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RESUMO E DICAS FINAIS

F1 – M1

Por Larissa Biasoli


Para a sólida elaboração de um projeto, ou seja, para contar uma história com começo,
meio e fim, de maneira técnica, que prenda a atenção e seja atrativa e coerente ao seu
analista/parecerista/apoiador:

 Pesquisa outros projetos de mesmo tema e leia ao máximo textos sobre ele;
 Busque justificativas e argumentos objetivos, factuais, de acordo com o contexto
do momento em que estiver escrevendo o projeto. Lembre-se: “Contra fatos não
há argumentos!”
 Procure conhecer bem o público para o qual o projeto será realizado;
 Defina como vai ser a comunicação do seu projeto: Como vai alcançar e atrair o
público esperado? Como vai trabalhar o fortalecimento institucional da sua
própria marca, como produtor, realizador? Como vai comunicar os resultados de
sua ação cultural?
 Pense na equipe técnica que precisará e defina os profissionais-chave (ficha
técnica de seu projeto). Lembre-se de consultá-los sobre suas disponibilidades,
agendas, interesses, reúna currículos e Cartas de Anuência;
 Orce os custos da ação. Relacione todos os itens necessários à realização do
projeto e faça os respectivos orçamentos. Reúna propostas de fornecedores
diversos. Nunca trabalhe com suposições de valores;
 Quando estiver escrevendo a Justificativa, se pergunte “Qual o diferencial do
projeto?” Pense na relevância dele, encontre os fatos que o justificam e os
argumentos de sua defesa;
 Revise objetivos, cronograma e plano de comunicação. Verifique se estão de
acordo com o orçamento. Lembre-se da coerência: o texto deve “estar redondo”.
O que estiver contido no Plano de Trabalho deve ser encontrado na metodologia,
no cronograma, no orçamento;
 Fique atento aos fascículos de nosso curso sobre gestão e planejamento. Eles
trarão mais detalhes sobre cálculos de impostos, seguros e taxas que devem ser
considerados no orçamento. E o fascículo sobre Direitos Culturais explicará mais
sobre a importância de fazer contratos e contar com profissionais para assessoria
jurídica e contábil.

5.1. Sugestões relacionadas à pandemia da Covid 19


Estamos passando por um momento muito específico de uma crise sanitária, econômica
e humanitária que tem influenciado todos os mercados e afetado à sociedade
mundialmente. Nem é preciso dizer o quanto afetou ao segmento das artes e da cultura,
daí é necessário levar em conta as mudanças que têm acontecido na realização das
atividades culturais. A seguir, algumas dicas:
 Pesquise ações que, durante o ano de 2020 e principalmente a partir de março, se
adaptaram e ligaram arte/cultura às questões relacionadas às restrições e
consequências trazidas pela pandemia do novo coronavírus. Podemos citar, como
fonte de pesquisa, as redes sociais de Grafiteiro Mundano, Feito Formiguinhas,
Arte342, MAM, MASP;
 Utilize como referências os protocolos de segurança sugeridos por instituições de
classe. Teatro, cinemas e museus já possuem suas recomendações com olhar
atento às especificidades de cada segmento e geralmente estão disponíveis nos
sites de representantes nacionais ou internacionais (exemplo: no caso dos museus,
o ICOM, Conselho Internacional de Museus);
 Esteja atento às seções dos jornais locais que falam sobre o cotidiano da
população, bem como os espaços reservados à cultura e arte. Mantenha-se
informado do que acontece na sua região e, particularmente, com o
comportamento do público potencial de projetos de sua autoria;
 Acompanhe as recomendações das secretarias de cultura municipais e, quando
não houver, busque pelas secretarias estaduais (se não do próprio estado, do mais
próximo). Já existem diversos protocolos de segurança lançados por esses
organismos e, em geral, se baseiam em pesquisas de saúde, orientações da OMS
(Organização Mundial da Saúde) e costumam ser produzidos por equipes
interdisciplinares, compostas tanto por gente da área cultural, quanto da saúde;
 Insira ações (e, portanto, rubricas no orçamento) que sigam as orientações das
agências de saúde para mitigação/prevenção da transmissão da doença. Lembre-
se que não é para alterar o objeto do seu projeto cultural para área de saúde ou
social, mas, sim, atender às necessidades impostas pelo contexto que o mundo
vive atualmente. Somos responsáveis por cada um.

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