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TCOGNITIVAAndreia Moura TCCAdiçõespptx - Cópia
TCOGNITIVAAndreia Moura TCCAdiçõespptx - Cópia
Pós-Graduação em
Psicoterapia Cognitivo-
Comportamental
• Adição ao jogo
Modelos explicativos
do Comportamento
Aditivo
Modelo
biopsicossocial
onde explica a
adição
comportamental
(Beard,2005)
Sintomatologia Psicopatológica e os Comportamentos Aditivos
• somatização, depressão, obsessivo- •Adição à internet está positivamente •A depressão como sendo o sintoma •Concluiu que os estudantes universitários
associada à depressão, ansiedade, psicopatológico que se associa com mais apresentam um risco mais elevado de
compulsivo, sensibilidade
hostilidade e sensibilidade interpessoal, regularidade ao uso excessivo da internet desenvolver psicopatologia.
interpessoal, depressão, ansiedade,
sendo o sexo masculino significativamente •Dyson & Renk (2006) justificam como
hostilidade, ansiedade fóbica e
mais adito sendo uma fase desenvolvimental com
psicoticismo e consumidores de
alguns desafios (e.g).
substâncias psicoativas.
Alexitimia, Psicopatia e sintomatologia Psicopatológica
e os Comportamentos Aditivos
Definição DSM 5
Perspetiva do Paciente
Perspetiva do Terapeuta
INSPSIC
Terapias Cognitivas VS. Entrevista Motivacional (Miller e
Rollnick, 1991)
INSPSIC
Princípios da Entrevista Motivacional
1. Expressar Empatia
INSPSIC
2. Desenvolver discrepâncias
•Um conhecimento das consequências é
importante
•A discrepância entre o comportamento atual o
determinados objetivos de vida poderá motivar a
mudança
•O cliente deve apresentar autonomamente os
argumentos para mudar (i.e. Insight)
3. Evitar a argumentação e etiquetagem
•A argumentação é contraproducente
•A resistência é um indicador de que se devem mudar
as estratégias
•A etiquetagem é desnecessária e contraproducente
4. Diminuir a resistência ao tratamento
Comportamento aditivo
Fatores distais Fatores proximais
• Sensibilidade a emoções e sentimentos •Situação estímulo imediatamente
desagradáveis
anterior ao craving;
• Deficiente motivação para controlar o
comportamento • Situação de frustração pessoal,
• Estratégias inadequadas de coping e de profissional, social
controlo do comportamento
•Crenças disfuncionais e aditivas
• Impulsividade
•Pensamentos automáticos
• Procura de excitação
• Baixa tolerância à frustração •Impulso para consumir
• Perspetivas em relação ao futuro diminuídas
(atenção centrada em estados emocionais
“aqui” e “agora”)
Desejo e impulso para consumir
(Beck et al., 1993)
• Desejo
de consumir (craving) – forte apetência para
consumir uma determinada substância (querer)
• Impulso para consumir (urge) – pressão interna ou
mobilização para agir/consumir (fazer)
• Os desejos e impulsos para consumir como respostas
automáticas e autónomas
• O fenómeno da compulsão nos comportamentos aditivos
A equação controlo/impulso para consumir
• Princípio do prazer (desejo de consumir)
•Princípio da realidade (controlo)
• Objetivo geral da intervenção:
Desejo de consumir
Características do pensamento aditivo
Aspetos qualitativos
•Automático, não consciente
•Rígido
•Dicotómico, qualidade tudo ou nada
•Generalizado excessivamente e ilógico
•Não empírico e absolutista
Conteúdo comum dos temas
• Negação: o álcool ou as drogas não constituem um problema
• Baixa tolerância à frustração e ansiedade desconfortante (“Não posso suportar
as frustrações da minha vida”)
• Necessidades autodefinidas em termos de estimulação, gratificação ou
excitação (“Tenho necessidade de experimentar novas sensações; a vida é muito
monótona (padrão Procura de Excitação)
• Desânimo, desvalorização (e.g., “Sou muito fraco para controlar este problema;
não conheço ninguém que tenha conseguido”)
• Autocondenação (e.g., “sou um falhado”; “o que está mal comigo? por que
razão não consigo mudar?)
