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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Centro de Humanidades
Departamento de Ciências Sociais
Programa de Pós-Graduação em Sociologia

Linha de Pesquisa: Pensamento social, imaginário e religião

IAGO RODRIGUES RIBEIRO

TEMPOS DE TRANSFORMAÇÃO: OS SENTIDOS DA RELIGIOSIDADE PARA


JOVENS UNIVERSITÁRIOS SEM RELIGIÃO

Fortaleza
2014
1
SUMÁRIO

DELIMITAÇÃO DO OBJETO.............................................................................................03

INTRODUÇÃO ......................................................................................................................03

REFERÊNCIAL TEÓRICO..................................................................................................05

JUSTIFICATIVA....................................................................................................................07

METODOLOGIA...................................................................................................................09

REFERÊNCIAS......................................................................................................................11

2
DELIMITAÇÃO DO OBJETO

A pesquisa aqui descrita tem por objetivo estudar os significados da religiosidade para
jovens que se denominam como sem religião, uma categoria utilizada em algumas pesquisas
como a realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV, 2009) e pelo censo do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010). Considero necessário aprofundar a
compreensão dos significados da religiosidade para esses jovens e entender como tal
segmento percebe a presença do religioso na vida pública.

Pretendo considerar marcadores sociais de gênero como um dos eixos de análise. O


propósito é verificar como entre jovens sem religião, homens e mulheres, constroem
significados distintos ou coincidentes para as descontinuidades com a herança religiosa
familiar. Partindo dessa preocupação, traço como objetivos específicos discutir as dinâmicas
de desvinculação das tradições religiosas familiares e resgatar as trajetórias pessoais de
aproximação e afastamento da religião em diferentes etapas da vida dos jovens entrevistados1.

De forma mais aprofundada, esse estudo tem a proposta de compreender as


motivações para a desvinculação das religiões de origem, considerando contextos de forte
influência religiosa, utilizando como sujeitos estudantes dos campus do Benfica da
Universidade Federal do Ceará2.

INTRODUÇÃO

A religião, com todas as suas variações e especificidades, possui grande relevância


dentro da estrutura social. Pode parecer, se ponderada sem muita atenção, um aspecto que diz
respeito à subjetividade, algo dotado de caráter individual que tem mais significado no âmbito
pessoal. Entretanto, o que ocorreu no século XX e continua a se desenrolar no nosso século é
a influência da religião para além da escolha individual, permeando a vida social. Esta atua
não apenas como um fator que ajuda na definição da identidade e caráter dos indivíduos, mas
também como uma imagem que carrega a necessidade de afirmação e aceitação perante a
sociedade (GEERTZ, 2001).

1
Esses objetivos específicos surgiram durante o processo de elaboração da monografia, que auxiliou na
definição do objeto de estudo deste projeto de mestrado, mais especificamente durante entrevistas onde essas
reflexões permaneceram inexploradas adequadamente e que considero importante serem trabalhadas.
2
A escolha desse campo específico deve-se ao fato dele abranger cursos da área de humanidades e ciências
sociais aplicadas, onde considero existir uma variedade de debates relacionados à temática aqui tratada. Por
razões de viabilidade com relação ao tempo disponível para realização da pesquisa, foi colocado o recorte dos
campus localizados no Benfica.
3
Geertz (2001) chama atenção para as mudanças no cenário mundial que ocorreram no
século passado como as duas Grandes Guerras Mundiais, a Guerra Fria e o declínio do
Imperialismo. Essas transformações, que traziam em seu âmbito disputas de caráter político e
econômico, compunham a maior parte das definições de identidade das nações e,
consequentemente, dos indivíduos que delas faziam parte. Entretanto, com o fim da Guerra
Fria, que possui como marco importante a queda do Muro de Berlim, houve uma
despolarização dos valores que existiam como preponderantes na definição da conduta,
determinações maniqueístas como comunista ou capitalista. Sobre isso Geertz (2001) afirma:

Ocorre que essa desmontagem do mundo pós-muro de Berlim, sua dispersão em


pedaços e restos, trouxe para o primeiro plano formas mais particulares e
particularistas de autorepresentação coletiva [...] A proliferação de entidades
políticas autônomas, tão dessemelhantes em sua índole quanto em sua escala - "um
mundo em pedaços" [...] - estimulam identidades públicas circunscritas,
intensamente específicas e intensamente sentidas, ao mesmo tempo que essas
identidades, por sua vez, fraturam as formas aceitas de ordem política que tentam
contê-las [...]. (GEERTZ, 2001, pg. 157)

