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1. Pitonisa, Zeus, Platão e Themis são vizinhos e grandes amigos. Pitonisa e Zeus possuem
16 anos completos e Platão e Themis possuem 17 anos completos. Pitonisa é casada
legalmente com Thor; Zeus exerce emprego público temporário; Platão colou grau em curso
de ensino médio e Themis é proprietária de estabelecimento comercial que lhe gera
economia própria. Neste caso, cessou a incapacidade relativa para exercer certos atos da
vida civil, APENAS para
(A) Pitonisa e Themis X
(B) Zeus e Platão
(C) Pitonisa , Zeus e Themis
(D) Themis e Platão
(E) Zeus, Pitonisa e Platão
JUSTIFIQUE A RESPOSTA:
Pitonisa é casada, consta no Art. 5.° inciso II, então cessou a incapacidade relativa.
Zeus exerce emprego público temporário, é válido apenas o emprego efetivo. Art. 5.°
inciso III.
Platão colou grau em curso de ensino médio, e para cessar a incapacidade relativa,
‘’colação de grau em curso de ensino superior’’. Art. 5.° inciso IV.
2. Thor, por deficiência mental, tem o discernimento reduzido. Zara possui dezesseis anos
de idade completos e é estudante. Zanaã possui 14 anos completos e é estudante. Zenor
possui 55 anos de idade e é pródigo. À luz do Código Civil Brasileiro, as incapacidades de
Thor, Zara, Zanaã e Zenor são, respectivamente,
(A) absoluta, absoluta, relativa e relativa.
(B) relativa, absoluta, absoluta e absoluta
(C) absoluta, relativa, relativa e absoluta.
(D)relativa, absoluta, relativa e relativa.
(E) relativa, relativa, absoluta e relativa X
JUSTIFIQUE A RESPOSTA:
Art. 3.° São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os
menores de 16 anos.
3. Há alguma diferenciação prática entre um negócio jurídico que tenha sido firmado por
agente que venha a ser reconhecido impúbere (absolutamente incapaz) frente a negócio
jurídico que tenha sido firmado por agente púbere (relativamente incapaz)? Explique de
forma fundamentada, citando o dispositivo legal aplicável.
JUSTIFIQUE A RESPOSTA:
Sim, conforme o código civil, Art. 166. é nulo o negócio jurídico quando celebrado por uma
pessoa absolutamente incapaz, agente impúbere. Para que não seja nulo, é necessário que
o agente seja representado.
E é anulável quando se trata de incapacidade relativa do agente, agente púbere. – Art. 171.
Inciso I. O suprimento da incapacidade relativa dá-se por meio da assistência.
4. (Concurso Ministério Público de São Paulo) - Assinale “F” para Falso e “V” para
Verdadeiro, justificando através do entendimento doutrinário e/ou com as normas
constantes no Código Civil e na LICC o motivo da assertiva estar correta ou incorreta.
Essa é a alternativa correta pois consta no Art. 2.° do Código Civil, consta que a
personalidade civil da pessoa começa a partir do momento do seu nascimento com vida (ou
seja, caso respire), esse nascimento independe de sua forma, do desligamento do cordão
umbilical, não importa a aptidão vital, se o parto foi normal ou cesária, se saiu
completamente ou parcialmente do útero (como citado nas outras alternativas)
Não importa se se separou por inteiro ou parcialmente do ventre, nem se foi desligado
totalmente do cordão, nem a forma do parto e nem do nascituro.
( F ) venha ä luz, ainda que se mantendo ao cordão umbilical, mesmo que o parto se
concretize através de cesariana ou pelo meio natural, e evidencie possibilidade de vir a
respirar.
JUSTIFICATIVA:
Essa alternativa está incorreta pois, não importa se o nascituro foi desligado do cordão ou
não e também se o parto foi normal ou cesariana, mas precisa respirar assim que nascer.
5. (CESPE - Auxiliar Judiciário). Paulo é médico e vive com sua esposa e seu filho, menor
de idade, em Juiz de Fora – MG. Duas vezes por semana, ele atende em um hospital
localizado na capital do Rio de Janeiro e fica instalado em um pequeno apartamento que
mantém alugado para os dias em que trabalha naquela localidade. Todos os anos, a família
passa férias em uma casa de propriedade de Paulo localizada em Petrópolis – RJ. Certo dia,
o casal sofreu um acidente de carro e ambos ficaram em coma em decorrência do acidente.
Em razão disso, os avós maternos do filho do casal, que moram em Angra dos Reis – RJ,
foram nomeados como tutores do menor.
Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta, a respeito de domicílio.
a) Antes da ocorrência do acidente, apenas a cidade de Juiz de Fora – MG poderia ser
considerada domicílio de Paulo.
b) Após a nomeação dos avós como tutores do filho de Paulo, o domicílio do menor passou
a ser Angra dos Reis – RJ. X
c) Antes da ocorrência do acidente, as cidades de Juiz de Fora – MG e Petrópolis – RJ
poderiam ser consideradas domicílio da esposa de Paulo.
d) Antes da ocorrência do acidente, a propriedade localizada em Petrópolis – RJ poderia ser
considerada domicílio do casal.
e) A cidade do Rio de Janeiro não poderia ser considerada domicílio de Paulo antes do
acidente.
