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J. S. Scott
A Obsessão do Bilionário
~1~
Disponibilização: Soryu
~2~
Resumo
A sorte não está ao lado da estudante de enfermagem e garçonete em
tempo integral Kara Foster e para piorar recebe um golpe enorme para a sua
situação financeira que já é desesperadora e certamente poderá colocá-la
morando nas ruas. Precisando de nada menos que um milagre para salvá-la ela
recebe ajuda de uma fonte desconhecida, improvável e avassaladora. O
bilionário Simon Hudson faz uma oferta que é impossível recusar, mas terrível
para aceitar de um homem que ela nunca conheceu. Será que o bonitão alfa
bilionário realmente será a solução para seus problemas, ou ele irá acabar
sendo uma das principais complicações e um perigo para sua sanidade
emocional?
Informação
~3~
1 – Minha para esta noite Lançado
~4~
“A tradução em tela foi efetivada pelo Grupo Pégasus Lançamentos
de forma a propiciar ao leitor o acesso à obra, incentivando — o à
aquisição integral da obra literária física ou em formato e — book.
O grupo tem como meta a seleção, tradução e disponibilização
apenas de livros sem previsão de publicação no Brasil, ausentes
qualquer forma de obtenção de lucro, direto ou indireto.
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necessário poderá cancelar o acesso e retirar o link de download dos
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obra destina — se tão somente ao uso pessoal e privado, e que
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eximindo o grupo citado no começo de qualquer parceria, coautoria
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literária para obtenção de lucro direto ou indireto, nos termos do
art. 184 do código penal e lei 9.610/1998."
~5~
~6~
Capítulo 1
Simon acordou na manhã após o incrível encontro sexual, rodeado
pelo cheiro tentador de Kara e sentindo como se algo estivesse faltando em
sua cama.
Ele rolou para suas costas, seu pau duro e inchado, tentando não
pensar sobre os eventos de parar o coração da noite anterior. Ele puxou um
travesseiro sob o rosto e respirou sua fragrância, um perfume que
provavelmente ia assombrá-lo para sempre. E cada vez que ele imaginava o
cheiro dela, ele iria pensar sobre o seu gosto. O sorriso dela. Seus gemidos.
Seu lindo corpo absolutamente nu. Seus gritos quando ela gozou para ele, sua
carne apertando em volta dele até que ele encontrou alívio.
Ontem à noite tinha sido uma mudança de vida para ele. Nunca mais
ele seria capaz de se contentar com nenhuma outra mulher em sua cama, uma
merda sem emoção para satisfazer seu corpo.
Ele puxou o travesseiro de seu rosto, mas não aliviou a dor óssea
profunda que ele tinha por Kara. Levá-la de volta para sua cama tinha sido
~7~
uma das coisas mais difíceis que ele já tinha feito. Mas ela só tinha oferecido
uma noite, e ele nunca tinha sido capaz de dormir com uma mulher. Ele não
era capaz disso e nunca quis... Até ontem à noite. Ele queria dormir com Kara
em seus braços, seu corpo envolto em torno dele, seu hálito quente em seu
rosto.
Ele voltou para o seu quarto, mas não tinha sido capaz de dormir. Ele
agitou e virou em uma cama que cheirava a sexo quente e ardente e a Kara.
Frustrado como o inferno, ele tinha ido para a sua academia e malhou,
esperando se esgotar, desesperado para escapar do seu inconsciente latente.
Infelizmente, não deu certo. Em vez disso, ele acabou cansado e derrotado...
E ainda sem conseguir dormir.
A que horas ele tinha finalmente cedido e desmaiou? Seus olhos foram
para o relógio, percebendo com surpresa que era quase meio-dia. Geralmente
era um madrugador, ele nunca havia dormido até tão tarde, mesmo no fim de
semana. Ele deslizou para fora da cama e foi direto para o chuveiro.
~8~
Simon sentiu um frio rastejar lentamente para baixo sua coluna
vertebral e experimentou um breve momento de pânico.
Uma noite.
Uma noite, minha bunda. Uma noite nunca será o suficiente. Ela é
minha.
Simon a tinha conhecido na noite passada e ele sabia disso agora. Ele
nunca se cansaria de Kara. Ela era uma obsessão que não podia passar por
cima com uma noite de sexo incrível. Ele não tinha certeza do que ia fazer,
mas não aliviava colocar miolos para fora. Se foi alguma coisa, foi mais. Agora
que ele a tinha possuído uma vez, ele a queria de novo e de novo.
O café que estava bebendo bateu em seu estômago. A verdade era que
ele odiava se sentir tão possessivo sobre uma fêmea. Dar a mínima para
alguém além de sua família significava problemas. Ele não tinha aprendido
essa lição dolorosa há muito tempo? Aparentemente... Não estava furado,
porque ele se preocupava mais com Kara do que ele queria... E isso assustou a
porcaria amorosa fora dele.
~9~
chateado se ela não estivesse. Quantas vezes ele pediu a ela para sempre levá-
lo para sua própria segurança?
~ 10 ~
Pegando as chaves, ele enfiou os pés no par de sapatos casuais mais
próximos e saiu pela porta do apartamento, sem nem mesmo pestanejar,
quando bateu a porta violentamente atrás dele.
**********
~ 11 ~
criança atrás dela. O alarme não ficou em silêncio e o barulho tinha sido o
suficiente para trazer Maddie correndo e os homens fugirem.
A última coisa que ela queria era assustar a amiga, sabendo Maddie já
se sentia responsável por Kara quase levar um tiro.
~ 12 ~
— Maddie, não é sua culpa.
— O que diabo está acontecendo? A polícia disse que você foi atacada
em alguma clínica...
Uh, oh.
Kara ficou de pé, pronto para saltar para a briga. Maddie podia ter a
cara de um anjo, com ardentes cachos vermelhos que cercavam seus traços
perfeitos, mas ela poderia ser uma inimiga furiosa quando ela queria ser. Não
que as pessoas viam esse lado dela muitas vezes. Seus pacientes, jovens e
velhos a adoravam e à sua personalidade geralmente ensolarada. Mas quando
Maddie estava lutando por uma causa ou algo que ela acreditava, ela poderia
ser uma inimiga perigosa.
Kara observou quando sua amiga jogou os ombros para trás, o jaleco
branco de médico flutuando em volta das curvas generosas que
complementaram suas feições angelicais. Ela forçou um sorriso de volta
quando Maddie se ajeitou para tentar compensar os 1,60 de altura em
preparação para a batalha.
Ela leu o relatório rapidamente, com pressa suficiente para passar por
isso rápido, mas não tão rapidamente que ela não fosse ser cuidadosa. Após
terminar a papelada oficial, ela se levantou, esticando suas costas, sentindo-se
um pouco instável.
~ 15 ~
— Isso é realmente necessário? — Simon grunhiu seu braço
ondulando em torno da cintura de Kara, puxando o corpo dela contra ele de
forma protetora.
— Sim... ele é meu irmão. Por que você pergunta? Você o conhece?
~ 16 ~
— Vocês são amigos? — Simon perguntou curioso, olhando para
Maddie com expectativa.
~ 17 ~
um sussurro baixo o suficiente para que apenas ela pudesse pegar seu
conselho inflexível.
~ 18 ~
Capítulo 2
— Você está linda. Mas eu sei que tem sido um dia difícil. Tudo bem?
Surpreendentemente, o que ela lhe disse era verdade. Ela tinha pulado
o desjejum porque acordou tarde, e a hora do almoço veio e foi embora,
enquanto eles estavam na delegacia.
— Será que é o nome dela? Ela não se apresentou para mim. Ela
parecia muito mais interessada em você. — Cala a boca, Kara. Você soa como
uma namorada ciumenta.
— Ela não estava flertando. Eu sou um cliente regular. Ela tem que
ser agradável. — Simon deu de ombros.
Kara olhou para o cardápio como uma criança numa loja de doces.
Fazia muito tempo desde que ela tinha tantas opções ou comido em um
restaurante, como um cliente real.
