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BENS PÚBLICOS

MSC RICARDO LOZANO


BEM PÚBLICO

Segundo Samuelson (1954), um bem público


pode ser definido quando o consumo de cada
indivíduo de um determinado bem não leva a
subtração do consumo de qualquer outro
indivíduo daquele bem. Isto caracterizaria um
bem econômico puro.

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ATRIBUTOS ECONÔMICOS DOS BENS
Alta Bens Rivais Bens não Rivais

Sinais codificados de
Serviços legais TV via satélite
Aparelhos de som
Pendrives Códigos de
computador

Grau de Manual operacional de


Exclusividade uma loja de
departamentos
Peixes do mar
Insetos estéreis para Defesa nacional
combate as pragas
P & D básica
Cálculos

Baixa
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TIPOS DE BEM

Rivais?
Sim Não
Bens privados Monopólios naturais
 sorvete  Corpo de Bombeiros
Sim  roupa  TV a cabo
 Rodovias privadas  Rodovias privadas
congestionadas não-congestionadas
Excluíveis?
Recursos Comuns Bens públicos
 Peixe no mar  Defesa nacional
Não  Meio ambiente  Conhecimento
 Rodovias públicas  Rodovias públicas
congestionadas não-congestionadas
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DIFERENTES TIPOS DE BENS

 Exclusividade:
 Pessoas podem ser impedidas de
usar o bem
 Leis reconhecem e regulamentam
direitos de propriedade privada
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DIFERENTES TIPOS DE BENS

 Rival
 O uso do bem por uma pessoa
diminui o prazer de outra em
usar aquele bem
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TIPOS DE BEM

 Bens privados
 São ao mesmo tempo excluíveis e rivais
 Bens públicos
 Não são nem excluíveis nem rivais
 Recursos comuns
 São rivais mas não são excluíveis
 Monopólios naturais
 São excluíveis mas não rivais
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BENS PÚBLICOS

 Características dos bens públicos


 Não disputáveis
 O custo marginal de prover o bem para um
consumidor adicional é zero para qualquer
nível de produção.
 Não exclusivos
 Os indivíduos não podem ser excluídos do
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consumo do bem.
BENS PÚBLICOS

 Nem todos os bens produzidos pelo governo


são bens públicos
 Alguns desses bens são disputáveis ou
exclusivos:
 Educação
 Parques
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CÓDIGO CIVIL

 Art. 98

 São públicos os bens do domínio nacional


pertencentes às pessoas jurídicas de direito
público interno; todos os outros são
particulares, seja qual for a pessoa a que
pertencerem.
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CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

Art. 20. São bens da União:


I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem
a ser atribuídos;
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das
fronteiras, das fortificações e construções militares, das
vias federais de comunicação e à preservação ambiental,
definidas em lei;
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em
terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um
Estado, sirvam de limites com outros países, ou se
estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem
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como os terrenos marginais e as praias fluviais;


CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros


países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras,
excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios,
exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade
ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; (Redação dada
pela EC nº 46, de 2005)
V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona
econômica exclusiva;
VI - o mar territorial;
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;
VIII - os potenciais de energia hidráulica;
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CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

IX - os recursos minerais, inclusive os do


subsolo;
X - as cavidades naturais subterrâneas e os
sítios arqueológicos e pré-históricos;
XI - as terras tradicionalmente ocupadas
pelos índios.
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TERRAS DEVOLUTAS
 Decreto-lei 9760/46
 Art. 5º São devolutas, na faixa da fronteira, nos Territórios
Federais e no Distrito Federal, as terras que, não sendo próprios
nem aplicadas a algum uso público federal, estadual territorial ou
municipal, não se incorporaram ao domínio privado:
 a) por fôrça da Lei nº 601, de 18 de setembro de 1850,
Decreto nº 1.318, de 30 de janeiro de 1854, e outras leis e
decretos gerais, federais e estaduais;
 b) em virtude de alienação, concessão ou reconhecimento
por parte da União ou dos Estados;
 c) em virtude de lei ou concessão emanada de govêrno
estrangeiro e ratificada ou reconhecida, expressa ou
implícitamente, pelo Brasil, em tratado ou convenção de limites;
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TERRAS DEVOLUTAS

 d) em virtude de sentença judicial com fôrça


de coisa julgada;
 e) por se acharem em posse contínua e
incontestada com justo título e boa fé, por têrmo
superior a 20 (vinte) anos;
 f) por se acharem em posse pacífica e
ininterrupta, por 30 (trinta) anos,
independentemente de justo título e boa fé;
 g) por fôrça de sentença declaratória
proferida nos têrmos do art. 148 da Constituição
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Federal, de 10 de Novembro de 1937.


