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NOTIFICAÇÕES
São comunicações compulsórias feitas pelos Omissão de notificação de doença
médicos às autoridades competentes de um fato Art. 269 - Deixar o médico de denunciar à
profissional, por necessidade social ou sanitária, autoridade pública doença cuja notificação é
como acidente do trabalho, doenças infecto- compulsória:
contagiosas e a morte encefálica. Não são mais Pena - detenção, de seis meses a dois anos,
notificados os viciados em substâncias capazes e multa
de determinar dependência. Sua falta enseja
(art.269, CP: omissão de notificação de doença).
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I - agravo: qualquer dano à integridade física ou mental do VI - notificação compulsória: comunicação obrigatória à autoridade de saúde,
realizada pelos médicos, profissionais de saúde ou responsáveis pelos
indivíduo, provocado por circunstâncias nocivas, tais como estabelecimentos de saúde, públicos ou privados, sobre a ocorrência de
acidentes, intoxicações por substâncias químicas, abuso de suspeita ou confirmação de doença, agravo ou evento de saúde pública,
drogas ou lesões decorrentes de violências interpessoais, como descritos no anexo, podendo ser imediata ou semanal;
agressões e maus tratos, e lesão autoprovocada; VII - notificação compulsória imediata (NCI): notificação compulsória realizada
em até 24 (vinte e quatro) horas, a partir do conhecimento da ocorrência de
IV - epizootia: doença ou morte de animal ou de grupo de
doença, agravo ou evento de saúde pública, pelo meio de comunicação mais
animais que possa apresentar riscos à saúde pública; rápido disponível;
V - evento de saúde pública (ESP): situação que pode constituir VIII - notificação compulsória semanal (NCS): notificação compulsória
potencial ameaça à saúde pública, como a ocorrência de surto realizada em até 7 (sete) dias, a partir do conhecimento da ocorrência de
ou epidemia, doença ou agravo de causa desconhecida, doença ou agravo;
alteração no padrão clínicoepidemiológico das doenças IX - notificação compulsória negativa: comunicação semanal realizada pelo
responsável pelo estabelecimento de saúde à autoridade de saúde,
conhecidas, considerando o potencial de disseminação, a
informando que na semana epidemiológica não foi identificado nenhuma
magnitude, a gravidade, a severidade, a transcendência e a doença, agravo ou evento de saúde pública constante da Lista de Notificação
vulnerabilidade, bem como epizootias ou agravos decorrentes de Compulsória;
desastres ou acidentes;
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CEM ATESTADO
Art. 110. Fornecer atestado sem ter praticado o Na medida do possível, deve-se evitar a declaração da
ato profissional que o justifique, ou que não doença ou diagnóstico, utilizando-se o CID – Código
corresponda a verdade. Internacional de Doenças. O CEM diz que pode: por
justa causa, dever legal ou a pedido do paciente.
Art. 112. Deixar de atestar atos executados no
exercício profissional, quando solicitado pelo
paciente ou seu responsável legal.
CEM
É vedado ao médico: Esse documento não exige o compromisso legal, ficando o
Art. 73. Revelar fato de que tenha conhecimento em virtude do médico no dever de jamais falsear a verdade, seja qual for a
exercício de sua profissão, salvo por motivo justo, dever legal ou finalidade. A punição está prevista no art. 302 do CP:
consentimento, por escrito, do paciente. Falsidade de atestado médico
Parágrafo único. Permanece essa proibição: a) mesmo que o fato Art. 302 - Dar o médico, no exercício da sua profissão,
sejade conhecimento público ou o paciente tenha falecido; b) atestado falso:
quando de seu depoimento como testemunha. Nessa hipótese, Pena - detenção, de um mês a um ano.
o médico compareceráperante a autoridade e declarará seu Parágrafo único - Se o crime é cometido com o fim de lucro,
impedimento; c) na investigação de suspeita de crime o médico aplica-se também multa
estará impedido de revelar segredo que possa expor o paciente a
processo penal.
Tipos:
. SANIDADE: física ou mental;
. MORBIDADE: sempre é um prazo; Quanto a sua procedência ou finalidade, podem ser:
. ÓBITO: só pode ser feito por um médico, pois implica • OFICIOSOS – quando fazem provas ou justificativas mais
o diagnóstico da causa da morte.. simples, como ausência às aulas e provas. É solicitado pelo
paciente.
• ADMINISTRATIVOS – quando é solicitado para o Serviço
Público, para efeito de licenças, aposentadoria, abono de faltas,
concurso público, etc. É solicitado por autoridade administrativa.
• JUDICIÁRIOS – São para o interesse da administração da
Justiça. Sempre é requisitado pelo juiz (ex: para justificar uma
falta em uma audiência, um depoimento, etc.).
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VUNESP/MEDICO LEGISTA/2014/PCSP Mulher de 80 anos teve mal súbito, de Diferença entre certidão de óbito e atestado de óbito
causa indeterminada, tendo sido socorrida e levada ao pronto atendimento
pelo SAMU, onde chegou em parada cardiorrespiratória (PCR) e óbito. Como
antecedente, era hipertensa, diabética e teve queda da própria altura há 6
meses, no banheiro, com fratura de fêmur, sendo submetida a tratamento • Atestado de óbito (declaração de óbito):
cirúrgico. Teve boa recuperação, alta hospitalar, em tratamento fisioterápico e
já deambulando normalmente. Neste caso, é mais aconselhável que a emitido pelo médico
declaração de óbito seja emitida
A) pelo médico do pronto atendimento, que atendeu a paciente em PCR.
