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Psicoterapia com

adolescentes

Ms. Lidiane Passarinho


Psicoterapia com adolescentes

Entendendo a
adolescência
“Mas o doutor nem examina
Chamando o pai de lado, diz logo em
surdina:
O mal é da idade, e para tal menina,
não há um só remédio em toda
medicina”
Psicoterapia com adolescentes

Poucas coisas na vida são certas, e esta é uma delas: todo mundo já foi,
é ou será adolescente.
[...] e lá vem a frase fatídica: “são os hormônios”.
A razão é simples. A tal da adolescência é a época inevitável de
transição em que o cérebro da infância se transforma em um
cérebro adulto. Os hormônios são meros executores de um
programa de desenvolvimento que começa no cérebro.
E faz parecer que, se algum remédio pudesse controlar a desordem
hormonal, adolescentes continuariam crianças normais que um dia
acordariam adultos, perfeitamente ajustados.

(Herculano-Houzel, 2015 )
Psicoterapia com adolescentes

Quem é esse ser?!

Adolescente: indivíduo na idade da adolescência;


relativo, peculiar a ou em processo de adolescência, de
amadurecimento; jovem;

Adolescência: fase do desenvolvimento humano caracterizada pela passagem


à juventude e que começa após a puberdade;

origem no latim, onde ad = "para" e olescere = "crescer“ = "crescer para"

(Internet, 2023)
Psicoterapia com adolescentes

Delimitação cronológica
Período dos 10 aos 19 anos - Organização das Nações Unidas (ONU),
Fundo das Nações Unidas para Infância (UNICEF)

10 a14 anos – fase inicial / 15 a 19 anos – fase final

Período dos 10 aos 24 anos – Organização Mundial da Saúde (OMS)

10 a 19 anos – adolescência / 15 a 24 anos – juventude

Período dos 12 aos 18 anos – Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA),


Brasil

(Macedo, Petersen & Koller, 2017; Ministério da Saúde, 2007)


Psicoterapia com adolescentes

Adolescência: fase do desenvolvimento humano

“[...] período de mudanças neurobiológicas, físicas, cognitivas, emocionais


e sociais. Ainda, pressões do ambiente e interpessoais afetam os
indivíduos nessa fase. Consequentemente, esse é um tempo de grandes
oportunidades, mas também de pontos de tensão. [...] Eles apresentam ser
fisicamente maduros, mas geralmente lhes falta a maturidade psicossocial
que deveria necessariamente acompanhar a maturidade física.”

(Friedberg in Neufeld, 2007)


Psicoterapia com adolescentes

Desenvolvimento biológico

Até puberdade – crescimento em velocidade estável (4 – 6 centímetros por ano)

Puberdade (liberação do crescimento à noite) – velocidade crescimento dobra (9 a 10


centímetros por ano); ganho de 20 % da estatura final e 50 % do peso adulto (30 a 50
centímetros e cerca de 30kg) em 3 anos.

Estirão do crescimento: crescimento do corpo de forma acelerada e não igual para as


partes do corpo... Cada parte do corpo encomprida a seu tempo, das extremidades do
corpo para o centro (pé e mãos, pernas e antebraços, coxas e braços).

Desproporcionalidade do corpo – dificuldade de entendimento/aceitação de sua imagem


(Herculano-Houzel, 2015; Jensen, 2016)
Psicoterapia com adolescentes

Desenvolvimento biológico

Start hormônios sexuais (testosterona, estrogênio e progesterona) – desencadeiam


mudanças físicas: engrossamento voz, crescimento pelos faciais – meninos;
desenvolvimento seios e início menstruação – meninas

Estrogênio e progesterona estão ligados a substâncias químicas que controlam o


humor

Meninas: esses hormônios oscilam de acordo com o ciclo menstrual;

Os adolescentes não têm níveis hormonais mais altos que os adultos jovens – eles apenas
reagem aos hormônios de maneira diferente ...

(Herculano-Houzel, 2015; Jensen, 2016)


Psicoterapia com adolescentes

Desenvolvimento biológico

- Período de maior reação ao estresse – não têm a mesma tolerância à tensão que os
adultos – propensos a apresentar doenças e problemas físicos induzidos pelo estresse
(resfriados, dores de cabeça, problemas estomacais;

- Sono – corpo e cérebro se desenvolvendo em ritmo acelerado; memória e aprendizado


consolidadas durante sono - precisam sono qualidade e mais horas de sono
(melatonina liberada 2 horas mais tarde que no cérebro adulto e permanece mais
tempo no organismo adolescente);

(Herculano-Houzel, 2015; Jensen, 2016)


Psicoterapia com adolescentes

Desenvolvimento cerebral

“As mudanças não são um simples aumento generalizado de peso ou volume cerebral”;

Crescimento de algumas estruturas, encolhimento de outras, reorganização químicas e


estruturais = amadurecimento.

