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A) caráter de jogo verbal próprio da poesia lírica do A) Segundo a versão apresentada no poema, o perdão
séc. XVI, sustentando uma crítica à preocupação que o Rei desejava conceder a Inês acabaria por
feminina com a beleza. prevalecer sobre o desejo homicida dos nobres.
B) jogo metafórico do Barroco, a respeito da B) Pode-se perceber, de forma implícita, nos dois
fugacidade da vida, exaltando gozo do momento. últimos versos da estrofe, uma acusação de covardia
C) estilo pedagógico da poesia neoclássica, ratificando lançada aos assassinos de Inês de Castro
as reflexões do poeta sobre as mulheres maduras. C) A estrofe proclama a coragem dos nobres
D) as características de um romântico, porque fala de cavaleiros que, desobedecendo às ordens expressas
flores, terra, sombras. do Rei, preferiram lançar ao chão suas espadas a
E) uma poesia que fala de uma existência mais matar uma dama indefesa.
materialista do que espiritual, própria da visão de D) A leitura do texto indica o motivo maior da
mundo nostálgico-cultista. condenação de Inês: sua ousadia em enfrentar o Rei,
recusando-lhe o perdão.
Texto para as questões 7 e 8. E) Pelas pergunta contida nos dois últimos versos,
dirigida aos nobres, o leitor fica sabendo que Camões
“Busque Amor novas artes, no engenho, esteve presente aos acontecimentos que narra no
para matar-me, e novas esquivanças; livro.
que não pode tirar-me as esperanças,
que mal me tirará o que eu não tenho. 10) A questão seguinte refere-se ao Canto V de
Os Lusíadas (1572), de Luís Vaz de Camões.
Olhai de que esperanças me mantenho!
vede que perigosas seguranças: XXXVII
que não temo contrastes nem mudanças, Porém já cinco sóis eram passados
andando em bravo mar perdido o lenho. Que dali nos partíramos, cortando
Os mares nunca de outrem navegados,
Mas, conquanto não pode haver desgosto Prosperamente os ventos assoprando,
onde esperança falta, lá me esconde Quando ua noite, estando descuidados
Amor um mal, que mata e não se vê; Na cortadora proa vigiando,
Ua nuvem, que os ares escurece,
que dias há que na alma me tem posto Sobre nossas cabeças aparece.
um não sei quê, que nasce não sei onde,
vem não sei como e dói não sei por quê. XXXVIII
Tão temerosa vinha e carregada,
7) Nesse poema é possível reconhecer que uma Que pôs nos corações um grande medo.
dialética amorosa trabalha a oposição entre: Bramindo, o negro mar de longe brada,
Como se desse em vão nalgum rochedo
A) o bem e o mal; - “Ó Potestade - disse - sublimada,
B) a proximidade e a distância; Que ameaço divino ou que segredo
C) o desejo e a idealização; Este clima e este mar nos apresenta,
D) a razão e o sentimento; Que mor cousa parece que tormenta?”
E) o mistério e a realidade.
- Há, na passagem selecionada, o registro de
8) Uma imagem de forte expressividade deixa mudança no cenário. Trata-se do prenúncio de
implícita uma comparação com o arriscado jogo agouros a serem efetivados:
de amor. Assinalar a alternativa que contém
essa imagem: A) Pelo velho do Restelo, encolerizado frente à
excessiva vaidade do povo português.
A) o engenho do amor; B) Pelos mouros, inconformados com as sucessivas
B) o perigo da segurança; conquistas dos portugueses.
C) naufrágio em bravo mar; C) Pelo velho do Restelo, irritado diante de tantas
D) mar tempestuoso; glórias relatadas por Vasco da Gama.
E) um não sei quê. D) Pelo gigante Adamastor, irritado com o
atrevimento do povo português a navegar seus mares.
9) O trecho a seguir pertence ao episódio "A E) Pelo promontório Adamastor, maravilhado com a
morte de Inês de Castro" em "Os Lusíadas" de tecnologia náutica dos portugueses.
Camões: