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A dimensão discursiva
14 da linguagem
OBJETIVOS
Os elementos da comunicação
A l in e A d â o It u r r u s c a r a i
1 ) 180 C ap ítu lo 14
H oje, o s e s t u d o s da lin g u a g e m , e m b o ra re c o n h e ç a m a im p o rtâ n c ia da t e o
ria da com unicação para dar início à an álise das situ a ç õ e s de interlo cu ção , consideram
e s s a teo ria in su ficie n te para dar conta da com plexidade envolvida no uso da linguagem
pelos in te rlo cu to re s. Co nhecerem o s, a seguir, os princípios da te o ria da com unicação.
Na segunda parte d e ste cap ítulo , tra ta re m o s e sp e cifica m e n te das su a s lim itaçõ e s,
ap resen tand o uma p e rsp e ctiva m ais d iscu rsiva para t ra ta r do uso que os in te rlo cu to re s
fazem da linguagem .
A base da te o ria da com unicação e stá na id e n tificação de s e is elem ento s, p re se n te s,
segundo Jakobso n, em to d a s a s situ a ç õ e s de interlo cução.
São eles:
• Qs p a rtic ip a n te s de um ato com unicativo: e m isso r (tam bém cham ado de locutor
ou de rem etente) e receptor (lo cutário ou d e stin a tá rio ).
• 0 canal em que se dá a com unicação , ü canal é o meio físico por onde circu la a men
sagem entre o e m isso r e o re cep to r (ondas so n o ras, papel, b y te s, e tc.). É tam bém a
conexão p sicológica que se e sta b e le c e entre e m isso r e re cep to r para que possam
se com unicar.
• A m ensagem a se rtra n sm itid a . A m ensagem é o conjunto de enunciados produzidos
pela se le ção e com binação de sig n os realizad as por um determ inado indivíduo.
• ü código em que a m ensagem é tran sm itid a . T ra ta -se do siste m a que é utilizado
Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
As funções da linguagem
a Função referencial ou denotativa (ênfase no contexto]
Quando o objetivo da m ensagem é a tra n s m iss ã o de inform ação sobre a realidade
ou sobre um elem ento a s e r designado, diz-se que a função predom inante no te xto é a
referencial ou denotativa.
0 tre ch o a seguir, com um conteúdo e sse n c ia lm e n te inform ativo, exem p lifica e s sa
função.
<
Clube de Criação de São Paulo.
Disponível em: <http://ccsp.com.
br/pecas/36769/resultado-busca>.
Reprodução
Reprodução
<ROCKWELL, N. Autarretrato exp lo rad as m ais pelo seu potencial em evo car im agens e produzir e fe ito s
triplo. 1960. Óleo sobre sonoros. N esse s ca so s, há um trabalho com os próprios signos, cujo objetivo
tela, 113 x 88,3 cm.
é provocar algum efeito de sentido no recep to r.
Das utopias
Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A mágica presença das estrelas!
QUINTANA, Mário. Nova antologia poética.
Utopia: fantasia, 7. ed. São Paulo: Globo, 1998. p. 108.
desejo irrealizável
1 i m Cap ítu lo 14
GRAMÁTICA
l)
Leia o anúncio abaixo e responda às questões de 1 a 4.
O anúncio chama a atenção por apresentar uma cena inusitada. Que cena é essa?
a) A im agem , o enunciado que aparece no canto superior direito e o logotipo de um a
com panhia aérea, no canto inferior esquerdo, sugerem o objetivo do anúncio.
Qual é esse objetivo?
bj Explique qual a relação estabelecida entre a im agem , o enunciado do canto
superior e o objetivo do anúncio.
Para convencer seu público-alvo, os anúncios levam em consideração o perfil de
seus interlocutores preferenciais. No caso desse anúncio, como se caracteriza seu
público-alvo? Justifique.
3. Releia o texto apresentado na parte inferior do anúncio e transcreva no seu caderno
os elementos que procuram convencer o leitor de que todos podem voar com essa
companhia aérea.
Qual função da linguagem é predominante no anúncio analisado?
a) Transcreva no cadem o as passagens do texto que perm item reconhecer essa função.
bj Por que é com um a m anifestação dessa função da linguagem em anúncios?
5. Os trechos a seguir foram extraídos de um livro infantil chamado Mania de explica
ção. Leia-os atentamente e transcreva no caderno as funções da linguagem neles
presentes, justificando sua resposta.
solidão [...] estado de quem se acha ou se sente desacompanhado ou só; isolamento [...]
vontade [...] faculdade que tem o ser humano de querer, de escolher, de livremente praticar
ou deixar de praticar certos atos [...]
A F LO R A B R A S ILIE N S E
Fraudulência (Vegetale corruptus) - Árvore da família das Maracutaias,
suas sementes chegaram ao país com as caravelas e hoje, mesmo com raízes
espalhadas por todo o território nacional, o seu caule espesso e sua copa
frondosa estão fincados no Planalto Central, bem no coração do Brasil.
