Você está na página 1de 134

FITOTERAPIA

NO EXERCÍCIO FÍSICO
Leandro Medeiros
Farmacêutico e mestre em Inovação Terapêutica | UFPE
Professor e pesquisador | Universidade Católica de Pernambuco
GT de Suplementos Alimentares | Conselho Federal de Farmácia
Associação Brasileira de Fitoterapia | Regional NE

PARTE 1
BASES DA FITOTERAPIA
QUAIS SÃO AS IDEIAS GERAIS SOBRE A
FITOTERAPIA?
PREPARAÇÕES MAGISTRAIS
Metabólitos
primários
Prevenção
PLANTAS Drogas Derivados Alívio de sinais e
(in natura) vegetais vegetais sintomas
Controle
Metabólitos
secundários
Cura
PRODUTOS
MEDICAMENTOS
TRADICIONAIS
FITOTERÁPICOS
FITOTERÁPICOS

ANVISA | RDC 26/2014, RDC 67/2007, Lei 5991/1973


QUAIS SÃO AS MODALIDADES DA


FITOTERAPIA?
QUAIS SÃO AS MODALIDADES DA FITOTERAPIA?

Fitoterapia científica
ocidental
Fitoterapia popular

Fitoterapia tradicional

MS. Cadernos de Atenção Básica nº 31/2012


QUAIS SÃO AS MODALIDADES DA FITOTERAPIA?

• Tradição de uso doméstico e comunitário de plantas


• Transmitira oralmente de geração em geração
• É fonte de informação para investigação científica
• Aporte cultural, político e religioso
Fitoterapia popular
• Reforçado pela PNPMF/PNPIC
• Parte integrante do sistema público de saúde (mesmo
com suas limitações)
• Educação em saúde é importante para promover o uso
seguro

BRASIL, 2012

QUAIS SÃO AS MODALIDADES DA FITOTERAPIA?

• Conta com o registro escrito de sua prática, existente a


década/séculos/milênios
• Integrada a um sistema médico tradicional, originado
de culturas populares
Fitoterapia tradicional • Integra as práticas de sistemas complexos ou
racionalidades médicas (MTC, ayurveda, alemã,
afroamericana etc.)
• Também é fonte de investigação científica

BRASIL, 2012

QUAIS SÃO AS MODALIDADES DA FITOTERAPIA?

• Emprego clínico de PM&F baseado em evidências


científicas (acoplado ao conceito de saúde
baseada em evidências)
• Batizada também como fitoterapia racional
Fitoterapia científica
ocidental • Fundamentada no tripé da qualidade, eficácia e
segurança e nas boas práticas de produção/
manipulação

BRASIL, 2012

AFINAL, O QUE É RESPONSÁVEL PELOS


EFEITOS TERAPÊUTICOS DAS PLANTAS/FITOTERÁPICOS?

CARACTERIZANDO A FITOTERAPIA

Peumus boldus

Barnes, 2007
!

http://www.kleyhertz.com.br/public/upload/product/HEPATILON_FAMILIA_bula_profissional.pdf
Cumarinas
Flavonoides

Fenois e
glicosódeos simples

Taninos

Alcaloides
Polissacarídeos
Glicosinolatos e
Isotiocianatos

Antraquinonas

Óleos essenciais Saponinas

FARMACOLOGIA DE COMPOSTOS BIOATIVOS

Administração,
desintegração, liberação
e dissolução

Absorção

Metabolismo Interação com proteínas


Distribuição
(desativação-ativação) no sangue

Fase I
Oxidação/Redução/Hidrólise
Tecido armazenador
Fase II
Conjugação do fármaco com Interação fármaco-
substâncias endógenas receptor no tecido
alvo

Excreção
Farmacodinâmica
Farmacocinética

QUE PRODUTOS SÃO OBJETOS DA


FITOTERAPIA?
A FITOTERAPIA NO BRASIL

PREPARAÇÕES MAGISTRAIS
Metabólitos
primários
Prevenção
PLANTAS Drogas Derivados Alívio de sinais e
(in natura) vegetais vegetais sintomas
Controle
Metabólitos
secundários
Cura
PRODUTOS
MEDICAMENTOS
TRADICIONAIS
FITOTERÁPICOS
FITOTERÁPICOS

ANVISA | RDC 26/2014, RDC 67/2007, Lei 5991/1973


embalagens, restrição de uso e de Boas Práticas de Fabricação e Controle (BPFC) (Quadros 1 e 2).
MF X PTF
Quadro 1 - Diferenças entre os fitoterápicos tratados pela RDC nº 26/2014
Diferenças Medicamento Fitoterápico Produto Tradicional Fitoterápico
(MF) (PTF)
Comprovação de Segurança e
Por estudos clínicos Por demonstração de tempo de uso
Eficácia/Efetividade (SE)
Boas Práticas de Fabricação
Segue a RDC nº 17/2010 Segue a RDC nº 13/2013
(BPF)
Informações do fitoterápico para Disponibilizadas na Bula Disponibilizadas no Folheto
o consumidor final informativo
Formas de obter a autorização Registro ou Registro, Registro simplificado ou
de comercialização junto à Registro simplificado Notificação
Anvisa

Quadro 2- Semelhanças entre os fitoterápicos tratados pela RDC nº 26/2014


Medicamento Fitoterápico (MF) Produto Tradicional Fitoterápico (PTF)
Semelhanças Requisitos de Controle de Qualidade (CQ)
Controle do Insumo Farmacêutico Ativo Vegetal (IFAV)

11
IN 04/2014, ANVISA
MEDICAMENTO FITOTERÁPICO

• Aesculus hippocastanum (castanha-da-índia)

– Vasotônico
– Isento de prescrição médica

Cochrane Database Syst Rev, 11, CD003230 2012 Nov 14


MEDICAMENTO FITOTERÁPICO

• Ginkgo biloba

– Vasodilatador central e vasotônico


periférico
– Venda sob de prescrição médica

Clin Interv Aging, 13, 1121-1127 2018 Jun 13


PRODUTO TRADICIONAL FITOTERÁPICO

• Mikania glomerata (guaco)

– Expectorante e broncodilatador
– Isento de prescrição médica

BRASIL, 2014

PRODUTO TRADICIONAL FITOTERÁPICO

Rhodiola rosea
• Alíviotemporário de sintomas de estresse, como
fadiga e sensação de fraqueza.

