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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 4

2 O QUE É O TRIBUTO NO MUNDO ATUAL .................................................... 5

3 SISTEMA TRIBUTARIO BRASILEIRO ............................................................ 6

3.1 Tributos no Sistema Tributário Nacional.................................................... 7

3.2 Princípios constitucionais tributários ......................................................... 8

4 OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA ........................................................................... 14

4.1 Sujeitos ativos e passivos da obrigação tributária ................................... 14

5 NOÇÕES DE DIREITO TRIBUTÁRIO ........................................................... 15

6 COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA ...................................................................... 16

7 IMPOSTO DA UNIÃO .................................................................................... 17

7.1 COFINS - Contribuição para Financiamento da Seguridade Social ........ 17

7.2 CSLL - Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido ................................. 18

7.3 IE- Imposto sobre a Exportação .............................................................. 22

7.4 ITR - Imposto Sobre a Propriedade Territorial Rural ............................... 24

7.5 IOF – Imposto sobre importações financeiras ......................................... 26

7.6 IR - Imposto de Renda ........................................................................... 28

7.7 IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados ........................................ 32

8 IMPOSTO ESTADUAIS ................................................................................. 35

8.1 ITCD- Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação ................... 36

8.2 ICMS - Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços


38

8.3 IPVA – Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores ............. 43

9 IMPOSTOS MUNICIPAIS .............................................................................. 44

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9.1 IPTU - Imposto Predial e Territorial Urbano ............................................ 44

9.2 ISS – Imposto Sobre Serviços ................................................................. 46

9.3 ITBI – Transmissão de Bens Imóveis ..................................................... 47

10 CLASSIFICAÇÃO DOS IMPOSTOS .......................................................... 48

11 REGIME TRIBUTARIO ............................................................................... 49

11.1 Lucro Real ............................................................................................ 49

11.2 Lucro Presumido .................................................................................. 53

11.3 Simples Nacional ................................................................................. 56

12 POR DENTRO DA CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA .................................. 59

13 FUNÇÕES DO PROFISSIONAL TRIBUTARISTA...................................... 60

14 O PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ............................................................ 62

14.1 Aplicações de contabilidade tributária .................................................. 63

15 A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO PARA O SETOR


EMPRESARIAL .............................................................................................................. 63

16 A IMPORTÂNCIA DA ESCOLHA DO REGIME PARA RECOLHIMENTO DO


IRPJ E CSLL .................................................................................................................. 67

17 REFERÊNCIAS .......................................................................................... 69

18 BIBLIOGRAFIA ........................................................................................... 70

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1 INTRODUÇÃO

Prezado aluno!

O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao


da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno
se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta, para
que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça
a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual,
é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao
protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que
lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida
e prazos definidos para as atividades.

Bons estudos!

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2 O QUE É O TRIBUTO NO MUNDO ATUAL

Fonte: buscaai.com

Tributo é definido como a parcela que a sociedade entrega ao Estado, em dinheiro,


de forma obrigatória, para financiamento dos gastos públicos. Tributo é gênero, da qual
são espécies: impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e
contribuições especiais.
Na legislação, especificamente no art. 3° da Lei 5.172 – Código Tributário Nacional
– CTN, devidamente recepcionado pela atual Constituição Federal, assim está definido:

“Art. 3° - Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo


valor nela possa se exprimir, que não se constitua sanção de ato ilícito, instituída
em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.”

Então, os tributos que o contribuinte paga ao estado através da ação do fisco é


utilizado pelo governo para a manutenção do bem público.
Existe outra definição de tributo inserta no art. 9º da Lei 4.320/64, que pode ser
um complemento à conceituação acima.

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Art. 9º Tributo é a receita derivada instituída pelas entidades de direito público,


compreendendo os impostos, as taxas e contribuições nos termos da constituição
e das leis vigentes em matéria financeira, destinando-se o seu produto ao custeio
de atividades gerais ou especificas exercidas por essas entidades.

Logo, o tributo possui natureza obrigacional. Assim, por intermédio da prestação,


cumpre-se uma obrigação, a obrigação tributária.
De regra, a lei instituidora do tributo será a lei ordinária. Apenas excepcionalmente,
em casos previstos pela Constituição, é que se há de exigir a lei de complementar para
este mister.
Tributo não é multa, embora esta seja igualmente receita derivada. Exclui-se da
hipótese de incidência tributária matérias de conteúdo punitivo, uma vez que a tributação
não possui caráter sancionatório.