Importância da Baixa Tolerância à Frustração
•As crenças irracionais que conduzem a uma baixa tolerância à
frustração estão particularmente presentes nas perturbações
aditivas (e.g., “não sou suficientemente forte, tenho de consumir”)
•Stress sintomático ou perturbação emocional secundária – refere-se
ao facto do cliente se lamentar acerca do seu problema (o sintoma
original torna-se num acontecimento ativador)
•Ansiedade desconfortante (Ellis, 1978)- envolve uma intolerância do
indivíduo relativamente a sentimentos penosos e a exigência
implícita de que não se devem experienciar tais sentimentos (as
emoções negativas têm de ser evitadas a todo o custo)
Terapia Cognitica
Intervenção terapêutica
Relação terapêutica positiva
•Desenvolver confiança
•Familiarizar o cliente com o modelo cognitivo
•Estabelecer limites
•Proteger a confidencialidade
•Manter uma postura de colaboração
•Apelar à autoestima positiva do cliente
Considerações gerais sobre a intervenção
•Estabelecer uma relação colaborante
•Evitar generalizações
•Identificar problemas-chave
•Uma orientação de autoajuda
•Criar expectativas positivas e impor limites
•História do abuso de drogas
•Avaliação cognitiva
•Estabelecer objetivos terapêuticos
Formulação do caso
1. Dados relevantes sobre a infância
2. Problemas de vida atuais
3. Crenças básicas disfuncionais
4. Assunção/crenças/regras condicionais
5. Estratégias compensatórias
6. Situações vulneráveis
7. Pensamentos automáticos e crenças
8. Emoções
9. Comportamentos
10. Integração da informação anterior
Formulação do caso
1. Dados relevantes sobre a infância: experiências ocorridas na
infância que terão contribuído para o desenvolvimento e
manutenção de crenças básicas disfuncionais
2. Problemas de vida atuais: compreende o vasto espetro de
dificuldades experienciadas pelo indivíduo como problemas
de saúde, legais, de habitação, etc. Uma terapia com
consumidores de drogas estará incompleta se não abordar os
diferentes tipos de problemas de vida do indivíduo
Formulação do caso
3. Crenças básicas disfuncionais: i.e., crenças centrais acerca do
modo como o indivíduo se vê a si próprio e que se agrupam
em duas categorias fundamentais: acreditar que ninguém
gosta de si ou que é incapaz/incompetente
4. Assunção/crenças/regras condicionais: ajuda o cliente a lidar
com as suas crenças básicas. Uma assunção condicional positiva
poderia ser a seguinte:” Se eu fizer tudo bem, serei desejado e
aceite pelos outros”
Formulação do caso
5. Estratégias compensatórias: são os comportamentos que ajudam
o indivíduo a lidar com as suas crenças básicas. Estas estratégias são
muitas vezes compulsivas, inflexíveis e inapropriadas (uma
estratégia compensatória típica em consumidores consiste em usar
drogas para ter mais confiança em si próprio)
6. Situações vulneráveis: circunstâncias problemáticas onde são
ativadas as crenças básicas e as crenças relacionadas com as drogas
(por exemplo a situação em que um consumidor que está
abstinente regressa ao local onde costumava adquirir a droga)
Formulação do caso
7. Pensamentos automáticos: formam-se a partir da ativação de
crenças básicas, crenças condicionais e crenças relacionadas
com drogas (exemplos de pensamentos automáticos: “Não
consigo resistir ao desejo de consumir”; “só uma vez não vai
fazer mal”)
8. Emoções: estão habitualmente associadas a determinados
pensamentos automáticos ou crenças. Através da terapia, o
indivíduo pode ser instruído no sentido de estar mais atento
em relação ao processo de pensamento que está associado à
sua vida emocional
Formulação do caso
9. Comportamentos: representam os produtos finais das situações
vulneráveis e da ativação de crenças, pensamentos automáticos e
emoções. Os comportamentos disfuncionais mais frequentes
incluem procurar ativamente obter drogas, usar drogas, envolver-
se em atividades de risco, etc.
10. Integração: O terapeuta procura juntar todas as peças de modo
a construir a “história da vida do paciente”. Esse exercício permite
elaborar explicações plausíveis para as dificuldades do indivíduo e
recomendações em termos do tratamento
Objetivos da intervenção terapêutica
• Reduzir a intensidade e frequência dos desejos de consumir através
da análise das crenças subjacentes
• Ensinar ao cliente técnicas específicas para lidar com os impulsos
para consumir
• Examinar, avaliar e testar as crenças (antecipatórias, centradas no
alívio, permissivas) no sentido de substituí-las por crenças de
controlo
• Ajudar a combater a depressão e ansiedade associadas ao uso de
drogas
Estrutura da sessão terapêutica
1. Proceder a uma avaliação emocional
• Avaliar a depressão, ansiedade e o desânimo pode
ser útil na medida em que estes e outros estados
emocionais podem contribuir para a manutenção
do consumo ou para recaídas
2. Fazer a ponte com a sessão anterior
•É importante para manter um fio condutor ao longo das
várias sessões.
•Importa perguntar ao cliente se ficou alguma questão por
concluir na sessão anterior e obter o feed-back do cliente
sobre a sessão anterior
• Promove um sentido de coerência, de organização (área
muitas vezes lacunar nestas problemáticas)
3. Examinar os assuntos para a sessão do dia
Antes:
Situação negativa
Pensamentos automáticos
Resposta emocional
Comportamento
Resultado obtido/Conclusão
5. Técnica: Registo de pensamentos
Depois:
Situação negativa
Pensamentos alternativo/racional/positivo/factual
Resposta emocional
Comportamento
Resultado obtido/Conclusão
Como? Examinar e questionar crenças:
Em que é que se baseia para pensar assim?
Onde aprendeu isso?
Em que medida está seguro disso?
• Distração
• Respostas racionais aos pensamento
automáticos relacionados com o desejo de
consumir
Exercício 4: Estudo de caso
Tendo por base a definição do personagem “paciente” e
personagem “terapeuta”, realize:
A) A formulação de Caso
B) A proposta de intervenção com base em técnicas da Terapia
Cognitiva
C) Sessão de role play
INSTITUTO PORTUGUÊS DE PSICOLOGIA e outras CIÊNCIAS
E-mail: andreia.moura@ulp.pt