- Sistema de recompensa: mudanças (gostos, vontades, vulnerabilidades vícios e


transtornos, motivação e bem estar);
- Núcleos da base (questões motoras): cortes (habilidades motoras cristalizadas);
- Regiões pré-frontais (raciocínio abstrato, aprendizado social): amadurecem
(responsabilidade, empatia);
(Herculano-Houzel, 2015)
Psicoterapia com adolescentes

Desenvolvimento cerebral

- Estrogênio, progesterona e testosterona hormônios atuam no sistema límbico


(centro emocional do cérebro) – explica, em parte, porque os adolescentes são
afetivamente volúveis; buscam experiências de forte carga emocional – cérebro
excitado, ávido de estímulos, mas não inteiramente capaz de tomar decisões
maduras;

- Os adolescentes não têm níveis hormonais mais altos que os adultos jovens – eles apenas reagem aos
hormônios de maneira diferente ... o cérebro adolescente os vê pela primeira vez, e por isso
ainda não descobriu como modular a reação do corpo a esse novo afluxo de
substâncias químicas.
(Jensen, 2016)
Psicoterapia com adolescentes

Desenvolvimento cerebral
- Desenvolvimento do cérebro da área posterior para a anterior Juízo, discernimento,
controle dos impulsos

movimento,
Oscilações de humor, irritabilidade, impulsividade e sensação

explosão, dificuldade concentração, tentação consumo


substâncias químicas e práticas de condutas arriscadas visão

Necessita estímulos fortes (sistema recompensa embotado) – coordenação


imaturidade córtex pré frontal (dificuldade controlar
Emoção, sexualidade,
impulsos e antecipar sozinho resultados indesejados) linguagem

- AS MESMAS ALTERAÇÕES QUE DEFINEM A ADOLESCÊNCIA TAMBÉM OS


EXPÕE A NOVOS PROBLEMAS...
(Herculano-Houzel, 2015; Jensen, 2016)
Psicoterapia com adolescentes

Desenvolvimento psicológico
“Existe uma tsunami de informações chegando até os adolescentes, vindas de casa,
da escola, dos pares, e por fim, mas não menos importante, dos meios de comunicação,
algo sem precedentes na história da humanidade.”.

- Estágio desenvolvimento: Identidade x Confusão identidade (adolescente procura desenvolver


uma percepção coerente do self, incluindo o papel que ele precisa desempenhar na sociedade);

Piaget (1960) – nos anos iniciais da adolescência os indivíduos tornam-se aptos ao


raciocínio hipotético-dedutivo, conseguindo estabelecer relações abstratas entre os
conceitos, fazer avaliações mais complexas e projeções para o futuro;

- Características de personalidade se consolidando;

(Herculano-Houzel, 2015)
Psicoterapia com adolescentes

Desenvolvimento psicológico
1. Autoestima / regulação emocional

“A testagem de um modelo preditivo sobre o impacto dessas variáveis para satisfação


global com a vida, compreendida como bem-estar subjetivo, níveis de felicidade e de
atribuição de significado à experiência, ou bem-estar psicológico, apresentou
correlações significativas. Tal associação é especialmente válida entre autoestima e bem
estar subjetivo. Quanto às estratégias de regulação emocional, observa-se que a
reavaliação cognitiva, ou a mudança de significado da experiência, a fim de modificar
seu impacto emocional, esteve positivamente correlacionada aos dois tipos de bem-
estar (psicológico e subjetivo).”.

(Macedo, Petersen & Koller, 2017)


Psicoterapia com adolescentes

Desenvolvimento psicológico
2. dificuldades internalizantes (ansiedade e depressão)
dificuldades externalizantes (oposição, desafios e condutas antissociais –
comportamentos de risco, vulnerabilidade uso substâncias químicas)

“A percepção de apoio da família e dos amigos e o domínio de habilidades sociais são considerados preditores do bem-
estar psicológico dos adolescentes, independentemente da configuração familiar em que estejam inseridos (Leme,
Del Prette & Coimbra, 2015). A demonstração de habilidades sociais na adolescência permite a satisfação da
necessidade de integração ao âmbito social dos indivíduos, e essa interação reforça o aprendizado de novos
comportamentos e estratégias adaptativas (Caballo, 2003). As habilidades sociais definem o modo como os desafios
e as oportunidades inerentes às interações sociais são manejados a fim de influenciar os níveis de satisfação com a
vida dos adolescentes. Em contrapartida, baixos índices de habilidades sociais podem estar correlacionados a
indicadores da presença de transtornos psicológicos, como depressão, transtornos de ansiedade e transtornos
relacionados ao uso de substâncias (Wagner & Oliveira, 2007)”.

(Macedo, Petersen & Koller, 2017)


Psicoterapia com adolescentes

Desenvolvimento psicológico
- Temperamento / Necessidades emocionais básicas
Psicoterapia com adolescentes

Desenvolvimento social
- Adolescência - fenômeno plural – adolescências;
- relação íntima com demais fenômenos sociais em curso em dado momento histórico;
- “Ritos de passagem” / Definições – antiguidade x dias atuais

Platão e Aristóteles – características negativas


Rousseau (1759-1762) Emílio Século XXI – liberdade sexual
Goethe (1774) Os sofrimentos do jovem Werther escolha profissional
Século XIX – juventude temida geração X, Y, Z
Seculo XX – “protagonismo”
Stanley Hall (1904)

(Moraes & Weinmann, 2020; Internet (2023))


Psicoterapia com adolescentes

Desenvolvimento social

(Internet, 2023)
Psicoterapia com adolescentes

Os impactos do
SER
adolescente
Psicoterapia com adolescentes

Impactos?!

