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Ambiente letrado em casa e na escola

O papel da escola de educação infantil e da família, nesse início de


processo, é amplo e rico: é fazer com que a criança leia o mundo e
comece a expor suas primeiras palavras e idéias no papel - ainda que não
o faça de um jeito perfeito, correto, convencional. E isso não é fácil. Exige
autoconfiança, crença em si próprio. Ela trocará letras, inverterá sílabas,
inventará traçados. Tudo faz parte. Significa que está buscando
aproximar-se desse universo simbólico.

Por esse motivo, propicie a seu filho um ambiente em que o mundo das
letras esteja presente e que possa ser referência em suas descobertas.
Aqui vão algumas dicas que podem ajudar a iniciação:

 Ofereça desde cedo um acervo de livros com textos e ilustrações - uma


pequena biblioteca construída e organizada com seu filho.

 Visite livrarias, faça com que tenha contato com diferentes materiais.

 Disponibilize lápis de cera, blocos de desenho para os primeiros


experimentos.

 Conte-lhe, ao menos, uma pequena história diariamente.

 Folheie livros na sua presença.

 Peça que lhe conte histórias, manuseando livros.

 Peça que registre as histórias contadas com desenhos, palavras,


frases.

 Deixe que a observe realizando alguns de seus escritos, como suas


listas de compras, por exemplo. Procure fazê-las na letra de forma.

 Corrija seu filho quando falar de forma infantilizada ou não


compreensível.

 Não ensine, nem exija que ele comece seus registros com a letra
manuscrita. Letra do tipo bastão ou de fôrma são as mais indicadas nesse
período.

A glória de aprender com prazer


Essas pequenas iniciativas fazem com que a criança tenha mais recursos
para solucionar suas dúvidas, buscar respostas. Valem mais do que
extensos, mecânicos e insatisfatórios exercícios de caligrafia. Na
realidade, são maneiras de fazer com que o pequeno comece sua
alfabetização com prazer, significado e gosto.

Também vale lembrar que, nesse período tão rico e repleto de


descobertas, a escolha da escola de educação infantil é essencial. Evite
as escolas chamadas "preparatórias", aquelas que garantem o ingresso
fácil no ensino fundamental. Em alguns casos o ritmo de trabalho dos
alunos é acelerado e isso faz com que haja perdas preciosas, quadro que
se complicará mais tarde.

Uma boa pré-escola tem seu próprio projeto pedagógico e a passagem de


seus alunos para a primeira série se faz de forma natural, como resultado
de um processo construído ao longo da primeira infância.

Cada qual tem sua hora


Lembre-se: a aquisição da leitura e da escrita está profundamente ligada
aos contatos com o universo escrito dos 0 aos 6 anos. Por isso mesmo,
definir um momento certo para esse aprendizado, igual para todas as
crianças, é desconsiderar experiência e maturidade individual.

Cada criança é única, fato que precisa ser considerado por escolas e
famílias. Sempre. É o que dará a medida do tempo apropriado, o que
permitirá que não se antecipe nem se retarde a alfabetização.

*Norma Leite Brandão é pedagoga e educadora da VERCRESCER


assessoria educacional.

Os níveis estruturais da linguagem escrita podem explicam as


diferenças individuais e os diferentes ritmos dos alunos.

1) Nível Pré-Silábico- não se busca correspondência com o som; as


hipóteses das crianças são estabelecidas em torno do tipo e da quantidade
de grafismo. A criança tenta nesse nível:

• diferenciar entre desenho e escrita


• utilizar no mínimo duas ou três letras para poder escrever palavras
• reproduzir os traços da escrita, de acordo com seu contato com as
formas gráficas (imprensa ou cursiva), escolhendo a que lhe é mais
familiar para usar nas suas hipóteses de escrita
• percebe que é preciso variar os caracteres para obter palavras
diferentes

2) Nível Silábico- pode ser dividido entre Silábico e Silábico Alfabético:


Silábico- a criança compreende que as diferenças na representação escrita
está relacionada com o "som" das palavras, o que a leva a sentir a
necessidade de usar uma forma de grafia para cada som. Utiliza os símbolos
gráficos de forma aleatória, usando apenas consoantes, ora apenas vogais,
ora letras inventadas e repetindo-as de acordo com o número de sílabas das
palavras.
Silábico- Alfabético- convivem as formas de fazer corresponder os sons às
formas silábica e alfabética e a criança pode escolher as letras ou de forma
ortográfica ou fonética.

3)Nível Alfabético- a criança agora entende que:

• a sílaba não pode ser considerada uma unidade e que pode ser
separada em unidades menores
• a identificação do som não é garantia da identificação da letra, o que
pode gerar as famosas dificuldades ortográficas
• a escrita supõe a necessidade da análise fonética das palavras

“Deus, em sua infinita sabedoria, criou a família, para que os seres


humanos tivessem um lugar de apoio, de encorajamento mútuo, consolo
nas horas difíceis. Enfim, um espaço para rir, chorar e sonhar.

Abra o coração e deixe Cristo entrar na sua família.”

AGRADEÇO A SUA PRESENÇA EM NOSSA REUNIÃO NO DIA


13/04/2007

ATENCIOSAMENTE PROFªCRISTINA

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