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opinião.
O doente mental é, para muitos, uma espécie de pária social — não se fala sobre ele
nem se comenta o que tem de fato. Simplesmente é isolado do convívio e, por vezes,
confinado, gerando consequências sociais e econômicas — é a marca social, a
cicatriz, o estigma. Do grego, a palavra “estigma” significa picada, feita com ferro em
brasa no braço dos escravos, marginais e criminosos, representava a desgraça social.
Não era relacionada aos transtornos mentais, mas associada à vergonha, humilhação
e desvalorização, surgindo aí os estereótipos, padrões estabelecidos pelo senso
comum, baseados na ausência de conhecimento sobre o tema.
A pergunta que fica é: como aquele que sofre com algum tipo de transtorno mental ou
comportamental pode pertencer à sociedade de forma produtiva e participativa, sem
estigma, nem o peso de estorvo ou inviabilidade, incluindo os dependentes químicos e
de álcool, doentes, conforme Classificação de Transtornos Mentais e de
Comportamento da CID 10 de 1993, publicada pela OMS, não cabendo julgamento
moral ou religioso sobre eles? Certamente, o caminho exige tratamentos específicos
seja via Sistema Único de Saúde (SUS), seja em unidades privadas. Assistentes
sociais passam os dias buscando convencer as famílias sobre a necessidade de
reinserção social dos doentes e que o lar é o melhor local para eles, considerando que
a psiquiatria humanizada, conforme a Lei nº 10.216, de 2001, contrária à
institucionalização do paciente em reação a estereótipos e estigmas.
https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2021/01/4902183-o-estigma-associado-
as-doencas-mentais-na-sociedade-brasileira.html
Registro sobre o artigo de opinião “O Estigma associado às doenças mentais na
sociedade brasileira”