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NORMA Nº: REV.


REQUISITOS PARA IDENTIFICAÇÃO NIT-DIOIS-017 01
DOS FATORES DE RISCO RELACIONADOS
À ATIVIDADE DE INSPEÇÃO APROVADA EM PÁGINA
FEV/2013 01/04

SUMÁRIO

1 Objetivo
2 Campo de aplicação
3 Responsabilidades
4 Documentos de referência
5 Definições
6 Requisitos
7 Registros e evidências
8 Prazo de adequação
9 Histórico da revisão
Anexo A – Exemplo da matriz de associação dos fatores de risco

1 OBJETIVO

Estabelecer requisitos gerais aos organismos de inspeção acreditados ou solicitantes da


acreditação para demonstrar quais fatores foram levados em consideração ao determinar o nível
necessário do seguro contratado, ou ao aprovisionamento de capital, considerando o risco
associado às atividades de inspeção, em atendimento ao requisito 3.4 da ABNT NBR/ISO IEC
17020:2006.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Este documento se aplica à Diois, aos avaliadores e especialistas credenciados, aos organismos
acreditados e aos solicitantes à acreditação.

3 RESPONSABILIDADES

A responsabilidade pela revisão deste documento é da Diois.

4 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

ABNT ISO GUIA 73:2009 Gestão de riscos - Vocabulário


ABNT NBR ISO/IEC 17020:2006 Avaliação de conformidade – Critérios gerais para o
funcionamento de diferentes tipos de organismos que
executam inspeção.
NIT-DIOIS-008 Diretrizes para aplicação da ABNT NBR ISO/IEC
17020:2006

5 DEFINIÇÕES

Fator/Fonte de risco – Aspecto do negócio da empresa que pode gerar efeitos quanto à
responsabilidade de empregador, responsabilidade pública e responsabilidade profissional.

Responsabilidade do empregador: Necessidade de responder economicamente diante de lesões


ou morte de empregado, em atividade da empresa ou de outra forma considerado pela legislação
trabalhista aplicável.
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Responsabilidade pública: Necessidade de responder economicamente diante danos causados à


propriedade pública, à coletividade e ao meio ambiente, em decorrência das atividades exercidas
pela empresa.

Responsabilidade profissional: Necessidade de responder economicamente diante danos


materiais ou pessoais causados a terceiros, em decorrência das atividades exercidas pela
empresa.

6 REQUISITOS

6.1 O OI deve identificar os fatores/fontes de risco a serem considerados ao estabelecer as


coberturas para suas atividades.

6.2 No mínimo, os seguintes fatores devem ser considerados:


a) Desempenho da inspeção – Fator decorrente da própria execução da atividade (modo
como é executada/resultado da inspeção);
b) Escopo/Tipo da inspeção- Fator inerente aos escopos / tipos de inspeções diferentes;
c) Local da inspeção – Fator inerente ao local onde são realizadas as inspeções: local
sujeito a sinistros, intempéries, inspeção em locais inseguros, inspeção em instalações de
clientes, inspeção em locais públicos, dentre outros;
d) Perfil do cliente - Fator associado ao perfil econômico do cliente (clientes particulares,
clientes que desenvolvem atividades econômicas, empresas públicas ou particulares, etc);
e) Tipo de item inspecionado - Fator associado ao grau de dificuldade que determinado
item pode acarretar (automóvel, caminhão, vaso de pressão, tanque de carga, tubulação,
instalação predial, ambiente confinado, dentre outros).

6.3 Identificados os fatores de risco, o organismo deve mensurar suas consequências (impacto)
para cada tipo de responsabilidade e, em decorrência disso, providenciar a garantia adequada à
sua cobertura.

6.3.1 Os fatores de risco devem estar associados a cada tipo de responsabilidade e tal associação
pode ser demonstrada, por exemplo, numa matriz conforme o Anexo A.
Nota: Os fatores de risco podem ter impactos diferentes conforme a responsabilidade atingida.

6.3.2 O organismo não deve se limitar somente à análise do histórico para mensurar a relevância
dos fatores de risco.

6.4 O tipo garantia, contratada ou constituída, deve prover cobertura à responsabilidade do


empregador, responsabilidade pública e responsabilidade profissional.

