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O Que É Codependencia - Romina Miranda
O Que É Codependencia - Romina Miranda
#1
[ o que é codependência ]
#3
Instituto Independa
Capivari • SP • Brasil
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#5
pessoas encontrem identificação e, muitas
vezes, explicação para seus comportamentos,
a cada dia ela avança para outras esferas,
que até há pouco contemplavam apenas as
comunidades terapêuticas para tratamento de
dependentes químicos e os grupos de apoio para
seus familiares.
#6
conceito, elencando o que sabemos que é a
codependência, é importante dizermos o que ela
NÃO É.
#7
deste reconhecimento, a possibilidade de mutação
desta condição emocional em que se encontra
– a de codependente – seja já pelo motivo que
tenha chegado até aí. Aceitar-se como vítima não
é condição absoluta, mas apenas uma fase do
transtorno, a primeira, aquela que chamamos
de negação.
#8
ele levou para “aceitar”, porque sempre houve
indícios, mas a negação era utilizada para defendê-
lo da dor de encarar que o seu familiar estava
fazendo uso de drogas e mais: o que fazer com
isto? Então, negando, o familiar mantém tudo da
mesma forma, doentia sim, mas da forma que
ele conhece, que ele sabe lidar, sem crises, sem
grandes tomadas de atitude para as quais ele
ainda não está preparado.
#9
Já foi difícil entender e aceitar o uso ou a
dependência de drogas por parte do ente querido.
Aceitando esta situação seria preciso fazer alguma
coisa por ele. Agora, aceitando que faz parte do
processo, e que também está impactado pela
doença, fará com que tenha também que fazer
algo por si, mudar comportamentos, cuidar
de si, rever conceitos, histórias, partir para o
autoconhecimento e a mudança. Quem está
disposto a isto quando se encontra no “olho do
furacão”? Provavelmente aquele familiar que já
sofreu perdas demais em função do uso do ente
querido. Aquele que sabe que do jeito que está
não dá para ficar e que se entrega para toda a
possibilidade de mudança para sair desta situação.
[ o que é codependência ]
#10
o dependente químico, quando em recuperação,
tem como principal fator de risco, voltar para esta
família adoecida, que não aceita a realidade e não
muda comportamentos em prol da saúde e bem-
estar do sistema familiar.
#11
Na década de 1970, nas Comunidades
Terapêuticas de Minessota, também nos Estados
Unidos, o termo volta a aparecer para designar os
familiares dos dependentes químicos internados
nestes locais. Na década de 1980, o termo surge
na área da terapia, mas ganha um espectro bem
mais amplo, não mais se relacionando somente
aos familiares de dependentes químicos, mas
às pessoas que por qualquer outro motivo
viveram situações estressantes na família de
origem que as levaram a assumir precocemente
responsabilidades inadequadas para a idade e
contexto cultural.
#12
objeto de estudo são os familiares de usuários e
dependentes de substâncias psicoativas. Por isso,
vamos restringir a codependência, neste texto, a
este grupo de pessoas e suas vivências.
#13
usou? Começa a ditar regras disfuncionais e, na
maioria das vezes, não as sustenta.
#14
que seu familiar acha que pode controlar o seu
ente querido, o seu uso e o seu comportamento.
Ambos mantêm um comportamento obsessivo
com seu “objeto em questão”: a droga, no caso do
dependente, e o dependente, no caso da família.
#15
escolha do outro em usar a droga. Por mais que
os pais tenham falhado na educação, não erraram
porque queriam errar, mas por não saberem fazer
da forma correta ou por inúmeras outras razões
que em nada tem a ver com a culpa, mas sim, e
tão somente, com a responsabilidade.
#16
esta responsabilidade é nossa, e somente nossa. A
responsabilidade é positiva e molda o futuro.
#17
estudam e nem trabalham, mas utilizam seu tempo
livre para fazer uso de drogas. Quando situações
complicadas ocorrem como resultado do uso, os pais
arcam com os danos, com os resultados, evitando
que os filhos passem pela experiência dolorosa da
consequência de uma ação irresponsável. E, quando
fazem o menor esforço por algo, são recompensados
com honrarias, as quais não valorizam em nada
e logo as descartarão, muitas vezes, trocando-as
por drogas.
#18
um carro, uma moto. Os pais o presenteiam.
Logo o bem se tornará moeda de troca para o uso
de drogas.
#19
é uma doença, reconhecida pela Organização
Mundial da Saúde, e como tal, precisa de
tratamento, que inclui todo o sistema familiar
impactado por ela.
#20
está fora da situação parece tão simples, para
ele é tarefa homérica. Por quê? Normalmente,
o lar que propiciou o desenvolvimento da
dependência química já trazia esta falta de
regras, disciplinas, limites. Seja por qual for o
motivo, havia a dificuldade em falar não. Ou,
no outro extremo da situação, os lares que
falavam muitos “nãos” não davam espaço
para que eles fossem entendidos, permeando
os ambientes com autoritarismo, hostilidade,
frieza, onde as crianças não podiam manifestar
seus sentimentos.
