Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
https://www.comportese.com/2011/11/o-brincar-e-a-analise-do-comportamento 1/3
04/09/2020 O brincar e a análise do comportamento - Portal Comporte-se
A criança que imaginamos, no entanto, nem sempre soube brincar de bonecas. O próprio
comportamento de brincar é aprendido e envolve a aprendizagem de um repertório
mínimo (DE ROSE e GIL, 2003). O comportamento de brincar vai sendo também
aperfeiçoado à medida que a criança, inicialmente, segue modelos e gradualmente vai
modelando esse repertório. Podemos afirmar, então, que o comportamento de seguir
modelo (imitar) é um requisito geral para o brincar.
Partindo desses pressupostos para o entendimento do brincar, alguns autores têm
realizado pesquisas que envolvem esse comportamento como fundamental na interação
clínica. Del Prette e Meyer (2011), por exemplo, sugerem uma classificação do brincar na
terapia analítico-comportamental infantil que envolve desde o brincar em si, passando
pelo fantasiar, fazer exercícios ou diversas funções do conversar na terapia. As autoras
ainda afirmam que o brincar pode servir na terapia para construir uma relação
terapêutica saudável, como estratégia de avaliação ou como estratégia de intervenção.
Vimos, assim, ao longo deste texto, uma “pincelada” sobe como o brincar é
compreendido na análise do comportamento. Acrescento, tanto a partir dessas leituras,
quanto baseada em minha prática com crianças, que o comportamento de brincar é
central no entendimento e na aplicação de conhecimentos voltados para a infância. Não
raro, recebo uma criança na clínica que não gosta de brincar, ou até não sabe brincar!
Consciente da importância desse repertório para o desenvolvimento da criança, acredito
que um de nossos papéis éticos, como estudiosos de uma ciência, seja o de divulgar a
importância do brincar na nossa sociedade. Pensemos, por exemplo, na qualidade de
interação que nossas crianças constroem ao passar o dia assistindo à televisão, sem ter
11
a rica oportunidade de brincar, ampliar e variar o repertório comportamental. Afinal,
Adoraríamos saber o que achou, porcom
favor, x
como disse Carlos Drummond de Andrade, “brincar crianças não é perder tempo, é
comente.
ganhá-lo; se é triste ver meninos sem escola, mais triste ainda é vê-los sentados
enfileirados em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação do
homem”.
Referências (leituras recomendadas):
https://www.comportese.com/2011/11/o-brincar-e-a-analise-do-comportamento 2/3
04/09/2020 O brincar e a análise do comportamento - Portal Comporte-se
5
Article Rating
Natalie Brito
Mora em natal - RN e é Psicóloga no Instituto Federal do Rio Grande do Norte. Mestre em psicologia
pela UFC. Ministrou disciplinas de Análise do Comportamento na Faculdade Leão Sampaio durante 3
anos. Escreve sobre psicologia escolar e desenvolvimento humano.
11
https://www.comportese.com/2011/11/o-brincar-e-a-analise-do-comportamento 3/3