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Art. 254. O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá


Impedimentos x Suspeições ser recusado por qualquer das partes:
I - se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles;
Suspeição decorre do vínculo do perito com as II - se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver
partes. Impedimento indica relação de interesse respondendo a processo por fato análogo, sobre cujo caráter
criminoso haja controvérsia;
com objeto do processo
III - se ele, seu cônjuge, ou parente, consangüíneo, ou afim,
Art. 280. É extensivo aos peritos, no que Ihes até o terceiro grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a
for aplicável, o disposto sobre suspeição dos processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes;
IV - se tiver aconselhado qualquer das partes;
juízes.
V - se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer
das partes;
Vl - se for sócio, acionista ou administrador de sociedade
interessada no processo.

Art. 252. O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em


que:
I - tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consangüíneo
ou afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, CESPE / Perito Criminal Federal (área 12)
como defensor ou advogado, órgão do Ministério Público, Medicina/PF 2013 O perito estará impedido de
autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito;
realizar uma perícia se for amigo íntimo ou
II - ele próprio houver desempenhado qualquer dessas
funções ou servido como testemunha; inimigo de qualquer das partes.
III - tiver funcionado como juiz de outra instância,
pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questão;
IV - ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consangüíneo ou
E
afim em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, for
parte ou diretamente interessado no feito.

NOTIFICAÇÕES
São comunicações compulsórias feitas pelos Omissão de notificação de doença
médicos às autoridades competentes de um fato Art. 269 - Deixar o médico de denunciar à
profissional, por necessidade social ou sanitária, autoridade pública doença cuja notificação é
como acidente do trabalho, doenças infecto- compulsória:
contagiosas e a morte encefálica. Não são mais Pena - detenção, de seis meses a dois anos,
notificados os viciados em substâncias capazes e multa
de determinar dependência. Sua falta enseja
(art.269, CP: omissão de notificação de doença).

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A ocorrência de casos novos de uma doença A notificação compulsória consiste na comunicação da


ocorrência de casos individuais, agregados de casos ou surtos,
(transmissível ou não) ou agravo (inusitado ou suspeitos ou confirmados, da lista de agravos relacionados na
não), passível de prevenção e controle pelos Portaria, que deve ser feita às autoridades sanitárias por
serviços de saúde, indica que a população está profissionais de saúde ou qualquer cidadão, visando à adoção
das medidas de controle pertinentes. Além disso, alguns eventos
sob risco e pode representar ameaças à saúde e ambientais e doenças ou morte de determinados animais
precisam ser detectadas e controladas ainda em também se tornaram de notificação obrigatória. É obrigatória a
seus estágios iniciais notificação de doenças, agravos e eventos de saúde pública
constantes nas Portaria nº 204 e Portaria 205, de fevereiro de
2016, do Ministério da Saúde.

I - agravo: qualquer dano à integridade física ou mental do VI - notificação compulsória: comunicação obrigatória à autoridade de saúde,
realizada pelos médicos, profissionais de saúde ou responsáveis pelos
indivíduo, provocado por circunstâncias nocivas, tais como estabelecimentos de saúde, públicos ou privados, sobre a ocorrência de
acidentes, intoxicações por substâncias químicas, abuso de suspeita ou confirmação de doença, agravo ou evento de saúde pública,
drogas ou lesões decorrentes de violências interpessoais, como descritos no anexo, podendo ser imediata ou semanal;
agressões e maus tratos, e lesão autoprovocada; VII - notificação compulsória imediata (NCI): notificação compulsória realizada
em até 24 (vinte e quatro) horas, a partir do conhecimento da ocorrência de
IV - epizootia: doença ou morte de animal ou de grupo de
doença, agravo ou evento de saúde pública, pelo meio de comunicação mais
animais que possa apresentar riscos à saúde pública; rápido disponível;
V - evento de saúde pública (ESP): situação que pode constituir VIII - notificação compulsória semanal (NCS): notificação compulsória
potencial ameaça à saúde pública, como a ocorrência de surto realizada em até 7 (sete) dias, a partir do conhecimento da ocorrência de
ou epidemia, doença ou agravo de causa desconhecida, doença ou agravo;
alteração no padrão clínicoepidemiológico das doenças IX - notificação compulsória negativa: comunicação semanal realizada pelo
responsável pelo estabelecimento de saúde à autoridade de saúde,
conhecidas, considerando o potencial de disseminação, a
informando que na semana epidemiológica não foi identificado nenhuma
magnitude, a gravidade, a severidade, a transcendência e a doença, agravo ou evento de saúde pública constante da Lista de Notificação
vulnerabilidade, bem como epizootias ou agravos decorrentes de Compulsória;
desastres ou acidentes;

