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Conforme o livro, "Manual de Direito Civil", cujos autores são Pablo Stolze
Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho, definem que na Teoria Natalista a pessoa
natural, para o direito, é o ser humano, enquanto o sujeito/receptor de direitos e
obrigações. O surgimento, segundo a dicção legal, ocorre a partir do nascimento
com vida, como está previsto no (Art. 2° do CC/2002). No instante em que se inicia o
funcionamento do aparelho cardiorrespiratório, clinicamente aferível pelo exame de
docimasia hidrostática de Galeno, o recém-nascido adquire personalidade jurídica,
tornando-se sujeito de direito, mesmo que faleça minutos depois.
Logo, a Teoria Concepcionista foi demarcada da seguinte forma: por sua vez,
tomada pelo Direito Francês, contou com diversos adeptos. Segundo essa vertente
de pensamento, o nascituro adquiriria personalidade jurídica desde a concepção,
deste modo, considerado pessoa.
Entretanto, pode ser gerada uma dúvida, "Se o Brasil adota a doutrina
Natalista, o nascituro não tem nenhum direito?". A renomada Maria Helena Diniz,
peça fundamental para o Direito Civil brasileiro afirma: “que, na vida intrauterina, tem
o nascituro personalidade jurídica formal, no que atina aos direitos personalíssimos
e aos da personalidade, passando a ter a personalidade jurídica material,
alcançando os direitos patrimoniais, que permaneciam em estado potencial,
somente com o nascimento com vida. Se nascer com vida, adquire personalidade
jurídica material, mas se tal não ocorrer, nenhum direito patrimonial terá". Referente
à dúvida gerada, há, sim, leis para o nascituro e são elas. "O nascituro é titular de
direitos personalíssimos (como o direito à vida, o direito à proteção pré-natal, etc.);
pode receber doação, sem prejuízo do recolhimento do imposto de transmissão inter
vivos; pode ser beneficiado por legado e herança; o Código Penal tipifica o crime de
aborto; como decorrência da proteção conferida pelos direitos da personalidade, o
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nascituro tem direito à realização do exame de DNA, para efeito de aferição de
paternidade.
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1. BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Código Civil (2002). Lei nº. 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui
o Código Civil
PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de Direito Civil – Direito de Família. Vol.
V. 16ª edição. Rio de Janeiro: Forense, 2007.