~ 20 ~
Simon estava sorrindo quando ela finalmente olhou para cima a partir
do cardápio.
Kara era realmente grata por ver uma garçonete mais velha, de cabelos
escuros, chegando para entregar as bebidas e anotar os pedidos de alimentos.
Ela decidiu tornar as coisas fáceis e pedir o mesmo que Simon. Quando a
garçonete saiu, Kara pegou a bebida, intrigada.
Oh, merda. Ela estaria fazendo uma dança feliz na mesa. Um copo de
vinho a deixava embriagada. Controlar o álcool bem não era um talento que
ela tinha aperfeiçoado. Provavelmente porque ela raramente bebia.
— Prometa que você não vai me deixar dançar nua em cima da mesa
quando eu terminar. — Ela arqueou uma sobrancelha para Simon, à espera
de sua concordância.
1É um licor cítrico incolor com sabor de laranja. É utilizado em diversos coquetéis e receitas para adoçá-los e
conferir com leve toque cítrico. O sabor de laranja vem das cascas secas que são maceradas em álcool para
suavizar seu sabor.
2 Sour Mix é uma mistura muito comum utilizada na maioria dos bares, tem como base suco de limão açúcar
e clara de ovo e serve para dar mais consistência aos drinks.
~ 22 ~
— Eu sei. Experimente. Se você não gostar eu vou te dar outra coisa.
— Sua expressão ficou séria, seus olhos brilhando com o calor e mais alguma
coisa que ela não conseguia definir.
Nota para si mesma: Não bebo mais do que um copo de vinho a partir de
agora.
— Incrível, não é?
— Isso mostra, — ela engasgou, tentando não ser óbvia sobre o fato
de que queria pular nos seus ossos em cerca de uma centena de maneiras
diferentes. — É uma das razões por que as mulheres como Kate caem em
cima de você. Não é a única razão, mas uma delas. — Oh, merda. Ela
realmente disse isso em voz alta? Droga de álcool! Ela precisava morder a
língua.
— Sim.
Seu coração doía, sabendo que ele realmente pensava que o dinheiro
era seu único bem. Difícil de acreditar, especialmente quando ela tinha
recebido de sua natureza generosa tantas vezes. Também difícil de
compreender como ela olhou ansiosamente através da mesa para o homem
desejável mais bonito em que ela já tinha posto os olhos.
— Eu me importo.
Ele olhou para ela com uma expressão confusa quando as palavras
saíram de sua boca em uma corrida aquecida.
~ 25 ~
Ela levantou seu copo, terminando o último gole de seu segundo chá
gelado.
Simon era, sem dúvida, um macho alfa, mas ela tinha que questionar
se a sua necessidade de ter uma mulher indefesa e com os olhos vendados
durante o sexo era uma questão de dominação. Certamente, esse tipo de
dominação era erótico, tão quente que ela molhava a calcinha toda vez que
voltava a pensar na noite anterior, mas ela odiava pensar que Simon ficou
restrito a apenas um tipo de sexo por causa da desconfiança. Infelizmente,
essa era a sua suspeita. Seu instinto estava arranhando suas entranhas,
dizendo-lhe que o seu problema não tinha nada a ver com dominação e tudo a
ver com algum tipo de problema de confiança.
~ 26 ~
A viagem de volta para o apartamento era de apenas alguns
quarteirões, mas deixou Kara se contorcendo em seu assento. Simon estava
muito perto e cheirava demasiadamente tentador, e ela ainda estava
envergonhada com o fato de que tinha, basicamente, derramado a sua alma
para ele. Oh, talvez não tudo, mas admitir o quanto ela o queria e não obtendo
nenhuma resposta foi de tirar o ar.
O que eu queria que ele dissesse? Eu quero ajudá-lo, o que significa não esperar
nada de volta. Ele nunca prometeu nada, exceto o sexo alucinante. E ele me deu isso. Em
guarda!
Realmente, ela não esperava nada, mas tê-lo dizendo que ele a queria
também teria sido bom. Ela se sentiu em carne viva, exposta. E estar em sua
companhia não era nada confortável no momento.
Mas ela queria. Não havia nada que ela quisesse mais do que
compreender cada um dos segredos de Simon Hudson.
— Não vá. Não ainda. — A voz rouca de Simon contra a orelha dela
enviou um arrepio de necessidade através de seu corpo, momentaneamente
atordoando-a em silêncio.
~ 27 ~
— O que há de errado? — Ela perguntou baixinho, sentindo a
tensão inquieta em seu corpo. Seus músculos estavam tensos quando ela
abanou as mãos sobre seus ombros.
— Por quê?
~ 28 ~
— Pelo amor de Deus, Kara, o homem estava te comendo com os
olhos ali mesmo na delegacia. — Sua resposta foi dura.
— Você é agora.
— Desde quando?
Ela precisava disso, precisava dele. Ela deslizou sua língua ao longo
dele, desesperada para chegar mais perto, querendo se arrastar dentro dele.
Seus quadris se movendo ansiosamente contra sua virilha, gemendo em sua
boca quando ela sentiu a ereção dura lutando contra sua calça jeans,
empurrando contra seu monte, fazendo-a louca para senti-lo dentro dela.
~ 29 ~
Puxando-a para longe de sua boca, ela suspirou:
— Quarto.
— Não. Aqui. Agora. Agora mesmo. — Ela arquejou. Ela não queria
se mexer, não queria ser vendada e amarrada neste momento. Envolvendo
suas pernas em volta da sua cintura em súplica silenciosa, ela levou as mãos à
sua bunda, puxando-o contra ela enquanto ondulava seus quadris.
— Foda-se! Eu não posso pensar quando você faz isso. Eu não quero
esperar. — Ele murmurou, deslizando as mãos sob a bunda dela, puxando-a
com força contra sua ereção furiosa com um baixo gemido atormentado.
— Toque-me.
— Só eu?
Ele ergueu-se e abriu sua calça jeans, puxando-a para baixo até que seu
pênis estava liberado, latejante, duro e carente.
~ 31 ~
— Eu quero você pra caralho, Kara, mas eu não tenho certeza se
posso fazer isso. — Sua voz era ao mesmo tempo apaixonada e raivosa.
Ela queria agarrar aquele belo pau e colocá-lo onde ela mais precisava
dele, mas estendeu as suas mãos e segurou as dele. Ambas as mãos estavam
cerradas em um punho apertado, mas elas se abriram lentamente e se
envolveram em torno das dela. Ele entrelaçou os dedos nos dela e levantou
suas mãos unidas acima da cabeça.
Quase pronta a chorar quando ele abaixou seu poderoso corpo sobre
o dela, ela gemeu com a sensação de seu pênis contra sua pronta apertada
abertura. Ela rodou seus quadris até que estivessem na posição.
~ 32 ~
— Merda. Você está tão molhada. Nada entre você e meu pau. Não
há sensação melhor do que esta... Porra! — Simon ofegou contra seu
pescoço, o peito arfante contra seus seios, raspando seus mamilos inchados.
Mãos entrelaçadas, seus dedos apertando os dela até que eles ficassem
quase dormentes, Simon bombeou seus quadris quando ela lhe respondeu
moendo contra ele, encontrando na metade do caminho.
Seu coração doía quando seu corpo se juntava novamente com Simon,
sabendo que este momento era crucial, extraordinário e especial.
Sua boca cobriu a dela, seu beijo quase violento quando ele devastou
sua boca, possuindo-a, enquanto sua língua de veludo macio varreu cada
centímetro de sua boca, enfiando no mesmo ritmo que seu pênis.
Lágrimas escorriam pelo seu rosto, enquanto ela gemia em sua boca,
seu corpo tremia, pulsando, no mais incrível clímax ela nunca tinha
experimentado.
~ 33 ~
Ele gemeu em sua boca, entrelaçando sua língua, saqueando a dela,
quando ele enterrou-se mais uma vez dentro dela, seu grande corpo tremendo
sobre ela quando ele gozou, inundando seu útero com o calor.