□ cartum de Angeli ajuda a com preender por que a língua não pode se r
v is ta ap e n as como um “código”. Pense nas se is fu n çõ e s da linguagem pro
p o sta s pela te o ria da com unicação : algum a d elas é cap az de c a ra c te riz a r
o trab alho com a linguagem realizado por A ngeli? A re sp o sta é negativa.
Is s o a co n te ce porque não te m o s como “enquadrar” os e fe ito s de sentido
d e se n cad e a d o s pelo cartum dentro da d e scriçã o das fu n çõ e s re fe re n cial,
m e talin g u ística, apelativa, fá tic a , po ética ou em otiva. Aliás, podem os reco
nhecer, no te xto , fin alid ad e s a s so c ia d a s a vá ria s d e s s a s fun çõ es.
Um exem plo como e s s e torna m ais c la ra s a s lim itaçõ e s da te o ria da co
m unicação para exp licar o funcionam ento da linguagem . E s s a te o ria adota
uma visão m ais “m e câ n ica ” da com unicação , atribuindo aos in te rlo cu to re s
Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A indeterminação da linguagem
A linguagem pode s e r v ista como um “palco” no qual os a to re s (interlo
cu to re s] co ntracenam , confrontando d ife re n te s in te n çõ e s e e x p e c ta tiv a s
Reprodução
L u g a r d is c u r s iv a é a p o s iç ã o o c u p a d a no d is c u rs o p e lo s in t e rlo c u t o re s ,
q u e o ra a s s u m e m o p a p e l de f a la n t e s , o ra o d e o u v in te s .
A vaguidão específica
As mulheres têm uma maneira de falar
que eu chama de vagoespecífica.
Richard Gehman
A leitura do te xto sug ere que e s s a s duas m ulheres sabem m uito bem
sobre o que e stão falando. 0 leitor, porém, não é cap az de id e n tifica r as
re fe rê n c ia s que podem atrib u ir um sentido e sp e cífico aos enunciados do
diálogo. Is s o aco n te c e porque ele não tem conhecim ento do con te xto em
que se produziu e s s a interlo cu ção . ü humor do te xto n a sce da im p ossib ili
dade de com preensão da co n ve rsa d as duas m ulheres.
Esse texto é um exemplo extrem o da exploração de uma c a ra c te rístic a
m arcante da linguagem: ela é indeterminada. Is s o sign ifica que a resp o nsa
bilidade por dizer ou não dizer algo, pelo grau de exp licitação a que se quer
chegar, pela escolha de enunciados am bíguos ou não am bíguos, é do falante,
que tem sem pre um trabalho a realizar a p artir das p ossibilidades que a língua
coloca à sua disposição.
188 C ap ítulo 14
GRAMÁTICA
Texto 1
1 190 C ap ítu lo 14
PRODUÇÃO DE TEXTO
UNIDADE
7
O discurso
Em diferentes contextos e situações, nós
produzimos e lemos textos. Cada um desses
textos nasce da relação entre diferentes agentes
e assume uma configuração tem ática e estrutural
que os associa a gêneros do discurso específicos.
Nos capítulos desta unidade, descobriremos
quais são e sses agentes, o que são gêneros
discursivos e de que modo expressam
características ideológicas próprias do contexto
em que são produzidos.
2 3 . A interlocução e o contexto, 2 8 5
• Os leitores dos textos
• 0 texto e seu contexto
1. Definir ideologia, form ação ideológica, fo rm ação d iscu rsiva, d iscu rso e texto.
S . Reconhecer de que maneira as m a rca s ideológicas se m anifestam na linguagem.
3 . Id en tificar os fato res que participam da constituição de uma form ação ideológica.
4 . Explicar como a fo rm ação d iscu rsiv a se relaciona com a form ação ideológica.
5. Analisar a relação entre d iscu rso e texto.
6 . Exp licar por que o d iscu rso é de natu reza so cial, enquanto o texto é uma
m an ifesta ção individual.
1) 272 C ap ítu lo 25
Texto 2 História das
co n q u istas
o fem ininas
Emília o
Primeiros jornais
Eu quero uma mulher que saiba lavar e cozinhar femininos aparecem no
Que, de manhã cedo, me acorde na hora de trabalhar Rio de Janeiro (Jornal das
Só existe uma e sem ela eu não vivo em paz Senhoras, O Belo Sexo, A
Família, Voz Feminina),
Emília, Emília, Emília, eu não posso mais feitos pore para mulheres;
Nísia Floresta (republicana
Ninguém sabe igual a ela
e abolicionista) traduz o
Preparar o meu café livro Defesa dos direitos da
Não desfazendo das outras mulher.
BIBLIOTECA
Acesso em: 25 out. 2012. © Copyright by Mangioni, Filhos 6 Cia. Ltda.
Todos os direitos reservados para todos os países do mundo.
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ICONOGRAPHIA
que autorizam a construção dessa imagem.
►Explique, com base nesses trechos, o que faz com que Amélia seja
vista com o “am orosa, passiva e serviçal”.
ACERVO
2. Após a leitura atenta do texto 2, podemos construir uma imagem da
mulher nele apresentada como ideal. Que características definem o
perfil de Emília?
