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GERAL I
ATIVIDADE 1
QUESTÃO
Luana, brasileira, solteira, natural e residente em Florianópolis/SC, maior e capaz,
conheceu Rogério, brasileiro, solteiro, natural do Rio de Janeiro/RJ, também maior
e capaz.
Dessa forma, não nos resta dúvida que nosso Código optou por, desde a
concepção, conferir direitos ao nascituro.
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Podemos elencar aqui, alguns destes:
Além de direitos da personalidade como o direito à vida (inclusive proteção contra o aborto) e
à imagem, de reclamar alimentos, à proteção pré-natal (art.7º do ECA)e de capacidade de ser
parte ativa em uma relação jurídico-processual
Por fim, jurisprudência recente do STJ (RESP. 399028/SP) reconheceu o direito do nascituro à
indenização por danos morais - “O nascituro também tem direito aos danos morais pela morte
do pai, mas a circunstância de não tê-lo conhecido em vida tem influência na fixação do
quantum”.
b) Qual a medida processual adequada para garantir que Luana tenha condições de ter
uma gestação tranquila e assegurar que a criança, ao nascer, tenha condições de
sobrevida? Quais são os requisitos para a propositura desta medida?
A medida adequada para o presente caso é aquela prevista na Lei 11.804/08, qual seja, a
propositura de uma ação de alimentos gravídicos.
No presente caso, portanto, pode-se afirmar a existência de tais indícios, haja vista que,
conforme relatado, ambos mantinham um relacionamento público, facilmente comprovável
por meio de documentos e testemunhas. Além disso, o fato de Luana estar desempregada
e numa gestação de risco são fatores que aumentam sua necessidade de tal auxílio.
Por fim, importante lembrar que o parágrafo único do art. 6º prevê que “após o nascimento
com vida, os alimentos gravídicos ficam convertidos em pensão alimentícia em favor do
menor até que uma das partes solicite a sua revisão”.
c)Digamos que, por uma fatalidade, a criança nasça morta. Que tipo de proteção
o nosso Código confere ao natimorto?
O Enunciado 1 da I Jornada de Direito Civil, por sua vez, prevê: “a proteção que
o Código defere ao nascituro alcança o natimorto no que concerne aos direitos
da personalidade, tais como nome, imagem e sepultura”.
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d) Digamos que, nascida a criança com vida, e, após, realizado teste de DNA,
seja verificado que Rogério não era pai da criança. O que acontece com os
valores pagos, caso a medida processual do item “b" seja deferida? Justifique.
Dessa forma, caso verificado, posteriormente, que Rogério não era, de fato,
pai da criança, não tem direito de reaver os valores já pagos. Contudo, dali em
diante, resta cessada a obrigação alimentar.
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