PORTARIA - 204, DE 17 DE FEVEREIRO DE


2016
Art. 3º A notificação compulsória é obrigatória para os § 3º A comunicação de doença, agravo ou evento de
médicos, outros profissionais de saúde ou responsáveis saúde pública de notificação compulsória pode ser
pelos serviços públicos e privados de saúde, que realizada à autoridade de saúde por qualquer cidadão
prestam assistência ao paciente... que deles tenha conhecimento.
§ 1º A notificação compulsória será realizada diante da Art. 4º A notificação compulsória imediata deve ser
suspeita ou confirmação de doença ou agravo, de realizada pelo profissional de saúde ou responsável
acordo com o estabelecido no anexo, observando-se, pelo serviço assistencial que prestar o primeiro
também, as normas técnicas estabelecidas pela atendimento ao paciente, em até 24 (vinte e quatro)
SVS/MS. horas desse atendimento, pelo meio mais rápido
disponível.

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LEI Nº 9.434, DE 4 LEI No 10.778, DE 24 DE


DE FEVEREIRO DE 1997. NOVEMBRO DE 2003.
Art. 13. É obrigatório, para todos os • Art. 1o Constitui objeto de notificação
estabelecimentos de saúde notificar, às centrais compulsória, em todo o território nacional, a
de notificação, captação e distribuição de órgãos violência contra a mulher atendida em
da unidade federada onde ocorrer, o diagnóstico serviços de saúde públicos e privados.
de morte encefálica feito em pacientes por eles
atendidos.

§ 2o Entender-se-á que violência contra a mulher inclui violência física, sexual


e psicológica e que:
Art. 3o A notificação compulsória dos casos de
I – tenha ocorrido dentro da família ou unidade doméstica ou em violência de que trata esta Lei tem caráter
qualquer outra relação interpessoal, em que o agressor conviva ou haja
convivido no mesmo domicílio que a mulher e que compreende, entre outros,
sigiloso, obrigando nesse sentido as autoridades
estupro, violação, maus-tratos e abuso sexual; sanitárias que a tenham recebido
II – tenha ocorrido na comunidade e seja perpetrada por qualquer
pessoa e que compreende, entre outros, violação, abuso sexual, tortura,
maus-tratos de pessoas, tráfico de mulheres, prostituição forçada, seqüestro
e assédio sexual no lugar de trabalho, bem como em instituições
educacionais, estabelecimentos de saúde ou qualquer outro lugar; e
III – seja perpetrada ou tolerada pelo Estado ou seus agentes, onde quer
que ocorra.

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LEI Nº 9.263, DE 12 DE JANEIRO DE LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE


1996. 1990.
Art. 16. Deixar o médico de notificar à Art. 245. Deixar o médico, professor ou responsável por
autoridade sanitária as esterilizações cirúrgicas estabelecimento de atenção à saúde e de ensino
que realizar. fundamental, pré-escola ou creche, de comunicar à
autoridade competente os casos de que tenha
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, conhecimento, envolvendo suspeita ou confirmação de
e multa. maus-tratos contra criança ou adolescente:
Pena - multa de três a vinte salários de referência,
aplicando-se o dobro em caso de reincidência.

