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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS –

UFAM FACULDADE DE TECNOLOGIA – FT

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA

FTQ030 - LABORATÓRIO DE CINÉTICA DE REATORES

Prof. CRISTIANE DALIASSI RAMOS DE SOUZA

DETERMINAÇÃO DOS PARÂMETROS CINÉTICOS DE REAÇÃO

Chrystiano Silva Calado - 21854947

Data da prática: 30/08/2021

Data de entrega: 03/09/2021

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RESUMO

Nesta prática objetivou-se realizar a comprovação que a velocidade de


uma reação pode ser estudada acompanhando-se como a concentração de
uma das espécies presentes varia ao longo do tempo. Pôde-se, então, escrever
equações cinéticas associadas a essas velocidades de formação de produtos
ou desaparecimento de reagentes. O tempo foi monitorado facilmente através
de um cronômetro comum, mas e as concentrações? Na prática, deve-se ter
em mente que não é possível, de uma forma direta, ter acesso a essas
grandezas. Assim, o que pode ser monitorado realmente são propriedades
relacionadas de alguma forma às concentrações. É comum, portanto, o
acompanhamento da variação de pressão em reações que envolvam gases, da
absorbância de espécies coloridas produzidas ou consumidas, da
condutividade de reações envolvendo íons, etc. É necessário, porém, que cada
sistema reacional seja considerado singularmente, e a forma de estudo seja
cuidadosamente escolhida. No presente experimento conforme vídeo
verificamos como as informações cinéticas convencionais podem ser obtidas a
partir de uma medida não usual

Palavras chave: temperatura, reação, velocidade.

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Sumário

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................4

2. OBJETIVOS E JUSTIFICATIVA ........................................................................................7

2.1 Objetivo .........................................................................................................................................7

2.2 Objetivo Especifíco........................................................................................................................7

2.3 Justificativa....................................................................................................................................7

3. MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................................8

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................................... 10

5. CONCLUSÃO ................................................................................................................ 194

6. REFERÊNCIAS .............................................................................................................205

7. ANEXOS........................................................................................................................................17

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1. INTRODUÇÃO

Um dos essenciais objetivos dos experimentos cinética química é medir a lei


de velocidade para uma reação química. Há diversas maneiras de fazer isso,
mas uma das mais frequentemente utilizadas é o método de condições de
pseudo-primeira ordem que é, por vezes também, referido como o método de
isolamento ou o método de inundação.

O problema em estudos cinéticos é que cada concentração de reagente


muda com o tempo conforme a reação prossegue. Assim, a medição da taxa de
variação de uma reagente independente da taxa de variação de outro reagente
requer algum projeto experimental adequado. Considerando uma reação entre
os dois reagentes A e B, temos o seguinte:

Espera-se que a lei da velocidade tenha a seguinte forma:

Para isolar o efeito da alteração da concentração do reagente A, enquanto


mantendo a concentração de B a mesma durante todo o tempo de reação, uma
maneira para que B não seja consumido quando A reagir para formar os
produtos tem que ser encontrada.

Então, fazendo esta reação com um grande excesso (x100 ou mais) de


reagente B, de modo que o reagente A é o reagente limitante durante todo o
curso da reação, temos:

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A partir do cálculo com o reagente limitante acima, é possível notar que


somente 1% da quantidade de B inicial reagiu enquanto toda a quantidade de
A inicial foi consumida. Dessa forma, a concentração de B não se alterou em
qualquer quantidade apreciável ou [B] = [B]0 em todos os momentos.

Esta estratégia de inundar a mistura de reação com um reagente permite


isolar o efeito de outro reagente sobre a taxa de alteração ou a taxa de reação.
Assim, o nome dado a isso é método de inundação ou o método de isolamento.
Sabendo agora que a concentração de B não muda durante a reação, ou seja,
é uma constante, a lei de velocidade toma outra forma:

Nota-se que há uma combinação entre a constante da velocidade k e a


concentração constante de B ([B]0) para formar uma nova constante chamada
de kobs, pois é ela que é observada durante o experimento.