Essa nova conjuntura mundial trouxe consigo a oportunidade para o crescimento da


importância de outras formas identitárias como a etnia, idioma e cultura, recebendo relevância
igual a identidade religiosa. Isso representa um movimento geral que trouxe para a dimensão
do público e político aspectos que antes constituíam componentes da vida privada e subjetiva
dos indivíduos, como as crenças. Novamente utilizando Geertz (2001), é necessário destacar:

A projeção de grupos e lealdades religiosamente definidos em todos os aspectos da


vida coletiva, partindo da família e bairro para fora, faz parte, portanto, de um
movimento geral que é muito maior do que ela própria: a substituição de um mundo
construído com uns poucos tijolos análogos e mal encaixados, por um mundo não
mais uniformemente nem menos completamente construído com muitos tijolos
menores, mais diversificados e mais irregulares. (GEERTZ, 2001, pg. 157)

No Brasil, essas mudanças tiveram reflexos observáveis, especialmente nas últimas


décadas. Segundo uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV, 2009), em
1991 de cada 100 jovens entre 15 e 19 anos, apenas cinco não tinham religião, incluindo-se
nesse número os ateus e pessoas que não seguem nenhuma doutrina religiosa. No ano em que
a pesquisa foi feita (2009), o número de pessoas sem religião aumentou: passou para oito em
cada 100 jovens e um crescimento semelhante e, por vezes, superior pode ser observado na
faixa etária de 20 a 29 anos.

Além dos dados da FGV, outros que mostram esse crescimento são os que estão
presentes no livro "Religiões em movimento: o censo de 2010"3, que comenta os resultados do
3
Essa obra reúne 19 artigos produzidos por especialistas de diversas áreas das ciências humanas que tratam
sobre o panorama religioso no Brasil, com base nos números obtidos pelo Censo de 2010.
4
censo elaborado pelo IBGE, relacionando-o com outras pesquisas realizadas. Segundo esses
dados, o grupo de pessoas que se identificava como sem religião no ano 2000 representava
7,4% e atualmente esse número corresponde a 8%. Esse aumento está abaixo das expectativas
de especialistas, mas representa 15,3 milhões de pessoas que passaram a se declarar como
sem religião.

REFERENCIAL TEÓRICO

Os ciclos etários

Atualmente, a situação mostrada pelos dados das pesquisas mostra o avanço de


crenças que vão de encontro à matriz religiosa hegemônica no Brasil, o cristianismo. A
família não existe mais como formadora por excelência da crença dos jovens, perdendo
constantemente a capacidade de transmiti-la. Sobre isso Ronaldo de Almeida e Rogério
Barbosa (2013) afirmam4:

[...] a propagação da religião, de modo geral, dá-se pelo proselitismo ou por meio
dos vínculos de parentesco, isto é, ou alguém adere ou herda uma religião (ou
nenhuma) [...] Frente às mudanças contemporâneas, pode-se ter como hipótese
inicial que a família tem sido cada vez menos eficaz na transmissão em relação a
décadas atrás [...] (MENEZES; TEIXEIRA, 2013, pg. 311)

Os autores Regina Novaes e Ronaldo Almeida na discussão dos dados presentes no


censo realizado pelo IBGE em 20105, chamam a atenção para a descontinuidade da religião
entre as gerações. Os autores examinam o que compreendem como uma 'crise' na transmissão
religiosa que se desenrola na atualidade.