►Se você considerar a im agem associada a Emília, diria que ela é um a
m u lh er independente? Por quê? * O perárias da
Tecelagem
3. Há, no texto 2, uma passagem que sugere que as características “pas M ariângela, das
siva e serviçal”, identificadas em Emília, são representativas, para o In d ú s tria s Reunidas
F. Matarazzo,
autor, do perfil da mulher ideal. Copie no caderno essa passagem.
São Paulo, na
a) Explique por que essa passagem perm ite ao leitor concluir que o década de 1920.
au to r da m úsica recorre a Emília para criar a im agem do que con o m.
o\ Primeira greve da
sidera a m ulher ideal. indústria têxtil no Rio
b) Podemos afirm ar que, no texto 1, Amélia tam bém é apresentada de Janeiro organizada
por mulheres; tem como
com o referência para a m ulher ideal. Justifique.
motivo a demissão de
uma operária pelo mestre
que a engravidou.
Texto e contexto histórico vo
5 As Ordenações Filipinas, leis
» À primeira vista, os textos 1 e 2 podem levar o leitor a crer que do século XVI que davam
poder de vida e morte aos
apenas seus autores têm como expectativa de mulher ideal alguém maridos sobre esposas
como Amélia e Emília. No entanto, se considerarmos que as duas suspeitas de adultério,
letras de música foram escritas em 1941, talvez seja possível afir deixam de vigorar. Primeiro
mar que era esse o perfil de mulher tomado como referência pela Código Civil Brasileiro.
A mulher ainda é vista
sociedade da época. Consulte a linha do tempo e explique por que
como incapaz de exercer
essa hipótese é verdadeira. uma profissão sem o
consentimento do marido.
Leitura
1962
0 Estatuto da Mulher
Casada permite que as Autores contemporâneos apresentam, em suas letras de música, uma mulher
muito diferente daquela dos anos 1940. Um bom exemplo é "Dandara", de Ivan
Dandara
1966
» B _______________________________________________
1. Em “Dandara”, vemos surgir uma imagem de mulher a partir da des
crição de alguns de seus aspectos físicos. Que aspectos são esses?
a) Algumas características e com portam entos tam bém são usados
pelos autores para “definir” D andara. Copie-os no caderno.
b) Que im agem de m ulher é criada por essa descrição? Explique.
2. Além de apresentar uma imagem de Dandara, a letra da música tam
bém faz referência ao modo como, segundo seus autores, ela é vista
pelos outros. Que reações ela provoca em homens e mulheres?
a) De todas as características atribuídas a D andara, um a delas é des
tacada como a que causa m ais im pacto. Que característica é essa?
b) Que trechos da letra se referem ao efeito provocado por tal característica?
3. Podemos afirmar que o primeiro verso — “Ela tem nome de mulher
guerreira” — oferece uma “chave” para a compreensão do perfil de
mulher que será apresentado no texto. Explique por quê.
A l d . U 8 . HU-Ü
Ideologia é um s is t e m a de id e ia s ( c r e n ç a s , t r a d iç õ e s , p r in c íp io s e
m ito s ] in t e rd e p e n d e n te s , s u s t e n t a d a s por um g ru p o s o c ia l de q u a lq u e r
n a tu re z a ou d im e n s ã o , a s q u a is re fle te m , ra c io n a liz a m e d e fe n d e m o s
p ró p rio s in t e r e s s e s e c o m p ro m is s o s in s t it u c io n a is , s e ja m e s t e s m o ra is ,
r e lig io s o s , p o lít ic o s ou e c o n ô m ic o s .
HOUAISS, Antônio; V ILLAR, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss
da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 20 09 . p. 1.043.
n o v a s g e l a d e i r a s com côres
i n t e rn a s e m a i o r e s p a ç o útil
^ O -
moderna linha de
televisores G-E
GENERAL ELECTRIC
A formação discursiva é um c o n ju n to de t e m a s ( c a t e g o r ia s o rd e n a -
d o r a s do m u n d o n a t u r a l: a le g ria , m e d o , v e r g o n h a , s o lid a r ie d a d e , h o n ra ,
lib e r d a d e , o p r e s s ã o , e t c .) e d e t e r m o s (e le m e n t o s q u e e s t a b e le c e m
u m a r e la ç ã o c o m o m u n d o n a t u r a l: m e s a , c a r r o , á r v o r e , m u lh e r, e t c .) que
c o n c r e t iz a m u m a v is ã o de m u n d o e s p e c íf ic a .
proibida. Art.184 do Código
Dirigir um lar
REPRODUÇÃO
24 de fevereiro de 1960
Somente uma mulher, e dona de casa, sabe e reconhece a grande tarefa que é
bem dirigir uma casa. A dona de casa tem de ser, antes de tudo, uma
economista, uma "equilibrista" das finanças, principalmente com
as dificuldades da vida atual. O lar é o lugar onde devemos en
contrar a nossa paz de espírito num ambiente limpo, sadio e
agradável e cabe à mulher providenciar isso. [...]