Assumindo um valor para a ordem de reação em relação à concentração de


A (n), então se pode determinar a lei de velocidade integrada sob estas
condições em que têm inundado a mistura de reação com B.

Plotando-se o gráfico de ln[A]t em função do tempo para diferentes


concentrações em excesso de B obtém-se os valores de kobs que são dados
pelos coeficientes angulares das retas. Posteriormente, é possível plotar,
também, o gráfico de kobs em função das concentrações diferentes em excesso

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de B.

Dessa forma, é possível confirmar a ordem de reação a respeito de B a partir


da forma da curva (primeira ordem → linear, segunda ordem → parábola, etc).
Também é possível determinar a constante de reação real (k) através do
coeficiente angular da reta.

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2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

O objetivo de nosso experimento foi determinar a ordem de reação global


para uma reação relógio de formaldeído. Para isso, verificou-se a ordem de
reação em relação a cada um dos reagentes utilizando a equação integrada
para a cinética de pseudo-primeira ordem.

2.2 Objetivos Específicos

• Determinar a ordem de uma reação através de medidas de velocidade,


variando-se a concentração dos reagentes;
• Estudar a influência da temperatura do meio reacional sobre a
velocidade das transformações químicas;
• Determinar a energia de ativação para a reação-relógio de formaldeído.

2.3 Justificativa

Conforme a prática desenvolvida em vídeo para estudar a reação, trabalharemos


sempre misturando uma solução de formaldeído com igual volume de uma solução de
sulfito/bissulfito. A diferentes amostras adicionaremos diferentes quantidades de água e
mediremos o tempo transcorrido até que a uma mudança se processe. Essa mudança será
a viragem de um indicador ácido-base que, ocorrendo em um determinado pH, indicará
sempre uma mesma quantidade de íons hidroxila formada. Aumentando ou diminuindo a
concentração de bissulfito podemos tornar maior ou menor o tempo de viragem, assim
capacitar os discentes a entender os fundamentos teóricos das técnicas realizadas em
laboratório de cinética de reatores, com uma abordagem segura e prática adaptada a
realidade atual de aulas remotas, assim como interpretar metodologia aplicada das análises
e reconhecer a dinâmica do prática e seus matériais empregados.

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3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Materiais e Reagentes

• Reagentes utilizados;
• Bissulfito de sódio;
• Sulfito de sódio;
• Solução de formaldeído 37%;
• Solução Indicadora de Fenolftaleína
• 5 béqueres de 500 mL;
• 3 béqueres pequenos;
• Provetas de 5, 10 e 500 mL;
• 1 balão volumétrico de 100 mL;
• 1 balão volumétrico de 50 mL;
• 1 bastão de vidro;
• 1 termômetro digital;
• 1 agitador magnético
• cronômetro;

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3.2 Procedimento Experimental

O procedimento experimental consistiu na preparação de duas soluções,


sendo a solução A preparou-se através da dissolução de 1,99 g de bissulfito de
sódio e 0,3156 g de sulfito de sódio. Realizou-se posteriormente o preparo de
uma solução 37% (v/v) de formaldeído (Solução B).
Quantidades pré-determinadas (Tabela 1) da solução B foi adicionadas em
um béquer de 500 mL juntamente com uma quantidade sempre constante de 5
mL da solução A e aproximadamente 10 gotas da solução indicadora de
Fenolftaleína; Posteriormente realizou-se o preenchimento do volume com
água destilada.
Esse procedimento foi realizado para as quatro primeiras medições; Após
realizou-se o mesmo procedimento, porém variando a quantidade em volume
da solução A adicionadou-se no béquer, de modo que o volume adicionado da
solução A permaneceu constante. Após a adição dos dois reagentes,
cronometrou-se o tempo para que a viragem do indicador fosse detectada,
utilizando de agitação com bastão de vidro.