LEI No 10.741, DE 1º DE OUTUBRO


CEM
DE 2003.
Art. 19. Os casos de suspeita ou confirmação de violência ART. 28.
praticada contra idosos serão objeto de notificação compulsória
pelos serviços de saúde públicos e privados à autoridade Parágrafo único. Caso ocorram quaisquer atos
sanitária, bem como serão obrigatoriamente comunicados por lesivos à personalidade e à saúde física ou
eles a quaisquer dos seguintes órgãos: (Redação dada pela
Lei nº 12.461, de 2011)
mental dos pacientes confiados ao médico, este
I – autoridade policial; estará obrigado a denunciar o fato à autoridade
II – Ministério Público; competente e ao Conselho Regional de
III – Conselho Municipal do Idoso; Medicina.
IV – Conselho Estadual do Idoso;
V – Conselho Nacional do Idoso.

RESOLUÇÃO CFM nº 1.641/2002 ATESTADOS


Art. - 1º É vedado aos médicos conceder declaração de óbito em que o São documentos mais elementares e resumem-
evento que levou à morte possa ter sido alguma medida com intenção
diagnóstica ou terapêutica indicada por agente não-médico ou realizada por se na DECLARAÇÃO PURA E SIMPLES, por
quem não esteja habilitado para fazê-lo, devendo, neste caso, tal fato ser
comunicado à autoridade policial competente a fim de que o corpo possa ser
escrito, de um fato médico e suas
encaminhado ao Instituto Médico Legal para verificação da causa mortis. consequências. Deve ser elaborado de maneira
continua... simples, em papel timbrado (podendo servir o
Art. 2º - Sem prejuízo do dever de assistência, a comunicação à autoridade
policial, visando o encaminhamento do paciente ao Instituto Médico Legal usado em receituário), com a qualificação do
para exame de corpo de delito, também é devida, mesmo na ausência de paciente.
óbito, nos casos de lesão ou dano à saúde induzida ou causada por alguém
não-médico.

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CEM ATESTADO
Art. 110. Fornecer atestado sem ter praticado o Na medida do possível, deve-se evitar a declaração da
ato profissional que o justifique, ou que não doença ou diagnóstico, utilizando-se o CID – Código
corresponda a verdade. Internacional de Doenças. O CEM diz que pode: por
justa causa, dever legal ou a pedido do paciente.
Art. 112. Deixar de atestar atos executados no
exercício profissional, quando solicitado pelo
paciente ou seu responsável legal.

CEM
É vedado ao médico: Esse documento não exige o compromisso legal, ficando o
Art. 73. Revelar fato de que tenha conhecimento em virtude do médico no dever de jamais falsear a verdade, seja qual for a
exercício de sua profissão, salvo por motivo justo, dever legal ou finalidade. A punição está prevista no art. 302 do CP:
consentimento, por escrito, do paciente. Falsidade de atestado médico
Parágrafo único. Permanece essa proibição: a) mesmo que o fato Art. 302 - Dar o médico, no exercício da sua profissão,
sejade conhecimento público ou o paciente tenha falecido; b) atestado falso:
quando de seu depoimento como testemunha. Nessa hipótese, Pena - detenção, de um mês a um ano.
o médico compareceráperante a autoridade e declarará seu Parágrafo único - Se o crime é cometido com o fim de lucro,
impedimento; c) na investigação de suspeita de crime o médico aplica-se também multa
estará impedido de revelar segredo que possa expor o paciente a
processo penal.

Tipos:
. SANIDADE: física ou mental;
. MORBIDADE: sempre é um prazo; Quanto a sua procedência ou finalidade, podem ser:
. ÓBITO: só pode ser feito por um médico, pois implica • OFICIOSOS – quando fazem provas ou justificativas mais
o diagnóstico da causa da morte.. simples, como ausência às aulas e provas. É solicitado pelo
paciente.
• ADMINISTRATIVOS – quando é solicitado para o Serviço
Público, para efeito de licenças, aposentadoria, abono de faltas,
concurso público, etc. É solicitado por autoridade administrativa.
• JUDICIÁRIOS – São para o interesse da administração da
Justiça. Sempre é requisitado pelo juiz (ex: para justificar uma
falta em uma audiência, um depoimento, etc.).

