALIDADE
infantil
Muitas vezes, as escolas falam sobre educação sexual para as
crianças sem previamente avisar os pais. Ouvi já vários relatos de
crianças chegarem em casa, depois de uma dessas conversas
sobre sexo promovidas pelas escolas, e falar que estão com nojo
dos pais ou que sentem pena deles por fazerem o que fazem juntos,
quando estão sozinhos.
SEXUALIDADE
infantil
Viver nessa ambiência contribui muito para que os nossos filhos
falem coisas que para eles são difíceis. Independentemente do
que eles tenham a nos dizer, por mais difícil que seja, saberão
que podem contar conosco para ajudá-los a solucionar e
compreender os seus problemas
SEXUALIDADE
infantil
Os afetos, como falei há pouco, são um poderoso motor para a
ação humana. Fazer as coisas apenas por fazer, sem pôr nelas o
coração, é uma coisa muito ruim, que de fato não sustenta. Para
uma ação ser realmente boa, precisa desses dois cavalos andan-
do paralelos um ao outro: a vontade e o apetite sensível, a razão e
o sentimento ordenados. É necessário que ajudemos nossos filhos
a desfrutar de fazer o bem. A educação das emoções faz com
que os nossos filhos tenham um coração grande. Do coração,
como também disse anteriormente, podem sair coisas totalmente
desastrosas, como também coisas totalmente maravilhosas.
SEXUALIDADE
infantil
O benefício que teremos ao modular a afetividade dos nossos filhos
é o de fazer com que eles aprendam a amar o que realmente
merece ser amado. É verdade que fazer o bem nem sempre é tão
atrativo como deveria, mas quando educamos o sentimento dos
nossos filhos e a sua afetividade, as virtudes custam muito menos
esforço para eles, porque eles chegam até mesmo a desejar os
bens árduos, não se importando em ter de trilhar um caminho difícil
para conquistá-lo. Eles vão conseguir sentir prazer em fazer o bem
Aula 02
SEXUALIDADE
infantil
Há também, nisso, um conceito de liberdade muito problemá-
tico, como se liberdade fosse fazer o que bem entendemos.
Mas, na verdade, liberdade é fazer o que é bom para a nossa
formação enquanto seres humanos. Se não levamos em con-
sideração todas as circunstâncias necessárias, estamos edu-
cando muito mal a sexualidade dos nossos filhos.
SEXUALIDADE
infantil
Os atos humanos são necessariamente morais; ou seja, livremente
escolhidos após um juízo de consciência. Paramos e pensamos,
olhando para a nossa consciência, e decidimos, enfim, por uma
coisa ou por outra – daí que seja possível classificar os atos huma-
nos em bons e maus. O agir é moralmente bom quando as escolhas
feitas servem ao verdadeiro bem do homem. Precisamos saber,
então, qual é o bem da sexualidade, para que ela foi feita, por que
temos impulsos sexuais etc.
SEXUALIDADE
infantil
A sexualidade, portanto, não é um ato puramente biológico,
mas refere-se ao núcleo íntimo da pessoa. O uso da sexualida-
de com doação física atinge seu pleno significado na expres-
são da doação pessoal do homem e da mulher até a morte.
Precisamos de fato usar a sexualidade nessa clave, da doação
total de si. O amor humano, o dom de si, é exigente: pede tudo e
dá tudo.
SEXUALIDADE
infantil
iii) As informações sobre sexualidade devem ser fornecidas num
contexto mais amplo da educação para o amor. Precisamos ter
sempre esse contexto do desenvolvimento biológico e do desen-
volvimento espiritual de fato, da alma dos nossos filhos. Precisa-
mos também avaliar os ambientes que os filhos frequentam,
porque muitas vezes esses ambientes atrapalham a educação
para o dom de si. Cansei de ir a aniversários em cujas festas
haviam músicas muito ruins, super sexualizadas, em desacordo
com a idade das crianças presentes. Quando isso acontece, eu
simplesmente pego meus filhos e vou embora – há, é claro, músi-
cas toleráveis, mas há algumas intoleráveis.
