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ISSN: 2238-8451
ANAIS
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Catalogação na Fonte
Comissão Técnica do Sistema Integrado de Bibliotecas Regionais (SIBRE),
Universidade Estadual de Goiás
C882s
Congresso de Educação (7. : 2017 : Iporá, GO). Seminário de Estágio (8. : 2017 : Iporá, GO).
Encontro do PIBID (5. : 2017 : Iporá, GO).
Anais do 7 Congresso de Educação: Estado, diversidade e direitos humanos na educação.
/ Diego Tarley Ferreira Nascimento, Gustavo Augusto Moreira Guimarães, Flávia Damacena
Sousa Silva, Alex Batista Moreira Rios, organizadores. – Iporá, GO: Universidade Estadual de
Goiás, 2017.
882 p.
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781. Educação – Congressos – Universidade Estadual
de Goiás. 2. Iniciação científica – Congressos. 3. Pesquisa – Congressos. 4.
Universidade Estadual de Goiás. I. Nascimento, Diego Tarley Ferreira. II. Guimarães,
Gustavo Augusto Moreira. III. Silva, Flávia Damacena Sousa. IV. Rios, Alex Batista
Moreira. VI. Título.
CDU 37
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APRESENTAÇÃO
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OBJETIVO GERAL
Contribuir na formação de profissionais da educação éticos a partir da análise
crítica sobre as reformas políticas e sociais recentes (2015, 2016...), implantadas ou em
fase de implantação no Brasil, que alteram a identidade docente, influenciam a dinâmica
pedagógica da educação básica, promovem a transformação das escolas e do perfil
discente do ensino básico e, logo, nos fazem (re)pensar os cursos de Formação de
Professores no Brasil.
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PROGRAMAÇÃO
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ÁREAS DO CONHECIMENTO
Ciências Biológicas
Geografia
História
Letras
Matemática
Pedagogia
Química
Outros (especificar)
EIXOS TEMÁTICOS
Avaliação e o trabalho docente
Políticas públicas educacionais
Formação de professores
A epistemologia da ciência educacional
Inclusão na perspectiva da educação especial
Metodologia e práticas de ensino
Educação do campo/para o campo
Gênero, sexualidade e educação
As abordagens da educação ambiental
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COORDENAÇÃO GERAL
Profa. Ma. Paula Junqueira da Silva (UEG Câmpus Iporá)
Prof. Me. Dylan Ávila Alves (IFGOIANO – Câmpus Iporá)
Química
Aline Mendonça Pascoal
Geize Kelle Nunes Ribeiro
Erika Crispim Resende
Geografia
Cláudia do Carmo Rosa
Cleyton Normando da Fonseca
Daniel Mallmann Vallerius
Luan do Carmo da Silva
Manoel Victor Peres Araújo
Priscylla Karoline de Menezes
Régis Rodrigues de Almeida
História
Madalena Dias Silva Freitas
Leonardo Venícius Parreira Proto
João Paulo de Paula Silveira
Letras
Kaio José Silva Maluf Franco
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Matemática
Calebe Martes de Andrade
Aline Carvalho Queiroz
Claudimary Moreira da Silva Oliveira
Eliezer Pires Ferreira
Pedagogia
Elaine Regina da Silva
Dhego Ramon dos Santos
Ricardo Silvério Gomes Pinheiro
Vania Gomes Cardoso
Daniela Soares Rodrigues
Kenia Cristina Bueno
Maralinda Alves de Oliveira
Cleuza Helena Ferreira Alves Coelho
Wilcker Macc Fernandes
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SUMÁRIO
OFICINAS (RESUMOS)
Título Autores Página
EDUCAÇÃO, DEMOCRACIA E DIREITOS Saulo Ferreira Reis; Ludimila Lelis 26
HUMANOS: UMA HISTÓRICA DAS POLÍTICAS Ataídes
PÚBLICAS E DOS DIREITOS CIVIS
FORMANDO GUARDIÕES DE SEMENTES Estenio Moreira Alves; Lucas Jorge 27
CRIOULAS A PARTIR DE ESTUDANTES dos Santos; Jéssica Lorraine Sales
CAMPONESES Silva; Maristela Aparecida Dias;
Flavio Lopes Claudio
EDUCAÇÃO NUTRICIONAL: RESGATANDO A Vania Sardinha dos Santos Diniz; 28
CULTURA ALIMENTAR Adriane da Silveira Gomes
CURSINHOS POPULARES: DESAFIOS DA João Paulo Francisco de Souza 29
DEMOCRATIZAÇÃO DO ENSINO EM GRUPOS
MARGINALIZADOS
EDUCAÇÃO E INCLUSÃO SOCIAL: RELAÇÕES Davillas Newton de Oliveira Chaves 30
ENTRE ESCOLA, MERCADO DE TRABALHO E
BEM-ESTAR SOCIAL
UM DIÁLOGO ENTRE A GEOMETRIA E A NASCIMENTO, W. L.; MELO, H.F.; 31
ÁLGEBRA POR MEIO DA GEOMETRIA OLIVEIRA, W.S.; SIQUEIRA,
FRACTAL G.R.F.; CAVALCANTE, I.
FORMAÇÃO DOCENTE EM QUÍMICA: Claudio Roberto Machado Benite; 32
ESTUDOS SOBRE A EXPERIMENTAÇÃO Gustavo Nobre Vargas.
NUMA PERSPECTIVA INCLUSIVA
ROBÓTICA EDUCACIONAL ALIADA AO Ricardo Silvério Gomes Pinheiro 33
ENSINO DE CIÊNCIAS
DISCUTINDO SOBRE EDUCAÇÃO Valdir Specian 34
AMBIENTAL: IDEOLOGIAS E AÇÕES
A EJA E SUAS RELAÇÕES COM A Elaine Regina da Silva; Wilian 35
UNIVERSIDADE Gomes Gonçalves
RECICLANDO MATERIAIS ESCOLARES: UMA Eliane Teodoro Coimbra Pareja 36
REFLEXÃO À PRÁTICA DOCENTE
QUE CONTRIBUIÇÕES PODEMOS Homeilton José Oliveira 37
ENCONTRAR NO MÉTODO DE TALES DE
MILETO E ALBERT EINSTEIN PARA O ENSINO
DE CIÊNCIA E MATEMÁTICA
SEQUÊNCIA DIDÁTICA PARA UMA PRÁTICA Elisa Regina da Cruz; Thiago Rocha; 38
EM CLIMATOLOGIA GEOGRÁFICA Washington Silva Alves
TÉCNICAS DE ESCRITA CIENTÍFICA Antônio dos Anjos 39
PRÁTICAS LABORATORIAIS NO ENSINO DE Jamira Dias Rocha; Beatriz Souza 40
BIOLOGIA Martins
ANÁLISE DE LIVROS DIDÁTICOS Silvaci Gonçalves Santiano 41
Rodrigues; Jackeline silva Alves;
Hyago Ernane Gonçalves Squiave;
Tatiane Rodrigues de Souza
O CONTEXTO SOCIAL DO BRASIL PÓS-GOLPE Tiago Basílio Donoso; Fernando 42
Lionel Quiroga
O USO DE JOGOS COMO RECURSO DIDÁTICO Liliam de Oliveira 43
PARA A MELHORA DA COMPETÊNCIA
COMUNICATIVA
CARTOGRAFIA TÁTIL: UMA PROPOSTA Diego Tarley Ferreira Nasciomento; 44
INCLUSIVA Karine da Mata Araújo
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CORREÇÃO DE TEXTOS COMO PRÁTICA DE Eduardo Dias; Jane Cleide Dantas; 166
ESTÁGIO: POSSÍVEIS CONTRIBUIÇÕES PARA Raquel Pereira Gonçalves; Cleisa
A FORMAÇÃO DO ESTAGIÁRIO DO CURSO DE Maria Coelho Braga
LETRAS
O MATERIAL DIDÁTICO COMO IMPORTANTE Flavianne Alecrim de Souza; Haloana 167
FATOR NA PRODUÇÃO DE MINICONTOS Moreira Costa; Jarlene Ramos Soares
Souza; Cleisa Maria Coelho Braga.
RESUMOS EXPANDIDOS
Título Autores Página
BRIÓFITAS E EDUCAÇÃO: CONSIDERAÇÕES Rafael Cardoso Lourenço dos Anjos; 169
SOBRE COMO A BRIOFLORA É ABORDADA Alex Batista Moreira Rios
NA COLEÇÃO DIDÁTICA DE CIÊNCIAS
UTILIZADA PELAS ESCOLAS PÚBLICAS DO
MUNICÍPIO DE IPORÁ-GO
PROJETO ADOLESSER: CONSTRUINDO Flávia Damacena Sousa Silva; 175
EXPERIÊNCIAS SOBRE TEMÁTICAS DA Amanda Rodrigues de Araujo; Ana
ADOLESCÊNCIA Paula Silva Machado; Cálita Souza
Guimarães; Gleiciene Lourenço
Soares; Handressa Sobrinho Sousa;
Jaine Aparecida Fagundes da Silva
Soares; Laisa Lana Silva Machado;
Lara Karolina Alves Tavares; Millena
Oliveira Duarte; Talita Lorraine
Delfina Silva Sousa; Vanessa Veloso
Machado
O ENSINO DA REFORMA AGRÁRIA NO Sirléia Rodrigues Xavier; Meire 181
ENSINO FUNDAMENTAL II EM UMA ESCOLA Cristina Ribeiro Silva
ESTADUAL DO MUNICÍPIO DE IPORÁ-GO
AGROTÓXICO E MEIO AMBIENTE: Gleida Gutielle da Silva Melo; Murilo 185
REFLEXÃO-AÇÃO-FORMAÇÃO A PARTIR DOS Mendonça Oliveira de Souza.
IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DOS
PRODUTOS AGROQUÍMICOS NO CERRADO
A MÚSICA COMO RECURSO DIDÁTICO NAS Lindavane da Silva Miranda; 191
AULAS DE GEOGRAFIA Priscylla Karoline de Menezes
CONTRIBUIÇÕES E DESAFIOS DO/NO Daniella Santos Barbosa; Katyuce 196
PROGRAMA DE FORMAÇÃO DE Silva; Vinicius Bueno Magalhães;
PROFESSORES DE GEOGRAFIA EM IPORÁ: Paula Junqueira da Silva
UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DE EX-
BOLSISTAS PIBID
LITERATURA E HISTÓRIA: DIÁLOGOS Eva Thais Oliveira Alves; Maria 204
POSSÍVEIS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA Geralda Moreira
AFRICANA NAS ESCOLAS
UMA BREVE ANÁLISE HISTÓRICA E Juliana de Sousa Ávila Miwa; 209
CULTURAL DA FESTA DE NOSSA SENHORA Cezamar Martins; Alberany Euclênio
AUXILIADORA EM IPORÁ-GO E da Silva; Pedro Cláudio Rosa
VALORIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO NO ENSINO
EM IPORÁ
O LUGAR DA FAMÍLIA NO PROCESSO DE Alessandra Daielle de Ávila Silva 214
ENSINO-APRENDIZAGEM: REFLEXÕES A Ribeiro; Maressa Carolina Lopes
PARTIR DO CENTRO DE ENSINO EM PERÍODO Faria; Regiane Cândido da Silva
INTEGRAL OSÓRIO RAIMUNDO DE LIMA Barbosa; Vânia Moreira da Silva.
(IPORÁ, GOIÁS).
O ENSINO DE HISTÓRIA: OS QUADRINHOS Santiago Pereira Teles; Maria Geralda 218
COMO RECURSO DIDÁTICO Moreira
A BENZEÇÃO COMO PATRIMÔNIO Aline Beatriz Xavier dos Santos; 224
CULTURAL Divino Tayrone Alves Ribeiro;
Lorena da Penha Ribeiro Oliveira;
Tânia Estêvão Aguiar
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ENSINO DE ZOOLOGIA NO ENSINO MÉDIO: Loraine Oliveira Dias; Maria Luisa 307
ENTRE PRÁTICAS DE ENSINO POSSÍVEIS E Dias Batista; Flávia Damacena Sousa
PRÁTICAS DE ENSINO REALIZADAS Silva.
ADOLESCÊNCIA, SEXUALIDADE E GRAVIDEZ Andressa Rodrigues de Carvalho da 316
NA VISÃO DOS ALUNOS DO ENSINO Silva; Flávia Damacena Sousa Silva;
FUNDAMENTAL Ueslene Maria Ferreira Pontes.
OS ESTAGIÁRIOS DE BIOLOGIA SOB A Érika Cristina Soares Valadão; 327
PERSPECTIVA DE ALUNOS DE ENSINO Ueslene Maria Ferreira Pontes
MÉDIO EM UM COLÉGIO PÚBLICO DA REDE
ESTADUAL DE EDUCAÇÃO.
VIVA BEM, VIVA LEVE Maria Luisa Dias Batista; Loraine 337
Oliveira Dias; Amanda Rodrigues
Araújo; Mauricio Costa Pereira
Menezes; Flávia Damacena Sousa
Silva; Juliane Pereira de Santana
Peres.
COMO SE DÁ RELAÇÃO DO PROFESSOR Ana Paula Ferreira Vieira; 345
REGENTE, PROFESSOR DE APOIO E ALUNO Ramonielly Malaquias de Deus;
COM DEFICIÊNCIA Marlucia Marques
UTILIZAÇÃO DE INSTRUMENTOS DIDÁTICOS Gédina Cássia Martins Ribeiro. 354
NO ENSINO DE GEOGRAFIA.
INDISCIPLINA NA ESCOLA: DESAFIOS DA Vanúbia de Oliveira; Katyuce Silva; 361
PROFISSÃO DOCENTE Marlúcia Marques.
A ARTE NA CONSTRUÇÃO CRÍTICA DA Ana Paula Saragossa Corrêa 369
EDUCAÇÃO AMBIENTAL: EXPERIENCIAS E
EXPERIMENTAÇÕES
ESTÁGIO SUPERVISIONADO E SUA Camila dos Anjos da Silva; Vinicius 378
CONTRIBUIÇAO PARA FORMAÇÃO Bueno(s); Divino José Lemes de
PROFISSIONAL Oliveira
RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO NA ESCOLA Daniella Santos Barbosa; Sara 386
DE EDUCAÇÃO BÁSICA: INFLUÊNCIAS NO Oliveira Borges; Edna Mª Ferreira de
PROCESSO DE APRENDIZAGEM Almeida
Storytelling NA educação ambiental O caso do filme João Batista da Silva Oliveira 394
avatar
PIBID GEOGRAFIA: EXPERIÊNCIA DE Leidiane Critina Monteiro Silva, 405
FORTALECIMENTO DA FORMAÇÃO Luana Cândido de Sousa
DOCENTE
O JOVEM DO CAMPO E AS MÚLTIPLAS Priscylla Karoline de Menezes 416
CONDIÇÕES DE ENSINAR GEOGRAFIA
A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO PROCESSO DE Aline Dias Cabral; Deborah Luiza 424
ENSINO APRENDIZAGEM ESCOLAR Silva; Renan Costa Pereira; Renata
Martins de Almeida Santana; Yasmin
Francielly da Silva Barbosa;
Orientadora Paula Junqueira da Silva
APLICAÇÃO DE UM PROTOCOLO DE Thiago Rocha, Gustavo Zen de 433
AVALIAÇÃO RÁPIDA (PAR): UMA PROPOSTA Figueiredo Neves, Daiane Ferreira
DE ATIVIDADE DE ENSINO E PESQUISA Batista, Valdir Specian
CONTRIBUIÇÕES E DESAFIOS DO/NO Daniella Santos Barbosa; Katyuce 444
PROGRAMA DE FORMAÇÃO DE Silva; Vinicius Bueno Magalhães;
PROFESSORES DE GEOGRAFIA EM IPORÁ: Patrícia Tavares dos Anjos; Paula
UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DE EX- Junqueira da Silva
BOLSISTAS PIBID
PROJETO REUTILIZAR BRINCANDO: Adriana Alves de Souza Lopes; 452
PRODUZINDO BRINQUEDOS E CUIDANDO DO Andressa Oliveira Silva; Yasminy
MEIO AMBIENTE Carolina Araújo de Souza; Paula
Junqueira da Silva
PROJETO JORNAL E A PERSPECTIVA DA Jéssica Queiroz Paranaiba; Deíse 463
QUALIDADE DA ESCOLA DE TEMPO Vilela Bueno; Paula Junqueira da
INTEGRAL EM IPORÁ Silva, Suellen Marçal
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FEIRA LIVRE: UMA PROPOSTA Gizelle dos Santos Galdino; Adriano 468
METODOLÓGICA PARA O ENSINO DE de Sousa; Geovana Fernandes
GEOGRAFIA Macêdo; Mônica Iarina Fabiano
Lacerda; Paula Junqueira da Silva
O USO DE MAPAS MENTAIS NA CONCEPÇÃO Mainara da Costa Benincá; Hyago 478
DE CAMPO COM ALUNOS DO COLÉGIO Ernane Gonçalves Squiave
MILITAR DE GOIÁS NESTÓRIO RIBEIRO
O USO DE MAPAS MENTAIS NA CONCEPÇÃO Hyago Ernane Gonçalves Squiave; 488
DE CAMPO COM ALUNOS DO COLÉGIO Mainara da Costa Benincá
ESTADUAL MARIA BARRETO
ECONOMIA SOLIDARIA UMA REALIDADE DA Juliana Anastacio Silva Guerra; Dalva 499
SOCIEDADE IPORAENSE Conceição da Silva; Renato Cardoso
Castro; Neivan Souza Muniz; Sabrina
Carlindo Silva
DESCOLONIZANDO IDEIAS: O SUBPROJETO Maria Geralda de Almeida Moreira 506
DO PIBID DE HISTÓRIA E A TEMÁTICA
INDÍGENA
PELAS LENTES DA MICRO-HISTÓRIA: A Mayke Rogerio Ferreira Leite 515
SIMBOLOGIA DOS PORCOS NA IDADE MÉDIA
CORREÇÃO DE TEXTOS COMO PRÁTICA DE Eduardo Dias; Jane Cleide Dantas; 526
ESTÁGIO: POSSÍVEIS CONTRIBUIÇÕES PARA Raquel Pereira Gonçalves; Cleisa
A FORMAÇÃO DO ESTAGIÁRIO DO CURSO DE Maria Coelho Braga
LETRAS
COMO DESENVOLVER O INPUT E O OUTPUT Laurianne Guimarães Mendes; 535
EM SALA DE AULA Angela Maria Leonel Ferreira Moura
O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA Milton Lopes de Souza Júnior; Maria 543
ADULTOS ATRAVÉS DE QUESTÕES DE Piedade Feliciano Cardoso
CONCURSOS
A CORREÇÃO DE ERROS EM AULAS DE Daniela Cristine Alves Franco; 549
LÍNGUA INGLESA: ENFOQUE NA PRODUÇÃO Angela Maria Leonel Ferreira Moura
ORAL
A LEITURA COMPARTILHADA COMO Ranieri Serrano da Silva; Maria 559
ALTERNATIVA PARA REPARAR DÉFICIT DE Piedade Feliciano Cardoso;
LEITURA NO 9º ANO DA ESCOLA CAMPO
A IMPORTÂNCIA DA CORREÇÃO DE TEXTOS Bárbara Ninária Miranda Machado 566
DISSERTATIVOS ARGUMENTATIVOS PARA O Menezes; Cleisa Maria Coelho Braga;
APRENDIZADO DOS ALUNOS Débora Ferreira Amorim; Ludymyla
Maria Silva Borges Morais
A RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO E SUA Alline Franciele Bento De Souza; 574
INFLUÊNCIA NO PROCESSO DE Daiany Ferreira Da Silva; Rayka
APRENDIZAGEM DOS ALUNOS DE ESCOLA Belliny Barbacena da Silva; Cleisa
PÚBLICA Maria Coelho Braga
O MATERIAL DIDÁTICO COMO IMPORTANTE Flavianne Alecrim de Souza; Haloana 584
FATOR NA PRODUÇÃO DE MINICONTOS Moreira Costa; Jarlene Ramos Soares
Souza; Cleisa Maria Coelho Braga.
CONTRIBUIÇÕES DA MODELAGEM Nídia de Melo e Silva; Claudimary 592
MATEMÁTICA PARA O ENSINO DE Moreira Silva Oliveira; Aline
ESTATÍSTICA Carvalho Queiroz
O LABORATÓRIO DE ENSINO DE Irandy Barbosa Sousa; Rafael Pereira 603
MATEMÁTICA: POTENCIALIDADES E Gonçalves; Claudimary Moreira Silva
POSSIBILIDADES PEDAGÓGICAS Oliveira.
A MATEMÁTICA DO TEMPO PERDIDO Raiane Silva Lemes; Hellen Xavier 609
da Silva
CONTRIBUIÇÕES DO ESTÁGIO Klene Pereira da Silva; Carlos 621
SUPERVISIONADO NA FORMAÇÃO DOCENTE: Henrique Paula Almeida; Claudimary
A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE Moreira Oliveira
PROFISSIONAL
HISTÓRIA DA MATEMÁTICA NO PROCESSO Evanya Karla Lemes Silva, Sara Paes 632
DE ENSINO/APRENDIZAGEM DE Nascimento da Silva, Claudimary
MATEMÁTICA
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DO TRABALHO DE ENSINO AO ENSINO COMO Núbia Cristina dos Santos Lemes 832
TRABALHO
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RESUMO
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O presente trabalho tem como objetivos apontar, debater e refletir sobre os principais
caminhos a serem percorridos pelos profissionais da educação e pelas instituições de
ensino básico e superior brasileiras, como forma de contribuir com a formação de novos
docentes centrados em seus papeis socioeconômicos e políticos dentro do contexto
regional ao qual estão inseridos, oportunizando aos mesmos uma análise sobre políticas
públicas, teorias pedagógicas e projetos políticos na luta contra o subdesenvolvimento e
na formação cidadã idealizada pelos defensores do progresso econômico associado aos
investimentos nas áreas da educação, ciência e cultura. Para isso, serão abordados fatos
históricos que servirão como elementos norteadores do modelo aqui apresentado. Espera-
se contribuir de forma reflexiva com a formação de futuros profissionais da educação que
atuarão no âmbito da região do Oeste Goiano e proximidades, dando enfoque a
possibilidades e caminhos já percorridos ao longo do processo histórico empírico e teórico
em busca de melhorias na vida dos cidadãos.
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RESUMO
Esta oficina abordará aspectos básicos sobre robótica, com foco na sua
aplicação educacional por meio da tecnologia do Arduíno. Apresentaremos o conceito de
robôs, sua classificação, pesquisas em robótica educacional no Ensino de Ciências e os
kits robóticos. O principal objetivo desta oficina é apresentar os conhecimentos de
robótica, bem como aqueles relacionados à eletrônica, para que os participantes possam
confeccionar circuitos simples utilizando kit arduíno, sendo esses circuitos relacionados
ao Ensino de Ciências. Apresentaremos a robótica educacional baseada na aprendizagem
colaborativa e cooperativa, numa perspectiva piagetiana. Adotaremos o procedimento
metodológico teórico-prático, onde no início serão apresentados os conceitos, kits,
pesquisas e as orientações básicas para confecção de um robô. A segunda etapa se dará
com a confecção do robô pelos participantes sob orientação dos oficineiros. Utilizaremos
dois kits robóticos, devendo a turma ser dividida em dois grupos. Cada grupo vai
confeccionar um robô que possibilite o ensino de conceitos da Química, Biologia, Física
e Matemática, portanto os grupos serão divididos de forma que tenham profissionais de
todas as áreas citadas em ambos. Terminado o robô, cada grupo vai apresentar o seu e
explicar quais conhecimentos podem ser abordados em sala de aula por meio do objeto
confeccionado. Buscaremos estimular os grupos a confeccionarem um robô onde os
conceitos possam ser abordados de forma interdisciplinar. A formação dos grupos ainda
faz jus ao que se denomina por aprendizagem colaborativa, isto é, o trabalho em conjunto
de forma que todos contribuam igualmente e participem simultaneamente na confecção
de todas as partes. Esperamos com essa oficina estimular os professores em atuação e
aqueles em formação a buscarem por métodos diferentes que motivem os alunos no ensino
das Ciências e possam assim promover a aprendizagem dos mesmos. A robótica
educacional será apresentada como recurso tecnológico de baixo custo aliado ao ensino,
e que é de fácil montagem, acesso e uso em sala de aula.
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RESUMO
Dentre os problemas urbanos das últimas décadas, pode-se considerar que o
“lixo” tem se destacado com o aumento dos resíduos sólidos e orgânicos, que todos os
dias são descartados pelos moradores da cidade. O lixo é um problema relativamente
recente, uma vez que algumas décadas era basicamente constituído por resíduos orgânicos
que retornando ao solo se decompunham naturalmente integrando novamente ao ciclo da
vida. Mas, com o desenvolvimento dos produtos industrializados, com o surgimento das
embalagens descartáveis e a mudança no habito do ser humano e isso ocorre também no
ambiente escolar. E a produção de lixo vem aumentado dialeticamente. Pensando nesta
questão, a presente oficina tem como objetivo: Leva-los a refletir sobre pontos
importantes como desperdício, consumo desenfreado, reaproveitamento, e principalmente
a Reciclagem de alguns Materiais Escolares. Que destino dar a estes materiais? Assim,
pretende-se mostrar aos docentes que é possível transformar lixo em utilidades para o
ambiente escolar, levando-os a refletir e partir para a ação, reciclando materiais escolares,
buscando a melhor forma de descartá-lo e disseminando estes conhecimentos para a
comunidade. Espera-se que após essa oficina o docente poderá realizar uma análise dos
materiais que podem ser reciclados no âmbito escolar. Diante do exposto, essa oficina
quer proporcionar a comunidade docente das escolas municipais, escolas estaduais de
Iporá e região, uma breve analise e reflexão sobre os benefícios que a separação do
material reciclável pode trazer a comunidade. Tendo como especificidades orientar sobre
a pratica seletiva do lixo, oferecendo a comunidade escolar um melhor conhecimento
sobre a reciclagem e reutilização de resíduos sólidos e orgânicos, que são diferentes em
suas composições infelizmente tem mesmo destino o aterro sanitário.
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RESUMO
Em um primeiro momento, percebe-se com alguma facilidade que o golpe
executado no Brasil tinha como finalidade impor à força a agenda neoliberal. Sem que
essa constatação deixe de ser verdadeira, ela, no entanto, encobre outra perspectiva, talvez
mais frutífera para o entendimento do país. Aliás, não é incorreto dizer que a agenda
econômica do PT, no poder por três mandatos consecutivos, também teve seu viés
neoliberal - o que desde o início demonstra a fragilidade de nossa premissa, a de um golpe
para o neoliberalismo, sem que contudo ele seja falso: apenas uma das faces de um
problema muito mais sério e invisível. E o que teria ocorrido? Qual a finalidade de uma
crise fabricada, desejada, se a alardeada meta era um país mais economicamente eficiente,
afim ao mercado como instância salvadora da sociedade? A mesma questão se impõe,
quando o pesquisador se detém sobre a ditadura de 1964-1985, em que pese o argumento
de que foi levada a cabo para acalmar o ânimo político e afogar a iminente revolução
socialista. Mas, mais uma vez, os argumentos não condizem com a realidade: o Brasil não
era, como não é, em suas bases, tendente ao socialismo; basta lembrar que, quando o
governo Geisel lançou o II PND, um plano de autonomia estatal e nacional na cadeia de
petróleo, O Estado de São Paulo chegou ao absurdo de declarar que o governo militar
tinha planos de instauração de uma "república socialista soviética do Brasil" (SOUZA,
2017). O que estaria por trás do argumento parcialmente verdadeiro, por um lado, da ânsia
neoliberal e, do outro, do temor "socialista", "comunista" ou "bolivariano"? O que a
leitura do sociólogo Jessé Souza, aliada à empiria da situação brasileira pós-golpe, pode
nos clarear é que temos uma sociedade escravocrata, na qual a elite financeira, que não
está necessariamente no estado mas o alicia sempre, firma-se por um pacto com as classes
médias, dando-lhe alguns privilégios em uma sociedade de escravos. Nossa leitura será
uma forma de debate e problematização dessa questão crucial e invisível, que nos toca a
todos visceralmente, para que possamos mudar os rumos de nosso ideal de nação.
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RESUMO
Esta oficina propõe o uso de jogos como ferramentas lúdicas que envolvam
os educandos nas atividades de língua portuguesa em sala de aula e os auxiliem no
processo de ensino e de aprendizagem no que concerne à apreensão das competências
comunicativas e seus descritores referentes à série em que se encontram. Nossa tarefa
aqui é discutir formas de abordar o ensino tanto da gramática, quanto da leitura e
interpretação de textos. Assim, examinamos relevantes aportes teórico-metodológicos,
motivados por estudos na área da leitura e produção de sentido, com o foco no letramento
linguístico, a partir da transposição didática. Para tal, torna-se relevante ressaltar o papel
fundamental do docente na elaboração de dinâmicas, jogos e atividades de raciocínio para
que eles os alunos possam, seja individualmente, seja em grupo, pensar, repensar e
problematizar conceitos presentes nos conteúdos propostos. Dessa forma, propomos o
uso de atividades lúdicas que envolvam cada um e, depois toda a turma e estimulem o
desafio intelectual de todos, auxiliando não somente a aprendizagem, como também a
socialização dos alunos. Com efeito, nos baseamos nos estudos de Palma; Turazza (2014),
para tratar da competência comunicativa; Kato (1986) para letramento e alfabetização;
Solé (1998) e Kleiman (2004) nos que se refere aos estudos sobre leitura e produção de
sentidos. Por fim, procuramos promover a reflexão a respeito da importância do ensino
de língua portuguesa e da sua contribuição para as demais disciplinas, por meio de jogos
e atividades lúdicas.
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RESUMO
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GT 03 – Formação de Professores
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O UNIVERSO DO AUTISTA
Vilma Maria Soares Rodrigues
Faculdade de Iporá, soares.vilma@outlook.com
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Este trabalho propõe pensar sobre a relação entre docente e discente no que
se refere ao ensino de língua materna, especialmente, sobre a produção de textos com
finalidades específicas. Neste sentido, tange neste trabalho a dificuldade de muitos
docentes no processo de correção de textos produzidos por alunos das modalidades de
Ensino Fundamental e Médio, pois trabalhar com a noção de “erro” no processo de escrita
requer um cuidado especial, principalmente na devolutiva ao aluno. Desta forma,
objetiva-se apresentar recursos para uma abordagem pedagógica de produção e correção
textual que contribua para sanar esses problemas supracitados. Para tanto, valer-se-á dos
pressupostos teóricos do campo da Análise do Discurso de linha francesa (AD),
especialmente os trabalhos de Mikhail Bakhtin (1986;1992), em interface com a área da
Linguística Textual (LT), apresentada por Koch (2009), Marcuschi (2005;2012) e
Therezo (2005). O percurso metodológico que norteia a discussão se baseia em apresentar
brevemente o arcabouço teórico-metodológico da AD e da LT, aplicar tais conhecimentos
adquiridos em formato de estudo de caso e realizar um feedback conjuntamente. Assim,
as ideias tratam de compreender a função social, cultural e política de determinados
gêneros do discurso bem como as relações existentes com a constituição da materialidade
do texto, tais como os elementos de formalidade gramatical, tema, organização de ideias,
coesão textual, propostas de intervenção, entre outras.
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Educação do Campo está entre os temas recentes e atuais discutidos por parte
de nossa sociedade. As universidades brasileiras têm buscado abordar a temática por meio
de cursos de licenciatura em Educação do Campo, eventos científicos, disciplinas etc.
Pensar a Educação do Campo significa pensar também, o campo brasileiro e o país como
um todo. O uso do termo “do campo” remete a propostas que não se trata de mera
educação urbana no campo. Vai além, pois, esta advém das reivindicações dos
movimentos sociais. Assim, se trata de uma proposta educacional pensada de baixo para
cima e não o oposto. Sabemos que tal educação deve ser pensada a partir das necessidades
dos sujeitos que alí vivem, de maneira a respeitar sua cultura e modo de vida. Contudo, o
campo apresenta perdas acentuadas de escolas nos últimos decênios, em virtude da
ausência e/ou ineficácia das políticas públicas, pois, tanto a educação como a escola no/do
campo apresenta gritantes desigualdades, quando comparados à cidade. Na maioria das
escolas localizadas na zona rural, não há investimentos e valorização, ademais, a maioria
das unidades escolares está localizada em locais de difícil acesso, sendo, portanto, uma
justificativa para o baixo atendimento na oferta de ensino no campo. Assim, buscamos
questionar: Qual é a realidade educacional dos povos do campo? Temos uma Educação
no/do campo que valoriza os sujeitos que alí vivem? Como e quais as ações que estão
sendo implementadas? Por quê ainda temos uma Educação precária no campo? Qual será
o futuro das escolas e Educação no/do Campo? Para estas e demais indagações que
eventualmente surjam propõe-se a discussão com base em autores como: (ARROYO
1999, CALDART 2000, FERNANDES 2004, LEITE 2003, MOLINA 2012, MUNARIM
2010). Assim, encaminhamos a proposta de discussão intitulada EDUCAÇÃO NO/DO
CAMPO: Realidades e perspectivas, a qual visa discutir a temática no GT 07 - Educação
do Campo para o Campo. Para este GT foram convidados 6 participantes que auxiliarão
na coordenação. Inicialmente faremos uma breve contextualização sobre a temática de
maneira mais generalizada, em seguida, a turma será organizada em três ou mais grupos
para refletir sobre algumas questões que balizarão as discussões. Disponibilizaremos um
texto científico para que os participantes possam dialogar em grupo sobre a temática
central. Ao final cada grupo compartilhará suas reflexões. Como resultado, esperamos
que os participantes possam compreender sobre a realidade e perspectivas da Educação
no/do Campo e encaminhar proposições.
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¹Instituto Federal Goiano, Campus Iporá; e-mail: vania.diniz@ifgoiano.edu.br; 2Instituto Federal Goiano,
Campus Iporá; e-mail: adriane.gomes@ifgoiano.edu.br
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Figura 1. Objeto Educacional confeccionado para trabalhar a localização dos estados brasileiros
utilizando o tato. A e B-Mapa Tátil. Fonte: Samuel José da Silva (2017).
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Figura 1. (A) Impermeabilização dos mapas; (B) Uso do retroprojetor para transferência de
desenhos; (C) Produção de areia colorida; (D) Processo de criação da obra casario; (E) Obra do
casario concluída. Produção sob a orientação do professor responsável e Pibid. Fonte: Pibid
Geografia UEG Iporá, março a junho, 2017.
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Figura 1. Objeto educacional construído para abordar algumas das variações étnicas do Brasil.
A. Mapa do Brasil com diversidade indígena. B. Jogo de memória sobre os nomes de 11 tribos
indígenas brasileiras. C. Jogo da Memória sobre artefatos indígenas. Artes de Saulo Nunes Cintra,
17 de outubro de 2017.
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Figura 01. Objetos educacionais do estágio produzidos nos meses de maio e junho de 2017. A.
A “balança das equações”. B. O “bingo Matemático”. C. O “plano cartesiano ecológico. D. O
“jogo corrida da geometria”. E. O “tangran”. F. O “jogo Eu tenho? Quem tem. G. O quebra-
cabeças espacial”. H. A “multiplicação chinesa com canudinhos”. Imagens registradas pelos
autores do trabalho durante o ano de 2017.
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Figura 01. O jogo “Amarelinha das potências produzido em abril de 2017. Imagens registradas
pelos autores no ano de 2017.
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Escola Municipal de Educação Infantil Maria Aparecida da Silva, Secretaria Municipal de Educação de
Uberlândia, flaviajusilva@hotmail.com
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O pêndulo simples foi uma das primeiras ferramentas utilizadas na história da ciência
moderna. Foi usado pelo cientista italiano Galileu Galilei (1564-1642) como meio de
interpretação e demonstração experimental e quantitativa da aceleração da gravidade na superfície
da Terra, entre os séculos XVI-XVII. Na atualidade, grande parte dos estudantes têm dificuldades
para entender o conteúdo que trata da aceleração da gravidade, pois este costuma ser abordado
apenas de forma teórica. O aprendizado torna-se significativo aos estudantes quando o professor
além de abordar conhecimentos teóricos, trazer comprovações que justifiquem o que está sendo
apresentado, ou seja, com o auxílio de recursos como os objetos educacionais. Construímos um
objeto educacional com o propósito de apresentar o valor da aceleração da gravidade. Ele consiste
numa adaptação do pêndulo de Galileu, confeccionado com materiais de baixo custo que podem
ser acessíveis para professores e estudantes. O pêndulo foi construído com o uso de materiais
reutilizáveis como: barbante, massa de aço, suporte de metal e uma base de madeira como suporte.
Tem a capacidade de contribuir para que medições referentes à gravidade na superfície da Terra
possam ser realizadas em sala de aula. Sem o auxílio desse objeto, os estudantes podem receber
basicamente explicações abstratas, encontrando assim maiores dificuldades para compreender o
fenômeno. Acreditamos que esse material didático pode contribuir de forma positiva para que
ocorra um ensino mais dinâmico, questionador e com características de pesquisa. Desta forma, de
acordo com Pedro Demo (2007), propostas com essa perspectiva podem contribuir para que haja
a superação daquela escola que repassa conhecimento, atrapalhando o estudante que se torna
objeto de ensino e instrução, nada mais. O objeto construído juntamente com a orientação do
professor traz a possibilidade de proporcionar maior capacidade de ensinar e compreender
conhecimentos e conceitos científicos, uma vez que este pode ser utilizado em sala de aula,
organizando pequenos grupos, construindo tabelas com medidas de período, determinando
médias aritméticas e, por fim, analisando os resultados.
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Figura 1. Pêndulo simples produzido em outubro de 2017. A. Base de madeira retangular como
suporte. B. Suporte de metal. C. Barbante. D. Massa de aço. Imagem registrada pelos autores.
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Figura 1. O Foguete movido a álcool confeccionado com os seguintes materiais: (A) garrafa pet;
(B) barbante; (C) álcool etílico 70%; (D) isqueiro; (E) cola quente; (F) argola de metal. Autor da
imagem: Lauro Henrique Alcântara de Jesus, 18 de outubro de 2017.
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A Biologia pode ser destacada como uma das disciplinas mais pertinentes,
relevantes e merecedoras da atenção dos docentes, ou uma das mais insignificantes,
dependendo do que o educador ensina e da forma que ele ensina, de acordo com
Krasilchik (2005). Alguns autores entraram em consenso, inclusive Krasilchik (2005),
afirmando que o conteúdo e a metodologia estão profundamente relacionados, tanto para
o ensino quanto para a aprendizagem. Uma das finalidades do sistema educacional é
oferecer aos futuros cidadãos capacidades de aprender, para que sejam aprendizes mais
flexíveis e autônomos (POZO, 2003). Dentro da Biologia como conteúdo escolar, a
Botânica é uma das áreas que começam a ser trabalhadas a partir do 2°ano do Ensino
Médio, de acordo com o Currículo Referência do Estado de Goiás (GOIÁS, 2012 p. 357).
Assim, pode-se dizer que o uso de metodologias como ferramentas na disciplina de
Biologia em relação ao conteúdo de Botânica é muito importante para a construção na
aprendizagem dos alunos. O presente trabalho propôs uma análise qualitativa, das
metodologias de ensino utilizadas por professores, bem como suas concepções, no ensino
de Botânica, em três escolas da Rede Pública de Iporá GO. Para tanto, o instrumento de
coleta de dados foi um questionário aplicado a esses professores. Muitas vezes o professor
tem oportunidades de diversificar as metodologias de ensino deste conteúdo, mas, por
motivos diversos não o fazem ou até mesmo por falta de materiais pedagógicos ou por
recursos que a escola não tem condições de fornecer. A principal característica que pôde
ser observada nos resultados, sendo ressaltada pelos professores são as dificuldades
encontradas de ministrar os conteúdos, de forma mais diversificada, por causa da baixa
quantidade de aulas que o professor tem para ministrar uma grande quantidade de
conteúdo durante o ano letivo. Entretanto, a maioria dos professores afirmou sempre
buscar estratégias e alternativas didáticas para ministrar os conteúdos de forma que os
alunos consigam aprender a maior parte do que foi ensinado.
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O presente trabalho tem por objetivo relatar a importância ecológica e das aulas
práticas sobre Fungos no Ensino de Ciências Naturais, realizado através do Estágio
Supervisionado II. O projeto foi desenvolvido com alunos de 7º ano de uma Escola Campo
localizada na cidade de Iporá-GO, sendo assim realizado em 5 etapas tanto teóricas como aulas
práticas. Cada etapa obteve duração de 40 minutos, as três primeiras voltadas para aulas teóricas
e as duas últimas voltadas para as práticas, observações no pátio da escola campo e observações
de fungos por meio da lupa . A metodologia adotada como forma de avaliação da aprendizagem
dos alunos foi uma atividade na qual estes expressaram por meio de desenhos ou relataram o
conhecimento em relação ao Reino Fungi, esta feita em dois momentos do projeto antes de iniciar
o conteúdo como ao término do mesmo. A análise desta atividade foi feita por comparações das
atividades realizadas antes e depois do projeto, e assim comparando o conhecimento de cada aluno
sobre o assunto. Ao analisar percebe-se que o conhecimento dos alunos sobre a importância
ecológica dos fungos antes de iniciar o projeto eram precários e após a realização do mesmo
percebe-se que tanto as aulas teóricas e práticas foram essenciais para o conhecimento.
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No Estágio percebe-se o que ocorre dentro das escolas, em relação aos professores e
os alunos. Um dos fatores que estão acontecendo em quase todas as escolas e o Bullying, que são
violências físicas e verbais. A realidade é que nas escolas e cada vez mais frequente a pratica
entre os alunos, e um fato tão relevante, que existem pessoas que não sabe identificar, pois um
aluno faz um xingamento ao um colega e pensa que e uma brincadeira de jovens, mas na verdade
é Bullying. A presente pesquisa visa saber se existem casos na escola e identificar o que leva as
crianças a praticarem o Bullying. Um dos princípios da pratica pode estar relacionado com o
convívio familiar, de como é sua criação, se tem limites ou não, se sabe receber um não ou se os
pais só falam sim para os filhos. São muitos os fatores que levam à prática de violências. O
objetivo principal deste trabalho é identificar agressores, vítimas, vítima-agressor e se acontecem
apenas brincadeiras ou não. Foi aplicado um questionário de quinze (15) questões todas referentes
ao Bullying. A pesquisa foi feita com trinta (30) adolescentes sendo quinze (15) de cada escola
uma escola do Ensino Fundamental com alunos do 6º ano e a outra de uma escola do Ensino
Médio com os alunos do 3º ano. Por meio dos questionários percebeu-se que todos os alunos
já tiveram contato com o bullying direta ou indiretamente isso mostra que os alunos estão
cada vez mais envolvidos, e encontramos dificuldade em distinguir, pois para muitos é só
uma brincadeira de crianças e adolescentes. Uma forma de se prevenir contra as
consequências e evidências seria informar mais as crianças , adolescentes e jovens, os
professores, coordenadores e diretores conversar mais com a seus alunos saber o que está
incomodando para buscar uma saída e sempre comunicar os pais.
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Este trabalho tem como objetivo estimular e conscientizar os alunos a não usarem
substâncias químicas lícitas ou ilícitas, e rever os conhecimentos dos alunos de uma escola de
ensino fundamental em Iporá Goiás sobre o que eles sabem sobre as drogas, e desenvolver
projetos onde estes alunos possam ver que o uso de tais substâncias só trazem prejuízos. Abordou
a importância do diálogo com os pais sobre tal assunto para não usarem. Pode se concluir com a
pesquisa, que os alunos têm grande conhecimento sobre o assunto e percebe-se que estão a favor
do não uso das drogas, tendo assim uma boa educação para que não convívio com as substancias
químicas, percebe-se que durante o decorrer do trabalho houve participação dos alunos com seus
conhecimentos empíricos sobre o assunto tendo em vista que drogas so leva a falência, e citam
que não se deve levar em influencia por amizades que usam. Obteve-se um resultado satisfatório
onde todos os alunos demonstram ter conhecimento e citam que o uso destes não trazem futuro
nenhum. Sabendo assim quais são os riscos que pode ocasionar ao ser humano e seus familiares
com uso de drogas. Este estudo teve uma abordagem qualitativa-descritiva, podendo analisar
informações da realidade que está estudando, sendo feito por coleta de dados sendo analisado por
teoria de bases. Sendo desenvolvido por aula expositiva com uso de mídias e logo após as aulas
uso de questionário para ver o conhecimento dos alunos.
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Sabemos que a relação professor-aluno é importante para que haja uma boa
convivência entre ambos, e assim, seja possível desenvolver uma aprendizagem
significativa. Para que isso aconteça, é necessário que o professor esteja em constante
reflexão sobre o que ensinar aos seus alunos, levando em conta a realidade vivida de cada
um. A pesquisa tem como objetivo discutir a importância do bom relacionamento entre
professor e aluno no processo de ensino - aprendizagem. As reflexões apresentadas se dão
a partir de observações realizadas durante o Estágio Supervisionado. O texto é de
abordagem qualitativa. Para o desenvolvimento da pesquisa, foi adotado o seguinte
encaminhamento metodológico: Levantamento e revisão de fontes bibliográficas que
versam sobre o tema em pauta, e observações a partir do estágio. Podemos afirmar que a
relação professor-aluno está elencada com a forma que o professor relaciona com os
alunos. Importante sempre buscar uma melhor aprendizagem aos alunos no contexto
escolar. Com base nas leituras e observações durante o estágio, concluímos que a falta
de interação entre professor e aluno interfere diretamente na formação do educando.
Diante disso, entendemos que o professor que mantém uma boa relação com seus alunos,
consegue obter sucesso no desenvolvimento do seu trabalho em sala de aula.
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A escolha profissional nem sempre está clara, temos afinidades com algumas
áreas do conhecimento, porém escolher o que se vai fazer o resto da vida é desafiador. Na
profissão docente o dilema se torna mais complexo, nesse caso ainda existe o fato de
estarmos lidando com vários várias pessoas , com diferentes bagagem social e
psicológica. Por isso, o Estágio Supervisionado é um importante estimulador para os
educadores, já que é nele que se tem o primeiro contato com a sala de aula na ótica de um
professor/educador. Neste período é definida a identidade profissional do formando em
licenciatura, e assim, as primeiras experiências. Diante disso, a teoria que foi passada
durante os primeiros anos da graduação está sendo aplicada na prática. Esse embate entre
teoria e prática causa estranheza no início, porém se torna necessário quando observamos
a precarização da educação no país. Esta pesquisa teve como objetivo reforçar a
importância do Estágio Supervisionado na formação docente do aluno. Para o
desenvolvimento da pesquisa, foi adotado o seguinte encaminhamento metodológico:
Levantamento e revisão de fontes bibliográficas que versam sobre o tema em pauta, e
observações durante o desenvolvimento do estágio. Nesse âmbito temos a certeza de que
estamos no caminho certo quando vemos a educação transformando a realidade de
pessoas. Assim, reforçamos a importância do Estágio nos cursos de licenciatura, pois o
mesmo permite o contato do aluno com a teoria e prática, e consequentemente uma
formação docente de qualidade.
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A avaliação faz parte do cotidiano das pessoas que a cada dia são obrigadas a
tomar decisões, sejam elas no âmbito pessoal, profissional ou em comunidade. Ou seja,
avaliar o que acontece ao seu redor para tomar as decisões que julgarem corretas sobre os
problemas a serem resolvido no dia a dia tendo como base critérios construídos no decorrer
da vida. Isto não difere muito da avaliação do professor sobre a aprendizagem do aluno
que deve ser criteriosa e planejada tendo como finalidade a tomada de decisões sobre o
trabalho docente realizado. Nesta ideia o presente trabalho de Estágio Supervisionado I do
curso de Licenciatura em Matemática da Universidade Estadual de Goiás, Câmpus Iporá,
no ano de 2017 busca resposta para o seguinte problema: quais são os critérios que devem
ser utilizados pelos professores para uma avaliação de matemática? O objetivo é identificar
quais critérios o professor de matemática deve utilizar para uma boa avaliação de
matemática. Trata-se de uma pesquisa qualitativa com embasamento teórico em
Vasconcellos (2007), Luckesi (1999) e Kenski (2005). A coleta de dados se deu por meio
da construção de um diário de campo feito durante a observação presencial na realização
de algumas avaliações matemáticas de alunos do Ensino Fundamental (segunda fase) e
Ensino Médio e em análise de avaliações aplicadas pelo professor no decorrer do primeiro
semestre de 2017 em escolas públicas do município de Iporá-GO e do município de Montes
Claros de Goiás-GO. Os resultados mostram que dentre os critério a serem utilizados pelo
professor de matemática, assim como de outras disciplinas deve estar a elaboração de uma
avaliação clara, ou seja, mostrando aos alunos como seriam os pontos da aprendizagem a
serem avaliados. Deve ser contínua, bem planejada, respeitar o nível e o tempo de
aprendizagem individual dos alunos. Precisa ainda ter como objetivo a avaliação do
trabalho do professor e do aprender dos estudantes de forma global e não somente medir
com uma nota o número de erros e acertos em uma prova ou teste. É necessário também
se lançar mão de variados instrumentos avaliativos para que se dê oportunidade de analisar
formas diferentes de produção dos alunos.
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Este presente artigo se fez com base na lei 11.645/2008 que determina o
ensino da temática indígena dentro da sala de aula, também inclusa na LDB 2014 (Lei de
Diretrizes e Bases da Educação), no artigo 26, inciso I e II. O objetivo da lei é trazer para
o espaço escolar a ideia da diversidade e pluralidade da cultura indígena e afro-brasileira.
O ensino de história indígena é um dos temas que foi e ainda é pouco abordado no meio
acadêmico, assim como no âmbito escolar, porém vem ganhando força na discussão do
estudo indígena para desmistificação dos estereótipos da história e cultura indígena. Essa
é a base de nossa problematização: de acordo com a Lei 11.645 o ensino de História
indígena realizado em sala de aula pelo professor com auxílio do livro didático está
adequado segundo a lei? O objetivo e discutir a importância da história indígena no
contexto escolar, procurando entender as formas de representação histórica no livro
didático do sétimo ano da segunda fase do Ensino Fundamental. A metodologia a ser
trabalhada durante o desenvolvimento do projeto se deu através de levantamento de dados
usando fontes primarias, como o livro didático referente ao sétimo ano, e textos de autores
referente a temática, fazendo assim uma pesquisa qualitativa. Utilizando como fonte a
LDB (2014), Moreira (2013), Alves (2015), Bergamaschi & Gome (2012), Guimaraes
(2008), discutem o modo que é ministrado o ensino de história indígena em sala de aula,
tendo como foco principal a lei 11. 645/2008, assim procuram discutir a forma que o
professor se baseando na lei e nos livros didáticos, procurando trazer para a discussão um
olha diferente da educação para que se possa trabalhar de forma coerente com a
legislação, será realizado uma análise dos livros didáticos do 6° ano (2011 a 2013, e 2014
a 2016) o livro didático do 7° ano (2014 a 2016), procurando trazer a forma que é
abordada a história indígena nos mesmos. Com esse projeto espera-se como resultado
mostrar que a história indígena não está sendo ensinada aos alunos de uma maneira coesa,
e que a falta de informação diante da história indígena acaba acarretando problemas futuro
no déficit de conhecimento sobre o assunto.
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Este presente artigo pretende analisar a participação dos pais na vida escolar
dos filhos, visto que, é algo determinante para o desempenho do aluno na escola, já que,
a família deve ser parceira contribuindo no processo de ensino- aprendizagem e dessa
forma colaborar para uma educação de qualidade. Essa parceria entre família e escola
torna-se essencial para a formação do indivíduo. Este trabalho visa analisar se há
contribuições nesta participação dos pais em relação ao desempenho escolar de seus
filhos. É extremamente necessária a criação de mais projetos que visem à participação
dos pais em reuniões escolares, entrega de boletins ou mesmo em eventos nos quais a
escola proporciona já que essa participação muitas vezes não ocorre de forma voluntária,
para haver de fato essa integração entre família e escola, tão saudável no desenvolvimento
da criança.Tendo como objetivo descrever a importância da participação dos pais nas
reuniões escolares e as contribuições no desenvolvimento acadêmico, percebendo e se ela
contribui para o avanço da escola e alunos de maneira efetiva ou não. Os referenciais
teóricos utilizados para o desenvolvimento deste trabalho é uma pesquisa bibliográfica,
teórica e prática, realizada em artigos, livros, internet e análise de dados coletados para
compreender o tema e dessa maneira buscar um posicionamento sobre a importância da
participação dos pais no âmbito escolar. Utilizando três autores principais Freitas,
Maimoni & Siqueira, (1994) e de Maimoni & Miranda, (1999), Orsolon (2003), Paro
(2000). Os instrumentos utilizados serão leituras teóricas de autores que também discutem
sobre o tema e artigos que foram desenvolvidos sobre essa temática e a aplicação de um
questionário destinado aos pais, para que se desenvolva a análise dos resultados. Então,
em uma análise ainda parcial, pode-se avaliar que a participação dos pais na vida escolar
de seus filhos traz melhoria no desempenho acadêmico, ajudando no comportamento
deles perante colegas e professores e contribuindo também para a realização frequente
das atividades escolares. A relevância desse trabalho é colaborar para a percepção dos
responsáveis, em seu envolvimento no espaço escolar mostrando o quanto isso poderá
auxiliar no desenvolvimento de seu filho, pesando de maneira positiva na própria
formação do indivíduo como um ser social. Deixando claro aos pais que essa parceira e
contato com a escola promovem uma educação eficiente, já que, pode-se vê os problemas
causados pela ausência escolar de familiares e o quanto isso afeta o desenvolvimento da
criança.
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Eixo Temático:
Área do Conhecimento: Letras
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Flávio Martins da Silva; Hiálida Fernandes Inacio; Divino José Lemes de Oliveira
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INTRODUÇÃO
As briófitas são plantas que apresentam características estruturais e
fisiológicas menos complexas quando comparadas às fanerógamas, sendo consideradas
o primeiro grupo vegetal a colonizar o ambiente terrestre, cuja diversidade de espécies
está distribuída em três divisões: Anthocerotophyta (antóceros), Marchantiophyta
(hepáticas) e Bryophyta (musgos) (RAVEN et al., 1996; GOFFINET e SHAW, 2009).
Apresentam pequeno porte e um ciclo de vida regido pela alternância de gerações, onde
a fase gametofítica é maior e dominante e a esporofítica é menor e nutricionalmente
dependente desta primeira (CHOW, 2007; BASTOS, 2008).
Por não apresentar tecidos de condução de água, minerais e compostos
fotossintetizantes, a absorção e transporte dessas substâncias no corpo dessas plantas
costuma ocorrer por osmose entre as células do corpo vegetativo ou gametótifo (BRITO
e PÔRTO, 2000). Desta forma, são encontradas preferencialmente em habitats que lhes
ofertem umidade e relativa proteção contra à radiação solar (MICHEL, 2001). Muitas
espécies possuem a capacidade de resistir longos períodos de seca, cessando suas
atividades metabólicas até serem reidratadas (BRITO e PÔRTO, 2000).
Embora constitua o segundo maior grupo de plantas do planeta, a brioflora é
pouco estudada na maioria das regiões. No Brasil, embora possua 1 524 espécies
catalogadas (COSTA e PERALTA, 2015), pouco se conhece a respeito da real
distribuição, aspectos reprodutivos e ecológicos da maioria dos táxons registrados. A
lacuna dessas informações dificulta, por exemplo, a elaboração e desenvolvimento de
iniciativas que visam preservar esse grupo vegetal (COSTA e SANTOS, 2009).
A popularização do conhecimento existente sobre a brioflora pode constituir
em uma alternativa que estimule a sociedade para que tenha apreço à essas plantas e se
mobilize para propor ações de proteção. Nesse contexto, o livro didático pode
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MATERIAL E MÉTODO
A investigação desse estudo se fundamenta na pedagogia
problematizadora/conscientizadora freiriana que considera a teoria e a prática educativa
crítica como um conjunto desencadeador do diálogo, da reflexão e ação dos sujeitos, que
ao ter consciência se sua condição histórica e social, podem transformar a realidade em
que vivem (FREIRE, 1996).
Realizou-se uma leitura minuciosa dos capítulos dos livros didáticos Ciências
da coleção Universos: ciências da natureza (OLIVEIRA, 2015) que foi adotada para uso
durante o triênio 2017-2019. Os itens analisados foram: a) localização do conteúdo sobre
briófitas em cada livro; b) tipo de informação apresentada sobre a brioflora e sua
relevância para promover abordagem crítica dessas plantas de forma contextualizada; c)
como as briófitas são representadas nas imagens e ilustrações; e d) como a brioflora é
abordada nos exercícios.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Embora o ensino de Ciências deva ser realizado de forma cada vez mais
dialógica com outras áreas do conhecimento e os conteúdos serem abordados de forma
contextualizada (DEMO, 2007; CACHAPUZ et al., 2011), a coletânea analisada,
considerando o conteúdo sobre a brioflora, contribui para que o acesso e a compreensão
do conhecimento científico permaneça fragmentado, reducionista e distante da realidade
dos estudantes.
As briófitas são abordadas apenas no livro do sétimo ano, que
tradicionalmente concentra os conteúdos relacionados aos seres vivos de uma forma geral
para as séries finais do Ensino Fundamental. As informações apresentadas são bastante
suscintas, sendo que algumas contradizem com dados oriundos de pesquisas realizadas
na atualidade, como o número de espécies de briófitas registradas para o Brasil. Na
compilação realizada por Costa e Peralta (2015) existem 1 524 espécies identificadas no
país, enquanto no livro didático analisado esse valor se aproxima de 3 000 espécies.
Em relação as características, apenas os aspectos morfológicos, anatômicos,
fisiológicos e reprodutivos são parcialmente descritos, porém com ênfase nas estruturas
que costumam ser encontradas nos musgos, enquanto as particularidades das hepáticas e
antóceros são desconsideradas. Um dos trechos do livro se afirma que as briófitas são
encontradas apenas em locais úmidos, enquanto na realidade já se conhecem espécies
tolerantes a maior aridez (PÔRTO et al., 1994; BRITO e PÔRTO, 2000).
Informações sobre a ecologia das briófitas é restrita a menção da capacidade
que muitas espécies conseguem tolerar os períodos de seca devido as mudanças em seu
metabolismo. Por outro lado, muitos estudos atestam a importância que essas plantas
possuem para os ecossistemas em que estão inseridos e para o ser humano
(HALLINGBÄCK e HODGETTS, 2000; HESPANHOL, 2008).
Os textos e as imagens fazem referência à brioflora existente na Mata
Atlântica. Considerando que a coletânea analisada nesse estudo está sendo utilizada por
estudantes e professores de escolas públicas do município de Iporá-GO, localizado no
interior do domínio morfoclimático do Cerrado, torna-se evidente esse instrumento
pedagógico não contribui de maneira alguma para promover o ensino desse grupo vegetal
de forma contextualizada.
Não foi encontrado nenhum exercício que remetesse aos conteúdos
explanados sobre às briófitas no livro didático. Ao final do capítulo que abordou sobre
esses vegetais, foi sugerida o desenvolvimento de uma atividade prática para observar o
desenvolvimento de um musgo. Porém, considerando o tempo necessário para realizar o
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A coletânea de livros didáticos de Ciências analisada apresenta poucos
recursos textuais e imagens que possibilitem abordar a brioflora de forma contextualizada
e que estimule nos discentes o interesse em conhecer esse grupo vegetal e a ter apreço
para considerá-lo importante para a manutenção dos ecossistemas nos quais o ser humano
pode estar ou não inserido.
Para que o ensino da brioflora possa ser significativo, os docentes precisam
utilizar outros instrumentos pedagógicos como imagens e amostras de musgos, hepáticas
e antóceros encontradas no Cerrado. No contexto de Iporá, considerando a existência de
um curso de licenciatura em Ciências Biológicas no Câmpus local da Universidade
Estadual de Goiás e a ocorrência de uma espécie de musgo endêmica do município
(PERALTA et al., 2015), materiais didáticos com foco nas briófitas do Cerrado poderiam
ser elaborados.
REFERÊNCIAS
BASTOS, Cid José Passos. Padrões de reprodução vegetativa em espécies de
Lejeuneaceae (Marchantiophyta) e seu significado taxonômico e ecológico. Revista
Brasileira de Botânica, São Paulo, Sociedade Botânica de São Paulo, v. 31, n. 2, p. 309-
315, abr./jun. 2008.
BATISTA, Marcos Vinicius de Aragão.; CUNHA, Marlécio Maknamra da Silva;
CÂNDIDO, Alexandre Luna. Análise do tema virologia em livros didáticos de
Biologia do ensino médio. Revista Ensaio, Belo Horizonte, Fundação Cesgranrio, v. 12,
n. 1, p. 145-158, jan./abr. 2010.
BERGMANN, Alex Giordano; DOMINGUINI, Lucas. Análise do Conteúdo Serpentes
nos Livros Didáticos de Ciências do 7º Ano do Município de Blumenau. Revista
Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, Associação Brasileira de Pesquisa em
Educação e Ciências, v. 15, n. 2, p. 259-273, 2015.
BRITO, Ana Emília Ramos de Matos; PÔRTO, Kátia Cavalcante. Guia de estudos de
Briófitas, briófitas do Ceará. Fortaleza: EUFC, 2000. 68 p.
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INTRODUÇÃO
A adolescência é uma fase citada por muitos como complicada e cheia de
conflitos. Com relação a faixa etária, a adolescência no Brasil é definida no Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA), Lei 8.069, de 1990, como a faixa etária de 12 a 18
anos de idade (artigo 2°), e, em casos excepcionais e quando disposto na lei, o estatuto
é aplicável até os 21 anos de idade (Parágrafo único).
Pode-se definir a adolescência como
período de transição entre a infância e a vida adulta, caracterizado pelos
impulsos do desenvolvimento físico, mental, emocional, sexual e social
e pelos esforços do indivíduo em alcançar os objetivos relacionados às
expectativas culturais da sociedade em que vive (EISENSTEIN, p. 1,
2005).
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METODOLOGIA DE PESQUISA
Este trabalho tem o intuito de relatar e discorrer sobre parte do projeto de
extensão AdolesSer. Apresenta-se aqui, o desenvolvimento da atividade relacionada a
aplicação do filme “Divertida Mente” como forma de abordar temáticas relativas a
adolescência e relacionamentos interpessoais na família e escola. A atividade foi
desenvolvida com alunos do 6°ano (três turmas, totalizando em média 95 alunos no
total) do EF de uma escola pública da Rede Estadual de Educação da cidade de Iporá.
Os alunos tinham em média de 11 a 13 anos.
A metodologia escolhida é o relato de experiência. Dessa forma, num
primeiro momento serão apresentadas as etapas do desenvolvimento das atividades
junto aos alunos.
Também aplicou-se um questionário aos alunos. De acordo com Kauark,
Manhães e Medeiros (p.58, 2010) “O Questionário, numa pesquisa, é um instrumento
ou programa de coleta de dados. A confecção é feita pelo pesquisador; o preenchimento
é realizado pelo informante”.
Para melhor entendimento, abaixo explicamos as etapas da aplicação da
atividade e logo depois explicamos sobre o questionário.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O desenvolvimento da atividade com o filme permitiu que os alunos se
identificassem com a personagem, visualizando problemáticas comuns na transição da
infância para a adolescência. Foi notório que os mesmos aproveitaram os momentos de
discussão para expor suas ideias e mudanças pessoais, bem como perguntar e esclarecer
dúvidas.
Com o questionário, pôde-se visualizar que a família é um núcleo em que os
pré-adolescentes e adolescentes sentem-se seguros e amados. Já na escola, sentem-se
por vezes introvertidos e sofrem preconceito e/ou bullying. Assim, é necessária atenção
dos professores e gestores escolares, para o desenvolvimento de ações que promovam
o respeito às diferenças e a consideração ao próximo, minimizando danos emocionais
que este tipo de comportamento causa em quem é vítima deles.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei 8.069, de 13 de Julho de 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente.
Brasília: Ministério da Justiça, 1990.
EISENSTEIN, Evelyn. Adolescência: definições, conceitos e critérios . Adolesc
Saúde. 2005;2(2) : 6-7 Disponível em:
˂http://adolescenciaesaude.com/detalhe_artigo.asp?id=167˃ Acesso em 20 de outubro
de 2017.
KAUARK, Fabiana. Metodologia da pesquisa: guia prático / Fabiana Kauark, Fernanda
Castro Manhães e Carlos Henrique Medeiros. – Ita- buna : Via Litterarum, 2010. 88p.
PRATTA, Elisângela Maria Machado; SANTOS, Manoel Antonio dos. Família e
adolescência: a influência do contexto familiar no desenvolvimento psicológico de seus
membros. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 12, n. 2, p. 247-256, maio/ago. 2007.
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RESUMO: Esta perspectiva busca viabilizar relações possíveis entre uma dada realidade
empírica que é mais que uma política pública, porque é também obra da luta de milhares
Famílias camponesas. O Movimento dos Trabalhadores Sem-terra – MST foi fundado em
1984, mas o processo de gestão começou cinco anos antes, onde a luta pela terra é uma
luta popular e a Reforma Agrária é uma política pública de competência do estado, foi
apenas em 1964 que houve o primeiro documento sobre a reforma agrária, de 1985 a 1990
foi os anos que ocorreram as primeiras ocupações no estado de Goiás. Esse projeto tem
como proposta identificar valores na sociedade e catalisar os conhecimentos na educação
dos estudantes, envolvendo além dos conteúdos programáticos, as modalidades de
Geografia juntamente com o tema Reforma Agrária, na conscientização de
conhecimentos sobre as questões agrárias no Brasil. Para desenvolver um bom trabalho
de geografia com o conteúdo escolhido, o professor precisa descobrir quais são os
interesses vivenciais em sala de aula, modos de conhecimento e prática de vida de seus
alunos. Conhecer os estudantes na sua relação imprescindível para um trabalho de
educação escolar em geografia que realmente mobilize uma assimilação e uma apreensão
de informações na área agrária. O ensino de geografia nesses últimos anos tem sofrido
transformações, no entanto a Reforma Agrária também sofreu inúmeras mudanças com o
passar dos anos, onde cada dia que passa os acampados promovem mais e mais
manifestações para conseguirem a terra. Os objetivos desse trabalho são: ampliar
conhecimentos dos alunos do ensino fundamental para com a Reforma Agrária; colocar
em questão os mitos e verdades sobre os acampados e assentados; estreitar suas dúvidas
sobre o assunto; conscientizar e tentar fazer com que os alunos se interessem com o que
vai ser ministrado. Muitos autores falam sobre a relação entre o conhecimento dos alunos
na escola são eles: Amaro (2006); Coll (1996); Freire (1996, 2002); Craidy (2001);
Cavalcanti (2008), dentre outros. O presente trabalho será realizado por meio de pesquisas
qualitativas, por meio de entrevistas com o corpo docente e alunos de uma escola pública
de ensino fundamental da cidade de Iporá-Go, mediante os questionários. Serão feitas
pesquisas bibliográficas a respeito do tema escolhido, pesquisas na internet, sob
orientações com a professora da disciplina de Estágio Supervisionado I da UEG unidade
de Iporá.
Palavras-chave: Educação; Geografia; Sociedade; Terras.
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INTRODUÇÃO
Essa pesquisa aconteceu através da experiência como acadêmica do curso de
Licenciatura em Geografia que está participando do Estágio Supervisionado, no ano de
2016, em uma escola de Ensino Fundamental da cidade de Iporá-Go. A participação no
projeto de Geografia tem como objetivo possibilitar a acadêmica, observar e executar
atividades, utilizando o princípio do aprender a aprender na prática. Possibilitando o
contato direto com situações reais que tem permitido planejar, orientar e avaliar o
processo de ensino e aprendizagem na educação básica, proporcionando segurança e
desempenho das atividades profissionais, contribuindo com uma formação
transformadora da ação docente da graduanda de licenciatura em Geografia e construindo
possibilidades de experiências em sala de aula, com práticas educativas que proporcionará
conhecimentos em sua área de formação e futura atuação profissional. A ideia é
importante, pois usa de diversas metodologias de ensino para chamar a atenção do aluno
e consequentemente melhorar seu desempenho nas questões que envolvem socialização,
aprendizagem.
O projeto de ensino elaborado explanará sobre o trabalho da Questão Agrária na
Educação Fundamental e relacionar a realidade dos alunos com o tema proposto. A ideia
é importante, pois usa de diversas metodologias de ensino para chamar a atenção do aluno
e consequentemente melhorar seu desempenho nas questões que envolvem socialização,
aprendizagem. Vejo que o projeto se relaciona com as temáticas do curso, pois, vemos o
tempo todo como lidar com as crianças da melhor maneira possível, usando das imagens,
e do lúdico para melhorar a aprendizagem. Contribuindo assim para o crescimento pessoal
e profissional, já que ajudará a manter um maior tempo de relação entre professor, aluno
e pais.
Vem com a ideia de realizar uma mostra de trabalhos realizados através da
confecção de cartazes dos alunos do ensino Fundamental II, de forma que todos percebam
que é possível associar o processo de aprender ao prazer, fortalecendo, ao mesmo tempo,
laços de afetividade e criticidade. E assim perceber como foi e continua sendo o
desenvolvimento da reforma agrária no país.