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Quanto ao “Modus faciendi” ou conteúdo:


IDÔNEO - É aquele expedido pelo profissional habilitado e o - Atestados clínicos são simples declarações de
seu conteúdo expressa a veracidade do ato. natureza médica prestadas por profissional habilitado
GRACIOSO – também chamado de complacente ou de favor - previdenciários: comprovar determinado estado
para agradar o cliente e ampliar, pela simpatia, os horizontes
da clientela. paotológico especificamente perante a Previdência
IMPRUDENTE - É aquele dado de forma inconsequente, - Atestado de óbito: clínico (morte natural e tiver
insensata e intempestiva, quase sempre em favor de terceiros, ocorrido com assistência médica). Oficla (IML ou SVO)
tendo apenas o crédito da palavra de quem o solicita.
FALSO - É o que na sua expressão falta com a verdade,
dolosamente. Entre os atestados falsos há o atestado piedoso
que é dado a pedido da família para suavizar um diagnóstico e
assim confortar o paciente.

RESOLUÇÃO CFM nº 1.779/2005


Art. 83. Atestar óbito quando não o tenha verificado Art. 1º O preenchimento dos dados constantes na Declaração de
pessoalmente, ou quando não tenha prestado assistência ao Óbito é da responsabilidade do médico que atestou a morte.
paciente, salvo, no último caso, se o fizer como plantonista, Art. 2º Os médicos, quando do preenchimento da Declaração de
médico substituto ou em caso de necropsia e verificação médico- Óbito, obedecerão as seguintes normas:
legal. 1) Morte natural:
Art. 84. Deixar de atestar óbito de paciente ao qual vinha I. Morte sem assistência médica:
prestando assistência, exceto quando houver indícios de morte
violenta. a) Nas localidades com Serviço de Verificação de Óbitos (SVO):
A Declaração de Óbito deverá ser fornecida pelos médicos do
SVO;

b) A Declaração de Óbito do paciente internado sob regime


b) Nas localidades sem SVO:
hospitalar deverá ser fornecida pelo médico assistente e, na sua
A Declaração de Óbito deverá ser fornecida pelos médicos do falta por médico substituto pertencente à instituição.
serviço público de saúde mais próximo do local onde ocorreu o
c) A declaração de óbito do paciente em tratamento sob regime
evento; na sua ausência, por qualquer médico da localidade.
ambulatorial deverá ser fornecida por médico designado pela
II. Morte com assistência médica: instituição que prestava assistência, ou pelo SVO;
a) A Declaração de Óbito deverá ser fornecida, sempre que d) A Declaração de Óbito do paciente em tratamento sob regime
possível, pelo médico domiciliar (Programa Saúde da Família, internação domiciliar e
b) que vinha prestando assistência ao paciente. outros) deverá ser fornecida pelo médico pertencente ao
programa ao qual o paciente estava cadastrado, ou pelo SVO,
caso o médico não consiga correlacionar o óbito com o quadro
clínico concernente ao acompanhamento do paciente.