SEXUALIDADE
infantil
Esses princípios a que precisamos orientar os nossos filhos acabam
não sendo integrados em uma informação sexual com responsabi-
lidade. Se oferecemos essa informação aos nossos filhos de forma
prematura, eles não conseguirão agir responsavelmente, nem
mesmo a conseguirão entender – e isso irá perturbá-los. Que a per-
turbação não aconteça; mas, se porventura acontecer, precisare-
mos dar a informação correta aos nossos filhos de forma cuidado-
sa e limitada, o máximo possível, corrigindo a informação anterior e
controlando uma possível linguagem obscena.
SEXUALIDADE
infantil
Já sabemos que alguma exposição prematura pode aconte-
cer; então, sem nos espantarmos, devemos dizer “É? E como
que foi? Me conta” e tentar descobrir até onde eles sabem,
para tentarmos ordenar, ajustar, modular da melhor maneira
possível essas informações dentro dos nossos filhos.
SEXUALIDADE
infantil
Precisamos prevenir os nossos filhos da mentalidade hedonista, que
diz ser o sexo apenas para benefício próprio. Essa mentalidade leva-
-nos a objetificar as pessoas. Na fase da puberdade, os filhos costu-
mam ficar muito vulneráveis a fantasias eróticas e a tentações de
realizar várias experiências sexuais. Conversar sobre essas coisas é
importante, tentando sempre sondar o que o filho já sabe sobre o
assunto e o que ele precisa saber, para que a gente não fale
demais, nem de menos.
Aula 3
Existe um livro chamado The Joyful Mysteries of Life, dos autores Ca-
therine e Bernard Scherrer: É um livro em inglês (infelizmente, para
ele, não há tradução no Brasil). É um livro para os pais lerem com as
crianças; e o modo como os autores abordaram o assunto é uma
maneira muito boa de conversarmos com os nossos filhos sobre a
sexualidade.
Não posso disponibilizar (ainda) uma tradução desse livro por ques-
tões de direitos autorais etc., mas gostaria de ler umas partes dele
para vocês, para que vocês tenham uma noção de como podemos
falar com os nossos filhos sobre sexualidade dentro de todo o pano-
rama que lhes passei no curso.
SEXUALIDADE
infantil
A leitura do livro é voltada mais para crianças maiorzinhas, para
as quais já precisamos falar de algumas coisas mais sérias em
razão da chegada da pré puberdade, que acontece por volta
dos dez ou onze anos de idade da criança – talvez se faça ne-
cessário, com algumas crianças, antecipar um pouquinho o
assunto por efeito de circunstâncias particulares.
SEXUALIDADE
infantil
O útero fica na barriga das meninas, abaixo do umbigo. É do tama-
nho de uma pêra e é certamente muito confortável para o bebezi-
nho que ali se acomoda no início da vida. Nesse momento, o bebê
tem o tamanho de uma cabeça de alfinete, não se assemelhando
em nada com um bebê propriamente. Às vezes, os pais não perce-
bem de imediato que ele existe, mas Deus o percebe, porque já lhe
deu alma e amor”
SEXUALIDADE
infantil
Porém, o que acontece quando uma mãe não está esperando um
bebê?
Esse dom é muito especial, mas pode ser prejudicado por algumas
doenças; por isso, precisa ser cuidado. Isso precisa ser guardado, e
não deve ser estragado ou abusado.
SEXUALIDADE
infantil
Por nove meses, o bebê cresce dentro da mãe. É impressionan-
te como ele cresce rápido. No começo da vida, ele é do tama-
nho de uma cabeça de alfinete; nove meses depois, costuma
pesar mais de três quilos – às vezes, um pouco mais – e ter
cerca de cinqüenta centímetros. Enquanto está no útero da
mãe, sua cabeça fica normalmente apontada para baixo, com
braços e pernas encolhidos para ocuparem o mínimo de
espaço possível. A barriga da mãe, no entanto, está bem
grande e redonda no momento em que ele nasce. A essa
altura, a cabeça dele está com dez centímetros de diâmetro.
Será que você ou sua irmã tem uma boneca do tamanho de
um bebê recém-nascido? Como o bebê sai da mãe?