3 SISTEMA TRIBUTARIO BRASILEIRO

O Sistema Tributário Nacional brasileiro é um dos mais complexos do mundo. Por


esse motivo sua estrutura é mundialmente conhecida por ser extensa e complicada, tanto
na apuração dos tributos como em sua carga tributária. É, portanto, um desafio para
profissionais contábeis e tributários se dedicar para compreender o funcionamento dele,
bem como conhecer as leis e regulamentações que o compreendem.
O funcionamento do Sistema Tributário Nacional é pautado no recolhimento de
tributos, com o objetivo de financiar as atividades do Estado, como melhorias nos serviços
prestados à população, investimentos em infraestruturas e pagamentos dos salários dos
servidores. Esses tributos podem ser cobrados diretamente pelo Estado ou
indiretamente, quando o cidadão adquire um produto ou utiliza algum serviço, sejam eles
de empresas privadas ou públicas.
A complexidade do funcionamento surge por conta da não unificação das leis
tributárias. Há, por exemplo, um tributo denominado ICMS (Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços) de competência estadual. Porém, cada estado tem sua própria
legislação sobre o ICMS. Isso acaba criando 27 legislações, cada uma tratando
especificamente de um dos mais complexos impostos no país!

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Observe essa dificuldade enquanto o imposto municipal, o ISS (Imposto Sobre


Serviços). O Brasil possui cerca de 5600 municípios e cada um com sua legislação
específica sobre o tributo.
Além disso existem, os tributos federais, sob responsabilidade da União. O
resultado é uma enorme legislação voltada unicamente para o Sistema Tributário
Nacional.

3.1 Tributos no Sistema Tributário Nacional

Existem três tipos principais de tributos no Brasil, cada um destinado para


diferentes áreas de utilização. Abaixo, vamos apresentá-los:
Impostos: o imposto poderá ser utilizado em qualquer área, desde que haja
legislação instituindo isso. Como exemplo, temos o ICMS (Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços) e o IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotores).
O imposto é o principal financiador dos serviços públicos.
Contribuições sociais: as contribuições possuem sua destinação definida na
legislação, não podendo ser utilizada livremente. É uma das principais fontes de renda
do Estado. O PIS (Programa de Integração Social) e COFINS (Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social) são exemplos de contribuição.
Taxas: as taxas também compõem grande parte da arrecadação do Estado, visto
que elas são pagas quando o contribuinte utiliza algum serviço público. Sua destinação
assim como a contribuição também é pré-fixada. Exemplos de taxas são as que são
pagas na emissão de documentos e taxas de registro em juntas comerciais.
Além desses, a Constituição Federal ainda trata de mais 2 espécies de tributos,
são elas:
Contribuições de melhoria: Esse tributo é destinado ao custeio de obras
públicas. Para ser cobrado, é necessária a existência de uma obra pública. Além disso,
é indispensável, para que seja válido, que tenha havido valorização econômica do imóvel
do contribuinte. Outra informação importante sobre esse tipo de tributo é que deve ser
cobrado de uma vez, após a demonstração do custo da obra que gerou a valorização.

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Empréstimos compulsórios: É um tributo de competência da União. Como o


nome sugere, o valor pago pelo contribuinte é devolvido. É preciso que o destino do
tributo seja legalmente estabelecido. Além disso, para que seja válido, é indispensável a
criação de uma lei complementar.

3.2 Princípios constitucionais tributários

Estão intimamente relacionados à necessidade de existir um limite para que a


União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal sigam de maneira correta as
imposições legais necessárias ao funcionamento harmônico do Estado.
Com isso, é possível constatar que tais princípios constitucionais possuem como
função precípua, a limitação do poder de tributar dos entes públicos, ou seja, estão
diretamente ligados a ideia de uma competência tributária não absoluta, limitada sempre,
às normas da Constituição Federal.

Princípio da Legalidade

O primeiro princípio é justamente o da legalidade, pois possibilita a existência de


todos os demais princípios constitucionais.
Tal princípio é mais antigo e pode ser encontrado em diversos diplomas legais ao
longo da história e desenvolvimento do ser humano e consequentemente do próprio
Estado.
O primeiro documento oficial que se tem conhecimento, que contém nitidamente a
ideia da legalidade nas questões que envolvem a tributação é a Magna Carta inglesa, de
1215, do Rei João Sem Terra, onde os nobres e plebeus, reuniram-se e redigiram um
documento que continha dentre os pedidos ao Rei João, a aprovação de um estatuto que
proibisse a tributação irrestrita da Coroa, sem a participação e consenso prévio dos
súditos.
Mediante a tais fatos constatados ao longo da história, é possível arriscar a dizer
que o conceito e formação do Estado, só é possível graças ao princípio da legalidade,
pois o mesmo serve como sustentáculo da segurança jurídica e da justiça.
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No Brasil, a Constituição Federal de 1988, sedimentou tal princípio de maneira


geral em seu Artigo 5º, II que prega o fato de que “ninguém será obrigado a fazer ou
deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei” e de forma específica na matéria
tributária em seu Artigo 150, I dizendo que “é vedado à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios; exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça”.