E também com o intuito de conhecer as raízes históricas da concentração de terras
no Brasil; reconhecer a luta camponesa pela terra; saber sobre a história do MST (ou de
qualquer movimento social rural); conhecer outros movimentos sociais; refletir sobre o
teor das notícias, ou melhor, a intencionalidade delas.
METODOLOGIA DE PESQUISA
A escola precisa resgatar e trabalhar esses valores morais para que o cidadão do
futuro seja melhor sempre respeitando as individualidades e a diversidade de
conhecimento de cada um e dentro de um contexto promover o processo ensino-
aprendizagem.
Abordar a importância da reforma agrária no Brasil e consequentemente as
condutas importantes para a vida em sociedade, não significa ler por ler e sim por no
papel seu entendimento, interpretação, visão de mundo e o sentimento. Por isso há a
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Hoje nota-se claramente que os valores morais, as virtudes estão fora de questão.
No mundo ressalta o que é mais fácil de fazer, pois a preguiça impera, não permitindo o
ser humano de pensar, evoluir, ir à busca mesmo que o caminho seja difícil e longo.
A escola precisa resgatar e trabalhar esses valores morais para que o cidadão do
futuro seja melhor sempre respeitando as individualidades e a diversidade de
conhecimento de cada um e dentro de um contexto promover o processo ensino-
aprendizagem.
Abordar a importância da reforma agrária no Brasil e consequentemente as
condutas importantes para a vida em sociedade, não significa ler por ler e sim por no
papel seu entendimento, interpretação, visão de mundo e o sentimento. Por isso há a
necessidade de um trabalho objetivado e bem fundamentado, além de professores
capacitados para que o processo realmente ocorra.
A geografia é um importante meio educativo, pois procura através das tendências
sociais encaminharem a formação do interesse do ser político, critico, além de estimular
a inteligência e contribuir para a formação da personalidade do indivíduo. A educação é
uma das ações que definem a racionalidade, o ser humano, recria, compreende, ensina,
reelabora, aprende, pois, a busca do homem desde sempre é transcender o conhecimento.
REFERÊNCIAS
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São Paulo. Casa do Psicólogo, 2006. (Coleção Psicologia e Educação/ dirigida por Lino
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INTRODUÇÃO
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de agrotóxicos por ano); entre vários outros impactos. Logo, o estado de Goiás tem sido
um dos líderes na utilização de agrotóxicos. Há uma intensa propaganda que situa a
agricultura baseada em agroquímicos como a única alternativa para a produção de
alimentos no estado, enquanto, majoritariamente, não é o agronegócio que produz
alimentos, mas a agricultura camponesa. Estes agricultores, inseridos no contexto
agroquímico da agricultura brasileira, acabam utilizando também produtos agrotóxicos.
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sujeitos da pesquisa. São diversas as técnicas do DRP, mas podem ser destacados o
Mapeamento Participativo, a Caminhada Transversal e o Diagrama de Venn. A partir
destas e de outras técnicas além de coletar uma grande quantidade de informações
podemos promover um processo intenso de reflexão sobre a realidade cotidiana.
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REFERÊNCIAS
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trilhas da investigação. Uberlândia: Editora Assis, 2009.
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em meio a sociedade, haja vista que “a prática musical estimula a percepção, a memória
e a inteligência desenvolvendo no ser a capacidade de assimilação de conteúdos por meio
da sensibilidade” (FÉLIX et al., 2014, p.21).
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REFERÊNCIAS
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INTRODUÇÃO
Sabe-se que, ao proporcionar aos graduandos dos cursos de formação de
professores, convivência em uma instituição escolar de ensino básico, é de extrema
relevância para prepara-los antecipadamente para o exercício da docência.
A experiência prática antes do término da graduação se constitui em uma
formação construtiva de um educador experiente e fundamental para a qualidade do
processo de ensino e aprendizagem dos seus futuros alunos na escola. Deste modo, tal
prática lhe proporciona, novas experiência e grandes aprendizados que contextualizam e
dão significado aos conhecimentos adquiridos nos cursos de Licenciatura, como:
conhecimentos científicos e atividades práticas.
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Esta forma de iniciação à docência permite haver uma melhor interação entre a
universidade e a escola básica, consequentemente promove o contato dos licenciandos
com as demandas da carreira profissional docente e estimulam os bolsistas a de dedicarem
à melhoria da qualidade e atuação de professores nas escolas públicas. A partir do
momento que temos o contato com a classe, o cenário psicológico de atuar em sala de
aula muda.
O dever e a responsabilidade de lecionar buscando contribuir com a melhoria da
educação básica se torna fundamental. Nossa permanência na universidade passa a ter o
objetivo de participar e promover uma melhoria na formação de professores por meio do
contato prévio com a escola campo, antes mesmo de chegar à etapa do Estágio
Supervisionado Obrigatório, conforme previsto nas Diretrizes Curriculares para os cursos
de Licenciaturas no Brasil. Esta experiência, ajudou dessa maneira a compreender às
dificuldades do professor em ensinar os conteúdos, planejar múltiplas aulas, desenvolver
projetos dinâmicos e em ter a responsabilidade de administrar uma sala de aula.
Portanto, a introdução de projetos educacionais em escolas públicas estimula o
convívio, dessa maneira progredindo o ensino-aprendizagem, onde ocorrem trocas de
saberes, entre os bolsistas, professores regentes com os bolsistas, bolsistas e alunos, assim
resultando em novas descobertas para ambos, ou seja, a grande dificuldade encontrada é
o primeiro contato com a sala de aula, onde os acadêmicos ficaram receosos em tomar
algumas atitudes e assustados com a realidade encontrada. Essas complicações delineiam,
em sua maioria, a partir das necessidades surgidas no espaço escolar, resultado da prática
cotidiana. Assim,
A metodologia, em forma de projetos de ensino, vinculada ao PIBID, tem
potencialidades para elevar a qualidade das ações acadêmicas voltadas para a
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intuito de construir uma aprendizagem mais significativa, formando assim alunos com
pensamentos críticos, que possam ter suas próprias autonomias e que se sintam
pertencentes ao espaço vivido.
Contudo, a experiência da prática em sala de aula permite observar quais as
dificuldades encontradas e qual o melhor jeito de resolve-las.
O Pibid tem uma enorme contribuição para nossa formação educacional e
profissional, uma vez que, por meio dele estamos sempre pensando novas metodologias,
e desenvolvendo novas maneiras de ensinar relacionando a teoria e a prática (práxis).
Colocando mesmo a estar no convívio de grupos de estudo, participação em eventos, e
fortalecendo a relação acadêmica com a educação básica.
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Deste modo, o projeto Pibid proporciona por suas principais características de
ser sensato, eficiente, dinâmico e vasto, no qual possui um atributo primordial ao juntar-
se a teoria com a prática. Assim desenvolvem o senso crítico de tal modo que o aluno
bolsista consiga perceber e reconhecer a situação atual do professor e a identificação de
limites, que demonstram muito das dificuldades que os futuros docentes enfrentam ao
chegar à escola para o exercício da prática, ou seja, com o Pibid temos uma valiosa
ferramenta de aprendizado onde nos acadêmicos encontramos nossas verdadeiras
identidades na sala de aula.
No período em tivemos a oportunidade de fazer parte deste programa, podemos
perceber, o tanto que tais estímulos, tem transformado, a realidade de milhares de
estudantes através desta oportunidade, os incentivando a darem continuidade em seus
estudos, priorizando uma educação de qualidade.
Outra finalidade bastante significativa que o programa proporciona, é de
preparar o aluno para o estágio, pois ao chegarem nesta etapa do curso, já estão mais
confiantes em si mesmos e menos apreensivos, pois já vivenciaram o âmbito escolar
durante a bolsa.
O programa se caracteriza como uma oportunidade de valorizar a identidade do
aluno, por meio de novas aprendizagens, tendo como característica de sempre somar na
formação do acadêmico e consecutivamente fornecendo ao aluno novas experiência e
oportunidade no campo escolar.
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Os bolsistas têm consciência dos diversos obstáculos que irão encarar por isso o
programa incentiva que os mesmos necessitam identificar a grandiosidade de uma
formação inicial, e que, uma educação de qualidade depende de uma boa formação, essa
que ocorre no período inicial do curso.
REFERÊNCIAS
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http://www.capes.gov.br/educacao-basica/capespibid/pibid . Acesso em: 15 de Julho de
2017. PASSONI, L. C.;
KHAOULE, Anna Maria Kovacs.,SOUZA, Vanilton Camilo de. Desafios atuais em
relação à formação do professor de geografia. In: SILVA.E.I.D., PIRES. L. M. Desafios
da didática de geografia. Goiânia: Ed. Da PUC Goiás, 2013. p. 87-105.
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INTRODUÇÃO
METODOLOGIA DE PESQUISA
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Diante das várias obras literárias que podem ser utilizadas para trabalhar o ensino
de história Afro-brasileira e Africana, daremos ênfase à obra de Conceição Evaristo
(Olhos D´Água). Evaristo é uma mulher negra, que nasceu na favela da zona Sul de Belo
Horizonte. Como a maioria das mulheres negras do início do século XX, teve que
trabalhar de doméstica até concluir seus estudos iniciais, aos vinte e cinco anos. Após
concluir a primeira fase de seus estudos, mudou-se para o Rio de Janeiro, começando sua
trajetória de militante em movimentos negros. Cursou letras na Universidade Federal do
Rio de Janeiro e fez mestrado em Literatura Brasileira pela Pontifícia Universidade
Federal Fluminense (MACHADO, 2013).
A referida autora participou, na década de 1980, do grupo Negrícia - Poesia e
arte de Crioulo - atuando por meio de projetos literários, em favelas, presídios, bibliotecas
públicas. Participava, ainda, nas organizações de encontros nacionais de escritores
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negros, tendo seu primeiro trabalho publicado em 1990 no Caderno Negro. A partir daí
sua carreira deslanchou, publicou diversos poemas, contos, além de dois romances (2003;
2006), uma coletânea de poemas (2008) e um livro de contos (2012).
A obra de Evaristo (Olhos D´Água), publicada no ano de 2014, é uma coedição
da Fundação Biblioteca Nacional e da editora Pallas. O livro traz quinze contos, suas
narrativas ou “escrevivências”, como a própria autora costuma dizer, trata-se da “Escrita
de um corpo, de uma condição de uma experiência negra no Brasil” (EVARISTO, 2007,
p. 20). Embora não fuja do modelo do conto, retrata questões culturais afro-brasileiras
que foram silenciadas ao longo do tempo. O livro foi ganhador do premio Jabuti 2015,
embora alguns dos contos da obra já tenham sido publicados anteriormente no Caderno
Negro, a obra foi alvo de críticas positivas por se tratar de um mosaico de histórias, com
conteúdos emblemáticos, retratando a cultura afro-brasileira e Africana por meio de uma
linguagem fácil e agradável, comovendo os leitores (SOARES, 2017).
No livro a autora utiliza uma linguagem sutil e poética para retratar questões
da existência humana da população Afro-brasileira, descreve, principalmente, a luta da
mulher negra, a pobreza, a exclusão e a violência que a acometem, sem grandes
sentimentalismos, mostrando, por meio de uma textura poética e cheia de ficções, a dura
realidade dessas mulheres que se reinventam a cada instante (FARIAS, 2016).
A obra escolhida tem como foco central a mulher negra, ao representar a
trajetória delas por meio das personagens ficcionais a autora reforça a importância de
seu papel na sociedade, impulsionando a visão critica sobre a condição humana,
vivenciada pela comunidade negra/afro-Brasileira atualmente, como podemos perceber
nessa passagem do conto Olhos D´Água.
Um dia, brincando de pentear boneca, alegria que a mãe nos dava quanto,
deixando por uns momentos o lava-lava, o passa-passa das roupagens alheias
e se tornava uma grande boneca negra para as filhas, descobrimos uma bolinha
escondida bem no couro cabeludo dela. Pensamos que fosse carrapato. A mãe
cochilava e uma de minhas irmãs, aflita, querendo livrar a boneca mãe daquele
padecer, puxou rápido o bichinho. A mãe e nós rimos e rimos e rimos de nosso
engano. A mãe riu tanto, das lágrimas escorreram. Mas de que cor eram os
olhos dela? (EVARISTO, 2016.p.16).
Em outra passagem do conto Maria, ela reforça novamente a luta pela
sobrevivência, diante de uma realidade de exclusão, miséria, violência. Maria, uma
doméstica/diarista, moradora do morro, que busca com seu trabalho sustentar, sozinha, a
casa e o filho. Sua realidade é a de muitas mulheres, de muitas Marias que, invisíveis,
seguem na resistência cotidiana. A citação a seguir, do referido conto, apresenta-nos essa
realidade.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho ainda está em fase inicial. Embora não esteja completo, é
possível perceber a relevância de inserir a literatura no ensino de história. Ao utilizar esta
metodologia, o professor possibilita um novo olhar sobre a cultura e a realidade social da
população Afro-brasileira, reforçando questões sobre a identidade negra e sua
ancestralidade. Assim sendo, obra de Evaristo contribui com esse debate sobre exclusão,
violência e resistência da população negra no Brasil.
1
Yabás - divindade feminina ou construída de energia predominantemente feminina. Informações
disponível em < http://wwworixas.blogspot.com.br/2012/01/as-iabas-e-agua.html> . Acesso em 25 de
setembro. 2017.
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INTRODUÇÃO
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comunidade Iporaense, estabelecendo uma identidade local e regional que remonta a sua
história, as relações pessoais, os valores, as regras e os saberes-fazeres.
Somos seres simbólicos criadores de teias, tramas, redes e sistemas de
regras de relações, de códigos de conduta, de gramáticas de
relacionamentos, assim como de contos, cantos, mitos, poemas, ideias,
ideologias, visões de mundo, religiões (Brandão, 2009, p 717).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
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cognitivo, social e afetivo dos alunos. Percebe-se que o discernimento entre os papéis de
cada agente que faz parte do processo é importante para a melhoria desse relacionamento.
De acordo com Imbernon (apud POLONIA; DESSEN2005), o reconhecimento de que a
escola não educa sozinha e que a família tem sua parcela de responsabilidade é condição
para uma educação integral de qualidade. Nesse mesmo sentido, Moll (apud POLONIA;
DESSEN, 2005) enfatiza a necessidade do compartilhamento de responsabilidades na
tarefa de educar integralmente.
Na escola onde realizamos essa pesquisa, no primeiro semestre de 2015, 50% dos
pais participam de reuniões. Por bimestre, a taxa de evasão e/ou transferência é de 10%.
O índice na Avaliação Diagnóstica da SEDUC (Secretaria de Estado da Educação de
Goiás) cresceu em 10% em relação aos anos anteriores. Atribuímos esse crescimento,
pelo menos em parte, ao estreitamento das relações entre a comunidade dos pais e a
comunidade escolar.
O tipos e condições de relacionamento entre essas duas comunidades merecem
nossa atenção em virtude de sua diversidade. Em Epstein (apud POLONIA; DESSEN
(2005), encontramos alguns indicativos interessantes dessa diversidade de
relacionamentos: a) obrigações essenciais dos pais enquanto educadores no espaço
familiar; b) obrigações essenciais compartilhadas pelos pais e pela escola no tocante às
atividades que impactam no processo de aprendizagem; c) participação dos pais no
Projeto Político da escola. Esses indicativos sinalizam, ao nosso ver, a possibilidade de
uma educação integral verdadeiramente efetiva.
Segundo verificamos, a equipe pedagógica do CEPI Osório considera que é
responsabilidade da família estimular a aprendizagem escolar através do
acompanhamento de tarefas escolares e da criação de hábitos de estudo. Conforme os
resultados do Conselho de Classe do primeiro bimestre de 2015, verificou-se, de forma
geral, alguma dificuldade entre os pais para assumirem a responsabilidade de
acompanhamento dos filhos. Os filhos desses pais foram alguns que não lograram o
sucesso esperado nas atividades de aprendizagem.
A partir de conversas informais com a coordenação pedagógica, a assumência foi
novamente verificada na recusa às convocações referentes às questões particulares no
desconhecimento do histórico escolar do filho. A escola realiza também reuniões
coletivas para informar os pais sobre as premissas da instituição, suas normas, o modelo
pedagógico e discussões para novas deliberações, o que nem sempre contava com a
participação da família. Quanto ao envolvimento dos pais em atividades colaborativas, de
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acordo com considerações feitas pelo grupo gestor, observa-se um nível de participação
bastante restrito. Segundo fomos informadas, grande parte não disponibiliza seu tempo
para estabelecer a parceria necessária para o sucesso da inciativa projetada pela escola.
Quando questionados sobre a participação, alguns pais declaram que a participação ocorre
de forma representativa através do conselho escolar.
Quanto à questão da frequência, a equipe escolar aponta que alguns pais não
conseguem garantir a presença regular dos filhos mesmo com a insistência da escola em
mostrar a importância dessa regularidade na formação integral do jovem. Esse quadro é
certamente o mais delicado já que revela, pelo menos em alguns casos, situações de crise
de autoridade familiar.
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INTRODUÇÃO
Este texto tem como objetivo analisar as possibilidades de uso das histórias em
quadrinhos no ensino de história, e como essas mídias podem ser empregadas em sala de
aula, assim como em pesquisas acadêmicas, visando a responder algumas perguntas
como: Quais os possíveis usos e abordagem dessa fonte no ensino de história? Como se
trabalhar com este tipo de fonte? Qual a sua relevância para o ensino nos dias de hoje?
Visando a responder estas perguntas, trago uma análise da obra Gen: Pés descalços do
autor Shinji Nakazawa, e obras de autores pesquisadores sobre o uso das histórias em
quadrinhos no ensino e aprendizado histórico.
METODOLOGIA DE PESQUISA
REFERENCIAL TEÓRICO
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dias atuais teve seu início por volta do fim do século XIX, oficialmente com Yellow Kid
(Richard Outcault), chamadas de diárias por serem publicadas nos jornais americanos
diariamente, e se popularizou durante o período da segunda guerra mundial, por
incentivar o sentimento nacionalista, principalmente nos EUA, com o uso dos super-
heróis como forma de motivar seus moradores e os colocarem a favor do governo. Assim,
figuras como Superman e Capitão América são exemplos desse movimento, porém não
os únicos, sendo que até o carismático Mickey Mouse da Disney foi alvo de campanhas
durante a guerra. Vemos então como uma mídia tão “simples”, de linguagem tão acessível
e de fácil compreensão conseguiu ganhar espaço nas sociedades e, após esses períodos,
em meio a crises e ascensões, a Hq chega a um novo patamar, atingindo os mais variados
públicos desde então, agora com a produção sendo gerenciada pelos syndicates,
(empresas que trabalhavam na distribuição dos quadrinhos produzidos) e sua produção
“profissional” e distribuídos em massa, o Comic americano passa a adotar um modelo
que viria a ser seguido pelo resto do mundo segundo Bybe-Lyuten(1985).
No Brasil, esse movimento conta com alguns ícones conhecidos por grande
parcela da população como Ziraldo e Maurício de Souza que possuem obras voltadas para
o público infantil e jovem como Turma do Pererê, Menino Maluquinho, Turma da
Mônica e inúmeras outras. Contudo, devemos também lembrar os saudosos quadrinhos
Underground, que abordavam temas de cunho mais social e retratavam, muitas vezes, as
diferentes realidades sociais das camadas mais baixas da sociedade brasileiras e de outros
países como as obras do brasileiro Shiko, Robert Crumb, Gilbert Shelton, Bill Griffith,
como formas de protesto durante a segunda metade do século XX e, desde então, esses
movimentos perduram até os dias atuais e contribuem para que o universo dos quadrinhos
se torne mais rico e vasto, permitindo análises nas mais diferentes áreas.
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No prefácio, o autor Art Spiegleman retrata o impacto de Gen, na sua visão como
leitor, sendo ele mais um consumidor desse material, relata seu espanto perante o tamanho
choque que ele tem ao ler a obra de Nakazawa e a criação de uma falsa memória devido
a essa imersão que os quadrinhos nos trazem. Segundo ele, a linguagem acessível de Gen
traz ao leitor, nos seus traços exagerados, o sentimento de empatia para com o
personagem, faz com que o leitor tenha a sensação de que esteve em tal fato, e mesmo
com as ilustrações amenizadas, a imagem de atos de proporção tão catastrófica traz ao
leitor essa experiência.
Nakazawa utiliza Gen, o protagonista, como seu álter ego retratando a própria
realidade e a dos moradores de uma sociedade alienada e oprimida pelo poder político do
imperador japonês, transformando o conflito em uma espécie de “guerra santa” contra os
“demônios” americanos e fazendo com que os cidadãos passassem pelos mais diversos
problemas, desde a obrigatoriedade em trabalhar a favor da guerra até a fome e miséria.
Gen aborda os mais diversos temas e relata detalhadamente, embora que de forma
cartunesca e mais “aliviada” devido aos seus traços, os horrores da guerra. Devido a isso
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o tema é mais adequado para alunos do ensino médio e a abordagem podendo variar entre
geopolítica, direitos humanos, temas transversais e historiografia do século XX.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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INTRODUÇÃO
Nas escolas ainda não há o ensino da língua, porém há algumas escolas que
ministram oficinas uma vez por semana quando há alunos surdos na escola. Pensando no
ensino, uma forma de facilitação do mesmo, é a utilização de jogos para o ensino da
linguagem, que se torna mais fácil, atrativo e divertido, em que se aprende “brincando”.
O foco central é chamar a atenção dos alunos para esta língua com o intuito também não
ficar somente em uma aula expositiva, cansativa e sim, uma aula dinâmica e atrativa.
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Campus Iporá., no período vacante dos alunos participantes da oficina. Sendo estas
executadas conforme os passos descritos abaixo:
Oficinas de preparação dos acadêmicos, na UEG ( 40h/a)
Aula inaugural/ apresentação do projeto.
Apresentação do ENEM 2015/16- Estatística.
Diagnóstico de escrita – prova modelo ENEM (somam-se 4 diagnósticos )
Competências exigidas na prova do ENEM.
Aulas temáticas (Diversificadas).
Reescritas dos textos com ampliação do tema.
Refacção orientada individualmente.
Produção da coletânea textual.
Participação: CEPE/UEG, CONSEMP/UEG e na Semana Nacional de Ciências e
Tecnologias.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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JORNAL DA ESCOLA
Paula Marina Xavier de Rezende
¹Centro de Ensino em Período Integral de Aplicação, paulamarinaspfc@hotmail.com; ²Universidade
Estadual de Goiás.
INTRODUÇÃO
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Nesse momento foi possível comparar esse material didático que estava sendo
desenvolvido com o respectivo material didático produzido no primeiro projeto.
Percebeu-se que os conteúdos das disciplinas de biologia e de química da 1ª série que
envolvem funções, também são escassos. Nessas disciplinas, a quantidade de atividades
elaboradas foi muito pequena. Foram poucos os conteúdos que podem ser associados ao
conteúdo de funções.
Apesar das dificuldades encontradas em sua elaboração, o material didático
apresenta atividades que podem sim ajudar os professores dessas disciplinas a
enriquecerem suas aulas e melhorar o ensino de alguns conteúdos.
Em meio às dificuldades encontradas e as superações construídas, o material
pedagógico ficou com qualidade além das nossas expectativas. Buscamos construir
conjuntamente um material que além de ser baseado em várias pesquisas, ele fosse
didático e também objetivo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica.
Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Brasília: Ministério da Educação,
2002a.
MORIN, E. A Cabeça Bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. 7. ed.
Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002a.
VIGOTSKI, L. S. Psicologia Pedagógica. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
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INTRODUÇÃO
De acordo com Silva e Santos (2007), “A mídia exerce um papel muito importante
na sociedade, estabelecendo veladamente normas e formas nas culturas; gerando um
grande número de espectadores para suas lentes e seus vieses”. Para Miranda (2007),
entender a evolução da mídia leva à compreensão do comportamento humano. Sua
evolução sempre esteve ligada diretamente ao desenvolvimento social e econômico. Os
textos impressos foram os principais fatores contribuintes para as grandes modificações
políticas e sociais. Tais coisas mudaram o que hoje é a sociedade, mudando
consequentemente também a cultura. A sociedade foi transformada por livros, revistas,
jornais, até a criação dos computadores e celulares, os quais hoje estão presentes na vida
de qualquer indivíduo bem atualizado.
Para Pacheco (2009), nem mesmo as crianças escapam da grande quantidade de
informação imposta pelas mídias, permanecendo grande parte do seu tempo assistindo
televisão, sendo que o uso deste veículo midiático sem o acompanhamento dos pais pode
contribuir, de forma positiva ou negativa, no desenvolvimento social e emocional desta
criança. Partindo deste pensamento, pode-se compreender o quanto um indivíduo sofre
influência das mídias ao longo de sua vida, determinando comportamentos introjetados,
até mesmo inconscientemente. Aproveitando desta interação midiática precoce, as
mesmas alimentam a necessidade de consumo, impondo padrões de belezas, vestimentas,
estilos musicais e o que mais devem possuir para se encaixarem em determinado grupo
ou padrão esperado. Neste contexto, o presente estudo realizou uma análise e reflexão de
como as mídias, em especial, as virtuais e televisivas, causam efeitos influenciadores
sobre os adolescentes.
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METODOLOGIA DE PESQUISA
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Após a execução dos vídeos os alunos foram questionados novamente sobre sua
opinião diante do exposto e se os mesmos ainda se mostravam a favor ou contra a ação
do tatuador relatada anteriormente, porém desta vez os estudantes teriam de justificarem
suas opiniões. Desta forma a pesquisa baseia-se em analisar a que ponto a manipulação
da mídia afeta a opinião do indivíduo.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. São Paulo. Atlas, 1999.
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MATERIAL E MÉTODO
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turmas. Nesse método o professor dividiu as turmas em quatro grupos e entregou mapas
representando a delimitação de duas bacias hidrográficas e o relevo das mesmas. A
partir daí os alunos fizeram a representação utilizando uma base de papelão, sabonete
ralado, cola branca e tinta. O material foi exposto para outros acadêmicos e professores.
Em todos os casos a teoria foi aplicada antes das atividades. Dessa forma foi
possível conversar com os acadêmicos e compreender os pontos de dúvidas antes e
depois da realização de cada prática. Além disso, atividades sobre o tema foram
aplicadas posteriormente à realização das práticas. Assim, foi possível avaliar as
lacunas no conhecimento adquirido pelos alunos.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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Estudos avançados, v. 22, n.63, 2008.
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Transposição didática no ensino de ciências na escola do campo. Revista Eletrônica
de Ciências da Educação, Campo Largo, v. 12, n.1, 2013.
CARVALHO, Ana Paula Vilela; BRUMATTI, Dayane Valentina; DIAS, Herly Carlos
Teixeira. Importância do manejo da bacia hidrográfica e da determinação de
processos hidrológicos. Revista Brasileira de Agropecuária Sustentável (RBAS), v.2,
n.2., p.148-156, 2012.
CARVALHO, Rodrigo Guimarães. As bacias hidrográficas enquanto unidades de
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Presidente Prudente, n.36, Volume Especial, p. 26-43, 2014
DIESEL, Aline; BALDEZ, Alda Leila Santos; MARTINS, Silvana Neumann. Os
princípios das metodologias ativas de ensino: uma abordagem teórica. Revista
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DOMINGUINI, Lucas. A transposição didática como intermediadora entre o
conhecimento científico e o conhecimento escolar. Revista Eletrônica de Ciências da
Educação, Campo Largo, v. 7, n. 2, 2008.
FELÍCIO, Helena Maria dos Santos; OLIVEIRA, Ronaldo Alexandre de. A formação
prática de professores no estágio curricular. Educar, Curitiba, n. 32, p. 215-232,
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GARCEZ, Lucas Nogueira. Hidrologia. Editora Edgard Blucher Ltda. 2ª edição -1988,
9ª reimpressão – 2014.
GEWEHR, Diógenes; STROHSCHOEN, Andreia Aparecida Guimarães; MARCHI,
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ativas de ensino e de aprendizagem: uma abordagem de iniciação à pesquisa. Revista
Ensino & Pesquisa, v.14 n.01 p.225-246, 2016
PORTO, Monica F. A.; PORTO, Rubem La Laina. Gestão das bacias hidrográficas.
Estudos avançados. v.22, n.63, São Paulo, 2008.
VESTENA, Leandro Redin. A importância da hidrologia na prevenção e mitigação
de desastres naturais. Ambiência, V.4, n.1, P 151-162, 2008.
TUNDISI, José Galizia. Gestão das águas. Ciência e cultura, v.55, n.4, São Paulo,
2003.
TUNDISI, José Galizia. Recursos hídricos no futuro: problemas e soluções. Estudos
Avançados, v 22, n 63, 2008.
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INTRODUÇÃO
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alunos da comunidade não só serviu para o que se propôs o projeto - conhecer a literatura
goiana - como também para aproximar os graduandos das situações com as quais irão se
deparar em sala de aula.
No que concerne aos gêneros literários, optamos por focalizar o conto e a poesia
goiana, escolha feita devido à possibilidade em realizar um volume maior de leituras no
tempo do projeto, o que oportunizou que os alunos conhecessem alguns contos, de autores
variados e poesias de Cora Coralina, a poeta escolhida para o estudo deste trabalho.
Para o estudo do conto e da poesia o trabalho embasou-se, teoricamente nos estudos
desenvolvidos por, Nádia Battella Gotlib ( 1995), Vera Maria Tietzmann Silva ( 1993),
Darcy França Denófrio ( 1993) e Gilberto Mendonça Teles (1985) e para as demais
tipologias textuais apoiou-se em Mikhail Bakhtin (1993). Buscaram-se outras fontes
teóricas relacionadas, tal como Almeida, Silva, que tematizaram sobre a literatura em
Goiás.
Não pretenciou com este trabalho fazer aulas teóricas, suprir deficiências
curriculares, mas instigar o valor da literatura goiana e apresentar algumas riquezas
literárias que fazem parte de nossos versos e prosas.
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tivesse uma ampla “tropa” carregada de prosas e poesias goiana. A poesia em Goiás é
bastante diversificada e mesmo suscitando tardiamente, como menciona Teles (1983),
incorpora nomes de destaque no cenário nacional, tais como Cora Coralina, Bernardo
Élis, Hugo de Carvalho Ramos, todos estes apresentados aos alunos, na escola parceira.
O público alvo desta proposta foram 3 turmas de sextos anos e 3 turmas de
sétimos anos, envolvendo os turnos matutinos e vespertinos, somando-se ao total 162
alunos participantes e 60h/a ministradas, além da carga horária de preparo dos alunos
monitores. O projeto contou com a monitoria de dez acadêmicos do curso de Letras da
UEG- Câmpus Iporá, a coordenadora do projeto, a parceria da escola (direção,
coordenação, professores, equipe da merenda, secretaria, enfim todos os envolvidos no
fazer pedagógico) e principalmente com os alunos das turmas que se dedicaram
bravamente a este projeto, com muito estudo, preparo e compromisso, além do credo dado
a UEG, na aceitação deste projeto.
Como culminância realizar-se-á, pois o projeto ainda executará mais uma aula
e o encerramento, um momento cultural, com apresentações de jograis, declamações
poéticas, danças, teatro e também uma deliciosa degustação de comidas típicas,
originadas do milho, para ilustrar o poema Oração do Milho – de Cora Coralina, transcrita
do livro Poemas dos becos de Goiás e estórias mais, poema este que retrata parte do nosso
regionalismo, culturas e misturas populares.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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UFG, 1985.
BAKHTIN, Mikhail. Questões de literatura e de estética: a teoria do romance.
Tradução de Aurora F. Bernardino et al. São Paulo: Editora da UNESP,
1993.
CATELAN & GOYANO. Súmula da Literatura Goiana. 1° Ed. Goiânia: Editora
livraria Brasil Central, 1968.
CORALINA, Cora. Vintém de cobre: meias confissões de Aninha. São Paulo:
Global, 2001.
___________. O tesouro da casa velha da ponte. São Paulo: Global. 2000.
___________. Poemas dos becos de Goiás e estórias mais. São Paulo: Global, 2001
___________. Melhores Poemas. São Paulo: Global, 2004.
DENÓFRIO, Darcy França, Org. Antologia do conto Goiano I: dos anos dez aos
sessenta, organizado por Darcy França Denófrio e Vera M. Tiestzman Silva. 2. Ed.
Ver. Goiânia, CEGRAF/UFG, 1993.
GOTLIB, Nádia Battella. A Teoria do conto. São Paulo: Ática, 1995.
SILVA, Vera Maria Tiestzman, org.. Antologia do conto Goiano II: O conto
contemporâneo/organizada por Vera M. Tiestzman Silva e Maria Zaira Turchi. 2. Ed.
Ver. Goiânia, CEGRAF/UFG, 1994.
TELES, Gilberto Mendonça. Estudos Goianos I: A poesia em Goiás. Goiânia:
editora UFG, 1983.
__________. Estudos Goianos II: A crítica e o principio do prazer. Goiânia: editora
UFG, 1995.
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INTRODUÇÃO
A legislação prescreve na LDB, como deve ser esta formação, conforme seu
Artigo 62:
Portanto, mesmo que o professor tenha apenas uma formação inicial, não
significa que ele deverá ser um profissional ruim, pois a formação do mesmo é
complementada no serviço contínuo, possibilitando assim uma ampliação de seu
conhecimento, uma reflexão sobre suas ações, e um redimensionamento de sua prática
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METODOLOGIA DE PESQUISA
[...] Ser docente na Educação Infantil, com base no perfil apresentado, é ter
sempre uma atitude investigativa da própria prática e, consequentemente,
fazer a sua elaboração por meio de um processo contínuo de formação. É ter
compromisso com a profissão escolhida e consciência de que suas intenções
e ações contribuem na formação humana de nossas crianças ainda pequenas.
(GARANHANI, 2010, p. 196)
Montenegro (2005) ressalta que, em uma cultura marcada por uma concepção
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O professor que não leve a sério sua formação, que não estude, que não se
esforce para estar à altura de sua tarefa não tem força moral para coordenar
as atividades de sua classe. Isso não significa, porém, que a opção e a prática
democrática do professor ou da professora sejam determinadas por sua
competência científica [...] O que quero dizer é que a incompetência
profissional desqualifica a autoridade do professor (FREIRE, 1996, p. 92).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base nos dados adquiridos podemos afirmar que estes profissionais,
apesar de não se enquadrar no perfil para trabalhar com crianças pequenas, os mesmos
possuem formação de nível superior, alguns até especialização na área, porém quando
se trata da prática pedagógica deixa muito a desejar.
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outros, os quais desempenham seu trabalho de forma eficaz com coerência com o que
determina a legislação vigente, reconhecendo a criança sujeito de direitos e esse direito
remete ao perfil desse profissional, as aprendizagens significativas e o desenvolvimento
pleno das crianças em todos os âmbitos, físicos, sociais, intelectuais e culturais.
REFERÊNCIAS:
ARCE, A.; MARTINS, L. M. (orgs) Ensinando aos pequenos de zero a três anos.
Campinas: Alínea, 2009.
BRASIL. Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional.Brasília. 1996. 11ª edição.
p. 36
DINELO, Raimundo Angel. Pedagogia da Expressão: Movimento Ludocriativo.
Dialogo em Marau. Uberaba, 2010. Disponível em:
<http://ludocriatividade.blogspot.com.br>. Acesso em: 15 de set. de 2017.
FELIPE, J. Aspectos gerais do desenvolvimento infantil. IN CRAIDY, C. M.
Convivendo com crianças de 0 a 6 anos. Porto Alegre: Mediação, 1998. P. 7 – 17.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa.
São Paulo: Paz e Terra, 1996.
GALVÃO, Afonso Celso Tanus. Desafios do Ensino na Educação Infantil: Perspectiva
de Professores. V. 61, n. 1 (2009). Disponível em:
<http://ser.psicologia.ufrj.br/index.php/abp/article/view/323/293>. Acesso em: 22 de set.
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GARANHANI, M. C. A Docência da Educação Infantil. IN: SOUZA, G. de. (org)
Educar na Infância: Perspectivas históricos-sociais. São Paulo: Contexto, 2010. p.
187-200.
SAVIANI, D. Formação de professores: aspectos históricos e teóricos do problema
no contexto brasileiro.Revista brasileira de Educação, v. 14, n. 40, p. 14
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INTRODUÇÃO
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Santos (2008) relata que Goiás o programa de inclusão foi inserido em 1999
tendo como objetivo instituir, uma política educacional inclusiva, de maneira a atender a
diversidade das pessoas. Sua sustentação teórica embasa-se na perspectiva
sociocultural\interacionista defendida por Vigotsky (1998) que afirma ser o processo
ensino aprendizagem uma ação decorrente das relações interpessoais, e\ou um
acontecimento social e histórico.No âmbito escolar para que os profissionais da educação
implementem um trabalho satisfatório no campo da inclusão é necessário que esse
trabalho seja executado em equipe. Neste contexto, todos os envolvidos no processo de
inclusão dos portadores de necessidades educacionais especiais são responsáveis pelo
processo de ensino aprendizagem e pelos resultados das ações pedagógicas efetivadas na
escola. Assim disserta-se que as escolas goianas tem um papel de suma importância na
inclusão destes estudantes, os professores, os gestores, a comunidade escolar e a família,
bem como, as redes de apoio precisam manter um tênue dialogo que possibilite o pleno
desenvolvimento e a aprendizagem desses educandos.
Segundo Montoan (1997) todos os indivíduos com necessidades especiais
carecem de interação social, a como é primordial para seu crescimento cognitivo a sua
inserção ao mundo da cultura, fatores que propiciam relacionamentos saudáveis e
conflitos fundamentais para seu desenvolvimento sociocultural. Essa interação quando
realizada de modo adequado, influencia a constituição e aprimoramento dos processos
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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exercícios físicos nesse caso é muito bom ter o desenvolvimento estrutural para o
benefício da saúde e do conhecimento de aprendizagem de diversas qualificações.
Para isso o pedagogo tem que ter uma boa autonomia de aprendizagem de
conhecimento (pesquisador), alguns dos princípios dessa pesquisa, orienta sua pratica,
a indissociabilidade entre ensino e pesquisa o conceito de um pedagogo com
pesquisador, isso estimula o conhecimento de um bom trabalho na pratica, trazendo um
benefício aos seus alunos. Ao brincar a diversas possibilidades de ações e
desenvolvimento no afeto, motricidade, linguagem, percepção, representação, memória
e outras funções cognitivas.
Assim as brincadeiras e jogos favorece o equilíbrio emocional para
apropriação de signos sociais, isso ocorre virtudes de comunicação interpessoal que se
envolve por meio de interação. Ao brincar, a ação criativa e automaticamente e
atividade pelo processo proximal, a qual cria a imaginação que depende da variedade
de experiência previa e se envolve especialmente por meio de brincadeiras simbólicas.
A criatividade e fundamental para series de desenvolvimento de aprendizagem, a
imaginação é uma forma de reflexões que da forma material aos seus frutos aos
conhecimentos. As crianças com uma boa interação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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Métodos 7 edição, Editora Cortez, 2011.
KISHIMOTO, Tizuko MorchidaI. O brinquedo na educação: considerações
históricas. Ideias, o cotidiano da pré-escola. São Paulo, n.7, p.39-45, 1990.
KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Fundação para o Desenvolvimento da Educação.
Jogos Infantis: o jogo, a criança e a educação. 6. ed. Petrópolis: Vozes, 1993.
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INTRODUÇÃO
Autores como Martins (2002), Brasil (2010) Koche (1997) e Sguissardi (2006)
contribuíram de forma elementar para a compreensão e conclusão das discussões aqui propostas.
Ter acesso direto ao ensino superior representa para o individuo não somente
crescimento pessoal, mas e principalmente representa a possibilidade de intervir na realidade
desigual na qual, os brasileiros se encontram imersos. Configura-se também como a mais real
possibilidade de desenvolver o pensamento crítico que desde o processo de escolarização básica
tem sido aniquilado em prol da alienação do pensamento.
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MATERIAL E MÉTODO
Koche (1997, p. 122) afirma que a pesquisa bibliográfica pode ser realizada
com diferentes fins:
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inalterado, surgiram outras escolas inclusive na rede particular de ensino, mas o caráter
deste ainda se centrava no elitismo. Foi então, a partir de 1933 que se emerge os
primeiros dados estatísticos que permitem desenhar o seguinte contexto:
[...] o setor privado respondia por 64,4% dos estabelecimentos e 43,7% das
matrículas do ensino superior, proporções que não se modificaram de maneira
substantiva até a década de 1960 porque a expansão do ensino privado foi
contrabalançado pela criação das universidades estaduais e pela federalização
com anexação de instituições privadas. (MARTINS, 2002, p. 01).
As mudanças mais significativas tem ênfase maior a partir do ano de 2001 onde
se verifica o alavancamento onde chega a triplicar o numero de matrículas no Ensino
Superior entre os anos de 2001 a 2010, conforme pode-se verificar no quadro abaixo:
2001 3.036.113 944.584 31,1 504.797 16,6 360.537 11,9 79.25 2,6 2.091.529 68,9
0
2002 3.520.627 1.085.977 30,8 543.958 15,4 437.927 12,4 104.4 3,0 2.434.650 69,2
52
2003 3.963.933 1.176.174 29,9 583.633 14,8 465.978 11,8 126.5 3,2 2.760.759 70,1
63
2004 4.223.344 1.214.317 28,8 592.705 14,0 489.529 11,6 132.0 3,1 3.009.027 71,2
83
2005 4.567.798 1.246.704 27,3 595.327 13,0 514,726 11,3 136.6 3,0 3.321.094. 72,7
51
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2006 4.883.852 1.251.365 25,6 607,180 12,4 502.826 10,3 141.3 2,9 3.632.487 74,4
59
2007 5.250.147 1.335.177 25,4 641.094 12,2 550.089 10,5 143.3 2,7 3.914.970 74,6
59
2008 5.808.017 1.552.953 26,7 698.319 12,0 710.175 12,2 144.4 2,5 4.255.064 73,3
59
2009 5.954.021 1.523.953 25,6 839.397 14,1 566.204 9,5 118.2 2,0 4.430.157 74,4
63
2010 6.379.299 1.643.298 25,8 938.656 14,7 601.112 9,4 103.5 1,6 4.736.001 74,2
30
Muita embora tenha ocorrido esse salto, há que se considerar que a acanhada expansão
do setor público e o grande crescimento do setor privado explicam-se, em grande medida, pela
drástica redução do financiamento às IFES e pelas facilidades de criação de IES privadas,
especialmente com finalidade de lucro. (SGUISSARDI, 2006). Mas há também que se
considerar que o fator do desenvolvimento tecnológico que possibilitou a expansão do ensino
ofertado através do ensino à distância também contribuiu significativamente para o crescimento.
Mas também, há que se enfatizar que o governo reforça o crescimento do ensino nas instituições
privadas pelo processo de oferta de bolsas universitárias ou ainda através de programas como o
FIES.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
MARTINS, Antonio Carlos Pereira. Ensino superior no Brasil: da descoberta aos dias
atuais. Acta Cir. Bras. [online]. 2002, vol.17, suppl.3, pp.04-06. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-86502002000900001
(Acesso em: 16/10/2017)
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INTRODUÇÃO
O ensino de química tem sido algo desafiador para os docentes da área, tanto para
os que se encontram no exercício da profissão quanto para os que estão ingressando na
carreira. Por ser uma disciplina abstrata e considerada complexa pela maioria dos
estudantes, a química não é muito atrativa e prazerosa para os alunos (REGINALDO,
2012).
Diante desse contexto, foram desenvolvidas algumas metodologias alternativas
para chamar a atenção dos alunos e tornar a disciplina de química mais atrativa e prazerosa
para os mesmos. Uma dessas metodologias foi o uso de jogos ou atividades lúdicas que
buscam relacionar o educativo e o lúdico a fim de trazer o aprendizado de forma prazerosa
(SOARES, 2004). O jogo pode ser usado também como forma de avaliação, pois o aluno
de diverte e nem percebe que está sendo avaliado (REZENDE e SOARES, 2011).
A avaliação prévia ou avaliação diagnóstica é utilizada com a finalidade de se
avaliar o conhecimento prévio dos alunos. A utilização do jogo para fazer a avaliação
prévia dos alunos, pode ajudar a avaliar realmente o conhecimento já adquirido por eles,
pois não será reconhecido pelos alunos como avaliação, tornando as respostas mais
espontâneas (REZENDE e SOARES, 2011).
O jogo também pode contribuir para quebrar a barreira inicial existente entre o
aluno e um novo professor, fazendo com que a relação entre eles se dê de uma forma mais
dinâmica.
Uma das vantagens dos jogos é possibilitar que o aluno tenha uma aprendizagem.
A construção de uma aprendizagem significativa está associada com a capacidade do
indivíduo de relacionar o que já está formado com um novo conhecimento, construindo e
reconstruindo conceitos para que se efetive a aprendizagem (MOREIRA, 2002). Outra
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aula.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
As metodologias alternativas podem auxiliar o professor tanto na aplicação do
conteúdo quanto na avaliação. A utilização da experimentação auxiliou os alunos na
construção de uma aprendizagem mais significativa, se tornando base para a construção
de novos conhecimentos a partir da interação com o que já foi construído.
REFERÊNCIAS
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INTRODUÇÃO
Os seres humanos desde os primórdios apresentaram necessidade de se deslocar
de um lugar ao outro, no início na fase nômade o fazia a pé, no entanto com o passar dos
anos e chegando a era contemporânea com a utilização de automóveis variados, essa
necessidade tornou-se um dilema, para a vida de todos os cidadãos.
Ao mesmo tempo em que os meios de transportes trouxeram benesses a
sociedade agilizando serviços essenciais por outro lado a utilização em massa de
automóveis tornou-se um bem de consumo desejável por muitos, o resultado é um trânsito
caótico, poluição ambiental e pessoas sedentárias. E somando a todo esse grande número
de veículos nasvias, estão os acidentes que tem deixado sequelas na vida de muitos jovens
principalmente.
Estudos realizados por órgãos nacionais (CINETRAN) têm demonstrado que o
trânsito no Brasil tem ceifado mais vidas do que em determinadas guerras. Daívem o
questionamento: Por que um bem quefoi desenvolvido para a melhoria da vida tem trazido
consigo males a sociedade?
Pensando neste questionamento, que a Unidade Escolar CEPI de Aplicação
durante há alguns anos tem desenvolvido ações de reflexão a respeito do tema na Semana
Nacional do Trânsito, amparada por políticas públicas que visam uma Educação para o
trânsito, a qual deve ser iniciada desde cedo com os alunos, para que os futuros condutores
sejam mais conscientes do que os que estão dirigindo atualmente.
Este ano letivo partimos de situações vivenciada no trânsito de Iporá, pelo fato
de os nossos alunos residirem e transitarem pelas ruas desta cidade, assim diante do
númeroelevado e gradual de acidentes ocorridos envolvendo motoristas, motociclista e
pedestres., escolhemos o trânsito de Iporá como objeto de estudo deste projeto.
METODOLOGIA DE PESQUISA
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escritora era alguém muito velho ou que já havia morrido como Monteiro Lobato. Essa
presença foi fundamental para incentivar os alunos a lerem e a produzir, já que eles
também são escritores de suas próprias histórias, e entre suas histórias está sua conduta
no trânsito a partir de tanta informação que obtiveram durante os dias 04 a 22 de
setembro.
Trabalhar virtudes como: paciência, tolerância, responsabilidade, coleguismo,
humildade e saber ouvir com atenção foram objetivos específicos do projeto, pois todos
esses valores são fundamentais para uma vida em sociedade e principalmente no que diz
respeito as vias de tráfego.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao concluir o projeto: “Atenção!!! Siga um livro!”, foi possível constatar um
aprendizado significante na vida e convivência dos alunos no que diz respeito a relação
de cidadania no trânsito, se tornando críticos e observadores quanto as ações de
motoristas e pedestres nas vias, outro ponto a salientar foram quanto ao estímulo a
leitura, produção e reconto de histórias, entre as turmas envolvidas tivemos o destaque
do 4º Ano A, que na “Tenda de Leitura” recontou causos, as histórias Menina Bonita
do Laço de Fita de Ana Maria Machado, e Colchas de retalhos de Conceil Corrêa da
Silva, demonstrando boa memorização e expressão corporal.
A música foi outro ponto abordado pelos alunos do 6º Ano, que através da
paródia, expuseram o que sentiam e aprenderam sobre a educação no trânsito tão
necessária, além de entrevistas, filmes e carta ao leitor produzidopelos demais alunos da
segunda fase do ensino fundamental.
REFERÊNCIAS
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VIGOSTKY, L.S. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
http://www.conteudoseducar.com.br/conteudos/arquivos/3745.Acesso em 03 de
setembro de 2017.
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INTRODUÇÃO
Os índios sempre tiveram uma relação próxima com a natureza e dispunham dela
para diversas necessidades como, por exemplo, na vestimenta, alimentação, moradia e
finalidades medicinais (ALMEIDA, 2011).
A utilização de plantas medicinais vem desde os primórdios da humanidade.
Logo que chegaram ao Brasil, os europeus se depararam com a grande quantidade dessas
plantas e como as mesmas eram fortemente utilizadas pelos índios na cura e prevenção
de doenças. Associados os conhecimentos de ambos, índios e europeus, desenvolveu-se
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a fitoterapia, um ramo que resultou uma relação que foi de suma importância para o
aproveitamento correto e total da planta (BRAGA, 2011).
De acordo com ALVIM et al (2006, p.2),
O homem primitivo buscou na natureza as soluções para os diversos males que
o assolava, fossem esses de ordem espiritual ou física. Aos feiticeiros,
considerados intermediários entre os homens e os deuses cabia a tarefa de curar
os doentes, unindo-se, desse modo, magia e religião ao saber empírico das
práticas de saúde, a exemplo do emprego de plantas medicinais. A era antiga
inaugurou outro enfoque, quando, a partir do pensamento hipocrático, que
estabelecia relação entre ambiente e estilo de vida das pessoas, os processos de
cura deixaram de ser vistos apenas com enfoque espiritual e místico.
As plantas medicinais eram vistas como “armas” que eram capazes de curar.
Ainda nos dias atuais, elas não deixaram esse posto. Diferentemente de outros remédios,
os que têm como base essas plantas costumam causar menos efeitos colaterais e são mais
baratos.
O uso das plantas medicinais como um recurso terapêutico atinge, cada vez mais,
um público maior. Um fato preocupante em relação a esse dado, é a utilização
indiscriminada dessas plantas sem qualquer conhecimento fitoquímico, farmacológico e
toxicológico (ALICE et al., 1995). A pesquisa com plantas medicinais contribui para o
melhor uso destes recursos pela população (AMOROZO & GÉLY, 1988), assim:
O grande uso de medicamentos à base de plantas medicinais e o próprio
conhecimento popular traz consigo a necessidade de pesquisas para o
esclarecimento e confirmação de informações sobre as ações das plantas,
visando a minimização de efeitos colaterais e toxicológicos, haja vista esse uso
deve ser confiável e seguro (FIRMO et al., 2011, p.94).
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sendo nativa de áreas abertas de quase todo o Brasil, principalmente da região litorânea
e Amazônia (LORENZI, 2008; SENNA, 2006). As folhas da A. brasiliana apresentam
diversos padrões de coloração que vão desde o verde à púrpura (DELAPORTE et al.,
2002).
Essa espécie é conhecida popularmente por penicilina, terramicina e perpétua-
do-mato (DELAPORTE et al., 2002), sempre-viva, caaponga, carrapichinho,
carrapichinho-do-mato, perpétua-do-brasil, quebra-panela, cabeça-branca, acônito-do-
mato, ervanço, nateira, infalível e doril (LORENZI, 2008).
A planta A. brasiliana é indicada para problemas de garganta, para febre,
enxaqueca e gripe, e em acidentes com ofídios e aranha, agindo como antibiótico e anti-
inflamatório, analgésico e anti-infeccioso, respectivamente (BARROS et al., 2007).
Quando as folhas dessa planta são utilizadas na forma de infusão ou decocto, são
consideras béquicas (NIHEI, DIAS & PEREIRA, 2001 apud LORENZI, 2008), além
disso, a infusão de suas folhas também é considerada diurética, digestiva, depurativa,
sendo usada para moléstia do fígado e bexiga (MORS, RIZZINI & PEREIRA, 2000
apud LORENZI, 2008). O seu extrato obtido com solventes orgânicos apresenta
atividade antitumoral (NIHEI, DIAS & PEREIRA, 2001 apud LORENZI, 2008). Nas
Guianas, nativos e indígenas, usam as folhas dessa planta como adstringente e
antidiarreico, e o macerado da planta inteira contra prisão-de-ventre (GRENAND,
MORETTI & JACQUEMIN, 1987 apud LORENZI, 2008).
Este trabalho é parte integrante do Estágio Supervisionado em Ciências e a
temática nele trabalhada se enquadra no projeto de Iniciação Científica de uma escola
pública de tempo integral na cidade de Iporá, Goiás, que tem como tema as plantas
medicinais e o seu uso popular como medicamento fitoterápico. Neste sentido, a
pergunta que dá origem a este trabalho é: Como (e se) tem sido implementada a
Alternanthera brasiliana, vulgar terramicina, no projeto de Iniciação Científica da
escola e como é trabalhada com os alunos. Assim, pretende-se, investigar o
conhecimento prévio que os alunos têm sobre a planta, seu uso, benefícios e malefícios,
além de averiguar o conhecimento científico adquirido por eles por meio da Iniciação
Científica e se essa planta é usada como medicamento fitoterápico no ambiente escolar.
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escolar, onde o mesmo é constituído por indivíduos que participam ativamente nesse
contexto educacional. A abordagem qualitativa consiste no reconhecimento e na análise
de diferentes perspectivas dos sujeitos envolvidos a respeito do objeto em estudo,
partindo dos significados sociais e subjetivos a ele relacionados (FLICK, 2009).
A pesquisa deu-se em uma escola pública de tempo integral da cidade de Iporá,
Goiás. Foram sujeitos da pesquisa os alunos do 6º e 7º ano do EF que participaram do
projeto de Iniciação Científica/Letramento, professora responsável e auxiliar de pátio.
O instrumento de coleta de dados utilizado foi o questionário. Esse instrumento de coleta
foi escolhido porque permite uma maior ampliação do campo de pesquisa, devido à
possibilidade de participação de um maior número de pessoas, consequentemente um
maior levantamento de informações, e por ser um método mais preciso na análise e
quantificação dos dados (OLIVEIRA, 2012). Foram elaborados três tipos de
questionários, um que foi aplicado junto à professora responsável pelo projeto de
Iniciação Científica, um junto à auxiliar de pátio da instituição e outro para os alunos.
Após a aplicação dos questionários, os resultados obtidos foram organizados e
tabulados, para análise conforme literatura que trata sobre a Alternanthera brasiliana.
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vezes utilizam e 1 aluno nunca utilizou. Referente à frequência com que usam plantas
com fins medicinais, 16 alunos afirmaram que raramente usa, sendo que somente 6
alunos usam frequentemente. Quando questionados se possuem quintal em casa e se
existe alguma planta medicinal, 15 alunos afirmaram ter quintal em casa e algum tipo
de planta medicinal nele, 6 alunos afirmaram ter quintal em casa, mas não ter planta
medicinal nele e 1 aluno afirmou não ter quintal em casa.
Em um estudo do consumo de plantas medicinais no Rio de Janeiro, Veiga Junior
(2007), afirma que as plantas medicinais são utilizadas quando há algum tipo
indisposição ou problema de saúde, ou em casos mais simples, como gripes e pequenas
infecções. Ainda, segundo ele:
A urbanização das cidades e a migração da população rural para a área urbana
levam à perda do conhecimento sobre as plantas medicinais. Seja em função
do distanciamento das plantas (nas áreas urbanas os quintais com jardins, onde
as plantas possam ser reconhecidas e coletadas, são cada vez menos
frequentes) ou da falta de interesse no aprendizado de suas propriedades, as
novas gerações parecem estar perdendo este conhecimento, acumulado pelos
seus antepassados (VEIGA JUNIOR, 2007, p.310).
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responderam que é através de conversas, também por meio da família, livros, revistas,
internet e TV, palestras e aulas de Iniciação Científica. Daí a importância do projeto
realizado na escola. Já como aprenderam a utilizar a terramicina, a maioria afirmou ter
aprendido com os pais e amigos e alguns com os avós. Assim, percebe-se que:
Em sociedades tradicionais, a comunicação oral é o principal meio pelo qual o
conhecimento é transmitido, e, para que essa transmissão ocorra, é necessário
o contato intenso e prolongado dos membros mais velhos com os mais novos.
Isto acontece normalmente em sociedades rurais ou indígenas, nas quais o
aprendizado é feito pela socialização, no interior do próprio grupo doméstico
e de parentesco, sem necessidade de instituições mediadoras (BRASILEIRO
et al., 2008, p.629).
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é usada como medicamento fitoterápico na escola para curar enfermidades dos alunos.
Em caso de resposta positiva, mais três perguntas foram feitas para obtenção de respostas
mais detalhadas. Qual a finalidade, por quem era administrada e de que forma era usada.
A resposta inicialmente foi positiva. Como finalidade da planta medicinal terramicina, foi
ressaltado o tratamento de infecções e o seu uso para dores de cabeça. A mesma era
administrada pela própria auxiliar de pátio em forma de chá ou com as folhas amassadas
juntamente com água.
Assim, a planta em estudo é administrada como medicamento na escola, para
tratamento de infecções, inflamações e dores dos alunos, o que está de acordo com a
literatura científica da área, referente a esta planta.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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Resumo: O presente trabalho tem por objetivo relatar a importância ecológica e das aulas
práticas sobre Fungos no Ensino de Ciências Naturais, realizado através do Estágio
Supervisionado II. O projeto foi desenvolvido com alunos de 7º ano de uma Escola Campo
localizada na cidade de Iporá-GO, sendo assim realizado em 5 etapas tanto teóricas como aulas
práticas. Cada etapa obteve duração de 40 minutos, as três primeiras voltadas para aulas teóricas
e as duas últimas voltadas para as práticas, observações no pátio da escola campo e observações
de fungos por meio da lupa. A metodologia adotada como forma de avaliação da aprendizagem
dos alunos foi uma atividade na quais estes expressaram por meio de desenhos ou relataram o
conhecimento em relação ao Reino Fungi, esta feita em dois momentos do projeto antes de
iniciar o conteúdo como ao término do mesmo. A análise desta atividade foi feita por
comparações das atividades realizadas antes e depois do projeto, e assim comparando o
conhecimento de cada aluno sobre o assunto. Ao analisar percebe-se que o conhecimento dos
alunos sobre a importância ecológica dos fungos antes de iniciar o projeto eram precários e após
a realização do mesmo percebe-se que tanto as aulas teóricas e práticas foram essenciais para o
conhecimento.
INTRODUÇÃO
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2002). Estes são extremamente importante devido por exercerem atividades fundamentais
no equilíbrio ambiental, atuando como seres decompositores na cadeia alimentar.
De acordo com Chassot (2006) apud Souza et.al. (2015, p. 2) a relevância dos
fungos para o planeta e seus habitantes é notória, assim percebe-se a importância de
discussões sobre esses organismos para próximo dos alunos, pois quando o cidadão é
capaz de dominar os conhecimentos científicos e tecnológicos necessários para
desenvolver-se na vida diária, este pode ser considerado alfabetizado cientificamente. A
Educação em Ciência deve dar prioridade à formação de cidadãos cientificamente cultos,
capazes de participar ativa e responsavelmente na sociedade, além de serem capazes de
compreender os fenômenos naturais, entender e controlar o ambiente natural
(DELIZOICOV et al., 2011; CHASSOT, 2006).
Segundo Silva et al.; (2009),
a forma como o tema Reino Fungi vem sendo tratado pelos professores nas
aulas de ciências assumem uma abordagem exclusivamente expositivas, com
supervalorização dos conteúdos conceituais, enfocando classificação,
morfologia, reprodução, dentre outros. Nessa perspectiva identificamos neste
contexto de ensino-aprendizagem alguns problemas referentes à associação
deste tema ao contexto no qual os alunos associam os fungos apenas às doenças
por eles causadas, esquecendo-se da sua importância econômica (cogumelos
comestíveis, aplicação na produção de alimentos e bebidas), ecológica
(decompositores e bioindicadores de qualidade ambiental) e de suas relações
com os outros seres vivos.
Diante do exposto é preciso inovar e ousar para permitir que o aluno construa seus
saberes, com alegria e prazer, possibilitando a criatividade, o relacionamento e o pensar
criticamente no que faz (BALBINOT, 2004).
As aulas práticas lúdicas possibilita uma interação dos alunos, deixando-os
entusiasmados a aprender diversos conceitos, como por exemplo sobre os fungos. Leva-
os a ter uma visão e facilidade de observar na natureza os diversos fungos, e deixando de
ter somente uma aprendizagem teórica, aquela que deixa o aluno limitado ao
conhecimento e ao saber se os fungos estão no próprio ambiente em que vivem, se existe
benefícios ou malefícios na natureza. Portanto a prática deste conteúdo permite essa
interação e aproximação com a natureza.
MATERIAL E MÉTODO
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destinado aos alunos do 7º ano A do período matutino do Ensino Fundamental (EF) das
séries finais da Escola Campo, localizada no município de Iporá Goiás região Oeste do
Estado, projeto realizado na presença do Estágio Supervisionado II. O estudo situa-se na
disciplina de Ciências naturais, com enfoque na importância ecológica e das aulas práticas
sobre fungos.
O projeto foi realizado por intervenção de aulas teóricas e práticas, totalizando 5
etapas de 40 minutos. Para possível análise referente ao conteúdo distribuiu folhas
chamex para os alunos exporem seu conhecimento em forma de desenho ou que
discorressem, cujo método para esta realização ficou a critério dos alunos. Ao término do
projeto a análise foi baseada por comparações tanto antes de se iniciar o projeto como
após a conclusão do mesmo, esta comparação foi realizada por meio de observações das
atividades dos mesmos indivíduos realizadas pré e pós-projeto.
AULA TEÓRICA
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AULA PRÁTICA
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levados pela estagiária sendo visualizado com auxilio da lupa em sala de aula.
Após concluirmos os processos teóricos iniciamos as práticas, momento no qual
os alunos mostram o que aprenderam e o momento de unificar estes nos assuntos do dia-
a-dia no qual estão inseridos, pois para que os alunos conheçam e compreendam a prática
também é necessária a teoria, havendo assim uma conexão e complementação. Segundo
Freire (1997), para compreender a teoria é preciso experienciá-la, deste modo obter aulas
práticas são fatores importantes na aprendizagem.
Nos dias atuais pode-se destacar a dificuldade dos alunos em relacionar a teoria
desenvolvida em sala com a realidade a sua volta, devido pela falta de práticas, não
havendo estas acabam se tornando fatores que distanciam o conteúdo do dia-a-dia.
Reginaldo et al. (2012) diz que pode-se inferir que o aluno que não reconhece o
conhecimento científico em situações do seu cotidiano, não foi capaz de compreender a
teoria.
Diante do exposto, e do real motivo do projeto voltado para as aulas práticas e
importância ecológica, os alunos com uma bagagem teórica a partir das aulas ministradas
demonstraram aptos para assim começarmos as práticas.
Na quarta etapa começando as práticas os alunos foram orientados que aquele
momento seria para observações de fungos no pátio da escola e caso encontrassem algo
que anotassem. Durante as buscas pelos fungos mostraram bastantes interessados em
encontrar o que foi proposto, esta observação durando em torno de 15 minutos. Ao
voltarmos para a sala percebemos a vontade de mencionar algumas das diversidades
encontradas. E assim por realizar as aulas em um período seco para o desenvolvimento e
proliferação dos fungos, pouco se encontrou.
Mencionaram encontrar orelha-de-pau, liquens e folhas com presenças de fungos
que já se encontrava em estágio de decomposição, além de citar levaram para a sala
gerando comentários e interação entre os alunos.
Logo em seguida, foi mostrada para os alunos uma caixinha com uma diversidade
de fungos como várias espécies de orelha-de-pau, líquen e cogumelo como mostra a
seguir.
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Figura 1: Orelha-de-pau.
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desenharam cogumelo, apenas um diz conhecer fungo como algo prejudicial à saúde
como aparência preta na unha e outros desenharam orelha-de-pau, mostraram muito
desenho e pouca escrita das características do Reino, sem comentários da importância
econômica e ecológica dos fungos.
Analisando as atividades pós-projeto, dos 27 alunos matriculados 21 realizaram a
atividade, demonstraram bastante agilidade ao concluí-la, e o mais importante
demonstraram conhecimento, apesar de poucos alunos realizarem, todos discorreram e
desenharam de seu jeito as características, o ambiente que estes se desenvolvem, quem
são os fungos, muitos citaram a importância econômica, ecológica (decomposição), as
doenças que estes podem acarretar, alguns disseram que não imaginava que o cogumelo
seria uma espécie de fungo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante da realização deste trabalho foi notório perceber que o objetivo foi
alcançado. Os alunos mostraram-se interessados e com isso tornou as aulas mais
participativas e prazerosas, foi um momento de bastante aprendizagem, pois as aulas
ministradas teóricas e práticas corresponderam os objetivos de conhecer a importância
ecológica dos fungos e das aulas práticas.
REFERÊNCIAS
BARROS, Carlos.; PAULINO, Wilson. Ciências: Os seres vivos. 4. ed. São Paulo: Ática,
2010.
BROOKS, M. What Vygotsky can teach us about young children drawing. International
Art in Early Childhood Research Journal, v. 1. n. 1. 2009.
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RAVEN, P.H.; EVERT, R.F; EICHHORN, S.E. Biologia Vegetal. 7ª ed. Editora
Guanabara Koogan S.A., Rio de Janeiro. 830 p. 2007.
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Resumo:
As práticas de ensino são de suma importância para a aprendizagem do aluno. No Brasil
a sociedade brasileira para o progresso de ciências (SBPC), defende que Biologia deve
ser ensinada os conteúdos mais relevantes, de acordo com a realidade dos alunos, e que
contribuem para melhorar a qualidade de vida. Dentro da disciplina de Biologia, existem
muitos métodos que podem e devem ser utilizados. Nos conteúdos trabalhados em
Biologia, temos a Zoologia (ramo da Biologia que estuda os animais) que é uma área
fragilizada com relação a pesquisas sobre o ensino da mesma. Por este motivo a pesquisa
fez um levantamento das práticas e métodos de ensino em Zoologia, que os professores
realizam e as práticas de ensino que poderiam ser realizadas. Também buscou-se entender
os diferentes métodos para fixação do conteúdo, e dar significado destes ao aluno. O
instrumento de coleta de dados foi o questionário, em que foi aplicado aos professores da
segunda série do Ensino médio. Após a aplicação dos questionários, os resultados obtidos
foram organizados e tabulados, para análise. Esta pesquisa se deu em três escolas públicas
Estaduais na cidade de Iporá, Jussara e Israelândia. Os sujeitos da pesquisa foram os
professores de Biologia da segunda série do Ensino Médio. Como resultados, foi possível
perceber que a maioria dos métodos utilizados pelos professores são métodos tradicionais
de ensino e que uma das maiores dificuldades encontradas por estes é a falta de recursos.
Porém, ressalta-se que é possível utilizar métodos alternativos e que a formação
continuada pode ser uma boa alternativa para atualização dos métodos de ensino,
principalmente na área de Zoologia onde abarca poucos estudos sobre métodos de ensino.
INTRODUÇÃO
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que o professor usa em suas aulas leva muitos alunos a pensar que Biologia é só um
conjunto de nomes e que devem ser memorizados’’(KRASILCHIK, 1983, p. 31).
Os conteúdos de Biologia devem ser passadas de forma clara, e mostrando a
importância de ser estudado tanto no contexto quanto no vocabulário, muitas vezes o
profissional da área esta preocupado com o vocabulário técnico, que acaba esquecendo-
se de como essa informação será apreendida e assimilada nas ocasiões.
Existem hoje diversos métodos de ensino, transmitidos por vários meios de
comunicação. Ainda de acordo com Krasilchik (1983), os métodos de ensino se dão por:
Informações visuais (recursos audiovisuais, quadro-negro, retroprojetor, filmes),
comunicação escrita (livros didáticos, manual de laboratório, guia do professor).
Dentro dos conteúdos trabalhados em Biologia, temos a Zoologia (ramo da
Biologia que estuda os animais) que é uma área fragilizada com relação a pesquisas sobre
o ensino da mesma (JÚNIOR, 2013). Há uma grande preocupação em levantamento
bibliográfico relacionado à área de Zoologia, tendo em vista que para aprofundar
especificamente nessa área, as buscas são insatisfatórias, uma vez que não tem matérias
que abrangem exclusivamente nesse campo.
O ensino de Zoologia é aplicado de forma fragmentada, mas poderia ser ensinada
de forma integrada, uma vez que animais e evolução estão situados no mesmo contexto,
nessa forma os conteúdos poderiam ser mais apreciados (PEREIRA, 2012). Tendo em
vista que o ensino na forma geral em todos os aspectos, já é rotineiro essa forma
fragmentada se fosse estudadas juntos seriam assimilados duas vezes mais; primeiro, o
conteúdo curricular obrigatório, nesse caso evolução, e em segundo momento, os animais
de âmbito completo, mas que está situada nesse mesmo contexto.