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RESOLUÇÃO CFM Nº 2.139/2016


2) Morte fetal: Em caso de morte fetal, os médicos que Art. 23. O médico intervencionista, quando envolvido em
prestaram assistência à mãe ficam obrigados a fornecer a atendimento que resulte em óbito de suposta causa violenta ou
Declaração de Óbito quando a gestação tiver duração igual ou não natural (homicídio, acidente, suicídio, morte suspeita),
superior a 20 semanas ou o feto tiver peso corporal igual ou deverá obrigatoriamente constatá -lo, mas não atestá-lo. Neste
superior a 500 (quinhentos) gramas e/ou estatura igual ou caso, deverá comunicar o fato ao médico regulador, que adotará
superior a 25 cm. as medidas necessárias para o encaminhamento do corpo para o
3) Mortes violentas ou não naturais: A Declaração de Óbito Instituto Médico Legal – IML.
deverá, obrigatoriamente, ser fornecida pelos serviços médico- Parágrafo único. Em caso de atendimento a paciente que resulte
legais. em morte natural (com ou sem assistência médica ) ou óbito
Parágrafo único. Nas localidades onde existir apenas 1 (um) fetal em que estiver envolvido, o médico intervencionista deverá
médico, este é o responsável pelo fornecimento da Declaração observar o disposto na Resolução CFM nº 1.779/05 em relação
de Óbito. ao fornecimento da declaração de óbito

Atribuição para atestar o óbito


VUNESP/PERITO CRIMINAL/2014/PCSP Homem de 25 anos de idade,
• Do médico: mortes naturais, desde que tenha internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), em coma há 5 meses por
assistido o paciente trauma craniencefálico secundário a atropelamento, morre por
tromboembolia pulmonar decorrente da estase sanguínea pela imobilidade
• SVO: mortes naturais quando não há médico prolongada. A natureza da morte e a instituição que deverá emitir a
declaração de óbito são, respectivamente:
para atestar e doenças mal definidas A) violenta; Instituto Médico Legal.
• IML: mortes não naturais (violentas ou B) natural; Instituto Médico Legal.
C) violenta; hospital de internação.
suspeitas)
D) natural; Serviço de Verificação de Óbitos.
E) violenta; Serviço de Verificação de Óbitos.
A

VUNESP/MEDICO LEGISTA/2014/PCSP Mulher de 80 anos teve mal súbito, de Diferença entre certidão de óbito e atestado de óbito
causa indeterminada, tendo sido socorrida e levada ao pronto atendimento
pelo SAMU, onde chegou em parada cardiorrespiratória (PCR) e óbito. Como
antecedente, era hipertensa, diabética e teve queda da própria altura há 6
meses, no banheiro, com fratura de fêmur, sendo submetida a tratamento • Atestado de óbito (declaração de óbito):
cirúrgico. Teve boa recuperação, alta hospitalar, em tratamento fisioterápico e
já deambulando normalmente. Neste caso, é mais aconselhável que a emitido pelo médico
declaração de óbito seja emitida
A) pelo médico do pronto atendimento, que atendeu a paciente em PCR.
B) no SVO, por provável causa natural. • Certidão de óbito: emitido pelo cartório de
C) no IML, pelo antecedente de trauma com fratura.
D) pelo ortopedista, que apenas operou a paciente.
registro civil das pessoas naturais e só pode
E) pelo médico do SAMU, chamado ao domicílio. ser obtida com o atestado de óbito.
RESPOSTA B.

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Dois objetivos
• O Ministério da Saúde implantou, desde 1976, • Coleta de Informações Epidemiológicas
um modelo único de Declaração de Óbito • Lei dos Registros públicos - 6.015/73
(DO); Uso em todo território nacional;
Documento básico do SIM (Sistema de Art. 77 - Nenhum sepultamento será feito sem
Informações sobre Mortalidade) certidão do oficial de registro do lugar do falecimento,
extraída após a lavratura do assento de óbito, em vista
do atestado de médico, se houver no lugar, ou em caso
contrário, de duas pessoas qualificadas que tiverem
presenciado ou verificado a morte.

A Declaração de Óbito é o documento-base do


Sistema de Informações sobre Mortalidade do
Ministério da Saúde (SIM/MS). É composta de
três vias autocopiativas (branca, amarela e rosa),
prenumeradas sequencialmente, fornecida pelo
Ministério da Saúde e distribuída pelas
Secretarias Estaduais e Municipais de saúde
conforme fluxo padronizado para todo o país.