A boa dona de casa é a que sabe dar ordens e acompanha
de perto a sua execução. É a que mantém a limpeza, a ordem,
o capricho em sua casa, sem fazer desta um eterno lugar de
cerimônias, de deveres, onde tudo é proibido. É a que faz de
sua casa o lugar de descanso, da felicidade do marido e dos
filhos, onde eles se sentem realmente bem, à vontade, e são
bem tratados. O melhor lugar do mundo. - i , 9 4-
■'* x ....
Penso como um homem, mas sinto como mulher. Não me considero vítima de
nada. Sou autoritária, teimosa e um verdadeiro desastre na cozinha. Peça para eu
arrumar uma cama e estrague meu dia. Vida doméstica é para os gatos.
[...] Sou tantas que mal consigo me distinguir. Sou estrategista, batalhadora,
porém traída pela comoção. Num piscar de olhos fico terna, delicada. Acho que
sou promíscua, doutor Lopes. São muitas mulheres numa só, e alguns homens
também. Prepare-se para uma terapia de grupo.
MEDEIROS, M artha. Divã. Rio de Janeiro: Objetiva, 2 0 0 2 . p. 9-11. (Fragmento).
1. No primeiro capítulo do romance Divã, de Martha 3. O que quer dizer a personagem quando afirma
Medeiros, a personagem Mercedes conversa com sofrer de “hermafroditismo cerebral”? Justifique.
o seu analista. Qual é o tema dessa conversa? ►Por que tal característica não é percebida pelos
2. “Sou tantas que mal consigo me distinguir.” A outros?
partir dessa afirmação podemos identificar o 4 . Ao longo do texto, M ercedes nega u m a série de
problema que atormenta a personagem. Qual valores tradicionalm ente associados à im agem
é ele? de m ulher com o esposa e m ãe, característicos
►Um “problem a” com o esse poderia ser consi de u m a outra form ação discursiva. No caderno,
derado típico de u m a m ulher que vivesse, por copie os trechos em que isso ocorre.
exemplo, n a década de 1940? Explique.
►A n e g a ç ã o d e s s e s v a lo re s
sugere que a form ação d is
^ Releia.
cursiva n a qual se insere o ro
m ance de M artha M edeiros é
Quem me vê caminhando na rua, de salto alto e diferente daquela identificada
delineador, jura que sou tão feminina quanto as outras:
n as letras de m úsica da d é
ELOAR GUAZZELLI
cada de 1940 e nos anúncios
ninguém desconfia do meu hermafroditismo cerebral.
das décadas de 1950 e 1960.
Explique por quê.
Discurso e texto:
dois conceitos essenciais
Quando co nsid eram o s os fa to re s e xtra lin g u ístic o s a sso c ia d o s ao con
te xto de produção de um te xto , percebem os a im portância de sua p artic i
pação na co n stru ção de sentido , na definição de uma fo rm ação ideológica
e d iscu rsiva.
Como m em bros de uma so cied ad e, tom am os contato com a form ação
d iscu rsiva própria do no sso grupo so cia l. Ela se torna a base dos d isc u rso s
que co n stru ím o s, m esm o que não tenham o s co n sciê n cia d isso . Por re fle tir
a p e rsp e ctiv a ideológica de um grupo, o d iscu rso é so cial. A ssim , falam o s,
por exemplo, no d iscu rso dos oprim idos ou no d iscu rso da c la s s e dom inante.
1973
Sangue latino
Jurei mentiras
E sigo sozinho
Assumo os pecados
Uh! Uh! Uh! Uh!
Os ventos do norte
Não movem moinhos
E o que me resta
É só um gemido Rompi tratados
Traí os ritos
Minha vida, meus mortos Quebrei a lança
Meus caminhos tortos Lancei no espaço
Meu sangue latino Um grito, um desabafo
Uh! Uh! Uh! Uh!
Minh’alma cativa E o que me importa
É não estar vencido
Minha vida, meus mortos
Meus caminhos tortos
Meu sangue latino
Minh'alma cativa
28 G Capítulo 22
PRODUÇÃO DE TEXTO
7985
Geração Coca-Cola
Quando nascemos fomos programados Vamos fazer nosso dever de casa
A receber o que vocês nos empurraram E aí então, vocês vão ver
Com os enlatados dos U.S.A., de nove às seis Suas crianças derrubando reis
Fazer comédia no cinema com as suas leis
Desde pequenos nós comemos lixo
Comercial e industrial Somos os filhos da revolução
Mas agora chegou nossa vez Somos burgueses sem religião
Vamos cuspir de volta o lixo em cima de vocês Somos o futuro da nação
Geração Coca-Cola
Somos os filhos da revolução
Geração Coca-Cola
Somos burgueses sem religião
Geração Coca-Cola
Somos o futuro da nação
Geração Coca-Cola
Geração Coca-Cola
proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
7999
Minha alma (a paz que eu não quero)
A minha alma tá armada e apontada Me abrace e me dê um beijo
Para cara do sossego Faça um filho comigo!