De acordo com Krasilchik (1983, p. 28),
O conteúdo é apresentado dividido em compartimentos estanques, sem propiciar aos alunos oportunidades
de sintetizar e dar coerência ao conjunto, o que se faria mostrando- lhes as ligações entre os fatos,
fenômenos, conceitos e processos aprendidos.
No ensino de Biologia estas práticas podem ser ainda mais ampliadas, no caso do
laboratório será usado como uma alternativa para aulas teóricas (JÚNIOR, 2013). Dessa
forma os alunos poderão perceber as conexões do estudo científico com o mundo a sua,
volta. Por este motivo a pesquisa buscou fazer um levantamento das práticas e métodos
de ensinos de Zoologia, entre as práticas de ensino que os professores realizam e as
práticas de ensino que podem ser realizadas. Também entender os diferentes métodos
para fixação do conteúdo, e dar significado destes ao aluno.
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METODOLOGIA DE PESQUISA
Foi elaborado apenas um tipo de questionário, em que foi aplicado aos professores
da segunda série do Ensino médio. Após a aplicação dos questionários, os resultados
obtidos foram organizados e tabulados, para análise.
Esta pesquisa se deu em três escolas públicas Estaduais na cidade de Iporá, Jussara
e Israelândia. Os sujeitos da pesquisa foram os professores de Biologia da segunda série
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do Ensino Médio.
Foram aplicados três questionários iguais para três colégios de rede pública de
diferentes municípios Jussara, Iporá e Israelândia, sendo dois professores de rede pública
divididas em turnos e outro de tempo integral, CEPI (Centro de ensino em período
integral).
Dos três professores que responderam o questionário todos trabalham
exclusivamente em instituições da rede pública. Dois destes profissionais estão inseridos
na docência há um tempo médios de 5 a 10 anos e um a mais de 20 anos.
Todos eles já realizaram curso de formação continuada pós-graduação lato sensu
eram citadas especializações em: gestão escolar, ciências da religião e em técnicas e
métodos de ensino, Ciências e Biologia.
Os profissionais da rede pública de ensino possuem uma jornada média de
trabalho de 55 horas semanais. Todos os profissionais entrevistados são licenciados e
graduados em Ciências Biológicas.
Guandalini, (2013) relata a importância da formação continuada, os profissionais
que se qualificam , alcançam um nível satisfatório no ensino, e, além disso, à formação
continuada deveria ser uma obrigatoriedade do docente, pois o professor deve estar
atualizado em informações tanto na área educacional quanto social.
Frente a essas considerações, percebe a necessidade da qualificação contínua dos
profissionais da área de educação, para exercer a forma plena da profissão deve ir além
do curso de graduação, para isso é preciso requerer muita dedicação, reciclagem,
inspiração, vontade, reciprocidade, o conhecimento deve estar sempre em construção.
Quando questionados sobre a participação em encontros, congressos, seminários
relacionados à área educacional, nem todos responderam positivamente, dois deles
disseram que sim e um disse que não.
Sendo assim cabe destacar a importâncias destes profissionais na participação de
congressos e eventos para formação destes, sendo que somente na participação oferece
mais conhecimentos, atualidades e contribui para formação dos professores.
Para Marchiori, et al, (2006), os eventos ou encontros científicos reúnem,
comumente, profissionais, especialistas, estudantes e outros grupos interessados em
compartilhar e obter conhecimentos sobre uma determinada área. As referidas autoras
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citam como principais funções desses eventos: criar oportunidades para a troca de
experiências entre os pesquisadores; atualização sobre os progressos recentes de uma
área; sistematizar os avanços mais recentes em uma área; divulgar novos conhecimentos;
e, traçar diretrizes e metas para os futuros empreendimentos numa determinada área do
saber.
Com relação às metodologias alternativas de ensino de Zoologia, a maioria, citou
aulas praticas imagens, leituras, pesquisas, slides e vídeos, 100% dos entrevistados
alegaram que todas as metodologias são úteis e interessantes, depende do conteúdo, a
metodologia pode ser adaptada à temática ensinada com relação ao ensino de Zoologia e
alem disso acrescentaram que o recurso mais usado por eles são data show, quadro ou
lousa e o livro didático.
Todos responderam que não possuem capacitação para o ensino de Zoologia e que
entre as maiores dificuldades encontradas em ensinar Zoologia está à falta de recursos e
a falta de interesse dos alunos.
Cabe ao professor criar métodos de ensino que envolva os alunos, e que torne as
aulas mais interessantes, entre esses métodos temos as metodologias alternativas que pode
servir como solução: prática da modelagem (biscuit, massa de modelar, massa caseira,
papel reciclável), matérias do cotidiano; caixa entomológica; uso de fotografia, imagens;
aulas em torno do ambiente escolar, todos os materiais que estiverem ao acesso do
professor, podem e devem ser transformados em materiais educacionais para enriquecer
a aula de Zoologia.
Para os professores a melhor maneira para introduzir o conteúdo é fazer perguntas
dos conhecimentos prévios dos alunos, sair da sala de aula ao ar livre para observar as
diversidades existentes e aulas práticas, mas que tudo vai depender da criatividade e do
conteúdo trabalhado.
Com isso temos que todas as tecnologias usadas no ensino e aprendizagem é
vantagem para os alunos ampliar o conhecimento, mas para os professores há um vasto
espaço, como Farias (2004, p. 2) descreve, “o professor mostra receio a usar essas novas
ferramentas”. Mas na verdade não são novas tecnologias, como ela mesma afirma, essas
tecnologias estão no mercado desde década de 70. Apesar de estar disponível á uma
dificuldade do docente em adequar essas ferramentas, e ainda com a falta de estrutura nas
escolas, a limitação impede que o professor habitue-se em utilizar as mesmas. Isso
permite que a maioria dos profissionais permaneça em uma zona de conforto.
Contudo sabemos que existem professores que ficam presos aos métodos
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tradicionais, segundo Saviani (1991), o método tradicional ainda predomina hoje nas
escolas que se constituíram apos a revolução industrial e implantou nos chamados
sistemas nacionais de ensino, a escola tradicional sendo redentora da humanidade,
universal, gratuita e obrigatória como um instrumento de consolidação da ordem
democrática.
Quando os professores foram indagados sobre quais as principais metodologias
utilizadas, os docentes da rede pública dividida em períodos utilizam um número maior
de aulas expositivas onde o professor realiza o diálogo, o quadro negro e livros didáticos,
intercalando-as com aulas práticas quando possível e somente às vezes se utilizam de
outros métodos de ensino como: recursos midiáticos com imagens (uso de Datashow,
computador, som), jogos didáticos, uso de materiais manipulados (massa de modelar,
caixas entomológicas) ou construção de maquetes e com maior dificuldade o uso aula
campo.
Ao relacionar com o professor questionado de Colégio de tempo integral,
percebeu-se que todas as semanas os alunos participam de aulas prática sendo assim a
cada conteúdo uma aula pratica é realizada no ensino de Biologia.
Em geral no ensino de Biologia trabalha-se com muitas palavras diferenciadas,
daí a importância de aulas práticas que além de chamar a atenção dos alunos para o
conteúdo facilita na aprendizagem proporcionando o contato com o que esta sendo
estudado. Hofstein e Lunetta (1982, p. 203) destacam que as aulas práticas no ensino das
Ciências/Biologia têm as funções de despertar e manter o interesse dos alunos,
envolverem os estudantes em investigações científicas, desenvolver habilidades e
capacidade de resolver problemas e compreender conceitos básicos.
Todos os profissionais da pesquisa acreditam na diversificação metodológica
expressando uma melhor compreensão e fixação dos conteúdos trabalhados em sala e que
é através das metodologias que se pode chegar a uma aprendizagem significativa.
Dessa forma, é evidente que a grande maioria dos docentes estãoa par das metodologias
existentes que podem ser diversificadas e dar uma aprendizagem eficaz e de qualidade.
Porém, é preciso destacar que na realidade do dia a dia da sala de aula, poucos docentes
dispõem de recursos, tempo e interesse dos alunos que lhes permitam colocar em prática
as metodologias necessárias.
Contudo como citado acima será muito importante que o professor crie estratégias
de ensino para chamar a atenção destes alunos e promover um ensino em Zoologia
poderoso.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do que foi apresentado percebemos que as práticas realizadas pelos
professores são métodos tradicionais de ensino que são justificadas por falta de recursos
e interesse dos alunos, mas é possível superar estes obstáculos com a participação de
eventos para formação continua criatividade e recursos alternativos.
Após as analises de referenciais teóricos e das discussões dos resultados, ficaram
em evidencias que há muitos métodos que podem dar direcionamentode varias formas ao
ensino na área de zoologiae para os professores esses métodos podem servir de
embasamento para desenvolverem novos métodos, que por sua vez não precisa ser caro,
nem muito investimento da escola, mas para isso e necessário, o professor ter estimula
ter perspectiva e anseio em melhorar a educação e ficar alerta quanto a essa, também
devem ficar alerta quanta a importância da reciclagem, entrando assim a importância da
formação continuada.
Dessa forma será perceptível a mudança do ensino e aprendizagem já que como
discutido e colocado pelos professores a metodologia utilizada faz toda diferença na
aprendizagem do aluno podendo funcionar como um motor para o ensino e aprendizagem.
REFERÊNCIAS
GUANDALINI, Eiter Otávio. Dissertação de Mestrado. O bem que ela nos faz: O Papel
da Formação Continuada no Desempenho dos Professores de Língua Estrangeira
(Inglês). Brasília: Departamento de Línguas Estrangeiras e Tradução, Universidade de
Brasília, 2013, 128f. P 26-27.
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GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. Ed. São Paulo: Atlas, 2007.
KRASILCHIK, M., Prática de Ensino de Biologia. 2ª ed. São Paulo: Harper &Row do
Brasil, 1983.
LIBÂNEO, J. C., Didática: teoria da instrução e do ensino. São Paulo, editora Cortez,
1990, p. 52.
REBELLO, L H.S. Concepções de Célula Viva Entre Alunos do Primeiro Grau. In:
Encontro Perspectivas de Ensino de Biologia, 6., 2000, Campinas. Coletânea.
Campinas: UNICAMP, 2000.
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INTRODUÇÃO
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atividade sexual cada vez mais, tem se iniciado antecipadamente. Segundo Romero et al
(2007), estudos nos anos 90 mostravam que a média de idade da primeira relação sexual
do sexo feminino era de 16 anos, e que 70% das adolescentes com 19 anos tiveram pelo
menos uma relação sexual. Em 2000, no Brasil, a média de idade da primeira relação
sexual em meninas foi de 15 anos. Informações como estas são, de certa forma,
preocupantes, pois os adolescentes iniciam sua vida sexual sem muitos conhecimentos
dos riscos que correm, consequências advindas e o real motivo de estarem vivendo essas
relações sexuais, podem variar conforme o grupo que estão inseridos, podendo ser
simplesmente para se sentirem parte deste.
As transformações dessa fase da vida fazem com que o adolescente viva
intensamente sua sexualidade, manifestando-a muitas vezes através de
práticas sexuais desprotegidas, podendo se tornar um problema devido
à falta de informação, de comunicação entre os familiares, tabus ou
mesmo pelo fato de ter medo de assumi-la (CAMARGO E FERRARI,
2009, p. 938).
Este estudo trata se de uma pesquisa qualitativa, pois, é um tipo de pesquisa que
permite lidar com ideias, concepções, conhecimentos e conceitos de pessoas, sendo
que[...] Na pesquisa qualitativa os pesquisadores se preocupam mais com o procedimento
da pesquisa do que com o resultado (GODOY,1995). A pesquisa qualitativa não se
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Gráfico 1- com quem os adolescentes buscam informações quando tem dúvidas sobre sexualidade
AMIGOS
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lugar. Existe, porém, uma preocupação, 13% dos adolescentes procuraram se informar na
internet, sendo um veículo perigoso, pois possuem sites que adolescentes não devem
entrar por serem de risco.
Pais ou
13% responsáveis;
3% Amigos
22%
Na escola;
7%
Na internet;
55%
Outros
RESPOSTAS PORCENTAGEM
DSTs (Doenças sexualmente transmissíveis) e formas de
prevenção 16
Gravidez precoce na adolescência 6
Métodos contraceptivos (anticoncepcionais) 3
Órgãos reprodutores masculino e feminino 34
Puberdade e desenvolvimento sexual do corpo na
adolescência 30
Reprodução humana 30
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responderam.
Voltando a questão nove, esta apresentou o desenho de nove métodos
contraceptivos e solicitou que os alunos os nomeassem. O total de acertos foi de 20%,
76,7% erraram e 3,3% não responderam.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Um olhar amplo sobre os dados colhidos neste trabalho mostra que embora os
adolescentes recebam muitas informações sobre sexo na escola, com os colegas e em
casa, nem sempre sabem tanto quanto aparentam saber, além disso, existem poucas
orientações mais consistentes sobre o assunto.
Pode-se perceber que a maior parte dos entrevistados receberam orientações na
escola e com seus responsáveis, porém, sabe-se que os pais possuem maiores
dificuldades, pois não sabem como responder algumas questões ou até mesmo não
sabem como conversar com os filhos, pois os adolescentes têm vergonha de conversar
com seus pais e tirar dúvidas.
REFERÊNCIAS
ROMERO, Kelencristina T.; MEDEIROS, Élide Helena G. R.; VITALLE, Maria Sylvia
S.; WEHBA, Jamal. O conhecimento das adolescentes sobre questões relacionadas ao
sexo. Revista da Associação Médica Brasileira, Fev 2007, Volume 53 Nº 1 Páginas 14 –
19. Disponível em:<http://www.scielo.br/pdf/ramb/v53n1/12.pdf> acesso em:
04/01/2017;
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Resumo: O trabalho aqui apresentado trata-se de uma pesquisa qualitativa, pois permite
analisar os dados de forma mais ampla e complexa levando em consideração os mais variados
aspectos. Essa pesquisa tem como objetivo principal identificar a “imagem” dos estagiários de
Biologia sob a perspectiva de alunos do Ensino Médio, em um Colégio público da rede Estadual
de ensino em Goiás. Ainda nesse contexto buscou-se compreender como era delineada tal
concepção pelos alunos. A pesquisa teve como público alvo 65 alunos que cursam o Ensino
Médio com faixa etária de 15 á 21 anos. A metodologia utilizada para a obtenção dos dados deu-
se por meio da aplicação de um questionário, sendo este composto por 7 questões onde 4 eram
objetivas e 3 discursivas. Porém as questões objetivas ainda podiam ser em partes discursivas
pois exigiam uma justificativa. Como parte dos resultados encontrados pode se dizer que os
estagiários são vistos pelos alunos com uma expectativa muito grande em relação a aulas
diferenciadas e além do mais são vistos também como um apoio em que os alunos podem contar
para tirar dúvidas, etc. Porém, também foram identificados pontos negativos tais como o
nervosismo que grande parte dos estagiários apresenta. No entanto a realização dessa pesquisa
foi de grande valia para a aprendizagem e a compreensão de como os alunos enxergam os
estagiários quando estes chegam nas escolas.
INTRODUÇÃO
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restrita e simplista, pois por meio dele podem e são desenvolvidos projetos educacionais
e de intervenção tendo como base com a realidade escolar. Porém para o sucesso do
mesmo se faz necessário o Estágio Supervisionado estar amparado a uma fundamentação
teórica, o que propiciará aos futuros professores um entendimento mais claro das
situações ocorridas no interior das escolas e, consequentemente, possibilitará uma
adequada intervenção da realidade (PELOZO, 2007).
O Estágio é também um canal de comunicação ligando as escolas de ensino
superior às escolas de ensino médio e fundamental, daí levando informações de suas
necessidades à universidade, que deve responder às escolas de nível primário e médio
com um influxo de novas ideias (KRASILCHIK, 2008). A troca constante de
conhecimento e vivências por parte dos estagiários e de alunos das escolas enriquece
gradativamente a formação do acadêmico de licenciatura. Como destaca Vasconcelos
(1993 apoud LINHARES, et al. 2014) o espaço da sala de aula é um ambiente privilegiado
de conhecimento:
[...] a sala de aula é o lugar em que há uma reunião de seres pensantes que
compartilham ideias, trocam experiências, contam histórias, enfrentam
desafios, rompem com o velho, buscam o novo, enfim, há pessoas que trazem
e carregam consigo saberes cotidianos que foram internalizados durante sua
trajetória de vida, saberes esses que precisam ser rompidos para dar lugar a
novos saberes (VASCONCELLOS, 1993 apoud LINHARES et al. 2014).
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estagiários sob a perspectiva de alunos de Ensino Médio em sala de aula, além de buscar
compreender como é delineada tal concepção.
METODOLOGIA DE PESQUISA
que dos 65 alunos 84 % afirmaram gostar das aulas de Biologia e 16 % afirmaram não gostar.
Quanto as justificativas os alunos foram bem objetivos em suas respostas, sendo estas
apresentadas abaixo:
A1: Sim. Por que os professores nós despertam interesse e os assuntos sempre são bons.
A2: Sim. Porque a professora é legal.
A3: Sim. Acabo sabendo coisas que eu nunca pensei ser do jeito que é.
A4: Sim. Pois é interessante, prático e faz parte da nossa vida.
A5: Sim. Mas não tenho nenhum motivo específico, o conteúdo me chama a atenção, é
interessante saber como as coisas acontecem e o porquê.
A6: Sim. São interessantes pois cada matéria descubro coisas novas.
A7: Não. Porque é chato.
A8: Não. Por causa das dificuldades.
Zoologia
2% Genetica
1%
3% 2% Citologia
Ecologia
14% Educaçao Ambiental
Histologia
18% Outro
Não respondeu
Nenhum
15% 35%
10%
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de 110 votos nos assuntos propostos. De forma sintetizada os resultados obtidos por meio
dessa questão estão representados no gráfico abaixo. Tendo predominância os assuntos
relacionados a Genética e Educação Ambiental.
Na Q3, tratava-se de uma questão discursiva com intuito de identificar qual a
expectativa dos alunos quando se tratava de aulas de Biologia. Na 1º serie foi notório
perceber que cerca de 50% dos alunos buscam nas aulas de Biologia atividades
relacionadas a experimentos científicos, aulas em laboratório existe ainda uma certa
associação de assuntos relacionados a Química.
Provavelmente essa assimilação se dá pelo fato de ainda no Ensino Fundamental
as disciplinas de química e física estarem agrupadas todas na disciplina de Ciências, e já
no Ensino Médio elas passam a ser trabalhadas de forma isolada.
Houve também por grande parte dos alunos tanto da 2º e 3º serie a questão de
aulas práticas, aulas campo e atividades que mudassem a rotina de aulas teóricas com
assuntos relacionados ao cotidiano dos alunos. Pois, como destaca Krasilchik (2004) o
Ensino de Biologia exerce uma função social devendo contribuir no cotidiano para
ampliar o entendimento que o indivíduo tem da sua própria organização biológica, do
lugar que ocupa na natureza e na sociedade, e na possibilidade de interferir na
dinamicidade dos mesmos, através de uma ação mais coletiva, visando a melhoria da
qualidade de vida.
A Q4, abordava diretamente sobre o contato de alunos e estagiários de Biologia,
tratava-se de uma questão objetiva com o objetivo de identificar quais alunos já haviam
tido algum contato com os estagiários. De modo geral dos 65 alunos, 63% deles
afirmaram ter tido algum tipo de contato, 36% afirmaram não ter e 1% não respondeu
esta questão.
Na Q5, fazia referência mais a afetividade, ou seja, qual sentimento os estagiários
passavam aos alunos durante a realização dos estágios. Foram propostos alguns
sentimentos no enunciado da questão, porém o aluno poderia marcar mais de uma
alternativa e justifica sua resposta. Os sentimentos propostos foram confiança,
insegurança, medo, nervosismo, carisma, atenção e os dados obtidos foram 27%, 11%,
1%, 14%, 11% e 30% respectivamente. Sendo que cerca de 5% não responderam esta
questão. Dentre as justificativas os alunos ressaltaram o seguinte:
A9: Porque a hora que precisamos eles vêm com atenção e explicam bem.
A10: São pessoas como que assim como nós estão aqui para aprender.
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A11: Porque não estão preparados o suficiente para encontrar o tanto de alunos.
A12: Pois as vezes chegam aqui no colégio tremendo, gaguejam, etc.
A13: Pois procuram fazer um ambiente positivo entre eles e os alunos.
Abaixo foram transcritas algumas dessas afirmações dos alunos referente a Q6:
Em síntese, percebe-se que existe uma grande expectativa nos estagiários e eles
são vistos com um “ponto de apoio” para os alunos, auxiliando na realização de atividades
sendo atenciosos e inovadores em suas aulas buscando assim a atenção dos alunos. Porém
ainda a respeito da sala de aula se faz necessário no período de formação trabalhar pontos
importantes que o futuro docente encontrará por exemplo, o domínio não só de sala,
porém também de conteúdo, pois quando o estagiário transmite confiança ao ensinar um
conteúdo os alunos sentiram segurança no que aprender.
Carvalho (2001), ressalta que quanto mais o professor dominar os saberes conceituais e
metodológicos de seu conhecimento específico, mais facilmente ele será capaz de traduzi-
los e interpretá-los buscando os conceitos e estruturas fundamentais do conteúdo, visando
o ensino nas escolas fundamental e média.
Quanto a última questão Q7 se tratou de uma pergunta objetiva onde os alunos
classificavam as aulas ministradas por estagiários em três níveis: Ótima, Boa e Ruim. De
um modo geral dos 65 alunos, 68% dos alunos classificaram como Boas, 18%
classificaram como Ótimas e 9% classificaram como Ruim, sendo que 5% dos alunos não
responderam.
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5%
9% 18%
Otima
Boa
Ruim
Ninguem
68%
Fonte: O Autor
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir da pesquisa realizada que tinha como objetivo geral traçar a imagem de
estagiários de Biologia sob a perspectiva de alunos de Ensino Médio, foi possível
confirmar várias expectativas que os alunos criam quando se fala em aulas de Biologia e
quais são os pontos que merecem mais atenção na preparação do estagiário para a carreira
docente. Compreender a imagem que o aluno tem permite que sejam adotadas medidas
para sanar pontos negativos e enaltecer os positivos para dessa forma contribuir com uma
ótima formação docente. Os resultados obtidos foram suficientes para a análise de dados.
Sendo assim trabalho realizado de grande valia para a aprendizagem e contribuiu
significativamente na formação docente do licenciando.
REFERÊNCIAS
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ISSN: 2238-8451
ARAUJO, Maria Inêz Oliveira. SOUZA, Jobeane França de. A prática de ensino no
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professores: As 300 horas de estágio supervisionado. Ciência & Educação, v.7, p.113-
122, 2001.
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2002. Apostila.
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1999.
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São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2008. cap. 8.
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Nogueora da. FIGUEIREDO, Janailson Pereira de. SOUSA, Thiago Pereira de. A
importância da escola, aluno, estágio supervisionado e todo o processo educacional na
formação inicial do professor. Revista Terceiro Incluído. 2014. NUPEAT-IESA-UFG,
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PIMENTA, Selma Garrido. LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e Docência. 2. ed.
São Paulo: Cortez, 2004. 296 p.
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SOARES, Raquel Madeira. BAIOTTO, Cléia Rosani. Aulas práticas de biologia: suas
aplicações e o contraponto desta prática. Revista Dialogus. ISSN 2316-4034 – Volume
4 nº 2. 2015.
336
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Resumo: A alimentação reflete sua imagem, não só no corpo, mas também na mente que se
desenvolve de acordo com a sua alimentação, por esse motivo é de extrema importância ter uma
alimentação saudável e adequada para cada fase do desenvolvimento humano, é um dos papeis
da escola passar isto para seus alunos quão importantes são hábitos saudáveis, de uma forma geral
pode-se dizer que qualidade de vida envolve boa alimentação, boa educação, boa moradia, prática
de exercícios físicos, relações harmoniosas com a família e amigos, diversão, enfim, o foco em
questão está relacionado à alimentação. Por este motivo foi desenvolvido o projeto “viva bem,
viva leve” que foi uma parceria entre os PIBIDANOS e a merenda escolar, para levar aos alunos
a importância de hábitos saudáveis na vida deles enquanto crianças e adolescentes. O projeto foi
divido em partes, para execução e melhor fixação do conteúdo, desde palestras, atividades de
fixação, produção de materiais de conscientização ate a produção de um lanche saudável, a partir
do projeto foi construído este relato de experiência. Foi muito importante cada procedimento
tomado no projeto, pois proporcionou a todos o aprendizado de algo novo e chamou a atenção
dos alunos para cuidarem melhor de sua saúde, com a produção da salada de frutas os alunos
puderam aprender o valor energético de cada fruta e sua importância para o corpo. Já que é papel
da escola segundo a Organização Panamericana de Saúde (OPAS, 2014), é importante as escolas
aderirem a programas nacionais de alimentação escolar e adotar normas que regulam a venda de
alimentos e bebidas, Por fim percebemos que projetos como esse enriquece nossa formação como
futuros docentes e a dos alunos onde conseguem transformar as suas vidas depois desta
experiência, onde esses resultados de uma boa alimentação influenciarão diretamente no futuro
de todos nós.
INTRODUÇÃO
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mais saudáveis possíveis, pois fatores genéticos e hereditários interferem e muito nesses
hábitos (BRASIL, 1999; CONSEA, 2004).
Os índices de pessoas com obesidade estão aumentando cada vez mais em todo o
mundo. Isso se da pela má alimentação que as pessoas vêm tendo. A falta de tempo e a
correria da vida cotidiana são fatores responsáveis pelo consumo de alimentos que não
são benéficos a saúde humana. Comidas industrializadas estão como principal causa para
o aumento alarmante de casos de obesidade e outras doenças relacionadas aos hábitos
alimentares. A obesidade é uma doença crônica, que envolve fatores sociais,
comportamentais, ambientais, culturais, psicológicos, metabólicos e genéticos.
Caracteriza-se pelo acúmulo de gordura corporal resultante do desequilíbrio energético
prolongado, que pode ser causado pelo excesso de consumo de calorias e inatividade
física (OPAS, 2003).
Segundo o ministério da saúde, (BRASIL,2014), em parceria com o instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 60% dos alimentos consumidos
pela população brasileira possuem teor de gordura acima da média. O número de
brasileiros com sobrepeso vem crescendo cada vez mais e as doenças relacionadas,
também, pressão alta, obesidade e diabetes são alguns dos malefícios causados pelo
excesso de peso. Sendo então considerado um grave problema a saúde pública a
obesidade vem se tornando um assunto cada vez mais comum em escolas e lugares onde
as pessoas possam se conscientizar a melhorar seus hábitos alimentares para o
melhoramento da vida.
Visando a escola como um pilar para a construção e estimulação de ideias e
conceitos, a Secretária de Estado e Educação, Cultura e Esporte (SEDUCE), criou este
projeto para ser trabalhado com as crianças da rede pública de ensino. Este projeto tem
intuito de causar mudanças alimentares e de conscientizar não só as crianças, más também
os funcionários da instituição e a sociedade como um todo. Durante a execução deste,
foram coletados atividades e relatos de experiência oral dos alunos para ter certeza de que
eles estão aprendendo com as atividades propostas. Quando a criança sai do seu lar e
começa a frequentar ambientes diferentes como escola, creches, ela sofre uma intensa
influência de diversas formas, pois o contato com tantas pessoas diferentes tende a levar
os pequeninos a imitarem os comportamentos dos outros, tanto na questão social como
na alimentar, e isto pode trazer consequências tanto positivas como negativas.
Alimentação é um dos determinantes sociais que mais afetam a saúde sendo um
fator cada vez mais precoce na população infantil cuja nutrição alimentar numa fase
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METODOLOGIA DA PESQUISA
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Fonte:https://www.facebook.com/photo.php?fbid=442134896182753&set=pcb.442155619514014&type
=3&theater.
A partir disto então foi perceptível a relação entre teoria e prática para melhor
fixação de nomes científicos e fixação de conceitos científicos. Já que O ensino
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experimental tem o papel de ser um recurso auxiliar, capaz de assegurar uma transmissão
eficaz do conhecimento científico. Ele supostamente iria promover a memorização dos
enunciados teóricos, e reforçaria a convicção dos alunos quanto à plausibilidade daqueles
conhecimentos que já haviam sido apresentados (BRAGA; LIMA; JUNIOR, 1999).
Em suma, foi enriquecedor tanto para os alunos quanto para os professores e
PIBIDIANOS, pois além de adquirirmos novas experiências e conhecimentos, a interação
professor e aluno deste contexto aumentaram bastante mostrando um envolvimento
(figura 2).
Fonte:https://www.facebook.com/photophp?fbid=896815030482027&set=pcb.896816763815187&type=
3&theater.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Com relação a nossa experiência na participação do projeto viva bem viva leve,
houve o envolvimento de todos os alunos do PIBID, foram de muita importância para o
desenvolvimento e direcionar a forma de pensar e agir sobre a formação docente, e
podendo ter maiores experiências com as praticas pedagógicas e assim melhorar na
qualidade do ensino. Conseguimos atingir todas as esferas, uma vez que abordamos um
tema não muito discutido no meio família, mas que envolve muito atenção tanto no meio
escolar como no meio social, saúde, e deve ser discutido.
REFERÊNCIA
BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria n.º 710, de 10 de junho de
1999. Aprova a Política Nacional de Alimentação e Nutrição. Diário Oficial da União,
Poder Executivo, Brasília, DF, 11 jun. 1999.
BRASIL. MINISTERIO DA SAUDE. Levantamento analisa hábitos alimentares dos
brasileiros.2014.Disponível em <
https://www.brasil.gov.br/saude/2014/12/levantamento-analisa-habitosalimentares-dos-
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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de Atenção
à Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Inquérito Domiciliar sobre Comportamentos
de Risco e Morbidade Referida de Doenças e Agravos não Transmissíveis. Rio de
Janeiro: INCA, 2004.
CONSEA. Alimentação e educação nutricional nas escolas e creches. In:
CONFERÊNCIA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR,2. ed., 2004,
Olinda. Relatório final. Olinda, 2004. Disponível em: . Acesso em: 17de outubro de 2017.
GUEDES, D. P. & GUEDES, J. E. R. P. Subsídios para implementação de programas
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LIMA, Maria E.C.C.; JUNIOR, Orlando G.A.; BRAGA, Selma A.M.; Aprender
Ciências: um mundo de materiais. Belo Horizonte: UFMG, 1999.
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OPAS. Organização Pan-Americana da Saúde. Doenças crô- nico-degenerativas e
obesidade: estratégia mundial sobre alimentação saudável, atividade física e saúde.
Brasília, DF; 2003.
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Resumo: A pesquisa que teve início no terceiro ano do Estágio Supervisionado do ano
de 2016 e concluída em 2107, do Curso de Licenciatura em Geografia, analisa a relação
do professor regente, professor de apoio e aluno com deficiência, pois a cada dia são
inseridos na rede municipal e estadual de ensino um número cada vez maior de alunos
com deficiência que necessitam do apoio desses professores em sala de aula. A pesquisa
foi realizada em uma Escola Estadual de Iporá na segunda fase do ensino fundamental e
analisa se o plano de trabalho é coerente com as necessidades dos alunos com deficiência
e como é a relação dos alunos com deficiência com os demais alunos. Foi usado como
método de pesquisa qualitativo na perspectiva de observação e entrevistas com
questionários aberto, com a professora regente, professora de apoio, professora do AEE
(Atendimento Educacional Especializado) e com a mediadora da inclusão da
Subsecretaria de Educação. Ficou evidente que existe um plano de aula individualizado
para os alunos com deficiência, ele é elaborado pela professora de apoio após ser
disponibilizado pela professora regente o conteúdo que será ministrado na aula. Foi
possível perceber que os alunos com deficiência possuem uma boa relação com os demais
alunos e professores. Percebe-se que a educação inclusiva está acontecendo na escola,
porém se faz necessário mais cursos de capacitação para que esses profissionais possam
oferecer um atendimento ainda mais eficiente aos alunos com deficiência. O espaço físico
da unidade escolar necessita de algumas mudanças para que se torne acessível todos os
espaços da escola. Ficou constatado que os professores são muito importantes para o
aluno que possui alguma deficiência, sendo assim é essencial que tanto professor regente
como o professor de apoio procure métodos e estratégias para garantir uma melhor
evolução do aprendizado.
INTRODUÇÃO
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ensino, seja ele público ou privado. A pena para o infrator pode variar de um a quatro
anos de prisão, mais multa.
Com a declaração de Salamanca um dos principais documentos que tem como
alvo a inclusão social, defende que a educação deve ser feito na rede regular de ensino e
que os governantes de cada país tenha uma política voltada para a inclusão e de todo o
suporte financeiro para o sistema de ensino a fim de garantir que todas as crianças estejam
na escola independente da sua deficiência.
Toda criança tem direito fundamental à educação, e deve ser dada a
oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem. Toda
criança possui características, interesses, habilidades e necessidades de
aprendizagem que são únicas. Sistemas educacionais deveriam ser designados
e programas educacionais deveriam ser implementados no sentido de se levar
em conta a vasta diversidade de tais características e necessidades. Aqueles
com necessidades educacionais especiais devem ter acesso à escola regular,
que deveria acomodá-los dentro de uma Pedagogia centrada na criança, capaz
de satisfazer a tais necessidades. Escolas regulares que possuam tal orientação
inclusiva constituem os meios mais eficazes de combater atitudes
discriminatórias criando-se comunidades acolhedoras, construindo uma
sociedade inclusiva e alcançando educação para todos; além disso, tais escolas
provê em uma educação efetiva à maioria das crianças e aprimoram a eficiência
e, em última instância, o custo da eficácia de todo o sistema educacional.
(BRASIL, 1994).
A inclusão de pessoas com deficiência na escola regular não é só tarefa do
professor de apoio, ou do professor regente, mas da escola, em um todo ela deve trabalhar
e pensar métodos para fazer com que a inclusão desses alunos com deficiência aconteça
(SOUZA E RODRIGUES, 2015). A escola deve sempre estar dialogando com os
professores, pais e a subsecretaria de educação sempre procurando melhores forma de
fazer com que esses alunos desenvolvam suas capacidades cognitivas.
A formação de professores para atender os alunos com deficiência que estão em
uma sala de aula é muito importante. Souza e Rodrigues (2015 p.121) falam que a
“Universidade deve preparar o licenciando para a prática educativa inclusiva, pois os
acadêmicos chegam a sala de aula para o estágio sem nenhum preparo para lidar com tal
situação.” A universidade deve dar uma base de apoio para os alunos, ela deve trabalhar
matérias específicas de inclusão de deficientes para quando chegarem no estágio e se
depararem com um aluno deficiente não fiquem sem saber o que fazer.
Para Martins (2012, p.35) “É imprescindível investir dentre outros fatores na
formação inicial dos profissionais de educação para atuação com a diversidade do
alunado, incluindo nesse contexto os educandos que apresentam deficiência, altas
habilidades/superdotação e transtornos globais e desenvolvimentos.”
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METODOLOGIA DE PESQUISA
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usadas com os alunos com deficiência ” Para a professora regente “Esse maneira de
realizar o plano de aula é diferente de outra instituição onde ela trabalhava quem
elaborava e adaptava as provas, trabalhos e outras atividades era o professor regente,
de acordo com a professora, quando o professor regente fica encarregado de fazer a
prova dos alunos com deficiência, é mais fácil para ela conhecer melhor os seus alunos
e como eles vem desenvolvendo seu intelectual .”
Quais são as maiores dificuldades em trabalhar com alunos com deficiência? A
professora de apoio diz-se que
“A maior dificuldade em trabalhar na inclusão foi conhecer qual a necessidade
de cada aluno e de encontrar maneiras para incentivar os alunos a aprenderem. Outra
dificuldade é que ainda existe uma minoria de professores que não disponibiliza no e-
mail quais os conteúdos serão trabalhados em sala de aula, essa barreira tem que ser
rompida.”
De acordo com a professora regente a maior dificuldade para se trabalhar com
alunos com deficiência
“É um impacto muito grande na hora que você entra em uma sala de aula e ali
possui um aluno que tem alguma deficiência, em um primeiro momento isso chega a
assustar, acaba gerando um medo por não saber como irá trabalhar os conteúdos com
eles e de que maneira eles irão conseguir desenvolver as suas habilidade. Muitas das
vezes alguns professores não dão atenção para os alunos e acabam isolando-os dos
demais alunos, deixando tudo por conta da professora de apoio como se somente ela
fosse responsável pelos alunos que possuem deficiência. O medo dos professores em
trabalhar com alunos com deficiência vêm da universidade, as instituições de ensino
superior possuem uma falha muito grande em não preparar os futuros professores para
a realidade das escolas que futuramente irão trabalhar e que tem alunos com
deficiência.”
Percebe-se que existe um plano de aula para os alunos com deficiência porém
ele não é realizado em conjunto pelos professores regente e apoio como determina a
Subsecretaria de Educação. O plano de trabalho dos alunos com deficiência é realizado
pelo professor de apoio depois que o professor regente disponibiliza no e-mail da inclusão
o que irão trabalhar em sala, os e-mails são disponibilizados a cada quinze dias para os
professores de apoio. A grande dificuldade dos professores regentes e professores de
apoio é a falta de tempo para sentarem e conversarem sobre como pode ser feito o plano
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Foi possível perceber que após tantos anos e várias leis que vêm garantindo aos
alunos com deficiência o direito de estudar na rede regular de ensino e ter acesso à
educação que lhe é garantida ainda não são suficientes para que todos os alunos com
deficiência alcancem a igualdade e os seus direitos. Alguns professores não estão
preparados para atender esses alunos, muitas vezes esses docentes agem como se o aluno
com deficiência estivesse na escola apenas para passar o tempo e que eles não têm a
capacidade de desenvolver suas habilidades cognitivas.
Muitas escolas não foram construídas para receber esses alunos, faltando
inclusive estrutura física que possibilite ao aluno se deslocar por todos os espaços da
unidade fazendo-se necessário mudanças tantos nos espaços físicos como nas práticas de
ensino para que ocorra a inclusão dos alunos nas escolas.
Um dos grandes problemas dentro das escolas para que não ocorra as mudanças
necessárias é a falta de verba dos governos, fazer leis e não cumpri-las não adianta nada,
o estado garante em leis que a inclusão se efetive mas não disponibiliza meios para que
isso aconteça.
Os pais dos alunos com deficiência tem um papel fundamental na vida dessas
crianças, alguns professores reclamam que os pais não levam seus filhos para fazer os
tratamentos necessários, alguns deles não tem condição financeira para arcar com as
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despesas, outros por não aceitar a deficiência do seu filho e sem os tratamentos
necessários acaba dificultando o aprendizado deles dentro da sala de aula.
Conclui-se que a educação inclusiva não é uma tarefa fácil, existem muitas
dificuldades mas ela se faz necessária para que ocorra a grande transformação da escola
em um local para todos, que é um dos maiores desafios da educação, a inclusão escolar.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, DF: Senado Federal, 1988.
Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. Acesso
em: 15 abr. 2016.
GERHARDT, Tatiana Engel; RAMOS, Ieda Cristina Alves; RIQUINHO, Deise Lisboa;
SANTOS, Daniel Labernarde dos. Estrutura do projeto de pesquisa. In: GERHARDT,
Tatiana Engel; SILVEIRA, Denise Tolfo. Métodos de Pesquisa. Porto Alegre: Editora
da UFGRS, 2009. Págs 65 a 87.
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Resumo: O propósito desse trabalho é descrever uma pesquisa sobre os meios didáticos como
instrumento para o ensino de geografia usado por professores em suas aulas. Para obter os
dados foi feito pesquisa e questionário dirigidos a professora regente da escola campo
pesquisada, onde no questionário do tipo fechado tinha questões relativas aos instrumentos
oferecidos pela escola para os professores de geografia, com intuito de avaliar se esses
instrumentos didáticos oferecidos aos professores e usados de maneira atrativa e correta em
suas aulas e de grande relevância e interesse em despertar a curiosidade dos alunos em
aprender e participar das aulas de geografia. A pesquisa realizada ocorreu durante o ano de
2016 e 2017 no período de semiregência e regência do Estágio Supervisionado que ocorreu
em uma escola pública da cidade de Iporá, no estado de Goiás, esse trabalho se desenvolveu
no 6º ano do ensino fundamental, para o desenvolvimento deste foi necessário fazer uma
análise de como é ministrada as aulas de geografia, e a diferença notada na aprendizagem dos
alunos perante aulas rotineiras com o uso apenas do livro didático e de aulas dinâmicas onde
são usados os instrumentos didáticos. Então pode ser concluído que o uso de meios
metodológicos, através dos instrumentos didáticos usados em sala de aula em aulas de
geografia contribui de forma positiva e é de grande importância para a participação dos alunos
e de maior interesse, pois, a iniciativa em aprender parte deles próprios. Então podemos
concluir que os instrumentos didáticos e de grande importância e de grande auxílio na
compreensão dos alunos perante os conteúdos de geografia, basta que o professor se esforce
para poder saber manusear alguns desses aparelhos, e busque entender a forma mais
facilitadora na qual os alunos mostre interesse em buscar cada dia mais conhecimento na área
de estudo geográfica, pois assim teremos um dinâmica no trabalho escolar entre professores
e alunos.
INTRODUÇÃO
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a pesquisa se da pelo o fato do desinteresse dos alunos dentro da sala de aula, e por não
gostarem dos textos trazidos pelo os livros didáticos, esse trabalho sobre os instrumentos
didáticos oferecidos aos professores tem como referencia o trabalho de Mello (2014), que
trata do uso de recursos usados para ensinar geografia nas práticas pedagógicas, outro
autor que respalda sobre o tema e Lima (2008) que trata dos recursos pedagógicos no
contexto educacional; o tema desta pesquisa partiu das percepções obtidas através do
estágio de geografia na fase de regência, em buscar algumas respostas. Nas quais foi
possível observar e questionar através dos conteúdos ministrados pela professora regente,
a forma em que ela consegue adaptar, aos conteúdos que poderiam se tornar mais fáceis
para a aprendizagem dos alunos e dela mesma a partir do auxílio em que os instrumentos
possibilitam aos professores.
Para que pudéssemos ter resultados foram levantadas algumas questões; tais
como: Com que frequência a professora usa métodos e instrumentos para o ensino de
forma dinâmica? No ensino fundamental, quais são os pontos positivos e negativos na
forma de ensinar através dos recursos didáticos na geografia? E como os alunos avaliam
essa nova forma de receber o conhecimento?
A partir das respostas dessas questões que foram dirigidas a professora de
geografia da escola, foi possível detectar que os objetivos dessa pesquisa foram
alcançados; pois, assim podemos ver que os instrumentos podem facilitar na melhor
compreensão dos alunos; uma vez que sabemos que alunos de ensino fundamental por
serem crianças se deixam ser levadas por curiosidades possui a capacidade em aprender
com mais rapidez ainda mais, se o interesse partir deles próprios em buscar o
conhecimento, esse trabalho realizado é de forma qualitativa, pois foi analisada a
qualidade do ensino perante o uso de instrumentos didáticos, onde analisamos o ensino
que está sendo ministrada aos alunos, a qualidade do acesso para que eles possam
compreender o conteúdo introduzido pela professora, e da prática dos exercícios para
verificar se houve aprendizagem, para termos as respostas foi feito questionário e relatos
com professores e alunos em sala de aula, e também, sob as observações realizadas
durante o estágio, para o decorrer desse trabalho foi realizado estudos em diversos livros
que tratam da forma de ensinar dos profissionais e as diversas maneiras de si trabalharem
com ensino fundamental.
Os resultados obtidos foram possíveis a partir de criteriosa pesquisa campo,
realizadas em algumas salas de aula do ensino fundamental, em uma escola pública
situada no município de Iporá, estado de Goiás. Para a realização deste, o trabalho
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METODOLOGIA DE PESQUISA
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professora de Geografia, atuante no Ensino Fundamenta II, dentre elas podemos citar
algumas dessas perguntas como: Com que frequência a professora usa metodologias e
instrumentos para o ensino de forma dinâmica? Quais são os instrumentos oferecidos pela
escola? Qual é o interesse da professora em buscar aprender o manuseio de aparelhos de
mídias? Já que foi um ponto dela ressaltar não entender muito dos aparelhos midiáticos,
e a ultima pergunta respondida pela estagiária, em relação se há um melhor interação e
desempenho dos alunos em ter aulas mais dinâmicas e diversificadas? Já que foi um ponto
em que a estagiária no período de regência trabalhou em aulas dinâmicas com o uso de
brincadeiras e disputa entre eles próprios (quebra-cabeça dos mapas de relevos).
Quando perguntada sobre os instrumentos oferecidos na unidade escolar,
respondeu que possui computadores com internet no laboratório de informática, porém
somente dois computadores estão funcionando e que na escola também possui TV, caixa
de som, disponibilizados aos professores, e instrumentos que podem ser usados por eles
como mapas, porem apenas alguns como (Mapa Mundi, e Mapa do Brasil e um Atlas
Geográfico e um Globo terrestre).
Sobre as dificuldades encontradas pela professora, na utilização de instrumentos
didáticos, a professora respondeu que quase não tem utilizado esses instrumentos que são
apontados como brincadeiras, jogos, filmes, mapas, imagens de satélites, sites de
geoprocessamentos, data-show, computador, filmes, cartas topográficas, retroprojetor,
imagens de satélites, maquetes e bussolas, por não ter muitas habilidades para lidar com
todos esses.
A professora também informou não ser graduada na área de Geografia, e também
possui uma carga horária excessiva, dificultando ainda mais a preparação de aulas mais
dinâmicas onde ela poderia usar os instrumentos didáticos, e ainda respondeu que em suas
aulas ela usa com frequência a metodologia de aulas expositivas (imagens e slides) e o
uso do livro didático.
Para obtenção de resultados e dados foram feitas observações quanto aos
instrumentos que a professora usava e os recursos disponibilizados a ela, também foram
feitos questionários, com a professora regente e com alguns alunos.
Bom foi notável através do questionário e das observações que os instrumentos
didáticos sempre existiram, mas nem sempre foi usado por professores em sala de aula,
mas sabemos que esses instrumentos fazem somatória nas aulas dos professores, pois, são
de grande auxilio, para que conteúdos abordados na geografia como na parte física seja
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A pesquisa busca analisar o modo dos professores em dar aulas usando os meios
didáticos, e assim através dos métodos usados para obter os resultados como que com o
questionário e as observações das aulas foram possíveis ter alguns resultados e fazer
alguns apontamentos como que o uso de meios didáticos através de recursos
metodológicos nas aulas de geografia contribui de forma positiva e é de grande
importância para a participação dos alunos e de maior interesse, pois, a iniciativa em
aprender parte deles próprios.
Podemos dizer que brincadeiras, jogos, e outros instrumentos não faziam parte
da rotina da professora em ministrar aulas, mas a partir de duas aulas que pudemos fazer
substituição da professora no período de estagio na fase de semi-regência, nos preparamos
e realizamos uma aula dinâmica com eles sobre as coordenadas geográficas, sendo usado
nessa aula brincadeira como (amarelinha), e foi perceptível um aprendizado do conteúdo
de forma na qual os alunos apresentaram interesse pela aula, e pela geografia, nesta aula
que foi ministrada usamos como base a obra de Moyles (2002), e assim pudemos trabalhar
de duas formas em uma só maneira, tendo em vista que essa pesquisa objetiva averiguar
a maneira dos professores trabalharem com instrumentos didáticos onde possam facilitar
e clarear o entendimento dos alunos em aprender conteúdos geográficos, e para que
pudéssemos ter resultados foi preciso trabalhar com questionários e observações,
podemos dizer que ser professor não e uma tarefa tão fácil requer um preparo do docente
e um esforço maior quando se quer preparar uma aula dinâmica que saia da rotina do dia
a dia, assim como Nunes(2004) traz em seu trabalho.
Saber ensinar Geografia é uma tarefa complexa, requer preparo
compromisso, envolvimento, criatividade e responsabilidade. O professor tem um
trabalho árduo diariamente para conseguir propor metodologias diferenciadas para
conseguir dessa forma obter resultados satisfatórios no ensino e aprendizagem dos
alunos( NUNES,2004,P.88).
A educação hoje não está em uma das suas melhores fases, mas assim como
Nunes (2004) trata o professor têm que se desdobrar para realizar aulas dinâmicas e usar
metodologias diferentes, os professores hoje para que estejam bem qualificados e
preparados tem que se adaptar ao meio da tecnologia e dos recursos destinados a eles.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
ANEXO
Questionário dirigido a professora regente.
1- A escola possui instrumentos didáticos, aptos a uso? Sim, mas com muita limitação e
com computadores e caixa de som que não funcionam.
2- Em grau de escala de 0 a 10 quantas vezes você faz o uso de algum instrumento
didático? (TV, data show, jogos, brincadeiras, maquetes). Eu uso muito pouco pode ser
0,3
3- Se você não faz o uso de instrumento didático de diferenciação em suas aulas, quais
são os auxílios que você possui na preparação de conteúdos? O bom livro Didático
oferecido pelo estado e raramente site de pesquisa.
4- Você acha que o uso de alguns instrumentos que chamados de mediadores podem
auxiliar em uma melhor compreensão dos alunos, perante o conteúdo de geografia? Sim,
mesmo que eu use muito pouco, pois, não tenho habilidade em manusear alguns aparelhos
de mídias, e nem tempo para preparar aulas diferentes, por isso acho o livro como ótimo
apoio.
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Resumo: O tema indisciplina tem se tornado algo bastante debatido em muitas escolas
brasileiras, o fato é que a rebeldia dos alunos prejudica o rendimento escolar, além de
causar mal-estar no ambiente educacional. Diante desta problemática foi importante
buscar compreender porque os educandos têm agido de forma inadequada durante as
aulas de Geografia, quando estão em sala de aula causando inúmeros problemas. Assim
sendo, este trabalho buscou analisar quais eram os motivos pelos quais os alunos do
sétimo e oitavo ano, de uma escola municipal na cidade de Iporá-GO, apresentaram sérios
problemas de indisciplina, fato que foi evidenciado durante o primeiro período de Estágio
Supervisionado, observação e semi-regência. Após a identificação da problemática na
qual se encontrava os alunos com significativas adversidades de comportamentos
indisciplinados, as estagiarias propuseram um projeto de intervenção a fim de tentar
amenizar os transtornos gerados pela falta de comportamento dos alunos. A realização do
projeto mostrou que eles têm consciência do mau comportamento, entretanto pôde ser
notado que os alunos obtiveram uma significativa mudança com a troca da professora, e
ainda houve o comprometimento de que iriam mudar. É nítida a importância e a precisão
de se dar prosseguimento, em projetos que; trabalhem esse tipo de problema, ainda por
possibilitar aos estudantes refletir sobre suas ações e consequências.
Palavras chave: Problemas; Educação; Desafio docente.
INTRODUÇÃO
A educação brasileira sempre esteve ligada a uma série de problemas
socioeconômicos e políticos, o que não é algo novo, porém algumas de suas
particularidades se fazem importante serem investigadas, debatidas, e confrontadas com
outras realidades.
É incumbência do Estagiário o projeto de intervenção, como requisito de
conclusão de curso e cabe a eles, investigar e propor soluções, a fim de serem sanados
alguns problemas existentes nas instituições, ou pelo menos tentar amenizá-los.
Seria pretencioso da nossa parte, generalizar a educação como um todo
problemático, como se todos os problemas ligados à educação tivessem a mesma origem.
É importante estudar suas particularidades, pois cada comunidade escolar está inserida
em contexto distinto, seria necessária uma investigação cuidadosa para se chegar a um
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estes autores a educação não depende somente da escola, a família tem exercido as
primeiras bases de formação “intelectual, moral e emocional” das crianças.
Portanto, a família não está fazendo seu papel social, não coloca regras e nem
limites. Dessa maneira, as crianças não estão recebendo uma formação inicial como prevê
a LDB, que inicia o processo de formação e depois a escola entra com seu papel de
auxiliar no papel moral e social.
[...] Além de diversos fatores como desinteresse, falta de um planejamento de
aula e de atividades motivadoras onde o aluno possa participar ativamente
expondo o seu ponto de vista e suas experiências, e mesmo agitação própria do
adolescente, outro fator que contribui muito para a desordem e a indisciplina é
o contexto familiar em que o aluno é inserido, que influirá de maneira direta
no seu comportamento em sala de aula. Uma família desestruturada, ou
mesmo a ausência dos pais no convívio do dia-a-dia, más condições de
sobrevivência também poderá fazer com que aluno manifeste comportamentos
de agressividade, inquietação, necessidade de extravasar (ARAÚJO, 2010, p.
4).
Segundo Vasconcellos (1989), é necessário analisar o papel da família por
serem as bases estruturais nos primeiros anos de vida da criança, o compromisso de pais
com os filhos é de fundamental importância por estabelecer regras.
(...) a nosso ver, ao procurarmos entender o que está passando com a família
poderemos entender muito do que está acontecendo com a escola e com os
próprios professores, já que tudo está relacionado, qual seja, os problemas de
família não se explicam por si mesmo (...) (VASCONCELLOS 1989, p.27).
A escola mudou, sobre sua forma tradicional de tempos atrás, assim deixando de
existir, e nem poderia existir, já que, vivemos uma nova história, uma escola
contemporânea, exige professores, com novas posturas, o professor deixou de ser aquele
que só transmitia os conteúdos, agora ele precisa estar sempre em busca de novos saberes,
pois a escola mudou, os professores mudaram, a sociedade brasileira mudou, nas últimas
décadas percebemos profundas mudanças das áreas rurais para as urbanas,
“desenraizamento econômico, cultural, afetivo, religioso” alta concentração acelerada da
industrialização e comunicação (Vasconcellos 1989, p 29).
É necessário criar novas relações sociais entre alunos e professores, que
possibilitará novas perspectivas, devemos propor uma relação consciente e passiva, a
coletividade cria e recria o espaço escolar. Precisamos refletir sobre o que deve ser feito,
o que é necessário, e o que é possível.
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METODOLOGIA PESQUISA
Entendemos que o aluno deve compreender desde o início de sua formação, que
o respeito, as regras, faz parte do processo educacional e da disciplina, compreensão essa
que não se percebeu no dia a dia da escola, o desenvolvimento deste projeto se deu devido
à necessidade de compreender e debater os elementos que causam indisciplina nas aulas
de Geografia.
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Diante da boa aceitação do projeto na escola campo, foi estendido ao oitavo ano,
a pedido da professora regente e também coordenadora. Além da participação de outras
duas estagiarias do 4º ano de Geografia.
Este trabalho procurou contribuir com estratégias, que possam sanar, ou ao
menos diminuir os problemas com a indisciplina, contribuindo com o processo de
ensino/aprendizagem.
Sendo assim, fez-se necessário refletir com os educandos sobre quais eram os
principais fatores que contribuem para tal comportamento indisciplinados.
Todo o projeto foi desenvolvido em três momentos: primeiramente foi realizada
uma aula teórica, sobre o tema indisciplina onde houve troca de saberes com os alunos,
procurou saber quais eram seus conhecimentos prévios em torno do tema.
No segundo momento, passamos o filme “AO MESTRE COMO CARINHO 2”,
a escolha deste filme se deu pela riqueza de detalhes e elementos que trás o filme em
relação ao tema indisciplina, este momento foi sem dúvida sensacional, pois os estudantes
ficaram maravilhados com o filme, durante a exibição o silêncio, e a atenção foi total,
pode ser notado em seus rostos expressões de admiração e apreensão.
Após os alunos terem assistido ao filme, passamos para as discussões, onde pôde
ser evidenciado que eles conhecem bem a problemática, inclusive apontaram vários
exemplos do cotidiano com o dia a dia na escola, demostraram estar cientes que o mau
comportamento muitas vezes atrapalha as aulas de Geografia, comprometendo o
aprendizado e causando mal-estar entre alunos e professores.
A figura 1, ilustra o momento da elaboração do documentário em vídeo, onde
todos participaram e puderam falar tudo o que pensavam a respeito do mau
comportamento durante as aulas. Participou também desta filmagem as estagiarias,
dividindo em grupos de quatro, no qual cada uma ficou responsável em filmar e
intermediar a discussão.
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Pode se dizer sem nenhuma dúvida que, o filme proposto obteve excelente
resultado, além de fazer com que os estudantes repensassem suas atitudes. Também
contribuiu para a percepção de outros temas, como: a importância do papel da família,
desigualdade social, preconceito, prostituição, drogas, e principalmente o que mais lhes
chamou atenção, foi o papel do professor ao estimular confiança entre alunos e
educadores. Com isso, tivemos por parte dos alunos o comprometimento de melhoras.
O filme teve o impacto tão positivo que nos corredores éramos indagadas pelos
alunos de outras séries se também iríamos trabalhar com as demais turmas da escola.
Para que se entendam os problemas de indisciplina nos dias atuais, é
importante que se analise o problema na sua totalidade, segundo Silva e Camargo, nos
chama atenção para o papel da escola em relação a “formação moral, procedimental do
aluno,” conceitos que não se limitam a difusão das informações, destaca que essa função
tem sido realizada pela mídia de forma que chama a atenção.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Levaremos conosco a certeza de que, tudo pode ser melhorado, basta que os
professores estejam atentos e dispostos a intervirem em situações que requer estratégias
de soluções de problemas.
Com a realização deste projeto, nós estagiarias tivemos a oportunidade de
conhecer melhor a vida escolar, e a importância de realizar esse tipo de atividade, pois
nos proporcionou novos conhecimentos, onde houve um avanço em nossa formação
enquanto professores, por conta do envolvimento entre alunos e estagiarias.
Experiência que fortaleceu ainda mais, para se saber da necessidade de que o
ensino de Geografia deve sempre estar despertando nos alunos uma apreendizagem
significativa.
REFERÊNCIAS
ANAIS DO O CONGRESSO REGIONAL DE EDUCAÇÃO – IX SEMANA DA
EDUCAÇÃO, 1º, 2016, Pouso Alegre. XVIII Semana de Estudos Pedagógicos “Desafios
à Democratização da Educação no Brasil Contemporâneo” Pouso Alegre-MG:
Universidade do Vale do Sapucaí, 2016.
AQUINO, Júlio Groppa (Org.) Indisciplina na escola: alternativas teóricas e práticas. 3ª
Edição, São Paulo: Summus,1996.
BRAZ, Maria Regina. Reflexões e alternativas Pedagógicas para o enfrentamento da
indisciplina em sala de aula. (Material Didático produzido no segundo período do PDE
- Turma 2009).
CHAGAS, K.M., Indisciplina na Escola: de quem é a culpa? Monografia do Curso de
Pós-Graduação em Gestão de Qualidade na Educação, Guarapuava –PR, 2001, 48p.,
Inclusão como Projeto Cultural e Educativo – Campus de Pirapora – Pirapora/MG -
novembro/2010
MOUSQUER, Dione Baumgartner. PROJETO DE ENSINO “Disciplina Indisciplina:
Janelas abertas”, Joinvile, maio/2005. Disponível em: WWW.redebonja,
cbj.12.br/ensino. Fundamental/projetos/projetos% 20 fam% EDlia_escola.pdf
PARRAT-DAYAN, Silvia. Trad. Silvia Beatriz Adoue e Augusto Juncal – Como
enfrentar a indisciplina na escola. São Paulo: Contexto, 2008.
SILVA, Ana Cláudia da, Camargo, Eliane de. Construção do conhecimento moral. In:
PASSINI, Elza Yasuko. Práticas de ensino de Geografia e estágio supervisionado. São
Paulo-SP: 2007. Editora Contexto.
VASCONCELLOS, C. (IN)DISCIPLINA: construção da disciplina consciente e
interativa em sala de aula e na escola. 13. ed. São Paulo: Libertad, 2000.
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RESUMO
INTRODUÇÃO
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MATERIAL E MÉTODO
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bairro o qual tem uma das maiores montadoras de caminhões da cidade. Perceber como
as industrias mudam drasticamente a paisagem local, os tipos de poluição geradas
diariamente no espaço urbano e como isso afeta o cotidiano da população foi uma tarefa
simples para os alunos depois da discussão e reflexão do texto e do vídeo.
Para Santos (2002, p.24) “ Pode-se dizer que a construção do discurso geográfico
antecede o histórico (como discurso) e que é nesse jogo entre o real e a criação do
simbólico (linguagem) que o processo de sistematização se constitui enquanto geografia”
A reflexão dessas problemáticas gerou debate entre os alunos e o produto dessa discussão
foi projetos artísticos audiovisuais, o qual pertence a terceira etapa. Os alunos teriam que
desenvolver na arte a questão da cidade, do consumo e o meio ambiente. Para tanto, Silva
(2007, p. 4243) afirma que:
Atualmente é indiscutível que a produção cultural seja um importante aliado
do ensino escolar. Vários conteúdos da escola podem ser auxiliados com
utilização de obras literárias, artes plásticas, canções, peças teatrais, imagens,
gibis, dentre outros. Compreendemos, também, ser papel da escola estimular e
socializar o conhecimento de várias formas de expressão cultural, orientando
e fornecendo elementos para uma análise crítica da realidade
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a) Desenho ou charge
b) Paródia musical
c) Poema
d) Esquete
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Poema 1 1 0 0
Esquete 1 1 0 0
Total 28 8 15 5
Quadro 1 – Propostas e avaliação das atividades.
Apenas um grupo optou pelo esquete, e este grupo conseguiu trazer uma reflexão
crítica sobre o espaço urbano e consumo. Nas falas haviam a preocupação ambiental em
relação à cidade e uma discussão social também sobre a desigualdade vivenciada nas
grandes cidades. Três grupos resolveram apresentar paródias musicais. Dois utilizando o
gênero “Funk”, mas tangenciando a problemática do ambiental apenas e o terceiro grupo
construiu uma música ritmada com a brincadeira dos copos, aonde um grupo de pessoas
cantam uma música e fazem o ritmo com copos de plástico. Esse grupo conseguiu atingir
a proposta indicada na pesquisa. Um grupo optou pelo poema, também conseguiu
contemplar a proposta realizada pela atividade. E os outros grupos escolheram desenho
ou charge. Apenas 5 grupos, daqueles que contemplaram o desenho como atividade,
conseguiram desenvolver uma atividade que juntasse a questão do consumo na cidade e
problemas socioambientais. Ao final das apresentações foi realizado uma roda de
conversas para compreender as percepções das artes elaboradas por cada grupo. Houve
uma avaliação feita pelos próprios alunos elencando o que mais gostou em cada
manifestação artística e o que não gostou.
No final da atividade, foi realizada as seguintes perguntas: “Foi difícil elaborar
o trabalho e por que? ” e “Se gostariam de realizar outro trabalho envolvendo as
habilidades artísticas”. O que foi discutido dentro da maioria das turmas é que o processo
criativo e as habilidades artísticas foram a maior dificuldade de desenvolver o trabalho.
Os grupos que optaram por desenho, por exemplo, ficaram boa parte focado nos alunos
que tinham essa habilidade bem desenvolvida. O resto do grupo faziam pesquisas sobre
o tema ou davam sua opinião sobre o desenrolar do projeto. O grupo que apresentou um
maior envolvimento, de uma forma mais igualitária, foi o qual escolheu a esquete para se
apresentar. Sobre realizar novamente uma atividade parecida como essa, grande parte das
turmas responderam que gostariam de realizar novamente algo parecido com o que foi
proposto.
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CONCLUSÃO
REFERENCIAS
ESTADO DE SÃO PAULO. Caderno do Professor Geografia. Vol. II. São Paulo:
Imprensa Oficial, 2014.
FREIRE, Paulo. Educação como prática da Liberdade. São Paulo: Paz e Terra, 2006.
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LARA, Tiago Adão. A escola que não tive... O professor que não fui... 3. ed. São Paulo:
Cortez, 2003.
PEREIRA, Katia Helena. Como usar artes visuais na sala de aula. São Paulo: Contexto,
2014.
SAUVÉ, Lucie. Uma cartografia das correntes de educação ambiental. In: SATO,
Michele;
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INTRODUÇAO
Esta pesquisa tem como objetivo fazer uma reflexão e elaborar relatos sobre a
importância do estágio na formação dos licenciandos do curso de geografia, da
Universidade Estadual de Goiás. O estágio constitui o momento em que o aluno coloca
em prática toda a teoria adquirida durante a sua formação e a relaciona com a prática,
sendo assim o momento em que ele terá o contato direto com o campo de trabalho, o que
possibilita testar seus conhecimentos sobre a área na qual ele atuará e, assim, podendo
compreender e aperfeiçoar o conhecimento. “O estágio sempre foi identificado como a
parte prática dos cursos de formação, em contraposição à teoria”.(LIMA;PIMENTA.
2012, p.33 ).
Portanto, este primeiro contato com o ambiente no qual será seu espaço de
trabalho, a forma como o primeiro contato ocorre, tudo isso contribui para a formação do
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METODOLOGIA DE PESQUISA
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RESULTADO E DISCURSSÃO
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necessário ir além dos conteúdos de geografia, e sim trabalhar o lado humano para acolher
e compreender cada aluno e a realidade da escola.
A falta de material para o professor utilizar em suas aulas muitas vezes não deixa
com que o este desenvolva aulas atrativas e o estagiário também não tem a condição de
arcar com a despesa para fazer uma aula diferente, fato que reflete negativamente no
aprendizado do aluno, pois este se mostra desinteressado pelo conteúdo proposto,
resultando na dificuldade de manter o controle devido, também, à quantidade de alunos
em sala.
Diante das situações precárias encontradas nas duas escolas da periferia, fica
evidente o desinteresse de alguns alunos e até mesmo de professores, o que resulta em
ofensas e até mesmo agressões. Desta feita, é notório que o professor deve estar
preparado para sumir responsabilidades, além das quais são atribuídas a ele.
Possivelmente, os primeiros contatos com a escola nos assustaram, causando
espanto, pois nos vemos agora do outro lado, o ser professor, como o conhecimento e
metodologias que aprendemos nos anos que se passaram na graduação para, agora,
colocarmos em prática diante da realidade da escola e da sala de aula, com suas múltiplas
diferenças e mundos que estão inseridos em um só local.
CONSIDERAÇOES FINAIS
REFERÊNCIAS
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Resumo: O presente artigo tem como objetivo discutir e reforçar a importância do bom
relacionamento entre professor - aluno no processo de ensino - aprendizagem. O texto
aborda, de forma qualitativa, uma reflexão apresentada a partir de observações em sala
de aula do Ensino Fundamental, na fase do estágio obrigatório do curso de licenciatura
realizado na UEG (Universidade Estadual de Goiás- Campus Iporá), cuja observação foi
realizada em uma escola Estadual no município de Iporá/ GO. Este trabalho se faz
importante pela influência direta de professores e alunos, de modo que estes contribuam
para uma melhor formação de cidadãos com conhecimentos críticos e significativos,
através de uma boa conduta e formação, em que cabe aos professores terem metodologias
capazes de atrair e motivar os educandos no processo de ensino-aprendizagem. As leituras
e observações durante o estágio mostram o importante papel que o professor possui na
vida do aluno, influenciando neste amplo processo de aprendizagem que acarretará,
também, nas suas escolhas futuras. A metodologia apresentada neste trabalho trata-se de
uma abordagem meramente qualitativa, tendo como centralidade observações diretas
realizadas por meio da prática pedagógica apresentada na fase de estágio, tendo como
embasamento teórico os autores Libâneo (1994); Morales (1998); Saltini (2008).
INTRODUÇÃO
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sala de aula, conteúdos e metodologias capazes de fazer com que seus alunos possam ter
acesso ao conhecimento e que possam torná-los sujeitos críticos e reflexivos diante da
sociedade, conhecimentos estes que não podem ser mediados de maneira pronta e
acabada.
Esta pesquisa surgiu a partir de observações durante o estágio, momento em
que começamos a observar essa relação entre o professor - aluno, bem como a forma
como essa relação influencia na aprendizagem dos mesmos.
Visando refletir sobre tais questionamentos, emerge o objetivo da pesquisa
que foi discutir e reforçar a importância do bom relacionamento entre professores e alunos
no processo de ensino - aprendizagem.
A pesquisa possui cunho estritamente teórico, buscando refletir sobre as
dificuldades encontradas em sala de aula, com base na experiência vivenciada pelo
estágio. Deste modo, configura que essa relação se faz a partir do processo educativo, de
modo que o educador se torne um mediador de conhecimento e o aluno um protagonista
deste.
Para o desenvolvimento da pesquisa, foi adotado o seguinte encaminhamento
metodológico: levantamento e revisão de fontes bibliográficas que versam sobre o tema
em pauta e observações a partir do estágio.
É notório que existem dificuldades na comunicação entre o professor - aluno,
porém é necessário buscar alternativas para sanar essa problemática em sala de aula.
MATERAIS E MÉTODOS
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a respeito da importância de se ter uma boa relação entre professor - aluno e o quanto isso
interfere na formação dos mesmos. Para tanto, contamos com autores como Libâneo
(1994); Morales (1998); Saltini (2008) que nos auxiliaram na elaboração deste trabalho.
Portanto, o estágio nos possibilitou um olhar mais aguçado em relação à
comunicação existente entre professor - aluno e as leituras e observações realizadas na
escola fizeram com que houvesse a necessidade de analisar a relevância de tal relação no
ambiente escolar.
RESULTADO E DISCUSSÃO
Uma identidade [...] constrói-se, pelo significado que cada professor, enquanto
ator e autor, confere à atividade docente no seu cotidiano a partir de seus
valores, de seu modo de situar-se ao mundo, de sua história de vida, de suas
representações, se seus saberes, de suas angústias e anseios, do sentido que tem
em sua vida o ser professor. Assim como a partir de sua rede de relações com
outros professores, nas escolas. (PIMENTA, 1999, p. 19).