TERRENOS DE MARINHA

 33m a partir da linha do preamar médio de


1831 dos mares e rios navegáveis
 Aviso imperial de 12/07/1831.
 Decreto-Lei 9760/46, art. 2º

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CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:


I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes,
emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na
forma da lei, as decorrentes de obras da União;
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que
estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob
domínio da União, Municípios ou terceiros;
III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à
União;
IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da
União.
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CÓDIGO CIVIL

 Art. 99. São bens públicos:


 I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas,
ruas e praças;
 II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados
a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual,
territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
 III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas
jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou
real, de cada uma dessas entidades.
 Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se
dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito
público a que se tenha dado estrutura de direito privado.
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CARACTERÍSTICAS DOS BENS PÚBLICOS

 Alienabilidade condicionada => se vierem


a ser desafetados, poderão ser alienados
 Imprescritíveis
 Impenhoráveis
 Não-oneráveis
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BENS IMÓVEIS DA UNIÃO (LEI 9636/98)

Art. 24. A venda de bens imóveis da União será feita mediante concorrência
ou leilão público, observadas as seguintes condições:
I - na venda por leilão público, a publicação do edital observará as mesmas
disposições legais aplicáveis à concorrência pública;
II - os licitantes apresentarão propostas ou lances distintos para cada
imóvel;
III - a caução de participação, quando realizada licitação na modalidade de
concorrência, corresponderá a 10% (dez por cento) do valor de avaliação;
IV - no caso de leilão público, o arrematante pagará, no ato do pregão, sinal
correspondente a, no mínimo, 10% (dez por cento) do valor da
arrematação, complementando o preço no prazo e nas condições previstas
no edital, sob pena de perder, em favor da União, o valor correspondente
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ao sinal e, em favor do leiloeiro, se for o caso, a respectiva comissão;


ALIENAÇÃO DE BENS MÓVEIS

 Lei 8.666/93

 Art. 22. (...)


 § 5o Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer
interessados para a venda de bens móveis inservíveis
para a administração ou de produtos legalmente
apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de
bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o
maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação
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IMPRESCRITIBILIDADE

 Constituição Federal

 Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até
duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos,
ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua
moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que
não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
(...)
§ 3º - Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
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IMPRESCRITIBILIDADE
Constituição Federal

Art. 191. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural


ou urbano, possua como seu, por cinco anos ininterruptos, sem
oposição, área de terra, em zona rural, não superior a cinqüenta
hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua
família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por
usucapião.

Código Civil

Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.


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NÃO ONERABILIDADE E
IMPENHORABILIDADE

 Constituição Federal

 Art. 100. À exceção dos créditos de natureza alimentícia, os


pagamentos devidos pela Fazenda Federal, Estadual ou
Municipal, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão
exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos
precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a
designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias
e nos créditos adicionais abertos para este fim.
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USO PRIVATIVO DE BEM PÚBLICO
POR PARTICULAR

 Autorização de uso

 Permissão de uso

 Concessão de uso

 Concessão real de uso


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ENFITEUSE (“AFORAMENTO PÚBLICO”)

 “Instituto pelo qual o Estado permite ao particular o


uso privativo de bem público a título de domínio útil,
mediante a obrigação de pagar ao proprietário uma
pensão ou foro anual, certo e invariável” (JSCF)

 Foro anual e laudêmio na transferência do domínio útil


do bem. Senhorio direto tem preferência para reaver o
bem em caso de alienação

 Terrenos de marinha podem ser objeto de aforamento


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