“Os jovens de agora adoram o luxo; têm péssimos modos, desdenham a autoridade;
mostram desrespeito pelos mais velhos e adoram conversar ao invés de trabalhar. Os
jovens são agora tiranos, não os servos de seus lares. Eles já contradizem seus pais,
conversam antes da companhia, devoram guloseimas à mesa, cruzam as pernas e
tiranizam seus mestres.” (Sócrates, 469-399 a.C.)

(Neufeld, Maltoni, Longhini & Amaral, 2017)


Psicoterapia com adolescentes

Impactos pessoais
Lidar com alterações – confusões
Adolescência é um período progressivo de afastamento da família, fase em que se
estreitam as relações com amigos e pares – círculo de amizade se amplia. Amigos e
família se tornam as principais fontes de apoio social do indivíduo.
Os grupos constituem lugares de experimentação, ambiente para conquista de
autonomia dos pais, formação de relacionamentos íntimos – ensaios para a vida
adulta. Ter amigos pode colaborar para um desenvolvimento psicossocial saudável,
bem como proporcionar trocas de informações e apoio social de pares que estão
passando por conflitos similares. – protetivo e não protetivo.
A autoestima (percepção do que se é e do que se faz, avaliação que o indivíduo
realiza e mantém a respeito de si) está baseada nas opiniões de pessoas significativas,
na visão cultural existente, nas percepções a respeito de si mesmo, nas inseguranças,
bem como nos êxitos e fracassos que o indivíduo acumula desde a infância.

(Lawrenz & Habigzang, 2017)


Psicoterapia com adolescentes

Impacto familiar
Forma relacionar com a família – percepção da família
As mudanças e adaptações do período não atingem apenas o indivíduo adolescente, mas todos
os membros da família. Com essas transições os pais devem assumir novos papéis, ressaltando
a relação entre importância dos estilos parentais e suas grandes influências no comportamento
dos adolescentes.
As tensões familiares relacionadas à adolescência são resultantes, muitas vezes, dos dois polos
da relação: o comportamento do adolescente é ambivalente – ora sentimentos e ações visando
independência e autonomia, ora manifestam atitudes ainda arraigadas no universo infantil,
dependentes do arbítrio e cuidado dos pais – material e emocionalmente;
Em contrapartida, o protecionismo familiar, motivado por medos, inseguranças ou por
produzir excesso de cuidado diante de uma realidade aparentemente hostil, acaba por produzir
uma dependência excessiva nos filhos. Estilos parentais são fundamentais na resolução dessas
tensões, sendo necessária uma adaptação dos pais na maneira de pensar a educação de seus
filhos, tendo em vista a construção de laços de confiança fundados no afeto e diálogo.

(Caminha, Caminha & Benedetti, 2017)


Psicoterapia com adolescentes

Impacto social
A inserção desse adolescente na sociedade

O pensamento abstrato ainda incipiente nessa fase, pode explicar em parte


comportamentos socialmente imaturos como maior envolvimento em
discussões para testar sua recente capacidade de raciocínio aumentada;
encontrar e procurar defeitos em figuras de autoridade, já que agora
percebem falhas nos adultos, anteriormente venerados; hipocrisia aparente,
ao expressar ideais, mas não agir de acordo; autoconsciência, ou seja,
suposição de que os demais estão pensando o mesmo que eles ou, ainda,
deveriam saber o que eles pensam; indecisão ao perceber as diversas
escolhas às quais estão sujeitos no cotidiano e ao longo da vida; e
suposição de invulnerabilidade, ou seja, acreditar que são especiais, não
estando sujeitos às regras do resto do mundo.

(Neufeld, Maltoni, Longhini & Amaral, 2017)


Psicoterapia com adolescentes

Impacto cultural

A cultura é influenciada pelo adolescente, o adolescente é influenciado pela cultura?


Uma maneira de medir as alterações nos relacionamentos dos adolescentes com as pessoas
importantes em suas vidas é observar como eles usam o tempo livre. As variações culturais no
uso do tempo refletem necessidades, valores e práticas culturais diversas:

- Sociedades tribais/agrárias – produção do indispensável – menos tempo atividades sociais;


-Sociedades pós industriais (Coréia, Japão) – pressões tarefas acadêmicas e obrigações
familiares – pouco tempo livre;
- Comunidades carentes (Malásia) – mídias (internet, jogos videogame violentos substituíram
atividades físicas (jogos e esportes);
- Norte- americanos – bastante tempo livre – mídias, interação com amigos, lições de casa,
atividades extracurriculares (esportes, serviço comunitário, clubes escolares;
- Brasil??

