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EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS

São quaisquer alterações nos pensamentos, sentimentos ou comportamentos para as


quais se faz necessário atendimento rápido por representar risco significativo para
pacientes ou para outras pessoas. O paciente pode estar em crise devido alguma doença
física (como por exemplo, hemorragia cerebral), secundária à substâncias (por exemplo
álcool, cocaína), ou decorrente de doença mental (mania, esquizofrenia).

As emergências psiquiátricas incidem igualmente em homens e mulheres, pessoas


solteiras ou casadas; cerca de 20% dos pacientes que procuram o hospital por condição
psiquiátrica de emergência são suicidas e 10% são violentos. Os diagnósticos mais
comuns envolvem depressão e mania, esquizofrenia, dependência de álcool e mais
atualmente, dependência de crack. Cerca de 40% dos pacientes atendidos em
emergências psiquiátricas necessitam de internação.

Ansiedade aguda e Ataque de Pânico

São pacientes que apresentam sintomas intensos de angústia e que junto com isso
podem apresentar sintomas corporais como começar a suar, sentir o coração bater mais
rápido, sentir falta de ar, formigamento nas mãos ou boca, tontura, mal-estar e ter a
sensação que vai morrer. Geralmente esses pacientes procuram inicialmente serviços de
emergências clínicas, por medo de estar sofrendo um infarto, e o médico clinico geral
ou cardiologista é quem faz o diagnóstico e orienta o paciente a procurar atendimento
psiquiátrico.

Delirium

A pessoa pode se apresentar mais sonolenta ou mais agitada, tem dificuldade em prestar
atenção no que se passa ao seu redor e frequentemente tem alucinações (ver coisas que
não existem). Os sintomas desenvolvem-se rapidamente, porém a pessoa alterna
períodos de melhora e piora. Decorre de problemas clínicos que podem ser os mais
diversos, tais como: desidratação, pós-cirúrgico, uso de algumas medicações, grandes
traumas, traumatismo craniano. O mais importante nesses casos é tratar a causa clínica
básica, isto é, o que está desencadeando os sintomas. À medida em que o quadro clínico
melhora, os sintomas psiquiátricos também melhoram.

Psicoses agudas

É quando a pessoa fica fora da realidade, desorientada, muitas vezes não sabe quem é
ou onde está, vê e ouve coisas que ninguém mais vê ou ouve (alucinações), acredita que
alguém a persegue ou quer prejudicá-la ou acredita em alguma outra coisa que não
corresponda à realidade. Com tais impressões, o paciente tende a ficar agitado e
agressivo, o que leva à necessidade de se buscar um serviço de emergência.

Causas de emergência psiquiátrica

Muitas são as causas que podem levar a pessoa a apresentar um dos quadros acima
descritos e entre elas podemos citar:
 
Abuso de álcool e abuso de drogas
Abstinência (síndrome da falta) de álcool e de drogas
Doenças psiquiátricas como mania e esquizofrenia
Transtornos neurológicos (problemas em certas áreas do cérebro)
Efeitos colaterais de alguma medicação
Problemas clínicos (doenças físicas) tais como infecções, falta de oxigenação do
sangue, tumores, derrame, problemas nos rins e no fígado, deficiência de vitaminas,
traumatismos (lesões decorrentes de acidentes em geral),convulsões ou efeitos
cerebrais pós-cirurgias.

O que fazer frente a uma situação de emergência.

Ao se deparar com uma pessoa apresentando uma das situações acima, é importante
pedir ajuda pois são quadros que não podem ser resolvidos sozinhos, principalmente
quando há comportamento violento. Em casos de pessoas que já tenham tratamento
psiquiátrico anterior, pode-se acionar uma ambulância para levar essa pessoa a um
hospital onde há serviço de emergência psiquiátrica. Quando não há causa aparente para
as alterações apresentadas pela pessoa, ou são alterações devido ao uso de álcool ou
drogas, essas pessoas podem ser levadas a uma emergência de hospital geral. Quando
não é possível conseguir uma ambulância, a polícia pode ajudar fazendo o transporte
desse paciente até o hospital. O mais importante disso tudo, é que após o atendimento
na emergência, seja feito um diagnóstico da causa que gerou o quadro e essa possa ser
adequadamente tratada, não só no episódio, mas sim, seguir fazendo o tratamento, seja
ele com medicações e/ou acompanhamento ambulatorial (consultas psiquiátricas
regulares para avaliar como está o paciente).

Colaboradoras
Dra. Alice Sibile Koch
Dra. Dayane Diomário da Rosa

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