Tabela 1 – Quantidades adicionadas de cada reagente nas diferentes etapas


do procedimento experimental. A quantidade de água adicionada manteve o
volume total em 425 mL.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Resultados

Uma reação de cinética química descreve matematicamente a variação


da concentração dos reagentes em função do tempo. Em reações contendo
dois reagentes a expressão diferencial para a velocidade, que é sempre escrita
em dependência da concentração dos reagentes, apresenta um índice na
concentração de cada reagente conhecido como ordem de reação.

A ordem da reação de um reagente indica de qual forma a variação desta


influenciará na velocidade global da reação. Como exemplo, quando um
reagente com ordem de reação 1 possui sua concentração duplicada, o efeito
dessa adição é a duplicação da velocidade global da reação.

Normalmente estabelecemos resultados para as equações de velocidade


em termo de integração, das quais como já demonstrado em relatórios
anteriores, as reações globais de primeira ordem possuem a seguinte equação
de velocidade integrada:

Para nosso experimento, utilizamos de dois reagentes, de modo que a


equação da velocidade é dependente de dois termos. Para descrevê-la
completamente, precisamos das ordens de reação em função de cada
reagente, o que pode ser obtido pelo método de isolamento.

Para isso, verificamos individualmente como a variação de cada


concentração influenciará no tempo final de reação. Desse modo, suponhamos
que a nossa reação pode se comportar como uma reação cinética de
pseudoprimeira ordem, e para isso é necessário manter a concentração de um
dos reagentes constante ou em excesso. Em nosso experimento temos a
presença da reação global:

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Que Pode ser desmembrada nas seguintes reações:

Experimentalmente observa-se que k3 apresenta-se como um valor


elevado em comparação com os outros valores de k, o que demonstra que a
reação do bissulfito com a hidroxila é muito rápida. O valor de k1 apresenta-se
mais elevado do que o valor da constante de velocidade da segunda reação.

Desse modo temos que a segunda reação (reação de sulfito com


formaldeído) apresenta-se como a reação mais lenta, e, portanto a reação que
determina a velocidade global da reação e a que mais influencia no k global.

Temos uma quantidade em massa do bissulfito superior a quantidade de


sulfito. Como a etapa do sulfito é a mais lenta, a produção de hidroxila e
consequentemente a viragem do indicador somente ocorrerá quando toda a
quantidade de sulfito e de bissulfito for neutralizada.

Para fazer análises quanto à ordem de reação devemos construir um


gráfico de Ln [C] x t, sendo assim, primeiramente encontramos os valores de
concentrações a partir da tabela abaixo:

Tabela 2 – Valores de tempos obtidos até a viragem do indicador


Fenolftaleína para cada experimento.

A concentração inicial da solução A era de 2,99 mol/L , porém, coletouse

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apenas 5ml de tal solução e adicionou-se à 420 ml de uma solução contendo


água e a solução B, logo a nova concentração tornou-se:

Tal procedimento foi repetido para todos os valores da tabela acima e


pode-se ilustrar os resultados através da seguinte tabela:

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Tabela 3 – Valores de concentração de cada reagente calculados para


cada combinação de volumes.

Fizeram-se dois gráficos, sendo que o primeiro analisa a ordem de


reação em função da variação da concentração do líquido B, enquanto que o
outro analisa a ordem de reação em função da concentração do líquido A. A
análise do primeiro gráfico nos mostra que a reação realmente se comporta
como uma reação de primeira ordem em relação a solução B (Formaldeído)
devido ao comportamento linear do gráfico obtido abaixo:

Gráfico 1 – Variação do ln da concentração do reagente B vs. Tempo


quando a concentração da solução A permanece constante.