(Papalia & Martorell, 2022)


Psicoterapia com adolescentes

O adolescente
na
psicoterapia
Psicoterapia com adolescentes

O que o profissional precisa saber/fazer

- Considerando todas as dificuldades e turbulências do momento, é essencial que o


psicólogo demonstre empatia. É fundamental enxergá-lo através de seus olhos, em
uma tentativa de entrar em seu universo e talvez identificar traços de sua própria
adolescência nele;

- Para atender adolescentes é preciso estar bem disposto a: embarcar em seu universo e
suas questões, como por exemplo, atualizar-se em relação a filmes, séries, jogos,
tecnologias e músicas que são do interesse do paciente, a fim de, de alguma maneira,
começar a compreender seu mundo;

(Neufeld, Maltoni, Longhini & Amaral, 2017)


Psicoterapia com adolescentes

O que o profissional precisa saber/fazer

- Situações trazidas por um jovem podem parecer banais para um adulto, mas podem ter
um significado muito importante para o adolescente;

Empatia e disposição devem, acima de tudo, ser genuínas, do contrário, o processo


terapêutico certamente estará prejudicado;

Comportamento opositivo deve ser trabalhado com a validação dos pensamentos e


das emoções do paciente, mas nunca?! de maneira confrontativa ou autoritária;

(Neufeld, Maltoni, Longhini & Amaral, 2017)


Psicoterapia com adolescentes

O que o profissional precisa saber/fazer


#terapia #relação terapêutica #engajamento #mudança

“Engajar clientes na terapia é hoje um dos maiores desafios no trabalho com adolescentes,
que exige do terapeuta maior criatividade e domínio das técnicas que empregam
recursos lúdicos. Os clientes precisam se sentir motivados e interessados pela terapia,
e o uso de estratégias lúdicas visa tornar esse momento divertido e instrutivo.”.

- Evidências sobre engajamento estar relacionado a


1. habilidades interpessoais do terapeuta: empatia, flexibilidade e sensibilidade e
2. recursos pessoais do cliente e/ou sistema familiar: estabilidade emocional, otimismo e
realização de esforços

(Keijsers et al., 2000 in Ricarte & Lins, 2021; Ricarte & Lins, 2021)
Psicoterapia com adolescentes

O que o profissional precisa saber/fazer

Habilidades terapeuta:

Habilidades perceptuais: capacidade do terapeuta em estar em sintonia com o processo do


adolescente; tomar decisões complexas sobre seu foco de atenção e o que fazer em
seguida; perceber sinais sutis de ruptura terapêutica;

Habilidades relacionais: forma como profissional se expressa na interação com o cliente –


aceitação e compaixão, entendimento empático e realização de confrontação empática;

(Bennett-Levy & Thawaites, 2007 in Ricarte & Lins, 2021)


Psicoterapia com adolescentes

O que o profissional precisa saber/fazer


Recursos pessoais do cliente ou sistema familiar:

- Expectativas, experiências de vida, sintomas e traços de personalidade, motivos de


busca da terapia, sigilo, dinâmica familiar, estilos parentais...

- Adolescentes (e seus familiares) podem ou não irão perceber automaticamente os


benefícios do tratamento – Kendall (2011): efeitos adormecidos.
Aprendizados e seus benefícios podem ter ocorrido, mas as evidências só aparecerão
após um ponto do desenvolvimento ou quando surgir uma situação. Após um tempo
de desenvolvimento do indivíduo e da terapia, as competências adquiridas começam a
se refletir em melhor ajuste do jovem.

(Bennett-Levy & Thawaites, 2007 in Ricarte & Lins, 2021; Neufeld, Maltoni, Longhini & Amaral, 2017 )
Psicoterapia com adolescentes

O que o profissional precisa saber/fazer


Psicoterapia com adolescentes

O que o profissional precisa saber/fazer


Psicoterapia com adolescentes

O que o profissional precisa saber/fazer


Psicoterapia com adolescentes

O que o profissional precisa saber/fazer


Psicoterapia com adolescentes

“Principais
temáticas” em
psicoterapia com
adolescentes
Psicoterapia com adolescentes

Temas frequentes
Ansiedade / Depressão...

Em todo mundo, estima-se que 10% a 20% dos adolescentes vivenciem problemas de
saúde mental, mas permanecem diagnosticados e tratados de forma inadequada. Sinais
de transtornos mentais podem ser negligenciados por uma série de razões, tais como:
falta de conhecimento ou conscientização sobre saúde mental entre trabalhadores de
saúde ou o estigma que os impede de procurar ajuda.

Transtornos emocionais geralmente surgem durante a adolescência. Além da depressão ou


ansiedade, adolescentes com essa condição também podem sentir irritabilidade,
frustração ou raiva excessivas. Os sintomas podem se sobrepor em mais de um
transtorno, com mudanças rápidas e inesperadas no humor e explosões emocionais.
(OPAS & OMS, 2023)
Psicoterapia com adolescentes

Temas frequentes
Ansiedade...

Em todo o mundo, a ansiedade é a 8ª causa de doença e incapacidade entre todos os


adolescentes;
Brasil é líder no mundo em prevalência de transtornos de ansiedade...

Um terço (31,6%) da população mais jovem (18 a 24 anos) é ansiosa;

Prevalência maior – centro-oeste (32,2%)


mulheres (34,2%)

(Covitel, 2023 in CNN Brasil, 2023; OPAS & OMS, 2023)


Psicoterapia com adolescentes

Temas frequentes
Ansiedade...