ACHÉ, 2020

PREPARAÇÃO MAGISTRAL FITOTERÁPICA

BRASIL, 2007
PREPARAÇÃO MAGISTRAL FITOTERÁPICA

• Preparada na farmácia, a partir de uma prescrição de profissional habilitado, destinada a um paciente


individualizado, e que estabeleça em detalhes sua composição, forma farmacêutica, posologia e modo de usar

• Utiliza drogas vegetais e derivados vegetais (padronizados ou não), como insumos ativos farmacêuticos vegetais

• Permite:
• Associação de insumos com base nas necessidades do paciente
• Ausência de excipientes indesejáveis
• Manipulação em formas farmacêuticas mais convenientes

BRASIL, 2007

PREPARAÇÃO MAGISTRAL FITOTERÁPICA

A avaliação da prescrição deve observar os seguintes itens:

a) legibilidade e ausência de rasuras e emendas;


b) identificação da instituição ou do profissional prescritor com o número de registro no respectivo Conselho Profissional, endereço do seu
consultório ou da instituição a que pertence;
c) identificação do paciente;
d) endereço residencial do paciente ou a localização do leito hospitalar para os casos de internação;
e) identificação da substância ativa segundo a DCB ou DCI, concentração/dosagem, forma farmacêutica, quantidades e respectivas unidades;
f) modo de usar ou posologia;
g) duração do tratamento;
i) local e data da emissão;
h) assinatura e identificação do prescritor.

BRASIL, 2007

FORMAS FARMACÊUTICAS NA FITOTERAPIA (VIA ORAL)

PLANTA
(IN NATURA)

secagem e
estabilização Cápsulas
Chás rasurada Sachês
ou tritura
da pu l ve r i z a d a Pastilhas
DROGA VEGETAL Suspensões

EXTRATOS FLUIDOS evapor


ação EXTRATOS SECOS
(1:1)
ã o (≥ 2:1)
lui ç
di
TINTURAS il u iç ã o
d
(1:5) EXTRATOS SECOS
diluição
PADRONIZADOS
(ex: 50% de polifenois)

Leite, 2009

PRODUTOS CLANDESTINOS: UM PROBLEMA GRAVE


QUAIS SÃO OS PROFISSIONAIS COM PERMISSÃO
PARA A PRESCRIÇÃO DE FITOTERÁPICOS NO BRASIL?
BIOMEDICINA
RE CFBM 241/2014
NUTRIÇÃO
RE CFN 525/2013
RE CFN 556/2015

ODONTOLOGIA
RE CFO 82/2008
FARMÁCIA
RE CFF 585/2013

FITOTERAPIA RE CFF 586/2013

FISIOTERAPIA
RE COFFITO 380/2010
ACÓRDÃO 611/2017

ENFERMAGEM
MEDICINA Pareceres
RE COFEN 197/1997 + pareceres
CRITÉRIOS BÁSICOS PARA PRESCRIÇÃO • NUTRICIONISTAS

• Estratégia complementar à prescrição dietética;

• Exclusivamente por via oral;

• Isento de prescrição médica;

• Com indicações relacionadas à área de atuação do nutricionista;

• Não associado com suplementos ou outras substâncias isoladas;

• Fundamentadas em evidências científicas de eficácia e segurança ou por tradicionalidade de uso


comprovada;

RE CFN 525/2013; RE CFN 556/2015; RE CFN 599/2018


COMO IDENTIFICAR UM FITOTERÁPICO


ISENTO DE PRESCRIÇÃO?

IDENTIFICANDO UM FITOTERÁPICO ISENTO DE PRESCRIÇÃO


IDENTIFICANDO UM FITOTERÁPICO ISENTO DE PRESCRIÇÃO


IDENTIFICANDO UM FITOTERÁPICO ISENTO DE PRESCRIÇÃO

www.consultaremedios.com.br
QUAL O PASSO-A-PASSO DA PRESCRIÇÃO
RACIONAL DE FITOTERÁPICOS?
Aspectos ético-profissionais

Aspectos sanitários

Uso racional

Necessidades/ Benefício • Danos


preferências Conveniência • Custo

REFERÊNCIAS CONFIÁVEIS SOBRE PM&F

• Bases de dados • Fontes terciárias


• Natural Medicines Database
• Literatura reconhecida pela ANVISA (anexo III, RDC
(naturalmedicines.therapeuticresearch.com)
26/2014)
• Examine (http://examine.com/)
• RDC 10/2010 (chás medicinais - uso tradicional)
• American Botanical Concil • Comission E/HerbMed Pro
• Formulário Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira
(http://abc.herbalgram.org/)
• Memento Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira
• National Center of Complementary Integrative Health
(https://nccih.nih.gov/) • Monografias da OMS (bit.ly/who_herbal_monographs)

• Dynamed (via www.dynamed.com) • Monografias da EMA (bit.ly/ema_herbal_monographs)

• Up-to-Date (www.uptodate.com)

LITERATURA RECONHECIDA (RDC 26/2014)