Arrastando sua boca longe de seus lábios, seu rosto caiu contra seu
pescoço.
— Puta merda. Puta merda. Puta merda! — Ele gritou sem fôlego
contra sua pele.
— Eu acho que devo ter morrido junto com você, então. Eu estava
lá. — Ela respondeu com um suspiro, as mãos ainda vasculhando seu cabelo.
Mais tarde, ela se perguntaria quanto tempo ela e Simon tinham ficado
deitados lá em um mundo deles, atordoados e atônitos com o que tinha
ocorrido, mas naquele momento ela só absorveu a paz que veio depois da
tempestade turbulenta.
Ela não podia ver seu rosto, mas ela não precisava. Ela podia ouvir o
sorriso em sua voz.
Pequenos passos.
Ele bufou.
~ 35 ~
— Sim, Sim... Os homens dizem qualquer coisa depois de um
orgasmo decente. — Passou os jeans por seus dedos e pulou, colocando
rapidamente a calcinha e a calça jeans sobre seus quadris.
— Foi muito mais do que uma boa transa. Você estava chorando.
Apenas me diga se elas eram boas lágrimas ou lágrimas ruins? — Ele
perguntou, sua voz quente com preocupação.
Rindo do rosnado baixo que ouviu atrás dela, ela fugiu para o seu
quarto para tomar banho e rastejar na cama, caindo no sono, exausta, mas
satisfeita.
~ 36 ~
Capítulo 3
Ela respondeu.
— Tenha uma boa visita, Srta. Kara. Eu vou estar aqui esperando por
você. Dê a Helen os meus cumprimentos.
~ 38 ~
— Como meu filho está tratando? Está com bom aspecto.
Descansada.
— Deixe-me pegar um café para nós. — Kara foi para trás do balcão
e pegou duas canecas, enchendo-as com o café fumegante, antes de fazer seu
caminho de volta para a mesa, pegando uma taça de creme em seu caminho.
— Eu estou indo bem. As aulas são boas. Está chegando a hora decisiva. —
Ela deslizou uma caneca na frente de Helen antes de sentar-se em frente a ela.
— Querida, você não tem que servir café. Você não é mais uma das
funcionárias. — Helen lançou-lhe um sorriso, um tão semelhante ao de
Simon que Kara ficou momentaneamente perturbada.
Kara sorriu.
— Ele parece feliz. Eu falo com ele quase todos os dias. Eu não o
ouvi tão otimista em um longo tempo. Ele soa completamente apaixonado.
— Uh huh. E Simon fala sobre você todos os dias, sem parar por
uma hora, porque ... por quê? — Helen lançou-lhe um olhar provocante
sobre a borda de sua caneca.
— Eu vivo em sua casa. Ele está me ajudando. É natural que ele fale
sobre uma colega de quarto. Nos vemos todos os dias.
Helen bufou.
~ 40 ~
— Eu gosto. Eu só não quero esperar muito. Simon não tem
compromissos. Eu entendo isso... Mais ou menos. — Ele nunca teve uma
namorada fixa.
— Isso não significa que ele não pode ou não vai. — Helen soltou
um suspiro pesado.
— Ele não perdeu. Isto ainda está lá. Olha como ele está me
ajudando. Eu sei que algo aconteceu. Eu não sei os detalhes, Helen, mas ele
ainda é tão amável como ele sempre foi.
Kara se encolheu.
~ 41 ~
— Por favor, não tenha muitas esperanças. Somos amigos. É isso aí.
Basta me considerar um gato de rua que ele está resgatando.
Helen sorriu quando ela retirou a mão e agarrou sua caneca de café,
atirando a Kara um olhar compreensivo.
Você sabe que Simon só pode ter relações sexuais com mulheres, se elas estão com
os olhos vendados e amarradas? Kara tinha certeza de que Helen não estava a par
desta informação, e ela com certeza não estava dizendo a ela. Havia apenas
algumas coisas que as mães não devem saber. Ainda assim, ela se perguntou
sobre os supostos anos de isolamento de Simon, de conter suas tendências
salva-vidas. Isso fez seu peito apertado por pensar sobre o que tinha
acontecido com Simon, o que havia mudado daquele menino doce, num
adulto individual isolado.
~ 42 ~
Ele estava realmente mudando? Ele estava distante, às vezes, e um
pouco isolado, mas Kara não achava que ela jamais poderia imaginá-lo como
indiferente ou completamente solitário. Havia algumas coisas que eram
apenas... Simon.
Áspero... Confere.
Excêntrico... Confere.
Mandão... Confere.
Controlador... Às vezes.
— Espero que sim. Ele precisa falar sobre isso e deixar no passado.
— Helen respondeu calmamente.
~ 43 ~
— Eu sei o evento. Ele quase morreu. Mas eu não acho que eu sei
tudo. — A expressão de Helen era sombria.
— Pare. Agora. Simon e Sam se viraram muito bem. Eles são filhos
de se orgulhar, Helen. Você fez o seu melhor e isso aparece. — Kara odiava
aquela expressão triste no rosto de Helen. — Você não tem que ter uma
infância perfeita para se transformar em um excelente adulto. Olhe para mim.
— Ela sorriu abertamente, tentando animar Helen com humor.
— Às vezes eu esqueço como foi difícil para você, querida. Seus pais
deixaram você sozinha muito jovem, mas eles a criaram direito.
— E você criou seus meninos direito. Eu não sei do Sam, mas eu sei
do Simon. Ele é um homem maravilhoso. — Kara disse à amiga
honestamente. Com a esperança de mudar de assunto e ver Helen sorrindo
novamente, ela estava determinada a mudar o tópico. Nada de bom podia vir
de Helen desejando que ela tivesse criado seus filhos de forma diferente. Kara
conhecia Helen, e que sua amiga tinha feito o seu melhor para criar seus dois
~ 44 ~
filhos, em quaisquer circunstâncias que tenham sido. — Simon me convidou
para a festa de Sam amanhã.
Helen riu.
— Sim. Simon quer que eu vá. Você sabe se vai ter um monte de
gente lá? — Kara não conseguiu manter a apreensão de sua voz. Como no
mundo ela estava indo se misturar com um monte de pessoas ricas na festa de
aniversário de Simon?
~ 45 ~
Racionalmente, Kara sabia. Ainda assim, ela estava nervosa. Sua
ansiedade não foi causada tanto pela riqueza quanto a idéia de que ela não
queria decepcionar Simon na frente de seus amigos, conhecidos de negócios,
familiares. Suas faltas de habilidades sociais tinham, infelizmente, anos de
negligência. Só praticava com os seus clientes no restaurante e com colegas de
faculdade muito jovens.
Sério? Como se ela e Helen não tivessem nada melhor para fazer do
que falar sobre ele? Seus dedos voaram quando ela retornou a mensagem.
“Não. Mas eu conheço minha mãe. Se você não voltar para casa em breve, eu estou
cozinhando o jantar.”
~ 46 ~
A risada tiritante de Helen brilhou em torno de Kara, fazendo-a rir
junto com a mulher mais velha. Helen sugou uma respiração divertida e
respondeu.
~ 47 ~
Oh Deus, eu sou patética.
Porque isto não estava lá. Não até que eu conheci Simon. É ele. Eu não quero
qualquer homem.
Droga, isso era verdade. Ela sabia disso. Havia algo sobre Simon, que
a chamou, a chamou para trazê-lo mais perto, tão perto que ela podia muito
bem se queimar. No entanto, a atração estava lá e era sedutora, as vibrações
provocantes de Simon eram atraentes e impossíveis de ignorar.
Por que sou tão atraída por ele? Não somos nada parecidos.
~ 48 ~
Ela sabia que Simon lhe tinha dado um presente valioso quando ele
confiou nela o suficiente para levá-la sem o seu procedimento habitual de
escravidão e cegueira. Ela só queria saber o que causou sua desconfiança. E
por que a venda? O homem tinha um corpo de babar.
