O documento discute a consciência mítica como estrutura do ser no mundo através de 7 frases: 1) Os mitos não podem ser objetivados no discurso, mas sim expressam sentimentos e coerência ontológica; 2) Mitos se referem a eventos passados que estruturam o presente e futuro; 3) A ontologia vivida nos mitos é pré-dissociada e integra inteligência, instintos e sentimentos.
Descrição original:
Título original
1352160_Atividade_A consciência mítica como estrutura do ser no mundo
O documento discute a consciência mítica como estrutura do ser no mundo através de 7 frases: 1) Os mitos não podem ser objetivados no discurso, mas sim expressam sentimentos e coerência ontológica; 2) Mitos se referem a eventos passados que estruturam o presente e futuro; 3) A ontologia vivida nos mitos é pré-dissociada e integra inteligência, instintos e sentimentos.
O documento discute a consciência mítica como estrutura do ser no mundo através de 7 frases: 1) Os mitos não podem ser objetivados no discurso, mas sim expressam sentimentos e coerência ontológica; 2) Mitos se referem a eventos passados que estruturam o presente e futuro; 3) A ontologia vivida nos mitos é pré-dissociada e integra inteligência, instintos e sentimentos.
A consciência mítica como estrutura do ser no mundo
PROPOSTA DE ANÁLISE:
I) Desvendar o conteúdo filosófico de cada frase e enfatizar os componentes
ontológicos do mito:
a) “O mito não encontra, de maneira nenhuma, adequada objetividade no discurso”
(Nietzche). b) “A coerência do mito provém muito mais de uma unidade de sentimento do que de regras lógicas. Esta unidade é um dos impulsos mais fortes e mais profundos do pensamento primitivo” (Cassirer). c) “Um mito diz respeito, sempre, a acontecimentos passados: antes da criação do mundo, ou durante os primeiros tempos, em que todo caso faz muito tempo. Mas o valor intrínseco atribuído ao mito provém de que estes acontecimentos, que decorrem supostamente em um momento do tempo, formam também uma estrutura permanente. Esta se relaciona simultaneamente ao passado, ao presente e ao futuro” (Lévi-Strauss). d) “Tudo vai, tudo torna; eternamente gira a roda do ser. Tudo morre, tudo refloresce; eternamente corre o ano do ser. Tudo se quebra, tudo se reajusta. Eternamente se constrói a mesma casa do ser. Tudo se separa; tudo se reencontra; o anel do ser permanece eternamente fiel a si próprio. A cada instante começa a ser; à volta de cada ‘aqui’ gravita a esfera ‘ali’. O outro está em toda parte. A senda da eternidade é curva” (Nietzsche). e) “O mito expressa o saber que o homem não é senhor de si mesmo, de que não só é dependente dentro do mundo conhecido, mas também, antes de tudo, depende das potências que estão além do conhecido, de que ele justamente nessa dependência pode libertar-se das potências conhecidas” (Bultmann). f) “O mito está ligado ao primeiro conhecimento que o homem adquire de si mesmo e de seu contorno: mais ainda, ele é a estrutura deste conhecimento. Para o primitivo, não há duas imagens do mundo, uma ‘objetiva’, ‘real’ e a outra ‘mítica’, mas uma leitura única da paisagem” (Gusdorf, p23). g) “A ontologia vivida no mito é prévia a qualquer dissociação. O homem moderno evoluído é o herdeiro de uma longa tradição que desintegrou para conhecer melhor (...) a inteligência se separou dos instintos e dos sentimentos (...)” (Gusdorf, p.30).