COVID-19: crises de ansiedade afetaram 63% dos jovens no último semestre (janeiro de
2021) – 6 em cada 10 participantes da pesquisa passou ou vem passando por
ansiedade nos últimos seis meses;

MUITOS FATORES DE VULNERABILIDADE, principalmente BRASIL

(UNESCO E UNICEF, 2022)


Psicoterapia com adolescentes

Temas frequentes
Ansiedade...

Fatores de risco:

- Estilos de apego inseguro;


- Temperamento – neuroticismo;
- Transtorno de ansiedade nos pais;
- Determinadas características de estilos parentais (superproteção e comportamentos de evitação);
- ...

(Petersen, Bunge, Mandil & Gomar, 2011)


Psicoterapia com adolescentes

Temas frequentes
Ansiedade...

Transtornos mais frequentes:

- TAG – Transtorno de ansiedade generalizada – excessiva e incontrolável preocupação desproporcional


ao evento real;

- Transtorno de Pânico e Agorafobia – medo e ansiedade excessivos associados a perturbações


comportamentais;

- TAS - Transtorno de Ansiedade Social – medo ou ansiedade acentuados ou intensos de situações sociais
nas quais o indivíduo pode ser avaliado negativamente pelos outros – pares e adultos;

(Gormez & Stallard, 2017; Rangé & Vianna, 2017; Souza, 2017)
Psicoterapia com adolescentes

Temas frequentes
Ansiedade...

Abordagem terapêutica

Entendimento

Psicoeducação

Tarefas terapêuticas
Psicoterapia com adolescentes

Temas frequentes
Depressão...

Em todo o mundo, a depressão é a 9ª causa de doença e incapacidade entre todos os


adolescentes.

Transtornos emocionais podem ser profundamente incapacitantes para o


funcionamento de um adolescente, afetando o trabalho e a frequência escolares ...

A retirada ou separação de familiares, colegas ou comunidade podem exacerbar o


isolamento e solidão.

Na pior das hipóteses, a depressão pode levar ao suicídio.


(OPAS & OMS, 2023)
Psicoterapia com adolescentes

Temas frequentes
Depressão...

Fatores de risco:

- Desenvolvimentais: início precoce da puberdade, necessidade fisiológica de sono;


- Ambientais: depressão materna grave, abuso físico e sexual;
- Genéticos: gêmeos monozigóticos, hereditariedade, traço temperamental (afeto negativo – alta
probabilidade de reagir com angústia e estresse frente a situações da vida) – NEUROTICISMO;
- Funcionamento cognitivo: tendência a visão negativa de si, futuro e dos outros; maior atenção para
afetos negativos, maior atenção para palavras que deixavam tristes, foco em elementos que causavam
impacto emocional negativo; dificuldade de regulação emocional – afetos negativos;

(Serra & Spritzer, 2017)


Psicoterapia com adolescentes

Temas frequentes
Depressão...

Fatores de proteção:

- Relacionamento positivo com os pais;


- Relacionamento positivo com a escola;
- Supervisão positiva dos pais;
- Expectativas claras sobre desempenho acadêmico dos filhos;
- Momentos de lazer com pais ...;
- Refeição com pais;
- ...

(Serra & Spritzer, 2017)


Psicoterapia com adolescentes

Temas frequentes
Depressão...

Abordagem terapêutica

Entendimento

Psicoeducação

Tarefas terapêuticas
Psicoterapia com adolescentes

Temas frequentes
Automutilação/Suicídio...

Embora a prática psicológica clínica na adolescência se apresente constantemente com os


mais diversos desafios, estamos diante de adolescentes que colocam em risco sua
própria integridade física e, por vezes, a própria vida, pode ser assustador. Muitas
vezes, nos deparamos com diversas dúvidas constrastadas com a necessidade de
intervenções efetivas de caráter imediato para lidar com tais situações;

Taxas de comportamentos suicidas e de automutilação aumentam drasticamente durante a


transição da infância para a adolescência e ao longo da adolescência;

(Dornelles & Schafer, 2017)


Psicoterapia com adolescentes

Temas frequentes
Automutilação/Suicídio...

Dados:

Entre 2016 e 2021 – 6.588 suicídio de adolescentes (15-19 anos; 67,9% sexo masculino,
56,1% pretos e pardos);

De 2016 a 2021 – aumento de 49,3% nas taxas de mortalidade dessa faixa etária

OMS – 15 a 29 anos – 4ª causa de morte

(Boletim Epidemiológico, 2022; PAHO,2021)


Psicoterapia com adolescentes

Temas frequentes
Automutilação/Suicídio...

Associação e diferenças entre AMNS (Automutilação não suicida) e comportamentos suicidas:

AMNS – comportamentos autodestrutivos propositalmente infligidos, causando lesões no corpo,


sem a clara intenção de morrer;
Comportamentos suicidas – ato completo, tentativas de suicídio, pensamentos e verbalizações
sobre suicídio;

Avaliar a função desses comportamentos, o risco iminente à vida do paciente e a tomar


decisões clínicas adequadas para cada caso, seja através de intervenções diretas com o
paciente ou com a rede.

(Dornelles & Schafer, 2017)


Psicoterapia com adolescentes

Temas frequentes
Automutilação/Suicídio...