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do aluno, uma vez que este está diariamente em sala de aula contribuindo para sua
aprendizagem.
Compreende-se que ter uma boa relação entre o professor - aluno na sala de
aula é relevante, pois contribui com a aprendizagem. Nessa perspectiva, concordamos
que para se ter afetividade, ou, uma boa relação no ambiente escolar, é importante
ressaltar que,
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deve saber a maneira de lidar com seus alunos, deve haver respeito de ambas as partes
para que assim tenham uma boa convivência. Nessa perspectiva, Libâneo (1994) diz que;
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dia a dia, promovendo desta forma uma barreira na cumplicidade da relação professor -
aluno.
Esta forma de pensamento nos leva a refletir que, a relação entre professor-
aluno envolve interações, pois quando há interação, um dos pontos mais relevantes do
desenvolvimento comportamental fazendo com que haja agregação de valores do ser
humano, professores que buscam mostrar os valores de seus alunos tanto na prática de
ensino como no meio em que vivem valorizando a integração na escola, estão sempre
dispostos a buscar uma boa relação.
Como consequência, estes professores tornam o aprender mais interessante,
quando os alunos são integrados ao espaço em que vivem (escola), quando participam das
atividades, eles se sentem mais competentes, fazendo com que o interesse seja despertado
e que haja motivação em sala de aula. Tal comportamento contribuindo para o
desenvolvimento dessa relação professor-aluno e, consequentemente, para a superação
dos conflitos que podem gerar, ao longo do ensino, problemas de caráter psíquicos e
sociais, trazendo ao aluno a capacidade de questionar e estabelecer metas. Neste contexto
Saltini (2008) afirma que;
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base nas leituras e observações durante o estágio, entendemos que a falta
de interação entre professor - aluno ainda é muito recorrente na atualidade, e isso interfere
diretamente na formação do educando. Diante disso, compreendemos que é necessária
uma boa relação entre professor e alunos, bem como motivá-los, para que aquele possa
obter sucesso no desenvolvimento do seu trabalho. Contudo, um professor que saiba
dialogar e ao mesmo tempo cobrar de seu aluno determinado conteúdo, dando ênfase no
cotidiano deste, tem contribuído de forma significativa em sua formação. A partir disso,
notamos que o professor não precisa ser rígido o tempo todo e sim ter criatividade para
chamar a atenção do aluno para que ele sinta vontade de aprender.
As leituras e observações durante o estágio foram relevantes para entender
como funciona a interação entre professor e aluno dentro da sala de aula e, através destas,
percebemos que os docentes exercem influências no processo de aprendizagem do aluno
e que podem despertar, tanto aspectos positivos quanto negativos. Desse modo, é
importante que o profissional saiba lidar com cada aluno de acordo com sua necessidade,
para que ele possa ter sucesso no processo de ensino e para que ambos se interajam de
forma equilibrada.
REFERÊNCIAS
BIANCHI, Sara Rebecca. A importância da motivação na aprendizagem no ensino
fundamental. São Paulo, 2011.
CUNHA, Maria Isabel. A relação professor e aluno. In: VEIGA, Ilma Passo Alencastro
(Org). Repensando a didática. 22. Ed. Campinas, SP: Papirus, 2005. p 149.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo. Cortez, 1994.
PIMENTA, Selma Garrido. Formação de professores: identidade e saberes da docência.
In: PIMENTA, Selma Garrido. (Org). Saberes pedagógicos e atividade docente. São
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<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1978920/mod_resource/content/1/Texto-
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Revista Eletrônica da Univar.2012. n.°8 vol-3. P.95-100. A RELAÇÃO PROFESSOR-
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Elaine Cristina Navarro. Disponível em < interdisciplinar: Revista Eletrônica da Univar
(2012) n.º8 Vol – 3 p. 95 -100.
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RESUMO
Trata sobre a contação de histórias relacionadas a práticas de Educação Ambiental. Ao responder
como ocorre a aplicação da Jornada do herói no filme Avatar, possui como objetivo geral
apresentar uma metodologia para a prática da EA a partir do Storytelling, ou seja, uma
metodologia para se criar histórias voltadas a questões ambientais, utilizando a Jornada do herói.
Acreditamos que a aplicação do Storytelling no filme Avatar se dá por meio da aplicação a Jornada
do herói e pelo uso de arquétipos. Por se tratar de um filme que explora a questão ambiental,
defendemos que o Storytelling, tal como foi utilizado no referido filme pode contribuir para as
práticas de EA, para disseminar, popularizar conhecimento cientifico, a fim de torná-lo senso
comum, promover o entendimento e, não obstante, para a criação de sentido e minimizar os efeitos
do excesso de informação como falta de atenção e vazio. A metodologia evoca primeiramente, a
necessidade de um diagnóstico ambiental da realidade. Importante para se obter a lista de
problemas ambientais latentes e evidentes e para se ter um leque de soluções ambientais passíveis
de se transformarem em projetos, portanto, em missões a serem defendidas por um herói - que
pode ser uma marca, projeto, iniciativa ou instituição - em uma história, seja ela fictícia, real ou
no cotidiano. Ao final apresento também a nossa proposta chamada Redenção: Ramalhetes pra
comer.
INTRODUÇÃO
Em algumas definições de Educação Ambiental (EA) notamos que esta deve ser
trabalhada sobre o meio-ambiente, no meio-ambiente e para o meio ambiente, sendo
válida também qualquer combinação entre estas. A partir daí obtêm se as estratégias de
EA que são várias. Dentre elas podemos citar, além de outras, as histórias; os conteúdos
audiovisuais e os cineclubes. Já o Storytelling, por exercer um efeito fascinante,
persuasivo, é uma forma de criar identidade, de atrair a atenção, se torna crucial nos dias
de hoje, devido a sua importância na construção de sentido e, portanto, escrever e contar
histórias pode constituir em importante ferramenta nas estratégias de EA.
E neste sentido, se insere o presente trabalho, tendo como tema a contação de
histórias e a EA. Possui como problema responder como se dá o Storytelling no filme
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MATERIAIS E MÉTODOS
O QUE É STORYTELLING
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reduzir o vazio e a insatisfação. Enfim, contar histórias (Storytelling) não serve apenas a
empresas e organizações no âmbito da propaganda e marketing, mas principalmente,
assume a importância para as pessoas na época atual. No sentido que as tornam possíveis
agir, falar e serem ouvidas num constante aceleração e onde tudo é mutável.
Segundo Cogo (2012) contar histórias é algo próprio a todo ser humano.
Segundo Terra desde os primórdios a humanidade vem contando histórias de forma
ininterrupta. Além de favorecer a habilidade comunicativa com alto nível valorativo.
Motiva, de maneira extraordinária, o desenvolvimento relacional. Pode ser usado em
vários fins como educacionais, políticos; econômicos; financeiros; entretenimento;
educativos, cultural ou por empresas, no âmbito das estratégias concorrenciais.
Por outro lado, há quem aposte num reencantamento do mundo. Cogo (2012),
diz que “Barbosa fala num resgate do encantamento diante da excessiva presentificação
do mundo e dos critérios basicamente tecnológicos e racionais”. E aposta numa ligação
da emoção e da ciência, da paixão e da inteligência, do sonho e da prática. Porque não do
ser e do fazer. A contação de histórias seria então um instrumento “capaz de servir de
ponte para ligar as diferentes dimensões e conspirar para a recuperação dos significados,
que tornam as pessoas mais humanas, íntegras, solidárias, tolerantes, dotadas de
compaixão e capazes de ‘estar com’”. Principalmente possui este poder de humanizar os
seres humanos, relações; animais; objetos e coisas e, portanto, capaz de despertar a
empatia.
Segundo Cogo (2012), o Storytelling pode aumentar a disponibilidade de
atenção ocorrendo de forma mais intensa e duradoura. Evoca uma maior intimidade e
uma relação simétrica. Gera igualdade comunicativa, com supressão de hierarquias. Além
de promover a capacidade de criar e de reinventar o mundo, de ter fantasias aceitas e
exercitadas, para que possam explorar seus limites. As histórias podem prender nossa
atenção com mais eficiência do que a simples informação, possibilita captar o sentido dos
acontecimentos de maneira mais rápida e mais profunda; possuem elevado teor
pedagógico; favorece a síntese e a lembrança posterior, além de ser lúdica, sensorial e
emocional. Pode ser vista como a tentativa de humanização do espaço de interação; possui
papel importante, pois ouvir, coletar e compartilhar histórias de vida são elementos
críticos dentro do processo de democratização. É como assinala Habermas (1989): quem
fala age e estabelece relações e modifica algo no mundo. E por fim, Storytelling serve
para nos ajudar a entender as pessoas, para criar laços de empatia e canais de
comunicação. Para socializar os membros, gerar compromisso; exercer o controle social.
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Escrito por Cristopher Vogler com base no “Herói de mil faces” de Campbell,
os autores trabalham com a hipótese de que existe uma estrutura comum, subjacente a
todas as estórias e histórias. Segundo Vogler (1998), desde os “mitos antigos, passando
pelas fábulas e os contos de fadas até os mais recentes estouros de bilheteria do cinema
americano, a humanidade vem contando e recontando sempre as mesmas histórias”. E
esta estrutura subjacente é que garante o sucesso das histórias por estar relacionada a
própria forma do ser humano entender e perspectivar o mundo e suas vivências. E por
isso serve de orientação ou modelo para todos os contadores de histórias desde as
tradições orais, passando pelo cinema aos jogos eletrônicos e às narrativas digitais.
Abaixo segue as etapas da jornada do herói e outros arquétipos que sempre aparecem nas
histórias. O uso destas formas permite uma comunicação profunda e carregada de sentido.
A respeito do mundo comum e mundo especial, de acordo com o exposto por
Vogler (1998), nas histórias existem duas dimensões ou situações. Existe de um lado o
mundo comum e de outro lado o mundo especial. O herói, o protagonista desta história
sai do mundo comum e vai para uma experiência no mundo especial. No final, ele retorna
para o mundo comum trazendo os resultados de sua busca e os socializa com os seus
queridos. Esse é o modelo para qualquer história funcionar. Portanto, mundo comum é
onde o herói é apresentado em seu cotidiano.
No chamado a aventura alguma coisa acontece que o herói precisa se aventurar.
Ele precisa sair daquela condição. É apresentado um desafio de grande risco. A isto dão
o nome de chamados. No chamado fica claro qual é o objetivo do jogo ou da narrativa.
Segundo Vogler (1998) numa terceira etapa denominada a “Negação do chamado” ele
recebe o chamado à aventura. Tem uma idéia clara do que fazer. Mas geralmente sente
medo ou vergonha. Ele foge do chamado, mas jamais será o mesmo. Em “O encontro
com o mentor”, ele vai pedir conselhos ou encontra de alguma forma ou outra, alguém
que lhe dá algum conselho. O mentor é uma pessoa sábia que o nosso herói respeita por
sua experiência. É a velha ou o velho sábio. Nesta conversa, o mentor o empurra para a
aventura depois de lhe dar presentes e conselhos que deverá usar em algum momento da
jornada.
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morrer para se purificar antes de voltar ao mundo comum. Precisa se purificar das
vivências do mundo especial e eliminar o ódio, a raiva e a vingança. Por isso ele morre e
ao renascer, renasce mais sábio e experiente. E por fim, temos a décima segunda etapa,
em que o herói retorna ao mundo comum com aquilo que foi buscar para resolver algum
problema no mundo comum chamada de “O retorno com o elixir”. Às vezes é uma flor
de espécie rara, algum conhecimento, algum medicamento, ou a vitória sobre o mal que
assolava a sua comunidade.
A respeito dos arquétipos que aparecem nas histórias, segundo Vogler (1998),
quando começamos escrever ou contar uma história sempre aparecem tipos recorrentes
de personagens. São os chamados arquétipos definidos por Jung como antigos padrões de
personalidade que são uma herança compartilhada por toda a raça humana. No
Storytelling estes arquétipos são indispensáveis. São comuns nas histórias a presença dos
arquétipos do herói, do arauto; do mentor, conhecido também por velha sábia ou velho
sábio; o guardião do limiar; O camaleão; da sombra, do pícaro.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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filha de Mo’at, líder espiritual do clã, e rei da tribo de Eytucan. Protegido por Eywah, a
deusa telúrica da respectiva lua, se apaixona por ela e acaba mudando de lado, indo contra
seu comandante e posicionando a favor dos Na’vi não antes passar por uma série de testes
para ser aceito na comunidade.
A partir deste momento, ele passará por riscos, testes, fará amigos, aliados e
inimigos e lutará contra o coronel, contra a empresa que pretende destruir aspectos
naturais do planeta, desrespeitando a cultura de um povo, incluindo aspectos sagrados,
para obter os recursos minerais. Ao final, o herói passa por testes e enfrenta a sombra,
que é o coronel que por pouco não coloca fim em sua vida. O herói fica no mundo especial
e os invasores são expulsos.
No âmbito do Storytelling o filme foi arquitetado segundo a jornada do herói de
uma forma bem original, pois o herói parece passar por dois chamados. O primeiro
quando resolve entrar no planeta e o segundo quando resolve lutar ao lado dos Na’vi
contra a empresa colonialista e o exército mercenário.
O uso do Storytelling nas estratégias de EA, além dos aspectos apresentados no
tópico anterior, possui outros pontos bastantes positivos. Primeiro populariza o
conhecimento científico, de forma lúdica e prazerosa, visando transformá-lo em senso
comum. Num segundo momento, pelo fato de ser comum a todo ser humano, possibilita
levar o conhecimento às camadas mais excluídas como aqueles que por razões
econômicas, tecnológicas, educacionais ou culturais não possuem acesso pleno a
informação. E por fim, porque fala direto à subjetividade do outro, possibilita o
entendimento, a inserção do indivíduo em realidades míticas, aumenta a engajamento e
adesão à questão ambiental, transformando-o em sujeito. Ademais, porque possui o pode
de humanizar objetos, seres vivos e a própria relação com o meio.
Além de uma transposição dos efeitos da expansão da forma capitalista de
produção (EFKP) para outros contextos além dos atuais – Nota-se que a dominação de
Pandora é similar a dominação do capitalismo em suas várias fases, envolvendo a
pilhagem, as naves e a violência - o roteiro apresenta alguns pontos tratados pela Teoria
Geral dos Sistemas Vivos (TGSV) como, por exemplo, a hipótese Gaia. Sistema de Gaia
foi uma teoria desenvolvida por James Lovelock onde o planeta terra, incluindo o ser
humano seria visto como um organismo vivo, auto-organizativo. Em Avatar estas
características são enfatizadas por meio do relacionamento dos nativos com uma deusa
telúrica chamada Eiwah, ademais por uma rede rústica de comunicação global que une
indivíduos, animais, plantas e todo o planeta. Enfim, embora possua fins comerciais
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cotidiano, como alguém que toma consciência do problema ambiental e acredita que pode
resolvê-lo. Esta etapa corresponde ao momento do recebimento do chamado. No entanto,
por um motivo ou outro se sente despreparado, nega o chamado. Num momento posterior
resolve falar com alguém de sua confiança, o mentor, que o encoraja e lhe oferece algum
recurso que será usado mais tarde. Ele decide, aceita o chamado, entra no mundo especial
e vai a busca da solução do problema ambiental. Este herói pode ser um ser humano,
animal, planta e até mesmo um ser não-vivo. Enfim, a história abre espaço para se
apresentar não apenas os diagnósticos como as forças (Sombra) que operam contra a
localidade, o meio e a subjetividades. Bem como, a partir de uma perspectiva humana, os
obstáculos, testes para solucionar o problema, para implementar o projeto que irá
beneficiar o mundo comum. Ademais, abre espaço para apresentar a própria dinâmica da
vida. Pode se ainda aplicar a fórmula do Storytelling completando as lacunas para orientar
na construção da história: Era uma vez um (...). Todo dia, (...). Um dia, (...). Por causa
disso, (...). Por causa disso, (...). Até que finalmente (...).
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
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CAMPBELL, Joseph. O herói de mil faces. São Paulo – SP: Editora Cultrix/Pensamento,
1949, 199p.
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INTRODUÇÃO
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MATERIAL E MÉTODO
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Para o docente desempenhar bem o seu papel necessita muito mais do que ter
apenas domínio de conteúdo, é fundamental que este profissional esteja preparado para
enfrentar os mais diversos conflitos existentes em sala de aula, que possa conhecer a
realidade dos educandos e buscar metodologias que atendam as necessidades destes,
possibilitando assim o efetivo alcance do conhecimento.
Muitos dos jovens profissionais docentes se deparam com diversos tipos de
problemas no ambiente escolar com os quais não conseguem lhe dar, levando-os até
mesmo a desistir da profissão. Por este motivo, dar uma ênfase maior na formação prática
dos licenciandos tem sido objeto de discussão e ganhado uma atenção especial nas
legislações que regem a educação.
Civardi et al (2016) enfatiza que de acordo com as Matrizes Curriculares
educacionais os cursos de licenciatura devem cumprir alguns objetivos, dentre eles o de
ampliar os momentos de prática, não os reduzindo somente ao estágio supervisionado e
enfatizar a prática na forma de procedimentos que valorizem a observação e a reflexão, a
partir da atuação em situações contextualizadas.
Desta forma, a formação docente precisa ser pensada visando construir
profissionais qualificados, capazes de contribuir com o desenvolvimento de cidadãos
críticos e atuantes na sociedade em que vivem. Neste sentido o PIBID tem se destacado
como um programa de aperfeiçoamento desta profissão.
Art. 1o O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, doravante
denominado Pibid, tem como base legal a Lei nº 9.394/1996, a Lei nº
12.796/2013 e o Decreto nº 7.219/2010.Art. 2º O Pibid é um programa da
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) que
tem por finalidade fomentar a iniciação à docência, contribuindo para o
aperfeiçoamento da formação de docentes em nível superior e para a melhoria
da qualidade da educação básica pública brasileira.
Art. 3º Os projetos apoiados no âmbito do Pibid são propostos por instituições
de ensino superior (IES) e desenvolvidos por grupos de licenciandos sob
supervisão de professores de educação básica e orientação de professores das
IES.
Parágrafo único. O apoio do programa consiste na concessão de bolsas aos
integrantes do projeto e no repasse de recursos financeiros para custear suas
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atividades.
(http://www.capes.gov.br/images/stories/download/legislacao/Portaria_096_1
8jul13_AprovaRegulamentoPIBID.pdf. Acesso em 27/10/2016).
O docente tem o papel de ajudar seu aluno a ter uma visão crítica do mundo, ser
capaz de refletir sobre os acontecimentos a sua volta, conhecer a realidade econômica,
política e social do meio em que vive, questionar e propor mudanças naquilo que não lhe
agrada.
Sendo assim, ser professor não significa ser transmissor de conteúdos, mas sim
orientador, para que seus alunos sejam protagonistas no processo de conhecimento.
Porém, para que um professor consiga desenvolver estas habilidades em seus
educandos, ele precisa primeiramente ter tido uma formação inicial adequada, capaz de
despertar uma visão crítica reflexiva destes educandos.
A prática docente é fundamental para a formação efetiva do professor, esta
prática se torna realidade através dos estágios supervisionados, em que os licenciandos
passam a conhecer a realidade escolar, planejam e ministram aulas, participam de
reuniões na unidade escolar como conselhos de classe e trabalhos coletivos.
A prática é elemento essencial na formação da identidade, pois a ela remetem-
se as experiências vividas. Desta forma, quando o estudante licenciando a
vivencia ainda nos anos de graduação abre portas para a construção da
identidade do profissional professor, elemento fundamental para um trabalho
qualificado. (CARVALHO, 2016, p. 20).
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Pois o tempo que o Pibidiano passa dentro da unidade escolar desempenhando as funções
docentes é maior que a do estagiário.
Além disso, é oportunizado aos bolsistas do PIBID viagens para eventos
voltados há licenciatura e horários para leituras orientadas pelos coordenadores dos
subprojetos, que contribuem para a ampliação dos conhecimentos teóricos.
Carvalho (2016) ressalta que só é possível ter uma formação para a prática
reflexiva através de uma base teórica qualificada, caso contrário às aulas teóricas se
tornam momentos desvinculados da atuação do professor.
Para o professor da rede básica que se torna orientador dos Pibidiandos também
há um ganho muito grande, pois este professor passa a contar com novas ideias para suas
aulas, tem um acesso maior a informações e recursos para participar de eventos de
formação docente, de licenciatura e em específicos do PIBID, além de exercitar mais a
escrita de artigos em conjunto com os demais membros do subprojeto, pois para muitos
professores da rede, esta prática de escrita e publicações de trabalhos torna-se bastante
reduzida devido a grande demanda de trabalho e até mesmo a falta de incentivos para
elaborá-los.
Assim, o PIBID acaba por propiciar uma troca de conhecimentos entre os
professores e licenciandos, e contribui de forma significativa na formação de todos estes
profissionais.
O PIBID tem potencializado um trabalho coletivo de aprendizado, no qual
licenciandos trocam experiências com os formadores, professores da educação
básica e com a realidade e prática vivenciadas no cotidiano escolar. O professor
tem se qualificado, e o formador redimensionado concepções e ações
pedagógicas. (CIVARDI, et al, 2016, p. 26).
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Nos anos de 2012 e 2013 e PIBID de geografia de UEG de Iporá contou com 6
licenciandos bolsistas, estes foram divididos em duplas para fazerem o acompanhamento
das aulas de 4º ao 9º ano do ensino fundamental no Colégio Estadual de Aplicação em
Iporá-GO.
Estas duplas planejaram e ministraram aulas, desenvolveram projetos e
participaram de reuniões e eventos promovidos pela escola.
Na ocasião os Pibidianos optaram por voltar as suas atividades para o tema
Família na Escola, assim muitas ações foram empreendidas no sentido de fortalecer a
presença da família na unidade escolar como forma de valorizar, educar e ter o apoio da
família para gerenciar os conflitos e contribuir com o processo de ensino aprendizagem.
Esta experiência com o PIBID trouxe aprendizados importantes para os bolsistas
licenciandos, em que alguns membros do grupo optaram por continuar na educação, além
de buscar a continuidade dos estudos através de mestrados e doutorados, com o objeto de
se aperfeiçoarem cada vez mais para exercerem sua profissão.
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contado com a sala de aula, com as funções que devem ser desempenhadas por um
professor se tornassem significativas para decidir o caminho a ser percorrido após a
universidade.
Muitos foram os desafios enfrentados durante este período entre eles destaco:
• A indisciplina em sala de aula, que por mais que fizéssemos leituras
sobre, ouvíssemos os conselhos e as experiências da Coordenadora de
Área e da Professora Supervisora, sempre nos deparávamos com
situações difíceis de solucionar;
• O planejamento de aula, pois além de buscarmos ter domínio de conteúdo
também precisávamos ministrar aulas criativas e que despertassem a
atenção e aguçassem a curiosidade dos alunos;
• A diversidade de opiniões entre os próprios membros subprojeto, nos
levando a compreender que é preciso saber gerenciar os conflitos para se
ter bons resultados no trabalho em equipe;
• A precariedade de recursos que as escolas enfrentam. Os bolsistas do
PIBID contavam com recursos do programa para inovar suas aulas, criar
projetos e ter um diferencial na escola, mas conhecer a realidade da
escola através do PIBID nos levou a refletir sobre como seria quando
estivéssemos em sala de aula enquanto professor regente, se
conseguiríamos desempenhar bem nossas funções contando com os
recursos que a escola oferece.
Estes e outros desafios foram presenciados durante o período enquanto bolsista
do PIBID, mas acima de tudo ficou o conhecimento adquirido sobre ser docente, e a
certeza de que a uma boa formação inicial contribui significativa para o bom desempenho
das funções, mas ser docente é ser um eterno estudante, que deve está sempre em busca
de aperfeiçoamentos para fazer a diferença na formação de seus educandos.
Após a conclusão da universidade veio à oportunidade de atuar em sala de aula
em escolas públicas e particulares, a conclusão do Mestrado concomitante com a
monitoria de um graduando com Síndrome de Down e a oportunidade de trabalhar na
Subsecretaria Regional de Educação Cultura e Esporte de Iporá, assessorando o
departamento pedagógico.
Tudo isso, tem fortalecido a vontade de buscar cada vez mais aperfeiçoamento
para exercer minhas funções e lutar pela melhoria da educação.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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propostas e experiências formativas. 2016, 159 F. Dissertação (Mestrado). Universidade
Federal de Goiás – Regional Jataí. Jataí, 2016.
CIVARDI, Jaqueline Araújo.; CHAVES, Sandramara Matias.: SILVA, Rusvênia Luiza Batista
Rodrigues. OLIVERIA, Ivanilton José de. Formação de Professor No Contexto do PIBID/UFG.
In: CIVARDI, Jaqueline Araújo.: PANIAGO, Maria de Lourdes Faria dos Santos (ORG). PIBID
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UFG, 2016. p 26 – 42. Disponível em:
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INTRODUÇÃO
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Sabemos que o jovem do campo, assim como afirmou Abramo (2005), ainda
é um sujeito difícil de ser discutido, tendo em vista sua complexidade sociocultural e
sua pouca representatividade nas pesquisas no que concerne a suas dinâmicas culturais
e sociais. Contudo, os jovens os responsáveis por traçar o movimento do mundo, com
suas representações e reconhecimentos do espaço, encarnado de regras, costumes e
relações culturais, sociais e políticas. Portanto, compreender o jovem diz respeito
também a mergulhar em suas práticas espaciais e, consequentemente, discutir seu
espaço geográfico. Como são indivíduos que circulam entre os bancos da escola e os
espaços de trabalho, traz-se aqui a importância de se trabalhar, também, a articulação
do conhecimento científico com as práticas cotidianas, a partir do Ensino de Geografia.
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Nesse sentido, conforme afirma Callai (2011, p. 15) em suas reflexões sobre a
busca pelo fazer a educação geográfica, entendemos que
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campo-cidade, que é, ainda hoje, objeto de debate entre diferentes estudiosos do mundo
rural. Além de se articular melhor nos lugares socialmente determinados a ele, e
transformados pelas desigualdades sociais e econômicas que marcam o campo brasileiro,
o jovem do campo que estuda na cidade acaba operando como sujeito dessa realidade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Bem, há muito que refletir sobre a temática tratada nesse artigo e sobre os
possíveis caminhos para se pensar a atuação do professor de Geografia e o trabalho em
escolas que recebem jovens do campo. Algumas reflexões ficaram em aberto para estudos
posteriores e maior aprofundamento. No que diz respeito à importância desse artigo, é
esperado que ele possa contribuir para que os sujeitos envolvidos no processo de ensino-
aprendizagem reflitam sobre sua prática docente e sobre seu papel enquanto sujeito do
Campo. Isso porque refletir sobre os processos de ensinar Geografia com um olhar para
a relação existente entre o Campo e a Cidade desperta-nos a atenção sobre a importância
de compreendermos os diferentes caminhos que o país veio tomando após o acelerado
projeto de mercantilização do conhecimento e desumanização dos processos de ensino.
Essa postura pode não ser nada mais que uma evidência do descompasso e da
distância cada vez mais alargada entre a cultura acadêmica, a cultura profissional e a
cultura popular, que não se comunicam por não se julgarem no mesmo nível de
importância. Desse modo, a partir das reflexões realizadas, compreendemos que ensinar
Geografia pensando os diferentes contextos vivenciados pelos alunos é, também, uma
maneira do professor se assumir como sujeito de uma reflexão permanente. E, mais
importante, fazer com que todos os envolvidos construam conhecimentos sobre o espaço
vivido e reconheçam as características dos lugares e sua importância.
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REFERÊNCIAS
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reflexão e prática. Ijuí: Ed. Unijuí, 2011. p. 35-60.
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RESUMO
O objetivo do trabalho é compreender a função da educação ambiental na conservação do
meio ambiente. A metodologia utilizada na pesquisa e de análise referenciais
bibliográficos referentes ao tema educação ambientais. A análise contemplou os autores:
Guimarães (2003), Jacobi, (2003), Kronemberger (2011), Costa, (2017), Sato e Carvalho,
(2005), Libâneo (1987). Teóricos discutem a respeito da educação ambiental, de leis e
sobre modo de vida. Os resultados da pesquisa demonstram que a educação formal e
ambiental nas práticas pedagógicas poderá contribuir com a mudança comportamental e
com a conscientização do cidadão, em relação ao meio ambiente, assim, incorporando ao
seu cotidiano atitudes que manifestem consciência ambiental e responsabilidade coletiva.
A relação meio ambiente e educação tem assumido um papel sistematizador na busca de
uma sociedade comprometida com novas práticas ambientais. Nesse sentido, a inserção
da Educação Ambiental no sistema educacional visa orientar os indivíduos sobre a
necessidade de mudanças nos paradigmas atuais de produção e consumo exacerbado.
Portanto é papel dos educadores mediar e dinamizar o conhecimento, de forma que a
sociedade possa adquirir consciência do meio, e da urgência em se repensar as práticas
sociais, De tal modo, impulsionando a criação e propagação de um sistema educacional
que assuma o compromisso com a formação de valores, propiciando a mitigação dos
problemas ambientais, e incorporando a responsabilidade coletiva ao educando, este que
é ser atuante na sociedade. Portanto, é necessário criar um diálogo aberto a todos,
promovendo o entendimento de que as mudanças educacionais são possíveis através da
participação social, haja vista que ambos são sujeitos críticos da realidade social. Deste
modo, todos deveram estar engajados na transformação do sistema educacional, e
consequente na proteção do meio ambiente. Assim, este trabalho se propõe a examinar a
problemática da relação entre educação ambiental e as propostas do sistema educacional.
INTRODUÇÃO
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Conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente, em Estocolmo no ano de 1972,
esta que fez uma reflexão crítica da realidade vivenciada no sistema educacional.
A expressão “Educação Ambiental” surgiu nos anos 70, quando surgiu a
preocupação com a problemática ambiental. A lei n.º 9.795, de 27 de abril de 1999, que
disciplina a educação ambiental afirma em seu art. 2° que a educação ambiental é um
componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma
articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não
formal.
Segundo Lima (1984), o conteúdo que respalda a relação educação versus meio
ambiente deve nascer da reflexão sobre a realidade, que dirige a percepção e gere a
prática. Assim o professor – educador dentro das propostas da EA, e, através da
interdisciplinaridade, busca impulsionar a integração do aluno com o meio ambiente, de
forma a instigá-lo a deixar de ser mero espectador, tornando-o ser consciente e capaz de
modificar a sua realidade de forma crítica, como agente transformador.
Para Guimarães apud Gonçalves, a participação é ponto de partida para o
desenvolvimento do processo educativo que interessam a EA, ressaltando que:
Políticas públicas são elaboradas para dar suporte à EA. Entre elas há propostas
de adequação de calendário escolar. Embora existam políticas públicas para melhoria das
escolas e da educação ambiental, entendemos que elas ainda não são suficientes e nem
executadas de maneira satisfatória, de modo que não contemplam de fato as necessidades
do meio ambiente.
Nesse sentido, notamos a necessidade de incentivo do poder público municipal
na educação ambiental, pois esta auxilia no processo de não incentivo à cultura de
devastação a qualquer preço.
O sistema educacional encontra-se fragmentado e pouco engajado na formação
de um sujeito que possa contribuir na conservação do meio ambiente. Nessa perspectiva,
Libâneo (1993), chama a atenção para o fato de a sociedade ser capitalista e requerer do
sistema educacional pessoas capacitadas para o mercado de trabalho, ou seja, pessoas que
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não possuem consciência de que toda e qualquer ação por ele desenvolvida refleti no meio
ambiente.
Ao professor, cabe a meta de abrir perspectivas, a partir do conteúdo, do
envolvimento com o estilo de vida dos alunos, tendo a consciência dos contrastes entre a
cultura destes e com a sua (LIBÂNEO, 1987 e MARTIN-BARÓ, 1992), assim, tendo
como principais agentes socializadores: a escola como responsável não apenas pela
difusão de conhecimentos, mas também pela transmissão dos valores culturais entre
gerações.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A realidade escolar ainda encontra-se muito distante dos ideais de uma educação
para a sustentabilidade, principalmente na educação infantil. Diante disso, a escola com
todo seu aparato pedagógico, se torna essencial para a construção de uma nova realidade
cultural, e, é dentro deste contexto que, desde o início do artigo enfatizamos a importância
de um trabalho em rede, integrado, transversal para a real efetivação da conscientização
e preservação do meio ambiente (PHILIPPI JUNIOR; PELICIONI, 2005). No que tange
às lacunas das leis brasileiras sobre a preservação do meio ambiente e toda a problemática
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REFERÊNCIAS
____BRASIL. Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI,
da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da
Administração Pública e dá outras providências. Vade Mecum Saraiva. 22 ed. São
Paulo: Saraiva 2016.
COSTA, Lucio Augusto Villela da; IGNÁCIO, Rozane Pereira. Relações de Consumo
x Meio Ambiente: Em busca do Desenvolvimento Sustentável. In: Âmbito Jurídico,
Rio Grande, XIV, n. 95, dez 2011. Disponível em:
<http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos%20_leitura&artigo_id
=10794&revista_caderno=5>. Acesso em set 2017.
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INTRODUÇÃO
Nos últimos anos a Educação Ambiental (EA) tem possibilitado cada vez mais
a difusão da problemática ambiental e a promoção de práticas conservacionistas
(PALHARES et al., 2000). A cada dia que passa tem se aumentado a necessidade de
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desenvolver pesquisas e métodos que sejam capazes de identificar os danos causados pela
ação humana aos recursos hídricos. Segundo Callisto et al. (2002) o impacto antrópico
sobre os ecossistemas aquáticos está entre os principais responsáveis pela deterioração da
qualidade ambiental de bacias hidrográficas; acarretando a perda da capacidade de
abastecimento de populações, da manutenção da vida aquática e do seu uso para
recreação.
Esses métodos de avaliação são importantes para que se possam saber os índices
da qualidade da agua dentro do que se pode considerar normal através da observação.
Contudo, a expansão e as modificações frenéticas dos processos produtivos, o
crescimento populacional e a urbanização descontrolada têm desestabilizado as condições
de equilíbrio dos recursos hídricos (MINATTI-FERREIRA e BEAUMORD, 2004).
A observação de reservatórios hídricos deixa visível que o aumento populacional
e o uso inadequado da água podem causa grandes problemas ambientais comprometendo
a qualidade da água disponível para consumo humano. Os PARs podem ser considerados
instrumentos úteis de estudo da geomorfologia fluvial, uma vez que, auxiliam e geram
informações importantes para a compreensão da dinâmica dos sistemas lóticos (águas
correntes), auxiliam o entendimento das relações existentes entre a exploração expressiva
desses sistemas e os elementos físicos que determinam sua qualidade ambiental, com
vista ao planejamento do uso e conservação dos recursos hídricos (RODRIGUES,
CASTRO e MALAFAIA RODRIGUES, 2010).
Diante disto, tem se observado a crescente necessidade de monitorar e avaliar as
alterações ambientais dos ecossistemas fluviais. A avaliação ambiental dos rios tem
fornecido subsídios importantes para uma análise integrada da qualidade desses
(RODRIGUES et al., 2012).
Para Rodrigues, Castro e Malafaia (2010), entender as características e a
dinâmica dos corpos hídricos é fundamental para a preservação e manutenção dos
ecossistemas fluviais, principalmente quando se parte do pressuposto de que as condições
ambientais de um rio estão relacionadas aos aspectos físicos do habitat. Conforme
discutido pelos autores, a verificação precoce de pequenas mudanças nos ambientes
aquáticos possibilita impedir a expansão de todos os ecossistemas, permitindo que
medidas de contenção sejam desenvolvidas.
A proposta de aplicação dos protocolos surgiu a partir de aulas teóricas na
disciplina de Ecossistemas e Meio Ambiente, do Programa de Especialização em
Ordenamento Ambiental e Desenvolvimento Sustentável, da Universidade Estadual de
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MATERIAL E MÉTODO
Área de estudo
O estudo foi desenvolvido no Lago Pôr do Sol na cidade de Iporá-GO, que se
localiza na região de planejamento do Oeste Goiano e microrregião de Iporá-GO, nas
coordenadas de 16°26’31” Latitude Sul, e 51°07’04” Longitude Oeste de acordo com o
(Mapa 01). O lago Pôr do Sol possui um perímetro de, aproximadamente, 1200 m², são
utilizados para o lazer da população, sendo circundadas por comércio, residências, ruas e
vias para pedestre. Suas margens possuem espécies de árvores nativas e exóticas,
compondo dois estratos diferentes: um herbáceo e um arbóreo (SILVA & BLAMIRES,
2007). De acordo com o censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
realizado em 2007 o município tem área total de 1.026km², com uma população estimada
de 31.000 habitantes.
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Fonte: SIEG (2012) e GOOGLE EARTH-Pró (2016). Organização: ROCHA, Thiago (2016).
Figura 01: Localização dos Pontos para Aplicação do Protocolo de Avaliação Rápida da
Diversidade de Habitats no Lago Pôr do Sol.
Descrição do Ambiente
Localização:
Data de Coleta: Hora da Coleta:
Tempo (situação do Dia):
Modo de Coleta (Coletor):
Tipo de Ambiente: Córrego ( ) Rio ( )
Largura Média:
Profundidade Média:
Temperatura da Água:
Pontuação
Parâmetros 4 Pontos 2 Pontos 0 Ponto
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Pontuação
Parâmetros 5 Pontos 3 Pontos 2 Pontos 0 Pontos
11. Tipos de Mais de 50% com 30 a 50% de habitats 10 a 30% de habitats Menos que 10% de
fundo Habitats diversificados; habitats diversificados; Habitats diversificados;
diversificados; adequados para disponibilidade de ausência de habitats
pedaços de troncos manutenção das habitats insuficiente; óbvia; substrato
submersos; populações de substratos frequentemente rochoso instável para
cascalho ou outros organismos aquáticos. modificados. fixação dos organismos.
habitats estáveis.
12. Extensão Rápidos e Rápidos com a Trechos rápidos Rápidos ou
de Rápidos corredeiras bem largura igual à do rio, podem estar ausentes; corredeiras
desenvolvidas; mas com comprimento rápidos inexistentes.
rápidos tão largos menor que o dobro da não tão largos quanto o
quanto o rio e com largura do rio. rio e seu
o comprimento comprimento menor que o
igual ao dobro da dobro da
largura do rio. largura do rio.
13. Rápidos Rápidos não frequentes; Rápidos ou Corredeiras Geralmente com
Frequência de relativamente distância entre ocasionais; habitats lâmina d’água “lisa”
Rápidos frequentes; rápidos dividida pela formados pelos contornos ou com rápidos
distância entre largura do rio entre 7 e do fundo; distância entre rasos; pobreza de
rápidos dividida 15. rápidos dividida pela habitats; distância entre
pela largura do rio largura do rio entre rápidos
entre 5 e 7. 15 e 25. dividida pela largura do
rio maior que 25.
14. Tipos de Seixos abundantes Seixos abundantes; Fundo formado Fundo pedregoso;
Substrato (prevalecendo em Cascalho comum. Predominantemente por seixos ou lamoso.
nascentes). cascalho; alguns seixos
presentes.
15. Deposição Entre 0 e 25% do Entre 25 e 50% do Entre 50 e 75% do Mais de 75% do
de Lama fundo coberto por fundo coberto por lama. fundo coberto por lama. fundo coberto por lama.
lama.
16. Depósitos Menos de 5% do Alguma evidência de Deposição moderada Grandes depósitos de
Sedimentares fundo com modificação no fundo, de cascalho novo, lama, maior
deposição de lama; principalmente como areia ou lama nas desenvolvimento das
ausência de aumento de cascalho, margens; entre 30 a margens; mais de 50%
deposição nos areia ou lama; 5 a 30% 50% do fundo afetado; do fundo modificado;
remansos. do fundo afetado; suave deposição remansos ausentes
deposição nos moderada nos remansos. devido à significativa
remansos. deposição de
sedimentos.
17. Alterações Canalização Alguma canalização Alguma modificação Margens modificadas;
no canal do (retificação) ou presente, normalmente presente nas duas acima de 80% do rio
rio dragagem ausente margens; 40 a 80% modificado.
ou mínima; rio com próximo à construção do rio modificado.
padrão normal. de pontes; evidência de
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modificações há mais
de 20 anos.
18. Fluxo relativamente Lâmina d’água acima Lâmina d’água entre Lâmina d’água escassa
Característica igual em toda a de 75% do canal do rio; 25 e 75% do canal do e presente apenas nos
s do fluxo das largura do rio; ou menos de 25% do rio, e/ou maior parte remansos.
águas mínima quantidade substrato exposto. do substrato nos
de substrato “rápidos” exposto.
exposta.
19. Presença Acima de 90% com Entre 70 e 90% com Entre 50 e 70% com Menos de 50% da mata
de mata ciliar vegetação ripária vegetação ripária vegetação ripária ciliar nativa;
nativa, incluindo nativa; nativa; desflorestamento desflorestamento muito
árvores, arbustos desflorestamento óbvio; trechos com acentuado.
ou macrófitas; evidente mas não solo exposto ou
mínima evidência afetando o vegetação eliminada;
de desenvolvimento da menos da metade
desflorestamento; vegetação; maioria das das plantas atingindo
todas as plantas plantas atingindo a a altura “normal”.
atingindo a altura altura “normal”.
“normal”.
20. Margens estáveis; Moderadamente Moderadamente Instável; muitas
Estabilidade evidência de erosão estáveis; pequenas instável; entre 30 e áreas com erosão;
das Margens mínima ou áreas de erosão 60% da margem com frequentes áreas
ausente; pequeno frequentes. Entre 5 e erosão. Risco elevado de descobertas nas
potencial para 30% da margem com erosão durante curvas do rio; erosão
problemas futuros. erosão. enchentes. óbvia entre 60 e
Menos de 5% da 100% da margem.
margem afetada.
21. Extensão Largura da Largura da vegetação Largura da vegetação Largura da vegetação
de mata ciliar vegetação ripária ripária ripária entre 6 e 12 m; ripária
maior que 18 m; entre 12 e 18 m; mínima influência antrópica
sem influência de influência antrópica. intensa. menor que 6 m;
atividades vegetação restrita ou
antrópicas ausente devido à
(agropecuária, atividade antrópica.
estradas, etc.).
22. Presença Pequenas Macrófitas aquáticas ou Algas filamentosas Ausência de Vegetação
de Macrófitas algas filamentosas ou ou macrófitas em poucas aquática no leito do rio
Plantas aquáticas e/ou musgos distribuídas no pedras ou ou grandes
Aquáticas musgos distribuídos rio, substrato com alguns remansos, bancos macrófitas
pelo leito. perifiton. perifiton abundante e (p.ex. aguapé).
biofilme.
Fonte: Hannaford et al. (1997). Modificado do protocolo de (1997). Obs.: 5 pontos (situação natural), 3, 2,
e 0 pontos (situações leve ou severamente alteradas).
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02 - B), e até mesmo criação de animais (Figura 02 - C), as margens do curso hídrico,
comprometendo a qualidade de parâmetros físico-químicos e microbiológicos da água.
A B C
3. Alterações antrópicas 0 2
4. Cobertura vegetal no leito 4 4
5. Odor da água 4 4
6. Oleosidade da água 2 4
7. Transparência da água 2 2
8. Odor do sedimento (fundo) 4 4
9. Oleosidade do fundo 2 4
10. Tipo de fundo 2 2
11. Tipos de fundo 2 2
12. Extensão de Rápidos 0 0
13. Frequência de Rápidos 0 0
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Deve-se ressaltar, entretanto, que apesar de permitir uma boa avaliação de cursos
d’água a serem analisados, é necessário que os dados do diagnóstico sejam atrelados com
outras informações, como por exemplo, a análise físico-química da água, bem como testes
microbiológicos, considera-se ainda que o protocolo seja associado a informações
relativas a diversas dimensões territoriais, bem como o uso e ocupação do solo na bacia;
dados socioeconômicos relevantes, dados hidrográficos e morfométricos, informações
sobre intervenções nos cursos d’água na área de estudo e possíveis dados de
monitoramento, se existentes, para assim ser aplicada como ferramenta de diagnóstico
ambiental.
O cruzamento de informações pode permitir o estabelecimento de relações de
causa e consequência, que são informações primordiais para a execução de um plano de
trabalho ou para o entendimento das possibilidades de atuação e restauração ambiental
em uma bacia hidrográfica urbana (GUIMARÃES, et al. 2012).
Durante a aplicação dos protocolos foi possível observar, a dificuldade de
compreensão que alguns parâmetros propunham mensurar ou indicar, ainda assim,
acredita-se é natural que ocorra variações, principalmente em função do PAR apresentar
questões específicas de difícil avaliação por pessoas que não tenham um conhecimento
básico na área de ecologia de rios (LOBO, et al. 2011; RODRIGUES, CASTRO, 2008).
Sugere-se, da mesma forma como assinalado por Hannaford et al. (1997), a
realização de uma breve capacitação antes da utilização deste protocolo, no intuito de
aumentar a precisão da amostragem.
Entretanto, conforme Callisto et al. (2002), este método de avaliação visual se
constitui em importante ferramenta no treinamento de profissionais capazes de atuar em
projetos de avaliação de impacto ambiental. Ainda, pode ser útil em atividades de ensino,
pesquisa e extensão para alunos da área das Ciências Ambientais, uma vez que a
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adequação do mesmo seja feita de acordo com a área a ser avaliada ou mesmo em relação
ao grupo que irá aplica-lo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ALVES, E. D. L. A.; SPECIAN, V. Estudo do Comportamento Termohigrométrico em
Ambiente Urbano: Estudo de Caso em Iporá-GO. Revista Brasileira de Geografia
Física, v. 2, p. 87-95, 2010.
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PALHARES, K.; MAYRINK, N.; MORENO, P.; GOULART, M.; MORETTI, M.;
FERREIRA, W. Bioindicadores de qualidade de água: a educação ambiental como uma
ferramenta de união UFMG-escolas. In: SIMPÓSIO DE ECOSSISTEMAS
BRASILEIROS, 5., 2000, Vitória. Anais... São Paulo: ACIESP, v. 1, p. 182–189. 2000.
SILVA, F.D.S.; BLAMIRES, D. Avifauna urbana no Lago Pôr do Sol, Iporá, Goiás,
Brasil. Revista Lundiana. Belo Horizonte, v.8, n.1, p.17-26. 2007.
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INTRODUÇÃO
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Esta forma de iniciação à docência permite haver uma melhor interação entre
a universidade e a escola básica, consequentemente promove o contato dos licenciandos
com as demandas da carreira profissional docente e estimulam os bolsistas a de dedicarem
à melhoria da qualidade e atuação de professores nas escolas públicas. A partir do
momento que temos o contato com a classe, o cenário psicológico de atuar em sala de
aula muda.
O dever e a responsabilidade de lecionar buscando contribuir com a melhoria
da educação básica se torna fundamental. Nossa permanência na universidade passa a ter
o objetivo de participar e promover uma melhoria na formação de professores por meio
do contato prévio com a escola campo, antes mesmo de chegar à etapa do Estágio
Supervisionado Obrigatório, conforme previsto nas Diretrizes Curriculares para os cursos
de Licenciaturas no Brasil. Esta experiência, ajudou dessa maneira a compreender às
dificuldades do professor em ensinar os conteúdos, planejar múltiplas aulas, desenvolver
projetos dinâmicos e em ter a responsabilidade de administrar uma sala de aula.
Portanto, a introdução de projetos educacionais em escolas públicas estimula
o convívio, dessa maneira progredindo o ensino-aprendizagem, onde ocorrem trocas de
saberes, entre os bolsistas, professores regentes com os bolsistas, bolsistas e alunos, assim
resultando em novas descobertas para ambos, ou seja, a grande dificuldade encontrada é
o primeiro contato com a sala de aula, onde os acadêmicos ficaram receosos em tomar
algumas atitudes e assustados com a realidade encontrada. Essas complicações delineiam,
em sua maioria, a partir das necessidades surgidas no espaço escolar, resultado da prática
cotidiana. Assim,
A metodologia, em forma de projetos de ensino, vinculada ao PIBID, tem
potencialidades para elevar a qualidade das ações acadêmicas voltadas para a
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intuito de construir uma aprendizagem mais significativa, formando assim alunos com
pensamentos críticos, que possam ter suas próprias autonomias e que se sintam
pertencentes ao espaço vivido.
Contudo, a experiência da prática em sala de aula permite observar quais as
dificuldades encontradas e qual o melhor jeito de resolve-las.
O Pibid tem uma enorme contribuição para nossa formação educacional e
profissional, uma vez que, por meio dele estamos sempre pensando novas metodologias,
e desenvolvendo novas maneiras de ensinar relacionando a teoria e a prática (práxis).
Colocando mesmo a estar no convívio de grupos de estudo, participação em eventos, e
fortalecendo a relação acadêmica com a educação básica.
Apesar de todos os resultados obtidos com o Pibid o programa vem desde junho
de 2015 passando por algumas reformas, uma delas foi o corte dos bolsistas com mais de
24 meses, acarretando assim muitas incertezas, tendo em vista que mediante reformas,
permaneceram poucos bolsistas para desenvolverem os projetos na escola, ocasionando à
redução dos projetos que eram desenvolvidos, levando os bolsistas a não assumirem
compromisso com a escola como era realizado nos anos anteriores.
Mediante as dúvidas da permanecia do programa, os bolsistas tiveram que se
readequar e ir à busca dos seus direitos. Deste modo, foi realizado a escrita de artigo, cujo
o tema foi: CONSIDERAÇÕES SOBRE O PIBID NA FORMAÇÃO INICIAL E
CONTINUADA DE PROFESSORES DE GEOGRAFIA EM IPORÁ-GO, apresentado
XVIII ENCONTRO NACIONAL de Geógrafos, cuja tema era, “A construção do Brasil
geografia ação política e democrática”, realizada no dia 24 a 30 de julho de 2016, em São
Luís do Maranhão.
Outro artigo relevante nesse momento foi: A FORMAÇÃO INICIAL E
CONTINUADA DOS BOLSISTAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA EM GEOGRAFIA
DA UEG/IPORÁ, publicado e apresentado no “III Congresso de Ensino, Pesquisa e
Extensão da UEG (CEPE)” realizado no dia 19 a 21 de outubro 2016, Pirenópolis- Goiás
Nessa perspectiva, os bolsistas participaram assiduamente de movimentos
sociais, como: A paralisação nacional do servidor público, e greve geral, ocorrido nos
dias; 08 e 15 de março, 10 de agosto, 22 de setembro e 05 de outubro de 2016, em Goiânia
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
BORGES, G. F., SILVA, P. J., PERES, T. F.C. Novos paradigmas de ensino: adaptações
curriculares e o direito ao saber. Goiânia: Ed. Da PUC Goiás, 2015.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Ed 47ª. São Paulo. Editora: PAZ E TERRA S/A,
2008.
MEC/CAPES/FNDE. Ministério da Educação/Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior/Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Programa
Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID. Disponível em:
http://www.capes.gov.br/educacao-basica/capespibid/pibid . Acesso em: 15 de Julho de
2017. PASSONI, L. C.;
KHAOULE, Anna Maria Kovacs.,SOUZA, Vanilton Camilo de. Desafios atuais em
relação à formação do professor de geografia. In: SILVA.E.I.D., PIRES. L. M. Desafios
da didática de geografia. Goiânia: Ed. Da PUC Goiás, 2013. p. 87-105.
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1
Centro Ensino Período Integral- CEPI- Aplicação; adrialvesana@hotmail.com; 2Universidade
Estadual de Goiás Campus-Iporá(G0): paula_junqueira@hotmail.com
INTRODUÇÃO
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nova maneira de ensinar e aprender sobre EA. Partindo dos princípios citados nos
Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), “a problemática ambiental exige mudanças
de comportamentos, de discussão e construção de formas de pensar e agir na relação
com a natureza”.
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A SEQUÊNCIA DIDÁTICA
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Figura 1: Livro produzido pelos alunos de 1º ao 3º Ano inspirado na obra de Ingrid Biesemeyer (2007)
Autora: Adriana A.de S. Lopes (jun./2017),
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Figura 02: Sequência da confecção de brinquedo elefantino feita pelos alunos do ensino fundamental na
perspectiva da reutilização das embalagens e redução da produção de lixo.
Autora: Adriana A.de S. Lopes ( jun./2017).
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novos materiais que poderiam ser reutilizados, com ênfase também nas atividades
desenvolvidas sobre o tema dos 5rs (reduzir, reciclar, reutilizar, repensar, recusar).
Foi desenvolvida a leitura e conversa sobre o livro Azul e lindo Planeta Terra,
Nossa Casa de Ruth Rocha (Editora Salamandra, 2004), discutindo sobre o planeta e
coisas que podem ser feitas para não degradá-lo ainda mais. Na perspectiva das categorias
de lugar e paisagem da Geografia, o projeto teve o intuito de direcionar o aluno a notar
que pertence à escola e à toda sociedade, e deve cuidar dos mesmos. Na perspectiva
ambiental, a reutilização promove também a oportunidade de perceber o consumo na
sociedade, observando a segregação nas embalagens. Partindo também da reflexão da
Geografia humanística, que de acordo com Rocha (2007, p.22 ).
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Foram realizadas observações com duas turmas dentro do recinto escolar para
que os alunos, sob supervisão dos professores e bolsistas, pudessem recolher o lixo
presente no espaço de recreação e assim refletirem sobre a responsabilidade de todos na
conservação do ambiente e produção de resíduos. A partir da reflexão em escala micro
(a escola) ampliamos a compreensão do debate também para espaço de sua cidade e para
toda a sociedade. Esta estratégia teve como fim que estes se sintam pertencentes ao lugar
da escola e também membros da sociedade, corresponsáveis junto aos gestores públicos
e privados pelo cuidar de todas as esferas do meio ambiente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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inorgânico visando à preservação do meio ambiente, bem como, despertar nos alunos o
interesse para edificação de brinquedos e jogos com sucatas.
A construção de brinquedos e jogos através da reutilização de materiais,
proporciona o despertar da imaginação e criatividade dos alunos, além de preservar os
recursos naturais diminuindo a poluição gerada por plásticos, vidros, papéis e outros
materiais que podem ser reaproveitados ao invés de irem para o lixo. Esta atividade
desperta a criatividade, coordenação motora, integração e socialização, como também
proporciona a interação entre as áreas do conhecimento escolar Geografia, Matemática,
Artes e Linguagens a partir do tema transversal.
Todo o ensino foi voltado a propor reflexão aos educandos sobre o lixo, produto
advindo dos recursos naturais, devendo estes compreender a necessidade do seu
reaproveitamento. Todas as atividades aplicadas e desenvolvidas na escola campo
preconizaram a integração e a harmonização entre ser humano e meio ambiente, tendo
em vista a construção de uma melhor qualidade de vida. Assim, todo o estudo proposto
buscou desenvolver aos educandos, a capacidade de minimizar o quadro de degradação,
através das mudanças de atitudes em relação ao espaço da escola em que vivem, para que
se sintam pertencentes à escola e à sociedade
A prática de planejar e executar metodologias de ensino no contexto da EA no
CEPI-Aplicação proporcionou aos bolsistas e à professora supervisora experiências
significativas que influenciaram muito na formação continuada da supervisora Pibid e na
formação praxista do futuro docente. Aliado a isso, baseando-nos pelos resultados das
verificações das aprendizagens, nas produções de objetos educacionais e no
desenvolvimento de noções de orientação espacial a partir da trilha pedagógica este
conjunto de práticas também corroborou com o aprendizado significativo das crianças.
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REFERÊNCIAS
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ROCHA, R. ; ROTH, O. Azul e lindo : Planeta Terra, Nossa casa. São Paulo- SP :
Salamandra, 2004. 44 p.
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vivem. Também o projeto foi planejado de maneira a contribuir para a formação do futuro
docente de Geografia em saber contextualizar conteúdos e conceitos geográficos a partir
da realidade vivida dos alunos, em destaque para aqueles que tratam dos cuidados com o
meio ambiente e, por conseguinte, da transformação da paisagem.
METODOLOGIA
Nas atividades dentro e fora da sala de aula explicamos aos alunos o que é jornal
e sua função. Os alunos com o auxílio de Smartphones realizaram, sob a coordenação dos
bolsistas, filmagens do ambiente escolar, em destaque sobre as condições de estrutura
física da escola. A partir da experiência do registro de imagens, em atividade coletiva
questionamos os alunos envolvidos no projeto sobre o que os incomodavam na escola. A
representação das insatisfações observadas foi realizada por eles por meio de desenhos.
Os desenhos foram produzidos em grupos a partir da trocas de opiniões e percepções em
relação à escola representando a situação “a escola que eu tenho”. Em seguida, depois da
reflexão coletiva, advinda do estímulo à observação da paisagem, os grupos desenharam
representações sobre "a escola que eu quero ter”. Assim, de maneira coletiva a
metodologia permitiu aos alunos a idealizarem a escola que atendesse as expectativas,
necessidades e vontades dos alunos. Citando Giroux a experiência vivenciada pelo
Projeto permitiu uma
[...] Educação mais vinculada com a vida, um sentido para o que é estudado;
e, num tipo de educação assim, “sua finalidade de primária deve ser estimular
suas paixões, imaginação e intelecto, de forma que eles sejam compelidos a
desafiar as forças sociais, políticas e econômicas que oprimem tão
pesadamente suas vidas. (GIROUX,1986, p. 262 apud CALLAI, 1999, p.8).
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10 mil metros quadrados, conta com 12 salas de aula, sala de leitura. O laboratório de
informática está sem acesso à internet, o que impossibilita o acesso à mídia para produção
de pesquisa e desenvolvimento de outras atividades pedagógicas que dependem do
recurso tecnológico para se desenvolverem. O espaço conta também com sala de
Atendimento Educacional Especializado (AEE). Esta infraestrutura atende um total de
320 alunos matriculados em 2017 neste CEPI. (Dados da Secretaria da Escola).
Nos desenhos dos alunos a representação do ambiente escolar que gostariam que
a escola tivesse se destacaram: aparelhos de ar condicionado em todas as salas, uma
piscina adequada para crianças menores e uma piscina para os alunos maiores, sala de
descanso; brinquedoteca, quadra de esportes (vôlei, basquete, handebol, futsal), campo
de futebol, parque equipado com diversos brinquedos, lanchonete, garagem para os
professores e jardim. (Figura 01).
Figura 01 Desenhos dos alunos sobre os equipamentos e infraestrutura que gostariam na escola
Autoria: Jéssica Queiróz Paranaíba. Jun./2017.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pretendemos com esse projeto fazer com que os alunos se sintam pertencentes
ao ambiente escolar e reflitam sobre quais os agentes responsáveis pela depreciação do
patrimônio público de ensino. Estimulamos o uso da autonomia para compreender e agir
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no meio em que estão e que podem refletir criticamente sobre a constituição da paisagem
e ajudar a construir um futuro melhor a partir da educação.
É notável o progresso nas atitudes de funcionários ou alunos na preocupação com
o cuidado com o ambiente escolar e a manifestação do sentimento de pertencimento ao
colégio em cerca de quatro anos de atuação do Pibid no CEPI Apilcação. Por isso
projetos como este, em que alunos são protagonistas da reflexão, demonstram a
importância de práticas de ensino que problematizam o contexto sócio político e
ambientais (FREIRE, 2005). Numa perspectiva libertadora tais práticas visam o
desenvolvimento social e político de seus alunos e a busca por melhores condições para
o ambiente de ensino, especialmente nas escolas ditas de formação e tempo integral.
O projeto segue ainda em andamento. Sua finalização será com a apresentação
dos resultados do projeto na atividade de Culminância prevista para o final o segundo
semestre letivo do corrente ano. Esperamos assim o maior envolvimento dos
pais/responsáveis e da comunidade de entorno para a mitigação dos problemas apurados
pelos alunos durante as atividades do Projeto Jornal. Almejamos contribuir com a
formação de cidadãos comprometidos com a qualidade do meio ambiente, ativos nas
questões de seus interesses políticos e sociais.
REFERÊNCIAS
CALLAI, Helena Copetti. A Geografia no Ensino Médio. In: Terra Livre, n. 14,, São
Paulo: USP, 1999. p. 60-99.
CAVALIERE, Ana Maria Villela. Educação integral: uma nova identidade para a
escola brasileira. Educação e sociedade, v. 23, n. 81, p. 247-270, 2002.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São
Paulo: Paz e Terra, 1996. Coleção leitura, p. 21, 2005.
GOIÁS. Diretrizes Operacionais da SEDUCE da Rede Pública Estadual de Ensino
de Goiás 2016/2017. p. 32-40. Disponível em << http://portal.seduc.go.gov.br>>,
Acessado em 25 de out. de 2016.
KIMURA, Shoko. Geografia no ensino básico: questões e propostas. Contexto, 2008.
RAMOS, Maria da Luz Santos et al. Escola de tempo integral na rede estadual de
ensino de goiás: Escola do conhecimento ou do acolhimento? 2012. Disponível em
<http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/bitstream/tede/681/1/MARIA%20DA%20LUZ%20
SANTOS%20RAMOS.pdf>. Acesso em 25 de jul.2017.
SILVA, Paula Junqueira da. Subprojeto Pibid Geografia. 2013. Disponível em
<<http://www.cdn.ueg.br/source/ipora/conteudoN/1172/Subprojeto_GEO_Pibid_2014_
para_tcc_1.pdf>>. Acesso em 28 de jul. 2017
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INTRODUÇÃO
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Aprender e ensinar vai além de decorar conteúdos e não deve ficar restrita
apenas a sala de aula, como está nos Parâmetros Curriculares Nacionais “[...] é possível
trazer o mundo para a sala de aula, mas é também importante levar os alunos para fora
dela” (PCN, 1998, p. 34). Compreendemos que os estudos in loco oportunizam a
compreensão do aluno sobre o conteúdo de forma contextualizada e consequentemente
o preparando para o exercício da cidadania e atuação na sociedade.
A educação escolar deve levar em consideração a multiplicidade dos alunos,
que aprendem em tempo e forma diferente um dos outros. Sendo necessário criar
condições também distintas de ensinar, para que desta forma possa alcançar cada vez
mais toda a sala de aula. Como previsto nos PCNs (1998),
A educação escolar é uma prática que tem a possibilidade de criar condições
para que todos os alunos desenvolvam suas capacidades e aprendam os
conteúdos necessários para construir instrumentos de compreensão da
realidade e de participação em relações sociais, políticas e culturais
diversificadas e cada vez mais amplas. Estas condições são fundamentais para
o exercício da cidadania na construção de uma sociedade democrática e não
excludente. (PCNs, v. 1, 1998)
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A feira livre, à primeira vista, pode não parecer um local apropriado para o
desenvolvimento de uma aula campo, porém apresenta-se como uma possibilidade
metodológica, quando pensamos em propor novas perspectivas para o ensino de
Geografia, pois se trata de um espaço repleto de conteúdos geográficos. E que segundo
Callai (2005, p.228) “uma forma de fazer a leitura do mundo é por meio da leitura do
espaço, o qual traz em si todas as marcas da vida dos homens”.
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Vale lembrar aqui que durante o tempo em que se desenvolve todo o processo
do trabalho de campo (planejamento, execução, análises e relatórios), o
professor deve ter a preocupação constante de situar a atividade que está sendo
desenvolvida dentro do contexto dos objetivos pelos quais estão sendo
desenvolvidas as tarefas. Isto é necessário para se evitar o “fazer pelo fazer”
apenas.
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estimuladas e que a escola esteja mais próxima da sociedade, já que as três devem
trabalhar juntas como afirma Dessen e Polonia (2005),
a escola deve reconhecer e valorizar a importância da participação da família
no contexto escolar e no desenvolvimento do aluno, de modo a auxiliá-la no
cumprimento de suas funções em relação à educação, evolução e progresso dos
filhos; sendo assim, propiciará, consequentemente, a transformação da
sociedade.
A demonstração dos resultados pode ser feita de várias formas, como por
exemplo: podem ser apresentados em uma roda de conversas na sala de aula, abordando
temas chaves do que foi estudado em campo; grupos que poderão discorrer acerca das
falas, dados e suas percepções do local ou até elaborar uma exposição de imagens para
toda a escola.
Também podem utilizar dos dados dos questionários para a elaboração de
gráficos tridimensionais, estes podendo ser em papel, com base em materiais
reaproveitáveis, como caixas de leite, suco, papelão ou tampas de garrafas. Neste caso
estaremos fazendo uso da linguagem gráfica e da educação ambiental por meio da
reutilização de matérias que seriam descartados no lixo, como presente no currículo de
referência do Estado de Goiás (2013):
• Utilizar a linguagem cartográfica para identificar marcos de mudanças do
espaço geográfico.
• Compreender os conflitos entre a necessidade de preservação da natureza e do
uso de seus recursos.
• Desenvolver atitudes coerentes na vida prática em relação à redução da
produção de lixo, à reciclagem e reutilização de materiais e produtos
industrializados.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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A aula campo não se trata no caso de uma nova metodologia, contudo, pouco
usada e explorada nos planejamentos escolares, mas que apresenta-se como uma ótima
ferramenta metodológica, por permitir que os alunos façam parte de forma ativa nesse
processo. Enquanto a feira livre surge como algo novo, em que os professores ainda não
refletiram sobre as múltiplas oportunidades de aprendizado que ela pode oferecer, desde
que pensadas e planejadas, desta forma estamos
Portanto muitos dos conteúdos da Geografia podem ser trabalhados na feira livre,
de forma a contribuir com aulas mais atrativas e estimulantes para os alunos. Além de
colaborar com assimilação das dinâmicas socioespacial do local, das alterações que essa
dinâmica exerce na cidade. Das relações culturais e de identidades do povo com a terra, a
cidade e o trabalho.
REFERÊNCIAS
MORIN, Edgar, (2000). Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo:
Cortez; Brasília: Unesco.
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Resumo: o presente trabalho tem como objetivo analisar a concepção de campo entre os alunos
do Colégio Militar Nestório Ribeiro – Jataí (GO) tendo em vista que o município possui uma
configuração produtiva baseada em monoculturas voltadas para a exportação. Para tal em um
primeiro momento o levantamento teórico se fez necessário, abordando conceitos que envolvem
as seguintes temáticas: ensino de geografia, geografia agrária, modernização da agricultura e
mapas mentais. Para o embasamento teórico utilizou-se de obras de autores como: Cavalvanti
(1998), Callai (2003), Silva e Xavier (2012) e Richter (2011) e em um segundo momento a
elaboração de mapas mentais com os alunos do 7º anos do colégio (36 alunos), como forma de
verificar a concepção dos mesmos em relação ao campo. Dessa forma verifica-se pela análise dos
mapas mentais que o campo do Município de Jataí-GO é concebido como o lócus da produção,
tendo em vista que os alunos representaram em sua maioria, a lavoura monocultora, em alguns
casos de soja, em outros de milho, dando ênfase para a mecanização do processo produtivo.
Conclui-se, com esta pesquisa, que uma visão considerada estereotipada também está presente
quando analisamos a concepção de campo.
INTRODUÇÃO
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A linguagem expressa nesse tipo de mapa, possibilita aos sujeitos que não
possuem conhecimentos cartográficos, entenderem e elaborarem representações de seus
modos de vida, anseios, histórias, e atividades desenvolvidas, dentre outros fatores, de
maneira simples e direta (BENINCA, 2014).
Essa perspectiva tem como foco o trabalho de ensino de Geografia atrelado aos
conceitos geográficos, por entender que esses conceitos poderão ser representados por
meio da linguagem cartográfica e nessa articulação contribuir ao processo de leitura de
mundo (CALLAI, 2005).
Cavalcanti (1998) afirma que os mapas mentais são formas eficientes de análise
da consciência de espaço por parte dos alunos, sendo uma das metodologias mais
adequadas para a analisar a concepção de campo de alunos como os estudados nessa
pesquisa.
Dessa forma busca-se por meio dos mapas mentais analisar a concepção que os
alunos do sétimo ano do Colégio Militar de Goiás Nestório Ribeiro tem em relação ao
campo, tendo em vista que o município de Jataí-GO possui uma configuração produtiva
baseada em monoculturas voltadas para a exportação.
Esse modo de vida tem se modificado pelo fato do Município de Jataí,
passar por uma reconfiguração espacial após a década de 1980, com a adesão de pacotes
da Revolução Verde, incorporando a produção agrícola ao mercado internacional. Essa é
a realidade da Microrregião Geográfica do Sudoeste de Goiás, inserida no cenário
nacional/mundial a partir da expansão da agricultura capitalista para o cultivo de
monoculturas, por meio de processos altamente uniformizados e com a utilização de
intensa tecnologia, ocorrendo desdobramentos e efeitos perversos deste padrão produtivo
nas esferas ambiental e social.
No caso do estado de Goiás, com a construção de Brasília, inaugurada no ano de
1960, consolidou-se a sua interligação, por meio de rodovias ao restante do Brasil,
facilitando o escoamento da produção e o deslocamento de pessoas, o que marcou uma
nova configuração territorial, com a transformação das antigas áreas de pastagens e de
agricultura para o autoconsumo, atividades predominantes na região até a década de 1970,
em extensas áreas de lavouras uniformes (monoculturas), com um dinamismo econômico
até então desconhecido pela população local, fortalecendo e consolidando a agricultura
capitalista (BENINCA, 2014).