Pois paz sem voz, paz sem voz Mas não me deixe sentar na poltrona
Não é paz, é medo No dia de domingo, domingo
As vezes eu falo com a vida Procurando novas drogas de aluguel
As vezes é ela quem diz Nesse vídeo coagido
Qual a paz que eu não quero conservar É pela paz que eu não quero seguir admitindo
Pra tentar ser feliz? É pela paz que eu não quero seguir
As grades do condomínio É pela paz que eu não quero seguir admitindo
São pra trazer proteção
YUKA, Marcelo. Disponível em: http://www.orappa.com.br/
Mas também trazem a dúvida discografia/lado-b-lado-a.html. Acesso em: 7 abr. 2013.
Se é você que tá nessa prisão
internet
Nos sites abaixo, você poderá fazer pesquisas so^re-letras de músicas e tam
bém obter informações sobre seus compositores e o contexto em que escreveram:
• http://letras.terra.com.br/ • http://www.webletras.com.br/ .
• http://www.vagalume.com.br/ • http://www.lyrics.com.br/
• http://www.musicas.mus.br/
1> 2 8 2 Capítulo 22
A interlocução
e o contexto
OBJETIVOS
1. Definir interlocução.
2. Reconhecer as m arcas textu ais que permitem identificar
o perfil de interlocutor preferencial de um texto.
3 . Saber como o perfil de interlocutor u niversal se diferencia
do perfil de interlocutor esp ecífico .
4 . Compreender como o perfil de interlocutor afeta a estrutura de um texto.
5. Definir contexto.
Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Leitura
*
O cinema é uma cabana maior do que
0 Papalagui: verdade a maior cabana de chefe de Upolu; muito
ou fic ç ã o ? maior até. Escura, mesmo durante o dia, e
tão escura que ninguém conhece quem está
perto; tão escura que se fica cego quando se
0 PAPALAGUI entra e mais cego ainda quando de novo se
sai. Por esta cabana as pessoas arrastam-se
ao iongo das paredes, às apalpadelas, até
vir uma moça com um fogo na mão a fim
de levá-los até onde há lugar. Os Papala-
guis ficam sentados uns junto dos outros,
na escuridão, sem se enxergarem; e a sala
escura fica cheia de gente, todos calados;
cada um sentado numa tábua estreita; e todas as tábuas estão dispostas na direção
de uma mesma parede.
Desta parede, embaixo, digamos assim, de uma garganta profunda, vem um
zumbido, um barulho; e assim que os olhos se acostumam à escuridão, vê-se um
Papalagui que, sentado, luta com um baú, batendo nele com os dedos abertos,
* Capa da edição brasileira batendo numas linguetas brancas e pretas, muitas linguetas, que o grande baú
de O Papalagui. vai apresentando; e cada lingueta range alto, com vozes diferentes cada vez que
é tocada, de tal forma que produz guinchos selvagens, desordenados, tal qual
Reprodução
comunidades alternativas da vergonha, sem ser visto pelos outros. O pobre faz-se de rico, o rico faz-se de pobre;
década de 1970. o enfermo julga-se sadio, o fraco julga-se forte. Na escuridão, cada um vive uma
vida de mentira, que jamais viveu, nem viverá na realidade.
Entregar-se a esta vida de mentira tomou-se uma verdadeira paixão para o
Papalagui. Tão grande, às vezes, que o faz esquecer de sua vida de verdade. É
doentia esta paixão porque o homem saudável não vive a vida de mentira numa
sala escura; vive a vida real, com calor, ao sol claro.
Análise
BETTMANN/CORBIS/LATINSTOCK
fazer referência àquilo que descreve. Que expressão
é essa?
b) Essa expressão traduz algum juízo de valor? Por quê?
Um mesmo recurso é utilizado por Tuiávii em várias
descrições. Leia.
[...] minha fala precisaria ser tal qual a cachoeira que corre
da manhã à noite e, mesmo assim, não seria possível contar
tudo pois a vida do Papalagui assemelha-se à vida do mar cujo
princípio e fim jamais se pode ver com exatidão.
►Que recurso é esse? Transcreva no caderno os trechos
em que o recurso é em pregado.
* Prim órdios do cinem a
4. Além do recurso identificado na questão anterior, um outro também
com platéia e pianista
está muito presente na fala do chefe samoano. Observe o trecho ao vivo. 1913.
destacado.
As primeiras sessõ es de ci
[...] não me é possível trazer-vos o grande mar que é a Europa [...] nema, mudas até 1929, eram
►Que recurso foi usado? docum entários e narrativas
proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
rudimentares acompanhados
5. Os dois recursos lingüísticos utilizados por TUiávii são figuras de lingua por um piano [ou até mesmo
gem. Por que ele recorre com tanta frequência a essas figuras, em seu por uma orquestra, nas gran
texto? des salas) que pontuava as
.
6 A leitura do texto permite concluir que Tuiávii tem um objetivo claro cenas mais emocionantes.
ao descrever, para seus irmãos samoanos, o “lugar onde a vida é de
mentira”. Que objetivo é esse?
