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Os medicamentos similares surgiram no país após 1971, quando o Brasil decidiu não reconhecer
patentes para medicamentos. O mercado para a produção de cópias de remédios patenteados em
outros países foi aberto para os laboratórios nacionais. Essa situação perdurou até 1976, quando a Lei
n° 6.360/76 os colocou sob controle da Vigilância Sanitária.
Para construir e orientar uma política de genéricos, a Organização Mundial da Saúde propõe em seu
Glossário de Termos Especializados para Avaliação de Medicamentos (1990) que um genérico só
deve ser autorizado para comercialização quando a sua segurança, eficácia e qualidade tenham sido
estabelecidas e documentadas, usando como referência o produto inovador. Isto visando alcançar
maior racionalidade na utilização de medicamentos, estimulando a concorrência.
Em 1991, começou a tramitar na Câmara dos Deputados, em Brasília, o Projeto de Lei nº 2002 que
visava abolir as marcas comerciais das embalagens de medicamentos. Tal projeto deu origem ao
Decreto 793, de 05 de abril de 1993, que determinava o uso da denominação genérica do fármaco
(nome genérico) nas embalagens, em tamanho três vezes maior que o da marca do medicamento. As
diretrizes desse decreto não foram implantadas integralmente por problemas técnicos e por falta de
vontade política.
Com a sanção, em 1996, da Lei de Patentes, voltou-se à situação anterior a 1971: medicamentos
patenteados no exterior e cuja patente ainda não havia vencido não podem ser copiados, devendo
esperar o prazo de vencimento da patente, que é de 20 anos. Em 1999, com a Lei 9.787, conhecida
como Lei dos Genéricos (iniciativa do deputado federal Eduardo Jorge - PT/SP), foi instituída a Política
de Medicamentos Genéricos, traçando diretrizes, normas e critérios para sua implantação, revogando
o Decreto 793/93. A política de Genéricos no Brasil é traçada pelo documento Diretrizes para um
Política de Medicamentos Genéricos (Brasília, 14/04/1998).
Com o Decreto 3.675, de 28 de novembro de 2000, foram definidos critérios para concessão de
registro especial (com prazo de validade de um ano) para medicamentos genéricos importados e que
tenham registro concedido pelas seguintes autoridades sanitárias: Administração Federal de Alimentos
e Medicamentos dos Estados Unidos da América; Saúde Canadá - Direção de Produtos
Farmacêuticos do Canadá e Agência Européia de Avaliação de Produtos Medicinais da Comunidade
Européia, objetivando incrementar a política de medicamentos genéricos no país.
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