De acordo com a Produção Agrícola Municipal – PAM/IBGE (2012), o Município
de Jataí é o sétimo na produção agrícola brasileira, com 463.405 ha de área colhida, sendo
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7º ano do Ensino Fundamental, pelo fato de as questões rurais brasileiras, serem um dos
conteúdos da grade curricular dessa série e já terem sidos ministrados pela mesma.
A pesquisa baseou-se na elaboração de mapas mentais, de modo a analisar a
concepção de campo dos alunos. Foram elaborados trinta e seis mapas mentais, durante
o período de uma aula de cinquenta minutos, sendo as orientações passadas para os
mesmos, de representar em uma folha de papel A4 as suas concepções de campo na
atualidade.
Nesta perspectiva, o estudo ocorreu a partir da observação e atuação direta do
observador, interagindo e relacionando com os alunos entre a teoria e a prática. A teoria
repassada pelo professor regente, e a prática realizada por pesquisadores na busca do
entendimento da concepção de campo.
Durante a elaboração dos mapas mentais, muitos relataram dificuldades para
realizar o desenho, porém todos os alunos envolvidos na pesquisa conseguiram finalizar
e entregar o material dentro do tempo proposto, de aproximadamente cinquenta minutos.
A área da Geografia responsável pelo estudo dos mapas é a cartografia, que pode
ser compreendida para além de um mero mapeamento, estático de um território; ela
acompanha as mudanças e os sentidos produzidos por determinadas situações de vida nos
territórios vividos e assim constituídos enquanto lugares (SEEMANN, 2006). Dessa
forma, a cartografia, com o uso de mapas mentais, busca capturar nos traçados, os modos
de vida, os desejos, as representações de mundo, bem como os significados disso tudo.
O trabalho com mapas mentais proporcionam resultados tanto em representações
objetivas, quanto subjetivas (do exterior e interior do indivíduo, respectivamente),
ilustram uma riqueza de detalhes e consequentemente as informações contribuem para
um melhor entendimento do objeto que está sendo estudado.
Esses mapas são instrumentos de representação do indivíduo de um determinado
espaço, que lhe é particular, constituído de elementos que, na maioria dos casos, são
percebidos apenas pelos sujeitos que os elaboram. De acordo com Richter (2011), os
mapas mentais são esboços cartográficos, sem os rigores dos produtos convencionais,
mas que têm um imenso valor ao representar a leitura particular do espaço feita pelo
indivíduo, leitura essa que só pode ser elaborada por ele, que vivencia aquele determinado
local.
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Essa visão ficou evidente em mais de cinquenta por cento dos mapas mentais
elaborados, representando assim a forte influência da agricultura capitalista no município
de Jataí-GO. Deve-se considerar que além das grandes propriedades pautadas na
produção de monoculturas, o município conta com 9 assentamentos de reforma agrária,
que produzem alimentos, leite e derivados. Essa realidade passa a ser desconsiderada
quando analisamos os mapas mentais, sendo a paisagem representada a da
homogeneização.
Assim como no mapa 01, o mapa 02 é representado na perspectiva da alteração
do meio ambiente em função do processo de modernização das atividades rurais. O campo
se apresenta como o local específico da produção, não como um espaço de moradia,
habitado por famílias, pelo contrário, uma paisagem homogênea, pautada no processo
produtivo. Nesse caso o aluno da ênfase à produção da monocultura de cana-de-açúcar,
sendo a mesma implantada no município de Jataí-GO nos últimos anos. Outro aspecto
representado, é a mecanização da agricultura, que provoca a forte saído do homem do
campo para as cidades.
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O mapa 03 se difere dos demais por apresentar o campo como um local harmônico,
representando a vida, o lazer, a alimentação. Uma visão romantizada como um espaço
pautado ainda nos elementos naturais, sem intensas transformações humanas. Nesse caso
pode-se identificar um sentimento de afetividade e encantamento em relação ao meio
ambiente.
Nesse caso, evidencia-se um campo mais tradicional e heterogêneo, representando
que alguns alunos ainda identificam o campo como um local harmônico, visão essa que
foi da minoria dos mapas desenhados, pelo fato de evidenciarem com grande frequência
o campo como o lócus da produção.
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De acordo com Baseggeio et. al (2015) a análise dos mapas mentais é uma
atividade de grande valia, tornando possível ao professor identificar as diferentes ideias
presentes em seu aluno e auxiliar na construção/reconstrução de conceitos. O registro da
concepção dos alunos do sétimo ano do Colégio Militar de Goiás Nestório Ribeiro por
meio dos mapas mentais possibilitou um maior conhecimento acerca do entendimento
dos mesmos com relação ao campo e de como a mídia influencia nessa concepção.
Após a realização e análises dos mapas mentais, orientou-se o professor titular de
Geografia do Colégio, de modo a realizar atividades práticas, como aulas a campo, para
que os alunos conheçam as outras realidades do rural, tendo em vista que Jataí é um
Município com assentamentos de reforma agrária, apresentando assim, um número
elevado de agricultores familiares, que fazem do campo, seus locais de vida e de obtenção
de renda.
Partindo dos conhecimentos prévios dos alunos e por meio de uma atividade
pautada no desenho e nas pinturas, pode-se afirmar que a metodologia foi viável e
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REFERÊNCIAS
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CALLAI, Helena Copetti. Aprendendo a ler o mundo: a geografia nos anos iniciais do
ensino fundamental. In: Cadernos do Cedes/Centro de Estudos Educação Sociedade.
Vol. 25, n. 66. (maio/ago 2005) São Paulo: Cortez, 2005. p. 227-247.
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Os mapas mentais são uma forma de linguagem que reflete o espaço vivido
representado em todas as suas nuances, cujos signos são construções sociais.
Eles podem ser entendidos como produtos de relações dialógicas estabelecidas
entre o eu e o outro, proporcionando uma análise mais ampla do indivíduo no
contexto social e cultural em que está inserido.
Dessa forma busca-se por meio dos mapas mentais analisar a concepção que os
alunos do sétimo ano do Colégio Estadual Maria Barreto de Israelândia-GO tem em
relação ao campo, tendo em vista que o município possui uma configuração produtiva
baseada em agropecuária, pecuária leiteira, extensiva e intensiva.
O uso do solo está voltado para pastagem, responsável por uma grande produção
de bovinos, aves, caprinos, equinos e suínos. Embora haja produção agrícola, o município
possui sua maior característica na produção de leite, ainda com técnicas tradicionais.
Dessa forma verifica-se pela análise dos mapas mentais que o campo do
Município de Israelândia-GO é concebido como um lugar de permanência e vivencia,
tendo em vista que os alunos representaram em sua maioria, o campo tradicional com
casas simples, currais, hortas, pequenas lavouras de subsistências e a criação de gado.
Mas, por outro lado, alguns alunos também já destacaram o campo mais desenvolvido
com a lavoura monocultora, em alguns casos de soja e milho.
Diante desse cenário, busca-se por meio dessa pesquisa divulgar a necessidade
dos professores de Geografia de trabalharem assuntos que envolvem a questão agrária
brasileira, como a concentração fundiária, a produção de alimentos, o modo de vida e de
permanência no campo, os conflitos pela terra, de modo a instigar a criticidade dos alunos.
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Foi proposto para os doze alunos que desenhassem o que eles imaginariam sobre
o campo. Os alunos ficaram livres para desenhar conforme sua criatividade e criticidade.
Houve uma certa resistência no início, mas todos os alunos conseguiram entregar os
desenhos no prazo estipulado. Os desenhos foram realizados numa folha de papel chamex
A4.
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dos casos, são percebidos apenas pelos sujeitos que os elaboram. Segundo Richter (2011),
os mapas mentais são esboços cartográficos. Mas, sem os rigores dos produtos
convencionais (escalas, latitudes e longitudes). Possui um imenso valor ao se representar
a leitura particular do espaço feita pela pessoa, que dispõe de sua vivencia do local em
que reside ou que imagina ser.
As versatilidades de se trabalhar com mapas mentais são enormes. Além de
serem representações objetivas e subjetivas (do exterior e interior do indivíduo,
respectivamente), ilustram numa escala rica de detalhes, informações que contribuem
para um melhor entendimento do objeto que está sendo estudado.
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como modo de vida, de pessoas que vivem do e no campo. Aqui, embora o é tido como
tradicional, evidencia que o aluno tem contemplado uma pequena parte do campo
brasileiro, o local de vida do camponês.
A visão de campo tradicional e heterogêneo, ficou evidenciado em média
sessenta por cento dos mapas mentais. Este resultado pode ser explicado pela realidade
em que os alunos se encontram, numa zona em que a modernização do campo ainda não
atingiu por completo a microrregião.
Diferenciando do mapa 01, o mapa mental 02, traz em si, uma percepção de
campo mais modificado e homogêneo. De acordo com a visão do aluno, o campo tem
perdido o espaço de vivencia e está cada vez mais se preocupado com as plantações. Algo
que deve ser destacado é que mesmo com os desmatamentos para a plantação, o aluno faz
questão de destacar a presença de árvores na plantação. A representação mostra um
trabalhador que está arando a terra para o plantio.
A percepção de campo é extremamente interessante, pois, o aluno tem o cuidado
de representar a condição climática juntamente com a produção. Ou seja, para que se
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fazendas desta região, são rodeados de agricultura em larga escala, sendo um dos indícios
da evidencia na representação de milho e soja.
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A partir dos resultados dos mapas mentais, entendemos que ser importante por
parte dos professores de modo geral, desenvolver novas metodologias que contribuem
significativamente para a aprendizagem, onde, os alunos trazem os conceitos prévios,
adquiridos pelo senso comum, que podem ser incorporados para o
Dessa forma, busca-se por intermédio deste estudo, divulgar a necessidade que
os professores de geografia têm de trazerem uma abordagem mais detalhada da questão
agraria no Brasil. É importante que os professores destaquem os conteúdos de
concentração fundiária, produção de alimentos, os conflitos pela terra, dentre outros, para
estimular a criticidade dos alunos.
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Resumo: Os agricultores familiares são portadores de uma tradição na qual a sua base social está
centrada na família pela forma de produzir e de vida, no presente trabalho buscamos compreender
como através da feira Economia Familiar as relações pessoais e comerciais ali estabelecidas são
de maneira empírica patrimônio material e imaterial da cidade de Iporá, entender e divulgar a
importância econômica e social da agricultura familiar em Iporá, bem como a necessidade da
valorização dessas atividades que promovem o desenvolvimento socioeconômico, inclusão social
e conscientização ambiental por realizarem suas atividades. Iporá tem em sua tradição a realização
de feiras que ocorrem durante a semana, estas promovem o desenvolvimento do comércio e o
encontro entre pessoas de várias localidades da região, nesses locais o comércio é feito de forma
mais livre realizando a venda de forma direta fortalecendo os laços de amizade com seus clientes.
Foram realizadas entrevistas, leituras de autores que discutem essa temática de agricultura
familiar e o tratamento devido ao uso das fontes. A falta da participação de agentes locais,
incentivo do poder público e a falta de efetividade de políticas federais, estaduais e municipais
são exemplos de dificuldades encontradas no desenvolvimento da agricultura familiar.
Percebemos que a construção da identidade dos agricultores familiares enquanto atores sociais e
políticos necessitam ser contemplada como uma unidade familiar, em que o pai, a mãe, o filho, o
genro compõe o grupo familiar que está neste modelo de agricultura. Através dos entrevistados
percebemos os diferentes sujeitos sociais que estão presentes na agricultura familiar.
INTRODUÇÃO
[...] como aquela em que a família, ao mesmo tempo em que é proprietária dos
meios de produção, assume o trabalho no estabelecimento produtivo, (...) o
fato de uma estrutura produtiva associar família-produção-trabalho tem
consequências fundamentais para a forma como ela age econômica e
socialmente (WANDERLEY, 2009, p. 2).
Em pesquisa de campo percebemos que os agricultores familiares são
portadores de uma tradição na qual a sua base social está centrada na família pela
forma de produzir e de vida, e sobre o que caracteriza esses agricultores como
personagens políticos ou atores sociais o que vem a ser aludido:
[...] cujos fundamentos são dados pela centralidade da família, pelas formas de
produzir e pelo modo de vida, mas devem adaptar-se às condições modernas
de produzir e de viver em sociedade (...) O que concede aos agricultores
modernos a condição de atores sociais, construtores e parceiros de um projeto
de sociedade – e não simplesmente objetos de intervenção do Estado, sem
história – é precisamente a dupla referência à continuidade e à ruptura
(WANDERLEY, 2009, p. 47-48).
Nesse sentido a feira de economia solidária na cidade de Iporá tem início em
meados dos anos de 2012 e corresponde a uma parcela gradativa de habitantes e tem como
intuito principal, enfatizar e dar visibilidade ao pequeno produtor/agricultor, uma
economia pautada nos pilares da agricultura familiar. A Feira de economia solidária
começa apenas com produtores rurais de Iporá e com o tempo abrange (por meio de
demandas) uma gestão compartilhada de forma regional e territorial com ações de várias
cooperativas que se solidarizaram nas atividades agrícolas e de comercialização.
A partir das informações explicitas anteriormente, o presente resumo
expandido/artigo, tem como objetivo geral, entender e divulgar a importância econômica
e social da agricultura familiar em Iporá, que é vista através de um conhecimento empírico
como patrimônio cultural e material, bem como a necessidade da valorização dessas
atividades que promovem o desenvolvimento socioeconômico, inclusão social e
conscientização ambiental por realizarem suas atividades.
As cooperativas dos produtores rurais e regionais constituem um patrimônio
comum, fundamentado na coletividade diversificada de seus membros associados,
formando assim a feira de economia solidária que é realizada na Feira coberta do
município. A Feira de Economia Solidária surge desta forma como um elemento
aglutinador de potencialidades das realidades do município e, que vem cooperar com o
agricultor e consumidor tornando este um patrimônio coletivo material, sendo assim,
temos por demonstrativo deste aspecto a seguinte fonte informativa dos insignes mestres:
O patrimônio é entendido como um bem material concreto, um monumento,
um edifício, assim como objetos de alto valor material e simbólico para a
nação. Parte-se do pressuposto de que há valores comuns, compartilhados por
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Essa forma de associação tem como objetivo contribuir tanto com o produtor
quanto com o consumidor de forma útil, como uma maneira de emancipação das pessoas
por meio de processo de democratização econômica, como o foco de fomentar o
desenvolvimento regional.
2
Reportagem disponível no endereço eletrônico:
<http://ipora.go.gov.br/novo/index.php/noticias/item/310-o-movimento-compre-do-pequeno-negocio-
promovido-pelo-sebrae-teve-sua-abertura-oficial-nessa-quarta-feira-dia-23-em-ipora>.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
É visível, contudo que, por mais que exista demanda setorial a necessidade de
mercado é real e consequente, o produtor promove as colheitas, as ordenhas, à captação
de frutos a organização de cada área setorial do seu sítio, ou chácara e prepara aquilo que
será inserido no mercado consumidor, entretanto, este mercado encontra dificuldades de
se escoarem suas produções por falta de incentivo para chegar com o produto em seu
consumidor final.
Ao citarmos esta problemática, referimo-nos tão somente na colheita de dados
realizadas e que demonstra pelas falas dos entrevistados, autores que discutem estas
temáticas e o nosso olhar de que, estas discrepâncias são notadas de maneira consistentes
e que demandam um aprofundamento nas questões e possíveis correções que deverão ser
realizadas pelas próprias equipes e organizadores das feiras de economia solidária.
Percebemos que a construção da identidade dos agricultores familiares enquanto
atores sociais e políticos necessitam ser contemplada como uma unidade familiar, em que
o pai, a mãe, o filho, o genro compõe o grupo familiar que está neste modelo de
agricultura. Através dos entrevistados percebemos os diferentes sujeitos sociais que estão
presentes na agricultura familiar.
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RESUMO
O subprojeto do Pibid de História da UEG - Câmpus de Iporá tem como objetivo proporcionar
aos bolsistas a melhor compreensão da realidade vivenciada pelos Povos Indígenas do Brasil, e,
ainda, possibilitar-lhes a percepção da realidade educacional do país, principalmente no que se
refere ao ensino de História Indígena, pois todos (as) têm vivenciado experiências educacionais
em sala de aula e fora dela com a temática, numa ação que envolve pesquisa, práxis e reflexão
narrativa da práxis. A execução desse tripé formativo tem proporcionado aos bolsistas a
experiência de sala de aula, por meio de diversas atividades desenvolvidas e, os grupos de estudos
semanais, serviram para desencadear não somente uma melhor compreensão da temática
indígena, mas do que é práxis docente, contribuindo para configurar identidades docentes
razoáveis. Os resultados das ações desenvolvidas pelo subprojeto são perceptíveis tanto em
termos qualitativos - formação didático-pedagógica e identitária dos bolsistas, realização e
participação em palestras, minicursos e eventos - quanto quantitativos por meio do número de
atividades didáticas realizadas com alunos (as) da escola parceira, produção de material didático,
produção e apresentação de resumos simples, expandido e artigos em eventos acadêmicos. Por
fim, podemos citar como resultado positivo dessas ações desse Subprojeto a produção de
trabalhos de conclusão de curso em andamento.
INTRODUÇÃO
Historicamente, os espaços educacionais não têm sido locais de debates sobre a
temática indígena, o silêncio e os estereótipos são suas características mais presentes,
mesmo após a promulgação da Lei nº 11.645/20083, que tornou obrigatório o ensino de
história e cultura afro-brasileira e indígena4 em todos os estabelecimentos de educação
básica do país. Tanto o silêncio, quanto as abordagens negativas acerca destes povos, são
prejudiciais. O silêncio não contribui para romper com o imaginário social construído a
partir do século XVI sobre esses povos e as abordagens negativas o reforçam, haja vista
que pressupõem o índio5 como indivíduo de uma cultura estável. Ao ignorarem as
transformações das culturas indígenas, negam lhes historicidade, e, consequentemente, as
3
A Lei nº 11.645/08 alterou a Lei n 10.639/03.
4
Grifo da autora.
5
Embora o termo índio seja uma categoria externa, surgida de um equívoco, a partir da década de 1970 os
indígenas brasileiros mantiveram essa categoria por considerar a mesma [...] como uma identidade que une,
articula, visibiliza e fortalece todos os povos originários do atual território brasileiro e, principalmente, para
demarcar a fronteira étnica e identitária entre eles, enquanto habitantes nativos e originários dessas terras
[...] (LUCIANO, 2006, p. 30) e os outros povos. “De pejorativo passou a uma marca identitária capaz de
unir povos historicamente distintos e rivais na luta por seus direitos e interesses comuns. É neste sentido
que hoje todos os índios se tratam como parentes (LUCIANO, 2006, p. 31).
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suas estratégias para resistirem ao violento processo de expansão do capital sobre seus
territórios tradicionais e manterem sua identidade étnica.
Inserir a temática indígena na escola pressupõe refletir sobre sujeitos, culturas e
saberes que necessariamente se transformam ao longo do tempo, se adéquam às novas
realidades espaciais, sociais e, nesse processo, reinventam suas próprias formas de
identificação (MELO; MOREIRA, 2017). É preciso compreender que os grupos
indígenas e suas culturas “[...] longe de estarem congelados, transforma-se através da
dinâmica de suas relações sociais, em processos históricos que não necessariamente os
conduzem ao desaparecimento [...]” (ALMEIDA, 2010, p. 23). Conforme afirma Bocarra
(2002), do frutífero diálogo entre a História e a Antropologia surgiu uma nova
compreensão dos povos ameríndios que passam a ser percebidos como sujeitos históricos,
e como tais vivenciam processos de etnogênses. Portanto, para o autor, a paisagem
sociocultural, não somente do Estado pós-moderno, mas anterior à colonização é marcada
pela fluidez, o que faz com que a ideia de pureza cultural ou étnica não tenha sentido.
Pensar nessas paisagens fluidas ajuda a compreender os distintos processos ou estratégias
indentitárias atuais.
Embora Bocarra (2002) defenda que a etnogênese não é um fenômeno da
atualidade, no Brasil só recentemente esse fenômeno tem sido observado por estudiosos.
Conforme afirma Luciano (2006, p. 28):
desde a última década do século passado vem ocorrendo no Brasil um
fenômeno conhecido como “etnogênese” ou “reetinização”. Nele,
povos indígenas que, por pressões políticas, econômicas e religiosas ou
por terem sido despojados de suas terras e estigmatizados em função
dos seus costumes tradicionais, foram forçados a esconder e a negar
suas identidades tribais como estratégia de sobrevivência – assim
amenizando as agruras do preconceito e da discriminação – estão
reassumindo e recriando as suas tradições indígenas.
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compor esse mosaico nas últimas décadas. De acordo com Luciano (2006), essa retomada
da identidade étnica, a “reetinização” ou etnogênese, é resultante de uma redefinição
positiva do que é ser índio. Nas últimas décadas “[...] os povos indígenas, que por força
de séculos de repressão colonial escondiam e negavam suas identidades étnicas, agora
reivindicam o reconhecimento de suas etnicidades e de suas territorialidades nos marcos
do Estado Brasileiro (LUCIANO, 2006, p. 33).
Concordamos com a afirmação de Luciano (2006, p. 35) de que “as contradições
e os preconceitos têm na ignorância e no desconhecimento sobre o mundo indígena suas
principais causas e origens [...].” Nesse sentido, visando contribuir com esse debate e
impulsioná-lo no espaço acadêmico, constituindo, assim, o Subprojeto em espaço de
formação de professores conhecedores desses debates históricos e antropológicos acerca
da questão indígena foi proposto, em 2014, o Subprojeto do com o tema: Educação para
a Diversidade: da formação de professores à sala de aula. Desde então, os grupos de
estudos e momentos de orientações entre Coordenadora de Área e Bolsistas funcionam
como molas propulsoras, não somente na configuração de uma “nova” consciência
histórica dos bolsistas - uma consciência histórica descolonizada, que seja capaz de
construir complexas relações acerca das realidades vivenciadas pelos povos indígenas do
Brasil ao longo de nossa história - mas, ainda, como incentivadores do debate no contexto
da educação básica6.
METODOLOGIA DE PESQUISA
Na tessitura dessa narrativa o método de investigação empregado foi à pesquisa
bibliográfica, seguido da pesquisa-ação, uma vez que, várias ações de intervenção têm
sido realizadas na escola parceira, ou seja, a práxis e a reflexão narrativa desta nortearam
essa narrativa.
6
Ao longo dos anos de 2012 e 2013 desenvolvemos um projeto de pesquisa que buscava analisar a
consciência histórica dos alunos da escola campo acerca dos povos indígenas do Brasil. Chegamos à
conclusão de que os mesmos possuem representações estereotipadas e pouco dinâmicas sobre estes povos
e suas culturas, assim, propor como tema do Subprojeto a temática indígena foi uma forma de contribuir
para a construção de espaços dialógicos que impulsionassem a compreensão por parte de bolsistas e alunos
(as) da escola sobre a dinamicidade da (s) identidade (s), das formas de ser, viver e relacionar destas etnias.
Dentre os produtos dessa pesquisa ressaltamos um artigo publicado no volume 23 da revista Polyphonía
com o título: Entre silêncios e representações: história e cultura indígena no ambiente escolar, que discute
os dados coletados pela pesquisa.
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Almeida (2007) realiza uma discussão nesse sentido ao analisar a presença indígena no contexto de criação
de uma memória coletiva do Estado Nacional e ressalta três imagens de índios construídas nesse período;
os “idealizadas do passado”, “bárbaros cruéis” e os “degradados”.
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No caso do Subprojeto do Pibid de História pelo acompanhamento cotidiano dos bolsistas percebem-se
redefinições na compreensão destes sujeitos subalternizados.
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seus modos de vida. No contexto do ensino, na sala de aula reconhecer outros saberes,
narrativas e literaturas orientadas por distintos arranjos culturais são fundamentais para
proporcionar a descolonização do saber e do imaginário que o sustenta, pois, uma
consciência histórica descolonizada é fundamental no ensino de história indígena.
Há necessidade da discussão sobre a discriminação étnica não se encerrar nos
espaços formais de ensino, todavia, esse se constitui em um espaço privilegiado para
refletir sobre os movimentos atuais que propõe descolonizar os saberes, ampliar a
consciência histórica dos sujeitos por meio do aprendizado histórico.
9
Em artigo publicado na Revista Polyphonía no ano de 2013 com o título: Entre silêncios e representações:
história e cultura indígena no ambiente escolar, que discute as representações construídas pelos alunos (as)
da escola acerca dos povos indígenas.
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REFERÊNCIAS
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BERGAMASCHI, Maria A. Povos Indígenas e Ensino de História: a Lei nº 11.645/2008
como caminho para a interculturalidade. In: BARROSO, Véra L. Maciel et al. (Orgs.).
Ensino de História: desafios contemporâneos. Porto Alegre: 2010.
BOCCARA, G. Colonización, resistência y Etnogénese en las Fronteras Americanas.In:
BOCCARA, G. (Org.). Colonización, Resistência y Mestizaje en las Americas (siglos
XVI-XX). Lima, Peru, 2002. p.47-76.
COMISSÃO DA VERDADE. Violação dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas.
Textos temáticos. Volume II. Dezembro de 2014. p. 198- 256.
CERRI, Luiz Fernando. Ensino de História e Consciência Histórica. Rio de Janeiro:
FGV, 2011.
CIMI. Relatório - Violência contra os Povos Indígenas no Brasil. Dados de 2013.
Disponível em: http://www.cimi.org.br/pub/Relatviolenciadado2013.pdf. Acesso em: 25
de julho de 2017 às 15h55min.
IBGE. Os Indígenas no Censo Demográfico de 2010. Primeiras considerações com base
no quesito raça ou cor. Rio de Janeiro; 2012. Disponível em:
http://indigenas.ibge.gov.br/images/indigenas/estudos/indigena_censo2010.pdf. Acesso
em: 18.07.2017. Horário: 12h30min.
10
Segundo Cerri (2011, p. 114): “São razoáveis as identidades que se sustenta na força de seus argumentos
principais, mas não negam a possibilidade de eles sejam refutados em algum momento. A possibilidade de
que os próprios argumentos venham a ser vencidos significa que eles podem ser postos à prova, podem ser
discutidos e, portanto, trata-se de uma razão sustentada no diálogo”.
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Resumo: O presente texto, tem por objetivo apresentar e elucidar questões pertinentes ao
simbolismo animal na Idade Média. Mais especificamente, se tratando dos séculos X e
XI. A Idade Média, vista pelos olhos da representatividade simbólica, tanto da natureza
quanto dos animais, apresenta aos amantes do campo da história, uma vasta produção
interessante. Tais produções cumprem o papel de desestabilizar e desmitificar a
equivocada ideia de período das trevas. Nesse sentido, pelas lentes da micro-história
italiana, é possível visualizar questões relevantes para se pensar o cotidiano do mundo
medieval. Deste modo, o simbolismo animal, mais especificadamente a representação
simbólica dos “cerdos” (porcos) configura-se como repleta de possibilidades para
vislumbrar a relação, Homem-Deus-Natureza no contexto Medieval. Assim, o
levantamento de tais fontes se deu por meio do procedimento hermenêutico sobre as
fontes. Como fundamentação teórica para o momento, Michel Pastoureau, Giovani Levi,
Varandas, Kesselring dentre outros.
Palavras-Chaves: Simbolismo Animal; Micro-História; Idade Média.
INTRODUÇÃO
Os dois últimos séculos da história configuraram-se nas suas formas teórico-
metodológicas de maneira positiva, pois despertou a atenção de historiadores e
pesquisadores para os mais variados objetos de estudos. Uma das marcas importantes foi
os estudos desenvolvidos pela micro-história, sobretudo de vertente italiana tal como
formulada por Carlo Ginzburg e Giovane Levi. Ambos podem ser enquadrados como
percussores da micro da história, aliando de forma inovadora pensar a relação existente
entre o micro e o macro, ou seja, entre os pequenos objetos de estudos da história e a
configuração no seu todo. Essa relação envolvendo as possibilidades de pensar o micro e
o macro será vital para se refletir acerca do simbolismo animal, mais especificamente ao
que se refere à representatividade dos porcos na Idade Média. Deste modo, Giovani Levi
(1992, p. 154) enfatiza que,
A abordagem da micro-história dedica-se ao problema de como obtemos
acesso ao conhecimento do passado, através de vários indícios, sinais e
sintomas. Esse é um procedimento que toma o particular como seu ponto de
partida (um particular que com frequência é altamente específico e individual,
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Entre os pensadores que lutaram para conseguir fazer uma síntese entre o
pensamento grego e a convicção crista, o mais eminente foi São Tomaz de
Aquino. A ideia aristotélica, segundo a qual a natureza é o principio interno do
movimento e repouso, convenceu muitos medievais e foi defendida por muitos
pensadores eminentes. Por razoes obvias, no entanto, foi acrescentado que
quem atribui cada ser a sua determinação individual, isso é a sua physis, é
Deus. Com isso, mudou a imagem da natureza fora do homem, assim como a
natureza dentro do homem. Por outro lado, a doutrina aristotélica, segundo a
qual a possibilidade de o homem aperfeiçoar-se submetendo seus impulsos e
suas paixões à razão, foi sendo colocada num fundamento cristão. Por outro
lado a natureza inteira foi igualada ao âmbito da criação: nela manifestam-se a
bondade e a sabedoria divinas. (KESSELRING, 2000, p. 157-158).
Subjaz ao exposto, nota-se que a natureza passa então a ser uma forma de
representar a bondade e a sabedoria de seu criador, e, além disso, o criador (Deus) também
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determina a natureza que se encontra dentro do homem, ou seja, determina sua physis.
Seguindo o pensamento de Kesselring, Pablo Castro Hernández (2015, p. 1-2) também
credita a criação da natureza pelas mãos de Deus. Segundo o autor, a natureza se confunde
com o seu criador. Em seu artigo “La naturaleza y el mundo en la Edad Media:
perspectivas teológicas, cosmológicas y maravillosas. Una revisión conceptual e
historiográfica”, Hernandez aborda a percepção da natureza do século V ao XIII,
abordando-a por meio das percepções cosmológicas, teleológicas e maravilhosas.
Desse modo, cabe destacar que grande parte do conhecimento que se adquiriu
sobre a percepção de natureza na Idade Média, é oriunda da arte medieval, tais como as
iluminuras, pinturas, bestiários, e outros. A arte medieval produziu um acervo
importantíssimo para se pensar o simbolismo e a representação no mundo medieval,
aliando assim imagem e texto como partes importantes de um todo na percepção e
compreensão do representativo real e imaginário da Idade Média. Dentre tais fontes da
arte medieval, aqui se destacará os livros das bestas, mais conhecido como bestiários,
indispensáveis para se pensar as atribuições positivas e negativas dos animais.
Segundo White (1984 apud Fonseca, 2009, p.108) um dos aspectos culturais da
Idade Média literária é o aparecimento de valorosas coletâneas de informações e
ensinamentos relevantes ao mundo animal. Essas coletâneas foram denominadas de
bestiário, que no sentido literal, remetem ao termo besta, ou livros das bestas. Essas obras
explicitam as mais variadas formas representativas dos animais no mundo medieval,
servindo de fontes de estudos paras pesquisas que visem compreender o simbolismo
animal. White afirma que os bestiários apresentam tanto animais reais quanto os presentes
no imaginário medieval. Além disso, os bestiários propiciam a oportunidade de
compreender a relação entre o homem e os animais, ora colocados em posição de
inferioridade, ora em status de superioridade.
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este animal passa boa parte de seu tempo procurando algum tipo de alimento no chão,
sendo classificado como imundo.
Michel Pastoureau em uma entrevista ao jornal “el Pais”, atesta a importância de
se pensar a cor nas simbologias, e neste sentido afirma que a cor do porco foi alterada
com o passar do tempo na Idade Média. Segundo o mesmo, o porco tinha a coloração
preta (cor mais escura), logo devido a sua proximidade com os javalis, que possuem muita
semelhança com os porcos, a coloração do porco muda para amarron11.
Indiscutivelmente os porcos eram animais em vastidão na Idade Média,
sobretudo por se tratar de uma das mais conhecidas fontes de alimentação quando se
refere à carne. Embora sua carne fosse importante devido aos fatores de conservação, esse
elemento positivo não altera a sua conotação negativa no contexto medieval no pós século
XI. Em se tratando de porcos e simbolismo animal, Pastoureau (2006, p. 44) explicita que
os porcos dominavam o cenário dos animais em julgamento, acusados de vários crimes,
pois “Em nueve de cada diez casos, es este animal el que comparece frente al tribunal”.
Segundo Pastoureau (2006, p. 44-45) o porco, entre os mamíferos, é o animal
mais abundante na Europa no fim da Idade Média e início da época moderna. Isso se
explica devido ao grande consumo de sua carne, e à facilidade de se criar tais animais,
que viviam soltos e comiam de tudo que encontrassem. Essa liberdade excessiva desse
animal, segundo o autor, é um dos principais fatores de se ter tantos porcos frente aos
tribunais. Pastoureau elenca que embora houvesse proibições da circulação livre de
animais nas cidades, durante os séculos XII e XVIII, era visível a liberdade de locomoção
desses animais nas cidades. Assim, eles circulavam livres pelas cidades medievais,
promovendo desastres em jardins, casas, cemitérios e outros locais. O estudo desse animal
permite aqui sinalizar a formação das cidades medievais, que não “possuíam” cercas ou
muralhas entre as casas, bem como pode dar a entender que essas localidades certamente
tinham péssimas condições de sanidade. Deste modo, é visível o porquê das constantes
epidemias oriundas de questões de higiene.
Ainda em Pastoureau, outra questão pensável acerca dos julgamentos de porcos
como rotineiro na Idade Média, pode ser oriunda da percepção de parentesco com os
11
A respectiva entrevista de Michel Pastoreau não é única, há muitas outras disponíveis nas paginas do
jornal eletrônico El pais. No entanto, a entrevista aqui mencionada está intitulada “Por que algumas culturas
rechaçam o verde? Esse homem tem a resposta.” Essa entrevista foi publicada em 09 de outubro de 2016
na edição de Paris. A mesma foi acessada em 10/07/2017 as 22:00 horas, estando ainda disponível em :
https://brasil.elpais.com/brasil/2016/10/06/cultura/1475768793_377072.html
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homens. Para o autor “Pero hay outra razon que explica la presencia del cerdo em los
tribunales: su parentesco com el hombre.”(2006, p. 45). Essa possibilidade se legitima
pela comparação dos órgãos dos porcos e os órgãos dos homens, em que após a dissecação
dos porcos, nota-se uma grande semelhança entre os órgãos suínos e humanos. Dentre um
dos órgãos que mais se assemelham está o aparelho digestivo, urinário, sobretudo os rins.
Pastoreau assinala assim que devido a esse parentesco anatômico entre os mesmos, houve
uma discussão acerca da possibilidade de outra semelhança: racionalidade e alma.
Contudo, deve-se elencar que os julgamentos de animais não eram somente em
relação aos porcos, mas também alcançava outros animais, tais como insetos, cães e
outros. Porém, os casos mais emblemáticos de julgamentos envolviam os porcos. Os
julgamentos conforme Pastoureau (2006, p. 31) eram promovidos por autoridades
eclesiásticas e autoridades seculares. Os julgamentos, segundo o autor garantiam que os
animais tivessem tratamento adequado durante o aprisionamento nos dias que se corria o
julgamento. Estando encarcerados, os animais tinham alimentação e todo o cuidado
mínimo necessários. Ainda tinham o direito a um defensor, que durante o julgamento tem
a função de defender a causa do animal acusado. (idem, p. 33-34)
Daniel Braga Lourenço transparece uma exemplificação de grandes casos de
julgamentos envolvendo os porcos. Citando Wise, Lourenço enumera alguns casos.
Em 1386, um suíno foi sentenciado à morte, mutilado e enforcado na cidade
de Falaise por ter matado um menino. Em 1394, outro porco foi condenado e
enforcado publicamente por ter matado um bebê em Roumaygne. Em 1403,
várias porcas foram executadas por terem comido crianças em Mantes e
Meullant. Em 1474, um porco, enforcado em Lausanne por ter assassinado um
homem, foi deixado dependurado no poste como aviso aos outros porcos. Em
1499, um outro suíno foi enforcado perto de Chartres por ter supostamente
matado uma criança. Todavia, não eram somente os porcos que eram
sentenciados e executados. (2017.p. 94)
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A representação bíblica dos porcos também se apresenta como repleta de aspectos e passagens negativas.
No livro de (Deuteronômio 14: 8), afirma que “O porco também é impuro; embora tenha casco fendido,
não rumina. Vocês não poderão comer a carne desses animais nem tocar em seus cadáveres”. Desse modo,
presencia-se uma recomendação aos judeus, para que não toque e nem se alimente da carne desse animal
tido como impuro. Acerca da desvalorização desse animal, o texto sagrado afirma que Cristo ao expulsar
uma casta de demônios de um homem, laçou essa casta de demônios sobre uma manada de porcos, que
logo em seguida se lançaram de um despenhadeiro e morreram todos os animais, ou seja, “E pedia com
muita insistência a Jesus que não expulsasse os espíritos maus para fora daquela região. Acontece que num
morro perto dali havia muitos porcos comendo. Os espíritos pediram a Jesus com insistência, Nos mande
ficar naqueles porcos; nos deixe entrar neles! Ele deixou, e os espíritos saíram do homem e entraram nos
porcos. E estes, que eram quase dois mil, se atiraram morro abaixo, para dentro do lago, e se afogaram.
“(Marcos, 5:10-13)
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mais nobres uma serena fonte, ou seja, transportando para o mundo dos
homens as diferenças básicas e “naturalmente” imutáveis entre as classes
sociais. (2006, p.114)
Assim, por passar parte de seu tempo metido em lamaçal, esse animal segundo
o autor era considerado imundo, impuro, sendo relegado ao status de inferioridade em
relação a outros animais que tinham hábitos de vivência em ambientes mais harmônicos
e higiênicos. Conforme Braga (2005, p.1-9) os porcos apresentam uma semelhança muito
grande com o javali, tanto nos aspectos físicos quanto nos simbológicos. A diferença
notória em se tratando do físico, é somente os pelos mais alongados e as presas dentárias
expostas que o javali possui.
Segundo Braga (2005, p. 4), nas etimologias de Isidoro de Sevilha também
creditavam aos porcos a característica de impureza e imundice, pois os mesmos sempre
se encontravam em meio à sujeira, revirando a terra em busca de alimentos. Citando a
representação do porco em que aparece tocando uma gaita, Braga afirma que esse
instrumento musical tinha uma simbologia de excitação sexual, e daí provém mais uma
das características negativas do porco na Idade Média. Para o autor, os porcos gaiteiros
simbolizavam a excitação aos pecados carnais (sexuais), do mesmo modo que também
incitavam a gula ou a luxúria. Essa atribuição, de estímulo sexual e simbolismo negativo,
reforça-se ainda mais, quando o autor afirma que o animal possui uma precocidade sexual
diferente de muitos outros animais, pois aos oito meses de idade já está totalmente apta a
copular.
O porco também está presenta na vida de Santo Antão, e aqui ele possui uma
conotação negativa. Segundo Pastoureau (2009, p.93-94), Santo Antão teve uma vida de
constantes provações, tendo que se isolar para buscar a santidade. Assim ele foi tentado
no deserto, que diga se de passagem foi bem representada na obra “As tentações de Santo
Antão “ de Bosch. Passado esse período, Santo Antão necessitava de um mascote que
rememorasse uma simbologia dos dias difíceis que passou. Logo, o animal que
representava esse período era o javali, que devido sua natureza selvagem e agressiva, foi
substituído pelo porco, um animal aparentemente dócil e protetor, porém traiçoeiro e
perigoso. Assim o porco é constantemente representado nas imagens de Santo Antão.
CONSIDERAÇÕES FINAIS.
O mundo medieval configurou-se por algumas equivocadas afirmações
historiográficas como um período de escuridão e trevas em relação ao período moderno,
tido como o período das luzes ou a iluminação da razão no mundo. Logo, uma breve
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análise do período medieval prova que a Idade Média é muito rica em aspectos positivos
que influenciam diretamente no cotidiano. Assim, na história não se deve menosprezar
determinados períodos sem o devido conhecimento do mesmo.
A natureza no mundo medieval é um grande atributo ou herança positiva na qual
os contemporâneos deveriam se espelhar. A boa relação entre o homem e a natureza é
uma relação que carece nos dias atuais, com tanta degradação, em que o homem tornou
sua relação com a natureza bastante agressiva. Entendendo a natureza como uma criação
de Deus ou até mesmo como a personificação do seu poder, fez com que a natureza
obtivesse um papel central na vida dos homens medievais. Outra simbologia fundamental
para se pensar o mundo medieval, refere-se ao que se compreende por representatividade
dos animais. Dentre os bois, leões, gatos, lobos, cervos, cachorro, porcos, e uma variada
quantidade de animais, estes serviam ao homem nas tarefas diárias, na alimentação e na
simbologia, que pode ser tanto positiva quanto negativa, dependendo do contexto espaço
temporal e do animal que se quer representar.
Por fim, o porco, que no pós século XI, apresenta-se, conforme os autores, uma
carga representativa enorme. Transitando entre aspectos positivos e simbologia negativa,
o porco sobreviveu a Idade Média e é encontrado no cotidiano das pessoas. Considerando
os aspectos oriundos das escrituras sagradas, o porco está repleto de representatividade
negativa, sendo recomendado que não se alimente de sua carne e sendo posicionado como
receptor de coisas negativas (demônios). Logo, para além das escrituras, o porco também
possui uma conotação rejeitada muito abundante, sendo classificado como representante
da gula, luxúria, perversão sexual, imundo e impuro, dócil e traiçoeiro e outros. Porém, o
porco não se resume somente ao negativo, pois também apresenta características
positivas, tais como, fonte de alimentação abundante, alta produtividade, facilidade de
manejo.
Para além de sua representatividade, é Pastoureau que apresenta uma das grandes
curiosidades oriundas da relação do porco com o seu meio. Ou seja, os crimes pelos quais
estes animais eram culpados e julgados, que na maioria das vezes terminavam em
execução em praças públicas. Tais julgamentos, estudados com profundidade, permitem
visualizar as condições jurídicas e morais nos casos de julgamentos, a questão da
exemplificação por meio das execuções, visando que outros não cometam crimes, a
questão religiosa e racional que existia em discussão acerca da alma ou não dos animais.
Permitem também a compreensão do que seriam as condições de higiene e circulação
livre dentro das cidades medievais. De toda forma, o estudo da natureza e da simbologia
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animal, permite acessar um mundo até então desconhecido para muitos apaixonados pela
história.
REFERÊNCIAS
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Resumo: O presente artigo teve como objetivo analisar as possíveis contribuições da prática
de correção de textos para a formação do aluno estagiário do curso de Letras. Essas correções
foram feitas como parte do projeto “Produção de Sentidos e Escrita: o texto/discurso
dissertativo argumentativo”, desenvolvido pelos estagiários de Letras do 5º e 6º período com
alunos do Ensino Médio de uma escola da rede pública federal. Além disso, tais correções
foram realizadas em uma perspectiva formativa, com o intuito de desenvolver a habilidade
textual dos alunos, especialmente a argumentativa. Para realizar a análise, nos valemos das
nossas experiências como estagiários na prática de correção de textos e de questionários
respondidos por nossos colegas de turma a respeito das experiências deles também, ressaltando
a importância do acompanhamento da professora orientadora durante o processo. Embasamo-
nos, ainda, teoricamente nos estudos de Ruiz (1998), que contribuiu significativamente ao
apresentar os tipos de correção: indicativa, corretiva, classificatória e a interativa, sendo esta
última a mais relevante para o nosso trabalho; Nascimento & Anselmo (2012) e Pimenta &
Lima (2012), ajudaram a pensar a formação de professores; e Conceição (2004), a qual dialoga
com Ruiz (1998), apresentando os desafios enfrentados por professores de português na
correção de textos.
INTRODUÇÃO
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Para realização dessa pesquisa, também tecemos reflexões a respeito dos critérios
e métodos utilizados na correção de textos, os quais são de suma importância nesse
processo, visto que são determinantes da eficiência da correção para o aprendizado do
aluno. Tendo isso em vista, a correção de textos como prática de estágio se mostrou
bastante significativa para nossa formação, pois nos despertou para dois aspectos
importantes da nossa futura profissão: aspecto específico (conteúdo), em razão de termos
que aprofundar nossos conhecimentos linguísticos, tanto gramaticais e estruturais quanto
semânticos; e aspecto pedagógico (forma), pois tivemos a todo instante que pensar no
aluno, sempre nos questionando sobre a melhor forma de ajudá-lo.
Desse modo, o presente artigo teve como objetivo pensar sobre as possíveis
contribuições do processo de correção de textos na prática de estágio para a formação de
futuros professores de Língua Portuguesa. Para isso, relatamos as nossas experiências
com a correção de textos na oficina, apresentando as dificuldades que tivemos ao iniciar
as correções e como nos desenvolvemos durante esse percurso, apresentando também o
modo como fomos orientados e os pontos positivos e negativos desse processo. Ademais,
fizemos a análise dos questionários respondidos pelos colegas de turma.
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METODOLOGIA DE PESQUISA
Para fazer a análise dos dados coletados, nos embasamos teoricamente nos estudos
de Ruiz (1998) sobre correção de textos, a qual faz uma distinção de tipos de redação.
Notamos que o método utilizado por nós tem uma força maior sobre o modelo de correção
interativo, o qual Ruiz (1998) define como um modelo em que o professor interage com
o aluno, em tom de diálogo, comentando sobre pontos importantes do seu texto (não
apenas aspectos gramaticais). Entretanto, há também traços do modelo de correção
corretiva, em que é feita a correção dos deslizes/inadequações do aluno de modo direto.
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em que errou e como melhorar, isto é, deveriam ser feitas a partir de uma perspectiva
formativa.
Tendo em vista também que esse era o nosso primeiro contato com a prática de
correção de textos em uma perspectiva formativa, fomos orientados pela professora,
inicialmente, a xerocar os textos dos alunos e corrigi-los como rascunho, para só depois
passá-los para o texto original. Desse modo, a professora pôde analisar nossas correções
(realizar uma “correção da correção”), identificando se havíamos cometido algum deslize
ou compreendido realmente a proposta. Depois de nossas correções serem corrigidas pela
professora, tínhamos que corrigi-las novamente, atentando-nos para os comentários
escritos por ela, processo que nos fez crescer muito.
Esse primeiro momento foi muito importante para nossa formação, pois assim
como afirma Nascimento & Anselmo (2012, p.3): “O estagiário muitas vezes não percebe
que está ‘errado’ e cabe ao orientador com sua experiência e uma fundamentação teórica
consistente orientá-lo, ensinando-o a perceber e corrigir seu próprio erro a fim de realizar
um bom trabalho pedagógico.” Nesse sentido, é muito importante que o professor
orientador acompanhe o aluno estagiário durante seu processo de formação, mediando
seu aprendizado e intervindo sempre que necessário. Afinal, “o professor é um
profissional do humano que ajuda o desenvolvimento pessoal e intersubjetivo do aluno,
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sendo um facilitador de seu acesso ao seu conhecimento" (PIMENTA & LIMA, 2012, p.
88). O professor, em todo o caso, é um orientador.
O processo de correção de um texto pode ser muito mais complexo do que parece
ser, pois não se limita apenas em apontar o erro, não nesse caso. Para Ruiz (2013), a
correção é um texto do corretor que será inserido no texto do aluno, a respeito da produção
deste. Dessa forma, o professor precisa trabalhar com uma metodologia que consiga
envolver o aluno em sua correção, para que ele também se sinta parte do processo. Nesse
sentido, acreditamos, assim como Conceição (2004), que
Mesmo após o início das correções dos alunos, contamos com as orientações da
professora orientadora, que por muitas vezes precisou realizar uma “correção da
correção”, como apresentado no tópico anterior, processo que também nos ajudou a
crescer. Esse processo foi necessário, devido ao fato de ser, para a grande maioria, o
primeiro contato com a correção textual. Inúmeros fatores vieram à tona, dos quais
classificamos como obstáculos: inexperiência, insegurança, desconhecimento gramatical
e até mesmo na forma de como tratar o erro com e para o aluno, bem como indicar
sugestões válidas a eles. No total, foram corrigidas quatro propostas de redação, com
temas criados por nós mesmos. Daremos foco ao primeiro diagnóstico de produção
textual e ao quarto, último, pois é onde conseguimos apontar uma considerável evolução
no ato de correção textual.
Convém, aqui, citar exemplos de redações que foram corrigidas por nós com uma
determinada quantidade de erros, porém, essas mesmas redações, ao serem analisadas
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O primeiro diagnóstico ficou marcado como sendo o nosso primeiro contato com
a correção textual, e o resultado, juntamente com o desempenho não foram satisfatórios.
Por outro lado, no quarto diagnóstico a professora já não foi mais tão solicitada, pois
ganhamos autonomia e segurança para realizar as correções durante esse processo.
Uma forma a mais de sustentar essa pesquisa foi por meio de um questionário,
com quatro (4) questões acerca do processo de correção de texto dissertativo-
argumentativo, com foco no ENEM, realizado com os mesmos colegas estagiários que
participaram do projeto. O objetivo desse questionário foi estabelecer um padrão de
resultados, os quais mostraram se houve, de fato, contribuição nos métodos utilizados
para a correção de textos, bem como demonstrar as dificuldades encontradas por nós
(incluímos nossos colegas de estágio). Através da análise do questionário, podemos dizer
que, de forma unânime, o processo de correção de textos trouxe contribuições na
formação acadêmica, e consequentemente profissional, dos estagiários. Dentre os relatos
da primeira pergunta, nota-se que a pesquisa e a compreensão gramatical tiveram um peso
maior ante as demais contribuições. Por outro lado, houve estagiários (colegas), os quais
relataram que sua confiança (incluímos aqui também a segurança), e sua atenção foram
aprimoradas.
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desenvolvimento do aluno ao corrigir um texto, e vencer esse obstáculo com toda certeza
é uma conquista.
A maioria opta por recursos como internet, dicionário, livros, dentre outros. O que
há de comum entre os alunos é o cuidado. Todos incluíram o cuidado (cabe usar também
a atenção) como parte de sua metodologia. Esse cuidado é importante por se tratar de um
texto de avaliação. É preciso ter atenção para não cometer erros ao corrigir, muito menos
deixar um erro cometido pelo aluno passar despercebido. A correção, seja qual for, exige
responsabilidade e conhecimento. No sentido de o aluno depositar essa confiança e
esperar com que o mesmo receba o seu texto, com todos os erros apontados e corrigidos.
Cada professor tem o seu modelo, método preferido de correção, da mesma forma
ele dará uma atenção maior a um aspecto, o qual considera o mais importante na redação,
seja ele a ortografia, estrutura, gramática, coesão/coerência etc. Isso é o objetivo do quarto
e último aspecto abordado no questionário, e que é tão subjetivo quanto o terceiro. Trata-
se, então, dos pontos classificados como os mais importantes no ato da correção textual.
Por ser subjetivo, haverá divergências nas respostas fornecidas. Dentre elas, foram
apontados como aspectos importantes: a ortografia, estrutura, gramática (em modo geral),
coerência e coesão, clareza (no sentido do desenvolvimento das ideias). O que se sabe é
que não existe um método que seja absoluto entre os professores de Língua Portuguesa,
portanto nosso objetivo não é apontar o mais utilizado, tampouco o mais eficiente.
A correção de textos é uma das práticas mais presentes no dia a dia do professor
de Língua Portuguesa. Dada a importância dessa prática para a produção textual, pensar
na melhor maneira de realizá-la trata-se de um grande desafio, principalmente se
optarmos por um modelo de correção formativa, pois o professor precisa se desapegar do
modelo de correção tradicional, em que se coloca como detentor do conhecimento, e
assumir uma posição mais interativa, a qual vê a correção muito além da indicação de
“erros”, tal como afirma Conceição (2004):
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As maiores inquietações, durante as correções eram: eles vão entender? Eles vão
ler? Eles vão realmente aprender a partir disso? Todas essas reflexões, dúvidas e angústias
vivenciadas por nós foram importantes para nossa formação como professores de Língua
Portuguesa, uma vez que nos despertou para dois aspectos importantes dessa profissão:
conteúdo e forma. O conteúdo diz respeito aos saberes específicos (conhecimento das
regras gramaticais). E a forma diz respeito à maneira como o professor trabalha esse
conteúdo.
A correção de textos como prática de estágio também foi muito válida por
direcionar os estagiários para um processo de autoconhecimento e autoavaliação,
inclusive uma das alunas, ao falar dos desafios enfrentados por ela na correção, disse:
“[Tive] Dificuldades de explicar alguns erros cometidos pelos alunos e perceber que
muitos desses erros [eu] também cometia”. Isto é, para corrigir os textos também tivemos
que adquirir muito conhecimento. Mesmo os que já tinham mais facilidade com a escrita,
apresentaram dificuldades, pois tiveram que explorar a metalinguagem. Há muitas regras
que utilizamos de maneira internalizada, mas para ensinar ao aluno, é necessário trazer
uma explicação mais concreta, sejam regras ou dicas.
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Diante do que foi exposto ao longo deste trabalho, a correção de textos como
prática de estágio apresentou-se de extrema relevância para a formação de futuros
professores de Língua Portuguesa, uma vez que contribuiu significativamente nos dois
principais aspectos da profissão: conteúdo e forma. Assim, além dos conteúdos
linguísticos, os estagiários tiveram que refletir sobre os objetivos da correção de textos e
nos melhores métodos de realizá-la, visando o aprendizado do aluno, processo que
amadureceu sua visão da prática textual em sala de aula.
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trabalho do professor orientador: limites e tensões. In: VII Seminário Regional de
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- Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem, Campinas: São
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Todo ser humano, nos primeiros anos de sua vida, precisa estabelecer
comunicação para sobreviver. Assim, de forma inconsciente, eles vão assimilando o
nome de objetos a imagens mentais e, em seguida, reproduzem sons para sanar
dificuldades que eles enfrentarão, tais como, fome, dor e outras. Nesse momento, não
existe pressão para se aprender a língua, pois, um mero choro consegue ser a solução
dos problemas de comunicação. Nesse sentido, compreende-se que essa imersão na
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língua pode ser nomeada como aquisição, afinal, ele se constituiu de modo indolor e é
considerado extremamente eficiente.
Quando um adulto busca uma ascensão financeira, por exemplo, e busca
aprender uma nova língua para melhorar seu currículo, percebe-se outro procedimento
para se estabelecer a comunicação. A principal característica desse processo é que ele
terá que ser consciente, afinal, o indivíduo só irá aprender uma nova língua se perceber
a necessidade de manter uma rotina de estudo. Esse processo é intitulado de aprendizado
e, é encarado por muitos, como doloroso e árduo por requerer do indivíduo um
comprometimento e, principalmente, por ser permeado por inseguranças e barreiras
emocionais.
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ocorre quando o sujeito deseja escrever ou dizer algo em inglês e o seu cérebro, de
modo inconsciente, irá buscar por alguma palavra ou frase ao qual ele foi exposto para
encaixar no seu dizer com o sentido que ele quer expressar.
O termo input tornou-se comumente utilizado pelos teóricos a partir da
concepção de abordagens voltadas para a comunicação e que tem como principal cerne
o aluno e não mais o conteúdo. Contudo, apesar de ser amplamente difundido por
teóricos e em textos acadêmicos, é imprescindível pensar em como o professor de
Língua Inglesa pode se utilizar dessa concepção em sala de aula e, principalmente, como
fazer com que os alunos percebam a eficácia de se utilizar o input para nortear seu
aprendizado.
Além disso, é relevante esclarecer que, após o processo de globalização tornou-
se perceptível que as escolas iniciaram um processo de inclusão de tecnologias em suas
práticas docentes. Portanto, toda escola atualmente é munida de um aparato tecnológico
que está à disposição dos professores, inclusive dos professores de Língua Inglesa, o
que acaba por facilitar que eles utilizem de diálogos e falas usadas no cotidiano de
nativos da língua alvo, o que concebe uma nova perspectiva de aprendizagem, afinal,
o aluno tem contato “direto” com a Língua Inglesa em seu espaço real.
Ao pensarmos que o input é o contato do aprendiz com a língua alvo sem que
durante esse processo ocorra uma assimilação imediata, torna-se notório que a grande
maioria dos alunos está em contato direto com o input em seu cotidiano. Dificilmente
encontramos alunos que não escutem música em inglês ou que não tenham assistido,
pelo menos uma vez, a um filme legendado. Assim, cabe ao professor de Língua Inglesa
a elaboração de atividades que esmiúcem uma música, por exemplo, para que o
processo de input torne-se perceptível aos alunos, afinal, a partir do momento que eles
perceberem que conseguem diagnosticar informações após ouvir uma música,
provavelmente eles buscarão uma certa independência no processo ensino-
aprendizagem de Língua Inglesa, tentando compreender músicas de que eles gostem e
filmes que façam parte do cotidiano deles.
Além do mais, é necessário se pensar na funcionalidade de se aprender uma nova
língua e, principalmente, o caráter social de uma língua, seja ela qual for. Deste modo,
é relevante se pensar que as aulas sejam cerceadas pela abordagem sociointeracional,
uma vez que, esta foi fundamentada nos pressupostas da Teoria Sociointeracionista
proposta por Vygotsky, em que se acredita que a formação de um sujeito se dá por meio
de seu contato com a sociedade, pois, é notório que os sujeitos modificam o ambiente
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ao seu redor e, querendo ou não, o ambiente acaba por modificar os sujeitos, assim, é
importante que o professor e os recursos didáticos utilizados por ele (tais como, livro
didático, músicas, filmes , entre outros) sejam de fácil entendimento para que os alunos
consigam interligar o que está sendo aprendido com suas experiências. Vygotsky
(2007) defende como ciclo para a concretização do aprendizado que, em um primeiro
momento, tem-se a zona de desenvolvimento real (o conhecimento que o sujeito tem),
em seguida, a zona de desenvolvimento proximal (o conhecimento que o sujeito está
adquirindo no processo) e, por fim, tem-se novamente a zona de desenvolvimento real
(nesse momento o novo se incorpora ao conhecimento que o sujeito já possuía).
Vygotsky apresenta, em sua teoria, que a linguagem possui duas “missões”
primordiais, sendo que estas são o intercâmbio social e o pensamento generalizante.
Para ele, o intercâmbio social pode ser descrito como o ato de se comunicar com outro
sujeito, seja por fala, gestos ou outras formas de linguagem e o pensamento
generalizante pode ser descrito como a imagem acústica que uma palavra possui, por
exemplo, quando se fala “mão” independentemente de qualquer diferença, todo o
sujeito pertencente a essa língua deve imaginar a figura que uma mão tem. Levando em
consideração essa tese, é imprescindível que ao ensinar uma nova língua o professor
atente para essas duas funções.
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segurança e que o output se concretizava de forma mais rápida e eficaz. Nas primeiras
aulas, eles dificilmente conseguiam distinguir palavras especificas ao ouvirem uma
música ou o áudio de um texto, contudo, ao se trabalhar com temas que faziam parte da
realidade deles e que ultrapassavam os diálogos e os textos que representam uma
realidade falsa. Assim, ao expor com frequência os alunos a textos e áudios da língua
alvo foi possível constatar que eles melhoraram e aumentaram sua produtividade em
língua inglesa e superaram as barreiras que eles apontavam como sendo o principal
empecilho para o desenvolvimento do processo de aprendizagem.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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RESUMO
Essa pesquisa apresenta-se como resultado das atividades do Estágio Supervisionado de Língua
Portuguesa 2017, e foi desenvolvido com o objetivo de verificar a aprendizagem de língua
portuguesa, para adultos, em uma Instituição Pública, em Iporá, Goiás. Visou também a verificar
se a utilização de textos e questões de concurso tornava a aula mais atrativa, resultando numa
aprendizagem efetiva. Nesse sentido, os instrumentos utilizados para atingir os objetivos
propostos nas aulas verificaram que, trazer atividades de concurso e explicar a partir delas, era
eficaz. E, também, foi aplicado um questionário aos alunos, para registrar como eles viam a
utilização de exercícios de concursos em sala de aula. Além disso, foram empreendidos estudos
teóricos, especialmente em Bezerra (2007); Leal, Albuquerque & Morais (2010); Rojo & Moura
(2012); Soares (2009); entre outros. A utilização de questões de concurso nas aulas com adultos
foi de extrema valia e um momento de muita inteiração entre os alunos, muitos por almejarem
fazer concursos utilizou das aulas para terem uma noção de como são as questões.
Com essa pesquisa, constatou-se que o uso de exercícios de concurso no ensino de língua
portuguesa torna-se atrativo, dinâmico e interativo para o aluno, sendo que a construção de suas
aprendizagens ocorre de forma natural e prazerosa.
INTRODUÇÃO
Nos dias atuais, constata-se um desinteresse generalizado por parte dos estudantes,
principalmente os adolescentes, em relação às aulas e à aprendizagem de Língua
Portuguesa, seja gramática ou literatura. Esse cenário tem motivado os professores a
reverem e avaliarem suas práticas metodológicas no processo de ensino e aprendizagem.
Isso também motivou na realização desta pesquisa, uma vez que na regência das aulas de
língua portuguesa, para adultos, em uma instituição pública de Iporá, Goiás, durante o
Estágio Supervisionado de Língua Portuguesa, foram constatadas as dificuldades para
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uma efetiva participação dos alunos nas aulas e atividades propostas. Depois de várias
reflexões sobre o quadro real de ensino e aprendizagem nessa turma, surgiu o seguinte
questionamento proposto para este estudo: O ensino de língua portuguesa para adultos
através de questões de concursos se torna mais eficaz?
Para a sociolinguística, o ensino de língua deve preparar o aluno para a
comunicação. Portanto, torna-se necessário que os professores ensinem além da
gramática, preferencialmente trabalhando o conteúdo contextualizado, para uma efetiva
aprendizagem. Sugere-se ao professor a utilização de metodologias dinâmicas e
interativas, com o uso de diversos recursos educacionais capazes de possibilitar aos
alunos a contextualização do que está sendo ensinado com sua realidade vivenciada.
Como afirma Rojo (2012, p.24), “os multiletramentos são interativos; fraturam e
transgridem as relações de poder estabelecidas; são híbridos, fronteiriços, mestiços (de
linguagens, modos, mídias e culturas)”. Por essa razão, surgem como uma relevante
alternativa para o ensino de língua portuguesa para adultos.
Outro fator relevante nessa pesquisa foi a percepção da importância do
indivíduo/aluno como ser psicológico, em que toda a sua inteireza nesse processo de
aprendizagem faz a diferença. Alunos devidamente estimulados a tentar, arriscam mais e,
consequentemente, aprendem mais. Contrapondo, alunos mais tímidos e pouco
estimulados, quase não tentam verbalizar o conteúdo explanado e analisar as questões e,
consequentemente, aprendem menos.
Contudo, o objetivo deste estudo foi verificar o uso de questões de concursos na
sala de aula de uma turma de adultos em uma instituição pública de Iporá. E, também,
verificar se a utilização de questões de concurso em sala de aula de forma planejada
estimula a participação dos alunos ou apenas para preenche lacunas de atividades que não
foram planejadas.
Nesse sentido, o uso das questões de concurso como procedimento de ensino para o
professor de língua portuguesa no ensino de conteúdos propostos apresenta-se para o
aluno de forma atrativa e a construção de suas aprendizagens ocorre natural e
prazerosamente.
Os alunos que participaram da pesquisa são servidores de uma instituição pública de
Iporá. A pesquisa teve como resultado a aproximação dos alunos com a língua
portuguesa, quando, por meio das questões notou-se um estreitamento na relação com o
conteúdo estudado e um interesse maior pelas aulas e, por se tratar de um objetivo deles
quanto a progressão profissional, tiveram muito interesse neste tipo de abordagem.
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METODOLOGIA
REFERENCIAL TEÓRICO
que isso de fato ocorra. Para isso, as estratégias de ensino devem ser observadas com
vistas a garantir ao aluno uma imersão ao mundo das práticas letradas.
O letramento foi a base de toda essa pesquisa porque se notou que a maioria dos
problemas relacionados à língua portuguesa e estrutura se dava pela falta de letramento.
Assim, foi necessário compreender como se dá esse processo de letramento e como ele
afeta toda a relação do aprendiz com a língua. A partir dessa percepção, buscou-se
trabalhar questões que ajudassem a desenvolver o letramento, mesmo que em alunos já
adultos.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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INTRODUÇÃO
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Um dos fatos tidos como natural e tradicional para o professor em sala de aula,
seja qual for a disciplina que ele ministra, é o de corrigir as produções de seus alunos,
haja vista que também é natural que o aluno cometa erros quando se depara com um novo
conhecimento. Assim, no processo de ensino-aprendizagem de língua inglesa essa
situação não é diferente, uma vez que a ocorrência de erros é importante para que o
professor verifique as aprendizagens do aluno e, também, para os alunos o erro pode ser
um meio pelo qual vai testar prováveis estratégias sobre a língua inglesa. Entretanto, ao
corrigir um aprendiz, o professor precisa compreender qual a sua crença em relação ao
tratamento de erros dos alunos. Sendo ele o principal agente, o qual deve propiciar as
oportunidades e input necessários para a aprendizagem dos alunos.
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Segundo Carazzai e Santin (2007, apud Lyster e Ranta, 1997), existem seis
categorias de correção: (i) correção explícita, (ii) reformulação, (iii) questões de
clarificação, (iv) sinais metalinguísticos, (v) elicitação e (vi) repetição. Esses tipos de
correção são feitos oralmente para chamar a atenção dos alunos para seus erros e é a partir
destas definições que abordamos a discussão de resultados em nosso estudo.
METODOLOGIA DE PESQUISA
É importante tornar claro que a coleta de dados foi autorizada pela instituição
escolar, bem como pelo professor e alunos, os quais concordaram em participar da
realização deste. Vale ressaltar que o professor aceitou ministrar as aulas como de
costume, no entanto, nem ele nem os alunos observados tinham conhecimento do objetivo
da pesquisa durante as gravações das aulas. A coleta de dados ocorreu por meio de
observações, notas de campo, questionários e gravações das aulas do professor. Assim,
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para sanar algumas dúvidas, ainda realizamos uma entrevista com o professor e, por
conseguinte, analisar as atitudes dos alunos e do professor nas estratégias de correção
utilizadas. O contexto de pesquisa se caracteriza por alunos de 1º ano do Ensino Médio
em aulas de língua inglesa, os quais participam como aprendizes de aulas regulares no
referido Colégio. Essa turma se constitui, então, de 15 alunos, sendo (11) do sexo
masculino e (6) do sexo feminino e o professor da disciplina. Entre os estudantes, há 4
que estudam em cursinho livre de idiomas.
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111 apud Lyster; Ranta, 1997, p. 47) foi possível observar que há um conjunto de crenças
que permeiam tanto o comportamento dos alunos quanto as práticas de correção do
professor. Das estratégias em questão, apenas as questões de clarificação não foram
constatadas.
A transcrição a seguir exemplifica um momento da aula em que os alunos
praticam um diálogo falado sobre o que eles mais gostam de fazer no dia a dia e mostra a
utilização da reformulação por parte do professor, no entanto, o aluno não demonstrou
reações quanto a esse processo, não repetiu a reformulação.
Nesse diálogo, percebe-se a reformulação por parte do professor, ele repete a frase
do aluno modificando-a da maneira correta, no entanto, sua prática pareceu desencorajar
o aluno quanto à prática de pensar sobre seu erro, ou corrigi-lo.
Nesse outro excerto dos diálogos ocorreu a correção explícita, na qual o professor
mostrou diretamente ao aluno o erro cometido.
No fragmento, pode-se observar a ocorrência de erros nas linhas (1) e (5), em que
estes foram corrigidos explicitamente nas linhas (3) e (6). Na maioria das aulas de
Fernando, o erro da produção oral é produzido explicitamente logo após sua correção,
porém, esta correção é feita diretamente, sem uma explicação sobre o porquê de a
sentença estar errada. A partir disso, perguntamos ao professor o que acredita em relação
a isso: “para mim, nesse caso, a correção foi feita para mostrar imediatamente ao aluno
que ele errou, penso que corrigindo diretamente não vou interferir na sequência da
atividade. Porque se você para explicar corta a sequência da atividade em dupla.”
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Percebe-se que Fernando acredita que esse tipo de correção leva menos tempo para
acontecer e que essa é a estratégia preferida no momento de atividades de produção oral
em grupos, com seus alunos.
No episódio a seguir, Fernando utilizou da estratégia de repetição para corrigir os
alunos. O diálogo agora se refere a um texto com o qual eles estão trabalhando em sala
para discussão.
Essa estratégia é uma das menos usadas durante as aulas de Fernando, observa-se
o erro na linha (2) em que a aluna insere o verbo ‘to be’ de forma errônea para a 3ª
pessoa do singular ‘It’, e na linha (6) o erro no emprego do verbo ‘will’, auxiliar do
futuro, pois o professor faz uma pergunta concernente ao passado e a aluna responde
utilizando um verbo no futuro. Percebe-se que Fernando apropria-se da estratégia de
repetição, não para oferecer ao aluno a possibilidade de refletir acerca do erro cometido,
mas simplesmente para induzir o aluno de que ocorreu um erro, mostra-se isso quando
o professor apenas repete com uma entonação para fornecer a forma correta.