Podemos afirm ar que a opinião de Tnávii explicita um conflito de
valores. Explique.
A África despede-se aos poucos de um de seus estereótipos mais fortes, suas tribos
Reprodução
primitivas. Grupos indígenas desaparecem à medida que surgem quilômetros de as
falto e novas torres de celular. As áreas mais isoladas do continente são conquistadas
e não há mais refúgios para as populações nativas. Uma barragem no sul da Etiópia, a
maior do país e a mais alta da África, modificará para sempre a paisagem que abriga
as diferentes tribos do vale do rio Omo.
Durante um percurso de 40.000 quilômetros,
IMAGES
aHBBW W CT
Dizemos que um texto se dirige a um interlocutor universal (ou gené
rico] quando não é possível identificar um perfil de leitor específico que
justifiqu e determ inadas escolhas fe ita s no texto. Normalmente, texto s
jo rn alístico s de caráter mais geral dirigem-se a interlocutores universais.
^ im e
Gerewol: a beleza m asculina
Um in teressa n te ritual africano é
retratado no episódio “D esertos-A vida
na fornalha”, parte do documentário
Planeta Humano, da BBC. No sul do de
serto do Saara, na Nigéria, os homens
Wodaabe reúnem-se, ao final da e sta
ção das chuvas, para o Gerewol, quando
membros de diversos clãs dessa tribo
nômade enfeitam -se para participar Cena do documentário
de um curioso concurso de beleza. □ P la n e ta Hum ano (BBC,
venced or é escolhido por m ulheres 20 11 ) que mostra dois
que avaliam não só seu desempenho Wodaabe preparados
para o ritual Gerewol,
na dança ritu a l, m as tam bém su a s
na Nigéria, em 2009.
coloridas pinturas faciais.
■ FOLHA DE S P U LO
^ O
Gabi
to legal nas fotos???
Lili
taaaahü seu quarto ta mto lokoü
Gabi
curtiu?!
Lili
demaaaisssüü!
mas qm tirou as fotos??
Gabi <
nem t conto... rsrs C a prich o.
Gabi São Paulo:
adivinhaaaa!!!!!... hehe Abril, ed. 1.006,
26 nov. 2006.
E9G C ap itulo 23
PRODUÇÃO DE TEXTO
# # ) g m m 4- *
Leia o texto abaixo para responder às questões 1 e 2.
YSR
AGÊNCIA
1
DODGERAM.
UM CARRO PARA
MACHO.
CONCtSilONÁRJO.»
DÊ UMA PORRAM
NAMESA E PECA PARA
.CONHECER ANOVA
■KWGERAM.
www.fruthos.com.br
— O
fnilhos O casaco, só tenho
na cor caramelo...
o casaco, só TíNho
Na eoi^ eaRaMELo_ caRgMao? £ ouaNTas
eaLORjas tem isso. (ieín? —
;X >
Caramelo? E
quantas calorias
tem isso, hein?
R§Lü*a. O
ToMâ UM FRyThos. Disponíveis nas
embalagens de
200 ml e 11 .
A l in e A d ã o It u r r u s g a r a i
2 9 4 C ap itulo 2 3
Ao final do estudo deste capí É freqüente encontrarmos, espalhados por outdoors, muros e paredes
tulo, você deverá ser capaz de: das cidades, imagens que, acompanhadas de um texto curto, nos convidam
1. Definir gênero discursivo. a participar de campanhas, fazer doações, adquirir um produto específico.
A seguir, reproduzimos algumas delas.
2 . Id e n tifica r as
c a ra c te rís tic a s que
diferenciam os gêneros Texto 1
d iscu rsivos.
REPRODUÇÃO
3 . Explicar por que os
gêneros se modificam
ao longo do tempo.
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
4 . Definir e identificar os
tipos de composição.
5 . Compreender a relação entre
os tipos de composição e UM AMMAL Di tST(MAC*0 PoD£ MUWW A SUA <ÍTOA. Atx>TE UM.
os gêneros d iscursivos.
O
Um animal de
estimação pode
mudar a sua vida.
Adote um.
Instituto akatu
Pelo consumo
consciente
www.akatu.org.br
3) 306 Capítulo 2 4
PRODUÇÃO DE TEXTO
Leitura
Veja mais dois exemplos de textos como os reproduzidos na abertura do capitulo. O objetivo
desses textos, contudo, é diferente dos dois anteriores.
Texto 3
r/m
CARGO
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
<
Disponível em: <http://ccsp.
com.br/novo/38766/Viol-o>.
Acesso em: IS maio 2012.
Texto 4
C
Disponível em: <http://
-O ccsp.com.br/novo/37654/
IttKES Hamburger-SHORTLIST-
Gustavo Borges -IDD™*.
Academia ________________________________ I 0UTD00R-CANNES-2011>.