Basta com isto. Relaxe. Aproveite o que você tem, enquanto você tem isso.
Ela reprimiu uma risada auto depreciativa. Ela não relaxou, ela não
deixou rolar e ela nunca, nunca viveu o momento. Aquelas eram todas coisas
difíceis de fazer para uma mulher que precisava se preocupar com de onde sua
próxima refeição estava vindo e se ela poderia juntar dinheiro suficiente para
pagar o aluguel todos os meses.
Não... Ela não precisava. Podia não durar muito tempo, mas por um
breve período de tempo, ela sabia que tinha uma cama para dormir, um teto
sobre sua cabeça, e uma abundância de alimento para comer. Por causa de
Simon, ela teve tempo e espaço para realmente respirar.
~ 49 ~
Ele fez isso por mim. Porque eu queria.
— Não tem de que Srta. Kara. Como sempre. Tenha uma boa noite.
Ela iria ter uma noite agradável. Como ela não poderia? Ela tinha um
homem sexy, bonito e sombrio esperando por ela. Ele podia querer jantar,
mas ela estava determinada a dar a ele algo mais do que apenas comida. Era
hora de devolver a Simon. Afinal de contas, ele confiava nela, a abrigava, a
fazia sentir como se fosse alguém especial.
Ela esperava que ele estivesse com fome, e não apenas por comida.
Isto podia ser totalmente estranho para ela, mas ela iria tentar.
~ 50 ~
Capítulo 4
Ele fez uma careta para a sua roupa de treino suada, fedendo. Não
havia nenhuma maneira dele colocá-la de volta depois que ele tinha acabado
de lavar o fedor de seu corpo.
Kara não estava em casa ainda. Ele devia ter tempo para ir para o seu
quarto. Penteando com os dedos o cabelo molhado, ele abriu a porta do
banheiro, pronto para correr pelas escadas e para o quarto principal.
~ 51 ~
Ele tentou fazer com que seus pés se movessem, se virassem e
levassem de volta para o banheiro. Mas quando seus olhos encontraram os de
Kara, ele paralisou.
Ela estava perto o suficiente para que Simon pudesse sentir seu
perfume doce. Ele inalou seu pau subindo quando ela levantou o pescoço para
olhar para ele com um olhar de desejo que bateu em seu estômago como um
trem de carga.
Esperava qualquer reação dela, mas não esta. Todo o seu corpo
inundado com o calor, com a necessidade de sentir suas mãos pequenas,
capazes em seu corpo. Como ela podia olhá-lo com esse tipo de necessidade?
Ele se preparou enquanto suas mãos acariciavam seu peito com amor,
deslizando sobre sua pele, definindo todo o seu ser em chamas. O contato era
como sexo puro, tão erótico, tão sensual. Rangendo os dentes, ele quis
relaxar... Mas seu corpo não estava escutando. Seus dedos deslizaram
lentamente sobre seu abdômen e ele ouviu sua respiração parar.
~ 53 ~
— Você se sente tão bem, Simon. Não me faça parar. — Ela
sussurrou enquanto espalmava seu membro inchado em sua pequena mão. —
Eu quero te provar.
— Em todos os lugares.
Seus olhos azuis escureceram quando ela olhou para ele com um olhar
suplicante. Meu Deus, ele não podia afastar-se. Ele queria aqueles lábios
gostosos em seu pau mais do que ele queria sua próxima respiração.
— Bom. Então você não vai saber se eu não fizer bem. — Seu olhar
de vulnerabilidade o derrubou, fazendo-o esquecer das suas próprias
inseguranças sobre seu corpo cheio de cicatrizes, e ele teve a súbita vontade de
esmagar seu ex no chão.
Ela não se preocupa com as minhas cicatrizes. Ela ainda me quer. Não há
mulher neste mundo que poderia imitar a reação dela.
~ 54 ~
Ele tomou sua boca mais e mais, querendo mostrar de alguma forma a
ela o quanto a aceitação dela significava para ele.
Ela devolveu o beijo com um fogo que aqueceu seu sangue. Sua língua
entrelaçada com a dele e ela gemeu um de seus ruídos pequenos, doces em sua
boca, um som carente que quase o fez se perder.
O primeiro toque de sua língua era sublime. Girou sobre sua ponta
sensível, lambendo uma gota de pré-sêmen como se fosse seu doce favorito.
Ele respirou fundo quando ela fechou a boca sobre seu pênis,
levando-o para o úmido, quente de seus lábios fechados, puxando o eixo
inchado, tanto quanto ela poderia levá-lo, batendo o fundo da garganta.
~ 55 ~
— Oh Cristo. — As palavras explodiram em uma voz torturada que
ele mal podia reconhecer quando olhou para ela, observando-a devorar seu
pênis com prazer óbvio. Seus olhos se abriram seu olhar ardente quando os
seus olhos se encontraram e travaram.
Suas mãos em concha em sua bunda, suas unhas cravando em sua pele
sensibilizada.
Minha.
Suas mãos varreram seu corpo e seu peito doía com a percepção de
que ela realmente tinha desejo por seu corpo, cicatrizes e tudo mais.
Simon riu suavemente contra seu cabelo. Ele não podia se conter.
Kara era um milagre. Seu milagre.
Era estranho, o quão confortável ele estava com seu corpo exposto ao
redor dela. Ele ainda estava balançando a cabeça por cima do óbvio prazer
dela em vê-lo nu, mas ele não ia questionar algo que o fez mais feliz do que
tinha estado em... Bem... Nunca.
********
~ 58 ~
Simon não queria ir a esta festa, admitiu que odiava a grande festa de
aniversário de Sam.
~ 59 ~
incômodo do que qualquer outra coisa, fazendo-a pensar sobre o cortar mais
curto mais que uma vez ao longo dos últimos anos.
~ 60 ~
Você já fez isso. Ontem.
Seus olhos se tornaram escuros, seu olhar vagou pelo seu corpo. Ela
queria se contorcer enquanto sua leitura continuava sua mandíbula firmando
quando seus olhos pousaram em seus membros inferiores expostos.
~ 61 ~
—Você está impressionante. — Ele respondeu com uma voz rouca,
os olhos finalmente pousando em seu rosto. — Mas você está mostrando
muita pele. E seu cabelo está solto.
— Isso é ruim?
Kara soltou um suspiro que ela não tinha percebido que estava
segurando, aliviada que ele pensou que ela parecia aceitável.
— Eu acho que você é o único que pensa assim, Simon. Eu acho que
você precisa de seus olhos examinados. — Disse-lhe levemente.
— Você está tão fodidamente linda que quase dói olhar para você.
— Ele tremeu quando seus lábios roçaram sua têmpora. — Meu pau ficou
duro no momento em que entrou na sala. — Ele segurou a mão dela,
trazendo-a para sua excitação. Ele estava tão firme e ereto que sua calcinha
umedeceu e seu estômago se apertou.
~ 62 ~
na palma da mão. — Se começarmos isso, nós nunca vamos chegar à festa.
Não que eu me importe. — Ele rosnou.
Ela podia sentir seu hálito quente no lado da sua face. Sua boca
tentadora estava perto, tão perto, e escapar dele era quase uma tortura.
Ele fez beicinho como uma criança cujo brinquedo favorito tinha sido
levado para longe, mas a maldição que surgiu a partir de sua boca não foi nada
de menino.
~ 63 ~
— Você acha que vai ser quente o suficiente?
— Sim. Está tudo bem. Nós só temos que entrar e sair do carro. Eu
provavelmente não teria sequer que usar um casaco, se você não tivesse
mencionado isso.
Nem pense nisso. Ele não quis dizer nada com isso.
— E o que é isso?
~ 64 ~
Sua respiração engatou quando o sino do elevador tocou, as portas
deslizaram abertas na frente deles. Será que ela se acostumaria com as
observações contundentes de Simon? Suas faces coraram e seu corpo ficou
quente. Muito quente, na verdade. Extremamente quente.
— Simon!
— É verdade.