“Em suma, a legalidade tributária não se conforma com a mera autorização de


lei para cobrança de tributos; requer-se que a própria lei defina todos os aspectos
pertinentes ao fato gerador, necessários à quantificação do tributo devido em
cada situação concreta que venha a espelhar a situação hipotética descrita na
lei.” AMARO Luciano (apud URBANO, Arthur 2014).

Por fim, da análise do princípio da legalidade muitos autores afirmam que também
existe no ordenamento jurídico uma legalidade mais específica, batizada de legalidade
estrita considera como aquela responsável por certos requisitos específicos
apresentados na lei de maneira taxativa. Prova disso é a redação do Artigo 97 do CTN.

Princípio da Anterioridade

O princípio da anterioridade está descrito no Artigo 150, III, b, da Constituição


Federal e dispõe que é vedado a União, Estados, Distrito Federal e Municípios cobrar
tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu
ou aumentou.
É possível constatar que os tributos não poderão ser cobrados no mesmo ano do
exercício financeiro em que a lei que os institui ou aumentou foi publicada, ou seja, caso
a lei que instituísse ou aumentasse o tributo X fosse publicada em 2014, somente em
janeiro de 2015 é que o tributo poderia ser cobrado com base nas novas regras.
Mediante a tal fato, a maioria das leis eram publicadas no dia 31 de dezembro e a
partir do dia seguinte 1º de janeiro os tributos já poderiam ser cobrados. Ora, essa prática
além de ferir a lealdade tributária não parece ser a mais adequada, por isso o legislador
criou a Emenda Constitucional 42, de 19 de dezembro de 2003, que acrescentou a alínea
“c” ao Artigo 150, III da CF.
Com tal medida, o texto constitucional passou a ter um dispositivo diferenciado
relativo à anterioridade, ou seja, a CF passou a dispor de dois tipos de anterioridade a
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primeira delas já exposta acima e a segunda chamada pela maioria da doutrina de


anterioridade nonagesimal ou anterioridade mitigada.
Segundo o novo texto legal é vedado a União, Estados, Distrito Federal e
Municípios, cobrar tributos antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido
publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b.
Com base na definição legal, observa-se que as duas modalidades de
anterioridade devem ser observadas na contagem para a devida cobrança dos tributos,
ou seja, primeiro são analisados os requisitos da anterioridade chamada de anual e
depois os requisitos da anterioridade nonagesimal.
Para uma visualização mais clara da situação de cumulatividade das
anterioridades seguem os exemplos:
(a) Anterioridade Anual: a Lei X majorou certo tributo em 31 de dezembro de 2014,
ora para que se tenha a certeza da data que o tributo poderá ser exigido, primeiro analisa-
se a regra da anterioridade anual, ou seja, o tributo poderá ser exigido no dia 1º de janeiro
de 2015.
(b) Anterioridade Nonagesimal: a Lei X majorou certo tributo em 31 de dezembro
de 2014, assim para que se tenha certeza da data adequada para a exigência do tributo,
primeiro é feita análise da anterioridade anual, que permitirá a cobrança no dia 1º de
janeiro de 2015, após serão observados os 90 dias de vacância obrigatórios dispostos
na alínea “c” do Artigo 150, III, CF, assim o tributo só poderá ser cobrado em meados de
março de 2015.
Com base nos exemplos, fica claro que a anterioridade nonagesimal é muito
importante para manter a relação de lealdade entre fisco e contribuinte, além disso, é
possível resumir as regras da anterioridade no sentido que caso um tributo seja criado
ou majorado entre janeiro e setembro de um determinado ano, ele poderá ser exigido
sempre a partir de 1º janeiro do ano seguinte. Porém, se essa situação ocorrer entre
outubro e dezembro, por força dos 90 dias de vacância, a exigência só poderá ser feita a
data posterior à 1º de janeiro.
Como para toda regra há uma exceção, tanto o princípio da anterioridade anual,
quanto o da anterioridade nonagesimal, não são absolutos, ou seja, há tributos os quais
não se aplicam as regras presentes no Artigo 150, III, alíneas b, c da CF.
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No tocante ao princípio da anterioridade chamada de anual, a vedação contida na


Lei não é válida para certos tributos, quais sejam, II, IE, IPI, IOF, IEG, Empréstimo
Compulsório para Calamidade Pública ou Guerra Externa e após a EC nº.33/2001
também para a CIDE - Combustível e ICMS - Combustível.
A anterioridade nonagesimal, também possui suas exceções, pois sua regra não
incide sobre II, IE, IR, IOF, IEG, Empréstimo Compulsório para Calamidade Pública ou
Guerra Externa, alterações na base de cálculo do IPTU e IPVA.