Formulário de Fitoterápicos
Farmacopeia Brasileira
1ª edição

2011
conyzoides Catinga de aéreas 2-3 g (2-3 chá de 2 a 3 x articulares utilizado por por mais de 2006
bode sem as col chá) ao dia (Artrite, pessoas com três semanas MATOS et al,
CHÁS MEDICINAIS flores em 150
mL (xíc
artrose) e
reumatismo
problemas
hepáticos
consecutivas 2001
MATOS, 1997b
de chá) MATOS, 1998
MELO-DINIZ et
al., 1998
RODRIGUES,
2006
Allium Alho Bulbo Maceraçã Utilizar 1 Oral A/I Hipercolestero Não deve ser Doses Descontinua WICHTL, 2003
sativum o: 0,5 g (1 cálice 2 x ao lemia utilizado por acima da r o uso 10 MILLS &
col café) dia antes das (colesterol menores de recomend dias antes de BONE, 2004
em 30 mL refeições elevado). Atua três anos e ada qualquer GRUENWALD,
(cálice) como pessoas com podem cirurgia. et al, 2000
expectorante e gastrite e causar Deixar a
anti-séptico úlcera gástrica, desconfort droga seca
hipotensão o rasurada por
(pressão baixa) gastrointe cerca de
e hipoglicemia stinal uma hora
(concentração em
de açúcar maceração
baixo no
sangue). Não
utilizar em
caso de
hemorragia e
em tratamento
com
anticoagulante
s

ANVISA, RDC 10/2010


USO TRADICIONAL RECONHECIDO
Se o Ifav é para qualquer uso que não o externo, não pode
Solanum (quaisquer espécies) contermais que 10 mg (dez miligramas) de alcaloides esteroidais

O Ifav só pode ser utilizado para uso externo


Symphytum officinale

ANEXO III
LISTA DE REFERÊNCIAS PARA A COMPROVAÇÃO DA TRADICIONALIDADE DE USO
1. AMARAL, A.C.F.; SIMÕES, E.V.; FERREIRA, J.L.P. Coletânea científica de plantas de uso medicinal.
FIOCRUZ. Rio de Janeiro, Brasil: Abifito, 2005.

• 67 referências
2. AMERICAN HERBAL PHARMACOPOEA. American herbal pharmacopoea and therapeutic
compendium - Monografias.
3. ANFARMAG. Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais. Fitoterapia magistral. Um guia prático
para a manipulação de fitoterápicos. Publicações Anfarmag. 2005.
4. ARGENTINA. Listado de drogas vegetales que se incluyen en el registro de medicamentos fitoterapicos
de larga tradición. ANMAT, 2009.
reconhecidas pela ANVISA
5. BARBOSA, WLR et al. Etnofarmácia. Fitoterapia popular e ciência farmacêutica. Belém: Editora CRV.
2011.
6. BARRET, M. The handbook of clinically tested herbal Medicines. Vol. 1 e 2, 2004.
7. BLUMENTHAL, M.; GOLDBERG, A.; BRINCKMANN, J. Herbal medicine - Expanded commission E
monographs. 1.ed. Newton, MA, EUA: American Botanical Council. 2000.
8. BLUMENTHAL, M. The ABC clinical guide to herbs. Austin, USA: The American Botanical Council,
2003. • > 30 anos de uso, com
9. BIESKI, IGC, MARI GEMMA, C. Quintais medicinais. Mais saúde, menos hospitais - Governo do Estado
de Mato Grosso. Cuiabá. 2005.
10. BORRÁS, M.R.L. Plantas da Amazônia: medicinais ou mágicas. Plantas comercializadas no Mercado
relato de efetividade e
Municipal Adolpho Lisboa. Valer Editora. 2003.
11. BRADLEY, P.R. British herbal compendium: a handbook of scientific information on widely used plant
drugs. Bournemouth, UK: British Herbal Medicine Association, 1992. v.1. segurança
12. BRADLEY, P.R. British herbal compendium: a handbook of scientific information on widely used plant
drugs. Bournemouth, UK: British Herbal Medicine Association, 2006. v.2.
13. BRANDÃO, M.G.L.; ZANETI, N.N.S. Plantas Medicinais da Estrada Real. Belo Horizonte: Editora O
Lutador, 2008.
14. Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento
de Assistência Farmacêutica. A fitoterapia no SUS e o Programa de pesquisa de plantas medicinais da
Central de Medicamentos. Brasília, 2006.

QUAL O REFERENCIAL TEÓRICO PARA A PRESCRIÇÃO DE FITOTERÁPICOS?

Evidências científicas
Nível de evidência

Revisões sistemáticas com meta-análise de estudos clínicos ou monografias de bases de dados


especializadas
Estudos clínicos (randomizados, duplo-cegos, placebo-controlados) isolados
Revisões sistemáticas com meta-análise de estudos observacionais (coorte)
Estudos observacionais isolados
Séries ou relatos de casos
Opiniões de especialistas

Tradicionalidade de uso
Literatura oficialmente reconhecida (RDC 26/2014)
- Monografias da OMS
- Literatura secundária técnica
- Monografias de farmacopéias

a seguinte maneira: “Existe uso racional


tes recebem medicamentos apropriados Figura 1: Fundamentação de condutas terapêuticas com base em
es clínicas, em doses adequadas às parti- evidências
iduais, por período de tempo adequado
o para eles e sua comunidade”. 2
Ambiente – Sistema ou Instituição de Saúde
os utilizados racionalmente propiciam (Aspectos Legais e Políticos; Disponibilidade de Infraestrutura
e Recursos Tecnológicos, Humanos e Financeiros)

duais, institucionais e aos sistemas de


uário, a escolha racional proporciona
cia, segurança, conveniência e menor
Experiência Clínica
Melhores Evidências
nalmente, há melhoria do padrão de Científicas Disponíveis
e Conhecimento
Epidemiológico
gnificativa redução de gastos para as Condutas
árias. Em nível de sistemas de saúde, a Terapêuticas
com Base em
a por evidências definidoras de condutas Evidências
nsequências positivas sobre mortalidade,
lidade de vida da população, além de
nefícios o mercado e a economia locais.
cículos sobre Uso Racional de Medica- Cultura, valores, características
socioeconômicas e preferências
ndamentação de condutas terapêuticas do paciente/população

ências, bem como abordará os principais


ao URM nos macroprocessos da Assis-
OPAS, 2016
PRESCRIÇÃO E O CICLO CLÍNICO

• Benefícios
Avaliação •

Danos
Custo Seleção Prescrição
Identificação de necessidades • Conveniência
Definição de objetivos e metas terapêuticas Orientação de uso
Definição de estratégias terapêuticas

Revisão da Uso
terapia
Meta Tempo do
não alcançado tratamento

Êxito terapêutico Reavaliação


Meta
alcançada
OPAS, 2017
Formular
Farmácia de Manipulação
Praça João da Silva Souto, 370A, Garanhuns-PE. CEP: 55295-400

Paciente: Pedrita Sampaio (074.99113.1777)


Contato: Rua Ana Nery 145, Centro, Petrolina.