~ 65 ~
Capítulo 5
— Que diabos você está vestindo por baixo deste vestido? — Simon
resmungou contra seus lábios enquanto seus dedos passeavam acariciando
levemente sobre sua bunda.
— Cristo! Isto não são roupas íntimas. Sua bunda está aparecendo.
— Seu tom de voz era baixo e rouco, suas mãos explorando as bochechas
flexíveis de seu traseiro exposto.
— Eu menti. Isso foi antes de eu sentir essas calcinhas e ter que vê-
las. Agora eu quero ver o jogo combinado.
Oh, Deus. Ela gemeu quando ele a virou para encará-lo, seus dedos
agilmente desabotoaram o casaco e o deixaram cair no tapete de pelúcia do
elevador.
~ 67 ~
— Eu posso sentir a sua necessidade e está me dando água na boca
sentir o seu gosto. — Ele levantou a cabeça, seus olhos escuros parecendo
quase pretos com fome.
A mão dele se arrastou para baixo e sua barriga tremeu por baixo do
vestido amontoado em seus quadris. Ela gemeu quando a ponta dos dedos
escorregava sob a seda saturada de sua calcinha. De repente, ela não se
importava se estava seminua em um elevador. Tudo o que ela queria era
Simon.
— Oh, Deus. Simon. — Ela gemeu quando sua cabeça caiu para trás
e os olhos fechados, querendo vê-lo devorá-la, mas incapaz de tolerar a
intensidade de seu desejo.
~ 68 ~
Calor serpenteava através de sua barriga, deslizando sobre cada
centímetro de sua pele enquanto ele empurrou sua língua mais fundo. E mais
fundo. Ela queria agarrar sua cabeça, puxar a boca com mais força contra sua
carne necessitada, mas ela não fez. Era um pequeno passo de cada vez com
Simon. Ela não queria empurrar os botões que poderia fazê-lo parar.
Enrolando as unhas no suéter pesado em seus ombros, ela agarrou o tecido
como se fosse uma tábua de salvação, seu corpo girando quando a língua
escaldante de Simon encontrou seu clitóris, batendo sobre ele com fortes
pinceladas, rápidas.
Ela explodiu em sua boca com um longo gemido, seu corpo tremia
sua vagina inundada com o alívio bem-vindo. Simon continuou a lamber,
tirando seu clímax até que ela era uma bagunça trêmula, diante disso ele se
ergueu e beijou-a.
~ 69 ~
— Aqui. Agora. — Ela insistiu quando se virou e olhou para a
parede do elevador. Colocando as mãos na parede, ela se inclinou e abriu as
pernas e lhe disse — Minhas mãos vão ficar na parede. Por favor. Basta fazê-
lo. Eu preciso de você agora.
Kara quase chorou de alívio quando ela sentiu a cabeça de seu pênis
escovar a carne necessitada entre suas pernas abertas. Suas grandes mãos
agarraram seus quadris com uma força quase selvagem, puxando-a de volta
contra ele, seu pau batendo em seu canal liso com um poderoso golpe, duro.
— Não. Não. Isso é tão bom. — Ela empurrou de volta contra ele,
pedindo-lhe para se mover.
~ 70 ~
— Jesus, Kara. Você merece coisa melhor do que ser fodida em um
maldito elevador. — Simon gemeu quando ele se afastou, comprimindo
contra seus quadris de novo e enterrando-se até a raiz dentro dela novamente.
— Mas eu não posso parar. Nunca quero parar.
— Você não pode parar. Eu não posso pensar em você parar. Forte,
Simon. Dê-me mais. — Sua cabeça caiu para trás quando Simon começou o
mesmo ritmo, profundo, que ameaçava deixá-la louca. A lã grossa de seu
suéter raspou sua espinha quando ele se inclinou para frente, seu corpo se
curvando sobre ela de forma protetora quando se manteve punindo-a com
seus quadris. Dentro e fora. Mais e mais. Ela tremia enquanto seu hálito
quente e descontrolado atingia o lado de seu rosto quando ele beliscou a carne
macia de seu pescoço.
Uma de suas mãos deixou seu quadril e deslizou pela frente dela, entre
suas coxas. Ele acariciou os cachos macios antes que seus dedos deslizassem
mais abaixo, de modo muito próximo à raiz inchada de carne logo acima de
seu pênis batendo.
Seu clímax a atingiu em uma explosão chocante que a fez gritar seu
nome enquanto espasmos assolaram seu corpo, um corpo realizado na
servidão impotente, incapaz de fazer qualquer coisa, exceto enfrentar o forte
orgasmo sem fim que estava balançando seu corpo.
~ 72 ~
— Eu estou uma bagunça. Eu preciso voltar para o apartamento por
alguns minutos. — Olhando para os restos de sua calcinha deixadas no chão,
ela acrescentou: — Eu acho que eu preciso obter um novo par de calcinhas,
também.
— Eu ainda vou te dar mais. Se as que você tem são tão sexy quanto
este par elas serão destruídas, não irão durar muito. — Sua voz era rouca,
com um toque de aviso que fluiu através de suas palavras.
~ 73 ~
— Você não pode arruinar toda a minha lingerie. Essas coisas são
caras.
— Sim. — Ela mordeu o lábio para não sorrir. Ele parecia tão
esperançoso que ela não poderia deixar de achar divertido.
~ 74 ~
Girando em torno dela, ele colocou uma mão em seu ombro e
inclinou o queixo para cima com o outro, procurando seu rosto com uma
careta.
Kara sabia que ela provavelmente teria algumas contusões nos quadris
do seu aperto forte, mas sua áspera posse era algo que ela tinha pedido algo
que ela precisava. A intensidade de sua paixão por Simon não teria ficado
satisfeita com nada menos. Ela levantou a mão para o queixo áspero.
— Eu estava lá, Simon. Acho que eu estava implorando por isso. Não,
você não me machucou. — O orgasmo foi intenso, mas o fato de que ele se
importava se foi ou não áspero na posse feroz fez com que ela se importasse
um pouco mais.
Eu não posso acreditar que eu só tive o sexo mais quente que eu já fiz em um
elevador.
~ 75 ~
Simon riu e arrancou o telefone da parede.
Ela não conseguia ouvir a conversa do outro lado, mas poderia dizer
que a voz era do sexo masculino.
— E eu estava gozando.
Incerta de como responder seu comentário, ela foi direto para seu
quarto assim que ele abriu a porta.
~ 77 ~
Pequenos passos, Kara. Não espere muito. Qualquer coisa que tenha
acontecido com Simon foi há muito tempo. Pode levar anos para ganhar sua
confiança.
E ela não estaria aqui por anos. Ela fez uma careta, seu couro
cabeludo gritando em protesto enquanto corria uma escova impiedosamente
pelos cabelos em desalinho.
Faça o que puder. Aproveite o que você tem, enquanto você tem isso. E, pelo amor
de Deus, não leve tudo isso muito a sério.
Desfrutar de seu tempo com Simon não era o problema. Ela curtiu
cada momento em sua companhia, porque estar com ele encheu suas regiões
solitárias de uma maneira que ela nunca tinha experimentado antes.
Eu sou pobre. Eu sou pragmática. Eu não sou uma mulher que acredita em
almas gêmeas, um homem e uma mulher que se completam e estão destinados a ficar juntos.
O problema era que seus pais tinham sido assim. Pobres como tinham
sido, eles também tinham sido completamente felizes. De muitas maneiras, era
quase uma bênção que eles tenham morrido juntos porque Kara estava quase
certa de que um não teria sobrevivido sem o outro. Eles tinham sido tão
ligados que qualquer um de seus pais teria ficado atormentado e infeliz sem o
outro. Era difícil não acreditar no amor verdadeiro, em almas ligadas depois de
ver seus pais por 18 anos.
~ 78 ~
A única maneira de sobreviver a seu relacionamento com Simon era
mantê-lo casual, não deixar seu coração se envolver.