Princípio da Isonomia ou Igualdade Tributária

Ele está expresso no Artigo 150, II, da CF e de plano é possível visualizar o caráter
isonômico de seu conteúdo, de tal forma, que nem os contribuintes que exerçam
atividades ilícitas serão poupados do fisco.
Prescreve que não poderá haver instituição e cobrança de tributos de forma
desigual entre contribuintes que se encontram em condições de igualdade jurídica. É
corolário do princípio constitucional de igualdade jurídica, encontrado no art. 5º, caput, da
Constituição Federal. O princípio da isonomia, do mesmo modo, é encontrado na Carta
Magna, em seu art. 150, II, in verbis:
Constitui, ao lado de outros princípios tributários, uma vedação ao arbítrio do
Estado, e, portanto, garantia assegurada ao indivíduo-contribuinte. É definido, portanto,
como cláusula pétrea da Constituição, não podendo ser abolida nem mesmo através do
expediente da Emenda Constitucional.

Princípio da Capacidade Econômica

É um princípio antigo, que surge nos textos legais na CF de 1946 e mantém seu
ideal até os dias atuais, conforme texto do Artigo 145, §1º da CF de 1988:
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir
os seguintes tributos:
§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados
segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária,
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especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os


direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades
econômicas do contribuinte.
Ele basicamente pode ser observado por dois prismas diferentes, o primeiro deles
a capacidade do legislador em um momento pré-jurídico eleger e observar os fatos na
sociedade que indiquem sinal de riqueza para a elaboração de tributos.

Princípio da Proibição de Tributo Confiscatório

Esse princípio pode ser encontrado no Artigo 150, IV da CF de 1988, com a


redação simples que afirma que é proibido utilizar o tributo com efeito de confisco.
A partir de tal definição legal, é possível afirmar que esse princípio impede que o
Fisco, ao cobrar um tributo, de se apossar dos bens do contribuinte, logo a finalidade do
mesmo é manter a ordem e lealdade tributária, para que os tributos sejam exigidos de
forma coerente e não invadam a âmbito da propriedade privada (bens) dos contribuintes.

“É obvio que os tributos (de modo mais ostensivo, os impostos) traduzem


transferências compulsórias (não voluntárias) de recursos do indivíduo para o
Estado. Desde que a tributação se faça nos limites autorizados pela Constituição,
a transferência de riqueza do contribuinte para o Estado é legítima e não
confiscatória. Portanto, não se quer, com a vedação de confisco, outorgar à
propriedade uma proteção absoluta contra a incidência do tributo, o que anularia
totalmente o poder de tributar. O que se objetiva é evitar que, por meio do tributo,
o Estado anule a riqueza privada.” Ilustre doutrinador Luciano Amaro (apud
URBANO, Arthur 2014).

Princípio da Liberdade de Tráfego

O princípio da liberdade de tráfego está previsto no Artigo 150, V da CF de 1988,


trazendo a ideia de vedação aos entes públicos de instituírem e consequentemente
cobrarem tributos em função da simples locomoção de pessoas ou bens entre municípios
e estados.
Desta forma, o legislador pretendeu inibir uma possível alternativa dos entes
estatais de cometerem abusos fiscais, pois se a cobrança de tributos, nesses termos,
fosse permitida, o próprio desenvolvimento do Estado seria ameaçado.

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É importante destacar, que o dispositivo legal, visa impedir a cobrança de tributos


pelo simples ato de bens e pessoas cruzarem um município ou estado, ou seja, o tributo
nesse caso oneraria o ato de trafegar, fato que iria imediatamente confrontar o princípio
constitucional da liberdade de locomoção, presente no Artigo 5º, XV, da CF.
Assim, resta claro que tal princípio não possui como postulado a proibição de
tributar as operações entre municípios e estados, pois o escudo recai sobre a liberdade
de locomoção.
Contudo, o texto legal faz menção à exceção no caso dos pedágios, sem entrar
na árdua discussão sobre a natureza do pedágio, o valor pago no guichê de cobrança
ocorre em função da utilização de uma estrada mantida pelo Poder Público, ou seja, o
valor não é pago por cruzar uma fronteira estadual ou municipal.
Outro ponto que merece destaque é no tocante a cobrança de ICMS e o princípio
em análise, ora confusão não deve ser feita, pois, o ICMS tem como fato gerador a
circulação das mercadorias e não o cruzamento de fronteiras municipais ou estaduais.
Resta claro, que o princípio da liberdade de tráfego está harmonicamente inserido
no ordenamento jurídico e não contradiz os ditames do sistema jurídico pátrio.
A matéria tributária possui extrema relevância no funcionamento do Estado como
um todo, além disso seus princípios se fazem fundamentais para o correto e devido
funcionamento da máquina estatal na função de arrecadar os tributos.

