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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL

DAS RELAÇÕES DE CONSUMO EM XXX.

XXX, qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem, por meio de seu
advogado, à presença de Vossa Excelência, apresentar CONTRARRAZÕES AOS EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO opostos por XXX.

I – SINTESE DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

1. (Fatos)

2. É a síntese do recurso.

II – DAS CONTRARRAZÕES

II.1. DA TEMPESTIVIDADE

3. Os autores tomaram ciência da interposição dos embargos de declaração em XXX, sendo que o
termo do prazo para contrarrazoar recaiu no dia XXX.

4. Logo, o prazo final para contrarrazoar é XXX, razão pelo qual são tempestivas as presentes
contrarrazões (artigo 1.023, §2º do CPC).

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II.2. INADMISSIBILIDADE DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

5. Os embargos de declaração constituem o recurso cabível para sanar omissão, obscuridade,


contradição e erro material de decisão judicial (artigo 1.022 do CPC).

6. No caso dos autos, a sentença embargada não ostenta quaisquer dos citados vícios.

7. As irresignações da embargante se mostram desprovidas de natureza recursal.

8. Inverossímeis os argumentos apresentados pela embargante para XXX

9. O verdadeiro objetivo da embargante é apenas protelar.

10. Resta evidente que se trata de um incidente infundado e meramente protelatório ao deslinde
desta causa, o que denota flagrante má-fé processual e atentado à dignidade da justiça.

11. Assim, os embargos de declaração merecem ser rejeitados por inexistir omissão, obscuridade,
contradição ou erro material a serem sanados na sentença recorrida.

II.3. DA DESNECESSIDADE DE ENFRENTAMENTO DE TODOS OS ARGUMENTOS ADUZIDOS


PELAS PARTES

12. É firme a jurisprudência do STJ no sentido de que inexiste negativa de prestação jurisdicional
suscetível de sustentar a oposição de embargos de declaração sob o argumento de que o juízo
deixou de rebater, ponto por ponto todas as arguições das Partes.

13. De fato, é ônus do julgador sentenciar fundamentando o sentido do seu convencimento


abordando as circunstâncias de fato ou de direito susceptíveis de justificar e sustentar a decisão
prolatada, não estando, entretanto, vinculado a uma obrigação de desconstituir e repelir todo e
qualquer argumento suscitado pelas partes.

14. Repiso, incumbe ao órgão julgador decidir o litígio segundo o seu livre convencimento motivado,
utilizando-se das provas, legislação, doutrina e jurisprudência que entender pertinentes à
espécie. Assim, o julgador não se encontra obrigado a manifestar-se sobre todas as alegações
das partes, nem a ater-se aos fundamentos indicados por elas ou a responder, um a um, a todos
os seus argumentos, quando já encontrou motivo suficiente para fundamentar a decisão.

15. De fato, a função teleológica da decisão judicial é solucionar controvérsias e compor litígios,
razão pelo qual não constitui peça acadêmica ou doutrinária, tampouco se destina a responder
argumentos, à guisa de quesitos, como se laudo pericial fosse (STJ. 2ª Turma, EDcl no REsp
675.570/SC. Rel. Ministro FRANCIULLI NETTO).

16. Não estava esse MM. Juízo obrigado a analisar, discutir e rebater todos os pontos arguidos pela
ora Embargante, não apenas por ausência de comando legal nesse sentido, mas igualmente
porque a Embargante aduz matéria claramente infundada.

17. O exposto demonstra, de forma inequívoca, que aquilo que a ora Embargante qualifica de
omissão na sentença, é na realidade apenas ausência de manifestação do juiz sentenciante
sobre pontos estrangeiros aos limites e objeto da ação de conhecimento.

II.4. DA LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ

18. A Embargante litiga de má-fé, pois o presente recurso tem intuito manifestamente protelatório.

19. A conduta da Embargante viola os deveres processuais das partes, o que não pode ser tolerado.

20. Para tais casos, assevera o Código de Processo Civil:

Artigo 80, do CPC. Considera-se litigante de má-fé aquele que:

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I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato
incontroverso;
II - alterar a verdade dos fatos;
III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal;
IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo;
V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do
processo;
VI - provocar incidente manifestamente infundado;
VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.

Artigo 81, do CPC.  De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o


litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a um por
cento e inferior a dez por cento do valor corrigido da causa, a
indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar
com os honorários advocatícios e com todas as despesas que
efetuou.

21. Portanto, requer a condenação da Embargante que litiga de má-fé a pagar multa de 10% (dez
por cento) sobre o valor da condenação.

III – PEDIDOS

22. Por todo o exposto, os autores pleiteiam a rejeição dos Embargos de Declaração opostos, a
manutenção da sentença embargada e o regular prosseguimento do feito.

23. Requerer a condenação da Embargante que litiga de má-fé a pagar multa de 10% (dez por
cento) sobre o valor da condenação.

Termos em que, pede e espera deferimento.

XXX, XX de XXX de XX.

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OAB/XX Nº XXX

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