~ 79 ~
Capítulo 6
Samuel Hudson tinha uma mansão luxuosa no sul da Tampa, uma área
tão rica que Kara nunca tinha estado lá antes, embora tivesse crescido na
cidade. Ela teve que forçar a boca aberta para fechar quando James parou o
carro na garagem circular, para deixá-los na frente da residência palaciana.
~ 80 ~
— Bem... só dizendo. Mas eu não vou discutir se você quiser fazê-lo
novamente. Na verdade, poderíamos ir para casa agora.
— Você não está me levando para sair. Você já fez o suficiente. Não é
necessário.
— Ei, mano! Fico feliz que você finalmente decidiu se juntar a sua
própria festa.
Ele é bom. Vejo por que Helen diz que ele pode encantar qualquer
um. É realmente uma pena que o seu sorriso não chega a atingir os olhos.
— Você me ama. Você sabe que você sim. — Sam sorriu sua voz
provocante e arrogante ao mesmo tempo.
Kara tentou não ficar de boca aberta como a mulher sem dinheiro que
ela realmente era, mas era difícil manter a boca fechada. As mulheres eram
gotejadas com diamantes e pedras preciosas e suas expressões eram frias. Os
homens cheiravam a dinheiro e poder, reunindo-se em grupos, provavelmente
discutindo negócios ou golfe.
Ela não tinha nenhuma idéia do que ela estava comendo, mas ela
engoliu cada pedaço em seu prato depois que ela e Simon tinham encontrado
um canto sossegado para comer. Cada mordida derretia em sua boca e ela
lambeu os lábios enquanto ela consumiu o último pedaço delicado, esperando
que não houvesse deixado migalhas em seu rosto.
~ 84 ~
parece sentir prazer. — Respondeu ele, antes de tomar um vigoroso gole de
seu copo. — Observar você comer é quase uma experiência erótica.
Ela tentou não sorrir, ela realmente fez, mas seus lábios tremeram
quando seus olhos se encontraram.
— Provavelmente.
— Simon!
Ele não parecia feliz, mas deixou o seu lado e foi cumprimentar o
homem acenando freneticamente para chamar sua atenção. Ela tomou um
gole de sua bebida e viu como Simon se moveu ao redor da sala,
cumprimentando as pessoas, o seu sorriso encantador. Enquanto ele podia
não ter muito do carisma que Sam tinha, Simon poderia trabalhar na sala.
Nem por um segundo ele parecia desconfortável com essas pessoas. Ele foi
capaz de conversar e jogar conversa fora, tomando o comando total de si
mesmo, entrando e saindo das multidões, como se ele pertencesse aqui.
~ 85 ~
Porque ele pertencia. Ele podia não gostar do convívio, mas ele jogava
bem o jogo.
Seu olhar ficou pregado sobre ele, maravilhada com esta parte de
Simon que ela nunca tinha visto antes. O homem tinha tantas camadas, tantas
facetas de sua personalidade.
Ela conversou por algum tempo com Helen, até que sua amiga foi
puxada por outro conhecido. Não querendo parecer como se ela não
conhecesse ninguém — o que ela não conhecia — ela caminhou até um
conjunto de portas ornamentadas, certa de que elas levariam para fora,
sabendo que a vista provavelmente seria espetacular.
~ 86 ~
Ela virou a cabeça devagar, sabendo que tinha que ver. Ela prendeu a
respiração quando viu os ombros largos, o cabelo escuro e o suéter que ela
sabia que eram de Simon. Ele não estava mais do que cinco metros de
distância, de costas para ela, um conjunto elegante de braços em volta de seu
pescoço e unhas tão bem cuidadas descansando casualmente contra a nuca.
A luz não era tão clara como estava lá dentro, mas levou apenas uma
breve olhada de volta para o casal para ver que a mulher nos braços de Simon
era tudo o que Kara não era. Ela era loira, magra, a maquiagem e o cabelo
perfeitos. Em outras palavras... Doentiamente linda.
Kara não podia se mover, não podia funcionar, seus olhos estavam
fixos no casal e seus pés sentiram como se estivessem incorporados no
cimento. Ela podia ouvir a mulher murmurar algo baixinho, mas não
conseguia distinguir as palavras. Lábios vermelho-cereja se curvaram em um
sorriso calculista e a loira segurou a parte de trás da cabeça de Simon,
puxando para baixo os lábios nos dela.
Não importa. Não importa. A vida sexual de Simon Hudson não era da
conta dela. Ela não estava comprometida com Simon e ele certamente não
estava comprometido com ela. Eles tiveram relações sexuais, sem amarras.
Não devia... Mas se importava. Doía que Simon poderia estar fazendo
um acordo informal para foder outra mulher, enquanto ele ainda estava
passando o tempo com ela. Eles tinham quase fodido um ao outro até a morte
algumas horas atrás. Ou assim pensava. Talvez ela tivesse sentido a terra
tremer. Talvez sentisse falta de amarrar, tê-las desamparadas e com os olhos
vendados. Talvez ele precisasse.
~ 88 ~
Você achava que era alguém especial, a pessoa que ia ajudar Simon a
se libertar de algumas das suas inseguranças passadas? Talvez ele realmente
não tenha nenhuma. Talvez ele gostasse de sua vida exatamente como ela era.
Talvez você seja apenas uma idiota completa que não pode compreender um
bilionário playboy que pode comprar qualquer mulher que ele queira.
Suas ilusões foram quebradas, e ela não tinha idéia do que acreditar
mais. Ela tinha confiado em Simon, tinha pensado que ele era um homem
decente, mas perturbado, e suas ações a deixaram confusa, ferida e
completamente devastada.
Ela olhou aturdida para as luzes que piscavam sobre a água corrente e
colocou os braços ao redor de seu corpo tremendo. Como ela ia apagar a
memória de Simon beijando uma loira, uma mulher tão perfeita que fez Kara
se perguntar o que Simon estava fazendo com ela?
~ 90 ~
Capítulo 7
— Tudo o que meu irmão está lhe dando, eu vou dar-lhe mais, se
você vier a mim quando ele terminar com você. — A voz masculina sensual
perfurou o silêncio ao lado de sua orelha, assustando-a tanto que ela teria
caído sobre o corrimão da doca, se uma forte mão masculina não a tivesse
agarrado pela cintura. — Whoa. Seguro.
Oh, Deus. Ela ia ficar doente. Engolindo, ela olhou para a aparência
de deus de Sam, mal conseguindo acreditar que ele estava realmente propondo
a ela.
A raiva cresceu dentro dela como uma Phoenix, subindo mais alto e
alto, mais forte e mais forte. Ela mal podia ver através da névoa vermelha que
nublou sua visão enquanto seu corpo tremia.
~ 91 ~
— Simon não vai se importar. — Sam assegurou-lhe quando a sua
mão se mudou para o ombro nu.
— Senhorita Kara... Você está bem? — Ela não podia ver seu rosto
no escuro, mas a preocupação na voz do motorista era evidente.
James, abençoado seja não fez mais perguntas. Ele ligou o veículo e se
dirigiu diretamente para o apartamento.
De alguma forma, ela tinha feito uma coisa incrivelmente idiota. Ela se
deu permissão para se apaixonar por Simon Hudson. Profundamente,
ardentemente, completamente apaixonada. Não era como o amor que ela
nutria por seu ex. Este era confusão, rasgando a alma, triturando, rasgando as
tripas, um amor que fazia doer. Grande época.
Você passou por uma perda antes, Kara. Você vai passar por isso.
~ 93 ~
Um peso desconfortável se enraizou em seu peito, duro, pesado e
totalmente esmagador.
Pela primeira vez em sua vida, Kara Foster sentiu que estava mentindo
para si mesma.
********
— Kara!
Ele gritou o nome dela até ficar rouco, mas cada quarto estava vazio.
Seu quarto parecia basicamente intocado, exceto que sua mochila estava
faltando.
— Merda!
~ 94 ~
“Eu vou pagar o resto assim que eu conseguir um emprego. Deixei todas as coisas
que você me deu, exceto por alguns pares de jeans e um par de camisas. Obrigado por tudo.