Acesso em: 12 maio 2012.
ara i—
Gs gêneros discursivos co rre sp o n d em a c e rto s p a d rõ es de co m p o sição de te x to
d e term in ad o s pelo co n te xto em que são produzidos, pelo público a que e le s s e d e s ti
nam, por su a fin alid ad e, por seu co n te xto de circu la çã o , e tc . São exe m p lo s de g ên ero s
d isc u rsiv o s o co nto, a h istó ria em quadrinhos, a c a rta , o bilh ete, a re c e ita , o anúncio, o
en saio , o ed ito rial, e n tre o utro s.
m m m f ilm e
0 cartaz é um gênero discursivo que tem como finalidade divulgar
uma mensagem publicitária com função persuasiva. Pode ser im presso Das c a rta s de amor à s
em papel ou pintado diretam ente sobre madeira, metal ou outro tipo de m en sagen s eletrô n icas
m aterial. Por ser uma peça de comunicação gráfica, o cartaz apresenta
uma imagem associada a um texto breve ou ao logotipo de uma marca.
Os cartazes costum am se r afixados em muros, paredes, pontos de venda,
etc. Os que são afixados em painéis próprios e têm grandes dim ensões
são cham ados de a u td oo rs .
1. Pesquisa e análise de dados Cada grupo deverá elaborar um painel intitulado Os gê
neros que circulam na revistaX(nome da revista analisada).
Neste capítulo, você aprendeu o que são gêneros
discursivos e descobriu que os textos representativos
de cada um dos gêneros apresentam características
2. Elaboração
comuns relativas à sua estrutura, aos temas abordados, ► Organize os exemplos de texto coletados durante
ao estilo e à sua finalidade. a pesquisa: que gêneros discursivos estão repre
Jornais e revistas são espaços de circulação de sentados pelos textos selecionados?
um conjunto de gêneros diferentes. Em equipe, vocês ► No momento de analisar os textos, procurem de
deverão analisar o conjunto de textos que compõem as terminar quais são suas características comuns.
• Há algo na estrutura desses textos que os iden
revistas de grande circulação. 0 objetivo é identificar os
gêneros discursivos presentes na publicação. tifique do ponto de vista da sua organização?
■Qual é o tipo de tem ática abordada?
Deverá ser realizado um sorteio para definir que
revista cada um dos grupos analisará. Após o sorteio, • Qual é a finalidade desses textos?
os membros do grupo deverão fazer a leitura conjunta Montagem do painel
e, com base nas características dos textos, separá-los,
procurando agrupar aqueles que apresentam caracterís No momento de montar o painel, sigam os p a sso s
ticas semelhantes. Se quiserem, podem trabalhar com abaixo:
mais de um número da mesma revista. ► Propor um nome para cada gênero discursivo
Nesse momento, será muito importante a experiência identificado.
de leitura de cada um, porque isso permitirá a identifi ► Fazer um quadro apresentando, brevemente, as
cação dos gêneros discursivos presentes na publicação características dos textos pertencentes a cada
analisada. um dos gêneros exemplificados.
C
OO
l 0 termo internet é
utilizado pela primeira
1 Ray Tomlinson, inventor do símbolo 0 para endereços de e-mail, em Massachusetts, em 1999. vez.
Início da World Wide Web momento em que o cidadão comum teve a cesso a provedores de conexão
(www, a "rede mundial
de computadores”), nos
discada, üe modo geral, referem-se ao que deve se r evitado na troca de
Estados Unidos; o Brasil se e-mails:
conecta à BITNet por meio • Seja objetivo ao definir o assunto (su b je ct, em inglês] da mensagem.
da Fapesp (Fundação de
Amparo à Pesquisa do • Procure escrever mensagens curtas.
Estado de São Paulo), e as • Evite mandar anexos grandes, porque o seu destinatário pode ter uma
universidades passam a
ter acesso aos serviços de
conta de e-mail com limite de espaço.
mensagens eletrônicas e • Não crie mensagens coletivas divulgando o e-mail dos destinatários. Use
transferência de arquivos o recurso da cópia oculta (Cco - “Cópia carbono oculta” - ou Bcc - Blind
com a velocidade de
conexão de 9600 bauds carbon copy).
(a taxa de bauds é a • Evite mandar mensagens inúteis e reenviar imagens e piadas que você
medida de quantas vezes
recebe para todos os contatos da sua lista.
em um segundo um
sinal-enviado por um ■ Não escreva em MAIÚSCULAS. Na internet, isso eqüivale a um “grito”.
modem, por exemplo-é
alterado; 0 nome é uma
homenagem a Emile
Baudot, o inventor da
Blogs, os "diários" virtuais
impressora telegráfica Uma das possibilidades criadas pela internet foi a de usuários compar
assíncrona).
tilharem suas ideias, sentim entos e comentários em verdadeiros diários
1992
0 World Bank ("Banco virtuais. Nasciam, assim , os weblogs (termo formado pelas palavras web,
Mundial”,em inglês)
entra na rede mundial de
“rede”, em português, e log, “anotação diária”, em português], mais conhe
computadores. cidos como blogs.
Em 1999, havia cerca de uma dúzia de blogs na rede. Esse número multiplicou-
-se assustadoram ente e, em cinco anos, chegou a 4,12 milhões. Em nenhum
outro momento da história da humanidade se conheceu uma explosão tão
grande de texto s em um mesmo tipo de plataforma virtual em tão curto
espaço de tempo. Essa co nstatação leva a uma pergunta: o que torna os
blogs tão in te ressa n te s?
