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Separação

Sólido--Fluido
Sólido
BIBLIOGRAFIA

MASSARANI, G. Fluidodinâmica em Sistemas Particulados. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1997.


DUARTE, C.R. (Prof. FEQ/UFU), Notas de aula.
BARROZO, M.A.S. (Prof. FEQ/UFU), Notas de aula.
OP1 – Separação de Partículas no Campo Gravitacional - Câmaras de Separação

Separação Sólido-Fluido
 Os conceitos vistos até aqui, servem de ponto de partida para:
análise do DESEMPENHO PROJETO

equipamentos de separação sólido-fluido

ciclone
câmara de poeira
hidrociclone
tanque de decantação
centrífuga

Campo Gravitacional Campo Centrífugo2


OP1 – Separação Sólido-
Sólido-Fluido

Equipamentos de Separação Fluido-Sólido:


Gás-Sólido e Líquido-Sólido
Partículas dispersas em um fluido
fluido:
partículas grandes
grandes,, (v
(vt > 1ft/s) partículas finas (menores
(menores))

são de maior dificuldade


são facilmente
de separação (tendem a
separadas (do gás ou seguir o mesmo
líquido) percurso do fluido)

Os equipamentos (Filtros
(Filtros,, Separadores Centrífugos
Centrífugos,, Lavadores
de Poeira, Câmaras de Poeira, Elutriadores
Elutriadores)) que promovem
esta tarefa, SEPARAM desde pós (1 (1 a 1000 µm
µm),
), até material
granulado (> (> 1000 µm
µm).
). 3
OP1 – Separação Sólido-
Sólido-Fluido

 Muitas operações em indústrias de processamento ocorrem


em fase fluida, necessitando na sequência, fazer a separação.
Por que separar partículas de fluido
fluido??
 questões econômicas
econômicas:: minimizar desperdício de
materiais de valor (por exemplo, um pó seco num
spray--dryer
spray dryer));
 questões de legislação
legislação:: manter limpos a
atmosfera industrial e a água descartada
(tratamento de efluentes)
efluentes);;
 questões de segurança
segurança:: eliminar riscos de
explosão, pois alguns materiais finos formam
misturas explosivas com o ar ar,, em determinadas
concentrações (por exemplo, pós em unidades que
armazenam e processam grãos
grãos)). 4
4 - Separação de
Partículas no Campo
Gravitacional -
Câmaras de
Separação
BIBLIOGRAFIA
MASSARANI, G. Fluidodinâmica em Sistemas Particulados. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1997.
DUARTE, C.R. (Prof. FEQ/UFU), Notas de aula.
BARROZO, M.A.S. (Prof. FEQ/UFU), Notas de aula.
OP1 – Separação Sólido-
Sólido-Fluido: Campo Gravitacional

Separação no Campo Gravitacional


 Seja:
uma partícula se movimentando
movimentando,, arrastada pelo
escoamento de um fluido e, sob a ação do campo
GRAVITACIONAL entre as placas de uma câmara de
poeira

o comprimento das placas é bem MAIOR que


a distância entre elas

L >> H
portanto...

o escoamento pode ser considerado como sendo plano, com 6


as linhas de fluxo paralelas às superfícies do equipamento
OP1 – Separação Sólido-
Sólido-Fluido: Campo Gravitacional

 Da equação do movimento de Newton, tem-se que:



dv força de campo força resistiva
 F  m
dt
   S    V  b  F a
 
 Para uma partícula com aceleração nula, no campo
gravitacional, e substituindo a força de arraste:
A
0    S     V  g     u  v  CD   u  v 
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Sólido-Fluido: Campo Gravitacional

Na direção x:
A
0    S     V  g     u  v  C D   u x  vx 
2

u x  vx
...ou seja,

a componente da velocidade da partícula na direção x


é igual à velocidade do fluido

Na direção y:
A
0    S     V  g     u  v  CD   u y  v y 
2
mas ... 8
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Sólido-Fluido: Campo Gravitacional

O fluido escoa apenas na direção x


Então...
A 0
0    S     V  g     u  v  CD   u y  v y 
2
Também, tem-se que...
...
0 0
2 2
u v   u x  vx    u y  v y 

u  v  vy 2  vy
Assim,
A
0    S     V  g     v y  CD   v y 
2
A
   CD  v y 2    S     V  g
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Sólido-Fluido: Campo Gravitacional

Fazendo ...

 d 3p
V
6
 d p2
A
4
Então...

 d p2 1 2
 d 3
p
    CD  v y    S     3  g
4 2 6

4 d p   S     g
vy    vt
3 CD  
...ou,

Explicitando CD: 10
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Sólido-Fluido: Campo Gravitacional