AMNS na adolescência: pode servir como modo de regular suas emoções tornando a dor concreta, como
uma forma de autopunição, ou como uma forma de comunicação, expressão de sentimentos ou de pedir
ajuda – estudos apontam que comportamentos de AMNS são mais comuns em meninas;

Adolescentes com comportamentos suicidas tendem a usar métodos mais letais de automutilação,
enquanto aqueles que não apresentam intenção de morrer usam métodos menos letais.
A AMNS em adolescentes que não possuem intenção de morrer parece se repetir com mais
frequência, em relação àqueles que não apresentam comportamentos suicidas;

A grande maioria de adolescente que cometem AMNS fecham critérios diagnósticos para um ou mais
transtornos mentais - Sintomas depressivos são o maior preditor de comportamentos de AMNS e
influenciam sua natureza repetida;
(Dornelles & Schafer, 2017)
Psicoterapia com adolescentes

Temas frequentes
Automutilação/Suicídio...

Comportamento suicida - aspectos relacionados: uso de drogas, sentimento de desesperança prevalente,


impulsividade, experiências de bullying, perfis de indivíduos com pensamentos rígidos, inflexibilidade
nas habilidades de resolução de problemas e estilo disfuncional de internalização de eventos negativos,
isolamento social e evitação;

A grande maioria de adolescente que apresentam comportamento suicída fecham critérios diagnósticos para
um ou mais transtornos mentais, sendo a depressão a mais comum –
uma tentativa de suicídio anterior é o fator mais preditivo de comportamentos suicidas

(Dornelles & Schafer, 2017)


Psicoterapia com adolescentes

Temas frequentes
Automutilação/Suicídio...

Abordagem terapêutica

Entendimento

Avaliação estado mental e risco

Acolhimento, cuidado e proteção


Psicoterapia com adolescentes

Temas frequentes
Uso telas...

Nossa sociedade adotou essas tecnologias tão rapidamente e alterou nossos estilos de vida e comportamentos
tão drasticamente nesse tempo que ainda temos que determinar se que é uso normal e o que pode não ser
saudável;

Adolescentes estão especialmente em risco de desenvolver uso problemático de mídias interativas, pois são
adotantes rápidos e entusiásticos da tecnologia, com a qual têm mais facilidade do que os adultos que os
supervisionam, é porque ainda precisam desenvolver funções executivas do cérebro, como o controle dos
impulsos, a autorregulação e o pensamento futuro;

A explosão das mídias sociais mudou a forma como muitos adolescentes se comunicam. (e
estabelecem relações sociais, identidade, etc)

(Papalia, 2022; Rico, Tsappis & Kavanaugh (2019))


Psicoterapia com adolescentes

Temas frequentes
Uso telas...

Quanto mais cedo o uso desregulado de mídias interativas puder ser reconhecido e tratado, mais fácil será
corrigi-lo. Contudo, como ele ainda não é identificado como um problema de saúde pública, pais,
professores e outros profissionais que trabalham com jovens normalmente não o levam à atenção clínica até
que já tenha chegado ao ponto de causar disfunção ou deficiência grave e seja muito mais difícil de tratar;

Devido à ausência de marcadores biomédicos, muitos especialistas em medicina das dependências não
caracterizam os comportamentos disfuncionais como equivalentes à dependência de substâncias, preferindo
caracterizá-las como transtornos do controle dos impulsos. O DMS 5 atualmente reconhece apenas o
transtorno do jogo com um diagnóstico, incluindo em um apêndice de condições que requerem mais
estudos;

(Rico, Tsappis & Kavanaugh (2019))


Psicoterapia com adolescentes

Temas frequentes
Uso telas...

Pediatras clínicos estão atendendo cada vez mais jovens que lutam contra o uso disfuncional de mídias
interativas e precisam agir agora, com base nas poucas pesquisas específicas sobre esse problema e nas
evidências médicas e psiquiátricas mais amplas que possam suportá-lo;

Estabelecer o que a família considera como uso normativo de mídias;

Desenvolver capacidade de usar mídias interativas como ferramentas de maneira cocada e diligente, em vez
de abster-se de seu uso. A recuperação deve ocorrer no contexto de nosso ambiente saturado de mídias, com
o paciente se conscientizando e controlando seu uso das mídias;

(Rico, Tsappis & Kavanaugh (2019))


Psicoterapia com adolescentes

Temas frequentes
Uso de telas...

Abordagem terapêutica

Entendimento

Psicoeducação

Tarefas terapêuticas
Psicoterapia com adolescentes

Temas frequentes
Gênero/sexualidade...

- Na adolescência a orientação sexual de uma pessoa geralmente se torna uma questão urgente: se tornará
consistentemente atraída por pessoas do outro sexo (heterossexual), do mesmo sexo (homossexual) ou
de ambos os sexos (bissexual) ...

Tema já considerado como transtorno mental__

Orientação sexual parece ser pelo menos parcialmente genética – pesquisar indicam segmentos de DNA
Influências ambientais influenciadas pela gestação – moldam o cérebro dos modos significativos que podem
afetar a orientação sexual posteriormente;
Estrutura familiar – “quanto mais irmãos biológicos mais velhos um homem tiver, maior a
probabilidade de ele ser homossexual;

(Papalia, 2022)
Psicoterapia com adolescentes

Temas frequentes
Gênero/sexualidade...
Identidade de gênero – percepção das pessoas sobre o que é ser masculino ou feminino.