#21
A necessidade de agradar, muito
presente no perfil codependente, parece estar
atrelada à forma que o indivíduo encontra de
sentir-se útil, já que não se sente amado. Em
virtude das vivências opressoras de longa data,
muitas vezes desde a infância, esta pessoa
entendeu que os sentimentos não tinham valor,
que não deveriam ser expressos, se sentiu
abandonado, inferior, rejeitado, insignificante
e passou a ter vergonha de suas necessidades
e carências. Com a autoestima bastante
comprometida, passou a achar que não seria
merecedor de amor, mas que poderia agradar
aos outros sendo útil e necessário. Surge assim a
necessidade de ser necessário, que motiva tantos
[ o que é codependência ]
#22
Neste momento teriam então que olhar para si
mesmos, cuidar de si mesmos, deixar de serem
necessários para os outros. Como o caminho é
doloroso, muitos preferem não percorrê-lo. É neste
momento que muitas esposas de dependentes
em recuperação que não buscaram tratamento
para si mesmas não conseguem conviver com
o marido saudável, desfazem o casamento e
iniciam um novo relacionamento com outro
dependente químico.
#23
do outro, sua privacidade, sempre mostrando o
desejo de “cuidar” e “ajudar”.
#24
responsabilidade, elas tendem a se sentir vítimas e
não donas de suas próprias vidas.
#25
Para iniciar um processo de mudança, assumindo
a responsabilidade por seu comportamento,
o codependente precisa libertar-se da trama
limitante dos papéis deste triângulo.
#26
culpa, da qual já falamos, vergonha, tristeza,
impotência, dor, solidão, angústia, desespero,
decepção, medo e raiva.
#27
atitude. Medo da separação, medo da intimidade,
da tristeza e da felicidade. Medo que se torna
angústia e que alimenta a ansiedade, dia a dia,
roubando a serenidade de uma vida tranquila.
#28
Aliadas aos sentimentos descritos estão
a tristeza, a dor, a decepção, a
impotência e o desesperto. Quantas
emoções negativas, que drenam a energia
e minam as possibilidades de viver com
qualidade, fazem parte do cotidiano destas
famílias. Sentimentos que se não transformados,
certamente darão espaço para o surgimento de
doenças emocionais, o que desorganizará ainda
mais o sistema familiar, diminuindo as chances de
melhora dos outros membros da família. Ou seja,
a doença de um cria a doença no outro.
#29
que após a construção acima, temos mais
condições de entender o que é codependência
dentro do conceito apresentado por cada autor.
#30
outras circunstâncias familiares poderiam produzir
padrões similares, particularmente famílias com
problemas crônicos negados, como incesto e
doenças mentais e sociais.
#31
rede diz que a codependência tem sido definida
mais frequentemente como uma condição
emocional, psicológica e comportamental, como
um padrão relacional. A autora apresenta critérios
diagnósticos para a classificação da codependência
como um transtorno de personalidade, e vem
realizando estudos para classificá-la como doença.
#32
porém, mais especificamente na tese de Humberg,
fica mais próximo o conceito da dependência
afetiva com o de codependência, já que ela aponta
como fator principal a dependência do vínculo,
que necessita de um outro complementar.
#33
conhecer. Traçamos então, a primeira meta:
autoconhecimento, que traz consigo aceitação
da situação, de si, dos seus erros, acertos,
condição. Percorrendo este caminho, começamos
a conhecê-lo e poderemos então encontrar as
tais ferramentas que nos ajudarão no processo
de mudança.
#34
milhares de pessoas no mundo que sofrem esta
mesma dor que nós. E quando abrirmos mão da
culpa, de toda e qualquer culpa, e abraçarmos a
responsabilidade por nossas escolhas, por nossas
vidas, teremos encontrado a caixa de ferramentas
que nos permitirá, pouco a pouco, arrancar as
ervas daninhas de nosso jardim – o medo, a raiva,
a dor, o desespero, a angústia, a impotência,
a decepção – e plantar as sementes das flores
que queremos ver desabrochar em nossas vidas:
respeito, amor-próprio, autoestima, paz, harmonia,
limites, assertividade, união, esperança, aceitação,
desapego, alegria, serenidade, amor.
#35
A autora
Jornalista, escritora, terapeuta familiar e
[ o que é codependência ]
#36
TV Aparecida e Net Cidade e colunista da Jovem
Pan na campanha “Pela Vida, Contra as Drogas”.
#37
[O QUE É CODEPENDÊNCIA]
Este livro de Romina Miranda objetiva ampliar o conhecimento
sobre o tema, além de conscientizar e mobilizar para uma mudança
de valores e atitudes todos aqueles que desejam conhecer melhor a
codependência e a dependência química.
Esta é a primeira edição.
Para ter acesso à edição atualizada, entre agora em
www.oqueecodependencia.com.br
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