Neste outro exemplo, após ouvirem uma música e a analisarem, os alunos
deveriam falar uma frase que se relacionasse ao contexto da letra.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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em atividades de produção oral e também por ser uma estratégia rápida de desenvolver, e
utiliza também os sinais metalinguísticos, por considerar que, por meio dessa estratégia,
os alunos podem tomar consciência de que erraram, refletir acerca disso e procurar
melhorar no momento da comunicação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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INTRODUÇÃO
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MATERIAL E MÉTODO
Pessoas que não são leitoras têm a vida restrita à comunicação oral e
dificilmente ampliam seus horizontes, por ter contato com ideias próximas das
suas, nas conversas com amigos. [...] é nos livros que temos a chance de entrar
em contato com o desconhecido, conhecer outras épocas e outros lugares – e,
com eles abrir a cabeça. Por isso, incentivar a formação de leitores é não apenas
fundamental no mundo globalizado em que vivemos. É trabalhar pela
sustentabilidade do planeta, ao garantir a convivência pacífica entre todos e o
respeito à diversidade. (GROSSI, 2008, p.03)
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constitui a análise dos resultados obtidos naquela turma, com o uso da técnica de leitura
compartilhada.
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Sempre que um aluno terminava de ler o seu trecho do texto, começava uma
discussão envolvendo toda a sala para melhor compreender o que foi lido. Assim, surgiam
diversas perguntas sobre o cotidiano retratado, opiniões sobre o que aconteceria se o fato
se passasse na atualidade, etc.
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... aquele que apresenta o que será lido: o livro, o texto, a paisagem, a imagem,
a partitura, o corpo em movimento, o mundo. É ele quem auxilia a interpretar
e a estabelecer significados. Cabe a ele criar, promover experiências, situações
novas e manipulações que conduzam à formação de uma geração de leitores
capazes de dominar as múltiplas formas de linguagem e de reconhecer os
variados e inovadores recursos tecnológicos, disponíveis para a comunicação
humana presentes no dia-a-dia (NEVES, 1998, p.14).
Em alguns momentos houve alunos que diziam não querer ler, que não gostavam
e nunca tiveram o hábito de ler. Entretanto, durante a atividade realizada na sala esses
alunos, por fim, aceitaram participar, porém é preocupante que em séries finais do ensino
fundamental ainda existam esse tipo de problema de leitura. Para MARTINS (1982)
Dessa forma, é possível perceber que não é apenas com alunos das séries iniciais
que é preciso ter o cuidado de preparar atividades atrativas e prazerosas. Com efeito, esse
tipo de atividade consegue prender a atenção de alunos de todas as fases escolares,
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podendo proporcionar a recuperação de um déficit na leitura que foi causado nos anos
iniciais de sua formação escolar.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Também ficou claro o papel do professor quando se trata de tentar recuperar, nos
alunos do Ensino Fundamental II, o gosto e a segurança pela leitura. O gosto porque
muitos nunca foram incentivados à leitura, e, portanto, dizem que não gostam de ler sem
mesmo terem tentado. E segurança porque em uma turma existem alunos com maior
facilidade na leitura e outros com dificuldade, os quais preferem ficar calados com medo
de serem ridicularizados pelos colegas.
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REFERÊNCIAS
SOLÉ, Isabel. Estratégias de Leitura. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.
MORAIS, José. A arte de ler. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista,
1996.
NEVES, Iara Conceição Bitencourt; SOUZA, Jusamara Vieira; SCHÄFFER, Neiva
Otero et al. (orgs.). Ler e Escrever: compromisso de todas as áreas. 8. ed. Porto
Alegre: Editora da UFRGS, 2007.
MARTINS, Maria Helena. O que é leitura. São Paulo: Brasiliense, 1994.
GROSSI, Gabriel Pillar. Leitura e sustentabilidade. Nova Escola, São Paulo, SP, n°
18, abr. 2008.
BENTHER, Daniele. Leitura Compartilhada. Disponível em:
<http://ensinosignificativo.blogspot.com.br/2013/03/leitura-compartilhada.html>
Acesso em: 14 de outubro de 2017.
RAUEN, Adriana Regina Feltrin. Práticas pedagógicas que estimulam a leitura.
Disponível em: <https://pt.scribd.com/document/136826128/praticas-pedagogicas-que-
estimulam-a-leitura> Acesso em: 14 de outubro de 2017.
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INTRODUÇÃO
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PRÁTICAS E DIAGNÓSTICOS
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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Resumo: Este trabalho visa a reflexão acerca da nova abordagem profissional no âmbito
docente. Percebe-se com o tempo, que o professor deixa de ser apenas um professor e torna-se
educador, com caráter humanitário e com olhar voltado para o desenvolvimento integral e
humano de seu aluno. Para realizar esta pesquisa, foram assistidas aulas do Ensino Fundamental
II de uma escola estadual da cidade de Iporá, Goiás, além de um extenso acompanhamento dessas
turmas em todo o período letivo. A partir da convivência com os alunos, nos sentimos
provocados a pesquisar sobre a metodologia que os professores utilizavam para chegar até aquele
aluno e então o alcançar e o despertar para o processo de sua aprendizagem. Assim sendo,
pesquisou-se a base teórica sobre o assunto, além de uma atenção especial voltada para os
argumentos dos alunos que se sentiam próximos de seus professores. Fizemos uma pesquisa
exploratória e qualitativa, pois foram aplicados questionários aos alunos e professores da rede
estadual a fim de obtermos informações sobre a humana docência na visão destes. Por fim,
analisamos os dados obtidos e percebemos, em consonância com o referencial teórico estudado,
que a prática docente ainda é um terreno instável, passível de mudanças e que os professores
estão, felizmente, refletindo sobre sua prática docente e buscando melhorar seu ensino através
do contato direto com seus alunos.
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Dessa forma, a educação brasileira, segundo Silva (2010) possui três momentos
ou correntes pedagógicas que podem ser analisadas: a tradicional, a crítica e a pós-crítica:
Nas palavras de Leal (2004, p. 2) “é necessário não só conhecer a ciência, mas ter
alma de educador, voltando-se para a vida e para as utopias”, precisa-se tornar conhecedor
e ser sensível aos desejos do educando, pois assim conseguirá despertar o interesse pelo
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Para que esta pesquisa pudesse ser realizada, houve o acompanhamento em salas
de aula do 6° ao 9° anos do Ensino Fundamental II em uma Escola Estadual da cidade de
Iporá, em que as aulas de Língua Portuguesa foram assistidas e houve a possibilidade de
observar a realidade da escola em todos os momentos dos períodos de aula. Para tanto,
essa pesquisa baseou-se no método qualitativo e utilizaram-se os pensamentos de diversos
autores que trabalham as influências que a humana docência traz na vida dos alunos e
consequentemente em sua aprendizagem.
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Ferramenta digital da empresa Google, para criação de planilhas e questionários online.
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“O bom professor na minha opinião é aquele que sabe lidar com a dificuldade de
cada aluno, ser paciente quando necessário, também ter o português bem claro, de forma
com que todos entendam o que ele está passando, para que os alunos interajam com a aula
ministrada…” (texto copiado na íntegra).
“Eu imagino que um bom professor seja educado(a) com seus alunos, que ele (a)
possa colocar "ordem " na sala quando necessário, tome as medidas cabíveis quando um
(a) aluno (a) o desrespeitar, mas que (nas horas certas) saiba entreter os alunos. Ou seja,
um bom professor tem que saber lidar com as situações de sala de aula, sabendo se
relacionar com seus alunos, sabendo ser amigo de seu aluno o motivando a ser um aluno
melhor cada dia.” (texto copiado na íntegra).
Ao analisarmos as duas respostas dos alunos, percebemos que eles dão uma
atenção especial para aqueles professores que possuem sua metodologia de ensino voltada
para a formação integral do aluno, contrariando os pensamentos, por exemplo, da primeira
concepção de pedagogia, em que o rigor no relacionamento e metodologia de ensino eram
tão valorizados. Freire (1996, p.15) afirma que "formar é muito mais do que puramente
treinar o educando no desempenho de destrezas" é prepará-lo para a convivência em
sociedade, para os aspectos morais e culturais da formação integral do ser humano.
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“Eu imagino o bom professor como uma pessoa justa, ética e, principalmente,
preocupada com o aprendizado dos seus alunos e com suas realidades de vida. Assim,
este professor trata seus alunos com respeito, não aponta seus defeitos em público, e
sempre procura encorajá-los a buscar o conhecimento e a descobrir seus potenciais.”
(texto copiado na íntegra)
A partir das respostas obtidas pelos professores, percebe-se uma preocupação com
o ideal de professor que precisa reconhecer e valorizar o aluno no processo educativo
corrigi-lo perante os erros no percurso da aprendizagem e tornar-se guia no caminho até
o conhecimento. Também nas palavras de Freire (1996, p.25)
(...) não há docência sem discência, as duas se explicam, e seus sujeitos, apesar
das diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de objeto, um do
outro. Quem ensina aprende ao ensinar, e quem aprende ensina ao aprender e
contribui para a construção de uma relação de possibilidades entre professor,
conhecimento e aluno.
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todo o processo de ensino, uma vez que o profissional professor possui a responsabilidade
de mobilizar todos seus recursos para que a aprendizagem do aluno seja alcançada, com
amor e responsabilidade.
Para Libâneo (2001, p. 85) “a atividade de se pensar a prática docente, deve então,
ser reflexiva em todos os âmbitos da educação”, partido desse pressuposto, para que o
professor desenvolva suas potencialidades docentes, precisa refletir sobre os mecanismos
que vão além do conhecimento científico como, por exemplo, os currículos, as
metodologias e também sua própria formação. Assim, garantirá êxito em sua prática
pedagógica, por relacionar os aspectos morais, sociais e científicos em suas aulas, além
de valorizar as demais variáveis que interferem no processo de ensino e aprendizagem.
Aluno I:
“A maior marca e mais importante é o conhecimento, pois é algo que jamais morrerá ou
se perderá. Se o professor ensinar com coração e dedicação mais cedo ou mais tarde
poderá colher os frutos da felicidade quando um aluno alcançar seus objetivos. Ao meu
ver este é o valor supremo.” (texto copiado na íntegra)
Aluno II:
“Acredito que a melhor marca que um professor pode deixar é a de ensinar seu alunos a
amarem a busca pelo conhecimento, e a de acreditarem que eles são capazes e que têm
potencial para seguir adiante, sendo eles mesmos.” (texto copiado na íntegra)
Em convergência com tudo o que foi exposto, fica evidente que os alunos prezam
por professores que buscam melhorar sua prática, que planejam com cuidado suas aulas
e participam ativamente do processo de construção do conhecimento. Aos olhos dos
alunos, essa é a melhor maneira de ser professor, pois a proximidade e a paixão de ensinar
conseguirão contagiar seus alunos a buscarem o conhecimento. Podemos assim,
evidenciar o posicionamento dos professores:
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“A melhor marca seria fazer com que o aluno se sentisse importante e mostrando para ele
que a dedicação e esforço o fará alcançar todas as suas metas e objetivos.” (texto transcrito
na íntegra)
“O professor tem o futuro do aluno em suas mãos, então cabe ao professor passar para
seu aluno o quão ele deve estar preparado para seu futuro, assim ensinando a ter
dedicação, e compromisso com suas atividades!!” (texto copiado na íntegra)
Paulo Freire (1996) destaca que ser professor não é apenas uma profissão e sim
uma missão que exige competência, compromisso e acima de tudo, o professor precisa
dar autonomia para que o aluno possa crescer e alcançar o conhecimento, conhecimento
esse foco de desejos, tanto por parte dos alunos quanto dos professores.
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Para que mudanças aconteçam e o professor consiga exercer seu papel deve
primeiramente se atentar para a importância da sua profissão na vida de seus educandos,
além de ter em mente que a docência nunca será um processo fácil, já que a sala de aula
é local de embate de ideias, culturas, valores, e como educador, precisa aprender no
contato direto com os alunos quais as barreiras que impedem sua aprendizagem, transpô-
las, e garantir uma educação valorosa e integral.
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INTRODUÇÃO
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Este trabalho configura-se como uma oportunidade para se observar, por meio
da investigação, como a prática contribui para o conhecimento do estagiário-professor,
pois podemos compreender por meio da própria pesquisa o funcionamento do processo
de ensino e aprendizagem e os meios necessários para que esse processo seja bem-
sucedido, nesse caso o material didático, que resultou numa maior aquisição do
conteúdo do gênero textual Miniconto por parte dos alunos pesquisados.
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alunos, onde continha apenas uma pequena estrutura de tópicos com as principais
características do miniconto, em seguida foi entregue aos alunos três minicontos que
seriam colados em uma folha avulsa o qual faria parte de um portfólio com os materiais
dos alunos. Após isso foi realizada uma discussão interpretativa, cujo objetivo era que os
alunos compreendessem o texto e encontrassem dentro dele as características
apresentadas à priori. Numa turma os alunos se mostraram interessados na discussão e
foram a fundo na interpretação, já na outra a maior parte dos alunos resistiram,
apresentando certo desinteresse em realizar a atividade proposta.
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INTRODUÇÃO
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objetivo das aulas de matemática nesta metodologia é tornar útil para a vida tudo o que
se discute e aprende em sala de aula.
Neste sentido, esta pesquisa busca responder à seguinte pergunta: que
contribuições a Modelagem Matemática pode trazer para o ensino/aprendizagem de
Estatística, no Ensino Médio, em uma perspectiva de formação crítica? O objetivo foi
identificar contribuições do uso da metodologia de Modelagem Matemática no ensino
de Estatística em perspectiva de formação crítica para uma turma de terceiro ano do
Ensino Médio.
Desenvolveu-se, a referida pesquisa, em uma turma de terceiro ano do Ensino
Médio da cidade de Iporá, GO e destaca-se a aplicação da Modelagem Matemática
enquanto recurso metodológico, utilizando o tema aberto “O jeitinho Brasileiro e as
pequenas corrupções” o qual, por meio das fases da modelagem, foram abordados
conteúdos como o planejamento de uma pesquisa, o levantamento dos dados, utilização
dos conceitos matemáticos da estatística e tratamento de informações e por meio dos
dados levantados e dos gráficos construídos, a solução da situação problema em estudo
e sua validação diante da comunidade escolar e da sociedade.
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Fase Características
É o reconhecimento da situação problema; Ao escolher uma situação
a ser investigada, extraída do contexto real, o modelador deve
primeiro entender o problema a partir do modelo de situação a ser
A Interação construído. O problema real selecionado para investigação precisa ser
simplificado e estruturado adotando-se hipóteses e simplificadores e
assim levando a uma semi-realidade que vai direcionar o modelo
matemático.
É a formulação do problema (hipótese); resolução do problema em
termos de modelo; A fase de matematização transforma a realidade
Matematização
simplificada em modelo matemática; nessa fase o modelo aproxima
o mundo real do mundo da matemática;
A validação dos resultados leva o indivíduo a refletir sobre as soluções
obtidas podendo indicar a necessidade de percorrer o ciclo das etapas
Modelo matemático
novamente. De acordo com os novos fatores as recomendações para
o modelador pode ser bem diferentes.
A fase final denomina-se apresentando os resultados, onde as
soluções encontradas nesse ambiente de interatividade fizeram uso
Validação dos instrumentos simeóticos, foram analisadas e interpretadas a luz
dos conhecimentos matemáticos e validadas a situação real, trazendo
para o modelador as possíveis respostas ao problema em estudo.
Fonte: Biembengut, Hein (2007).
Ensinar a partir das fases da modelagem é fazer com que o aluno participe da
construção do modelo, desenvolvendo o seu pensar crítico, além de fornecer uma
estrutura em que os estudantes possam seguir, explicitamente, para construir um alto nível
de compreensão do processo, à medida que se envolvem nos tipos de problemas que
levam à aprendizagem dos conceitos. Isto pode ser verificado na análise a seguir.
A atividade experimental
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escolar.
A atividade experimental se desenvolveu conforme as etapas da Modelagem
Matemática e foi realizada em quatro fases que são: Interação dos alunos com o tema;
Matematização; Modelação matemática; Validação.
No primeiro momento fez-se a interação dos alunos com o tema cujo
objetivo foi familiarizar os estudantes com o tema por meio do reconhecimento da
situação e a ambientação com o assunto a ser modelado, no caso, as pequenas
corrupções.
Desta maneira, mostraram-se alguns vídeos de desenhos animados com os
personagens: Zé Carioca e Pica-pau. Após verem os filmes a turma foi dividida em dois
grupos. Pediu-se que os alunos do grupo I identificassem no filme do Zé carioca as
situações em que ele cometeu atos desonestos. O grupo II deveria fazer o mesmo,
analisando o filme do Pica-pau.
A seguir, os alunos apresentaram as suas opiniões e falaram abertamente
sobre o que acham das pequenas corrupções e porque a maioria das pessoas cometem este
tipo de infração, mesmo sabendo que não é o correto. Após as discussões, sugeriu-se o
tema estudo “O jeitinho brasileiro e as pequenas corrupções”.
Propôs-se então que os alunos elaborassem um questionário e fizessem uma
pesquisa com jovens e adolescentes, os quais já cometeram este tipo de infração. Isto
aconteceu para que pudesse recolher dados gerais e quantitativos que ajudassem no
levantamento de hipóteses, elaboração dos problemas e questões de investigação
conforme interesse dos grupos de alunos. Contudo, para recolher esses dados os alunos
tinham que saber o conteúdo de estatística.
Assim, como preparação para a introdução deste conteúdo e também como
início de uma atividade para diagnosticar o conhecimento dos alunos sobre esse assunto
proposto, iniciou-se a aula apresentando um vídeo sobre o que é estatística e suas
finalidades. Após assistir ao vídeo, fez-se o levantamento de alguns questionamentos
como: Para que serve uma Pesquisa estatística? Quando podemos dizer que uma pesquisa
foi realizada por amostragem? E quando seria caracterizada como censo? Como se faz
escolha da amostra?
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Figura 01: fase da interação dos alunos com o tema. Fonte: arquivos das pesquisadoras.
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filosofia. Um deles falou sobre a parte moral e ética das pequenas corrupções e o outro
sobre a parte jurídica.
Os produtos da pesquisa foram os gráficos apresentados para a comunidade,
após a realização da mesa redonda e analisados pela comparação dos números
percentuais. A figura 04 mostra os alunos apresentando o gráfico de uma das perguntas
que fez parte do questionário respondido.
26%
Sim
Não
74%
Figura 04: Os alunos apresentando o gráfico de uma das perguntas que fez parte do questionário. Fonte:
arquivos da autora
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reconhecimento do tema e, assim, terem uma familiarização com o mesmo e isso ficou
confirmado na atividade experimental, pois depois do tema proposto os alunos
questionaram, investigaram e assumiram frente ao tema. À medida que essa
familiarização com o tema se intensifica, mais produtivas foram as discussões e as
atividades relacionadas.
Na medida em que se está formulando a questão “ao suscitar um conteúdo
matemático para a continuidade do processo ou obtenção de um resultado, interrompe-se
a exposição e desenvolve-se a matemática necessária, retornando no momento
adequado”. (Ibid.). Desse modo, depois que os alunos se familiarizaram com o tema, foi
proposto conteúdo matemático “estatística”, nesse momento aprenderam o que é
estatística, para que serve, como calcular porcentagem, como interpretar gráficos.
Na fase final, construíram-se os gráficos com os dados coletados por meio da
pesquisa, confirmando o que diz Bassanezi (2009, p. 30) “a interpretação dos resultados
obtidos através dos modelos pode ser feita com o uso de gráficos das soluções...”.
Enfim, a Modelagem Matemática contribuiu para o ensino e aprendizagem do
conteúdo de estatística, pois os alunos mostraram um olhar no qual se permite observar
fenômenos reais do cotidiano, sendo esclarecidos através do conhecimento matemático e,
que quando se utiliza de uma situação que faz parte da vida do aluno, isso faz com que
aguce a curiosidade e, assim, desperte o seu pensamento crítico.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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INTRODUÇÃO
surge como uma proposta de intervenção pedagógica, uma vez que oferece possibilidades
de tornar o ensino de Matemática mais efetivo.
Sendo assim, surgiu então essa pesquisa que teve como questão norteadora:
quais são as potencialidades do Laboratório no ensino da Matemática para a
aprendizagem dos alunos? O objetivo foi identificar algumas possibilidades pedagógicas
para o uso desse Laboratório como recurso de ensino e aprendizagem.
Esse projeto de pesquisa teve sua origem no Estágio Supervisionado de
Matemática, da Universidade Estadual de Goiás, Câmpus de Iporá, no ano de 2017, e
procura identificar potencialidades do Laboratório de Ensino de Matemática como
facilitador de aprendizagem, com enfoque no ensino da Matemática.
METODOLOGIA DE PESQUISA
REFERENCIAL TEÓRICO
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matemática se apresenta com necessidades especiais e o LEM pode e deve prover a escola
para atender essas necessidades”. (LORENZATO, 2012, p. 6).
Nesse aspecto os professores têm à disposição materiais atualizados e métodos
alternativos que podem ajudar os alunos a compreenderem com mais facilidade os
conteúdos matemáticos estudados. O Laboratório de Ensino é um espaço com vários
recursos de ensino aprendizagem na área de Matemática. Dentre eles podem-se citar os
jogos, os materiais alternativos e lúdicos, as tecnologias, calculadoras e outros.
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Logo, o jogo indiferente de sua proporção sempre tem seu valor no ensino da
Matemática, pois provoca a participação entre os alunos levando-os a interessarem mais
pelo conteúdo adquirindo habilidades necessárias para a aprendizagem.
O Laboratório de Ensino serve como auxiliar da tecnologia no ensino da
Matemática, ajudando os alunos na capacitação e no aprendizado, auxiliando os
professores na sala de aula. A tecnologia está em constante avanço e a transformação no
mundo que está marcada pelos avanços na comunicação e na informática além de outras
transformações tecnológicas e científicas “provoca mudanças econômicas, sociais,
políticas, culturais, afetando, também, as escolas e o exercício profissional da docência”.
(LIBÂNEO 2006, p.15).
As contribuições do Laboratório de Ensino de Matemática estendem a formação
do aluno e do professor também tanto no âmbito da Educação Básica como da Educação
Superior. Para Rego & Rego (2012, p. 41) quando o laboratório de ensino é inserido em
instituições de ensino superior, “além de instigar a melhoria na formação inicial e
continuada dos educadores de ensino de matemática, também promove a integração do
ensino com a pesquisa e extensão”.
Para os alunos o laboratório é um espaço de grande importância para a
aprendizagem em todos os níveis e o Ensino Superior de Matemática. Quando o professor
opta por dar aulas nesse espaço, abre uma vertente de estudos para os alunos, instigam-
nos a gostar mais da aula de Matemática, pois eles veem sentido na disciplina com aulas
mais dinâmicas.
Para os professores é uma ferramenta imprescindível para realização de suas
aulas, pois ajuda no planejamento, na criação de recursos didáticos e pedagógicos. É
também estimulador para a realização do trabalho do professor, que quando conta com
um espaço apropriado poderá estimular os alunos com experiências compartilhadas
tornando-os futuros pesquisadores.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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Resumo: Os professores perdem muito tempo para acalmar os alunos e organizar a sala de aula,
para a partir disso realmente iniciar suas aulas, esse comportamento indisciplinado dos alunos
interfere diretamente no tempo de duração da aula, utilizado para adquirir e transmitir
conhecimentos, com isso dificultando o papel do professor e também prejudicando a
aprendizagem dos alunos. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi propor para os alunos de
numeramento (6º e 7º ano) realizar uma pesquisa para verificar o tempo que o professor perde
para organizar a sala de aula, e posteriormente tabular e analisar os resultados ensinando o
conteúdo de matemática como porcentagem e interpretação dos gráficos, além de conscientizar
os alunos sobre o comportamento indisciplinado inadequado. A pesquisa qualitativa foi realizada
no Colégio Estadual de Aplicação de Tempo Integral, nas turmas 4º “A e B”, 5º “A e B”, 6º e 7º
ano, totalizando 150 alunos, o instrumento utilizado foi por meio de questionário. Em geral a
maioria das salas contém mais mulheres, todas as turmas responderam com maior porcentagem
que a frequência que o professor chama atenção na sala é ás vezes (3 a 4X), com exceção do 5º
“B” que 52% dos alunos responderam que é raramente. Os alunos responderam que o professor
gasta em média de 10 a 15min, para organizar os alunos em sala de aula, 4º “A” - 57%, 4º “B” -
75%, 5º “A” - 73%, 5º “B” - 80%, 6º- 49% e 7º ano - 77% dos alunos. Os três motivos que
professor mais chama a atenção dos alunos que receberam mais votos foram por conversar com
o colega, por ficar fora do lugar e por dormir em cima da mesa. Foi possível executar a proposta
didática de ensinar matemática por meio dos resultados obtidos de uma pesquisa feito pelo os
próprios alunos sobre o tempo que o professor perde para organizar a sala de aula, destacando
especificamente os conteúdos de porcentagem e interpretação de informações, de uma maneira
mais dinâmica e interessante, além de levar ao aluno há uma reflexão sobre seu comportamento
e atitudes, e assim colaborando para a formação de um cidadão crítico, que se preocupe realmente
com a aprendizagem significativa.
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INTRODUÇÃO
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4º ano "A"
5%
Sempre
25% Ás vézes - 3 a 4X
30%
Raramente - 1 a
2X
40%
Nunca
4º ano "B"
Sempre
10%
25% Ás vézes - 3 a 4X
35% Raramente - 1 a
2X
30%
Nunca
Em relação a pergunta que fala sobre quanto tempo em média o professor gasta
para organizar os alunos em sala de aula para inicar a aula, com maior porcentagem 57%
os alunos do 4º “A” responderam que o professor gasta em média 10 a 15min da aula para
inciar efetivamente os contéudos, e do 4º “B” - 75% dos alunos.
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Gráfico 2: Respostas dos alunos do 4º ano “A e B”. Em média quanto tempo seu
professor gasta para organizar os alunos em sala de aula?
4º ano "A"
10 a 15min
29% 15 a 25min
57% 25 a 35min
5%
9%
Ele não perde
tempo
4º ano "B"
15%
10 a 15min
10%
15 a 25min
25 a 35min
75%
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Gráfico 3: Respostas dos alunos do 4º ano “A e B”. O professor chama sua atenção
por qual motivo?
4º ano "A"
3% 3% Conversar com o
colega
8% Por não fazer tarefa
4º ano "B"
Conversar com o
4%
colega
Por não fazer tarefa
18%
Por ficar fora da sala
Foram duas turmas de 5º ano “A e B”. A turma “A” tem mais meninos com 59%
e meninas com 41% e já no 5º ano “B” tem mais meninas com 56% e meninos com 44%.
Em relação a idade 55% dos alunos do 5º ano “A” tem 11 ou 12 anos, e 45% dos alunos
tem 9 ou 10 anos, já do 5º ano “B” 64% dos alunos tem 11 ou 12 anos com e 36% dos
alunos tem 9 ou 10 anos.
No 5º ano “A” a frequência que o professor chama sua atenção em sala de aula,
é 41% alunos responderam que é ás vezes (3 a 4X) que o professor chama sua atenção
por dia, e em segundo que obteve mais voto foi a opção raramente, com 36% dos alunos.
E no 5º ano “B” com maior porcentagem é raramente com 52%, e o segundo que obteve
mais voto foi ás vezes (3 a 4X) com 32% dos alunos.
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5º ano "A"
5%
Sempre
18%
Ás vézes - 3 a
36% 4X
Raramente - 1 a
2X
41%
Nunca
5º ano "B"
4%
Sempre
12%
Ás vézes - 3 a 4X
32%
Raramente - 1 a
2X
52%
Nunca
Gráfico 5: Respostas dos alunos do 5º ano “A e B”. Em média quanto tempo seu
professor gasta para organizar os alunos em sala de aula?
27% 20%
10 a 15min
10 a 15min
15 a 25min Ele não perde
tempo
73% 80%
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N 6 º ano tem mais meninas com 58% e meninos com 42%, e a maioria dos
alunos tem 11 ou 12 anos com 90% e apenas 10% tem13 ou 14 anos. Em relação a
frequência que o professor chama a atenção dos alunos do 6 º ano em sala de aula, houve
um empate de 40% entre as opções ás vezes (3 a 4X) e raramente. Já no 7º ano tem mais
meninos com 58% e meninas com 42%, e a maioria dos alunos tem 11 ou 12 anos com
58%,13 ou 14 anos com 36%, e apenas 6% tem15 ou 17 anos. E a maioria dos alunos
disseram que a frequência que o professor chama a atenção dos alunos que é ás vezes (3
a 4X) com 48% e o segundo foi o raramente com 42% dos alunos.
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6º ano 7º ano
3%
Sempre 3%
13% 7% Sempre
Ás vézes - 3 a 4X
Ás vézes - 3 a
42% 42% 4X
Raramente - 1 a
2X 48%
42% Raramente - 1
a 2X
Nunca
Nunca
6º ano 7º ano
3%
7%
O motivo que professor mais chama a atenção dos alunos do 6º e 7º ano é por
conversar com o colega ambos com 49%, com por ficar fora do lugar 6º ano com30% e
7º ano com 24%, e por dormir em cima da mesa 11% no 6º e no 7º ano 22%.
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6º ano 7º ano
Conversar com o colega
4% 2% Conversar com o
colega 3% Por não fazer tarefa
Por ficar fora da sala
11%
Por ficar fora da sala
Por estar fora do lugar 22%
49%
49% Por estar fora do lugar
Por dormir em cima da
30% mesa
Nunca chama minha 24% Por dormir em cima da
atenção mesa
Outros
4% Nunca chama minha
2% atenção
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que poderia está sendo utilizando esse tempo para a sua aprendizagem, mas que ainda dá
tempo de haver uma mudança de comportamento, e o aluno ir em busca do tempo perdido.
É necessário repensar e refletir em ações para inverter essa realidade no âmbito escolar
(GAZOLA, 2017), ou seja reduzir o tempo gasto com indisciplina dos alunos, pois tanto
os professores e alunos poderá se beneficiar com essa attitude.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa sobre o tempo que o professor perde para organizar a sala de aula foi
realizada com êxito, no qual foi possível concluir a proposta didática de ensinar
matemática os conteúdos de porcentagem e interpretação de informações, de uma maneira
mais dinâmica e interessante, além de levar ao aluno há uma reflexão sobre seu
comportamento e atitudes dentro da sala de aula, pois os alunos perdem um tempo
significativo da aula para o professor organizar a sala, e quem perde é o aluno que não
utiliza esse tempo realmente para aprender. E também foi possível colaborar para a
formação de um cidadão crítico, que se preocupe com a aprendizagem significativa. E
assim temos uma expectativa de melhora no comportamento desses alunos.
REFERÊNCIAS
Resumo: A identidade profissional é o que faz o profissional ser diferenciado no seu campo de
trabalho, a partir de suas habilidades e ações reflexivas. Nesta perspectiva o trabalho realizado
como pesquisa no Estágio Supervisionado do Curso de Licenciatura em Matemática da UEG,
Câmpus Iporá no ano de 2017, buscou resposta para a questão: como o Estágio Supervisionado
contribui na construção da identidade do professor em formação? O objetivo foi identificar
contribuições do Estágio Supervisionado na construção da identidade profissional durante a
formação inicial do professor. Trata-se de uma pesquisa qualitativa com embasamento teórico em
Pimenta (2012), Pimenta e Lima (2008) e Arroyo (2010). Para responder a questão proposta fez-
se a leitura bibliográfica das obras enquanto em paralelo se deu o trabalho como estagiários na
escola campo que foi espaço de coleta de dados. O principal instrumento de pesquisa foi o diário
de campo do estagiário onde foram registrados os acontecimentos importantes da escola e da sala
de aula que se apresentaram com características da formação da identidade docente verificados
durante a realização dos estudos e das atividades na escola. Os resultados mostram que professor
quando inicia sua carreira profissional ainda não está formado. Tal construção ocorre por meio de
experiências vivenciadas em trajetórias de vida pessoal e profissional, sendo assim, o estágio
supervisionado é uma parte importante na formação do profissional, uma vez que proporciona
uma reflexão a partir da sua experiência prática e conhecimentos teóricos adquiridos ao longo dos
estudos. Tem contribuições significativas na construção da identidade docente uma vez que o
professor em formação procura agir com base em análise e nos conhecimentos de teorias e práticas
estudadas ao longo do tempo na sua área de formação profissional associados com a realidade
vivenciada na escola e/ou fora dela.
INTRODUÇÃO
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METODOLOGIA DE PESQUISA
REFERENCIAL TEÓRICO
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físicas e psicológicas muito distintas que caracterizam uma pessoa, um grupo social ou
mesmo algum objeto. Sendo construída no decorrer da vida, a identidade humana é um
processo de formação e de transformação do sujeito e é desenvolvida a partir de mudanças
no processo social e cultural. São características individuais de cada sujeito, sendo
construídas em convívio com a sociedade.
De acordo com Pimenta (1997) a identidade do ser humano é o resultado das
relações do indivíduo ao longo da vida seja das experiências individuais ou com o meio
social no qual está inserido. Destacando que “[...] a identidade humana não é dada, de
uma vez por todas, no ato do nascimento: constrói-se na infância e deve reconstruir-se
sempre ao longo da vida”. (PIMENTA, 1997, p. 63 apud DUBAR, 1997, p.13). O ser
humano inicia a construção da sua própria identidade desde o princípio, quando crianças
vão acumulando ações diárias, que os tornam capazes de suas próprias construções para
sua formação adulta.
Na construção da identidade profissional não é muito diferente da construção
humana, pois, ela se desenvolve por meio das experiências e de estudos em cada
profissão. Ambas se constroem no espaço social e profissional, que vão se formando no
decorrer da vida.
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ligado a sua experiência”. Desta forma por vezes os profissionais deixam o que
aprenderam em suas teorias para traz e na prática acabam aceitando normas impostas sem
pensar se são apropriadas ou não, perdendo sua identidade.
Muitas vezes a ação do professor recém-formado sofre reflexos das vivências
como estagiário. Segundo Pimenta (2012, p. 34) “A formação passa sempre pela
mobilização de vários tipos de saberes: saberes de uma prática reflexiva, saberes de uma
teoria especializada, saberes de uma militância pedagógica”. O conhecimento muitas
vezes é pensado de várias formas. A formação docente é constituída não somente de um
saber único e específico, mas de saberes pedagógicos, práticos e reflexivos que até então
agregam a bagagem que um educador deve levar consigo para o campo de atuação
profissional. Assim, um importante componente que faz parte do processo de construção
da identidade é o profissional ter a consciência de que existe um aprendizado em todos
os momentos que se encontra no exercício de sua profissão.
No campo o professor parceiro é o intermediário que procura ensinar e ao mesmo
tempo aprender com os estagiários, tais condições valorizam a trajetória da identidade
profissional. O questionamento faz com que o profissional reflita sua ação-reflexão-ação,
conforme a vivência, cultura, valores que o professor procura refletir suas aulas com
dinamismos, procurando responder as dúvidas dos alunos.
Logo que se chega à escola, pode-se observar a luta do professor, os recursos
didáticos que nem sempre estão disponíveis em quantidade e qualidade necessárias para
o desempenho de um bom trabalho e turmas com grande número de alunos. Portanto é
preciso criatividade e disponibilidade de tempo para a construção de recursos alternativos
caso queira que os alunos tenham um ensino de qualidade com o uso de materiais
didáticos diversificados.
Percebe-se que as condições de trabalho da profissão docente estão tornando-se
cada vez mais desafiadoras, pois os docentes estão inseridos em uma classe profissional
pouco valorizada, mesmo sendo uma profissão importante dentre as demais.
Ainda há as tensões imposta movimentos que são da sala de aula mas não se
referem à relação professor e aluno:
As tensões de conformação das identidades profissionais que acontecem nas
salas de aula não são tanto entre o ser ensinante e o ser educador, [...] ensinar-
aprender entramos mestres e alunos com nossas condições humanas, com
nossas culturas, valores, medos, traumas, vivências, esperanças, emoções. Este
é um dos avanços mais radicais em nossas identidades profissionais.
(ARROYO, 2011, p. 28).
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INTRODUÇÃO
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Suas descobertas, que hoje são tão utilizadas, eram preciosidades para a época
em que viveram, afinal, não havia tanta evolução e nem objetos de pesquisa para ajudar,
ou seja, eles descobriam sozinhos. Considerados homens de inteligência, os filósofos
eram grandes estudiosos e acabavam exercendo as mais variadas profissões como:
Medicina, Engenharia, Astronomia e muitas outras. Para entender o uso destas fórmulas
e teoremas que hoje são ensinados nas escolas, os alunos deverão entender primeiramente,
como se deu a vida destes estudiosos, o que os levou a estudar estes teoremas, como
surgiram suas curiosidades e como se deram suas descobertas.
Diante desta problemática este projeto visa responder a seguinte pergunta: como
utilizar a História da Matemática como metodologia de ensino e que contribuições isto
promoveria da aprendizagem dos alunos? O objetivo foi analisar situações criadas para
se ensinar matemática utilizando a sua história e identificar contribuições desta
metodologia de ensino na aprendizagem dos alunos.
O estudo se realizou em uma escola pública de Iporá, com alunos de sexto e nono
anos em que levando em consideração as curiosidades apresentadas pelos alunos, durante
as aulas, sobre a história dos conteúdos estudados, os bolsistas pensaram numa maneira
de levar essa história até eles e esclarecer suas dúvidas. Para isto, se preparou
apresentações visuais com imagens e vídeos sobre Platão e seus sólidos, René Descartes
e o Plano Cartesiano, Tales de Mileto e a semelhança de triângulos, dentre outros.
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eles. Por algum tempo foram deixados de lado o quadro-giz e trabalhou-se com a
utilização de vídeos e slides com imagens e histórias seguidos de discussões e debates em
grupo.
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Acredita-se que a descoberta dos cinco sólidos regulares, se deu na visita que
Platão fez a Arquitas em Sicília. Estes cinco sólidos, na época, foram associados a
elementos cósmicos e, por isso, eram chamados “corpos cósmicos”. Como foi Platão
quem os registrou, também foram chamados de Sólidos Platônicos. O Tetraedro foi
associado ao fogo, o Octaedro relacionado ao ar, o Icosaedro foi relacionado à água, o
Hexaedro ou Cubo foi associado à terra e o Icosaedro foi relacionado ao Universo dos
Cosmos. (BOYER, 1996). A figura 02 mostra os sólidos platônicos.
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primeiro de seu tempo, mas ele no fundo não era realmente matemático. Sua geometria é
apenas um episódio numa vida dedicada à ciência e à filosofia, e apesar de não se dedicar
tanto à matemática, sua descoberta foi e é utilizada até os dias atuais. Descartes morreu
em 1650, devido a problemas de saúde, em Estocolmo, após ter aceitado o pedido da
rainha Cristina de ir para a Suécia e lhe ensinar filosofia.
No que se refere a Tales de Mileto, figura 04, sabe-se muito pouco de sua vida.
Segundo Boyer (1996), “A opinião antiga é unânime em considerar Tales como um
homem de rara inteligência e como o primeiro filósofo – por acordo geral o primeiro dos
Sete Sábios”. Um de seus estudos foi sobre a semelhança de triângulos que deu a origem
a um dos grandes teoremas da matemática.
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Figura 04: Primeira utilização da semelhança de triângulos por Talles de Mileto. Fonte:
<https://www.estudopratico.com.br/teorema-de-tales>.
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Análise e resultados
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respostas e bons resultados na somatória das notas dos alunos feita no final do bimestre.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Retomando o objetivo do estudo que foi analisar situações criadas para se ensinar
matemática utilizando a sua história e identificar contribuições desta metodologia de
ensino na aprendizagem dos alunos. Os resultados mostram que o uso da História da
Matemática se apresenta como uma metodologia de ensino positiva à aprendizagem dos
alunos.
Considerando as referências já citadas e as experiências obtidas durante as aulas
sobre Platão e os sólidos platônicos, René Descartes e o Plano Cartesiano e Tales de
Mileto com a semelhança de Triângulos, verificou-se que é importante se utilizar à
história da matemática no ensino dos conteúdos matemáticos. Para os alunos foi simples
entender os conteúdos quando entenderam primeiramente as suas histórias.
Dentre as contribuições às aprendizagens dos alunos destaca-se o fato de
promover motivação para introdução de conceitos novos, facilitar a visualização e
melhorar compreensão das fórmulas a serem utilizadas. Aprofundar teorias e estudos de
conteúdos específicos, estimular a curiosidade voltada à história de outros conteúdos
matemáticos. Proporciona contribuições ainda por possibilitar a reconstrução de situações
problemas e exemplos, incentivar alunos e professores a pensarem por si mesmos.
Estimular o desejo pela pesquisa e pela busca de solução de problemas por estratégias
individuais e coletivas.
Enfim, o processo de ensino/aprendizagem de matemática não é fácil, e cabe ao
educador buscar os melhores meios para que esse processo ocorra de forma significativa.
Nesse sentido História da Matemática é uma das várias metodologias que podem ser
utilizadas em sala de aula.
REFERÊNCIAS
BOYER, Carl B. História da Matemática, revista por Uta C. Merzbach; tradução Elza
F. Gomide – 2ª ed. – São Paulo: Edgard Blucher, 1996.
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matemática/ Iran Abreu Mendes, John A. Fossa e Juan E. Nápoles Valdés. – Porto
Alegre: Sulina, 2006.
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INTRODUÇÃO
NEOLIBERALISMO E EDUCAÇÃO
[…] o neoliberalismo está “aqui dentro” bem como “lá fora”. Ou seja, o
neoliberalismo é econômico (um rearranjo das relações entre o capital e o
Estado), cultural (novos valores, sensibilidades e relacionamentos) e político
(uma forma de governar, novas subjetividades). […] em um sentido paradoxal,
o neoliberalismo trabalha a favor e contra o Estado de maneiras mutuamente
constitutivas. Ele destrói algumas possibilidades para formas mais antigas de
governar e cria novas possibilidades para novas formas de governar. (BALL,
2014, p. 229). (Grifos do autor).
Neste sentido, Macedo (2014), contribui com esta discussão ao apontar que
Grupos políticos distintos se constituem, no entanto, nos processos de
significar tanto a qualidade da educação quanto a suposta crise do sistema. Ou
seja, as diferentes demandas tornadas equivalentes na luta por uma educação
de qualidade também não são unitárias, elas são constituídas e hegemonizadas
em outras articulações. (MACEDO, 2014, p. 1536).
Constantemente ouvimos discursos que dão conta que o estado a cada dia vem
sofrendo “pressões” por uma demanda neoliberal, todavia precisamos ir para além deste
discurso para compreendermosque existem relações entre organizações públicas e
privadas com dimensões transnacionais que permeiam basicamente todas os aspectos da
vida social. Tais relações se convergem para efetivar as demandas que vislumbram
aprovar os projetos e programas educacionais idealizados pela iniciativa privada, que são
apresentados como a salvação das escolas públicas para garantir o salto da qualidade do
ensino.
Nos últimos meses a educação brasileira tem sido “bombardeada” por uma série
de propostas de reformas sem a existência de um amplo diálogo com a sociedade.
Inúmeras medidas constituem esse cenário, algumas já aprovadas e outras em
curso, mas sem exceção, todas exercem influências nos rumos da educação no Brasil.
Sob o discurso de proporcionar equidade do ensino a todas as crianças e jovens, a
Base Nacional Comum Curricular - BNCC, documento de caráter normativo, define o
conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens “essenciais” que todos os alunos
devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica. No entanto,
o que defini a noção de currículo das escolas passa por um conjunto muito complexo de
tradições curriculares e com aquilo que se entende como conhecimento válido. Sendo
assim, o currículo não se reduz as prescrições da legislação.
Dadas as características multiculturais do Brasil, é impossível reduzir os sentidos
deeducação a um apanhado de conteúdos e objetivos de aprendizagem tidos por
universais, ou mesmo a ideia de um currículo básico capaz de equalizar o ensino e a
aprendizagem em um país com dimensões continentais.
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Não obstante, é nítida a tentativa de amputar da escola o que de fato é a sua função
social, formar homens e mulheres capazes de pensar, respeitar, criar e conviver em
sociedade.
A esse respeito, Alves (1979) discorre que
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A RETÓRICA DA “QUALIDADE”
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Num nível mais macro, tenho argumentado que as políticas tomam a qualidade
da educação como significante nodal capaz de sobredeterminar as demandas
de diferentes grupos que se constituem neste jogo político. Na medida em que
o exterior constitutivo desta cadeia de equivalência é uma fantasia idealizada
de crise do sistema educacional, tornada “real” por um conjunto de dados
estatísticos, trata-se de um discurso capaz de tornar equivalentes praticamente
todas as demandas no campo da educação.
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Estes dados têm sido usados por agentes políticospúblicos e privados e até mesmo por
especialistasda educação em suas pesquisas,como forte argumento para justificar as propostas
de reformas.
Os discursos hegemônicos apresentam-se, assim, como um princípio reorganizador
do sistema deslocado, permitindo que as crises de significação se tornem inteligíveis
[...] A lógica da equivalência se torna possível quando um conjunto de demandas
insatisfeitas passa a compartilhar a insatisfação. (MACEDO 2014 p.26).
PALAVRAS FINAIS
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Os dados apresentados pela OCDE não devem ser indicadores para definição da
educação de qualidade, tampouco podemos delegar às corporações empresariais a
definição dos objetivos educacionais que queremos alcançar.
Nunca antes na história se fez tão necessária a reflexão sobre a autonomia dos
professores, estes não podem ser vistos como consumidores de pacotes de programas
educativos idealizados por profissionais de fora da escola, tampouco necessitam ser
combatidos por conseguirem ensinar crianças, jovens e adultos a pensar historicamente e
questionarem os modelos sociais e capitalistas de seu tempo.
As reformas educacionais em curso no Brasil induzem ao pensamento de que há
um ideário de qualidade calculável e mensurável via avaliações de larga escala e que
estes, por si só, podem atestar a qualidade ou falta dela.
Prefiro acreditar que todo conhecimento é provisório, e que a educação precisa ser
considerada pelo seu valor de uso, logo, em se tratando de educação, as políticas
educacionais não podem ser monolíticas.
As reformas educacionais em curso no Brasil conotam claramente a tentativa de
reduzira educação a mero ensino, de modo que os processos avaliativos ancoradas na
meritocracia,têm dado sentido a essa “enxurrada” de medidas reformadoras que estamos
vivenciando.
Na contramão desses sentidos que as redes de políticas pretendem hegemonizar,
é fundamental considerar a educaçãocomo produto cultural de pessoas concretas, capazes
de se constituírem em sujeitos em luta contra as desigualdades e exclusões sociais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Livros:
ALVES, Rubem. O Enigma da Religião. 2 ed. Petrópolis, Editora Vozes, 1979.
Periódicos:
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FRIGOTO, Galdêncio. Artigo de opinião. Escola sem partido: imposição da mordaça aos
educadores. Revista Multidisciplinar de Ensino, Pesquisa e Extensão –(CAP-UERJ) E-
mosaicos, 2016.
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Resumo: O artigo possui como centralidade a compreensão das principais mudanças em termos
de políticas públicas educacionais no Brasil entre 2003 e 2012, com foco na Educação Infantil. A
metodologia utilizada para a construção do artigo baseia-se em procedimentos qualitativos como
pesquisa documental e pesquisa bibliográfica. O Brasil experimentou importantes transformações
econômicas, políticas e sociais nos primeiros anos do século XXI. Neste período, houve a
ampliação de alguns direitos que resultaram em melhores e mais abrangentes políticas
educacionais voltadas para a Educação Básica, com impactos significativos na Educação Infantil,
diante da ampliação de vagas nas creches e pré-escolas, programas de formação de professores e
acesso a programas sociais.
INTRODUÇÃO
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del mercado” (PUIGGRÓS, 2010, p. 25). Em razão disto, do modo como é demonstrado
por Puiggrós (2010, p. 25), algumas medidas se destacaram, elas entras:
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de maio de 2000), ao estabelecer em seu artigo 19 que a despesa total com pessoal, em
cada período de apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os
percentuais da receita corrente líquida (BRASIL, 2000), representou desdobramentos
para toda a educação, mas, de maneira mais enfática para a Educação Infantil, ao
estabelecer alterações na gestão financeira dos poderes públicos municipais, estaduais
e federal (CORREA, 2011, p.22), tendo em vista que se observou nos municípios um
incremento da busca por “alternativas” que não implicassem em gastos com folha de
pagamento e, globalmente, fossem mais baratas aos cofres públicos (CORREA, 2011,
p.22)
Também no decorrer da década de 1990, outras ações que dizem respeito à
Educação Infantil podem ser destacadas, como a publicação do Referencial Curricular
Nacional para a Educação Infantil (RCNEI) (BRASIL, 1998). Em sequência, no ano de
1999, houve a aprovação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil,
através da Resolução CEB Nº 1, de 7 de abril de 1999. Ainda em 1999, o Ministério da
Educação, por intermédio de parceria com a Fundação Orsa e a União Nacional dos
Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME), aprovou o Prêmio Qualidade da
Educação Infantil, que contribui para exemplificar a presença do ideário liberal nestas
medidas educacionais.
A aproximação analítica entre medidas como o Fundef, Lei de Responsabilidade
Fiscal, referencial curricular único e premiação individual, permite questionar os
verdadeiros interesses que permeavam essas medidas educacionais. Até porque, neste
contexto, a classe trabalhadora no campo e nas cidades era e continua sendo a que menos
tinha/tem acesso a primeira etapa da Educação Básica, especialmente nas creches. Neste
sentido, a pesquisa de Correa (2011) revelou que mesmo com as principais medidas
implementadas por FHC no âmbito da Educação Infantil, em 2002, último ano do seu
mandato, os percentuais de matrículas em creches não chegavam a 10% e em pré-escolas
não alcançavam 50% das crianças.
Portanto, as experiências dos programas de ajustes estruturais, desregulamentação
da administração pública, privatizações e imposição da racionalidade técnica para
orientar as políticas sociais que permearam os anos de políticas neoliberais com FHC
fizeram da educação objeto de estratégias e interesses privados voltados para a
acumulação do capital. Em razão disso, conforme Gentili; Oliveira (2013, p. 254) após
mais de uma década de reformas neoliberais, na sequência de mais de vinte anos de
ditadura militar, muitos eram os anseios por justiça social e democracia. A educação
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horária de 360 horas e duração de 18 meses. Conforme o MEC (2009) as vagas foram
destinadas a profissionais de escolas (professores, coordenadores, diretores de creches e
pré-escolas das redes pública e privada (filantrópica, comunitária ou convencional), que
mantinham convênio com o poder público, e também equipes de Educação Infantil dos
sistemas de Ensino. Ainda segundo o MEC (2009) o Curso de Especialização em
Educação Infantil foi lançado integrado a política nacional de formação de profissionais
do magistério da Educação Básica, desenvolvida pelo próprio Ministério da Educação em
parceria com estados, Distrito Federal e municípios, conforme previsto no Decreto nº
6.755/2009.
Percebe-se que o Brasil conheceu avanços significativos em termos de políticas
educacionais que tiveram desdobramentos diretos na Educação Infantil. No entanto, a
compreensão do movimento dialético deste processo revela contradições. Houve rupturas
e transformações, mas, também houve permanências dos governos neoliberais da década
de 1990 que se arrastaram no interior da década de 2000, influindo nas ações
implementadas pelos “governos democrático-populares”, que apesar das mudanças,
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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formas de olhar, tratar, segregar têm persistido nas relações de classe, sociais, políticas,
econômicas, de produção e trabalho; têm persistido na negação de seus direitos à terra,
território, trabalho, renda, teto e educação. Partindo dessa compreensão, um olhar atento
sobre a formação econômica e social do Brasil demonstra que os padrões estruturais de
exclusão, exploração e segregação encontraram na negação ao direito à educação
estratégias de manutenção de poder político, econômico e de privilégios de classe.
REFERÊNCIAS
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Introdução
Este trabalho teve como embasamento para o referencial teórico a Teoria Crítica
de Frankfurt, que possui como principais pensadores Max Horkheimer, Theodor Adorno
e Herbert Marcuse.
Segundo Bueno (2003, p. 23), “a Teoria Crítica revela-se como instrumento
importante para a análise educativa por nos apresentar o processo histórico de
constituição da razão em sua dialética”. Sendo assim, a analise histórica da formação
educacional acontece com base em dois conceitos da Teoria Critica: indústria cultural e
semiformação.
Theodor Adorno, a principal referência utilizada neste trabalho, que é, sem
dúvida, um dos maiores representantes do pensamento moderno Alemão e mundial, como
também um grande crítico da cultura e da sociedade ocidental. Uma de suas marcas é a
sua preocupação com a condição da cultura na modernidade. Em seus textos que trazem
temas como cultura, educação, indústria cultural e formação, são campos teóricos ricos
em contribuições para um debate educacional.
Quando se fala da educação em Adorno o receio com o processo formativo do
individuo ganha o papel principal e isto pode ser notado no desenvolvimento de suas
obras. Para ele a educação tem como função promover a possibilidade de crítica à
ideologia, assim como desenvolver as potencialidades emancipatórias dos sujeitos.
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A Semiformação
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cultural que se fazem observar por toda parte, mesmo no estrato das pessoas
cultas, não se esgotam com as insuficiências do sistema e dos métodos da
educação, sob a crítica de sucessivas gerações. Reformas pedagógicas isoladas,
embora indispensáveis, não trazem contribuições substanciais. Podem até, em
certas ocasiões, reforçar a crise, porque abrandam as necessárias exigências a
serem feita aos que devem ser educados e porque revelam uma inocente
despreocupação diante do poder que a realidade extrapedagógica exerce sobre
eles. (ADORNO, 2010, p.8)
A formação não é um algo isolado, fruto do acaso. Adorno coloca que “nada do
que, de fato, se chame formação poderá ser aprendido sem pressupostos” (ADORNO,
2010, p.30). Dentre os aspectos essenciais para o processo de formação encontra-se a
autonomia, a liberdade, o ócio, a espontaneidade, a tradição, a curiosidade.
A experiência no processo de formação representa o momento em que os
pressupostos formativos coincidem de forma ativa, é quando eles se relacionam entre si,
e e nesse momento de inter-relacionamento que possibilita a formação. Nesse caso é
possível concluir que a formação só acontece quando se tem interação entre os
pressupostos que a fundamentam. Um pressuposto essencial é a tradição, isso ocorre
devido ao fato de que ela é a responsável por fornecer significados e modelos para que o
indivíduo possa se espelhar. Adorno então coloca que caso o processo formativo não se
realize através da tradição nota-se no indivíduo um “estado de carência de imagens e
formas, em uma devastação do espírito que se apressa em ser apenas um meio, o que é,
de antemão incompatível com a formação” (ADORNO, 2010, p.21).
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Portanto, a formação começa do que já existe para se chegar ao que ainda não
existe. Assim, entender o que já existe como algo que persistira existindo sempre é
desqualificá-lo, desconsiderando as possibilidades que se tem de transformação. Por outro
lado, quando se entende o que já existe como um ponto de partida, se dá um valor ao real.
Dessa forma quando o entendimento do processo de formação se limita ao que existe, a
própria formação deixa de existir, nesse caso o que existe é a semiformação, por se limitar
ao que existe.
A semiformação gera sujeitos idênticos, conformados. Segundo Adorno, “a
formação se dá a partir do nada, a semiformação ocorre, precisamente, pelo vácuo”
(ADORNO, 2010). O vazio a que Adorno se refere é a falta de conteúdos, que tem como
decorrência a formação de um indivíduo em um estado de semiformação.
A idéia de formação cultural se modificou através do desenvolvimento histórico
cultural e, para o autor, foi “historicamente superada” (ADORNO, 2010, p.18). Dessa
forma, a almejada formação cultural perdeu seu significado original na modernidade.
Então, a tradicional formação cultural mostra-se com importância essencial, pois ela é o
único modelo existente, que ainda representa uma objeção significativa em relação à
semiformação.
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políticos e sociais que formam a estrutura controvérsia dessa sociedade que nega a
cultura.
Então Adorno (2010), coloca que a semiformação pode ser entendida como
sinônimo da identificação, já por outro lado, a formação pode ser entendida como
sinônimo de diferenciação. Para ele uma possibilidade de relação entre o individuo e os
conteúdos são questionáveis, isso porque os conteúdos são pobres, já que chegam em
forma de mercadorias. O conteúdo como forma de produto acaba perdendo seu caráter
formativo, se tornando restrita a possibilidade do indivíduo ter uma relação verdadeira
com a cultura. A cultura acaba perdendo seu caráter de cultivo do espírito, abrindo espaço
para um espírito vazio de sentido.
A sociedade moderna não exige indivíduos diferentes, porque não se há nenhum
esforço para a formação do individuo, então em uma sociedade que não precisa de sujeitos
formados a formação acaba perdendo sua importância, sentido e significado.
Adorno (2010) fala portanto que a semiformação sobrevive da falta de formas,
modelos e ideais de existência da sociedade.
O problema acaba ficando mais grave, pois os que poderiam contribuir para
mudar a situação não o fazem, por não haver estímulos par isso, além do medo de uma
possível retaliação. Para Adorno (1995), o medo de retaliações atua como um tipo de
reprimenda interna, que faz com que o indivíduo não aceite suportar pensamentos
incômodos.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Aqui buscou analisar as principais informações sobre a semiformação de
Adorno. Essa análise se deu por meio dos textos do autor buscando assim outros que
complementasse o que estava sendo exposto.
Conforme os teóricos frankfurtianos, a indústria cultural é a grande fomentadora
da semicultura. Já a semiformação, é a adaptação dos materiais educacionais e formativos
com à lógica do mercado cultural e da reprodução capitalista, que são privados dos
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ADORNO, Theodor W. Teoria da Semiformação. In: PUCCI, B. ZUIN, A.A.S.,
LASTÓRIA, L.A.C.B. (org.). Teoria Crítica e inconformismo. Campinas, Autores
Associados, 2010. Nabuco Lastória (orgs). –Campinas, SP: Autores associados, 2010.
(Coleção educação contemporâneas)
ADORNO, Theodor W. Educação e emancipação. São Paulo: Paz e Terra, 1995.
BUENO, S. F. Pedagogia sem sujeito: qualidade total e neoliberalismo na educação.1.
ed.
São Paulo: Annablume/Fapesp, 2003.
MAAR, Wolfgang. Adorno, semiformação e educação. Educação & Sociedade: revista
Quadrimestral de ciência da educação. São Paulo: Cortez; Campinas: Cedes, v. 24, n. 83,
p. 459-475, ago. 2003.
MAAR, Wolfgang. À guisa de introdução: Adorno e a experiência formativa. In:
ADORNO, Theodor. Educação e emancipação. Tradução Wolfgang Leo Maar. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 1995.
p. 11-28.
PUCCI, B. (org). Teoria crítica e educação: a questão da formação cultural na Escola
de Frankfurt. Petrópolis, RJ: Vozes ; São Carlos , SP : EDUFISCAR , 1994.
PUCCI, B. A teoria da semicultura e suas contribuições para a teoria crítica da
educação. IN: ZUIN, A. A. S; PUCCI, B; OLIVEIRA, N. R. (orgs). A educação
danificada: contribuições ateoria crítica da educação. Petrópolis: Vozes, 1997.
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RESUMO: Esta pesquisa traz abordagens sobre a educação Especial/Inclusiva através dos
documentos do Observatório Goiano de Educação Especial e apresenta análise das falas das
professoras das Salas de Recursos Multifuncionais atantes em 2011. Assim, considerando como
categoria de discussão a condição de trabalho associada a formação para a Educação Inclusiva no
cenário atual questionamos as falas: Como o governo de Goiás oferta formação para a Educação
Especial na Perspectiva Inclusiva e, quais as condições de trabalho são ofertadas? Com isso,
objetivamos analisar as “falas” das professoras que atuavam nas salas de Recursos Multifuncional
em 2011, que tratam da relação trabalho e Educação Especial na Perspectiva Inclusiva.
Especificamente objetivamos, apontar a condição do trabalho docente como fator indissociável
do tipo de formação do professor para o atendimento educacional especializado nas SRM. A
metodologia utilizada foi de natureza qualitativa, sendo, portanto, os métodos e as técnicas da
Análise de Conteúdo. Os resultados apontaram que a condição do trabalho do professor das Salas
de Recursos Multifuncional tem tido reflexo da ausência de formação inicial especifica, a qual
não tem sido exigência para o professor da escola especial, o que tem delegado a formação
continuada o papel de suprir a lacuna entre trabalho e educação. Diante disso, compreendemos
que os limites e desafios dessa prática podem estar diante da falta de consolidação das políticas
de formação de professores acordadas nos movimentos internacionais e reguladas em decretos e
leis no Brasil.
INTRODUÇÃO
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METODOLOGIA
Na realização desse trabalho nos detivemos nas análises das falas das professoras
atuantes nas SRM, por meio da Análise de conteúdo proposta por Lawrence Bardin
(2011), cujos métodos e técnicas aplicados permitem uma análise de natureza qualitativa.
Nessa perspectiva, as funções da metodologia de análise de conteúdo se caracterizam pela
complementação da “heurística” e da “administração de prova” podendo coexistir ou se
complementar.
Nesse caso, essas funções nos aportaram na cooperação e complementação de
uma e outra, uma vez que, ao debruçarmos no universo dos dados documentados pelo
OGEESP, a intenção se deu em explorar os dados de forma a fazer a fala das professoras
falar.
ASPECTOS ÉTICOS
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rede nacional, professor Dra. Enicéia Mendes - Universidade Federal de São Carlos, com
o objetivo de formar e integrar vários pesquisadores no âmbito da Educação Especial pela
formação continuada.
LOCAL DA PESQUISA
CONTEXTO DA PESQUISA
Nessa perspectiva corrobora Silva (2014) com Cardoso (2013, p. 62) ao afirmar
que “a pesquisa colaborativa é construída em torno da ideia da realização de pesquisa
com o professor”, o qual se torna sujeito da pesquisa e não objeto. É nesse sentido que a
pesquisa de ação colaborativa se revela como pesquisa-ação, pois além de valorizar os
sujeitos participantes, contribui com a aproximação da teoria e prática, pesquisador e
pesquisado, Universidade e Educação Inclusiva.
PROCEDIMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS
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A coleta de dados para este trabalho se deu pela análise de conteúdo realizada
nas entrevistas transcritas pelo Neppein, no ano de 2011. De posse do acervo, iniciamos
as pesquisas nas entrevistas fazendo uso das técnicas e métodos da Análise de Conteúdo
na perspectiva de Bardin (2011). Desse modo, levantamos dados como gênero, formação,
vínculos e número de participação.
Em 2011 a pesquisa contou com a participação de 21 professoras, todas do sexo
feminino, sendo: 13 efetivas da rede estadual de educação em Catalão e 08 efetivas nos
municípios circunvizinhos como: Anhanguera, Campo Alegre de Goiás, Catalão,
Corumbaíba, Cumari, Davinópolis, Goiandira, Nova Aurora, Ouvidor e Três Ranchos.
(SOUZA, 2017; BORGES, 2015; SILVA 2014; CARDOSO 2013; FREITAS 2013).
Destas, os dados apontaram formação inicial em várias áreas, como: 15
graduadas em Pedagogia, 01 em História, 03 em Letras e uma em Normal Superior.
Quanto a formação continuada: 02 fizeram em Educação Especial, 02 em Psicopedagogia
e 01 em Neuropedagogia.
Ressaltamos que dados os nomes utilizados nesse trabalho são de natureza
fictícia.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
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Excerto 01: Então nós íamos todo mês pra Goiânia fazer os nossos encontros
e aprender a trabalhar. Então de lá...lá nós fazíamos...aprendíamos e fazíamos
de tudo...desde terapia da linguagem a professora de sala de
aula...psicomotricidade...tudo a gente trabalhava -
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Excerto 02: Esse projeto...ele durou cinco anos...mais ou menos cinco anos.
Esse projeto vinha textos da coordenadoria do ensino Especial que era
Superintendência...depois virou coordenadoria. Vinha os textos...depois nós
fazíamos o estudo com os professores...coordenadores e gestores –
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No entanto, a professora P2 denuncia em sua fala que a gestão política não leva
em consideração o saber docente adquirido na prática pelas professoras não havendo
diálogo entre governo e escola. Pelo depoimento da professora, percebemos que a
metodologia de projetos determina os processos teórico-metodológicos que são decididos
pela ideologia dominante.
Excerto 03: No segundo momento. O professor passava, sobre o tema para seus
alunos na disciplina que ele achava que dava melhor...ele trabalhava com o
aluno aquele tema que foi passado pela Sociedade Goiana de Inclusão.
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Excerto 06: Então você vai participar dos cursos que o Estado propõe...você
encontra realmente com outros professores...você percebe que não há
comunicação. O que está acontecendo aqui não está acontecendo em Pires do
Rio não está acontecendo em Goiânia, não está acontecendo em...então
sabe...assim...a questão de ação...reflexão...reflexão...ação...não está
acontecendo...acho que está muito assim...
Para Pletsch (2014) a não realização da reflexão da ação praticada nos encontros
de formação desconsidera toda a finalidade a que se destinam as diretrizes propostas pelas
políticas de formação de professores para a Educação Especial. O que pode ser entendido
a partir do relato da professora P3, que os encontros nacionais contribuíram com a
construção de seus saberes docentes. Pode-se dizer que a reflexão é a mediação do
conhecimento justapostos da teoria e da prática, entendendo que os aspectos componentes
da relação entre os valores, princípios, comportamentos são imbricados nas relações
sociais construídas na interação entre os sujeitos praticantes.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Tradução Luís Antero Reto, Augusto Pinheiro
– São Paulo: Edições 70, 2011. Editora: Almedina Brasil, 2011.
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FONSECA Marília. O Banco Mundial e a educação: reflexões sobre o caso brasileiro. In:
APPLE, Michel W.; GENTILLI, Pablo (orgs.) Pedagogia da exclusão: crítica ao
neoliberalismo em educação. 19ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013. p. 159 – 183.
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Resumo: Este estudo investigou a atuação de duas professoras da rede estadual de ensino, uma
atuante no ensino médio e a outra na EJA alfabetização para o desenvolvimento do projeto da
Escola Estadual Padre Onesto Costa intitulado: Memorial Padre Onesto Costa, no ano de 2017.
Investigou também algumas ações da coordenação pedagógica para auxiliar o trabalho das
educadoras, assim como descreve as observações sobre os avanços obtidos no aprendizado dos
educandos. Pela importância da temática foi preciso dialogar com Moura (2006) e Leite (1996),
entre outros. O uso de questionários direcionados aos alunos e professoras se converteram em
diálogos dentro do ambiente escolar, que, por fim, ajudaram a compor a parte da discussão dos
resultados no presente artigo, integrando a coleta de dados. A utilização de fotos do ambiente
escolar registradas durante as aulas também auxiliou e serviu como parâmetro para observação e
avaliação. A investigação utilizou da abordagem descritiva e qualitativa para a análise dos dados
coletados. Com relação aos resultados, os educadores e coordenação chegaram à conclusão de
que houve avanços na capacidade leitora e interpretativa dos discentes, enquanto que as práticas
das educadoras voltadas ao ensino por meio de projetos e a valorização da interdisciplinaridade,
ambas revelaram-se condizentes às necessidades do público estudante. Conclui-se pela validade
das ações didáticas das educadoras em sala, afirmando que o aumento de recursos para a unidade
escolar seria requisito para a elaboração de outros projetos pedagógicos semelhantes ao Projeto
Memorial Padre Onesto Costa, aumentando o rol de oportunidades para o aumento do
aprendizado dos alunos, o que representaria grande ganho social ao contribuir para o
desenvolvimento da formação cidadã no estado de Mato Grosso.
Palavras-chave: Pedagogia de Projetos; interdisciplinaridade; Planejamento; Construtivismo.
INTRODUÇÃO
O ambiente de investigação científica que aqui se propõem pesquisar de maneira
qualitativa e descritiva é o espaço da sala de aula, no que se refere à construção do
conhecimento de forma coletiva por meio de estratégias utilizadas por duas professoras e
coordenação pedagógica no intuito de desenvolver o projeto da escola conhecido como
Memorial Padre Onesto Costa. Para tal empreito, leva-se em conta os instrumentos de
organização didática, o envolvimento de cada profissional com o tema e principalmente
as atividades executadas pelos alunos que tiveram como motivação as propostas das
professoras. A pesquisa tem como finalidade apontar os avanços que os docentes
conseguiram com os métodos de trabalho utilizados, sejam eles: a) o planejamento
interdisciplinar que contempla ao mesmo tempo conteúdos científicos e desenvolvimento
do projeto Memorial padre Onesto Costa; b) os resultados no aprendizado dos seus alunos
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METODOLOGIA DE PESQUISA
A pesquisa realizada se mostra de dois tipos: qualitativa, onde há uma
proximidade do pesquisador em relação aos fenômenos estudados, procurando ressaltar
os aspectos dinâmicos, holísticos e individuais da experiência humana (Gerhardt e
Silveira 2009), o que se canalizam na apreensão da totalidade no contexto daqueles que
estão vivenciando o fenômeno; e, descritiva, onde as atividades executadas em sala de
aula estão pautadas nos planos previamente registrados pelas professoras, cientes
entretanto, de que esses planos não estão isentos de modificações durante o processo de
execução.
As observações do coordenador em sala de aula e das professoras envolvidas
diretamente com o projeto da escola se tornaram ferramentas úteis para a interpretação
das práticas assim como base para reelaboração de novas práticas. Também foi solicitado
pelo coordenador que algumas alunas emitissem suas opiniões a respeito da estratégia
que a professora do ensino médio aplicou em sala.