6.5 A garantia implementada (seguro ou reserva) pelo organismo deve ser analisada criticamente
para demonstrar sua compatibilidade com os fatores de risco relacionados pelo organismo.

6.6 Caso o organismo opte por estabelecer reservas financeiras para o financiamento dos riscos,
a análise para estipular o valor deve estar aprovada por profissional habilitado e identificado,
conforme Decreto nº 66.408, de 3 de abril de 1970.

6.7 O organismo deve evidenciar objetivamente a implementação desta provisão em seus


registros contábeis como provisão passiva e que esta conta existe na contabilidade (livro razão,
diário, balancete, balanço, extrato bancário, etc).
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6.8 Para qualquer forma de garantia escolhida pelo organismo deve ser demonstrado que tal
garantia é adequada às responsabilidades (empregador, profissional e pública), impactadas pelos
fatores de risco.

6.9 Quando a garantia estabelecida for um requisito contratual do cliente, o organismo deve
manter registros que evidenciem seu atendimento.

6.10 O organismo deve informar claramente ao cliente, em suas condições contratuais, o tipo de
garantia que cobre os riscos de sua atividade, em atendimento ao requisito 3.5 da ABNT NBR
ISO/IEC 17020:2006 e NIT-Diois-008.

6.11 O organismo deve reavaliar os fatores de risco inerentes à sua atividade a fim de verificar a
adequação das coberturas estabelecidas, a cada 12 meses ou quando houver mudanças
significativas, tais como: alteração de escopo, endereço, volume de trabalho, ou qualquer fator
que implique na responsabilidade profissional, do empregador e pública.

7 REGISTROS E EVIDÊNCIAS

7.1 Para qualquer modalidade de garantia escolhida deve ser evidenciado:


a) Identificação dos fatores de risco;
b) Análise do impacto dos fatores de risco sobre as responsabilidades;
c) Análise final para demonstrar a adequação da garantia implementada;
d) A maneira pela qual o Organismo informa ao cliente que possui um mecanismo para cobrir os
riscos envolvidos na atividade de inspeção;
e) Como o Organismo atende ao requisito contratual, quando a cobertura é estabelecida pelo
cliente.

7.2 Para a modalidade seguro:


a) Apólice para as responsabilidades impactadas.

7.3 Para a modalidade provisão:


a) Demonstração do estudo do valor da provisão;
b) Registro contábil indicando a provisão em conta específica, assinado por contador com CRC;
c) Qualificação do profissional que determinou o nível e provisão, conforme Decreto
66408/1970.

8 PRAZO DE AQEDUAÇÃO

Os requisitos desta norma entram em vigor 30 dias após sua publicação.

9 HISTÓRICO DA REVISÃO

Esta norma foi revisada integralmente.


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01 04/04

ANEXO A – EXEMPLO DA MATRIZ DE ASSOCIAÇÃO DOS FATORES DE RISCO

RESPONSABILIDADES
FATORES DE RISCO
EMPREGADOR PROFISSIONAL PÚBLICA
S O P S O P S O P
Desempenho da Inspeção 5 4 2 3 4 4 4 2 2
SxOxP = 40 SxOxP = 48 SxOxP = 16
S O P S O P S O P
Escopo de Inspeção 5 2 2 5 4 3 4 3 2
SxOxP = 20 SxOxP = 60 2 SxOxP = 4
S O P S O P S O P
Local de Inspeção 5 3 2 4 2 3 3 2 2
SxOxP = 30 SxOxP = 24 SxOxP = 12
S O P S O P S O P
Perfil do Cliente 5 1 2 5 2 2 1 2 2
SxOxP = 10 SxOxP = 20 SxOxP = 4
S O P S O P S O P
Item Inspecionado 5 3 2 4 3 3 3 3 3
SxOxP = 30 SxOxP = 36 SxOxP = 27
Valor crítico SxOxP = 40 SxOxP = 60 SxOxP = 27

Influencia do fator de risco sobre a responsabilidade


Peso da Influência 1 2 3 4 5
S - Severidade Mínima Baixa Média Alta Máxima
O – Ocorrência Mínima Baixa Média Alta Máxima
P - Prevenção Máxima Alta Media Baixa Mínima

Exemplo: Severidade (S) x Ocorrência (O) x Prevenção (P)

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