Os domicílios, que são um espaço para a reprodução da religião, exemplificam as


dinâmicas de pluralismo religioso ou desvinculação da religião de origem. A hipótese é que a
família esteja perdendo sua importância na definição da opção religiosa das pessoas. Segundo
os dados do IBGE (2010), o catolicismo é a religião que mais perde fiéis no Brasil. Aqueles
que se declaram sem religião ou pertencentes a religiões distintas do catolicismo cresceram
em grande quantidade e em 2010 representam 35,5% da população. Entretanto, vale ressaltar
que embora esses não católicos incluam os sem religião, abrangem também minorias
religiosas, como os cultos afrobrasileiros e espíritas. Ainda que esse crescimento seja claro,
destaca-se a hegemonia do cristianismo. Por outro lado, os números exemplificam a

4
O capítulo do qual foi extraída a citação corresponde a um texto elaborado utilizando obras dos dois autores
escritas em anos diferentes do que acompanham a citação.
5
Os dados utilizados correspondem ao espaço de tempo entre 1980 e 2010.
5
pluralidade existente no país, ocasionada pelo surgimento de novas doutrinas cristãs nos
últimos anos. Sobre a pluralidade no Brasil, Ronaldo Almeida (2013) afirma:

A diversidade e mistura são processos que se retroalimentam na mudança da


religião, donde supor que parte da dinâmica contemporânea ocorre também como
uma espécie de pluralismo sincrético, sobretudo na transição relativa à matriz cristã
(MENEZES; TEIXEIRA, 2013, p. 315)

Os dados do Censo possibilitam discutir as clivagens de geração na análise das


mudanças na paisagem religiosa brasileira. A probabilidade de permanecer católico é menor
nos primeiros ciclos de vida, enquanto que a adesão a outras religiões aumenta, atingindo seu
ápice aos 25 anos de idade (ALMEIDA, 2010 apud TEIXEIRA; MENEZES, 2013, p. 316).
Os autores destacam que entre os que rompem com a doutrina hegemônica, os sem religião
possuem chances crescentes de se declarar dessa forma entre a idade de 15 até os 25 anos,
mostrando que se desligar da religiosidade é um fenômeno comum na juventude e início da
fase adulta. Assim, pode-se perceber que os sem religião e as religiões minoritárias se
comportam de maneira inversa ao catolicismo, que é mais procurado por pessoas que já se
encaminham para os ciclos finais de suas vidas.

A análise da presença da religião nos diferentes ciclos de vida torna possível


compreender que o crescimento dos sem religião, além de outras doutrinas, é uma marca da
juventude. A grande variedade de opções religiosas, além da falta de institucionalização das
práticas da religião hegemônica, são mostradas como alguns dos fatores motivadores da
mudança no cenário religioso brasileiro.

A “crise” da transmissão religiosa6

O que se torna claro pela análise dos dados de pesquisas como as realizadas pelo IBGE
e FGV é a mudança do cenário religioso brasileiro. Os indivíduos tem progressivamente
buscado novas formas de identidade religiosa, sendo essa busca facilitada pela grande
variedade de opções religiosas disponíveis (HERVIEU-LÉGER, 2008).

Danièle Hervieu-Léger argumenta que a transmissão da cultura, de uma geração para a


seguinte, de forma geral, é o que mantém a dinâmica social. Os jovens da nova geração têm a
responsabilidade de dar continuidade à tradição, mantendo a linha de transmissão. Entretanto,
a continuidade não implica em imutabilidade, pois com o passar das gerações os aspectos
culturais são transmitidos, mas isso ocorre sempre com acréscimo de alguns detalhes que
6
Categoria utilizada por Danièle Hervieu-Léger para descrever o processo de diminuição da capacidade de
transmissão religiosa das famílias.
6
mudam a cultura original, instaurando dinâmicas de descontinuidade que colocam as gerações
sempre em certa oposição (HERVIEU-LÉGER, 2008).

Com efeito, não existe transmissão sem tensões. Verifica-se uma intensificação de
processos de ruptura quando o assunto é a reprodução da religião na família e nos domicílios.
Hervieu-Léger endossa que doutrinas religiosas hegemônicas são confrontadas na atualidade
com uma multiplicidade de alternativas religiosas. Essas novas expressões da crença
constituem as dinâmicas da 'religião em movimento', em processos de inovação, ruptura ou
descontinuidades de religiões herdadas. O que se verifica é o aumento do caráter privativo da
escolha em detrimento do social. A possibilidade de escolher, migrar ou desvincular-se da
religião de origem é uma recorrência sociológica, segundo analistas das transformações da
religião no mundo contemporâneo.

A religião tem como forma de reprodução a manutenção da memória e tradição,


promovendo sua renovação baseada nesses fatores. Em uma sociedade em que a regra de
conduta é a inovação, a memória é cada vez menos relevante e a consequência é essa
dificuldade da transmissão religiosa (HERVIEU-LÉGER, 2008).