312 C ap ítu la SH
cora rónai I internETC. Os Marc Andreessen.do
NCSA (National Center
fo r Supercomputing
Applications
“Centro Nacional
de Aplicativos para
Supercomputadores"),
desenvolve o Mosaic,
primeiro programa de
navegação para a rede
mundial de computadores:
somente i% do tráfego da
Pagina de um internet ocorria pela World
Pyongyang S T O Q S S D
Wide Web-, a Casa Branca
PjWGfcK«rr 1*0*8013 wr Ocn
1t 1 « S I ? blog. Disponível
« * to
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w es w
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<n *i em: <http://cronai. inaugura um site na rede
Nc começo do ara. a n »s de decidir ir k> Egfta, pensoí em ir à Conte do Norte. K ào é a » » » n tr m
mordpress.com>. mundial de computadores;
uma wagom impossM* por cerca do USS 2 5 i r i por cinca notes. <xrsk do q u ík j m l *»»
a jns^ canrrbem opessaporaerriPyor^ w igaraurtíw e - desde que nfc> sajam Acesso em: o presidente Bill Clinton
foa&yatasouiamalisas Descobri e s& d o !a> tia q u a^ »^ » *w e ar a waaompeaKaivo 21 abr. 2013. e o vice-presidente Al
Gore têm seus endereços
üs blogs são plataform as que permitem aos seus donos compartilharem eletrônicos divulgados
no site.
te xto s com todos os internautas que se interessarem pelos assun to s OI
abordados, ü p o st (entrada] é o gênero discursivo predominante nos blogs. Oi Dois alunos do curso de
engenharia elétrica da
Os p o sts se caracterizam por apresentar as observações pessoais de seu Universidade Stanford
“dono” (o criador do blog). Os tem as abordados variam de acordo com os (Califórnia) criam o
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
John Barger,“dono”do
Para participar do Orkut, 0 internauta precisava inicialmente receber um
site RobotWisdom.com,
usa, pela primeira vez, convite, enviado por alguém que já fazia parte dessa rede social. A partir
o termo weblog, uma de outubro de 2006 0 Orkut passou a permitir a criação de contas sem a
página da web na qual
necessidade de um convite. Uma vez registrado, 0 usuário deveria criar um
uma pessoa registra
todas as outras páginas perfil individual que se compõe de trê s partes: social, profissional e pessoal.
interessantes que Quem decide quantas e quais informações serão oferecidas é o usuário,
encontrou na rede: o
termo blog é uma versão
que também pode estabelecer diferentes graus de acesso a elas, a depender
abreviada de weblog. da classificação que faz dos seus amigos de Orkut.
0 s c ra p b o a k
1998
Dois estudantes de
0 gênero discursivo característico do Orkut é 0 scrap (“comentário”]. Cada
doutorado em ciência da
computação de Stanford usuário tem um scrapboak, no qual seus amigos, conhecidos e pessoas
que haviam criado,em que desejam conhecê-lo ou adicioná-lo como amigo “scrapeiam ”, ou seja,
1995, um sistema de busca
escrevem mensagens curtas.
chamado BackRub lançam
0 que se tornará 0 sistema E ssas mensagens se caracterizam , na maior parte das vezes, pelo tom
de busca mais utilizado no pessoal e por um uso bastante informal da linguagem. 0 “internetês”, ou seja,
mundo:oGoogle.
a linguagem característica dos programas de bate-papo (ch a ts], costuma
ser utilizado, principalmente, pelos jovens e adolescentes.
1999
0 estudante Shawn
Em outubro,o brasileiro
Mike Krieger e o americano
A criação da plataforma Tw itter fez surgir um novo gênero discursivo no
Kevin Systrom lançaram
um aplicativo para espaço virtual: os m icrotextos. Gs tw ee ts [ou “pios”) são texto s compostos
Smartphones chamado por, no máximo, 140 ca ra cte re s e apresentam aos usuários dessa plata
Instagram, desenvolvido
para permitir o tratamento
forma o desafio de condensar as inform ações que desejam com partilhar
e compartilhamento de em um número tão reduzido de ca ra cteres. Os usuários do T w itter criam
fotografias em diferentes contas que são “seguidas” por outros usuários. Quanto maior o número de
redes sociais, como Twitter,
Facebook, Foursquare e seguidores, maior impacto terão os tw e e ts gerados pelo dono da conta.
Tumblr.O próprio aplicativo A plataform a também oferece a possibilidade de replicação de um tw eet,
funciona como uma rede
indicada pelas letras RT (retw eet) precedendo a indicação da conta do
social que, em julho de 2012,
chegou a 80 milhões de usuário criador do tw ee t original.
usuários em todo 0 mundo.
No Twitter, a marcação do tópico que se está discutindo em tempo real
é feita pelo uso de “hashtags” (palavras-chave ou m arcadores), sempre
2011
31B Capítulo 2 4