B) no SVO, por provável causa natural. • Certidão de óbito: emitido pelo cartório de
C) no IML, pelo antecedente de trauma com fratura.
D) pelo ortopedista, que apenas operou a paciente.
registro civil das pessoas naturais e só pode
E) pelo médico do SAMU, chamado ao domicílio. ser obtida com o atestado de óbito.
RESPOSTA B.
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Dois objetivos
• O Ministério da Saúde implantou, desde 1976, • Coleta de Informações Epidemiológicas
um modelo único de Declaração de Óbito • Lei dos Registros públicos - 6.015/73
(DO); Uso em todo território nacional;
Documento básico do SIM (Sistema de Art. 77 - Nenhum sepultamento será feito sem
Informações sobre Mortalidade) certidão do oficial de registro do lugar do falecimento,
extraída após a lavratura do assento de óbito, em vista
do atestado de médico, se houver no lugar, ou em caso
contrário, de duas pessoas qualificadas que tiverem
presenciado ou verificado a morte.
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Preenchimento incorreto
deve-se evitar anotar diagnósticos imprecisos
que não esclarecem sobre a causa básica da
morte, como parada cardíaca, parada
respiratória ou parada cardiorrespiratória. Esses
são sintomas e modos de morrer e não causas
básicas de óbito., ***as causas antecedentes e
principalmente a causa básica foram omitidas.
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PRONTUARIOS
Constitui-se não apenas no registro da PC-SP/DELEGADO DE POLICIA/2011 Perícia médico-
anamnese do paciente, mas em todo acervo legal baseada exclusivamente em prontuários médicos
documental padronizado, organizado e conciso, denomina-se:
referente ao registro dos cuidados médicos A) complementar
prestados, assim como dos documentos B) indireta
pertinentes a essa assistência. É sigiloso e C) documental
pertence ao paciente. D) subsidiária
E) direta
B
Art. 87. Deixar de elaborar prontuário legível para cada paciente. FUMARC/INVESTIGADOR/PCMG/2014 registro da
§ 1º O prontuário deve conter os dados clínicos necessários para anamnese do paciente, dos cuidados médicos e dos
a boa condução do caso, sendo preenchido, em cada avaliação, documentos relativos à assistência prestada é
em ordem cronológica com data, hora, assinatura e número de
denominado
registro do médico no Conselho Regional de Medicina.
§ 2º O prontuário estará sob a guarda do médico ou da A) Atestado.
instituição que assiste o paciente. B) Notificação.
Art. 88. Negar, ao paciente, acesso a seu prontuário, deixar de C) Prontuário.
lhe fornecer cópia quando solicitada, bem como deixar de lhe
dar explicações necessárias à sua compreensão, salvo quando D) Relatório.
ocasionarem riscos ao próprio paciente ou a terceiros. C
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PARECERES
Acontece quando na marcha de um processo • Solicitado esclarecimentos a um perito oficial
um estudioso da Medicina Legal é nomeado ou mesmo a médico que não tenha
para intervir na qualidade de perito, e quando a participado da perícia.
questão é de fato pacífica, mas apenas o mérito • Resposta a questões feitas pelas partes a um
legal é discutido, cabendo-lhe apenas emitir profissional ou a uma comissão científica
suas impressões sob a forma de parecer e • É documento particular que vale pelo conceito
responder aos quesitos formulados pelas partes científico do dever de veracidade, entretanto,
(pericia deducendi). Não tem a descrição. não incide no crime de falsa perícia
FCC/MEDICO-LEGISTA/BAHIA/2014 Em relação aos documentos utilizados UNIVERSA / MEDICO LEGISTA PCDF/2015 Quanto ao laudo médico-legal, é
pelo perito médico-legal, é correto afirmar: correto afirmar que
A) São documentos médico-legais os atestados, os relatórios, os livros de A) é um esclarecimento prestado em consequência de dúvidas, fatos
Medicina Legal e os pareceres médico-legais. controversos e omissões de ordem técnica em uma interpretação pericial dos
B) O atestado médico é uma declaração pura e simples, por escrito, de um vestígios deixados por uma infração penal.
fato médico e suas possíveis consequências. B) são partes integrantes de um laudo: preâmbulo, histórico, descrição,
C) O relatório médico-legal é a descrição sumária e resumida de uma perícia relatório, discussão, conclusão e resposta aos quesitos.
médica. C) clareza, fidelidade, totalidade e ilustrações são características que
D) O perito médico-legal deve emitir relatórios médico-legais com a finalidade configuram qualidade ao laudo e o tornam compreensível e útil para quem o
de responder à solicitação da autoridade policial, judiciária, diplomática ou acessar.
presidencial. D) auto é um tipo de laudo que se caracteriza por ser ditado a um escrivão,
E) Ao emitir um parecer médico-legal, o perito não se atém às peças tendo por exemplos a ata de embalsamento e a ata de exumação.
processuais, devendo se basear no exame e na entrevista realizada com o E) a discussão é parte integrante de um laudo médico-legal que comporta,
periciado ainda vivo. com todos os detalhes, os achados objetivos e subjetivos dos exames
B realizados.
RESPOSTA C.
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