Ao mesmo tempo observador e parte atuante no processo de construção da
experiência vivenciada, houve um acompanhamento da coordenação pedagógica em
relação ao trabalho das professoras, cujas experiências com as atividades dos alunos
foram regularmente relatadas por elas. Assim, puderam contar com apoio técnico
pedagógico oferecido para a organização e o planejamento das ações do referido projeto
utilizando instrumentos de registro bimestral.
Antes mesmo da educadora Maria Luciene Pereira de Brito Tomasoni propor aos
seus alunos o trabalho de pesquisa sobre a bandeira nacional, como algo pertencente ao
seu rol de conteúdos curriculares, ela já havia organizado ideias e planejado ações que de
forma integrada aos conteúdos ministrados, dariam dinamismo ao projeto Memorial
Padre Onesto Costa. O instrumento de organização das ações do projeto com opção para
planejar datas específicas, oferecido pela coordenação, veio então a somar ao
planejamento dos conteúdos curriculares da professora, pois em posse dos dois materiais
devidamente preenchidos pode visualizar melhor a aplicação de suas metodologias para
assim haver desenvolvimento e chegar à aquisição dos resultados.
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história’, que na verdade é uma sequência de novos objetivos que compõem o mini projeto
‘Aniversário da Escola’, todos dois, braços do projeto maior: Memorial Padre Onesto
Costa.
Então qual seria a relação construída entre as pesquisas sobre a bandeira nacional
realizada pelos alunos do 2º e 3º ano do Ensino Médio e o tradicional projeto Memorial
Padre Onesto Costa? Não poderíamos responder a essa questão sem referir às novas
ressignificações produzidas pela professora de história e Geografia, quando elegeu
algumas ações para o desenvolvimento do projeto, não deixando de lado seu intuito de
atender ao mesmo tempo a necessidade de trabalhar o seu conteúdo curricular de
embasamento histórico-cientifico e a valorização da memória, assim como a produção de
novos elementos com base nessa memória apreendida.
Vejamos algumas das ações colocadas pela educadora na tabela a seguir. A mesma
foi oferecida pelo coordenador pedagógico como instrumento de organização didática.
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suas atividades tão criteriosamente selecionadas. Como constatado algumas vezes por
meio de observação em loco, há um tratamento especial aos planejamentos semanais o
que permite uma atuação bastante segura e diversa.
Autores que se debruçaram sobre a questão da participação dos alunos no processo
de ensino-aprendizagem, estabeleceram um caminho voltado para a aquisição do
conhecimento por meio de uma aprendizagem significativa, ou seja, em que haja conexão
entre o indivíduo e o contexto estudado, aprendido. Assim define Daniela Pereira de
Moura (2010) sobre a aprendizagem significativa:
“(...) No trabalho por Projetos o sujeito educando constrói seu processo de
aquisição do conhecimento com a mediação do educador, assim, educandos e
educadores têm a oportunidade de transformar a ação educativa, tornando-a
prazerosa e mais significativa. Essa postura em se trabalhar com Projetos
contribui de forma efetiva na formação integral do educando, criando
condições de desenvolvimento cognitivo e social. (...)”
O que pretendemos alcançar com a referida abordagem está menos no método
utilizado e mais na postura pedagógica que a educadora assumiu na execução da
pedagogia de projetos.
Algumas ações da educadora no que se refere ao desenvolvimento do projeto
Memorial Padre Onesto Costa, foram contempladas de maneira habilidosa quando se
pensa no aspecto da ressignificação do projeto voltado para o favorecimento do processo
de letramento do público alfabetizante.
A professora alfabetizadora apresentou dois elementos para o desenvolvimento de
seu método didático: o gênero textual ‘Acróstico’, e, imagens que retratam a vida do
Padre Onesto Costa e de seus familiares. Propôs inicialmente o seu próprio nome e em
seguida o de cada aluno para que escrevessem no caderno no sentido vertical e assim
pudessem ser criadas algumas palavras que entrelaçassem no sentido horizontal aos
referidos nomes. Depois usou como opção palavras-chave, representando valores
humanos, e solicitando aos alunos que refletissem sobre as ilustrações oferecidas e então
pudessem lembrar de palavras, que de forma interpretativa, coincidissem com a palavra-
chave também correlacionando-as.
Puderam então construir um livro semelhante a um diário com registros que
continham, ao mesmo tempo, conceitos aprendidos e também aqueles relembrados,
resgatados de suas memórias pessoais. A professora pode perceber vários sentimentos
despertados nos alunos idosos, ora expressões de alegria e entusiasmo, ora de reflexão e
certa tristeza, e sobretudo, uma nostalgia que se entrelaçava às descobertas. Enfim,
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa revelou que a opção pelo trabalho escolar relacionado a aplicação de
projetos permitiu avanços na construção do conhecimento dos alunos. Em ambos os
casos, tanto a adoção de projetos no ensino médio quanto na alfabetização de adultos, o
uso da pedagogia de projetos associado aos conteúdos ministrados trouxe ganhos no
processo ensino-aprendizagem, principalmente pelo fato de podermos considerar o
desafio e a busca pelo conhecimento como fatores que impulsionam o aprendizado
significativo.
Nas observações das professoras e coordenação verificou-se que a motivação
despertada nos alunos pode ter contribuído para o desenvolvimento das turmas do 2º, 3º
ano do ensino médio e alfabetização de adultos, sendo todas essas turmas contempladas
pelo método interdisciplinar de ensino.
Por um outro lado, o apoio pedagógico da coordenação no intuito de oferecer
instrumentos de organização das ações, por meio dos critérios de estipulação de datas
conforme cronograma pré-estabelecido, trouxe maior segurança para as educadoras no
sentido de pontuar os seus planejamentos, não perdendo de vista as duas dimensões que
precisariam atuar continuamente: a aplicação dos conteúdos específicos pertencentes à
base curricular e o desenvolvimento do projeto da escola, o Memorial Padre Onesto
Costa.
No intuito de contemplar o que foi revelado por este estudo, propõe-se algumas
recomendações. A primeira seria a reformulação do PPP da referida escola para o
próximo ano letivo no intuito de oficializar nesse documento o objetivo de construir uma
grade curricular aliada a pedagogia de projetos. A modalidade EJA, com toda as suas
características próprias de ensino informal, necessita de maiores investimentos para a
compra de materiais didáticos pedagógicos pois estes poderão oferecer maiores condições
de trabalho, e, é claro, com qualidade diferenciada. Contudo não é viável a alteração nos
objetivos da escola no que se refere a modalidade EJA se não houver resposta do poder
público quando provocado pela comunidade escolar e pelos profissionais da educação em
geral.
Uma segunda recomendação é a necessidade de incorporar uma formação
continuada voltada exclusivamente para a pedagogia de projetos durante todo o ano
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letivo, onde cada educador que atue na escola, principalmente no ensino informal, possa
adotar uma visão de conjunto, integrante com relação a realidade que circula a vida do
estudante e dos próprios educadores. Para isso ocorrer é necessária uma postura
profissional voltada para a abrangência científica, que questione e que problematize a
realidade. Conclui-se portanto que a adoção de projetos educativos na escola promove,
em graus diferenciados, autonomia para o aluno, e que a persistência nesse sentido,
permite que o a referida autonomia se desenvolva, fazendo do aluno um legítimo
estudante.
REFERÊNCIAS
Métodos de pesquisa / [organizado por] Tatiana Engel Gerhardt e Denise Tolfo Silveira;
coordenado pela Universidade Aberta do Brasil – UAB/UFRGS e pelo Curso de
Graduação Tecnológica – Planejamento e Gestão para o Desenvolvimento Rural da
SEAD/UFRGS. – Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2009.
LEITE, Lúcia Helena Alvarez. A prática pedagógica com jovens e adultos em questão:
Revisitando as experiências, extraindo significados e ampliando os horizontes do
trabalho. Revista Educação de Jovens e Adultos Relatos de Uma Nova Prática, Belo
Horizonte, 1996.
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INTRODUÇÃO
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Segundo Gouvêa, et al (2012), há uma forte relação dos termos ácidos e bases com
o cotidiano, o que justifica o entendimento desse conteúdo no Ensino de Química, visto
ainda, a necessidade de compreensão dos fenômenos de natureza química que ocorrem a
todo instante e que de certa forma, envolvem esses conceitos.
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9%
9%
37%
27%
18%
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P7: “Ácido é um elemento químico da tabela periódica, onde ele corrói as coisas e faz
mal”.
P1: “Ácidos – na teria de Arrhenius, são substancias que produzem íons H+ em solução”.
P7: “ácidos pela teoria de Arhenius são substancias que produzem ions H+ em solução.
E pela teoria de Lewis são receptores de pares de elétrons. Bases pela teoria de Arhenius
são substancias que produzem ions OH- em solução e pela teoria de Lewis são espécies
de receptores de prótons. Sim as bases são utilizadas em sabonetes, soda caustica. Ácido
laranja, limão”.
11%
34%
22%
11%
22%
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A8: “Bases- na teoria de Arrhenius, são substancias que produzem íons OH- em solução”
Os ácidos e bases estão presentes de maneira geral em nosso cotidiano, como nos
medicamentos, produtos de higiene pessoal e produtos de limpeza, nos alimentos, entre
outros, exemplos de substancias ácidas presentes em nosso cotidiano, vinagre, frutas
cítricas (abacaxi, limão, laranja), acidez envolvida nas reações de digestão dos alimentos.
Exemplos de basicidades em nosso cotidiano, soda cáustica (utilizada na produção de
sabões), leite de magnésio, creme dental, entre outros. Em relação aos alimentos, é
importante destacar ainda, a influência na produtividade de diversas culturas, mediante
ao caráter ácido ou básico que os solos apresentam.
Na Questão 3 do Questionário Prévio aplicado no primeiro encontro, referindo-se
aos participantes se conseguem perceber a presença de ácidos e bases no seu cotidiano.
Analisando os fragmentos das falas dos participantes, nota-se a presença de conhecimento
sobre a presença de ácidos e bases. Ao reconhecerem os ácidos e bases em seu cotidiano,
podem possivelmente estarem relacionados a informações adquiridas em meios sociais e
700
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familiares e até mesmo nas redes sociais através de imagens ou frases publicadas. Como
mostra no quadro 1, podemos analisar os fragmentos das falas dos participantes:
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Tabela 1. Concepções prévias dos alunos sobre a relação entre os conceitos ácidos e bases e a
disponibilidade de nutrientes para as plantas.
Você acredita que existe alguma relação entre os conceitos de ácidos
Participantes
e bases e a disponibilidade de nutrientes no solo?
P2 Sim. Existe alguns ácidos no solo
Sim, se tiver uma alta quantidade de ácidos e bases no solo a liberação de
P4
nutrientes será menos para a planta
Sim, pois no solo existe vários nutrientes e nesses nutrientes podem
P5
conter vários ácidos e bases
Existe sim, pois no solo contém os nutrientes que são necessários para o
P10
desenvolvimento da planta e são os elementos químicos.
702
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
No decorrer da pesquisa foram vivenciados vários desafios que contribuíram,
principalmente, sobre a realidade de vida de cada participante, realidades vivenciadas,
nos quais, nos trouxeram dados excelentes ao coletarmos fragmentos de conceitos iniciais
de cada um em relação aos conceitos de ácidos, bases e solos. Percebemos que a
aprendizagem pode ser concebida em quaisquer ambientes, sendo um espaço formal ou
não formal, por exemplo, espaços familiares ou sociais.
Observa-se que após a explanação dos conteúdos de ácidos e bases utilizando solos,
houvesse uma aprendizagem significativa sendo observado, tanto nos fragmentos
coletados durante os questionários iniciais, posteriormente, finais quanto no decorrer
das aulas durante as explanações.
REFERÊNCIAS
BRUNING, Valíria.; SÁ, Marilde Beatriz Zorzi.; Uma Abordagem sobre Ácidos e
Bases no Cotidiano: Trabalhando com Atividades Experimentais Investigativas na
Educação Básica. Cadernos PDE. 2013. v. 1. p. 1 – 17.
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INTRODUÇÃO
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METODOLOGIA DE PESQUISA
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P4: “Solo é um componente onde se encontra nutrientes necessário para plantas e outros”.
707
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17%
16%
67%
P2: “Solo é o material solto e macio da terra. É o manto da superfície formado por rocha desagregada. O
solo sustenta o crescimento da planta. O solo é o habitat, a casa dos organismos”.
P4: “Solo é uma camada de terra em volta do planeta terra, rica em minerais, nutrientes e água essenciais
para as plantas, que é encontrada do manto da terra formado por rochas degradadas”.
Logo após identificar o conceito prévio dos participantes sobre o que é solo,
abordamos os conceitos de solo, composição e características no intuito de demonstrar a
importâncias do solo para o meio ambiente, e todas a suas características ainda não
mencionadas pelos participantes. Em seguida solicitamos a todos presentes que se
conceitua o que entenderam sobre solo, em busca de verificar as mudanças nas
concepções após a explanação dos conteúdos. A tabela a seguir descrimina fragmentos
das falas dos participantes ao final do 1° encontro.
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Nota-se na tabela 1 constatou-se que houve uma mudança conceitua sobre solo,
onde os participantes compreenderam que o solo é composto de água, microrganismos
além dos nutrientes citados pelos mesmos.
Em relação a importância do solo para o meio ambiente, nota-se na Figura 2 que,
50% dos participantes descrevem que o solo é composto de nutrientes para o
desenvolvimento das plantas e isso é muito importante para o meio ambiente, 30%
afirmam que o solo é responsável pela estabilidade da planta e construções civis e 20%,
acreditam que o solo é constituído de água e minerais.
20%
30%
50%
Figura 2. Concepções dos participantes sobre a importância do solo para o meio ambiente.
Tais concepções iniciais dos participantes sobre a importância do solo, podem ser
observadas nos seguintes fragmentos de falas:
P1: “Ele sustenta o crescimento das plantas, como a água e nutrientes, desempenha um papel essencial na
reciclagem de nutrientes e decomposições. O solo é habitat dos microrganismos. ”
P4: “Ele tem a importância em construções, para travamento de casas, para plantações, e é a casa de
muitos micro-organismos entre outros. ”
P8: “Ele sustenta o crescimento das plantas, principalmente fornecendo suporte mecânico, água e
nutrientes para as raízes. ”
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Figura 3. Concepções iniciais dos participantes sobre o termo “uso sustentável do solo.
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sua composição. Entretanto, 31% dos participantes relacionam o termo uso sustentável
do solo com a não utilização de fertilizantes e agrotóxicos e, 19% acreditam que o plantio
de diversas culturas pode propiciar o uso sustentável do solo. As concepções inicias dos
participantes sobre o uso sustentável do solo, podem ser verificadas nos fragmentos de
falas a seguir:
P8: Quando você planta uma cultura, depois planta em outro lugar, não no mesmo, para que não ocorra
problemas no solo.
P10: Entende-se que o uso sustentável deste solo é você não fazer apenas a retirada dos nutrientes do solo,
mas fazer o uso com a renovação dos nutrientes ou plantas sustentáveis.
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40% 40%
10% 10%
Figura 4. Concepções iniciais dos participantes sobre a relação da química com o solo.
A relação da química e sua presença nos nutrientes foi relatada por 40% dos
participantes que ainda, fizeram referência aos elementos da tabela periódica e que estão
presentes no cotidiano da práticas agrícolas; 40% dos participantes acreditam que a
química está relacionada a produção de fertilizantes e agrotóxicos que são aplicados no
solo; 10% relacionam a química com criação de sementes geneticamente modificadas e
mais resistente as pestes; e, 10% afirmam a química está relacionada com o estudo do pH
do solo. De uma maneira geral, nota-se que a maioria das concepções iniciais dos
participantes estão relacionadas com sua área de formação técnica, ou seja, relacionam a
química com a agricultura, não compreendendo que essa ciência vai além de fertilizantes
ou nutrientes.
Após a aplicação do primeiro encontro, notou-se no fragmento de fala dos
participantes que não houve considerada mudança conceitual sobre a relação da química
com o solo, pois os participantes ainda atribuíram essa relação apenas com a agricultura,
não compreendendo a complexidade de reações químicas que ocorrem no solo, por
exemplo, como pode ser observado nas falas a seguir:
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P1: A relação é que os elementos químicos estão presentes no solo, como os nutrientes que são importantes
para as plantas.
P5: A química para o solo nos traz diversos tipos de conhecimentos, como deficiências em plantas
qualidades dos vários tipos de solo.
P9: Tem uma relação muito importante, pois a agricultura depende de análises químicas para poder saber
a quantidade de nutrientes importante como: o nitrogênio, fósforo e potássio, ou como o nível de pH no
solo, o que é um ácido nocivo para a cultura.
Acredita-se que tais resultados podem ser atribuídos a falta de conexão entre as
disciplinas de Química I e Agricultura Geral, ou ainda, a falta de contextualização dos
conteúdos das referidas disciplinas ministradas e sua relação com a formação oferecida
na instituição.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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Resumo: O conteúdo de ligações químicas é apontado, por muitos autores, como um dos
que apresentam maior grau de dificuldade de aprendizagem pelos estudantes, devido a
exigência de abstração e utilização de modelos pelos alunos. Nesse sentido, o ensino de
química é marcado pela procura constante de inovação no meio pedagógico. Desse modo,
o presente trabalho teve como finalidade, avaliar a concepção dos alunos com relação ao
tema Ligações Química. Esse trabalho foi desenvolvido com os alunos matriculados nos
2°, 6° e 8° períodos do Curso Superior em Licenciatura em Química do Instituto Federal
de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano, Campus Iporá. Os dados foram coletados por
meio de questionário discursivo, o qual abordou questões relacionadas ao conteúdo
teórico de ligações químicas e sobre ensino de química. Posteriormente, à aplicação do
questionário, realizou-se análise dos fragmentos de falas dos participantes, os quais estão
caracterizados pela letra L de licenciados, para embasamento da presente discussão. A
maioria dos participantes compreende que uma ligação química ocorre pela atração entre
átomos; por outro lado, alguns participantes relacionaram o termo “Ligações Químicas”
com a Regra do Octeto, estabilidade eletrônica e ligações entre moléculas; 51% dos
participantes relacionaram a ligação iônica com o caráter de transferência permanente de
elétrons e 49% dos demais participantes, reconhecessem que na ligação covalente ocorre
o compartilhamento de elétrons; 72% dos participantes relataram dificuldades na
compreensão do conteúdo, citando, como exemplo de dificuldades: confusão dos
conceitos que distinguem os tipos de ligações, linguagem do livro didático do nível
superior ser muito complexa e abordagem superficial do conteúdo a nível médio.
INTRODUÇÃO
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METODOLOGIA DE PESQUISA
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justificada pela presença marcante dessa teoria nos livros didáticos de química de nível
médio como reforçam os autores, que acabam de certa forma, contribuindo para a
formação de um conceito superficial sobre ligação química. Como exemplo da não
compreensão do conceito real de ligações químicas, podemos citar a formação do brometo
de magnésio (MgBr2) cujo entendimento a nível médio se dá pela regra do Octeto e não
pelas forças eletrostáticas, que dão estabilidade à formação do composto.
Em relação aos tipos de ligações químicas existentes (Questão 02 – Figura 1),
36 e 35% dos participantes reconhecem como existentes as ligações do tipo iônico e
covalente, respectivamente. As ligações do tipo metálicas e pontes/ligações de
hidrogênio, são existentes para 24 e 5% dos participantes, como podem ser observadas
ainda na Figura 1. De uma maneira geral, percebe-se que as ligações de caráter iônica,
covalente e metálica apresentam maior relevância para os participantes, indo de encontro
com as ideias de Taber & Coll (2002, apud VASCONCELOS, JULIÃO ,2012) , cujos
autores reforçam que a existência generalizações antropomórficas no ensino de ligações
químicas, acabam por contribuir para o não entendimento de conceitos científicos,
criando obstáculos de aprendizagem, como por exemplo, o não reconhecimento das
pontes de hidrogênio entre as moléculas, como um tipo de ligação química, tendo em
vista que as mesmas não seguem a Regra do Octeto.
5%
24% 36%
35%
acordo com o conceito cientifico as ligações Iônicas são as ligações químicas que ocorrem
entre os átomos quando estes reagem entre si a fim de alcançarem a estabilidade que,
segunda a Teoria do Octeto, compõem 8 elétrons na última camada ou camada de
valência. Diferentemente das ligações covalentes, em que há o compartilhamento de
elétrons, nas ligações iônicas os elétrons são doados ou recebidos pelos átomos. Assim,
alguns participantes colocaram:
L02: “Sim, no caso da ligação iônica há a troca definitiva dos elétrons, enquanto
na ligação covalente não há essa troca, mas sim o compartilhamento dos elétrons, ou
seja, dois átomos compartilham no mesmo tempo o elétron”.
L16: “Sim, a ligação iônica doa e recebe elétrons e ocorre entre metal e ametal
e a ligação covalente ocorre o compartilhamento de elétrons e ocorre entre ametal e
hidrogênio”.
L07: “Sim, a ligação covalente apresenta apenas o compartilhamento de
elétrons entre os átomos presentes na ligação, e na ligação iônica ocorre a transferência
de elétrons (ganha ou perda), e acontece preferencialmente entre um metal e um ametal”.
51% 49%
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17% 22%
12%
15%
19% 15%
De uma maneira geral, nota-se que várias ferramentas foram sugeridas pelos
participantes, para aprimorar o ensino/aprendizagem do conteúdo de ligações químicas.
Sobre o uso de jogos lúdicos, Piaget (1975) reforça que os mesmos em si, não carregam
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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BIBLIOGRAFIA
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TABER, K. S.; COLL, R. Bonding. In: GILBERT, J. K.; JONG, O.; JUSTY, D. R.;
TREAGUST, D. F.; VAN DRIEL, J. H. (dds.), Chemical education: Towards
research-based practice. Dordrecht: Kluwer, 2002, p. 213–234
VASCONCELOS, D. D. Estudo das Concepções dos estudantes do ensino médio
sobre ligações químicas. Monografia, Universidade Federal de Minas Gerais – MG,
2007.
Wellyton Silva Vasconcelos, Murilo Sérgio da Silva Julião. ABORDAGEM
ALTERNATIVA PARA O CONTEÚDO DE LIGAÇÕES QUÍMICAS NO
ENSINO MÉDIO. Essentia, Sobral, vol. 13, n° 2, p. 139-163, dez. 2011/maio 2012.
LIMA, Márcia Conceição Rocha et al. Concepções dos estudantes que ingressam no
ensino médio sobre ligações químicas. Disponivel em
http://www.nutes.ufrj.br/abrapec/viiienpec/resumos/R1000-1.pdf. Acesso em: 02 Out.
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INTRODUÇÃO
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parciais da pesquisa.
A coleta de dados deu-se mediante preenchimento de questionário online,
elaborado na Plataforma Google. Optou-se por essa forma de entrevista online, por
entender que nesse ambiente, não haveria, por exemplo, constrangimento do egresso em
relação ao entrevistador, ou ainda, inibição das respostas. Os participantes foram
questionados quanto “as principais dificuldades enfrentadas na atuação docente e quais
saberes tem sido fundamentais na atuação docente.”.
Para a análise dos dados, adotou-se a análise do discurso dos participantes. Sobre
a análise do discurso, Fischer (2001) orienta que é preciso recusar explicações unívocas,
fáceis e a busca insistente do sentido último e oculto das coisas, pois esta é prática bastante
comum e incorreta. Para o autor, o alcançar de tal empreito exige o desprender-se de
longo e eficaz aprendizado que gera olhar sobre o discurso apenas como um conjunto de
signos e/ou significantes que se referem aos determinados conteúdos, carregando tal ou
qual significado, quase sempre oculto, dissimulado, distorcido, intencionalmente
deturpado, cheio de reais intenções, conteúdos e representações escondidas em textos e
pelos textos, e não logo visíveis.
A escolha de uma profissão não é somente um retrato voltado para o pessoal, ela
visa os condicionamentos que são impostos pelas necessidades do futuro profissional, ou
até mesmo, baseados no próprio orgulho, buscando sempre a contemplação interior,
suprindo necessidades e desafios encontrados nos diferentes meios de acessibilidade que
são propostos na própria escolha. A busca por uma profissão é sempre um teste para juntar
a necessidade que é imposta pela sociedade com a busca de algo que a torne prazerosa.
Este prazer por sua vez, resulta na satisfação de dever cumprido, voltado ao
condicionamento emocional, com a profissão, que é reconhecida.
Nesse contexto, a construção da profissão docente, segundo Tardif (2012),
depende da prática profissional voltada principalmente para os quatros saberes essenciais,
o saber curricular, o saber experiencial, o saber disciplinar e o saber de formação
profissional, este último é adquirido durante o processo de formação inicial, ou seja, é o
saber obtido no período da graduação. Borges (2010), em seu trabalho afirma que:
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[...]
[...]
“No início sim, mas atualmente não. Algumas dificuldades eram de saber lidar
com os alunos, pois aparentemente sou a professora mais nova e os alunos
achavam um pouco estranhos e não me tratavam com tanta seriedade.”
(Egresso 9)
[...]
Em função da fala dos egressos, nota-se que o processo de formação docente deve
ser construído em uma base firme de ideias/métodos que possam sofrer ajustes para
atender as dificuldades/necessidades que são enfrentadas diariamente em sala de aula.
Deve-se ressaltar também que, a maioria das práticas pedagógicas que são estudadas nos
cursos de formação de professores, nem sempre são vivenciadas em sala de aula. Desse
modo, o futuro professor deve levar em consideração todos os saberes adquiridos no
processo de formação para a docência. Na fala do “Egresso 2”, pode-se observar esse
posicionamento: “O curso foi necessário para a minha prática docente, mas algumas
situações não são “estudadas” na universidade”.
Tendo em vista que a base fundamental para qualquer tipo de desenvolvimento
social vem com o apoio da família, será finalizado o primeiro questionamento feito aos
egressos. Nesse contexto, apenas um egresso citou que a principal dificuldade encontrada
na realidade dentro da sala de aula é a falta de interesse dos pais na vida estudantil dos
filhos: “a falta de preocupação dos pais para com seus filhos” (Egresso 10). Não é difícil
compreender que, crianças que vêm de lares carentes de cuidados essenciais para a
formação de um cidadão, podem sofrer de modo agudo com o processo de aprendizagem,
pois na maioria das vezes, as mesmas, não se encontram em condições psicológicas para
poder aprender/desenvolver atividades que são propostas na escola.
Pesquisas de Jacob & Loureiro (1986) e Machado et al. (1984) reforçam que:
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Desse modo, o primeiro questionamento permitiu fazer uma ampla reflexão sobre
algumas das dificuldades encontras na prática docente dos participantes em questão.
Deve-se ter a consciência de que a formação docente é continuada, com pluralidade e
temporal. Não existe uma receita pronta para se tornar professor e muito menos se tornar
docente de um dia para a noite, ou até mesmo, nascer com o dom para ser mestre. Deve-
se ter a consciência de que o processo de formação docente depende de sacrifícios, de
estudos e reflexões e acima de tudo, que o professor é um sujeito que possui a função
social de ensinar.
Maurice Tardif (2012) na obra Saberes Docentes e formação Profissional traz
em dois momentos distintos, como são adquiridos os saberes condizentes com a formação
docente. No primeiro momento, pode-se observar sobre os tipos de saberes que são
necessários para a formação do professor, tanto de Ensino Médio quanto no Ensino
Superior. No segundo momento, é feita uma reflexão mais profunda e prática para os
problemas concretos que são levantados para a formação de professores. Com base nestas
informações, o segundo questionamento apontado aos egressos foi: “Quais saberes foram
ou tem sido fundamental (is) para sua atuação como docente?”
Tardif (2012), afirma que o saber não é uma substância ou um conteúdo fechado
em si mesmo; ele se manifesta através de relações complexas entre o professor e seus
alunos. Nesse sentido, podemos reforçar o que sempre foi dito, os saberes são processos
de evolução que se transformam com o tempo e com as mudanças sociais. Na fala do
“Egresso 1”, pode-se observar fragmentos dessa questão.
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[...]
“No início, tenho tentado atuar da forma como queria que meus professores
tivessem atuado. Sempre tentei fazer igual aos que tinham na minha visão, sido
bons professores, e fazer o contrário daqueles que considerava maus
professores”. (Egresso 1)
[...]
“Os saberes experiencial e cultural, pois com a prática e experiência é que
vamos adquirindo habilidades e técnicas como docente. Além disso é
importante fazer uma transposição dos conteúdos com as práticas vivenciadas
no cotidiano” (Egresso 10)
Com base no fragmento Egresso 1, pode-se observar que a partir das práticas
pedagógicas realizadas pelos egressos, o mesmo se condiciona a quem é hoje, pelas
metodologias vivenciadas naquele tempo, ou seja, a partir das experiências no tempo de
formação com os professores formadores, o Egresso 1, possivelmente, motivou-se a ser
o profissional que é hoje. Podemos vivenciar que as práticas aplicadas aos alunos dentro
em sala de aula, têm significados além daquele tempo. Os próprios alunos carregam
consigo essa conduta para desenvolver a profissão baseada nos ensinamentos pelos
docentes. O “Egresso 10” segue a mesma linha de raciocínio, ressaltando ainda que, a
prática vivenciada dentro de uma sala de aula deve ser transposta para o cotidiano que
cerca os alunos.
Para Tardif (2012) “ensinar é mobilizar uma ampla variedade de saberes,
reutilizando-os no trabalho para adaptá-los e transformá-los pelo e para o trabalho”,
em outras palavras, ensinar é nada mais é que aprender a dominar progressivamente os
saberes necessários para poder assim o professor desenvolver/produzir a própria prática
profissional.
Segundo Tardif (2012) todos os saberes em si estão ligados por uma linha tênue
de conhecimentos, sejam eles, saberes: experiencial, curricular, docente, disciplinares,
formação profissional. O principal passo para compreender a fundamentação dos saberes
é admitindo que todos eles não provêm de uma fonte única, mas de várias fontes e de
diferentes momentos da história de vida e da carreira profissional, o que os tornam
conectados impossibilitando a individualidade. Diante disso, podem-se observar tais
concepções nas seguintes falas:
[...]
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Todos tem o mesmo peso, pois são dependentes. Não adianta ao professor
saber tudo do currículo e não conseguir se relacionar com os alunos, alcançar
a atenção deles, e é preciso conhecer a realidade do aluno. (Egresso 3)
[...]
Penso na atuação como docente, cada saber se completa no outro. Como sou
recém-graduada, estou em busca de uma formação continuada para que a
prática docente seja melhor desenvolvida. (Egresso 4)
Quando falamos de saberes disciplinares, estamos nos referindo aos saberes que
são oferecidos pela universidade/faculdade/centro de educação. Para Tardif, saber
disciplinar é:
São saberes que correspondem aos diversos campos do conhecimento, aos
saberes de que dispõe a nossa sociedade, tais como se encontram hoje
integrados nas universidades, sobre a forma de disciplinas, no interior de
faculdades e de cursos distintos (TARDIF, 2014)
Ainda, pela fala dos egressos é possível observar claramente que, alguns seguem
um padrão de ensino baseado em experiências vivenciadas em sala de aula como jovens
aprendizes, ou ainda, na instituição formadora como futuros mestres. Vale ressaltar ainda
que, o processo de aquisição desses conhecimentos, faz com que o profissional busque
em si mesmo, novas formas de interação com os alunos e o meio, tornando a profissão
docente uma prática tão prazerosa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. Ed. São Paulo: Atlas, 2008.
PERRENOUD, P. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed, 200.
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INTRODUÇÃO
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pelos mais diversos motivos, sendo assim um motivo de preocupação para a educação,
pois o objetivo das licenciaturas é o de formar professores.
O curso de Licenciatura em Química do Instituto Federal Goiano Campus Iporá,
foi criado em 2011, e tem como objetivo principal, a formação de professores para
atuação na Educação Básica. No curso de Licenciatura em Química oferecido no IF
Goiano, Campus Iporá, o aluno egresso é preparado para atuar em sala de aula como
professor no ensino básico, bem como trabalhar em laboratórios e indústrias.
Nesse contexto, o presente trabalho tem como objetivo principal, verificar a
situação dos egressos que concluíram o curso de Licenciatura em Química entre o período
de 2014/2017. Acredita-se que tal trabalho possa contribuir para a formação dos discentes
que cursam o referido curso, contribuindo ainda para ajustes no Projeto Político
Pedagógico caso seja necessário.
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No que se refere ao gênero dos egressos (Figura 1), observa-se que o sexo
feminino (78%) compreende a maioria dos egressos em comparação ao sexo masculino
(22%), corroborando com os trabalhos de Francisco Júnior et al. (2009) e Milaré & Los
Weinert (2016), cujos autores avaliaram o perfil de egressos em Química nos estados de
Rondônia e Paraná, respectivamente. O Senso Nacional de Educação Superior de 2015
(INEP, 2016), evidencia ainda que no ano de 2015, 24.881 mulheres se matricularam nos
cursos de licenciatura oferecidos nas Instituições Federais (IF) de Ensino Superior do
Brasil.
22%
78%
Feminino Masculino
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Faixa etária
30%
Percentual (%)
25%
20%
15%
10%
5%
0%
1900ral
1900ral
1900ral
1900ral
1900ral
1900ral
1900ral
1900ral
1900ral
1900ral
1900ral
1900ral
1900ral
1900ral
Idade
Em relação a cor ou raça (Figura 3), 50% dos egressos entrevistados se declararam
brancos, 22% pardos, 17% amarelos e 11% negros. Embora a Lei n° 12.711 de 29 de
agosto de 2012, conhecida como a Lei de Cotas reserve 50% das vagas em todos os cursos
nas instituições federais de ensino superior levando em conta critérios sociorraciais, nota-
se que o acesso de pessoas declaradas negras ou pardas nas instituições de Ensino
Superior são relativamente baixas. O Relatório Anual de Desigualdades Raciais no Brasil
(2009-2010) publicado em 2010 (PAIXÃO et al., 2010) deixa claro as diferenças
significativas quanto à formação de nível superior para brancos (20,5%) e negros ou
pardos (7,7%).
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Cor ou raça
22%
11% 50%
17%
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5%
17%
78%
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44% 45%
11%
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22%
45%
33%
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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BRASIL. Lei Federal nº 10.639, de 09 de Janeiro de 2003. Altera a Lei n.º 9.394, de 20
de dezembro de 1996 (estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir
no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura
Afro-Brasileira", e dá outras providências). BRASIL; Presidência da República.
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Resumo: Este trabalho tem por objetivo uma demonstração aos alunos do ensino médio,
através do seriado CSI: Investigação criminal, a relevância do estudo da química e as
diversas aplicações de conceitos químicos presentes nas cenas dos episódios. Para fins
didáticos foi montada uma cena de crime para que os alunos pudessem atuar como peritos
forenses utilizando os conceitos e técnicas vistas anteriormente em sala de aula buscando
uma maior participação e interesse dos alunos durante a aula tornando o ambiente mais
prazeroso e interativo contextualizando os conteúdos estudados em teoria para a vida real
em busca de proporcionar aos mesmos uma aprendizagem significativa. Houve um
grande envolvimento dos alunos na aula que se sentiam empolgados por utilizar os
conhecimentos vistos anteriormente em sala de aula numa cena de crime (fictícia). Após
a investigação da cena do crime os alunos mostraram o que aprenderam em sala quando
realizados os experimentos para revelação de digital e identificação de sangue, os
resultados foram imediatos pois houve grande satisfação em analisar a cena de crime eles
mesmos e também houve um envolvimento de toda sala no processo da aula o que se
mostra satisfatório quanto aos objetivos do projeto. Eles ficaram empolgados com os
experimentos e satisfeitos por entenderem o que estava ocorrendo no processo.
Palavras-chave: Química; Forense; Aprendizagem.
INTRODUÇÃO
A perícia forense é uma área da qual abrange vários ramos da ciência, utilizando
suas técnicas a favor do exercício da justiça e da lei. As primeiras investigações criminais
eram feitas através de observações físicas da cena do crime como auxilio de equipamentos
mais simples. Mas hoje em dia com o avanço da tecnologia os equipamentos de análises
foram se desenvolvendo dando as investigações resultados mais precisos para a resolução
dos crimes. Como diz Chemello (2006):
“É um ramo específico das Ciências que se encarrega da análise
e identificação de possíveis crimes, utilizando-se de métodos
científicos especializados para área criminal, isto é a aplicação
dos conhecimentos da Química e toxicologia no campo legal ou
judicial, na qual, há utilização de diversas técnicas de análises
químicas, bioquímicas e toxicológicas a fim de ajudar a
compreender a face sofisticada e complexa dos crimes.”
Que a química é uma disciplina importante e presente em grande parte do nosso
cotidiano os alunos estão cansados de ouvir, dizemos o quanto é importante aprendermos
os conceitos químicos para entender os diversos fenômenos que acontecem ao nosso
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redor, porém, o que pode tornar essa aprendizagem monótona e muitas das vezes sem
sentido é justamente a falta de contextualização no ensino dela. Como diz Zanon e
Palharini (1995), quando os conteúdos não são contextualizados adequadamente, estes se
tornam distantes, assépticos e difíceis, não despertando o interesse e a motivação dos
alunos.
Em sala de aula é frequente ouvir dos alunos o quanto a disciplina de química é
difícil de entender muitas as vezes por causa de seus conceitos abstratos e não
devidamente contextualizados ao cotidiano do aluno. O uso de temas geradores permite
a contextualização da Química, eliminando barreiras entre a disciplina Química e os
alunos, conferindo relevância e sentido ao estudo dos conteúdos curriculares formais. De
acordo com o PCN:
A química pode ser um instrumento de formação humana que
amplia os horizontes [...] e a autonomia no exercício da cidadania,
se o conhecimento químico for promovido como um dos meios
para interpretar o mundo e intervir na realidade, se for
apresentado como ciência, com seus conceitos, métodos e
linguagens próprios, e como construção histórica, relacionada ao
desenvolvimento tecnológico e aos muitos aspectos da vida em
sociedade (Brasil, 1999).
Com o aumento e consolidação da tecnologia nos dias atuais as mídias
cinematográficas vêm ganhando cada vez mais espaço na realidade dos alunos. E esta
pode ser uma ferramenta poderosa no processo de ensino aprendizagem, pois os filmes e
seriados, apesar de as vezes se tratarem de cenas de ficção cientifica, podem trazer a sala
de aula diversos conceitos que podem ser trabalhados dentro do currículo escolar.
Assim o presente trabalho apresenta um relato da utilização do seriado CSI:
Investigação Criminal e Dexter, como ferramenta para o ensino de Química, com intenção
de promover um maior interesse e participação dos alunos na aula durante a apresentação
das técnicas forenses presentes no seriado e os conceitos químicos envolvidos, e também
da utilização de aula prática associada ao seriado.
MEDOTOLOGIA
A pesquisa se iniciou com duas aulas teóricas apresentando o seriado aos alunos
com o auxílio de multimídia. Nesse momento foram abordados conceitos sobre a perícia
criminal, tais como: cena de crime, ciência forense, análise da cena de crime.
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Quando se pensa em crime logo vem em mente uma cena que contenha sangue,
e muitas das vezes por trás desse sangue há uma história. A maneira como este está
espalhado, os respingos, a altura, todos estes são fatores que dirão como o crime pode ter
ocorrido, sendo decisivo até na classificação do crime entre assassinato ou suicídio.
Muitas das vezes o sangue encontrado na cena do crime pode não ser somente da vítima,
assim são realizadas coletas para análises. No seriado Dexter, o personagem principal que
possui o nome da série é um analista de sangue onde este é responsável de analisar todo
o sangue de uma cena de crime, e realizando através de análises e recriações uma possível
reconstituição do ato criminal ocorrido.
Para a identificação do sangue utilizou-se a técnica de Kastle-Meyer. Para
realizar o procedimento de detecção, foi solicitado ao grupo responsável que com um
cotonete umedecido retirasse um pouco da amostra de sangue da cena. Após pingou-se
duas gotas do reagente. Enfim, adicionam-se à solução duas gotas de peróxido de
hidrogênio a 5%. O aparecimento, quase que instantâneo, de uma coloração rosa no
algodão, indica teste positivo para sangue conforme mostrado na foto abaixo:
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2. Cena do crime
Após a aula teórica sobre as técnicas forenses utilizadas que envolvem química,
os alunos tiveram a oportunidade de serem peritos por um dia em uma cena de crime
montada no laboratório de ciências da escola. Tendo dividido a sala em três grupos, os
alunos já entraram sabendo qual o seu papel na investigação. Nesse momento deu pra
perceber a empolgação e envolvimento dos alunos dos quais quiseram fazer suas tarefas
ao mesmo tempo sendo necessário uma ordem para que a sala ficasse mais organizada. A
cena de crime já montada tinha um corpo com sangue nele e espalhado no local. O 1°
grupo ficou responsável por tirar fotos da cena do crime enumerando evidências e pontos
importantes da cena.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Depois de encerrada a aula foi possível perceber a empolgação dos alunos
podendo confirmar a importância de se realizar aulas diferentes que busquem chamar a
atenção deles para o estudo do conteúdo. Por se tratar de algo que a maioria conhecia e
gostava a parte do ensino se tornou prazerosa quando relacionada a parte forense.
A utilização do seriado CSI se mostrou muito eficiente para alcançar os
objetivos, a aula foi interativa e os alunos sentiram vontade de participar da aula
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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MENDES, Aline de Oliveira. GUEDES, Josevânia Teixeira. CRUZ, Maria Clara Pinto.
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ENEQ) e X Encontro de Educação Química da Bahia (X EDUQUI) Salvador, BA, Brasil
– 17 a 20 de julho de 2012.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica.
Orientações Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – OCN. Brasília, MEC,
2006, 140 p.
CHEMELLO, E. Ciência Forense: impressões digitais. Revista Química Virtual.
Dezembro, 2006. P.1 – 10.
SILVA, Priscilla Sabino. ROSA, Mauricio Ferreira. Utilização da Ciência Forense do
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Tecnológica Federal do Paraná. vol 6, núm. 3, p. 152, set-dez.2013.
ZANON, L.B. e PALHARINI, E.M. A química no ensino fundamental de ciências.
Química Nova na Escola, n. 2, p. 15-18, 1995.
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Jéssica Alves de Faria Silva; Lauro Henrique Alcântara de Jesus; Ester Sousa
Bessa; André Luis da Silva Mota; Jéssica Alves Machado; Juliano da Silva
Martins de Almeida; Geize Kelle Nunes Ribeiro.
¹Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano – Campus Iporá
jessicaalves.2095@gmail.com; 2Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
Goiano – Campus Iporá laurohenrique.ipo@gmail.com; 3Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia Goiano – Campus Iporá esterbessa1999@hotmail.com; 4Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia Goiano – Campus Iporá andreluis.slmb@gmail.com; 5Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia Goiano – Campus Iporá
jessicaitacaramby@gmail.com; 6Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
Goiano – Campus Iporá juliano.almeida@ifgoiano.edu.br; 7Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia Goiano – Campus Iporá geizeribeiro@ifgoiano.edu.br.
RESUMO: O uso de recursos lúdicos dentro da sala de aula tem se mostrado bastante
eficaz. Além de proporcionar o conhecimento aos alunos, promove também a diversão e
competição. É notada uma grande dificuldade quando o assunto é ‘Química’. Procurando
então algo que pudesse prender a atenção do aluno e, de uma forma mais dinâmica,
transmitir o conteúdo, foi desenvolvido o jogo Tabuleiro Periódico. Seu principal objetivo
é encontrar um meio que possa despertar o interesse/curiosidade pela disciplina e que o
professor também tenha interesse. O desenvolvimento de todo o trabalho foi feito por
alunos do 2º período do curso de Licenciatura em Química no Instituto Federal Goiano –
Campus Iporá, entrevistando professores da rede pública (federal e estadual), sendo eles
docentes do ensino médio e do curso de graduação. Como método avaliativo foi elaborado
um questionário para que cada um pudesse avaliar o jogo, seguindo alguns critérios,
como: aparência e abordagem do conteúdo de química, em específico a tabela periódica.
Buscando assim saber se o ‘Tabuleiro Periódico’ poderia ser utilizado em sala de aula e
se transmite algum conhecimento. A avaliação dos entrevistados foi positiva, pois é um
jogo simples e de fácil entendimento, principalmente para se trabalhar com alunos do
ensino médio.
INTRODUÇÃO
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METODOLOGIA
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Para verificar a eficácia do jogo proposto, o mesmo foi avaliado por 6 docentes
de Química que ministram aulas tanto no Ensino Médio quanto Superior no Município de
Iporá-GO, o que consistiu no terceiro momento. A coleta de dados ocorreu por meio de
questionário discursivo composto por cinco questões, as quais são descritas a seguir:
Questão 1) O jogo apresenta clareza em relação:
a) ao conteúdo abordado;
d) função pedagógica
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P6: Produzido em bom material, com cores atrativas, as cartas possuem boa
disposição, com fonte e tamanho adequado.
Apesar de haver vários jogos sobre o mesmo tema (Tabela Periódica), a função
pedagógica (Questão 1, letra d) do “Tabuleiro Periódico” esta coerente/clara com a
proposta feita pelos discentes responsável pela criação do jogo. E uma das sugestões foi
elaborar jogos com outros temas do conteúdo de química, promovendo assim a inovação
nos jogos didáticos.
P1: Sobre a função pedagógica, está coerente com a proposta, pois pode
promover divertimento e aprendizagem simultaneamente por meio da
competição.
P2: Sim. O jogo certamente poderá ser utilizado como uma ferramenta acessória,
com função pedagógica, no processo de ensino aprendizagem.
P3: Sim, visto que a função do jogo é claro em relação ao tema proposto.
P4: Possui função pedagógica, embora o conteúdo abordado apresente vários
jogos didáticos. Acredito que poderia utilizar outros conteúdos químicos, com o
intuito de promover inovação nos jogos didáticos químicos.
P5: Sim. Tomar cuidado com respostas erradas.
P6: O jogo possibilita trabalhar com o conteúdo de tabela periódica, abrangendo
vários tópicos; com propriedades periódicas, grupos, períodos, entre outros.
Logo apresenta um potencial a função pedagógica. No entanto a forma como o
professor utilizá-lo que será determinante.
A questão 2 teve a finalidade de verificar a possibilidade de jogos lúdicos como
instrumentos avaliativos. Houve algumas divergências entre os entrevistados, pois uns
concordaram com a ideia de utilização como instrumento avaliativo, como diz P2 que
seria uma forma mais descontraída de avaliação. Porém também houve opiniões
contrarias como: “A atividade lúdica deve proporcionar a aprendizagem, e não com
finalidade avaliativa”, diz P4.
P1: O jogo até poderia ser usado como instrumento de avaliação, porém não acho
viável, uma vez que, geralmente, esses tabuleiros são jogados em grupos ou
duplas, o que desfavorece a percepção/a noção do que realmente aprendeu.
P2: Sim. Acredito ser uma “ferramenta” ou “método” alternativo para avaliar a
aprendizagem dos alunos; poderia contribuir para um processo de avaliação
mais descontraído.
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competição fala mais alto instigando assim o discente a buscar a vitória – ‘o desejo de
vencer faz com que os alunos tenham sensação agradável’ diz P3 -, se esforçando mais
para resolver os problemas a ele imposto. Além de ter interação entre aluno/aluno e
aluno/professor.
P1: As atividades lúdicas possuem grandes potencialidades relacionadas ao
ensino-aprendizagem. Elas ajudam a motivar os alunos, despertando o interesse
pelo assunto que está sendo discutido. Podem ser utilizados na problematização
de conceitos. Como já falado, permitem a recapitulação/revisão de conteúdos.
Contribuem para interação/socialização dos alunos. Além disso, dependendo da
atividade, podem representar situações/fenômenos do cotidiano.
P2: Os jogos, em especial, são recursos interessantes para auxiliarem na fixação
de conteúdos por estimularem a participação dos alunos com as atividades
propostas, assim, certamente, contribuem para o processo de ensino-
aprendizagem.
P3: Alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem, pode ser um recurso
a mais para facilitar o ensino, visto que os alunos gostam de aulas dinâmicas. O
desejo de vencer faz com que os alunos tenham uma sensação agradável, pois as
competições e os desafios são situações que mexem com nossos impulsos.
P4: Ruptura do ensino tradicional permeado pela educação bancária, pois as
atividades lúdicas permitem ao aluno ser sujeito da aprendizagem.
P5: As atividades lúdicas contribuem principalmente para desperta o interesse
dos alunos no tema abordado.
P6: As atividades lúdicas se constituem como um recurso dinâmico que pode
contribuir para o maior envolvimento dos alunos nas aulas de química. Além
disso exploram outros aspectos como o raciocínio lógico, o trabalho em grupo,
promovendo o conhecimento de forma lúdica.
Em sua integra a questão 5 busca determinar critérios para a elaboração/aplicação
de um objeto lúdico no ensino da química, que no caso se trata de um jogo de tabuleiro.
Assim por parte dos entrevistados obteve-se algumas sugestões: preocupar-se com a
aprendizagem do conteúdo, motivação e interesse por parte do aluno, a interação na sala,
demandar um tempo não muito longo, desafiador, aparência atraente, clareza de objetivos,
aceitação dos alunos, etc.
P1: Inicialmente, o professor deve preocupar-se com a aprendizagem do
conteúdo. O jogo não pode ser aplicado apenas como passatempo. Além disso, o
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jogo deve causar motivação e interesse por parte do aluno pelo conteúdo, para
assim proporcionar diversão. Também, é importante que o jogo trabalhe a
socialização e interação da sala.
P2:O jogo deve apresentar os seguintes itens: estar relacionado a conteúdos da
área da química; ser simples para ser executado e explicado; demandar um tempo
não muito longo; ser interessante; desafiador; ter aparência atraente; ter
objetivos claros e bem definidos, etc.
P3: Nível da turma, relação com a aprendizagem; clareza de objetivos; coerência
no conteúdo dos jogos entre outros.
P4: Aceitação e participação da turma. Intermediação da função lúdica e
pedagógica.
Tempo para execução da resposta.
P5: Principalmente a jogabilidade ( rápido, divertido e com conteúdo).
P6: Primeiramente mediar os aspectos didáticos e lúdicos, pois se um jogo tiver
apenas características didáticas não será divertido e não promoverá o
envolvimento e interação dos alunos. Já se o aspecto lúdico for majoritário os
alunos irão apenas ‘brincar’, e o jogo perde seu caráter didático. Outros aspectos
são os valores de socialização, de estruturação, de experimentação, etc.
CONCLUSÃO
Após análise dos questionários e uma breve discussão, foi notado uma grande
aceitação pelos entrevistados. Com o uso do jogo dentro da sala de aula é possível romper
barreiras e ter interação entre os alunos, podendo assim ter a atenção do mesmo e sair do
ensino tradicional. Uma observação muito importante é que o jogo foi bastante aceito a
nível médio, porém houve o questionamento da aplicação em turma com muitos alunos,
pois seria impossível o professor conseguir mediar todos os jogos simultaneamente.
Ao analisar o jogo em si, percebe-se uma elaboração boa, principalmente quanto
à aparência, pois é fundamental para despertar o interesse e estimular a competição entre
alunos. Algumas sugestões também foram bastante aceitas pelos alunos do trabalho,
como: limitar o tempo da resposta, não voltar ao início quando errar uma pergunta. Tudo
isso, faz com o que o discente se sinta mais ‘à vontade’ para estudar, desperta sua
curiosidade pela disciplina e aproxima professor e aluno.
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REFERÊNCIAS
CUNHA, M.B. Jogos no ensino de química: considerações teóricas para sua utilização
em sala de aula. revista Química Nova na Escola, v. 34, n. 2, p. 92-98, 2012.
VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
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Resumo: O presente trabalho teve como objetivo analisar a concepção dos alunos do 1°
ano do Ensino Médio do curso Técnico em Agropecuária do Instituto Federal Goiano,
Campus-Iporá, sobre modelos atômicos. Para essa análise foi aplicado um questionário
discursivo para 18 alunos. Por meio dos dados obtidos pôde-se observar a grande
dificuldade dos alunos em diferenciar cada modelo, preocupantemente. mais de 50% dos
participantes da pesquisa não apresentam concepções sobre o Modelo Quântico.
Percebeu-se também que a maioria dos participantes tem como concepção do átomo, o
Modelo Atômico de Rutherford, o que foi observado através de desenhos produzidos
pelos participantes. Constatou-se no decorrer da pesquisa, que os participantes
demonstram mais facilidade em aprender sobre o conteúdo quando têm contato com as
experiências que embasaram as diversas teorias atômicas. As metodologias utilizadas
pelo professor e relatadas pelos participantes apresentam grande aceitação pela maioria
dos participantes, mas houve também a rejeição de um aluno, baseando sua crítica em
algo construtivo. Neste trabalho pode-se avaliar o rendimento da aprendizagem da turma.
Também se compreendeu os melhores recursos a serem utilizados na explanação do
conteúdo de modelos atômicos. De maneira geral, os participantes apresentaram
considerada concepção sobre modelos atômicos, o que leva a compreender que a
explanação do conteúdo deve estar alinhada à metodologia empregada.
INTRODUÇÃO
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METODOLOGIA DE PESQUISA
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em 1808. Tal associação pode ser atribuída pela simplicidade de compreensão que modelo
de Dalton apresenta. Vasconcelos et al. (2015) em trabalho clássico sobre a concepção do
átomo, também verificou que a maioria dos participantes de seu estudo fizeram referência
ao átomo como partícula indivisível. Diante disso, torna-se indispensável relatar uma
constante adequação dos alunos da pesquisa, considerando que a definição do átomo se
faz de forma praticamente unânime.
Ainda sobre as concepções verificadas, 16,7% afirmam que o átomo é algo que
ocupa lugar no espaço; 11,1% referem-se ao átomo como a menor parte da matéria; e,
11,1% disseram que o mesmo é uma partícula divisível. Tais afirmativas podem ser
melhor compreendidas mediante o fragmento de fala dos participantes:
Participante 5: “O átomo é uma partícula indivisível constituído por elétrons
(carga negativa), prótons (carga positiva) e nêutrons (carga neutra)”.
Participante 9: “É uma estrutura composta por prótons, nêutrons, núcleo,
níveis, orbitas que forma a matéria e que ocupa lugar no espaço”.
Participante 3: “Menor parte da matéria constituída por núcleo e eletrosfera.
Núcleo uma esfera maciça, indivisível formada de prótons e nêutrons e a eletrosfera
formada de elétrons”.
Participante 12: “Átomos são partículas divisíveis que é composta por prótons,
elétrons”.
Em relação às concepções dos participantes sobre a composição do átomo
(Questão 02 – Figura 1), 66,7% acreditam que o mesmo é composto por prótons, nêutrons
e elétrons e, 33,3% compreendem que o átomo é formado apenas por prótons e nêutrons.
Nesse sentido, compreende-se que a maioria dos participantes apresentam uma concepção
correta sobre a estrutura do átomo.
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33%
67%
12% 53%
17%
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representação, que por sua vez, pode proporcionar aos alunos concepções errôneas
durante suas representações.
A B
C D
Figura 3. Representações dos modelos atômicos de Rutherford (A), Thomson (B), Bohr
(C) e não representação adequada do átomo (D), produzidas pelos participantes.
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ressaltar que houve crítica quanto à utilização de vídeos, pois segundo alguns alunos,
“vídeos muito longos provocam uma perda de concentração, dificultando o
aprendizado.”
5%
11%
39%
28%
17%
Quadro e vídeos Slides e vídeos Vídeos Quadro e aulas práticas Não responderam
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Thomson, Rutherford e Bohr, fazendo com que a aprendizagem sobre o modelo quântico
deixe a desejar.
Foi possível perceber ainda que o professor regente da disciplina tem utilizado
recursos didáticos variados na exposição do conteúdo de modelos atômicos, como meio
de facilitar o aprendizado dos alunos. Entretanto, é preciso trabalhar com os métodos
corretos para que não haja desinteresse em relação ao conteúdo.
De maneira geral, os participantes apresentam considerada concepção sobre
modelos atômicos. No entanto deve-se compreender a magnitude dessa variedade de
teorias, ministrando o conteúdo de forma organizada e concisa, demonstrando suas
semelhanças e diferenças, incluindo-as de modo distinto.
REFERÊNCIAS
MENDONÇA, Paula Cristina Cardoso. Ligando as ideias dos alunos à ciência escolar:
Análise do ensino de ligação iônica por modelagem. Dissertação de mestrado.
Universidade Federal de Minas Gerais, Centro Tecnológico. 2008, 162p.
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RESUMO:
A eletroquímica está presente a todo instante no cotidiano, seja em alguns materiais, como
em pilhas e baterias utilizadas em aparelhos eletrônicos. Mesmo com essa presença tão
notória, o aluno ainda encontra dificuldades em lidar com o ensino da eletroquímica.
Nesse contexto, o presente trabalho teve como objetivo geral, verificar quais são as
principais dificuldades encontradas pelos alunos do curso de Licenciatura em Química do
IF Goiano, em relação ao conteúdo de eletroquímica. O trabalho foi desenvolvido no
Instituto Federal Goiano, Campus Iporá, com 17 alunos do curso de Licenciatura em
Química, matriculados no oitavo e sexto período. A investigação consistiu na aplicação
de um questionário, composto por quatro questões discursivas de caráter teórico e duas
de abrangência pedagógica. Os resultados verificados indicaram uma grande deficiência
de concepções dos alunos sobre a temática estudada. Nesse sentido, os resultados
apontam que, 46% dos participantes acreditam que a oxidação envolve perda de elétrons;
60% dos participantes apresentam a concepção de que a redução envolve ganho de
elétrons; 90% dos alunos não conseguem compreender o processo de uma reação de oxido
redução; a maioria dos participantes apresentam uma concepção errada sobre a
transferência de elétrons em uma pilha de Daniell, bem como a função da ponte salina.
Portando, verificou-se no presente trabalho que os participantes da pesquisa não possuem
um conhecimento sólido sobre o conteúdo de eletroquímica, o que pode influenciar no
aprendizado e entendimento de outros conteúdos.
INTRODUÇÃO
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PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
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RESULTADOS E DISCUSSÕES
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7%
7%
27%
13%
46%
13% 7% 7%
13%
60%
Figura 3. Concepções prévias dos licenciados em química do Instituto Federal Goiano, Campus
Iporá, sobre o termo redução.
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termo redução: “ganho de elétrons em uma reação química com redução do número de
oxidação”.
Sobre o que seria uma reação de óxido-redução (Questão 01), apenas dois alunos
manifestaram o conceito de maneira satisfatória, como pode ser verificado na fala dos
participantes a seguir:
Contudo, como afirmam Atkins & Jones (2011) as reações de óxido-redução são
caracterizadas pela transferência de elétrons simultaneamente. Desse modo, nota-se que
os participantes P14 e P15 fazem referência a mesma como um processo de perda e ganho
de elétrons, o que de certa forma acaba por evidenciar uma concepção errônea do mesmo.
Os resultados da Questão 2 que tem relação direta com a Figura 1, não foram
satisfatórios. Nessa direção, os participantes foram questionados quanto as conceituações
do anodo e catodo, além de ser solicitado que expressassem a reação de óxido-redução
entre Zn e Cu. Nesse contexto, fazendo referência a conceituação de anodo (Figura 4),
60% dos participantes acreditam que ZnSO4 corresponde ao anodo, 33% não souberam
responder e 7% acreditam que no anodo ocorre o processo de oxidação. A maioria dos
participantes não conseguiu compreender que a lâmina de Zn representa o anodo na
Figura 1, indicando que a solução de ZnSO4(aq) seria o mesmo, o que pode estar
relacionado a presença de Zn na referida solução.
De maneira semelhante, em relação a conceituação de cátodo (Figura 5), 49%
dos candidatos reconhecem a solução de CuSO4(aq) como catodo, 31% não souberam
opinar, 12% atribuem que a redução ocorre no cátodo e 4%, verifica-se novamente, que
a maioria dos participantes apresentam uma concepção equivocada sobre catodo.
Em relação as reações de oxidação (Zn (s) Zn2+ (aq) + 2e-) e redução (Cu2+
(aq) + 2e- Cu (s)) que ocorrem anodo e catodo, respectivamente, nenhum aluno teve
êxito na representação das mesmas.
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33%
60%
8%
12%
49%
31%
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salina servem para neutralizar a substancia. ”; P12: “. Manter intercambio das matérias
contidas nos recipientes com Zu e Cu.”
7%
33% 40%
20%
Não respondeu Atravez da ponte salina Fio condutor metalico deficiencia de eltrons
Figura 6. Concepção dos participantes sobre a transferência de elétrons em uma pilha de Daniell
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CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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Resumo: O meio ambiente assume papel de extrema importância para a existência de vida na
terra, pois os recursos naturais, tais como, água, criam condições mínimas necessárias para a
subsistência de determinadas espécies de animais e plantas. A água apropriada para o consumo
humano é conhecida como água potável, a mesma é fundamental para a saúde do homem. E para
ser considerada como tal, ela deve obedecer a alguns parâmetros de potabilidade, necessitando de
tratamento para se adequar ao consumo. Nesse contexto, o presente projeto teve como objetivo
desenvolver conceitos relacionados ao tratamento de água e sua importância, bem como realizar
visita técnica na Estação de Tratamento de Água do município de Iporá, para contextualização do
conteúdo. O trabalho foi desenvolvido no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
Goiano, Campus Iporá, com 30 alunos do curso Técnico em Desenvolvimento de Sistemas. Em
relação ao conhecimento prévio dos alunos sobre a fonte de abastecimento da cidade de Iporá,
observa que muitos alunos (40%) não sabiam a real fonte de abastecimento. Depois da visita, a
maioria, sendo 80% dos alunos acertaram a fonte de abastecimento de Iporá. Com base nos
resultados, a maioria dos alunos sabia que a química tinha uma relação com o tratamento de água,
porém, muitos não sabiam explicar. Além disso, após a visita os alunos tiveram melhores
definições sobre tratamento de água e o consumo de água com qualidade. Conclui-se que o
trabalho visou ensinar o tema água numa perspectiva ambiental, motivando o interesse dos alunos
pelos conteúdos de química que são ensinados em sala de aula, além disso, conscientizar sobre a
importância dos recursos hídricos para a humanidade.
INTRODUÇÃO
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estatísticas. Essa pesquisa busca a validação das hipóteses mediante a utilização de dados
estruturados (OLIVEIRA, 2011).
Nesse contexto, o presente estudo apresenta parte das atividades de ensino
desenvolvidas em um minicurso de 16 horas sobre a temática água e que fundamentam o
trabalho de curso da autora principal. O trabalho foi desenvolvido no Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia Goiano, Campus Iporá, com 30 alunos do primeiro ano
do curso Técnico em Desenvolvimento de Sistemas Integrado ao Ensino Médio.
No primeiro momento das atividades de ensino, foi trabalhado de maneira
expositiva/dialogada em sala de aula, os seguintes conteúdos: água, características físico-
químicas, tratamento de água, processos de separação de misturas e densidade.
Posteriormente a explanação dos conteúdos teóricos, realizou-se visita técnica na Estação
de Tratamento de Água (ETA) de Iporá-GO (Figura 1), com a supervisão dos
responsáveis técnicos da SANEAGO, para visualização de todas as etapas que constituem
o tratamento de água.
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A análise inicial dos resultados permitiu verificar na Figura 2-A que, 40% dos
participantes compreendem que a fonte de abastecimento público de água do município
de Iporá seria o Rio Claro, 20% acreditam que a água que abastece o município vem do
Córrego Santo Antônio e, 40% não apresentam conhecimento sobre a mesma. Tais
resultados podem estar relacionadas, por exemplo, a não realização de trabalhos no
ambiente escolar que sinalizem questões hidrográficas da região, ou ainda, a falta de
interesse dos participantes para com as questões relacionadas ao abastecimento público
de água.
Nesse sentido, após a realização da visita técnica na Estação de Tratamento de
Água de Iporá – SANEAGO, verificou-se mudanças significativas em relação as
concepções iniciais dos participantes sobre o abastecimento público de água nesse
município, como pode ser observado na Figura 2-B. Nota-se que, em função da visita
técnica, 80% dos participantes reconhecem o Córrego Santo Antônio como fonte de
abastecimento público de água do município de Iporá. Tais resultados, demonstram de
maneira geral, a importância do uso de espaços não formais de ensino ou da realização
de aulas de campo na abordagem de determinados conteúdos no Ensino de Ciências.
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40% 40%
20%
RIO CLARO
CÓRREGO SANTO ANTÔNIO
NÃO
20%
80%
Figura 2. Conhecimentos prévio (A) e final (B) dos participantes sobre a fonte de
abastecimento público de água do município de Iporá, após visita técnica na Estação de
Tratamento de Água.
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que ocorrem na vida diária dos indivíduos com vistas à aprendizagem de conceitos,
buscando os conhecimentos científicos teóricos numa tentativa de torna-lhes mais
compreensíveis (WARTHA et al., 2013).
Tabela 2. Conhecimentos prévio e final dos alunos sobre a relação da química com o
tratamento de água.
Participantes Conhecimento prévio Conhecimento final
Sim, pois geralmente a água é Sim, pois, por exemplo, após a
contaminada por compostos inserção do ácido as impurezas
químicos e para trazer acabam boiando, tudo isso por
determinadas purezas devemos causa da densidade, conteúdo
P1
fazer a seleção e a remoção de estudado em química I. Também
coisas que podem mesmo trazer temos as análises da água e vários
doenças para nós. outros exemplos que podem ser
citados.
Só com a parte de tratar a água, Sim, água passa por vários
porque são usados produtos processos químicos para ser
químicos. tratada. Por exemplo a parte da
P2
decantação relacionada com a
química e também os produtos
químicos usados.
Sim, porque a química irá estudar Sim, a química estará sempre
todos os componentes químicos e envolvidos nos estudos da água,
P3 substâncias que estão na água. pois a maioria dos produtos e
etapas químicos que ocorrem na
água fazem parte da química.
Não me lembro muito bem Sim, para tirar as impurezas da
P4
água usa o sulfato de alumínio.
Sim, nas propriedades que Sim, vimos a química nos
formam a água (H2O), no processos de análise da qualidade
tratamento da água (agentes da água, análises bacteriológicas,
P5 químicos), no tratamento e coleta no processo de filtração,
do esgoto, densidade da água etc. decantação e também quando é
colocado flúor, sulfato, cal, cloro e
etc.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir da avaliação dos resultados nota-se que a participação dos alunos nessa
aula não-formal, foi importante no processo de aprendizagem, além de ter sido uma aula
validada como estimulante pelos mesmos. Segundo Vieira e colaboradores (2005), ao
ensinar química é importante promover situações que possibilite a formação de uma
bagagem cognitiva no aluno, que não privilegia somente a memorização. E um dos
espaços que podem favorecer a aquisição de tal bagagem cognitiva é o espaços não-
formais, onde se procura transmitir, aos alunos conteúdos de química.
O trabalho visou ensinar o tema água numa perspectiva ambiental, motivando o
interesse dos alunos pelos conteúdos de química que são ensinados em sala de aula, além
disso, conscientizar sobre a importância dos recursos hídricos para a humanidade. O
desenvolvimento das etapas executadas contribui positivamente no ensino-aprendizagem
dos alunos, pois tiveram uma melhor compressão dos assuntos abordados. Os mesmos
puderam perceber a aplicações dos conteúdos de química que são estudados em sala de
aula em espaços não-formais. Contudo, perceberam a importância do tratamento e do
consumo sustentável de água com qualidade.
REFERÊNCIAS
BACCI, D. C.; PATACA, E. M. Educação para a água. Estudos avançados. v.22, n.63,
p.211-226, 2008.
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ambientais. Periódico Eletrônico: Fórum ambiental da alta paulista. v.07, n. 05, p. 548-
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JACOBUCCI, D. F. C. Contribuições dos espaços não-formais de educação para a
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LUDKE, M; ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. 2° ed.
Rio de Janeiro: E.P.U., 2013.
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e Tecnologia) – Universidade Tecnológica Federal - Paraná. Ponta Grossa, 2012.
OLIVEIRA, M. F. Metodologia científica: um manual para a realização de pesquisas em
Administração. Dissertação de pós-graduação – Universidade Federal de Goiás, Catalão,
2011. 72 p.
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INTRODUÇÃO
Mulheres negras sempre produziram conhecimento. No entanto muitos dos
saberes que as “mães pretas”, “curandeiras”, “cozinheiras” e outras tantas destas
mulheres construíram, só podem ser acessados pelo fato de terem sido transmitidos
oralmente. A maioria dos saberes ditos como tradicionais, foram transmitidas as
gerações próximas, por este método (se assim posso chamar).
Eu, professora, artivista e pesquisadora, estou sempre em busca de história de
mulheres negras. Na maioria das vezes não traço nenhum recorte específico no diálogo
com elas, mas me interessa conhecer e reconhecer o que nos conecta ou não e também
como elas desenham suas trajetórias de vida, de confronto com o racismo, os seus afetos
e traumas.
Este trabalho especificamente, está preocupado em entender os conceitos, mas
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toma como parte de sua estrutura, narrativas de duas mulheres negras da cidade de Iporá-
Goiás, onde ambas relatam de forma breve, mas muito poética, suas trajetórias e
inquietações.