Via oral:

Withania somnifera (extrato seco, 5% de witanolídeos) . . . 300 mg


Panax ginseng (extrato seco, 27% de ginsenosídeos) . . . . . 60 mg
Bacopa monnieri (extrato seco, 30% de bacopasídeos) . . . 450 mg
Aviar em cápsulas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90 cápsulas
Tomar 1 dose ao dia, por 3 meses. Não repetir receita.

Camellia sinensis (extrato seco, 50% de polifenóis) . . . . 200 mg


Capsicum annuum (extrato seco, 40% de capsinoides) . . .15 mg
Zingiber officinale (extrato seco, 5% de gingeróis) . . . . . 200 mg
Aviar em cápsulas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60 doses
Tomar 1 dose, após o café da manhã e jantar, por 60 dias. Não repetir receita.

+ Acervo pessoal
Via oral:

Pool de probióticos ............................... 20 bi UFC


Aviar em cápsulas ................................... 60 doses

Tomar 1 dose após o jantar, por 60 dias. Não repetir receita.

Via oral:

Chá de cavalinha

Equisetum arvense (cavalinha) ............................... partes aéreas secas

Modo de preparo: Inserir 1 colher de sopa da planta seca em 1 xícara de água quente. Deixar em contato por 3 a 5
minutos. Coar e tomar 3 xícaras ao dia, após uma refeição, por 30 dias. Não repetir receita, nem continuar com
este chá após este período.

Garanhuns, 30/01/2018

Leandro de Albuquerque Medeiros


Farmacêutico (CRF-PE: 3478)

Acervo pessoal
TAKE HOME MESSAGES…
TAKE HOME MESSAGES…

Não é objetivo da fitoterapia


promover a nutrição do indivíduo
TAKE HOME MESSAGES…

É objetivo da fitoterapia prover


efeito terapêutico no indivíduo

TAKE HOME MESSAGES…

A forma farmacêutica influencia


na chance de adesão pelo paciente

TAKE HOME MESSAGES…

A prescrição deve estar pautada na


tradicionalidade de uso reconhecida
ou em evidências científicas
TAKE HOME MESSAGES…

Para ES padronizados, aplicar


sempre a dose do marcador
relacionada ao efeito terapêutico
desejado
TAKE HOME MESSAGES…

Para outras formas de derivados


vegetais ou droga vegetal, aplicar
sempre a dose registrada em
literatura reconhecida relacionada
ao efeito terapêutico desejado
TAKE HOME MESSAGES…

Prescrever é uma etapa do processo


de cuidado em saúde e deve ser
feito com base na lógica do URM
PARTE 2
FITOTERAPIA APLICADA AO EXERCÍCIO
ADAPTÓGENOS
O QUE SÃO ADAPTÓGENOS?
O QUE SÃO ADAPTÓGENOS?
Síndrome de adaptação geral | Seyle, 1959

#1 | ALARME #2 | RESISTÊNCIA #3 | EXAUSTÃO

AQUISIÇÃO DE
RECONHECIMENTO EXAUSTÃO/DOENÇA/
RESISTÊNCIA
INICIAL DO ESTRESSE MORTE
INESPECÍFICA

Magnitude Duração

ADAPTÓGENOS
Brain Behav Immun 2011
ESTRESSE X FADIGA
O QUE SÃO ADAPTÓGENOS?
EMEA, 2008

a) Praticamente não tóxicos para o usuário;

b) Tendem a ser farmacologicamente inespecíficos e


agem aumentando a resistência do organismo a um
amplo espectro de fatores biológicos, químicos e físicos
adversos;
ADAPTÓGENOS

c) Tendem a ser reguladores com efeito normalizador


nos vários sistemas orgânicos do organismo;

d) Seus efeitos devem ser tão pronunciado quanto mais


profundas são as alterações patológicas no organismo.
EMEA, 2008 • Panossian, 2005 • Brekhman, 1968
O QUE SÃO ADAPTÓGENOS?

Estimulante
≠ ADAPTÓGENOS
≠ Tônico
Panossian, 2017
COMO AGEM OS ADAPTÓGENOS NO ORGANISMO?
Panossian, 2017
Phytomedicine 1999, 6: 147–155.
COMO AGEM OS ADAPTÓGENOS NO ORGANISMO?
COMO AGEM OS ADAPTÓGENOS NO ORGANISMO?
Panossian, 2017
Panossian, 2017

Trauma

ADAPTÓGENOS Estresse Fadiga

Resistência
Desempenho
física

QUAIS OS CRITÉRIOS PARA O USO DE ADAPTÓGENOS?