Identidade – atributos usados para definição como sujeito;


Gênero – construto social que define o comportamento adequado que uma determinada cultura atribui a meninos e
meninas, como um script a ser seguido. Esse, por sua vez, não leva em consideração os desejos e expectativas
subjetivos, atrelando a identidade ao sexo biológico;
Disforia de gênero – problema clínico presente em indivíduos que apresentam uma diferença marcante entre o
gênero experimentado/expresso e o gênero atribuído.

Frequentemente, adolescentes que não correspondem aos modelos culturais são rejeitadas, marginalizadas,
excluídas e, por vezes, motivo de chacota – crenças de desvalor, desamor e desamparo;

Reconhecida interação entre fatores biológicos, sociais e psicológicos no desenvolvimento do gênero.

(Arguello & Dutra, 2017)


Psicoterapia com adolescentes

Temas frequentes
Gênero/sexualidade...

Adolescentes homossexuais têm risco para depressão e suicídio basicamente devido a


variáveis contextuais como bullying e falta de aceitação.

Abordagem terapêutica

Entendimento

Acolhimento

Posicionamento
(Papalia, 2022)
Psicoterapia com adolescentes

Temas frequentes
TDAH...

Caracterizada por sintomas de desatenção, impulsividade e/ou hiperatividade que surgem


na infância e podem persistir até a idade adulta, resultando, freqüentemente, em
prejuízos escolares, laborais, sociais e familiares;

Trantorno neurobiológico que parece estar associado a uma disfunção no córtex pré-
frontal e suas conexões com a rede subcortical e com o córtex parietal. Tais alterações
neuroquímicas seriam responsáveis por uma diminuição no controle inibitório e
prejuízos das funções executivas, caracterizando sua sintomatologia (Barkley, 1997);

(Lyszkowski & Robde, 2011; Maia, Massuti & Rosa, 2017)


Psicoterapia com adolescentes

Temas frequentes
TDAH...

Características do TDAH podem passar despercebidas em ambientes novos ou controlados


rigidamente, quando o indivíduo está envolvido em atividades interessantes, quando estiverem
recebendo atenção ou supervisão individual ou em situações em que existam recompensas
frequentes para comportamentos apropriados. Por outro lado, os sintomas podem piorar
quando o paciente se encontrar em ambientes desestruturados, quando houver pouco cuidado
ou supervisão ou em situações em que o paciente não encontre novidades;

Tratamentos: Psicofarmacológicos e Psicossociais -

(Lyszkowski & Robde, 2011; Maia, Massuti & Rosa, 2017)


Psicoterapia com adolescentes

Temas frequentes
TDAH...

Tratamento Psicossocial – visa melhorar além de sintomas residuais fora do alcance da medicação,
organização, rotinas diárias, hábitos comportamentais, problemas de relacionamentos, baixa
autoestima e outros sintomas decorrentes das comorbidades;

podem atuar no meio familiar e escolar com abordagens comportamentais e cognitivo-


comportamentais;

Família – frequentemente, os pais desenvolvem estratégias mal adaptativas e contraprodutivas para


lidar com problemas do TDAH. Estresse e psicopatologia parental (baixa autoestima e depressão,
entre outras) influenciaram na interação pais-filho; Casais também apresentam problemas
conjugais;

(Lyszkowski & Robde, 2011)


Psicoterapia com adolescentes

Temas frequentes
TDAH...

Abordagem terapêutica

Habilidades sociais educativas dos pais

Psicoeducação

Tarefas terapêuticas

(Lyszkowski & Robde, 2011)


Psicoterapia com adolescentes

Temas frequentes
Orientação de pais...

Insegurança em relação aos filhos e dúvidas a respeito dos riscos e consequências de seus
comportamentos instigam os pais a buscar ajuda nos consultórios,na procura de
orientações ou mesmo de terapia;

A orientação de pais tem como intuito terapêutico: intervir no contexto familiar e auxiliá-
los a acompanhar o caso clínico de seus filhos, rever suas estratégias de educação,
bem como discutir suas crenças e sentimentos sobre a demanda central, observar quais
reforçadores contribuem na manutenção do comportamento desadaptativo do jovem,
modificando os elementos que atuam sobre ele e, assim, resultando em um melhor
tratamento;
(Caminha, Caminha & Benedetti, 2017)
Psicoterapia com adolescentes

Temas frequentes
Orientação de pais...

Cabe ao profissional ressaltar aos pais suas competências e capacidades para orientar o
filho, transmitir informações sobre o desenvolvimento e as características da
adolescência, como também auxiliá-los a focar no trabalho cognitivo a respeito das
próprias percepções sobre o comportamento do jovem e o contexto em que ele
aparece;

(Caminha, Caminha & Benedetti, 2017)


Psicoterapia com adolescentes

Temas frequentes
Orientação de pais...

