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All content following this page was uploaded by Aimi Tanikawa de Oliveira on 09 January 2021.
Resumo:
O estudo relata a experiência vivenciada na Fundação Municipal de Educação
de Niterói (FME) por uma das autoras, responsável pela Oficina de Tecnologia
Assistiva (TA) e formação relativa à TA. Tem por objetivo descrever a formação
docente, oferecida pela Assessoria de Educação Especial/FME. O público-alvo
são 102 professores de apoio e de sala de recursos que trabalham diretamente
com alunos com deficiência incluídos em turmas do ensino regular.
A metodologia aplicada foi a coleta de dados dos participantes por meio de
entrevistas, registro de fotos e filmagens, relato dos docentes, observação e
pesquisa bibliográfica.
A formação tem como enfoque a TA, sua importância no contexto escolar relativa
à autonomia e fazer pedagógico dos alunos com deficiência, matriculados na
FME. A leitura dos teóricos Manzini e Santos (2002), Pelosi (2010) e Dominick
(2014) fundamentaram as reflexões sobre a utilização da TA.
A formação docente foi desenvolvida na perspectiva da Avaliação Interativa
(HAYWOOD e TZURIEL, 1992), baseada na teoria sócio interacionista de
Vygotsky (2002).
Os resultados demonstram que os docentes, em sua prática cotidiana com os
alunos com necessidades educacionais especiais, utilizam a TA produzida na
formação, ajudando-os a romper as barreiras impostas pela deficiência,
oferecendo-lhes formas alternativas de realizar as atividades escolares e de se
comunicarem, possibilitando-lhes a aprendizagem.
1- Introdução
1
Nelma Alves Marques Pintor coordenou a equipe de Educação Especial do Município de Niterói
da década de 90 até 2013
2
Publicada em 12/02/2011 e alterada pela Portaria FME014/2014, publicada em 09/01/2014.
O município de Niterói, localizado no Estado do Rio de Janeiro, apresenta
uma rede pública municipal composta de 90 unidades escolares distribuídas por
7 polos voltadas à Educação Infantil e Ensino Fundamental. Desde a Educação
Infantil até o Ensino Fundamental, estão matriculados alunos com deficiências:
física, intelectual, visual, auditiva e múltiplas como também alunos com
transtornos do espectro autista, síndromes e altas habilidades. Estão inseridos
no ensino regular e também recebem atendimento educacional especializado na
sala de recursos multifuncionais e apoio de professores especializados.
A FME, através da Assessoria de Educação Especial, oferece aos
docentes da educação especial, anualmente, formações diversas (Braille, Libras
e Tecnologia Assistiva) com o objetivo de capacitá-los para atuarem de forma a
atender as necessidades educacionais especiais dos educandos em relação à
autonomia e ao desenvolvimento pedagógico.
A formação docente relacionada à Tecnologia Assistiva, contou com a
participação de 102 profissionais da educação especial de sala de recursos e de
apoio. O objetivo desse estudo é descrever a formação docente oferecida pela
FME aos professores de apoio e de sala de recursos, ou seja, aos profissionais
da Educação Especial.
O nosso aporte teórico está baseado na leitura de Manzini e Santos (2002)
em relação aos tipos de recursos da TA adequados para os alunos com
deficiência que permitem funcionalmente o fazer pedagógico de cada aluno.
Pelosi (2010) e Dominick (2014) fundamentam nosso diálogo com os
profissionais da educação especial.
Na formação de professores, o uso de metodologias como a metodologia
da Avaliação Interativa desenvolvida por Haywood e Tzuriel (1992) com base na
teoria sócio interacionista de Vygotsky (2002) foi interessante no sentido de
estimular um perfil proativo de profissionais da educação. Nesta metodologia, o
mediador atua como provocador da aprendizagem dos profissionais da sala de
recursos, agindo na zona de desenvolvimento proximal (ZDP) dos mesmos,
levando-os ao nível real dos conhecimentos técnicos da TA.
2- Objetivos
3
Decreto que dispõe sobre a educação especial e o atendimento educacional especializado,
publicado em 17/11/2011.
5- Tecnologia Assistiva e sua relevância no contexto escolar
8- Conclusões
Refletindo acerca da diversidade que permeia o cenário escolar, os
profissionais da educação devem se aprimorar para atender, de forma ampla,
aos mais variados estilos de aprendizagem. Como fazê-los prosseguir
exitosamente no percurso escolar com os saberes necessários que os levem a
atender efetivamente o aluno com deficiência?
É possível aprimorar a prática pedagógica dos professores de sala de
recursos e de apoio que possibilite a construção de diversos saberes pelo aluno
com deficiência através de uma formação docente com enfoque em Tecnologia
Assistiva?
Buscando responder a este questionamento, a Assessoria de Educação
Especial/FME propõe formações frequentes com a finalidade de promover o
conhecimento da TA, o que auxilia aos professores na inclusão de alunos com
deficiência, respeitando e trabalhando em consonância com a política pública de
inclusão objetivando assim, a incluir a todos no processo de ensino e
aprendizagem.
As formações são um dos caminhos que nos permitem refletir
coletivamente sobre o fazer pedagógico de cada profissional de educação
especial e o que precisa ser modificado para incluirmos aqueles alunos com
necessidades educacionais e que apresentam estilos de aprendizagem singular
que requerem o uso da TA.
As formações docentes com enfoque em TA contribuem para que os
profissionais sejam multiplicadores de uma ação pedagógica inclusiva em suas
unidades escolares, ampliando consideravelmente o leque de alternativas aos
alunos inseridos no contexto escolar, ajudando-os a romper as barreiras das
suas deficiências e proporcionando-lhes construir seus saberes.
Referências