Autores
Guidelines? SADC?
específicos?
WITHANIA SOMNIFERA
PLANTAS COM EFEITOS ADAPTÓGENOS
WITHANIA SOMNIFERA
Barnes, 2007

• Raiz
• Lactonas esteroidais (witanolídeos,
vitaferinas)
• Alcaloides (isopelerierina,
anaferina)

WITHANIA SOMNIFERA
Barnes, 2007

• Doses:
• 300 a 1000 mg/dia
• Uso bem documentado por até 3 meses

• ES, 5% de witanolídeos

WITHANIA SOMNIFERA
Barnes, 2007

• RAM
• Irritação GI
• Diarreia
• Vômitos

WITHANIA SOMNIFERA
Barnes, 2007

• IM
• Antidiabéticos
• Anti-hipertensivos
• BDZ/Depressores

WITHANIA SOMNIFERA

• 50 homens (18-50 anos),


treinados
• 300 mg (5% de vitanolídeos), 2x/
dia, por 8 semanas
• Melhora da força muscular,
tamanho do músculo e
porcentagem de gordura corporal,
testosterona e recuperação
muscular

Wankhede et al., 2015


WITHANIA SOMNIFERA

• 40 homens (18-45 anos),


fisicamente ativos recreacionais
• 500 mg (10% de vitanolídeos), 2x/
dia, por 12 semanas
• Melhora da força muscular (supino
reto e agachamento, 1-RM)
• Sem alteração significativa para
endurance

Ziegenfuss et al., 2018


WITHANIA SOMNIFERA

• 142 homens e mulheres (16-45 anos), atletas e indivíduos


fisicamente ativos recreacionais
• 300 - 1000 mg/dia (5% de vitanolídeos), 2- 12 semanas
• Desfecho: VO2 max (+ 3,00 ml/kg/min [0,18 - 5,82; p = 0,0004)
• Mecanismos possíveis:
• Supressão da succinato desidrogenase (mitocôndria) >
beneficiando a atividade da Mg-ATPase
• Efeito antifadiga/antiestresse
• Aumento da concentração de Hb e hemácias

Pérez-Gómez, et al., 2020


PANAX GINSENG
PLANTAS COM EFEITOS ADAPTÓGENOS
PANAX GINSENG
Barnes, 2007

• Raiz
• Terpenoides: ginsenosídeos e panaxosídeos

PANAX GINSENG
Barnes, 2007

• Dose: ginsenosídeos totais


(8-16 mg/dia), por até 6
meses

• Grande variabilidade de teor


de ginsenosídeos nos extratos
comercializados no Brasil

Sellami et al, 2018


PANAX GINSENG
PANAX GINSENG
Lee et al., 2018

• Produto: extrato UG0712


(> 5% Rd e > 10% Rg3
• Alta dose: 500 mg/dia
• Baixa dose: 100 mg/d
• n = 117 (sedentários), >
20 anos

PANAX GINSENG
Barnes, 2007

• RAM
• Insônia
• Mastalgia
• Eventos hemorrágicos leves
• Hipertensão/hipotensão
• Edema
• Perda do apetite

PANAX GINSENG
Barnes, 2007

• IM
• Álcool
• Anticoagulantes/antiagregantes
• Antidiabéticos
• Cafeína
• Estrógenos
• Substratos da CYP3A4 (imatimib, midazolam)

RHODIOLA ROSEA
PLANTAS COM EFEITOS ADAPTÓGENOS
RHODIOLA ROSEA
Barnes, 2007

• Raízes e rizoma
• Derivados do fenilpropano: rosavina, rosina,
rosarina
• Derivados do feniletano: tirosol, salidrosídeo
(rhodiolosideo);
• Flavonoides, monoterpernos, triterpenos,
ácidos fenólicos

RHODIOLA ROSEA
Barnes, 2007

• Dose: rosavina (3,6 a 6 mg/dia) e


salidrosídeos (4 a 14 mg/dia), por
até 4 meses.
• Estudos com posologias e
padronizações variadas
• Efeito agudo: 10 a 18 mg/dia de
rosavina

RHODIOLA ROSEA
Barnes, 2007

• Fisioton®
• 400 mg/compromido
• ES, 2-4% de rosavina (FB 300®)
• 8 a 18 mg/cápsula
• 1 comprimido/dia, pela manhã.
• > 12 anos
• PTF

RHODIOLA ROSEA

• n = 11 (ECR), mulheres
(18-24 anos)
• 500 mg, 3x/dia, por 3 dias,
30 minutos antes do teste
• 3% de rosavina e 1% de
salidrosídeo
• Teste anaeróbico de
Wingate (3 x 15 s)

RHODIOLA ROSEA
Barnes, 2007

• RAM
• Taquicardia, insônia, agitação,
cefaleia e intolerância GI.
• Mania (TDB)
• Ansiedade/irritabilidade (TAG)
• Hipertensão

RHODIOLA ROSEA
Barnes, 2007

• IM
• Antidiabéticos orais
• Anti-hipertensivos
• Substratos para CYP2C9 (varfarina, AINES,
losartano)
• Escitalopram
• Imunossupressores
• Substratos da Glicoproteína-P (BCC, Anti-H2, QT,
antifúngicos, fexofenadina)

ASTRAGALUS MEMBRANACEUS
PLANTAS COM EFEITOS ADAPTÓGENOS
ASTRAGALUS MEMBRANACEUS

• Raiz
• Terpenoides: astragalosídeos
• Flavonoides e cumarinas

ASTRAGALUS MEMBRANACEUS

• Doses:
• 30 g (pó)
• Extratos 5:1

• Grande variabilidade de teor de astragalosídeos (pó x ES)


• 40% de polissacarídeos (?)
• Extratos secos não padronizados

Rogers et al., 2006


ASTRAGALUS MEMBRANACEUS + PANAX GINSENG + CREATINA
ASTRAGALUS MEMBRANACEUS

• RAM
• Rash cutâneo
• Eczema
• Prurido
• Imunossupressão (doses excessivas)

ASTRAGALUS MEMBRANACEUS

• IM
• Ciclofosfamida
• Imunossupressores
• Lítio

ESTIMULANTES E TERMOGÊNICOS
CAMELLIA SINENSIS
ESTIMULANTES E TERMOGÊNICOS
CAMELLIA SINENSIS

• n = 49 (homens, não treinados)