4  S     d p  g
CD  
3   vt2
Portanto...

v y  vt
...ou seja,

Se a partícula caísse com ausência de movimento do fluido, a


componente da velocidade da partícula na direção y é igual à
velocidade terminal da partícula
Resumindo:
na direção do a partícula possui a mesma
escoamento velocidade do fluido
na direção do velocidade da partícula é igual
campo exterior à velocidade terminal 11
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Câmara de Separação Gravitacional

 Tipo mais simples e antigo de equipamento para coleta da


PARTÍCULAS dispersas em um fluido.
 O método baseado na sedimentação livre, considerando o
próprio peso e a velocidade terminal das partículas.
 Apresentam área transversal suficientemente GRANDE
(equipamentos de grandes dimensões) através da qual, fluidos
passam com BAIXA velocidade, dando tempo suficiente para
que partículas possam sedimentar (e serem coletadas) no
fundo (ou na base) da câmara, por ação da gravidade.
 Podem ser de dois tipos:

gás-sólido Separação líquido-


Separação gás- líquido-sólido
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 As câmaras gravitacionais são sedimentadores cujo objetivo


é retirar POEIRAS de correntes fluidas com:

dp> 43 m

Tanque de Poeira – Suspensão Gás-Sólido


 Sua utilização ocorre, principalmente, em indústrias que
possuem gases muitos sujos em termos de material
particulado.
Por exemplo,

arrozeiras exaustão de fornos

São, em geral...
13
...
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 Câmaras compridas, de seção retangular, POUCO utilizadas


por existirem equipamentos (ciclones) mais eficientes e mais
compactos.

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sujo

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Coletor de pós

http://img.alibaba.com/photo/247313648/Baghouse_filter_dust_collector_.jpg
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Tanque para Suspensão Líquido-Sólido (Tanque de Areia)


Partícula arrastada
com o fluido

B
H
vx
vy

4  S     g  d p
vx  u x ; v y  vt  vt 
3   CD

A velocidade da partícula na direção A velocidade da partícula na direção 18


x é a própria velocidade do fluido y é a própria velocidade terminal
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Projeto (Dimensionamento) de
Câmaras de Separação
 Seja:
< u >: velocidade média do fluido na direção x;
BH: seção de escoamento na câmara.

Então...

Q  BH  u
a velocidade do gás na câmara deve ser baixa (de 0,02 ~ 0,6
m/s até 1,5 ~ 3,0 m/s) para evitar redispersão das partículas
Se não houver turbulência
turbulência,, as partículas decantarão com
velocidade vt
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a) Tempo Necessário para que a Partícula de Diâmetro


Crítico Percorra na Horizontal a Distância L

L
t1 
u
t1 é o tempo de residência da partícula (é o tempo
de passagem pela câmara)

b) Tempo Necessário para que a Partícula de Diâmetro


Crítico Percorra na Vertical a Distância H

H
t2 
vt
t2 é o tempo de queda (depende de vt) na câmara
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Se:

t1 < t2 partícula arrastada

t1 ≥ t2 partícula coletada
Deste modo...

a condição mais desfavorável (ou crítica


crítica)) para a
coleta (separação
(separação)) de partículas é:

t1 = t2
Neste caso...
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L H

u vt
u H
vt 
L
Mas..
.
Q Q
u  
A BH
Q: vazão de alimentação do fluido;
Por isso,

Multiplicando e dividindo por B:


u H B
vt  
L B
Logo..
. 22
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H B u
vt 
LB
Q
vt 
LB
Assim...

com o valor da velocidade terminal da partícula é possível


calcular o diâmetro crítico (dp*) da partícula, que especifica
as condições limites para se conseguir a separação

Portanto...

independentemente da posição de entrada na câmara,


serão coletadas com eficiência de 100 % partículas com

dp > dp* 23
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Re  * 18  vt
*
d  d Stokes 
p
 vt K1 g   s   

partículas maiores que as de diâmetro crítico são


coletadas e as menores arrastadas

dp* corresponde à menor partícula retida na câmara 24


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Também, sabendo que:


L H

u vt

Para partículas esféricas em região de Stokes


(escoamento lento com fluido em repouso), tem-
tem-se que:
2
d p   S     g
vt 
18
Portanto...
L 18
H 2
u d p   s     g

Mas... 25
OP1 – Separação de Partículas no Campo Gravitacional - Câmaras de Separação

Q Q
u  
A BH
Então...
L 18  H
 2
Q d p   s     g
BH
18  H LBH Vcâmara
2
 
d p   s     g Q Q
...ou,

18  H  Q
dp 
 s     g Vcâmara
OBS.: Pode-se fazer, da mesma forma, para os outros regimes
regimes. Porém, geralmente,
verifica-se o Regime de Stokes nas faixas de tamanhos de partículas utilizadas em
câmara de poeira.
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