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PTR- 2501

Escola Transporte
Politécnica Ferroviário
da Universidade e Transporte Aéreo
de São Paulo 1 / 16
PTR 2501 – Transporte ferroviário e transporte aéreo www.poli.usp.br/d/ptr2501

Train à Grande Vitesse, França

Prof. Dr. Telmo Giolito Porto

Escola Politécnica da Universidade de São Paulo

PTR – 2501 Transporte Ferroviário


e Transporte Aéreo

† Aula 3
„ Elementos da via permanente II
Ricardo Martins da Silva

† Trilhos curtos
† Trilhos longos soldados

Prof. Dr. Telmo Giolito Porto

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Aula anterior:
† Elementos da via permanente I
„ Trilhos
„ Fixações
„ Placas de apoio
„ Dormentes
„ Lastro
„ Sub-lastro
„ Sub-leito (plataforma)
„ Aparelhos de mudança de via (AMV)

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Trilhos curtos
† Livre dilatação;
† Comprimento máximo: função da folga da
junta
Fol gamax = lmax ⋅ α ⋅ ∆T

„ Folga máxima: ~1,5 cm;


„ lmax ≈ 40 m → 2 x 18 m ou 3 x 12 m;

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Trilhos longos soldados


† Bondes: ∆T pequeno,
deformação absorvida
pelo pavimento

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Trilhos longos soldados


∆l ∆T = ∆l N

N ⋅l
l ⋅ α ⋅ ∆T =
N N E⋅S
∆T

l
N = E ⋅ S ⋅ α ⋅ ∆T

A forç
força normal não depende do comprimento da barra

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Trilhos longos soldados


Ν Ν N = R + ld ⋅ r
∆T
N −R
ld =
r

σ S ⋅ E ⋅ α ⋅ ∆T − R
ld =
r

ld ld
Trecho fixo sem dilatação = l − 2 ⋅ l d
l l > 2 ⋅ ld
„ N: força total devido à dilatação;
„ R: resistência oferecida pelas talas de junção (em geral, pode ser desprezada);
„ r: resistência por metro de linha no trilho-dormente-lastro;
„ l: comprimento total do trilho;
„ ld: comprimento da extremidade do trilho que se move;

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Trilhos longos soldados


† Temperatura de instalação ∆T = 35° (Compressão)
„ Brasil (exemplo)
† tmax = 60°; T
0 25 30 35 60
† tmin = 0°;
† tmédio = 30°; ∆T = 35° (tração)

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† Temperatura de instalação
∆T = 35°
„ Brasil (exemplo)
† tmax = 60°;
† tmin = 0°; 0 25 30 35 60
T

† tmédio = 30°; ∆T = 30°

tinstalação: tmédio + 5° ± 5°;


T
0 30 35 40 60

Preocupação principalmente dos países de


clima frio, pois a compressão (flambagem) é
mais crítica que a tração.

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Trilhos longos soldados


Ν Ν
σ C máx = E ⋅ α ⋅ (tneutra − t máx )
∆T
σ T máx = E ⋅ α ⋅ (tneutra − t min )

σ σ max = E ⋅ α ⋅ ∆T
σ max = E ⋅ α ⋅ ∆T
ld ld + Tração
l Compressão

† tmax: limite superior de temperatura;


Dependem da região
† tmin: limite inferior de temperatura;
† tneutra: temperatura escolhida para instalação dos trilhos
(sempre que o trilho estiver nesta temperatura, σ = 0);

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† Dilatação das extremidades do TLS:
Quando não há mais movimentação:
r ⋅ ld = E ⋅ S ⋅ α ⋅ ∆T
σ

r ⋅ ld2 r ⋅ ld2 r ⋅ ld2


U U U= − =
N E ⋅ S 2⋅ E ⋅S 2⋅ E ⋅S
dU = ⋅ dx
E⋅S
N = S ⋅ E ⋅ α ⋅ ∆T − r ⋅ x • j: folga máxima da junta;
r • j/2: folga de assentamento;
dU = α ⋅ ∆T ⋅ dx − ⋅ x ⋅ dx
E⋅S r ⋅ ld2
j = 2 ⋅U =
ld ld
r E⋅S
U = ∫ α ⋅ ∆T ⋅ dx − ∫ ⋅ x ⋅ dx
0 0
E⋅S j⋅E⋅S
ld =
r ⋅ ld2 r
U = α ⋅ ∆T ⋅ ld −
2⋅ E ⋅S

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TLS: comprimento máximo e mínimo


† Custo de soldagem (e transporte) versus economia
na conservação das juntas;
† Não se deve usar TLS com comprimento próximo ao
mínimo:
„ trechos instáveis;
„ mais retensores e juntas;
„ distribuição de tensões assimétrica no trilho;

Trilhos curtos Evitar


? TLS

40 m ~200 m l

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Exemplo
† Dados
„ Trilho
† L = 1000 m;
† S = 70 cm2;
† Coef. dilat. aço: α = 115 . 10-7 °C-1;
† E = 2,1 . 108 kN/m2;
„ Clima
† Tmin = 0 °C;
† Tmax = 60 °C;
„ Tassentamento = 25 °C;
„ Fixação
† r = 4 kN/m;

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Exemplo
† Diagrama de tensões máximas de tração e compressão no trilho;

Compressão Traç
Tração
σcompressão = -84 525 kN/m2 σtração = 60 375 kN/m2

1000 m 1000 m

∆Tmáx = 25°C − 60°C = −35°C ∆Tmáx = 25°C − 0°C = 25°C

N E ⋅ S ⋅ α ⋅ ∆T N E ⋅ S ⋅ α ⋅ ∆T
σ max = = = 2,1⋅108 ⋅115 ⋅10 −7 ⋅ (−35) = σ max = = = 2,1⋅108 ⋅115 ⋅10 −7 ⋅ 25 =
S S S S
= −84 525 kN / m 2 = −8,45 kN / cm 2 = 60 375 kN / m 2 = 6,0 4 kN / cm 2

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Exemplo
† Comprimentos deslocáveis máximos e deslocamentos máximos
nas extremidades
Compressão Traç
Tração
σcompressão = -84 525 kN/m2 σtração = 60 375 kN/m2

3,0 cm 3,0 cm 1,5 cm 1,5 cm

147,9 m 147,9 m 105,6 m 105,6 m


1000 m 1000 m

∆Tmáx = 60°C − 25°C = 35°C ∆Tmáx = 25°C − 0°C = 25°C

S ⋅ E ⋅ α ⋅ ∆T 70 ⋅10 −4 ⋅ 2,1 ⋅108 ⋅115 ⋅10 −7 ⋅ 35 S ⋅ E ⋅ α ⋅ ∆T 70 ⋅10 −4 ⋅ 2,1 ⋅108 ⋅115 ⋅10 −7 ⋅ 25
ld = = = 147,9m ld = = = 105,6m
r 4 r 4

r ⋅ ld2 4 ⋅147,9 2 r ⋅ ld2 4 ⋅105,6 2


U= = = 0,030 m U= = = 0,015 m
2 ⋅ E ⋅ S 2 ⋅ 2,1⋅108 ⋅ 70 ⋅10− 4 2 ⋅ E ⋅ S 2 ⋅ 2,1⋅108 ⋅ 70 ⋅10− 4

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Próxima aula:
† Cálculo Estrutural da Via Permanente
„ Sistema veículo-via
„ Instabilidade da infra-estrutura da via

Disponível no site:
www.poli.usp.br/d/ptr2501

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