• 1000 mg, 2x/dia
• 40% de polifenois
• 5-8% de EGCG
• 1,3% de teaflavinas
• 7-13% de cafeína
• Aumento da capacidade antioxidante
total
• Sem afetar desempenho

BEYER et al., 2017


CAMELLIA SINENSIS

• n = 49 (homens, não treinados)


• 1000 mg, 2x/dia
• 40% de polifenois
• 5-8% de EGCG
• 1,3% de teaflavinas
• 7-13% de cafeína

BEYER et al., 2017


CITRUS AURANTIUM
ESTIMULANTES E TERMOGÊNICOS
CITRUS AURANTIUM

• Beta-alanine (3 g)
• Creatine nitrate (2 g)
• arginine alpha-ketoglutarate (2 g)
• N-Acetyl-L-Tyrosine (300 mg)
• Caffeine (284 mg)
• Mucuna pruiriens extract standardized for 15% L-
Dopa (15 mg)
• Ascorbic Acid (500 mg)
• Niacin (60 mg)
• Folate (50 mg)
• Methylcobalamin (70 mg)
• (+ or -) Citrus aurantium (PWS + S) extract
standardized for 30% p-synephrine (20 mg)
• "

AIS, 2019
GERENCIAMENTO DO PESO
Aumento do
gasto
energético Aumento da
Agentes mistos
saciedade

Estratégias
terapêuticas com
Modulação fitoterápicos e Redução do
suplementos
intestinal apetite

Inibição da Inibição da
digestão lipogênese
Natural Medicines Database, 2016
CAMELLIA SINENSIS MPhil et al., 2020
Lin et al, 2020
CAMELLIA SINENSIS
Lin et al, 2020
CAMELLIA SINENSIS
GARCINIA CAMBOGIA MPhil et al., 2020
PHASEOLUS VULGARIS MPhil et al., 2020
EPHEDRA SINICA MPhil et al., 2020
19 Ludy and Mattes Cayenne Red Variable 25 6 days; not " Significant increase in EE at higher dose (p = 0.013).

CAPSICUM ANNUM
(2011) Pepper consecutive Sensory effect required to obtain full benefit
(Capsaicinoid) Appetite 59 (2012) 341–348
20 Yoneshiro et al. (2012) Capsinoid 9 18 2 days; not " Significant increase in EE only in group with brown
supplement⁄ consecutive adipose tissue (p < 0.01)

Key: ", Increase; ;, Decrease; X, No Effect. ⁄Supplement extracted from CH-19 sweet pepper. +Supplement synthesised using enzymes. ^Supplement origin not stated.

Table 2
Details of trials investigating effects on lipid oxidation and fat loss.

Paper Author Intervention used Dosage Population Duration Effect Key findings
number (mg/day) size (n)
1 Yoshioka et al. (1995) Capsaicin rich red 30 8 Single X Decrease in lipid oxidation (significance not stated)
pepper meal
2 Yoshioka et al. (1998) Capsaicin rich red 30 14 Single " Increase in lipid oxidation (p < 0.05) for 180 min
pepper meal
8 Lejeune et al. (2003) Capsaicin 135 91 4 months " Lipid oxidation increase (p < 0.05), No significant
supplement^ effect on weight
11 Kawabata et al. (2006) CH-19 Sweet 1 per kg of 7 2 weeks " Decrease in bodyweight (p < 0.05) and fat
pepper bodyweight accumulation
12 Inoue et al. (2007) Capsinoid 3 and 10 44 4 weeks " Increased lipid oxidation (p < 0.05), significance only
supplement⁄ reached in group with BMI >25
13 Smeets and Westerterp- Capsaicinoid Not Stated 30 Single X No effect on lipid oxidation. Changes in gut-derived
Plantenga (2009) containing meal meal hormones detected
14 Snitker et al. (2009) Capsinoid 6 80 12 weeks " Abdominal fat decreased (p = 0.049). Lipid oxidation
supplement⁄ increased (p = 0.06)
15 Galgani and Ravussin Dihydrocapsiate 3 and 9 78 4 weeks X No changes in lipid oxidation or body fat detected
(2010) supplement+
16 Galgani et al. (2010) Capsinoid 1, 3, 6 and 12 13 5 days X No effect on lipid oxidation found
supplement⁄
17 Josse et al. (2010) Capsinoid 10 12 Single " Increases lipid oxidation, decrease in blood free fatty
supplement⁄ meal acids and glycerol (all p < 0.05)
18 Lee et al. (2010) Dihydrocapsiate 3 and 9 33 8 weeks " Increase in fat oxidation (p < 0.05)
supplement+

Key: ", Increase; ;, Decrease; X, No Effect. ⁄


Supplement extracted from CH-19 sweet pepper. +Supplement synthesised using enzymes. ^Supplement origin not stated.

significant loss of abdominal fat in the capsinoid consuming partic- A significant decrease in abdominal fat was seen in a second
ipants (p = 0.049) (Snitker et al., 2009). This was seen even though trial (Kawabata et al., 2006), with an approximately 20% decrease
dosage was relatively low (6 mg/day). It should be noted however, observed between treatment and control groups (p < 0.05). In a
that in both trials despite the increased fat oxidation in partici- more recent trial (Yoneshiro, Aita, Kawai, Iwanaga, & Saito,
pants, body weights did not vary between control and intervention 2012), the participants were divided into those with brown
groups. abdominal tissue (BAT) and those without. Energy expenditure
CAPSICUM ANNUUM

• Diminuição de 74 kcal/refeição (IC


95% 33 - 115 kcal; p < 0,001)
• Sem alteração para IMC
• 0,4 a 33 mg de capsaicinoides
• Dose única ou até 4 semanas