Como preencher os quesitos


relativos à causa da morte
Exemplo – Masculino, 65 anos. Há 35 anos, sabia ser
hipertenso e não fez tratamento. Há dois anos,
começou a apresentar dispnéia de esforço. Foi ao
médico, que diagnosticou hipertensão arterial e
cardiopatia hipertensiva, e iniciou o tratamento. Há
dois meses, insuficiência cardíaca congestiva e, hoje,
teve edema agudo de pulmão, falecendo após 5 horas.
Há dois meses, foi diagnosticado câncer de próstata.

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Preenchimento incorreto
deve-se evitar anotar diagnósticos imprecisos
que não esclarecem sobre a causa básica da
morte, como parada cardíaca, parada
respiratória ou parada cardiorrespiratória. Esses
são sintomas e modos de morrer e não causas
básicas de óbito., ***as causas antecedentes e
principalmente a causa básica foram omitidas.

O QUE O MÉDICO NÃO DEVE


O QUE O MÉDICO DEVE FAZER
FAZER
• 1. Preencher os dados de identificação com • 1. Não assinar DO em branco. 2. Não
base em um documento da pessoa falecida. 2. preencher a DO sem, pessoalmente, constatar
Registrar os dados na DO, sempre, com letra a morte. 3. Não utilizar termos vagos para o
legível, sem abreviações ou rasuras. 3. registro das causas de morte; evitar termos
Registrar as causas de morte, obedecendo ao como, por exemplo, parada cardíaca, parada
que dispõem as regras internacionais. 4. cardio-respiratória ou falência de múltiplos
Verificar se todos os campos estão órgãos. 4. Não cobrar pela emissão da DO. Seu
preenchidos. fornecimento é gratuito.

PORTARIA Nº 1.405 DE 29 DE JUNHO


DE 2006.
Art. 8º Os SVO serão implantados, organizados e capacitados
para executarem as seguintes funções:
I - realizar necropsias de pessoas falecidas de morte natural sem
1 ou com assistência médica (sem elucidação diagnóstica),
2
3 inclusive os casos encaminhadas pelo Instituto Médico Legal
(IML);
II - transferir ao IML os casos:
a) confirmados ou suspeitos de morte por causas externas,
verificados antes ou no decorrer da necropsia;
b) em estado avançado de decomposição; e
c) de morte natural de identidade desconhecida;

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PRONTUARIOS
Constitui-se não apenas no registro da PC-SP/DELEGADO DE POLICIA/2011 Perícia médico-
anamnese do paciente, mas em todo acervo legal baseada exclusivamente em prontuários médicos
documental padronizado, organizado e conciso, denomina-se:
referente ao registro dos cuidados médicos A) complementar
prestados, assim como dos documentos B) indireta
pertinentes a essa assistência. É sigiloso e C) documental
pertence ao paciente. D) subsidiária
E) direta
B

LEI Nº 9.099, DE 26 DE SETEMBRO


CEM
DE 1995.
É vedado:
Art. 77 § 1º Para o oferecimento da denúncia, Art. 85. Permitir o manuseio e o conhecimento dos prontuários
que será elaborada com base no termo de por pessoas não obrigadas ao sigilo profissional quando sob sua
responsabilidade.
ocorrência referido no art. 69 desta Lei, com
Art. 89. Liberar cópias do prontuário sob sua guarda, salvo
dispensa do inquérito policial, prescindir-se-á do quando autorizado, por escrito, pelo paciente, para atender
exame do corpo de delito quando a ordem judicial ou para a sua própria defesa.
materialidade do crime estiver aferida por § 1º Quando requisitado judicialmente o prontuário será
boletim médico ou prova equivalente. disponibilizado ao perito médico nomeado pelo juiz.
§ 2º Quando o prontuário for apresentado em sua própria
defesa, o médico deverá solicitar que seja observado o sigilo
profissional.