SEXUALIDADE
infantil
Até agora, não falamos muito sobre o papel que o pai desempenha
para da r vida a bebezinhos. O papel dele deve ser importante – do
contrário, ninguém nunca diria que você ou seus irmãos se pare-
cem com ele.
Por puro amor, Deus criou os seres humanos como macho e fêmea,
para que pudessem se casar e, sendo criados à Sua imagem e se-
melhança, dar vida a filhos por amor. Deus também não quer que a
mãe tenha de cuidar do bebê totalmente sozinha – se fosse assim,
o bebê não teria um pai para amá-lo e protegê-lo. Assim, enquanto
Ele prepara um berço para o bebê em cada mulher (o útero), Ele
também dá a elas uma célula especial para fazer um novo bebê.
Essa célula especial se chama óvulo.
Esse óvulo não tem capacidade de criar uma nova vida sozinho.
Para a mãe ter um bebê, ela precisa de que o pai lhe dê uma outra
célula – se ele não o faz, o óvulo morre bem rapidamente, perdido
junto com a menstruação.
Como vocês sabem, o corpo dos homens é diferente do corpo das
mulheres, e as células especiais usadas pelos pais para fazerem
vidas novas são muito diferentes das produzidas pelas mães. As
células dos homens são chamadas espermatozóides e são produzi-
das por glândulas chamadas testículos. O pai, na verdade, dá à
mãe um grande número de espermatozóides, de modo que Deus é
quem decide qual deles será unido ao óvulo da mãe para fazer um
novo bebê.”.
Essa é uma outra coisa muito importante. Isso mostra para as crian-
ças o quão especial elas são, independentemente do que tenha
acontecido para que elas tenham vindo à existência. Elas foram
escolhidas a dedo em meio a um monte de outras células.
SEXUALIDADE
infantil
“O momento em que Deus faz uma vida nova, unindo as células
materna e paterna é chamado concepção. O novo bebê, na
concepção, ainda não tem pernas, braços, boca ou olhos, mas
já é um novo ser humano completo.
SEXUALIDADE
infantil
Agora, uma parte do livro em que os autores falam da virgindade
das meninas:
SEXUALIDADE
infantil
Deus dá ao marido o direito de romper o selo pelo sacramento do
Matrimônio. Sem esse sacramento, o homem não tem o direito de
fazê-lo, e a moça, por sua vez, não tem o direito de permiti-lo. A
membrana é um selo e marca a virgindade do corpo de cada
menina. Se uma menina não sabe que deve guardar sua virgindade
e acaba deixando um garoto fazer o que deveria ficar para o
marido dela, a membrana não pode ser restaurada; e a menina,
portanto, não se dará intacta ao futuro marido no dia do casamen-
to.”.
SEXUALIDADE
infantil
A faculdade humano sexual, como vimos aqui, é feita para o outro; a
complementaridade sexual está no próprio desenho dos corpos
humanos. O intelecto e a vontade do ser humano, portanto, devem
estar em sintonia com a verdade do corpo.
A exposição à pornografia está cada vez mais precoce. Foi visto nos
EUA que a exposição inicial ao mundo da pornografia tem aconteci-
do em crianças em torno de onze anos. As crianças, por cada vez
mais cedo tomarem contato com a pornografia, tornam-se cada
vez mais reféns da neuroplasticidade, culminando em consequên-
cias muito graves, como, por exemplo, impotência sexual, depressão,
pensamentos suicidas, síndrome do pânico, déficit de atenção etc.
Isso tudo está bastante relacionado.
SEXUALIDADE
infantil
Os indícios que apontam para uma pessoa viciada em porno-
grafia são: reincidência no contato com a pornografia, mesmo
tentando parar; contato com a pornografia no trabalho, na
escola e faculdade; gasto de tempo enorme com conteúdo
pornográfico etc.
SEXUALIDADE
infantil
Esse foi o resumo das nossas aulas. Muito obrigada pela sua aten-
ção de ter lido até aqui, faça bom proveito do material e bons estu-
dos, um beijo!
SEXUALIDADE
infantil