108 M.-J. Ludy et al.

et al. 2009; Smeets and Westerterp-Plantenga 2009; Ludy


and Mattes 2011b) (Tables 1 and 3), many individuals ab-
stain from their consumption due to the sensory burn they
impart. Even among individuals accustomed to ingesting
capsaicin-containing foods, self-perceived high doses of cap-
saicin affect sensory evaluations. For example, when the
taste, smell, and appearance of a capsaicin-rich stir fry (10 g

Downloaded from http://chemse.oxfordjournals.org/


red pepper) was evaluated by Japanese women customarily
consuming spicy foods, hedonic ratings were decreased by
19, 11, and 23 units, respectively, on 100 unit visual analog
scales, whereas hotness was increased by 74 units (Yoshioka
et al. 1998) (Table 1). The sensation of gastric distress elicited
when capsaicin is provided in capsule form presents addi-
tional obstacles to consumption (Lejeune et al. 2003; Belza
and Jessen 2005). Thus, the nonpungent capsaicin analog,
Figure 1 Chemical structures of capsaicin and capsiate vary only at the capsiate, presents an alternative weight management option
center linkage. Capsaicin (top) contains an amide bond between the vanillyl for nonusers or those with limited tolerance of capsaicin-
group and the fatty acid chain, whereas capsiate (bottom) contains an ester
containing foods (Ohnuki et al. 2001; Kawabata et al.
bond. This figure appears in color in the online version of Chemical Senses.
2006; Hachiya et al. 2007; Inoue et al. 2007; Reinbach
et al. 2009; Snitker et al. 2009; Galgani and Ravussin
turnover (Ravussin and Tataranni 1996). The sole study ex- 2010; Josse et al. 2010; Lee et al. 2010) (Tables 2 and 3).

CAPSICUM ANNUUM
Rogers et al., 2018
ZINGIBER OFFICINALE Maharlouei et al, 2018
FIBRAS SOLÚVEIS Am J Clin Nutr 2017;106:1514–28

• 12 estudos (n = 609)
• BMI: - 0.84 (p = 0.001)
• BW: - 2.52 kg (p = 0.004)
Effects of isolated soluble fiber supplementation on body weight, • WC: não significativo
glycemia, and insulinemia in adults with overweight and obesity: a
systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials • BF: - 0.41% (p = 0.001)
Sharon V Thompson,1 Bridget A Hannon,1 Ruopeng An,1,2 and Hannah D Holscher1–3
1
• FPG: - 3.06 mg/dL (p = 0.002),
Division of Nutritional Sciences, and Departments of 2Kinesiology and Community Health and 3Food Science and Human Nutrition, University of Illinois,
Urbana, IL

ABSTRACT INTRODUCTION
• FPI: - 15.88 pmol/L (p = 0.02)
Background: There is strong epidemiologic evidence that dietary Overweight and obesity are substantial public health challenges. A
fiber intake is protective against overweight and obesity; however,

Downloaded from ajcn.nutrition.org


majority of adults in the United States are now overweight or obese
results of intervention studies have been mixed. Soluble fiber ben- (1), and in 2010, excess weight was connected with $316 billion in
eficially affects metabolism, and fiber supplementation may be a health care costs (2). The fiscal impact of overweight and obesity is
feasible approach to improve body composition and glycemia in exacerbated by heightened risks of detrimental physical and mental
adults with overweight and obesity.
Objective: We evaluated randomized controlled trials (RCTs) of
health conditions as well as all-cause mortality (3, 4). Epidemiologic
data have strongly linked dietary fiber consumption with reduced risk
- 2 a 17 semanas
isolated soluble fiber supplementation in overweight and obese
of obesity (5–7). The result of intervention studies, which have
adults on outcomes related to weight management [body mass index
used a range of different types and amounts of fibers, have been
(BMI; in kg/m2), body weight, percentage of body fat, and waist
circumference] and glucose and insulin metabolism (homeostasis
mixed but have generally shown body-composition and meta-
bolic improvements (8–14).
- 3 a 34 g/dia
model assessment of insulin resistance and fasting insulin)
In May 2016, the Food and Drug Administration issued a defi-
through a systematic review and meta-analysis.

J Med Food 16 (6) 2013, 529–537


MERATRIM® • SPHAERANTHUS INDICUS + GARCINIA MANGOSTANA

HERBAL FORMULATION FOR WEIGHT MANAGEMENT 533

Table 3. Reduction in Body Weight, Body Mass Index, Waist Circumference, Hip Circumference,

• n = 100 (IMC: 30 a 40)


and Waist to Hip Ratio in the Herbal Blend and Placebo Groups at 2, 4, and 8 Weeks

Parameters Weeks Placebo (n = 46) Herbal blend (n = 49) Net reduction a,b
P value
Reduction in body weight (kg) 2
4
0.8 – 0.1
0.9 – 0.1
2.0 – 0.1
3.1 – 0.2
1.3
2.3
(1.6%)
(2.8%)
< .0001*
< .0001* • 400 mg (3% de 7-
8 1.5 – 0.2 5.2 – 0.3 3.8 (4.6%) < .0001*
Reduction in BMI (kg/m2) 2
4
0.3 – 0.1
0.4 – 0.1
0.8 – 0.1
1.3 – 0.1
0.5
0.9
(1.5%)
(2.7%)
< .0001*
< .0001*
hidroxifrulanolideo + 2%
Reduction in waist circumference (cm)
8
2
0.6 – 0.1
0.6 – 0.6
2.2 – 0.1
4.2 – 0.5
1.6
3.5
(4.6%)
(3.6%)
< .0001*
< .0001* de alfa-mangostina),
4 4.0 – 0.7 7.7 – 0.7 3.7 (3.7%) < .0001*
8 6.0 – 0.8 11.9 – 0.7 5.9 (6.0%) < .0001* antes do café da manhã e
Reduction in hip circumference (cm) 2 0.9 – 0.5 2.6 – 0.4 1.6 (1.4%) .01*
4
8
1.2 – 0.5
3.1 – 0.6
3.5 – 0.5
6.3 – 0.5
2.3
3.2
(2.0%)
(2.7%)
.002*
.0001* jantar, por 8 semanas
Reduction in waist to hip ratio 2 0.0 – 0.01 0.02 – 0.01 0.02 (2.3%) .02*
4
8
0.03 – 0.01
0.03 – 0.01
0.04 – 0.01
0.06 – 0.01
0.01
0.03
(1.2%)
(3.5%)
.1
.00*
• Medidas antropométricas,
Values represent mean – SEM.
*Significant difference between the herbal blend and placebo group.
metabólicas e
Net reduction = herbal blend minus placebo.
hematológicas
a

b
Numbers in parentheses represent the % net reduction from baseline for the herbal group.