JUSTIFICATIVA

A escolha desse tema deve-se ao meu interesse no que diz respeito ao tipo de
relação estabelecida entre pessoas que se percebem como sem religião e os outros segmentos
sociais. Inicialmente, minha preocupação era com aqueles que se denominavam ateus, mas
durante o processo de orientação para elaboração da monografia, minha atenção foi chamada
para a categoria mais neutra dos sem religião, uma vez que essa categoria é a utilizada pelas
pesquisas e representa de forma mais ampla pessoas que compartilham uma forma de
pensamento semelhante.

A entrada no curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Ceará no ano de


2011, chamou minha atenção para esse tipo de interação que possui um caráter claramente
conflituoso e despertou uma inquietação ainda maior com relação a essa questão. Durante
meu período de graduação, observei como se davam as relações entre pessoas religiosas e
não-religiosas, notando que mesmo em um espaço propício à debates, como uma
universidade, existe a presença de conflitos entre essas duas formas de pensamento.

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O estudo de temas que envolvem religião possui importância social, pois é um fator de
relevância na formação da moral dos indivíduos de uma sociedade e representa um aspecto
essencial da cultura. A religiosidade constitui um poder de coerção na vida das pessoas, na
medida em que os coloca sobre a influência de suas orientações de conduta, constituindo um
fato social. Aquilo que assim se estabelece tem por característica condicionar o
comportamento e as formas de pensar dos indivíduos, possui assim um poder coercitivo
(DURKHEIM, 2002). Isso se reflete pelo modo que temas como aborto, homossexualidade,
AIDS, o uso do preservativo como modo contraceptivo, dentre outros tópicos da vida social
têm sido objeto de controvérsias na vida pública, dividindo a formação da opinião dos
indivíduos.

Na sociedade brasileira, de forma mais explícita no campo político dos últimos anos,
as controvérsias geradas pela presença da religião na esfera pública têm tomado destaque nos
meios de comunicação. Exemplo disso são as declarações do atual deputado federal Marco
Feliciano (reeleito no pleito de 2014 com expressiva votação pelo estado de São Paulo), se
colocando claramente contra a sanção da PLC122/2006, projeto de lei que criminaliza a
homofobia. Bem como defende a chamada “bancada evangélica” no Congresso Nacional, ele
afirma que projetos dessa natureza, que objetivam a legalização do casamento homoafetivo ou
aborto, representam a destruição da família tradicional brasileira e um desrespeito à vida.

A percepção através dos dados de pesquisa sobre o crescimento do número de jovens


sem religião numa sociedade, como no caso da brasileira, em grande parte formada por
pessoas com crenças religiosas, me chamou a atenção. Esse assunto gera controvérsias não
apenas em ambientes cotidianos, mas também nos espaços de produção do conhecimento
como universidades, onde essa relação de conflito entre concepções de mundo produz debates
sobre as ideologias que atacam ou apoiam pessoas sem religião, como pude observar. Debates
como o exercício ou não da laicidade do estado brasileiro, além de posicionamentos a favor
ou contra polêmicas como as já citadas em torno da legalização do aborto e do casamento
homoafetivo são comuns entre os estudantes no meio acadêmico, fazendo desse debate um
campo fecundo para investigação.

METODOLOGIA

No processo de pesquisa deve ser observada uma postura de abertura para o


aparecimento de novos questionamentos, pois, dessa forma, os dados obtidos tornam-se

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dotados de maior qualidade a abrangência. Cabe ao pesquisador colocar-se de maneira
adequada no campo para garantir que isso ocorra.

Através da observação da realidade empírica, o pesquisador deve utilizar suas


experiências relacionadas com o que observa para constituir novos caminhos para a pesquisa,
estabelecendo questionamentos que sejam pertinentes. Deve ser desenvolvida a imaginação
sociológica, mantendo o foco na variedade humana (MILLS, 1982). Wright Mills afirmou que
o projeto de pesquisa começa com uma questão motivadora elaborada a partir de alguma
observação relacionada ao campo selecionado, mas que essa reflexão pode conter ideias
provenientes do senso comum que absorvemos sem ter percepção disso ou nossas próprias
percepções incompletas, sendo necessária a flexibilidade da pesquisa.