Eu sempre serei grata.
Kara.”
O quê? Oh, foda-se. Ele não queria sua maldita gratidão. Ele queria...
Ela.
Sem explicação.
Sem adeus.
Apenas... Desapareceu.
Ele quase matou seu próprio irmão, esta noite, tinha alegremente o
espancado depois que descobriu que Sam tinha atingido Kara. Não foi difícil
descobrir. Kara estava desaparecida e Sam tinha uma marca de mão que
~ 95 ~
contava a história em seu rosto, uma lembrança óbvia de uma mulher furiosa.
Além disso, Sam levou Kara a acreditar que Simon não se importaria se Sam
fodesse sua mulher.
Foi à única luta física que ele e seu irmão já tinham tido. Sam nunca
encostou um dedo nele, e Simon nunca teria se imaginado esmurrando seu
irmão. Até esta noite. Até Kara. O pensamento de qualquer outro homem
tocando Kara fez Simon completamente insano.
Não tinha feito Simon se sentir melhor saber que Kara tinha rejeitado
Sam, batendo-lhe com força suficiente para deixar uma marca. Ela
provavelmente tinha ficado assustada, confusa. E ela o tinha deixado. Isso o
fez querer bater em seu estúpido irmão mais uma vez.
“Simon,
Feliz Aniversário! Eu queria dar-lhe algo que eu não tivesse que comprar com seu
dinheiro, algo especial. Eu sei que você coleciona moedas, então eu pensei nesse presente.
Isto pertencia a meu pai. Era a sua moeda da sorte. Ele achou exatamente no
mesmo dia em que ele conheceu minha mãe. Ele jurou que foram apenas momentos antes
~ 96 ~
que ele a visse pela primeira vez. Ele sempre disse que trouxe o acontecimento mais feliz de
sua vida.
Eu sempre carregava comigo. Eu fiz até aqui, então eu acho que tive sorte.
Eu sei que não é muito, mas eu quero que você fique com ela. Eu sei que você
realmente não precisa de sorte, mas eu me sinto melhor sabendo que você a tem. Espero que
sempre mantenha você a salvo.
Kara”
Será que a mulher louca percebeu que ela estava carregando por aí
uma moeda tão rara? Uma moeda que, provavelmente, iria alimentá-la durante
vários meses se ela a vendesse?
Mas ela havia dado a ele. Ela se separou de algo extremamente caro
para ela lhe dar um presente de aniversário.
— Ela foi embora. Mantenha uma equipe nela 24/73. Eu quero saber
até se ela espirrar.
Simon desligou com um suspiro. Obviamente, ela tinha ido ficar com
sua amiga, Maddie. Ela ficaria bem lá. Por enquanto.
Ele nunca disse a Kara, mas ela tinha sido protegida cada momento de
cada dia desde que o incidente na clínica tinha ocorrido. A equipe de Hoffman
correu em turnos, sempre observando, sempre pronta. A polícia nunca pegou
os viciados que tinham atirado nela e roubado da clínica, e Simon não estava
disposto a arriscar. Kara tinha visto seus rostos, ajudou com os retratos
falados. Até os idiotas serem presos, ela precisava ficar segura. Simon
precisava saber que ela ficaria bem.
~ 98 ~
Cada instinto, cada célula de seu corpo estava gritando para ele ir atrás
dela, a arrastá-la por cima do ombro, se necessário. Ele queria, mas não
conseguiria conquistá-la dessa maneira. O incidente com Sam tinha
obviamente incomodado. Dar-lhe algum tempo ajudaria. Trazê-la de volta só
iria resolver o problema por um curto período de tempo, e Simon não estava
nisso para um curto prazo. Ele precisava de Kara, tinha que ter ela para
sempre. Qualquer coisa menos que isso era impensável.
Se alguém lhe tivesse dito há algumas semanas que ele iria encontrar
uma mulher que não poderia viver sem, ele teria rido até que suas costelas
doessem. Mas ele não estava rindo agora. Kara havia se tornado sua vida, e ele
não podia sequer pensar em seguir em frente sem ela.
Que tipo de vida que ele tinha vivido antes dela? Enquanto pensava
sobre todas as mulheres que ele tinha fodido no passado, ele franziu a testa.
As mulheres que teve tinham que estar meio bêbadas e oferecer presentes
caros, só para dar seus corpos para ele. Ele tinha tido experiências vazias, as
mulheres que o toleravam só por causa do seu dinheiro. Elas podem ter
satisfeito temporariamente a sua vontade de gozar, mas o haviam deixado com
um enorme vazio que nunca tinha sequer pensado antes de conhecer Kara.
Agora que sabia qual era a sensação de estar com uma mulher que
realmente queria, ele reconheceu que nunca poderia voltar. Ele precisava de
Kara tanto quanto precisava do ar que respirava. Deus sabia, ele não a
merecia, mas ele a teria.
~ 99 ~
Kara ter ido embora foi à tortura final. A casa estava muito quieta,
muito vazia. Sua presença tinha sido palpável desde que ela chegou e, agora,
ele podia sentir o fantasma de sua essência, ecos de sua risada.
Ele iria trazê-la de volta. Essa era a única opção. Era apenas uma
questão de descobrir como realizar seu objetivo.
~ 100 ~
Capitulo 8
Ok, não era como se ela fosse morrer de fome. Ela ainda tinha dez mil
dólares em sua conta bancária, o empréstimo que ela mesma tinha pegado de
Simon. Mordendo o lábio, quando a dor de pensar sobre ele caiu em cima
dela, saiu pela porta principal do restaurante, deixando-se encostar, no
exterior, contra o tijolo frio para reunir seus pensamentos após a entrevista
desastrosa.
Na verdade, ela tinha mais de dez mil dólares em sua conta. Nove dias
atrás, em seu próprio aniversário, Simon tinha enviado vários entregadores e
um mensageiro à casa de Maddie com todos os itens que ela havia deixado
para trás. Os caras da entrega tinha carregado os seus pertences, os quais
~ 101 ~
haviam sido comprados por Simon, e o mensageiro veio com várias dúzias de
rosas vermelhas e um envelope com um bilhete.
“Kara,
Estou devolvendo seu cheque. Por favor, aceite o dinheiro como meu presente de
aniversário e não brigue com o pessoal da entrega. Eles foram instruídos a colocar os itens
onde quiser ou deixá-los na porta. Como eles trabalham para mim, eles vão seguir as
instruções.
Sinto muito sobre o que aconteceu com Sam. Por favor, volte para casa.
Atenciosamente,
Simon.”
Ela gritou como um bebê quando ligou o laptop que ele lhe dera e
percebeu que Simon tinha baixado todos os jogos que ela já havia jogado em
seu laboratório de informática. Mithy World — ambos os jogos — tinha sido
os primeiros da lista.
— Olá, Kara. — Uma voz profunda soou bem ao lado dela. Seus
olhos se ergueram para descobrir Sam Hudson inclinando um ombro contra a
parede ao lado dela. Instintivamente, ela recuou vários passos, colocando
distância entre ela e o homem que de quem não gostava ou confiava.
— O que você quer? — Seu tom de voz era agudo e ela colocou a
mão para impedi-lo de chegar mais perto.
— Eu não vou embora até que você fale comigo, então você pode
muito bem fazê-lo agora.
Kara queria bater o pé de frustração, mas ela não daria essa satisfação
a Sam.
~ 104 ~
mesmo olhar teimoso dos homens Hudson, que Simon tinha sempre que ele
não ia ceder, até que ela cedia ou aceitava.
— Por que você fez isso? Por que você está fazendo isso? Será que
Helen lhe enviou para se desculpar? Eu não mencionei uma palavra sobre o
que você fez. Eu não sei como ela saberia. — Kara só tinha falado com
Helen uma vez, e ela não tinha mencionado o comportamento terrível de Sam
naquela noite para sua mãe.