O terceiro ponto distanciou-se um pouco da tendência linear do gráfico,


podendo ser justificado pelo erro do operador ao observar o ponto de viragem
da reação que foi indicado por fenolftaleína. Ao encontrar o coeficiente angular
do gráfico acima, temos que este valor nos indica a constante de velocidade da
reação, mantendo-se a concentração de A (Bissulfito) constante. O valor
encontrado foi de:

Porém, espera-se que tal valor não esteja em consonância com o valor
experimental devido à um erro no momento de registrar o tempo de medida. Ao

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adicionar-se fenolftaleína no béquer contendo água, não foi feita a


homogeneização da amostra, logo, o tempo de viragem da solução foi mais
curto em relação ao tempo encontrado pelos outros grupos que realizaram a
prática, tal fato inviabilizou a descoberta do valor real da constante de
velocidade. Já ao analisarmos as mudanças de concentração do líquido A,
mantendo-se B constante, observa-se que a reação não se comporta como uma
reação de primeira ordem, mas sim, como uma reação de ordem zero,
analisando-se o gráfico obtido abaixo:

Gráfico 2 – Variação do ln da concentração do reagente A vs. Tempo


quando a concentração da solução B permanece constante.

Observamos que não há um comportamento linear nesse caso. Já se


plotarmos um gráfico da concentração em relação ao tempo, e o mesmo nos
fornecer uma reta, temos que a concentração do reagente em questão não
promove mudanças na velocidade da reação, de modo que temos uma reação
de ordem zero. Ao realizarmos essa representação gráfica para a solução A,
temos o gráfico abaixo:

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Gráfico 3 – Variação da concentração do reagente A vs. Tempo quando


a concentração da solução B permanece constante. O comportamento linear
indica a ordem zero em relação à esse reagente.

Onde o valor de K é dado pelo coeficiente angular sendo igual à 5x10-5


mol L-1 s -1 . Temos, portanto para a reação global uma ordem de reação igual
à 1, sendo que a velocidade da mesma depende apenas da concentração do
reagente B.

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4.2 Questionário

1) Com os dados obtidos, construir os gráficos de tempo vs. Temperatura e ln


k vs. 1/T.
R:

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2) Determinar a ordem e a constante da reação através do gráfico.


R >> Ordem 0 (zero)

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3) Se possível, calcular o valor da energia de ativação para a reação-relógio de


formaldeído.
R: Valores ficararm zero.

4) Discutir a influência da temperatura nos resultados encontrados (no relatório)


R: Para a influência da temperatura na velocidade das reações químicas
teremos que analisar o quanto a temperatura foi aumentada.
O aumento da temperatura tende a aumentar a velocidade da reação, pois
aumenta a energia cinética das moléculas, aumentando assim a quantidade de
colisões efetivas.

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5 CONCLUSÃO

Foi possível, apesar de erros experimentais, obter o valor da constante de


velocidade dessa reação em relação aos dois solventes. Também foi possível
encontrar a ordem da reação em relação a cada reagente utilizando o método
do isolamento, bem como a ordem da reação global.
Por isso que as reações químicas que devido às suas características
cinéticas tornaram-se conhecidas como "reações relógio", que são sempre
processos complexos nos quais uma mudança (normalmente visual) ocorre por
conta de uma reação lenta que só se processa em extensão razoável quando
uma outra reação muito mais rápida e em paralelo cessa. O controle dessa
reação rápida através de reagentes limitantes permite alterar o tempo em que
se dá a mudança. No experimento em questão foi trabalhado com a "reação
relógio de formaldeído".

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Cinética Química. – Univap. Disponível em: https://www1.univap.br ›. Acesso


em 21 de Agosto de 2021.

LEVENSPIEL, O. Engenharia das reações químicas, 3ª ed., Ed. Edgard Blucher


LTDA, 2000.

FOGAÇA, Jennifer Rocha Vargas. "Superfície de Contato e Velocidade das


Reações"; Brasil Escola. Disponível em . Acesso em 21 de Agosto de 2021.

SOUZA, Líria Alves de. "Cinética Química"; Brasil Escola. Disponível em .


Acesso em 21 de Agosto de 2021.

OCTAVE Levenspiel - Engenharia das Reações Químicas (2000, Edgard


Blücher) - libgen.lc

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