Além disso, pretende-se fazer o uso da técnica de entrevista voltada para a história de
vida dos jovens, pois esse método, através do relato oral do entrevistado, torna explícito
momentos da trajetória individual que são importantes para o indivíduo com o mínimo de
influência do pesquisador em relação a sua fala. Sobre a importância do relato oral como
forma de obtenção de dados em pesquisas qualitativas, Maria Isaura Pereira de Queiroz
(1991) afirma:

[...] o relato oral se apresentava como técnica útil para registrar o que ainda não se
cristalizara em documentação escrita, o não-conservado, o que desapareceria se não
fosse anotado; servia pois para captar o não-explícito, quem sabe mesmo o indizível
[...] A história oral pode captar a experiência efetiva dos narradores, mas destes
também recolhe tradições e mitos, narrativas de ficção, crenças existentes no grupo
[...] (QUEIROZ, 1991, p. 1,2 e 5).

Outro método a ser utilizado é a etnografia como definida por Geertz (1989), mais
especificamente sua descrição densa, onde ele determina que uma das característica do estudo
etnográfico é a microscópica, de forma que "[...] o antropólogo aborda caracteristicamente
tais interpretações mais amplas e análises mais abstratas a partir de um conhecimento muito
extensivo de assuntos extremamente pequenos" (p.15).

Pretendo aplicar questionários socioeconômicos nos informantes desta pesquisa, com a


finalidade de traçar seus perfis e auxiliar na construção da análise dos dados obtidos através
das histórias de vida, pois essa técnica não deve ser utilizada como única na colheita de
informações, mas auxiliada por outros tipos de métodos (QUEIROZ, 1991).

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Para o empreendimento de uma pesquisa de qualidade, faz-se necessário a obtenção de
certa quantidade de informações sobre o campo e objeto a ser estudado. Com relação a esse
aspecto, Beaud e Weber (2007) afirmam:

A leitura de trabalhos históricos ou de pesquisas de campo sobre o contexto de


pesquisa será um primeiro passo para chegar a decifrar os relatos dos pesquisados,
para compreender as explicações que estes sem dúvida, lhe darão [..] o trabalho de
campo é exigente à medida mesmo em que impõe que se encontre um meio-termo
justo, isto é, que se harmonize o empírico e o teórico [...] (BEAUD; WEBER, 2007,
p. 49-51)

Dessa forma, proponho realizar um levantamento bibliográfico sobre os temas e


categorias que foram colocados nesse projeto e que aparecerão durante a pesquisa para
melhorar a abordagem sobre o objeto, realizando antes da qualificação uma revisão da
bibliografia obtida.

REFERÊNCIAS

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BEAUD, Stéphane e WEBER, Florence. Preparar a pesquisa. In:______. Guia para a pesquisa
de campo. Petrópolis: Editora Vozes, 2007. p. 44-63.

DURKHEIM, Émile. As Regras do Método Sociológico. São Paulo: Companhia Editora


Nacional, 2002.

FGV. Mapa das religiões 2009. <http://www.cps.fgv.br/cps/religiao/>. Acesso em: 15 out.


2014.

GEERTZ, Clifford. A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: Guanabara, 1989.


______. Nova Luz sobre a Antropologia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001.
HERVIEU-LÉGER, Danièle. O peregrino e o convertido: A religião em movimento.
Petrópolis: Vozes, 2008.
IBGE. Censo de 2010. <http://censo2010.ibge.gov.br/noticias-censo?
view=noticia&id=1&idnoticia=2170&t=censo-2010-numero-catolicos-cai-aumenta-
evangelicos-espiritas-sem-religiao>. Acesso em: 27 out. 2014.

MILLS, Wright. A imaginação sociológica. 6ª Ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1982.


PT comanda o processo de desconstrução da família, diz Marco Feliciano. Gospel Prime, 30
set. 2014. Disponível em: <http://noticias.gospelprime.com.br/pt-desconstrucao-familia-
marco-feliciano/>. Acesso em: 24 out. 2014.
QUEIROZ, Maria Isaura Pereira de. Variações sobre a técnica de gravador no registro da
informação viva. In:______. Introdução - Relatos orais: do "indizível" ao "dizível".
TEIXEIRA, Faustino e MENEZES, Renata. Religiões em movimento: o Censo de 2010. Rio
de Janeiro: Vozes, 2013.

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