in Table 3. Supplementation with the herbal blend resulted herbal supplementation (109.3 mg/dL vs. 95.9 mg/dL, P = .01;
in net decreases (P < .0001) in waist and hip circumferences Table 4).
of 5.9 and 3.2 cm, respectively, at the end of the study. This
corresponds to a 6.0% reduction in waist and a 2.7% re- Assessessment of IWQOL
duction in hip size versus baseline. It was also found that the
net impact of the herbal blend on waist and hip circumfer- Figure 5 summarizes changes in mean scores from base-
ence was statistically significant as early as 2 weeks of line for four areas of functioning. Results suggest a significant
supplementation (reduction = 3.5 cm, P < .0001 and 1.6 cm, improvement in physical function and self-esteem in the

RECUPERAÇÃO PÓS-EXERCÍCIO,
ANALGÉSICOS E ANTI-INFLAMATÓRIOS
CURCUMA LONGA
CURCUMA LONGA

• Desfechos significativos de redução


de marcadores inflamatórios e
dano muscular induzido por
exercício
• 150 mg - 2,5 g, imediatamente
após o exercício e/ou durante 3
dias no pós-treino.
• Estudos com grande
heterogeneidade entre si
• Posologia
• Tipo de IFAV

Fernández-Lázaro et al., 2020


CURCUMA LONGA

• Desfechos significativos de redução


de marcadores inflamatórios e
dano muscular induzido por
exercício
• 150 mg - 2,5 g, imediatamente
após o exercício e/ou durante 3
dias no pós-treino.
• Estudos com grande
heterogeneidade entre si
• Posologia
• Tipo de IFAV

Fernández-Lázaro et al., 2020


ZINGIBER OFFICINALE
ZINGIBER OFFICINALE

Wilson, 2015
ZINGIBER OFFICINALE

• 2 g/d (pó), 1 a 2 semanas


• Redução moderada da dor muscular decorrente de exercício
de resistência excêntrica
• Especialmente em indivíduos não treinados
• 2 g/d (pó), por 5 dias
• Dores decorrentes de corridas prolongadas
• 4 g/d (pó), 5 dias
• Pode acelerar recuperação da força muscular após treino de
resistência
• Dose única
• Não apresentou benefícios sobre dor, TMB, VO2, aumento de
força isométrica, composição corporal, percepção de esforço
• Uso crônico
• Hipoteticamente, pode reduzir a resposta inflamatória do
exercício
• Efeito desconhecidos
Wilson, 2015

BOSWELLIA SERRATA
BOSWELLIA SERRATA Yu et al., 2020
BOSWELLIA SERRATA Yu et al., 2020
BOSWELLIA SERRATA Yu et al., 2020
BOSWELLIA SERRATA Yu et al., 2020
FITOTERÁPICOS COM ALEGAÇÃO
DE EFEITO HORMONAL

TRIGONELA FAENUM-GRAECUM
PLANTAS COM EFEITOS HORMONAIS
TRIGONELLA FAENUM-GRAECUM

• Extrato de
fenogrego (50% de
trigofenosídeos)
• 300 mg, 2x/dia,
por 8 semanas

Wankhede et al., 2016 Errata para unidade de concentração da testosterona: pg/dl


OUTROS PRODUTOS

• Espécies com alegação de efeitos androgênicos:

• Tribullus terrestris • Bulbine natalensis


• Mucuna pruriens • Brassaiopsis glomerulata
• Lepidium meyenni (maca peruana) • Tulbaghia violacea
• Ajuda turkestanica • Coleus forskohlii
• Cyanotis vaga • Panax ginseng
• Euricoma longifolia (Long Jack) • Ginger
• Fadogia agrestis • Paederia foetida
• Basella alba • Hibiscus macranthus
• Bryonia laciniosa • Pedalium murex

USO PRINCIPAL NO
ESPÉCIE MARCADOR PADRONIZAÇÃO (BRA) DOSE DIÁRIA DO MARCADOR
EXERCÍCIO
8 a 16 mg de ginsenosídeos
Panax ginseng Ginsenosídeos 10 a 27% Adaptógeno
totais
15 a 30 mg de witanolídeos
Withania somnifera Witanolídeos 5% Adaptógeno
totais
Gingerois e 2 a 4 g (pó) ou 16 a 32 mg de DMT /
Zingiber officinale 5% (gingerois)
shogaois gingerois Termogênese /
Capsicum annuum Capsinoides 40% 6 a 12 mg de capsinoides Estimulante
50 a 95% de catequinas /
Camellia sinensis Catequinas 125 a 800 mg de catequinas Estimulante
90 a 95% de EGCG
Rosavinas e 2 a 4% de rosavina a 1%
Rhodiola rosea 8 a 16 mg de rosavina Adaptógeno
salidrosídeos de salidrosídeo
- Quercetina ≥ 90% 600 mg Ergogênico

Boswellia serrata Ácidos bosvélicos 70% de AKBA 240 a 400 mg Anti-inflamatório


DMT / Anti-
Curcuma longa Curcumina ≥ 80% 500 a 4.000 mg
inflamatório
MENSAGENS FINAIS
VALEU! =)
@LEANDROMEDEIROSPROFESSOR

Você também pode gostar