Abordagem terapêutica

Acolhimento

Psicoeducação
Psicoterapia com adolescentes

Temas
“emergentes” em
psicoterapia com
adolescentes
Psicoterapia com adolescentes

Temas emergentes...
Evidente necessidade da implantação de programas e intervenções
psicoterápicas que atuem de forma preventiva e interventiva
na saúde mental de adolescentes;

Abordagem de competências como: assertividade, sociabilidade, capacidade de


autorregular reações comportamentais e emocionais em situações sociais (e em
outras diversas situações), autoeficácia na criação de novas soluções para
problemas, aumento de empatia, desenvolvimento de normas pró-sociais,
identidade positiva, autodeterminação, resiliência, crença no futuro e redução de
comportamentos problemáticos. (American Academy of Political and Social Science (2008)

(Justos, Santos e Andretta, 2017)


Psicoterapia com adolescentes

Temas emergentes...

“O modelo de sociedade foi ancorado no mundo do consumo. Passamos a ensinar as nossas crianças que “felicidade e
sucesso” estão diretamente relacionadas à capacidade de consumir. Ter é poder! Ter a capacidade de ter, é poder! E
como podemos ter a capacidade de ter? Através de uma escola que prepara alunos como se fossem atletas para
performances cognitivas impressionantes calcadas na ideia de que os mais bem preparados ocupam os melhores
postos e, por consequência, são melhor remunerados e, por fim, têm a chave de acesso ao portal do consumo, que
em suma, é poder e felicidade!”

A educação socioemocional é uma forma de educação integral que aborda o adolescente


não apenas no seu ascpeto cognitivo, mas sobretudo no emocional – promove
conhecimento sobre si de modo integral;
A regulação emocional é a base da saúde mental e do aprendizado humano – capacidade
de voltar após alguns instantes a um estado denominado bem-estar ou tranquilidade;
(Caminha & Caminha, 2017)
Psicoterapia com adolescentes

Temas emergentes...

Desregulação emocional

A desregulação emocional e comportamental frequentemente faz o adolescente ter


dificuldades para estabelecer uma autopercepção coerente e para construir
relacionamentos satisfatórios e estáveis com colegas e familiares;

(Rathus & Miller , 2022)


Psicoterapia com adolescentes

Temas emergentes...

- REconhecimento das emoções: Perceber e classificar emoções, a partir da


compreensão, utilizá-las para tomar decisões e esclarecer valores e metas, descartar
interpretações negativas sobre as emoções, compreender a forma como as emoções
podem ser manejadas e controladas, psicoeducação sobre as alterações fisioológicas e
comportamentos associados às emoções;

(Friary, 2018; Mendes, Ferreira, Frioli, Daolio & Neufeld, 2017)


Psicoterapia com adolescentes

Temas emergentes...

- Prática de mindfulness: atenção plena – estado de atenção às experiências que surgem


de momento a momento, dentro e fora do corpo, com gentileza e intenção de
compaixão e amizade) – possibilidade de desenvolvimento de atitudes psicológicas
como aceitação, compaixão, paciência, confiança e curiosidade consigo mesmas, com
sua família e com o mundo, reduzindo sintomas relacionados ao estresse e às
dificuldades intra e interpessoais;

(Friary, 2018; Mendes, Ferreira, Frioli, Daolio & Neufeld, 2017)


Psicoterapia com adolescentes

Temas emergentes...

- Treino de habilidades:

Determinar quantas habilidades ensinar e em quanto tempo levanta a questão da


abrangência em detrimento da profundidade menos habilidades com mais profundidade-
aumento experiência nas habilidades, muitas habilidades em pouco tempo expõe às
habilidades com pouco tempo para praticá-las/dominá-las;

(Rathus & Miller, 2022)


Psicoterapia com adolescentes

Temas emergentes...

# Treino de Habilidades em Mindfulness (ensina a aumentar a consciência da experiência


presente sem julgamento e melhorar o controle da atenção - exercícios de 3 a 5 minutos,
inicialmente)

# Treino de Habilidades em Tolerância ao Mal-estar (ajuda a tolerar situações difíceis e


dor emocional quando os problemas não podem ser resolvidos imediatamente - distração,
autotranquilização, pros e contras de ação impulsiva versus efetiva, diminuir química do
corpo para reduzir rapidamente a excitação extrema)

(Rathus & Miller, 2022)


Psicoterapia com adolescentes

Temas emergentes...

# Treino de Habilidades em Regulação emocional (ajuda a minimizar a reatividade e a


vulnerabilidade emocional e a se recuperar de estados de ânimo extremos com mais
rapidez - rotular e compreender emoções, reduzir vulnerabilidade à mente emocional, criar
emoções mais positivas e prevenir ou diminuir a intensidade das emoções negativas
ativadas)

# Treino de Habilidades em Efetividade interpessoal (habilidades necessárias para


construir e manter relacionamentos positivos - forma específica)

(Rathus & Miller, 2022)


Psicoterapia com adolescentes

(294) Wandinha conversando com a psicóloga (Episódio 1) - YouTube


Psicoterapia com adolescentes

(303) Brilhante - Curta Metragem de Animação (2021) - YouTube


Ms. Lidiane Passarinho
Referências Bibliográficas
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