JUSTIFICATIVA:
A alternativa correta é a B, pois os domicílios de Paulo são em Juiz de Fora – MG (onde ele
vive com sua família Art. 70.) e no Rio de Janeiro (onde exerce sua profissão Art. 72.),
Petrópolis não é pois Paulo e sua família não estabelecem residência com ânimo definitivo.
Então, a alternativa certa é a B, pois o filho de Paulo agora, vive com seus avós em Angra
dos Reis, e ali será seu domicílio.
6. Conforme discutido em sala de aula, o Código Civil assegura através do art. 2ª do CC que
o nascituro só adquire personalidade após o nascimento com vida. No entanto, de acordo
com decisões oriundas do Tribunal de Justiça gaúcho e precedentes do STJ (Superior
Tribunal de Justiça), o nascituro vem sendo considerado “pessoa”, conforme se extrai do
julgamento da Apelação Cível n. 70071339741: “[...] segundo a Teoria Concepcionista, a
personalidade jurídica começa a partir da concepção. Tal teoria considera o nascituro
pessoa, logo, sujeito de direitos, apesar de que alguns apenas possam ser exercidos com o
nascimento. Aplicação do princípio da Dignidade da Pessoa Humana. Precedentes do STJ e
desta Corte”. Nesse sentido, explique qual a diferença prática entre a aplicação da Teoria
Concepcionista em relação à Teoria Natalista, enfrentando os direitos envolvidos nesse caso
específico contrapondo-os.
JUSTIFICATIVA:
Para a teoria Natalista (teoria que a doutrina brasileira segue) o nascituro não é pessoa,
tem uma mera expectativa de vida enquanto estiver no vrente, e com mera expectativa de
vida tem mera expectativa de direitos e só é pessoa e garante seus direitos mediante a
respiração ao nascer. Essa teoria fundamente hipóteses de aborto.
Embora o nascituro segundo o código civil não seja expressamente considerado pessoa,
uma vez que a personalidade civil se dá com o nascimento com vida, este tem a proteção
legal dos seus direitos desde a concepção como o direito a vida, o direito a proteção pré-
natal, pode receber doação, pode ser beneficiado por herança, o código penal tipifica o
crime de aborto, bem como tem direito a realização do exame de dna para efeito de aferição
de paternidade. Ainda tem direito a alimentos, chamados de ‘’alimentos gravídicos’’, que
compreendem todos os gastos necessários à proteção do feto
Herman é considerado um Transgênero, onde seu corpo e sua mente estão em desordem
quanto seu sexo. Em março de 2018 o STF reconheceu que uma pessoa que se
autoidentificar trans basta ir ao cartório para alterar seu nome e gênero, sendo assim, não é
mais preciso auxílio judicial para essa troca.
8. Afrodite e Zeus são casados pelo regime da comunhão parcial de bens, tendo Afrodite um
apartamento que foi adquirido através de seus ganhos pelo exercício da advocacia liberal,
antes de seu casamento com Zeus. Na data de hoje Afrodite está realizando a venda desse
imóvel e lhe foi solicitado pelo Tabelião no momento da lavratura da escritura que Zeus
também assinasse o documento de venda, sob pena de não ser realizado o negócio. A
exigência do tabelião tem procedência? De acordo com o estudado dentro do tema
“capacidades”, constante do art. 1ª do CC, como se denomina essa capacidade especial de
acordo com o direito vigente? Explique.
JUSTIFICATIVA:
A exigência do tabelião não procede, pois no Art. 1.659. inc I é excluído da comunhão, os
bens que cada cônjuge possuir ao casar-se, ou seja antes do casamento, que é o caso de
Afrodite e seu apartamento.
O casamento é uma exceção do Art, 1°, pois trata-se de um acordo entre o casal.
A questão A está incorreta pois a morte dos indivíduos não foi natural, houve um acidente no
local e os corpos não foram encontrados para falar da causa. (Art. 7.° inc I)
A B está incorreta pois não pode ser declarada a morte desde o desaparecimento e sim a
partir do momento que as buscas se encerram. (Art. 7.°)
A D e E estão incorretas, pois as buscas precisam ser encerradas para declarar a morte
presumida (Art. 7.°)
E a C está correta pois é possível prever a morte, quando a possibilidade dela é extrema ou
que estava em perigo de vida e após o encerramento das buscas, esse último caso, que é o
mais provável da família citada, pois houve um deslizamento que destruiu a casa inteira e
um rio que pode ter levado os corpos, trazendo um grande risco a vida de todos. houve um
deslizamento que destruiu por completo a casa e ainda havia um rio com forte correnteza
que pode ter levado os corpos, é possível apontar um grande risco de vida. Com isso é
possível declarar a morte presumida, como dita o art. 7º.