Art. 87. Deixar de elaborar prontuário legível para cada paciente. FUMARC/INVESTIGADOR/PCMG/2014 registro da
§ 1º O prontuário deve conter os dados clínicos necessários para anamnese do paciente, dos cuidados médicos e dos
a boa condução do caso, sendo preenchido, em cada avaliação, documentos relativos à assistência prestada é
em ordem cronológica com data, hora, assinatura e número de
denominado
registro do médico no Conselho Regional de Medicina.
§ 2º O prontuário estará sob a guarda do médico ou da A) Atestado.
instituição que assiste o paciente. B) Notificação.
Art. 88. Negar, ao paciente, acesso a seu prontuário, deixar de C) Prontuário.
lhe fornecer cópia quando solicitada, bem como deixar de lhe
dar explicações necessárias à sua compreensão, salvo quando D) Relatório.
ocasionarem riscos ao próprio paciente ou a terceiros. C

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PARECERES
Acontece quando na marcha de um processo • Solicitado esclarecimentos a um perito oficial
um estudioso da Medicina Legal é nomeado ou mesmo a médico que não tenha
para intervir na qualidade de perito, e quando a participado da perícia.
questão é de fato pacífica, mas apenas o mérito • Resposta a questões feitas pelas partes a um
legal é discutido, cabendo-lhe apenas emitir profissional ou a uma comissão científica
suas impressões sob a forma de parecer e • É documento particular que vale pelo conceito
responder aos quesitos formulados pelas partes científico do dever de veracidade, entretanto,
(pericia deducendi). Não tem a descrição. não incide no crime de falsa perícia

DEPOIMENTO ORAL FUNCAB/MEDICO LEGISTA/PCES/ 2013 Em relação aos atos e


documentos médico-legais, é correto afirmar:
A) Consulta médico-legal é o atendimento realizado pelo perito
São os esclarecimentos dados pelo perito, no setor de necropsias.
acerca do relatório apresentado, perante o júri B) Os atestados judiciários são os únicos que têm importância
ou em audiência de instrução e julgamento em administrativa.
linguagem compreensível e simples, com C) A etapa do relatório conhecida como “Descrição” é a parte
mais importante do relatório médico-legal.
respostas objetivas e científicas
D) Os legistas devem afirmar a causa jurídica da morte no
atestado de óbito.
E) A consulta médica é a resposta a um parecer médico-legal.
C

FCC/MEDICO-LEGISTA/BAHIA/2014 Em relação aos documentos utilizados UNIVERSA / MEDICO LEGISTA PCDF/2015 Quanto ao laudo médico-legal, é
pelo perito médico-legal, é correto afirmar: correto afirmar que
A) São documentos médico-legais os atestados, os relatórios, os livros de A) é um esclarecimento prestado em consequência de dúvidas, fatos
Medicina Legal e os pareceres médico-legais. controversos e omissões de ordem técnica em uma interpretação pericial dos
B) O atestado médico é uma declaração pura e simples, por escrito, de um vestígios deixados por uma infração penal.
fato médico e suas possíveis consequências. B) são partes integrantes de um laudo: preâmbulo, histórico, descrição,
C) O relatório médico-legal é a descrição sumária e resumida de uma perícia relatório, discussão, conclusão e resposta aos quesitos.
médica. C) clareza, fidelidade, totalidade e ilustrações são características que
D) O perito médico-legal deve emitir relatórios médico-legais com a finalidade configuram qualidade ao laudo e o tornam compreensível e útil para quem o
de responder à solicitação da autoridade policial, judiciária, diplomática ou acessar.
presidencial. D) auto é um tipo de laudo que se caracteriza por ser ditado a um escrivão,
E) Ao emitir um parecer médico-legal, o perito não se atém às peças tendo por exemplos a ata de embalsamento e a ata de exumação.
processuais, devendo se basear no exame e na entrevista realizada com o E) a discussão é parte integrante de um laudo médico-legal que comporta,
periciado ainda vivo. com todos os detalhes, os achados objetivos e subjetivos dos exames
B realizados.

RESPOSTA C.

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