De onde vem estas vozes? Em 2014 fiz uma proposta para 6 mulheres negras
com diferentes atuações na cidade, para falarem sobre suas histórias de vida. Apesar de
já nos conhecermos, foi uma surpresa pra mim o quanto de medo e de insegurança havia
nesta possibilidade, assim descreve Daniella Borges que será apresentada mais a frente,
“eu não me via enquanto negra, mas tenho incentivo do pai, para me
assumir e me empoderar. Tenho descoberto coisas sobre mim, que
ainda não são tão claras e que ainda não sei falar sobre elas. A escrita
ocupa um espaço onde eu me escondo, mas que consequentemente me
revela. Me sinto neste momento contraditoriamente encorajada,
insegura e ousada por ter aceitado este convite.”
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sobre a escrita
Talvez, estas mulheres (como eu) tenham percebido que se o ato de
ler oferece a apreensão do mundo, o de escrever ultrapassa os limites
de uma percepção de vida. Escrever pressupõe um dinamismo próprio
do sujeito da escrita, proporcionando-lhe a sua auto inscrição no
interior do mundo. E, em se tratando de um ato empreendido por
mulheres negras, que historicamente transitam por espaços culturais
diferenciados dos lugares ocupados pela cultura das elites, escrever
adquire um sentido de insubordinação (EVARISTO, 2007, p. 20).
METODOLOGIA DE PESQUISA
Como este trabalho visa estabelecer uma reflexão que forneça subsídio teórico
para outras pesquisas, o mesmo está delimitado à pesquisa bibliográfica, onde foram
levantadas obras que perpassam por três temáticas: memória coletiva, mulheres negras
e patrimônio imaterial.
A pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências
teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos,
como livros, artigos científicos, páginas de web sites. Qualquer trabalho
científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao
pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto. Existem
porém
pesquisas científicas que se baseiam unicamente na pesquisa
bibliográfica, procurando referências teóricas publicadas com o
objetivo de recolher informações ou conhecimentos prévios sobre o
problema a respeito do qual se procura a resposta (GERHARDT apud
FONSECA, 2002, p. 32)
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SABÊNCIAS E FALAS
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Mesmo sabendo que nem tudo que mulheres negras dizem, podem ser
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Quero acreditar que esse caminho que vem sendo apontado de desenvolvimento
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grupos? Individualmente? Quais são as barreiras que persistem? Isso muito me interessa,
como pesquisadora, professora e como mulher, por que são nestas histórias nestas
memórias que eu vou me construindo e me apoiando para sobreviver.
Estes encontros de vida, estas reflexões, podem contribuir com o rompimento de
algumas pensamentos atitudes vinculadas e empenhadas na reprodução do próprio
sistema que nos oprime e pode nos impulsionar a escrever diferentes histórias,
A reconstrução de memórias perpassa pela escuta, mas também pelo afeto, pelo
acolhimento e pergunto: “eu” se não fizesse parte de uma “comunidade afetiva” de um “meio
efervescente”? (HALBWACHS, 1990, p. 14), onde eu me encaixaria? É sem dúvidas a busca pelo
lugar de pertencimento.
Acredito que estas escutas, tanto para a localidade onde ela acontece, quanto pra
rede de mulheres e mulheres negras é fundamental. A partir de suas narrativas, pode-se
olhar para a cidade, para as comunidades e para as pesquisas acadêmicas ou não de um
modo mais amplo e honesto, onde estas mulheres não permaneçam no campo da
invisibilidade, nem da segregação.
Não se trata de uma tentativa de resgatar a memória para compreender o presente,
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REFERÊNCIAS
GONZALEZ, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. In: SILVA, Luiz Antônio
Machado et all. Ciências Sociais Hoje 2: movimentos sociais urbanos, minorias étnicas e
outros estudos. Brasília: ANPOCS, 1984. p. 223-244.
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Resumo: Esta pesquisa procura refletir a educação na sociedade capitalista a partir de uma
concepção ampliada que pensa a educação como possibilidade de formação humana em vários
espaços, além do escolar. Por meio de uma perspectiva crítico emancipadora, com o exercício em
compreender a educação em sua essência e de forma a desvelar algumas das contradições da
sociedade capitalista que propomos esse debate. Partindo do pressuposto que a educação acontece
em todos os lugares, observa-se que o fim que lhe é proposto envolve o bem social ou não. Dessa
forma, influenciada pelo modo de produção capitalista, que apenas reproduz a dominação do
capital e a desigualdade social, deparamos com o (des)uso da educação na reprodução de
ideologias voltadas para a manutenção do modelo de produção capitalista vigente na sociedade
contemporânea. Este trabalho objetivou entender os conceitos de educação, cultura, alienação e
como eles estão diretamente vinculados à formação opacisadora na sociedade capitalista, a fim
de perceber as influências desse modo de produção no que diz respeito à educação. A investigação
utilizou-se da pesquisa bibliográfica e trouxe como referencias teóricos os estudos de Mészaros,
Marx, Mascarenhas, Brandão, Gohn, Gramsci e Frigotto. As contribuições desta pesquisa
revelaram que todos os espaços educativos/formativos estão diretamente relacionados com o
sistema capitalista; desde a família, perpassando pela igreja, meios de comunicação e a educação
formal, no qual a gênese está muito distante de uma formação emancipadora. Nesse aspecto, faz-
se necessário a universalização da educação e do trabalho como atividade humana auto
realizadora para romper com esta ordem social vigente.
INTRODUÇÃO
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METODOLOGIA DE PESQUISA
DISCUSSÃO E RESULTADOS
CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO E CULTURA
“Ninguém escapa da educação” (Brandão, 2007, p.7). Essa afirmação do autor nos
remete a pensar em uma conceito amplo de educação. Ao contrário do que, culturalmente,
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as pessoas acham que ela só acontece na escola. As vezes até concerne à escola o
sinônimo de educação. Essa equivocada atribuição, faz com que a escola carregue consigo
toda a responsabilidade da educação.
A educação inicia na infância e se prolonga até a morte, como cita Paracelco apud
Meszáros (2005, p.23) “a aprendizagem é a nossa própria vida, desde a juventude até a
velhice, de fato quase até a morte; ninguém passa dez horas sem nada aprender”. Diante
disso, podemos perceber que não é a escola a única responsável pela educação e
aprendizagem. Em todas as interações sociais, interpessoais acontece a educação. Tudo
ensina, tudo educa. Ensinar e aprender é um ato intrínseco.
Educação e aprendizagem ocorrem em todos os espaços. Brandão relata que o
importante é a troca de conhecimentos e experiências entre as pessoas, pois “tudo o que
se sabe aos poucos se adquire por viver muitas e diferentes situações de troca entre as
pessoas, com o corpo, com a consciência, com o corpo-e-a-consciência”. Dessa maneira,
ocorrendo o contato entre as pessoas, o saber pode fluir “pelos ares de quem sabe-e-faz,
para quem não-sabe-e-aprende” (BRANDÃO, 2007, p.18).
Em outra obra, Brandão (2002) coloca que toda a educação é cultura, isto é, ele analisa a
educação como cultura, numa perspectiva de passagem do “cotidiano da escola para a educação
do cotidiano” (p.156), e nesse sentido, propõe:
Ao refletir sobre a relação entre educação e cultura Brandão coloca que “somos
seres humanos, porque aprendemos na e da cultura de que somos e de que participamos”.
Para o autor toda a cultura é fruto direto do trabalho da educação e esta cultura nos cerca
e envolve nossa vida, “vai da língua que falamos ao amor que praticamos, e da comida
que comemos à filosofia de vida com que atribuímos sentidos ao mundo, à fala, ao amor,
à comida, ao saber, à educação e nós próprios” (BRANDÃO, 2002, p.141).
A cultura é definida como
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O homem transforma a natureza para viver, logo torna-se seres de cultura e é por
essa cultura que nos diferenciamos de outros seres. Somos seres aprendentes. Tudo é
espaço de cultura e aprendizagem, portanto de educação. Diante disso, Gohn (2010)
considera que a educação acontece de maneira formal, não formal e informal.
Para esta autora, a educação formal é desenvolvida nas escolas, com conteúdo
previamente demarcados, no qual os educadores são os professores, através de ambientes
normatizados, com regras, normas e padrões a serem obedecidos; com objetivos relativos
ao ensino e aprendizagem de conteúdos sistematizados, onde há certificação.
A educação informal é aquela que acontece durante seu processo de socialização
gerada nas relações intra e extra familiares, no qual incorpora valores e culturas próprias
e sentimentos herdados. Os agentes educadores são os pais, família, amigos, igreja, meios
de comunicação de massa, que opera em ambientes espontâneos. Esse tipo de educação
desenvolve hábitos, atitudes e comportamentos, onde os conhecimentos não são
sistematizados e são repassados a partir de práticas e experiências anteriores e os
resultados não são esperados, eles simplesmente acontecem. (GOHN, 2010)
A mesma autora ainda coloca que, a educação não formal se aprende no mundo
da vida, no qual compartilhamos experiências. O grande educador é o outro que interage,
que integra. Acontece nos espaços educativos localizado em territórios de trajetórias de
vida dos grupos, fora das escolas em locais informais, onde situações interativas são
construídas coletivamente e a participação é optativa. Existe uma relação entre o
conhecimento do mundo e as relações sociais, no qual o processo interativo se transforma
em processo educativo. Trabalha e forma a política de um grupo, ajudando na construção
da identidade coletiva.
Diante do que Gohn (2010) aborda pode-se observar que a educação acontece a
todo momento, nenhum momento ficamos inertes sem o processo de ensinar e aprender.
Nesse sentido, Mascarenhas (2004, p.18) descreve que “educação é aprendizado,
vivência, criação e recriação, movimento e interação”. Ela coloca que “o olhar sobre a
educação que não se mantém no raio de abrangência da escola, que não sofre clausura,
que vê um horizonte mais ampliado, capta a relação educação, cultura e vida social”. E é
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diante dessa relação que explicitaremos a seguir como essa educação é influenciada à
perpetuação do sistema de modo de produção capitalista.
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resultado de seu esforço, se desumaniza e ele o perde em si. Essa perca em si e esse
estranhamento ao produto final do trabalho, no qual ele só produz uma parte é a alienação.
No sistema capitalista, existe essa divisão do trabalho que faz com que os
indivíduos sejam “mutilados e transformados no aparelho automático de um trabalho
parcial, tornando-se, assim um ser humano como simples fragmento de seu próprio
corpo”. (MARX, 2004, p.29)
Não se separa trabalho intelectual e trabalho manual. De acordo com Gramsci
(p.11) “não existe atividade humana que possa excluir toda intervenção intelectual, não
se pode separar Homo faber e Homo sapiens”.
Quando o indivíduo se aliena no trabalho que é elemento fundamental da condição
ontológica do ser humano, ele se aliena em todos os outros setores da sua vida: social,
emocional, profissional, político, familiar, no lazer, como se isso fizesse parte da
naturalização do processo. Partindo desta concepção de alienação, percebe-se que ela
acontece durante todo o processo de educação, correspondendo às exigências do sistema
produtivo.
A alienação ocorre visivelmente na educação formal, na qual professores de
escolas públicas reproduzem as demandas do capital na formação para o trabalho manual
desde crianças.
A educação institucionalizada serviu ao propósito de não só fornecer os
conhecimentos e o pessoal necessário à máquina produtiva em
expansão do sistema do capital, como também gerar e transmitir um
quadro de valores que legitima os interesses dominantes, como se não
pudesse haver nenhuma alternativa à gestão da sociedade, seja na forma
“internalizada” ou através de uma dominação estrutural e uma
subordinação hierárquica e implacavelmente impostas. (MÉSZAROS,
2005, p. 35)
Nessa concepção, a educação formal torna-se uma meio para atingir a finalidade
de produção industrial, constituindo em uma pseudoformação socializada, acrítica, uma
consciência alienada, condicionando o homem “livre” às forças produtivas de trabalho,
transformando-o em trabalhador subjugado pelo capital, negligenciando a formação
autônoma e emancipadora, colaborando para o progresso da sociedade capitalista.
Assim, Frigotto (2010) aborda que o caráter subordinado das práticas educativas
aos interesses do capital historicamente toma forma e conteúdo diversos, no qual esse
caráter explícito é uma clara diferenciação da educação para a classe burguesa e a classe
trabalhadora. O autor ainda afirma que:
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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campo religioso. In: Assis, R. M. (Org.) Educação e cultura: diferentes dimensões.
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MARX, Karl. Manuscritos econômico -filosóficos. Trad. Jesus Raniere. São Paulo:
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ensino e divisão do trabalho. São Paulo: Centauro, 2004. Cap. 1. p. 15-26.
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MÉSZAROS, István. A educação para além do capital. São Paulo: Boi Tempo Editorial,
2006. 126p.
WILLIAMS, Reymond. Cultura e materialismo. São Paulo: Editora Unesp, 2011. 380p.
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Resumo: Há inúmeros estudiosos que tem intensificado os estudos sobre as pessoas com
deficiência e com necessidades educacionais específicas, no intuito de promover e incentivar a
inclusão escolar e social destes sujeitos. No entanto, para que se possa compreender os diversos
estigmas e estereótipos relacionados às pessoas com deficiência e com necessidades
específicas, torna-se necessário percorrer e conhecer a trajetória histórica no que se refere ao
tratamento, atendimento e reconhecimentos desses sujeitos históricos na sociedade. Contudo,
ao fazer este itinerário histórico, constata-se a forte e fatídica realidade de discriminação,
exclusão, segregação, institucionalização e marginalização destas pessoas nas mais diversas
formas de tratamento. Assim, neste trabalho nos propomos a fazer uma breve pesquisa
bibliográfica sobre a história da Educação Especial, em especial, na perspectiva da educação
inclusiva para embasar uma análise da situação da inclusão escolar e social de hoje, destacando
os principais paradigmas que caracterizaram as pessoas com deficiência e com necessidades
educacionais específicas ao longo da história. A partir de recortes históricos, objetivamos
compreender o paradigma da inclusão escolar e social, frente ao contexto histórico e social
vivenciados pelas pessoas com deficiência e com necessidades educacionais específicas, bem
como demonstrar como os caminhos percorridos por estas pessoas. Nesse sentido, para obter a
compreensão desejada, foi feito um levantamento bibliográfico para reconhecer quem são e
como foram tratadas as pessoas com deficiência e com necessidades educacionais específicas
nos ambientes sociais e educacionais ao longo da histórica e contextos sociais, procurando
reconhecer quem foram e quem são estes sujeitos, bem como observar os avanços obtidos no
atendimento e valorização destes sujeitos. Após as pesquisas realizadas, percebeu-se que estas
pessoas passaram por fases de intensas exclusão, segregação, uma forçada integração e a atual
perspectiva de atendimento à estas pessoas no paradigma da inclusão. Concluiu-se ainda que a
inclusão é fruto de intensas mudanças de paradigma social, porém, mesmo com a forte
mobilização para a inclusão da pessoas com deficiência e com necessidades educacionais
específicas nos mais diversos ambientes, nota-se uma inclusão/exclusão muito presente ainda
nos ambientes sociais, educacionais, dentre tantos outros, com práticas discriminatórias e
(pré)conceituosas.
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INTRODUÇÃO
METODOLOGIA DE PESQUISA
Para a realização deste trabalho, foi utilizada a pesquisa bibliográfica, onde várias
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literaturas foram consultadas sobre o assunto em estudo, bem como artigos publicados,
que possibilitaram a fundamentação deste trabalho
De acordo com Marconi e Lakatos (1992), a pesquisa bibliográfica é o
levantamento de bibliografias já publicadas em forma de livros, revistas, publicações
avulsas e imprensa escrita. A finalidade deste método de pesquisa é fazer com que o
pesquisador entre em contato com o material produzido sobre um determinado assunto,
auxiliando-o na análise, coleta de dados e informações, conceitos e outras informações
importantes para o trabalho em estudo.
A pesquisa bibliográfica pode ser considerada como o primeiro passo de toda e
qualquer pesquisa científica, pois a partir dela, tem-se os dados e conceitos fundamentais
para outros processos da pesquisa. Portanto, para conhecer os processos históricos sobre
a inclusão escolar e social das pessoas com deficiência e com necessidades educacionais
específicas, bem como os conceitos histórica e socialmente constituído sobre a
deficiência, foi realizada uma pesquisa bibliográfica em diversos acervos da literatura
sobre o assunto para assim, expor as principais informações encontradas.
RESULADO E DISCUSSÃO:
Breve panorama histórico sobre a Inclusão Escolar e Social das pessoas com
deficiência e com necessidades educacionais específicas
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nas concepções sobre as pessoas com deficiência. Nesse período, surgiram serviços
públicos e particulares de reabilitação física e profissional das pessoas com deficiência e
sob a alento da Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), algumas pessoas com
deficiência tiveram a rara oportunidade de receber tais serviços. Começam a acreditar na
possibilidade de intervenções e encaminhamentos das pessoas com deficiência para vida
em sociedade. Há a criação das Escola de Ensino Especial, das entidades assistenciais e
dos centros de reabilitação. Para Bueno (1999), a integração:
tinha como pressuposto que o problema residia nas características das
crianças excepcionais, na medida que centrava toda sua argumentação
na perspectiva de detecção mais precisa dessas características e no
estabelecimento de critérios baseados nessa detecção para a
incorporação ou não pelo ensino regular, expresso na afirmação –
sempre que suas condições pessoais permitirem (BUENO, 1999, p 8),
Esse paradigma foi rapidamente questionado, pois tanto os acadêmicos como
quanto os deficientes e familiares não viam possibilidade de um deficiente executar as
atividades sociais tão bem quanto um “normal” e tão pouco concebiam a possibilidade de
igualdade entre os homens ou de invalidade da diferença.
O conceito de integração, que se caracterizava pela escolarização das crianças com
deficiências em ambientes o menos segregados possível, junto com seus pares de idade
cronológica, e com a oferta de apoios necessários a cada estudante, só chega ao Brasil, na
década de 1970. Esse modelo se opunha aos modelos de segregação e defendia-se a ideia
de possibilitar às pessoas com deficiência condições de vida o mais normal possível.
Ainda que as propostas de definição das políticas públicas da década de 1980
foram norteadas pelos princípios da normalização e da integração, o que puderam ser
observadas foram ações voltadas para que as pessoas com deficiência fossem retiradas
das escolas consideradas regulares. Essas pessoas, colocadas nas classes especiais,
deveriam ser preparadas para o retorno à classe comum. Ou seja, nesse período de
integração, acreditava-se que a pessoa com deficiência é quem deveria se adaptar à escola,
sendo predominante o caráter de integração à educação dos estudantes da Educação
Especial.
Finalmente, surge o quarto período histórico referente ao atendimento às pessoas
com deficiência, em que vivemos até o presente momento, a inclusão. Somente a partir
da década de 1990, as pessoas com deficiência tiveram suas histórias marcadas pelos
movimentos de luta das próprias pessoas com deficiência em busca pela educação
inclusiva, que abarcavam ações políticas, culturais, sociais e pedagógicas sobre as pessoas
com deficiência, desencadeadas em defesa do direito de todos terem a oportunidade de
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inadequado. A não utilização desse termo justifica-se por elas não portarem, carregarem
a deficiência; que a deficiência é algo que a pessoa possui permanentemente e não é como
coisas que às vezes portamos ou carregamos como por exemplo, um documento de
identidade, um objeto, etc.
Apesar de a Constituição Federal e outros documentos legais trazerem nos seus
textos “pessoa portadora de deficiência”, referências como essa devem ficar restritas a
transcrições de textos de lei e citações, para que se respeite a redação original, pois esse
era o termo utilizado na época. Diversos projetos de lei, propostas de emenda à
Constituição e outras proposições tramitam no Congresso Nacional com o objetivo de
atualizar a legislação no que se refere às novas terminologias quando se tratar das pessoas
com deficiência.
No início da década de 90, com o advento da inclusão e com os movimentos
sociais pela inclusão social das pessoas com deficiência, esses termos foram substituídos
por novas palavras, evidenciando novos conceitos e novos significados sobre a pessoa
com deficiência. Nesse período, o termo “pessoas com deficiência” começou a ser
utilizado. A expressão surgiu para substituir “pessoa portadora de deficiência”, uma vez
que a condição de ter uma deficiência faz parte da pessoa e não é portada, ou seja, carrega
por ela. A nova terminologia visa valorizar as diferenças, não camuflar a deficiência e
combater (pré)conceitos.
Segundo a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (CDPD), da
Organização das Nações Unidas (ONU):
Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo
prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em
interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena
e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais
pessoas. (CDPD, 2009, p. 26)
A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU, realizada
em 2006, foi promulgada pelo Brasil em 2009. O texto, que passou a valer como uma
emenda constitucional, reconhece a deficiência como o resultado entre pessoas e as
barreiras humanas ou físicas que impedem sua plena participação na sociedade. Na
Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (2009), há o reconhecimento
de que a deficiência é um conceito em evolução e resultante da interação com as barreiras
existentes, conforme dispõe o modelo social, conforme o texto legal:
Reconhecendo que a deficiência é um conceito em evolução e que a
deficiência resulta da interação entre pessoas com deficiência e as
barreiras devidas às atitudes e ao ambiente que impedem a plena e
efetiva participação dessas pessoas na sociedade em igualdade de
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Estudos sobre a inclusão escolar e social das pessoas com deficiência e com
necessidades educacionais específicas estão cada vez mais em evidência na atualidade.
Embora o acesso à educação e aos direitos sociais sejam uma garantia legal, existem
vários entraves que impossibilitam que a educação e a socialização das pessoas com
deficiências e com necessidades educacionais específicas ocorram na prática, privando
que a diversidade seja efetivada nas escolas ‘inclusivas’ e nos ‘ambientes sociais’.
Na história do tratamento e atendimento às pessoas com deficiência e com
necessidades educacionais específicas percebemos a passagem pelos diversos paradigmas
e estereótipos escolares e sociais. Percebe-se que ainda nos encontramos divididos entre
as ideias da inclusão/exclusão, ou seja, ‘estamos’ lutando por uma inclusão escolar e
social, porém com práticas discriminatórias, pensamentos preconceituosos e ações
marginalizadoras, valorizando com muito mais ênfase os ‘padrões sociais’
preestabelecidos, não reconhecendo que somos sujeitos social e historicamente
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REFERÊNCIAS
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Resumo: O presente artigo apresenta uma abordagem sobre a formação continuada no ano de
2017 realizada na Escola Estadual Padre Onesto Costa, localizada na zona rural do município
de Primavera do Leste/MT. A formação desenvolvida tem a escola como lócus desse processo,
cujo ponto de partida é o diagnóstico pedagógico que direcionou a problemática, a escolha das
temáticas e a definição do aporte teórico para estudo. Tem como objetivo principal: investigar
em que medida o estudo na sala de formação contribuiu para reflexão e ação dos professores,
assim como os objetivos específicos: averiguar quais ações foram desencadeadas após os
estudos no momento formativo na escola e identificar os desafios e possibilidades encontradas
pelos professores para o desenvolvimento do ensino da leitura e escrita em sala de aula. A
metodologia utilizada foi a pesquisa qualitativa com observação participante. Para coleta de
dados utilizou-se questionários aplicados aos professores e alunos, avaliação da temática
elaborada pela equipe e observações por parte da professora formadora. Neste contexto foi
analisado diversas intervenções, como seminários, leituras de imagens, fragmentos de textos e
construção do memorial da escola. Os alunos também perceberam a importância de ler e
escrever, embora ainda apresentem algumas resistências. Os professores incorporaram em seus
planos de ensino a responsabilidade e o compromisso com a leitura e a escrita em todos os
componentes curriculares. Constatou-se que o Pró-Escolas Formação na Escola (PEFE) na
Escola Estadual Padre Onesto Costa tem contribuído para promover a reflexão dos professores
sobre as dificuldades no processo de ensino e aprendizagem encontrados na unidade escolar e
ao mesmo tempo mobilizar ações que venham ao encontro de possíveis soluções dos problemas
detectados no diagnóstico.
INTRODUÇÃO
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realizou uma avaliação final sobre a temática estudada no primeiro semestre, apontando
o que foi possível incorporar na prática pedagógica, os resultados obtidos e sugestões para
melhoria no processo formativo. A avaliação final foi desenvolvida de forma oral, contou
com a participação de todos e foi sistematizada pelo coordenador pedagógico.
Para a coleta de dados, a abordagem qualitativa mostra-se a mais adequada para
este procedimento, adotou-se então, a observação participante, questionários aplicados
para professores e alunos e a avaliação da temática realizada na formação. Com relação a
estas técnicas, Richardson (1999) destaca a possibilidade de o pesquisador verificar os
detalhes do fenômeno no momento que ocorre, levando para a descrição pontos
importantes.
Uma das principais justificativas da pesquisa qualitativa segundo Richardson
(1999, p. 79), é “a forma adequada de entender a natureza de um fenômeno social”. Já a
opção pela observação dá-se pelo fato dos autores participarem dos encontros formativos
na escola, ou seja, estando inseridos na dinâmica do processo, proporcionando melhores
condições para análise do problema investigado.
Segundo Bogdan e Biklen (1994, p. 16), na pesquisa qualitativa a observação
participante é uma estratégia representativa, introduzindo-se no mundo das pessoas que
pretende estudar, tenta conhecê-las, dar-se a conhecer e ganhar a sua confiança,
elaborando um registro escrito e sistemático de tudo aquilo que ouve e observa.
Para descrever os resultados obtidos na formação continuada, apresentados neste
artigo, considerou as respostas dos professores no questionário inicial feito em abril, a
avaliação desenvolvida pela equipe, diálogo e questionário aplicado com todos os alunos
do Ensino Médio Regular no mês de outubro, avaliação final da temática elaborada pelo
grupo de professores e as observações realizadas pela professora formadora do Cefapro
(profissional responsável por acompanhar e orientar a formação na escola). Essas
observações aconteceram ao longo da formação, nos momentos de estudos dos
professores e diálogo/orientação com o coordenador pedagógico.
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das mesmas, bem como viabilizando a leitura de artigos retirados da internet, cujo
objetivo era oportunizar a leitura pelos professores junto com os alunos, gerando assim
uma discussão do tema tratado.
Com relação ao fornecimento de materiais da biblioteca, não foi verificado
nenhum feedback por parte dos educadores, apesar do incentivo, já na questão dos textos
semanais com datas comemorativas, houve uma boa recepção por parte de três
professoras, ocorrendo leituras nas primeiras semanas. Por fim o uso desse material foi
se tornando esporádico, sendo condicionado exclusivamente à iniciativa do coordenador
pedagógico.
Sobre as atividades desenvolvidas, os professores relataram diversas ações
envolvendo leitura e escrita no transcorrer das aulas. Neste sentido, com o intuito de
analisar a percepção dos alunos com relação as atividades, fez-se os seguintes
questionamentos para os mesmos: os professores trabalham atividades de leitura e escrita
durante as aulas? Como? Do total de alunos matriculados, trinta e três responderam à
pergunta e todos afirmaram que os professores trabalham leitura e escrita, utilizando de
estratégias como: seminário, resumo, redações, leitura em voz alta, pesquisas, entre
outras. Foi possível identificar nas respostas a preocupação dos professores em trabalhar
a leitura e escrita em sala de aula. Tal como na escrita do aluno: “sim, principalmente a
professora (...), por que ela percebeu que nós estávamos com dificuldade para interpretar
os textos e ela começou a trabalhar com diferentes textos do livro, e assim da maneira
dela, estamos tendo mais interesse na leitura e na interpretação dos mesmos”. Tal
proposição de trabalho vem ao encontro da ideia defendida por Neves et al (2007)
desenvolver as habilidades de leitura e escrita deverá ser responsabilidade de todos os
professores, rompendo assim com a “cultura” de atribuir tal tarefa ao professor de língua
portuguesa, ela ressalta que cada disciplina tem suas particularidades, cabendo assim ser
trabalhada dentro do próprio componente curricular.
Ao responder à pergunta: Que tipo de leitura você faz na escola? As respostasdos
alunos variaram desde: “nenhuma; mas eu leio livros em casa; eu gosto de livros de
terror”. Outra resposta:“normalmenteleio apenas os conteúdos dos livros didáticos ou
livros utilizados para algum trabalho, como a leitura do livro Iracema, fazer a leitura,
debater e associar a escrita com o estilo do ano no qual foi escrito e também textos
aleatórios passados pelos professores”. A maioria dos alunos afirmou que lêem o livro
didático. Tal resultado reforça o que foi observado ao longo dos estudos, o corpo docente
relatou por diversas vezes a dificuldade em trabalhar leitura variada, dada a escassez de
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recursos e livros disponibilizados na biblioteca escolar, são livros que pouco chamam a
atenção dos alunos, tornando assim uma dificuldade na diversificação das estratégias de
leitura e centralização da utilização do livro didático para tal finalidade.
A afirmação dos professores citada anteriormente confirma-se por meio da
resposta ao questionário: você lê os livros de literatura da biblioteca escolar? Os
professores incentivam você a ler? A maioria dos alunos afirmou que ocorre o incentivo,
entretanto não utilizam os livros disponíveis na biblioteca e apresentou justificativas tais
como: não ser o estilo literário de sua preferência ou por não gostar de ler. Evidenciado
na seguinte resposta “não, mas os professores incentivam, mas os livros não fazem muito
meu estilo que eu gosto”.
Nas observações dos professores e respostas dos alunos é perceptível a existência
de desmotivação para leitura das obras disponíveis na biblioteca, sob a alegação dos livros
não chamarem a atenção dos mesmos. Tal preocupação é válida, no entanto conforme
salienta Solé (2008) para que atividade de leitura seja motivadora é necessário que a
mesma tenha sentido para quem está realizando-a, porém ela ressalta que o interesse
também se cria, onde o professor desempenha papel fundamental na mediação eno
esclarecimento dos objetivos da leitura.
Ao serem indagados se a atividade na escola contribui com o desenvolvimento
da leitura e escrita, a maioria dos alunos respondeu sim, destacando os pontos positivos
da metodologia abordada pelos professores, possível perceber nas respostas: aluno
1“Com certeza, se essas atividades não fossem impostas muitos de nós não teríamos
nenhum contato com leitura e a escrita”. Aluno 2“Sim, pois temos que ler o conteúdo
passado pela professora, fazer o resumo e apresentar para a turma. E isso nos ajuda
muito, pois ao mesmo tempo estamos lendo, produzindo um texto e logo depois vamos
apresentar a todos”.
Também foi solicitado aos alunos que respondessem a seguinte pergunta: ao
realizar sua autoavaliação, você considera que tem alguma dificuldade para ler, interpretar
e produzir texto? Apenas dois alunos afirmaram que não tem dificuldade para ler,
interpretar e produzir textos e os trinta e um citaram ter ao menos uma das dificuldades
apontadas no questionamento. Dentre os pesquisados trinta e seis por cento responderam
que tem dificuldade para produzir textos, conforme é possível observar nas respostas.
Aluno 3“Tenho facilidade em ler e interpretar já na produção de texto não tenho tanta
facilidade no quesito, fazer em pouco tempo, um bom texto, porém percebi minha melhora
com as redações”. Aluno 4“Sim. Em interpretar, já tenho essa dificuldade há um tempo.
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Porém, não é em tudo, exemplo, livros de meu gosto eu entendo e sei contar toda a
história. Minha dificuldade é em perguntas de provas e de livros didáticos, entre outros”.
Ao longo dos encontros formativos houve a reflexão sobre as dificuldades dos
alunos do Ensino Médio Regular sobre leitura, interpretação, escrita e segundo a
professora eles ainda apresentam dificuldade e a mesma afirma que a leitura atrativa
estimula a prática, e assim narra “com base nos meus alunos, eu acredito que sim.
Principalmente quando a interpretação exige que eles retirem informações implícitas do
texto. Os alunos tem dificuldade em ler “textos obrigatórios”, mas não significa que
todos eles não gostem de ler.Acredito que trabalhar textos que sejam do interesse deles
torna a leitura mais atrativa e tem estimulado a prática”.
Considerando as discussões promovidas neste artigo, evidenciou nas falas dos
professores a necessidade de a teoria estar relacionada com a prática, onde as mesmas
precisam atender as especificidades do contexto escolar. Assim como afirma Nóvoa
(1997) as teorias só farão sentido se forem desenvolvidas dentro do ofício, cuja ação
precisa ser embasada na reflexão do seu próprio trabalho. Isso reforça como o PEFE tem
colaborado, na reflexão-ação-reflexão das ações educativas, na qual considera como
ponto de partida as reais necessidades da unidade escolar, como mostrou os resultados
dos dados obtidos nesta pesquisa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao analisar o processo de formação continuada na escola identificou-se a
contribuição da mesma para o desenvolvimento profissional, ao prover momentos de
reflexão-ação onde foram desencadeadas aprendizagens conceituais, como a diferença
entre leitura e decodificação e a sensibilização sobre o compromisso de todos com a
leitura, interpretação e escrita. Puderam perceber que alguns alunos já possuíam o hábito
da leitura, assim como mobilização de ações para estimular o gosto da leitura para aqueles
que ainda não a possuía.
Existem desafios ao se trabalhar com leitura, interpretação e escrita como a
desmotivação por parte dos alunos, poucas opções de livros, concentração na utilização
do livro didático para tal finalidade, necessidade de adequar o espaço da biblioteca
escolar. Por outro lado, os alunos reconhecem o trabalho dos professores ao incentivarem
e desenvolverem atividades que utilizam da leitura, interpretação e produção de texto.
Para isso variar as estratégias tem sido uma possibilidade no desenvolvimento dessas
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REFERÊNCIAS
BOGDAN, Robert; BIKLEN, Sari. Investigação qualitativa em educação: uma
introdução à teoria e aos métodos. Porto: Porto Editora, 1994
RICHARDSON, Roberto Jarry. (et al). Pesquisa social: Métodos e Técnicas. São Paulo:
Atlas, 3ª Edição, 1999.
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Resumo: No conceito de trabalho, enquanto ação do homem sobre si, sobre os outros e sobre a
natureza, há uma diversidade de atributos a considerar. Quando se trata então do que faz o
professor, além da ampla carga que comporta o seu fazer, ele se encontra desprestigiado
socialmente a ponto de ser considerado que não realiza trabalho. O ensino é avaliado por Saviani
(1996) como trabalho não-material, em que o consumo e a produção se coincidem e não há um
objeto que materialize a prática do professor. O docente então, julgado como prestador de serviço,
carrega o dissabor de ser considerado, na sociedade capitalista, um mero proletário. Compreender
as características do que faz o professor ao se inserir num espaço e modificá-lo, produzindo
diferentes histórias, num movimento rico de singularidades é a nossa intenção para daí mostrar
que o ensino é trabalho. Esse objetivo se fez através de pesquisa bibliográfica e experiência
vivenciada no trabalho de ensinar. Abordamos as nuances que perpassam a docência, partindo
dos pressupostos da explicitação do conceito de atividade tal como concebe Amigues (2004), ao
distinguir os prescritos como tarefa e o efetivamente realizado como atividade. De posse destes
argumentos, desembocamos na conceitualização do ensino como trabalho.
INTRODUÇÃO
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METODOLOGIA DE PESQUISA
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pecualiar, pois muito do que vai executar, parte de demandas não prescritas.
Uma vez não sendo objeto visível, alguns autores consideram o ensino como
não-material. Caso de Saviani (1996, p. 16) quando conceitua o ensino como produtor da
existência intelectual, “de ideias, conceitos, valores, símbolos, hábitos, atitudes. Numa
palavra, trata-se da produção do saber, seja do saber sobre a natureza, seja do saber sobre
a cultura, isto é, o conjunto da produção humana”.
Nesse sentido, o professor tem função essencialmente formadora ao organizar os
saberes de modo intencional, com o objetivo de que, cada indivíduo em sua singularidade,
aproprie do produto histórico da humanidade, onde a cultura popular possa se elevar à
cultura erudita.
No campo das considerações do trabalho docente como não-material, sua
classificação se estende à categoria de serviços. Hypólito (1997) define serviços como a
prestação de trabalho especializado cuja produção e consumo coincidem, sem, no entanto,
haver a materialidade do produto. Inexiste a mercadoria e, uma vez não objetada, a
mensagem presente é a de que o trabalho não produziu valor - nos preceitos do processo
capitalista de produção de mercadorias, quando avalia trabalho produtivo aquele que
acrescenta valor ao capital e produz mais-valia - conforme define os conceitos marxistas.
Nesse sentido, o professor realiza serviço público, trabalha para o Estado que oferece à
população ensino gratuito.
Contudo, o ensino tem sido submetido à lógica capitalista da racionalização e
organização (HYPOLITO, 1997) implementada pelas políticas reguladoras do Estado,
que ao mesmo tempo conjuga elementos de concepção, controle, intensificação e
desqualificação do trabalho docente.
Por carregar essas caracaterísticas do modo de produção capitalsta, Wenzel
(1991 apud HYPOLITO, 1997) situa o ensino na categoria da proletarização, a qual se dá
quando a produção capitalista retira do trabalhador o controle sobre o processo produtivo.
A proletarização do ensino é o resultado das mudanças provocadas na
organização escolar e na atividade docente na atual conjuntura do capital (TUMOLO;
FONTANA, 2008, p. 162), marcada pela baixa remuneração, intensa carga horária em
condições difíceis de trabalho, desprestígio social, presença de especialistas na escola. O
que proletariza o trabalho do professor no processo de trabalho é todo esse contexto.
O trabalho docente tem muito daquele que o faz, planeja, pensa. Sendo o ensino
um trabalho que envolve relações humanas, não há controle total com prescritos, mas
ressaltamos que todo esse processo depende de escolhas, pois, se o professor opta por
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padronizar sua aula conforme as normatizações, os manuais escolares lhe permitem isso,
e as relações interpessoais acabam sendo robotizadas. Se o professor decide não financiar
compartilhamentos em sua aula, se decide por treinar os alunos para a realização de
avaliações externas, se impede qualquer manifestação dialógica, caminha para a
efetivação dos preceitos gestionários normatizantes. Por aí se inibem o processo de
atividade tão necessário nas discussões da singularidade do trabalho docente, que jamais
é mera execução, porque há sempre um planejamento no pensamento, antes e durante a
sua concretização.
Em se trantanto de pensar no que executar no trabalho, Taylor não fica à margem
das discussões. Por volta de 1960, Taylor estabeleceu a gerência científica como gestão
do trabalho nos Estados Unidos (SCHWARTZ, 2011). Desprezou o pensar dos
trabalhadores, concebendo o trabalho como execução daquilo que foi idealizado por
outro, num minucioso regime de otimização do gesto produtivo (idem), delegando ao
trabalhador a execução de prescrições e normas organizadas cientificamente para
potencializar os resultados do trabalho.
Essa visão prescritiva do trabalho tem feito presença nos espaços escolares,
propagando a ideia de que é possível fazer do professor “um repetidor”, reduzindo-o desta
forma a uma “máquina” de execução de tarefas consideradas simples, e tornado o trabalho
simplificado.
Contudo, em se tratando do trabalho docente, e não somente ele, mas àqueles
que lidam com seres humanos: bancário, enfermeiros, policiais etc - lidam com desejos,
personalidades controversas e sentimentos diversos - não é o bastante o cumprimento de
prescrições. O ensino exige redefinições de acordo com o espaço onde é desenvolvido,
abarcando o uso de instrumentos adequados e mediações para que os alunos tomem
iniciativas e desenvolvam ações.
Desse modo, o professor gere esse meio construindo “dimensões coletivas da
ação individual” (AMIGUES, 2004, p. 48) tornando coesas as ações, coerentemente
organizadas para que se instale uma relação cultural com o saber e, com isso, o aluno
modifique sua relação pessoal com o conhecimento.
Os objetivos de trabalho docente são simbólicos e sua objetivação é representada
no ato de ser, fazer e saber do aluno, vislumbres que se apresentam em meio a
comportamentos socioculturais, isto é, um abstrato carregado de subjetivação com os
quais o professor lida cotidianamente, num trabalho com fins ambiciosos que buscam
assegurar o desenvolvimento intelectual do aluno e o respeito às diversidades.
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(AMIGUES, 2004, p. 38), encerra uma extensiva jornada que por vezes chega a três
turnos diários em espaços com escassez e até inexistência de recursos materiais para a
efetivação das suas aulas: laboratório de informática inadequado ao número de alunos;
inexistência de laboratórios de matemática e ciências; recursos pedagógicos insuficientes
ao quantitativo de alunos; equipamentos tecnológicos em número insatisfatório para uso
simultâneo nas diversas salas do turno escolar.
Paralela às condições objetivas, acrescentam-se tensões diversas dadas pela
singularidade dos contextos (social, político, econômico, cultural) em que o professor se
insere: turmas com número elevado de alunos; vínculo empregatício temporário;
diversidade de matérias a assumir; lidar com alunos com necessidades especiais para as
quais não se encontra preparado; violência escolar; responsabilização pelo fracasso dos
alunos; trabalho coletivo burocratizado com pauta definida pela Secretaria da Educação
resumida a cobranças e prescrições.
Comumente o resultado dessas interseções é carregado de conflitos que se
refletem em sua saúde, elemento oculto no trabalho de ensino. Nisso, a escola tem sido
sistematicamente invadida por direcionamentos de gestão fabris: controle metódico do
tempo de aula, prescrição de conteúdos, tarefas normatizadas em estratégias de gestão de
racionalização financeira e estrutural. Essa diretriz se assemelha ao que Alves (2014)
descreve como New Public Management.
O New Public Management ou Nova Gestão Pública data de 1970 (ALVES,
2014) como corrente da administração que nasceu nos Estados Unidos com proposta de
racionalizar ações do Estado e promessa de melhorar a relação custo-eficácia, dispondo
para tanto, de ferramentas do setor privado, concebendo a organização da escola como a
da indústria, definindo orçamento, objetivos a serem atingidos, tecnologia a ser utilizada,
distribuição de espaços, diretrizes curriculares, conteúdos, lógicas que não consideram as
especificidades do funcionamento da docência.
Com prescrições determinadas pela gestão educacional numa lógica macro -
Secretarias de Educação - e hierarquizadas a subsecretarias de educação, tutores, gestores
educacionais, em propagação de educação de qualidade, fica na penumbra o conjunto do
que faz o professor para dar conta de um espaço heterogêneo e diverso como a sala de
aula. O qual envolve características que não são perceptíveis num imediato quantificável,
como o querem as políticas públicas meritocráticas que subentendem o ensino como algo
que se dá a alguém como uma mercadoria.
Com educação a situação é diferente, porque o professor não lida com objeto
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inanimado - como acreditam os que se acham no direito de crítica - o professor lida com
gente, que como ele, é circundado por aspectos culturais e sociais que devem ser levados
em consideração na análise de seu ensino (AMIGUES, 2004).
O trabalho do professor não resume na utilização de meios para atingir fins. Esse
ponto de vista é simplista demais e isolador das condições em que o trabalho docente é
desenvolvido. Basta analisar o que fazem as pesquisas quando divulgam que certo recurso
pedagógico leva necessariamente à aprendizagem do aluno, desconsiderando com isso,
as singularidades daqueles para quem julgam receberem prontamente as indicações.
Sabemos que os sujeitos são singulares, carregados de históricos particulares e aspirações
que por vezes não coincidem com as intencionadas pelo professor quando elabora sua
aula.
Ademais, na aprendizagem está em jogo o desejo e disposição do aluno. É o que
defende Charlot (2008, p. 90) ao considerar que fracassam o ensino e a aprendizagem se
não há uma mobilização do aluno para isso: “a educação é impossível sem uma
mobilização pessoal da criança/do aluno […], sem esta mobilização de si o processo
fracassa”.
O professor trabalha num espaço que comporta regras sociais, que ele deve gerir
para que haja engajamento dos alunos em direção ao desencadeamento cognitivo e ao
compartilhamento de saberes, sempre atento ao que acontece em cada momento da aula,
direcionando cada aluno ao que fazer.
Por tudo isso, o ensino não se reduz à execução de normas ou a aplicação de um
plano previamente fixado. A sala de aula comporta interação, é um espaço organizado
pelo professor em seu engajamento de busca, seleção e adequação de instrumentos às suas
necessidades e a dos alunos, envolvendo pessoas num contínuo movimento de descoberta,
construção e reconstrução coletivas.
Por outro lado, as normas são necessárias para o direcionamento do trabalho do
professor, pois é a partir delas que ele estabelece um norteamento. Souza-e-Silva (2004)
considera que as normas extremam-se entre a coerção e a contradição, mas nem por isso
devem ser ignorados pelo professor se ele quiser compreender o que é possível fazer.
Porém ressaltamos, normas são insuficientes para dar conta do inumerável aparato que o
professor mobiliza ao ensinar.
Considerando então, os aspectos invisíveis do trabalho docente, há uma
decalagem (SCHWARTZ, 2011) imperceptível pelos que prescrevem a normas e mesmo
aos que avaliam o seu cumprimento no que concerne o trabalho de ensinar. Há, portanto,
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uma distância entre o que é prescrito e o que é executado pelo professor. Disso, dá conta
a atividade.
Uma vez que existe o distanciamento entre o prescrito e o que é executado pelo
professor, há que se encontrar um modo de explicitar o que acontece nesse percurso.
Amigues (2004) colabora conosco na distinção entre tarefa e atividade.
Amigues (2004) define inicialmente que, àquilo que deve ser feito e pode ser
descrito, abrange o que o sujeito utiliza, materializável ou técnico é a tarefa, enquanto:
“A atividade corresponde ao que o sujeito faz mentalmente para realizar essa tarefa, não
sendo, portanto diretamente observável, mas inferida a partir da ação concretamente
realizada pelo sujeito” (AMIGUES, 2004, p. 39, grifos do autor).
Enquanto a tarefa pode ser prescrita e passível de regulação, determinada por
objetivos e procedimentos (SOUZA-e-SILVA, 2004), a atividade não tem esse limitante
porque ela depende do sujeito e de tudo que ele mobiliza para a sua execução. Enquanto
a tarefa constitui o trabalho prescrito, a atividade envolve o trabalho real, ou seja, tudo
empregado na efetivação da norma, que não é somente a execução de uma ação, conforme
já descrevemos sobre o que envolve o ensino.
Trazendo esses conceitos para as realizações do professor, a atividade é a
explicitação de tudo o que o professor mobiliza para que os seus planos se concretizem,
aliás, é toda sua organização para eles se tornarem reais. O desejo do professor
desencadeia novas buscas e nesse movimento, ele reorganiza sua aula, e mesmo já a tendo
trabalhado bem, anseia fazer sempre o melhor, motivado pelo desencadeamento de estar
em atividade.
Essa prática é facilmente comprovada quando o professor ministra aula em mais
de uma sala. A aula jamais tem semelhança de uma turma para outra turma, pois a cada
entrada em sala, o professor se reorganiza de acordo com seus acordos interiores e com o
que a turma lhe exige e ele de si mesmo, como nos sugere Noulin (1995 apud AMIGUES,
2004, p. 41):
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Com esse olhar, reconhecemos que o ensino não poderia ser outra coisa senão
trabalho. É constituído de pluralidades, num contínuo renovar-se do professor mediante
o reconhecimento da necessidade de reformulação de suas práticas. Essa atitude o leva à
reorganização de instrumentos de acordo com determinados coletivos, perpassando
consultas à bibliografia atualizada - para a preparação de suas aulas - até à reelaboração
de material próprio.
Dito assim, fugimos da concepção que enraíza o trabalho do professor à
transmissão de conhecimentos. Consolidamos substancialmente o ensino como trabalho,
que, de tão singular, não pode ser confundido como a aplicação imediata de prescritos,
pois recobre tomada de decisões, retomadas de ações, respostas urgentes para os
inesperados comuns a uma sala de aula, enfim, ensinar é uma atividade, comporta “ação
vivida” (SOUZA-e-SILVA) em meio à vida daquele que na sua história, modifica
histórias.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
220p.
SOUZA-e-SILVA, Maria Cecília Perez. O ensino como trabalho. In: MACHADO, Ana
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R. (org.). O ensino como trabalho: uma abordagem discursiva. Londrina: Eduel, 2004.
p. 81-104.
TARDIF, Maurice; LESSARD, Claude. O trabalho docente: elementos para uma teoria
da docência como profissão de interações humanas. Rio de Janeiro, Petrópolis: Vozes,
2005. 317p.
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RESUMO
A arte como área do conhecimento, compreende suas relações com as culturas dos povos por meio
de manifestações que se expressam de diversas formas. Essas manifestações são reveladoras de
códigos e sentidos específicos e múltiplos, que os diferentes grupos de pessoas e civilizações
expressam. Desenvolver essas capacidades estimula a autoexpressão (livre crítica, criatividade),
a autovalorização (reconhecimento da própria dignidade), a responsabilidade (iniciativa,
participação, colaboração), a curiosidade e a autonomia na construção do conhecimento. Este
trabalho teve como objetivo no decorrer do I semestre deste ano, na forma de eletiva no Centro
de Ensino em Período Integral CEPI de Aplicação a produção de obras de arte, utilizando-se da
linguagem do desenho, retratando casarios históricos da cidade de Goiás, através da pintura com
areia colorida no verso de mapas pedagógicos desatualizados. A metodologia usada foi o uso do
retroprojetor para transferência dos desenhos, para os mapas pedagógicos impermeabilizados e
produção da areia colorida através de pigmentação. E por fim a releitura da técnica da pintora
goiana Goiandira do Couto, esta artista da cidade de Goiás, utilizava-se de areias distintas da
região, para a confecção de obras de arte, retratando a cultura, a paisagem e o cotidiano do local.
O resultado foi exposto no evento de culminância, através de stand com alunos monitores, no
final do primeiro semestre letivo de 2017 o qual prevê a exposição de todos os trabalhos
pedagógicos realizados pela comunidade escolar a partir dos componentes curriculares. Assim as
contribuições adquiridas nas atividades pedagógicas vêm paulatinamente ajudando os alunos a
despertarem um interesse por arte e educação ambiental, quebrando paradigmas e mostrando que
se têm métodos que busca a interdisciplinaridade entre as matérias.
INTRODUÇÃO
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estes passam a maior parte de seu tempo na escola, aproveitando este para ter maiores
conhecimentos, se tornarem sujeitos aptos a criticar, refletir, analisar, e, por conseguinte
se tornarem sujeitos atuantes do exercício da cidadania. Sendo assim "o professor pode
ressaltar relações entre conteúdos novos e os conteúdos velhos, oferecendo uma visão
geral do material em um nível mais elevado de abstração" (AUSUBEL, 1973, p.24.).
Contudo, o trabalho conta com método de estudo de caso, obtendo fotos e
documentários dos alunos, por meio do que aprenderam durante todo o processo é
também um desdobramento do texto publicado nos Anais do II Fórum de Geografia
ocorrido em agosto de 2017, por se tratar este de um evento que congrega Encontro Pibid
os autores concluíram que seria de importante relevância compartilhar os resultados
alcançados com as ações desenvolvidas no Centro de Ensino em Período Integral CEPI
de Aplicação.
Neste sentido, a arte é uma forte ferramenta para se ter informações e
interpretações únicas observadas por cada indivíduo, do qual sua importância vem sendo
cada vez mais significativa no meio escolar.
O projeto “Reutilizando com Artes” desenvolvido no CEPI de Aplicação teve
como objetivo geral a produção de obras, utilizando a linguagem do desenho através de
retroprojetor, mapas pedagógicos e produção da areia colorida através do processo de
pigmentação , realizando a releitura da técnica da pintora goiana Goiandira Ayres do
Couto. A artista é mais conhecida como Goiandira do Couto é goiana de Catalão Goiás.
Filha mais velha de dozes irmãos, nasceu em 12 de setembro de 1915 e falecida no dia
22 de agosto de 2011 em Goiânia Goiás. Mudou-se para a cidade de Goiás aos seis anos
de idade e começou a pintar ainda menina. Aos 16 anos recebe sua primeira premiação.
Aos 18 realiza a primeira coletiva de pinturas a óleo sobre tela. Em 1968 aos 52 anos
começa a pintar com as areias da Serra Dourada, a artista trabalhava com 551 tonalidades
de cores diferentes de areias (cor natural), o que podia ser verificado em seu atelier. Esta
técnica única e exclusiva a tornou reconhecida internacionalmente. (ARTISTAS DA
CIDADE DE GOIÁS, 2017).
Dado a esses métodos e observando o grau cognitivo dos alunos espera-se que
estes possam desenvolver a percepção visual do mundo e da obra de arte, ampliando seu
repertório visual e gráfico, contribuindo para a construção de um olhar crítico no exercício
de sua cidadania. Conscientizar e refletir sobre a importância, dos 5R's (reduzir, reutilizar,
reciclar, repensar e recusar) e mudanças de ações cotidianas minimizando o impacto
ambiental dentro da visão de sustentabilidade. Valorizar a sua expressão singular,
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desenvolvendo sua percepção visual e imaginação criadora, para que ele se sinta como
individuo integrante de uma cultura; desenvolvendo assim o gosto do aluno ao cuidado e
o respeito pelo processo de produção e criação da obra de arte. Seguindo por esse viés
ainda nos afirma (AUSUBEL, 1973, p. 24) que:
A aprendizagem significativa é o processo pelo qual um novo conhecimento
se relaciona de maneira não arbitrária e não literal à estrutura cognitiva do
estudante, de modo que o conhecimento prévio do educando interage, de forma
significativa, com o novo conhecimento que lhe é apresentado, provocando
mudanças em sua estrutura cognitiva.
Com estas ações ainda foi possibilitado aos estudantes adquirirem variados
conhecimentos, dentre eles: Conscientização do reaproveitamento de materiais, conceitos
históricos e geográficos, formação territorial de Goiás e perspectiva Ambiental. O projeto
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MATERIAIS E MÉTODOS
Estando de acordo com a politica dos 5 R’s a eletiva contou com materiais
descartados da unidade escolar tais como: Mapas geográficos desatualizados, garrafas
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letivo, em forma de stand com a presença de alunos monitores que contou com a
participação de familiares e comunidade em geral. A reutilização de potes de sorvete,
garrafinhas pets, papelão e plástico, para guardarem e manusearem os materiais, assim
como o aproveitamento dos mapas desatualizado nos fez refletir sobre o uso racional dos
elementos disponíveis no meio ambiente. Assim, “A perspectiva ambiental consiste num
modo de ver o mundo no qual se evidenciam as inter-relações e a independência dos
diversos elementos na constituição e manutenção da vida”. (BRASIL, PCNs, 1998, p.
173).
O desafio foi propor aos estudantes que eles criassem diversas tonalidades de
cores, utilizando areia, que é matéria prima, detergente, água, e corantes. E para atingirem
tais objetivos, as aulas foram realizadas de maneira dinâmica e inovadora, sendo possível
que o próprio aluno descobrisse a percepção e a territorialidade local da paisagem.
Portanto, os objetivos esperados foram alcançados positivamente, com sucesso, onde os
alunos interagiram e mostravam-se empenhados com o projeto. Abaixo, nas figuras 01,
02 e 03 as etapas e o resultado do trabalho decorrente da ação Reutilizando com Artes:
Figuras: 01 02 e 03: Ação Reutilizando com Artes sob a orientação do professor voluntário do Pibid. Fonte:
Pibid Geografia UEG Iporá, 2017.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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administra a escola, como é a segurança com alunos, como é a parceria entre comunidade,
alunos e a intuição escolar.
A ação Reutilizando com Artes contou com a participação efetiva dos alunos, o
que contribui para o andamento da seqüência didática, que resultou em aulas produtivas
e criativas. Podemos afirmar que práticas como estas descritas neste trabalho permitem
“Estimular a participação da família no processo de ensino aprendizagem dos alunos e o
envolvimento da comunidade local no cotidiano escolar”, conforme especifica um dos
objetivos específicos do subprojeto “Qualidade Ambiental: espaço, paisagem e
percepções da escola pela comunidade” do curso de Geografia da UEG Câmpus Iporá.
(SILVA, 2013, p. 5).
É oportuno ressaltar que esse projeto, foi de grande relevância, para a
aprendizagem dos estudantes que é adquirida diariamente no decorrer das aulas, e para
nós bolsistas futuros professores a experiência de sala de aula, com oportunidade de estar
auxiliando os alunos nas atividades e aprimorando ainda mais o conhecimento, foi
gratificante. Com isso é possível interligar conceitos geográficos, em relação ao
reaproveitamento, pois foram utilizados materiais como: potes de sorvete, garrafinhas
pets, papelão e plástico, para guardarem e manusearem os materiais, também foi
reutilizado os mapas desatualizados do colégio campo, no desenvolvimento da ação,
fazendo com que os alunos entendam a importância de reutilizar, em relação ao meio
ambiente: “O aparecimento da perspectiva traz uma alteração qualitativa na concepção
espacial da criança, que passa a conversar a posição dos objetos e a alterar o ponto de
vista até atingir as Relações Projetivas”. (ALMEIDA; PASSINI, 1999, p.38).
Devemos enfatizar que vivenciar cada experiência dessa nos fez, refletir sobre
qual profissional devemos nos tornar diante de uma sociedade que está diariamente em
constante mudanças, e nos propusemos a estar sempre dispostos a ensinar de forma certa
cada sujeito para o mundo.
REFERÊNCIAS
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INTRODUÇÃO
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METODOLOGIA DE PESQUISA
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
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recuperar áreas degradadas no Cerrado e a zelar de mudas de espécies nativas que necessitam
de cuidados para crescer no interior do Parque Municipal Ecológico (PME).
O PME foi criado por meio da sanção da lei municipal lei nº 1501/2012
(IPORÁ, 2012). Constitui uma área aproximada de 1,4 ha de extensão, faz divisa com
Prefeitura e o Fórum municipais, o Estádio de Futebol Adelar Dias, além de propriedades
rurais para criação de gado bovino com represamento de água e remanescentes mata seca e
ciliar (BLAMIRES, 2016). A vegetação remanescente é composta por diminutos fragmentos
de floresta semidecídua e ciliar, isoladas por Brachiaria sp. Desde sua instituição, devido à
mobilização da comunidade e da Pastoral do Meio Ambiente, foram realizados oito mutirões
que tiveram por objetivo introduzir mudas de espécies nativas da região, coroá-las e remover
o lixo existente.
A equipe do projeto colaborou no desenvolvimento do sexto e sétimo mutirão,
contribuindo para intensificar os coroamentos, a remoção de lixo e a monitorar o
desenvolvimento das mudas já plantadas. Ao transpor o espaço acadêmico, o projeto de
E.A. em desenvolvimento pode contribuir para que os graduandos vivenciem situações e
adquiram experiências para trabalhar a temática ambiental de uma maneira que vá além
do discurso teórico e abstrato. Isso significa que ao participarem de ações concretas em
espaços formais e não formais como o PME e ter contato com áreas naturais como a APA
Morro do Macaco, os discentes podem adquirir maior capacidade para atender as
necessidades da comunidade que estarão em contato ao exercer a docência e sua cidadania
(SENICIATO e CAVASSAN, 2009; KONDRAT e MACIEL, 2013).
A partir do mês de agosto, os dez acadêmicos vinculados ao Programa
Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) do curso de Geografia integraram à
equipe do projeto. Pelo fato de receberem fundamentação teórica sobre E.A. crítica e
promover atividades com essa perspectiva na escola campo em que atuam sob a orientação
de sua professora supervisora, no projeto “Produção de mudas nativas” eles vêm
participando das atividades relacionadas à construção do viveiro e da produção de mudas.
Até o mês de outubro, 672 sementes foram plantadas, das quais 193 já
germinaram, sendo dessas 90 de cajuzinho (Anarcadium humile
St. Hilaire), 38 de ingá da vagem de goma (Inga sp.), 36 de ingá da vagem de cordão
(Inga sp.), 23 de angico (Anadenanthera sp.), cinco de ipê amarelo (Tabebuia sp.) e uma
de chichá (Sterculia striata). Decorridos de três a seis meses após a germinação, todas as
mudas produzidas no viveiro serão utilizadas para arborizar quintais e praças, reconstituir
matas que circundam cursos d’água e recompor áreas degradadas, com foco no PME.
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REFERÊNCIAS
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CUNHA, H. F.; VALE, M. S.; SILVA JUNIOR, C. A.; CAMPOS, R. F.; CARLOS, L.
O. Conhecimento empírico dos moradores da comunidade conhecimento do entorno do
Parque Municipal da Cachoeirinha (Iporá-Goiás). Acta Scientiarum. Biological
Sciences, Maringá, v. 29, n. 2, p. 203-212. 2007.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 17ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1987. 107 p.
______. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 30ª ed. Rio
de Janeiro: Paz e Terra. 1996. 163p.
IPORÁ. Lei n° 1501, de 17 de maio de 2012. Dispõe sobre a criação do Parque Municipal
Ecológico, na forma específica.
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Resumo: O presente estudo tem por objetivo traçar o perfil do Professor de Apoio (PA) a fim
de que se perceba o tipo de profissional que tem acompanhado aos alunos com deficiência, nas
escolas públicas municipais. A problemática se dá ao fato de que o PA, por ser um profissional
novo no mercado de trabalho, ainda esteja em ajuste com suas funções. Tal pesquisa justifica-
se, pelo seu valor socioeducativo, devido ao fato de que o PA exerce nas instituições escolares,
um elo entre o professor regular e o aluno, tendo uma função essencial no processo de ensino-
aprendizagem, e na concretização da inclusão escolar. A metodologia utilizada foi uma
pesquisa bibliográfica, concomitante com uma pesquisa de campo de enfoque
qualiquantitativo, em que se aplicou um questionário, com questões fechadas, aos PA de
escolas públicas municipais, de um dado município do Centro-Oeste brasileiro, com uma
amostragem de 16 escolas pesquisadas e 18 professores participantes. Foi possível perceber
que esses profissionais, em sua maioria, apesar de terem conquistado essa colocação, através
de um concurso público, não apresentam os quesitos básicos para estar nesse cargo,
estabelecidos pelo Programa Estadual de Educação para a Diversidade numa Perspectiva
Inclusiva (PEEDI). Além disso, foi possível averiguar que a carga horária trabalhada e a
quantidade de alunos atendidos pelos PA são excessivas.
INTRODUÇÃO
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Letras Port./Ing.;
1900ral
Pedagogia;
História;
1900ral
1900ral
Ensino Médio;
1900ral
Engenharia
Ambiental;
1900ral
Fonte: Organizado pelos autores (2017)
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Um deles relatou que atende três alunos no período matutino, porém dois deles
até o horário do recreio e o outro ele atende apenas depois do intervalo (graduado em
Engenharia Ambiental). Outro relato é de um PA que atende no período vespertino três
alunos com deficiência, todos na mesma sala de aula. Segundo ele, é difícil o
atendimento, pois nem sempre é possível ficar do lado o tempo todo ou dar a devida
atenção (graduando em Pedagogia).
Analisando em percentual a quantidade de alunos que os Professores de Apoio
atendem, temos o Gráfico 2, demonstrando que a maioria (39%) deles atendem a apenas
um (1) aluno, por turno. Entretanto alguns trabalham em outros turnos como professores
regentes ou ainda atendem em outra escola, também como PA.
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5%
11%
39%
1 ALUNO
17%
2 ALUNOS
3 ALUNOS
4 ALUNOS
28%
5 ALUNOS
Sobre o grau empregatício dos Professores de Apoio foi possível averiguar que 12
dos entrevistados são concursados enquanto que seis (6) são contratados. A preocupação
em expor esse tipo de pergunta, foi devido ao valor do salário do concursado que é maior
do que o contrato.
Quis saber dos professores de apoio se eles se sentem capacitados para estar
atendendo esses alunos. Por unanimidade, responderam que não estão capacitados.
Justificando que as deficiências são muitas e que não têm formação específica, em cada
uma dela. Sabe-se que muitos desses profissionais, não escolhem essa função, mas são
“escolhidos” para tal. Porém, nesse estudo não se buscou levantar essas questões, já que
a pesquisa é quantitativa. Esse assunto, contudo, é bastante relevante, podendo ser
objeto de estudo em trabalhos posteriores.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O professor de apoio, que é visto pelos estudiosos, referenciados nessa pesquisa,
como “elo-chave” entre o professor regular e o aluno com deficiência, foi uma das
mudanças que ocorreu, recentemente, na educação e que surgiu para trazer maior fluidez
no processo de ensino e aprendizagem. Esse estudo buscou traçar o perfil do PA, que
faz atendimento nas escolas municipais, de uma cidade da região Centro-Oeste. Foram
visitadas as 16 escolas do ensino regular, e aplicado questionário com 18 PA.
Há algumas escolas, deste município, que apesar de terem alunos com deficiência
não têm o professor de apoio para atendê-los. Há uma predominância do sexo feminino
nessa profissão. A faixa etária deles é de 40 anos, em média. A maioria deles tem como
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REFERÊNCIAS
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
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RESUMO: Esta pesquisa objetiva realizar um levantamento das produções que correspondem às
categorias – Teses, Dissertações e Periódicos abordando temas referentes ao parâmetro curricular
a ser implementado, a Base Nacional Comum Curricular. Trata-se de uma pesquisa do tipo Estado
do Conhecimento e parte da classificação das categorias citadas nos servidores digitais que
hospedam as produções científicas, que são: o Banco de Teses e Dissertações da CAPES – BDTD,
OASIS-BR, portal de periódicos da CAPES na base de dados do SciELO. O elemento descritivo
utilizado nesta pesquisa é: Base Nacional Comum Curricular em um recorte temporal que
compreende ao período de (2008 – 2017).
INTRODUÇÃO
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uma afirmação bastante “simplista”, visto que este, eivado de intencionalidades tornou-
se ferramenta de controle e reprodução do sistema vigente, (SILVA, 2013).
Pode-se destacar a formulação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e
seu caráter homogeneizador dos currículos, seu objetivo é propugnar um parâmetro
unificado para todas as unidades da Federação. Este documento materializará a meta sete
do Plano Nacional de Educação, para Mizne, da Fundação Lemann, “a base ditará
aproximadamente 60% dos currículos. O restante ficará por conta das secretarias e das
unidades escolares”, (NOVA ESCOLA, 2015).
A implementação da Base Nacional Comum Curricular bem como sua efetivação
enquanto parâmetro oficial nacional está prevista para o ano de 2017. Contribuições de
todos os Estados brasileiros foram analisadas e tabuladas em uma plataforma criada com
o objetivo de estruturar essa amálgama curricular.
Suas versões preliminares, em específico a segunda versão, apresentam uma série
de questões a serem analisadas, sua matriz está organizada em eixos gerais e subdividida
em objetivos de aprendizagem para todos os componentes curriculares. Essa perspectiva
de parametrização/catalogação dos objetivos era perceptível somente nas disciplinas de
Língua Portuguesa e Matemática tomando como referência a matriz curricular do SAEB
e da Provinha Brasil, porém a BNCC estende essa dinâmica de parametrização para todos
os componentes curriculares. A organização da BNCC, segunda versão, apresenta uma
disposição mais aberta, seus objetivos seguem um caráter mais abrangente ou genérico
em relação aos documentos que a antecedem. Um exemplo é a abrangência conceitual
das competências e habilidades constantes nas Diretrizes Curriculares para o Ensino
Médio (DCNEM), tais diretrizes apresentam objetivos de aprendizagem dispostos em
uma hierarquia conceitual mais específica – o que determina o processo de relação entre
objetivos e possíveis conteúdos. Enquanto a BNCC torna o campo de abrangência dos
objetivos mais genérico, (BRASIL, 2012).
Os argumentos acerca da BNCC interpõem uma série de opiniões, este parâmetro
ainda está em fase de formulação – uma terceira versão já está disponível na Internet,
vinculada à plataforma responsável por mantê-la em circulação. Porém essa última versão
(terceira) refere-se somente às matrizes do Ensino Fundamental, visto que existem novas
propostas destinadas ao Ensino Médio e ainda não há consenso acerca da organização
curricular desta etapa da educação básica.
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METODOLOGIA
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LEVANTAMENTO DE DADOS
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Fonte: Dados organizados pelo autor por meio das fontes CAPES, BDTD e OASIS.BR
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Fonte: Dados organizados pelo autor por meio das fontes CAPES, BDTD e OASIS.BR.
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Fonte: Dados organizados pelo autor por meio das fontes CAPES, BDTD e OASIS.BR.
Fonte: Dados organizados pelo autor por meio das fontes CAPES, BDTD e OASIS.BR.
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Fonte: Dados organizados pelo autor por meio das fontes CAPES, BDTD e OASIS.BR.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
conteúdos seja outra. Ainda sob essa ótica, existem posicionamentos contrários à BNCC,
para além de questões de padronização dos currículos, críticas são direcionadas às
entidades que financiam a formulação e implementação da Base.
Existe uma série de disputas no campo curricular, diferentes grupos procuram
legitimar um conjunto de conhecimentos, e desconsiderar outros. Um exemplo é a
marcante discussão entre Moreira e Tadeu (2013) em uma perspectiva crítica das
concepções que envolvem o currículo e que universo de conteúdos é ideal para promulgar
o que viria a ser qualidade na educação.
Os debates acerca do universo curricular parecem não ter fim, a defesa dos
diferentes grupos pode ainda, se desdobrar nas concepções teóricas que amparam seus
argumentos epistemológicos. Mesmo a noção relativa às fronteiras teóricas das produções
analisadas, carecem de outras leituras, mesmo a releitura dos dados constantes nesse
trabalho pode, sob óticas em uma perspectiva Pós-Estrutural ou Crítica, podem
condicionar a diferentes interpretações que perpassam o fenômeno denominado
CURRÍCULO.
REFERÊNCIAS
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