~ 105 ~
— Minha mãe sabe de tudo, e eu aprecio o fato de que você não
mencionou isso. Você não precisava. Simon descobriu e me bateu muito
quando eu confessei. Nossa briga de bar acabou com a festa de uma forma
abrupta, logo depois que eu fui para dentro e você saiu. — Ele hesitou,
tomando um gole de café. — E não, minha mãe não me enviou aqui. Eu
estou aqui porque eu quero estar. Porque Simon está miserável e eu estava
errado. Ele não sabe que eu estou aqui e, provavelmente, vai quebrar a minha
cara de novo se ele souber que eu me aproximei de você. — Ele olhou pela
janela ao lado deles.
— Por quê? Por que Simon fez isso? Ele já estava se arrumando com
outra mulher. Eu o vi beijando-a no terraço quando fui lá fora. Não faz
nenhum sentido.
— Por que você fez? Tenho certeza de que há muitas mulheres que se
atiram em você todos os dias.
~ 107 ~
— Porque eu sou um bilionário. — Ele respondeu, em um tom
revoltado, sua expressão dura. — Eu vi o quão feliz Simon estava depois que
você passou a viver com ele. Eu ouvi minha mãe falar sobre você. Acho que
pensei que uma vez que você e Simon terminassem que eu poderia pegar um
pouco de felicidade para mim. Eu estava bêbado. Sentindo pena de mim
mesmo. Eu sou um idiota. Você é a primeira mulher que meu irmão já se
preocupou e eu o traí. E eu a insultei. Você não merece isso.
~ 108 ~
dia em que ela disse a Simon que ele tinha um corpo incrível e que ela o queria
depois que bebeu alguns drinks no restaurante. — Mas eu não sei por que
isso é importante para você.
Sua detenção era gentil. Ela puxou levemente e ele a soltou, um olhar
de súplica em seus olhos. Caramba. Ela não podia deixar Sam pensar que tudo
isso era culpa dele. Não era. Ela estava apaixonada por Simon Hudson e teria
terminado em desastre, mesmo que Sam não tivesse feito as coisas
desmoronarem. Suas ações só apressaram o final ruim.
— Não é você, Sam. Não foi o que você fez. — Sacudindo a cabeça,
ela pegou sua mochila.
Ela soltou uma risada curta e sem humor. Talvez os irmãos não
fossem tão diferentes afinal. Ele soou como Simon. Será que eles achavam
que eles poderiam corrigir alguma coisa com o dinheiro?
Não... A culpa é minha por ser estúpida o suficiente para me apaixonar por
Simon Hudson.
~ 109 ~
Ela virou seu corpo em direção a ele quando correu para a borda de
seu assento com sua mochila.
Ela lhe deu um sorriso triste e colocou a mão sobre a dele na mesa.
— Sinto muito. Eu sei que você e Simon são íntimos e eu nunca iria
querer ser a causa de todos os problemas em seu relacionamento.
~ 110 ~
— Você já viu as cicatrizes? Todas elas? É por isso que você está
evitando ele?
A raiva fervia e sua palma coçava para dar um tapa no rosto dele mais
uma vez.
— Você acha que ele é mais bonito do que eu? — A pergunta era
arrogante, mas Sam parecia malditamente encantado com o fato de que ela
estava atraída por seu irmão.
— O quê?
— Você quer pagar Simon? Notícia de última hora... Caso você não
tenha percebido, ele é um bilionário. Se ele quer que você fique com o
dinheiro, eu não vou pegá-lo. — Ele colocou as mãos no ar, num gesto
defensivo. — Ele realmente vai mastigar minha bunda e cuspi-la. Ele está de
péssimo humor.
— Sim. Eu não pensei sobre isso. Eu não quero que ele fique bravo
com você. Eu só queria devolver para ele.
— Sem ter que vê-lo? — Sam bateu com a unha na cabeça. — Acho
que você vai ter que fazê-lo pessoalmente. — Ele parecia muito feliz com a
idéia.
— Sim. — Ela ficou surpresa. Sam não parecia tão hostil em relação
à Maddie como sua amiga era com Sam.
~ 112 ~
— Ela fez isso. Ela se formou na faculdade de medicina. — A
resposta de Sam era tranquila, quase como se estivesse falando para si mesmo.
Parecia que ele admirava Maddie.
Tudo e nada tinha mudado, como resultado de sua conversa com Sam.
Enquanto ela estava muito feliz que Simon não tinha estabelecido uma ligação
com a mulher na festa, não alterava o fato de que ela estava envolvida demais
emocionalmente com um homem que não tinha relacionamentos. Iria
machucá-la agora ou destruí-la mais tarde. Simon era gentil e Sam havia dito
que se preocupava com ela. Talvez fosse verdade, mas não era o suficiente.
Estava escuro, mas a área era iluminada apenas o suficiente para ver os
rostos dos dois homens que tinham invadido a clínica.
Ela gritou sem parar, tentando fazer com que sua voz fosse ouvida
por quem estivesse na área, quando ela chutou, tentando acertar locais
vulneráveis dos dois homens grosseiros.
~ 114 ~
Quando os viciados ergueram o seu corpo para jogá-la para dentro do
carro, ela levantou as pernas e plantou seus pés, um na porta, o outro sobre o
corpo do carro ao lado da porta aberta.
Não deixe que eles te coloquem dentro do carro. Se você fizer isso, você está morta.
Ela não podia deixar Sam ser morto depois que salvou sua vida. Kara
ficou de joelhos, tentando desesperadamente lutar contra sua visão
obscurecida. Incapaz de suportar, ela começou a engatinhar, quando Sam se
ocupou do primeiro homem, descarregando golpes de punição em seu rosto.
~ 115 ~
Um bater de pés se aproximou, acertando a calçada ao lado dela. Dois
homens que ela não conhecia entraram na briga, agarrando o braço de Sam e
subjugando o homem que Sam estava martelando.
— Kara! Você está bem? Foda-se! Você está com sua cabeça
sangrando. O que você estava fazendo? — Sam a abaixou suavemente até a
calçada para descansar em suas costas. Ele continuou a sussurrar palavras
suaves quando ele empurrou seu cabelo do rosto.
~ 116 ~
— Mulher louca! — Sam balançou a cabeça, mas sua voz era leve e
doce. Então, em uma voz dura, crescendo, ele ordenou — Chamem uma
ambulância. Agora. Ela está ferida.
— Diga a Simon... — Sua voz foi sumindo, a boca tão seca que a
língua dela estava grudando no céu da boca. Suas pálpebras. Ela tentou se
concentrar em Sam, mas ele tornou-se apenas um grande borrão desfocado.
— Você pode dizer a ele mesmo. Ele está a caminho e irritado como
o inferno.
Seu coração deu um salto e ela deu à mão de Sam um aperto débil
quando um zumbido começou em sua cabeça. Ele ficou mais alto, tão alto que
ela mal conseguia distinguir o som de sirenes se aproximando que estava
gritando através da noite.
~ 117 ~
~ * ~ Continua ~ * ~
~ 118 ~
Avisos
Aviso um
Por favor, não publicar o arquivo do livro em comunidade de redes sociais, principalmente
no facebook!
Quer baixar livros do PL? Entre no grupo de bate-papo, entre no fórum, no blog, lá você
encontrará toda a biblioteca do PL ou envie por email a quem pedir.
Aviso dois
Gostou do livro e quer conversar com sua autora favorita?
Evite informá-la que seus livros em inglês foram traduzidos e distribuídos pelos grupos de
revisão! Se quiser conversar com ela, informe que leu os arquivos no idioma original, mas,
por favor, evite tocar no nome do PL para autores e editoras!
A equipe do PL agradece!
Aviso três
Cuidado com comunidades/fóruns que solicitam dinheiro para ler romances que são
trabalhados e distribuídos gratuitamente!
Nós do PL somos contra e distribuímos livros de forma gratuita, sem nenhum ganho
financeiro, de modo a incentivar a cultura e a divulgar romances que possivelmente nunca
serão publicados no Brasil.
~ 119 ~