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4 OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA

Fonte: contabils.com

Para o estudo da obrigação tributária, leva-se em conta a obrigação como relação


jurídica. Obrigação Tributária, portanto, é o liame (ligação, o que prende) entre devedor
(contribuinte ou responsável) e credor (Fisco), que tem por prestação o tributo ou conduta
de natureza tributária consistente em fazer ou não fazer.
A obrigação tributária é a relação jurídica existente entre o sujeito ativo e passivo,
que tem por objeto o pagamento de tributo e de penalidade pecuniária, também está
conforme o CTN.

4.1 Sujeitos ativos e passivos da obrigação tributária

Na obrigação tributária estão envolvidos o sujeito ativo e o sujeito passivo.


SUJEITO ATIVO: ESTADO
SUJEITO PASSIVO: O CONTRIBUINTE
CONTRIBUINTE DE DIREITO: o contribuinte previsto em lei. Exemplo: o
revendedor de material de limpeza, é ele que vai recolher o ICMS, mas vai incluí-lo no
preço final de seus produtos

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CONTRIBUINTE DE FATO: é aquele não previsto na lei, mas é quem suporta o


ônus econômico. Exemplo: a dona de casa que compra o material de limpeza. Ela não
recolhe o tributo, mas foi quem o pagou embutido no preço final.

5 NOÇÕES DE DIREITO TRIBUTÁRIO

Direito tributário é um ramo do direito administrativo que estuda os princípios e as


regras aplicadas ao exercício do poder de tributos do Estado Democrático de Direito.
Em outro conceito podemos dizer que Direito Tributário é a disciplina da relação
entre o Tesouro Público e o contribuinte, resultante da imposição, arrecadação e
fiscalização dos tributos.
No direito tributário é importante observação dos atos editados pelos entes
tributantes (Lei, Decretos, Portarias, Instruções.) Os quais obedecem a uma hierarquia,
ficando o que denomina fonte do direito.
A hierarquia das leis é representada da seguinte forma:
Poder Contribuinte Originário:

Assim, em obediência a citada hierarquia: a Lei cria um tributo, o Decreto o


regulamenta e as Portarias, Instruções Normativas e as resoluções etc., o
complementam.

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6 COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA

É fundamental, para obtenção de recursos financeiros, que o Estado seja dotado


de "poderes" específicos para este fim, e a Constituição Federal de 1988, pilar estrutural
do Estado, garantiu aos entes políticos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) os
atributos necessários à obtenção de dinheiro para que proporcionem saúde, educação,
justiça, segurança à população. Tais recursos, como regra, são obtidos de forma
derivada, ou seja, derivam do patrimônio da própria população, dos contribuintes, que,
em virtude de Lei, realizam a transferência de parcela de seus patrimônios individuais
para a consecução do bem comum.

O poder de criar tributos é repartido entre os vários entes políticos, de modo que
cada um tem competência para impor prestações tributárias, dentro da esfera
que lhe é assinalada pela Constituição. Temos assim a competência tributária,
ou seja, a aptidão para criar tributos: Da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios. Todos têm, dentro de certos limites, o poder de criar
determinados tributos e definir o seu alcance, obedecidos os critérios de partilha
de competência estabelecidos pela Constituição. A competência engloba,
portanto, um amplo poder político no que respeita a decisões sobre a própria
criação do tributo e sobre a amplitude da incidência, não obstante o legislador
esteja submetido a vários balizamentos. AMARO Luciano, 2009 (apud MORAES
William).

A Constituição Federal não cria tributos, mas sim outorga competência para que a
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por meio de lei, o façam. Desse
modo, é possível afirmar que competência tributária é o poder ou aptidão, outorgado
constitucionalmente aos entes políticos, para que editem leis que instituam tributos.

A competência tributária é a habilidade privativa e constitucionalmente atribuída


ao ente político para que este, com base na lei, proceda à instituição da exação
tributária. SABBAG Eduardo (apud MORAES William).

A constituição federal, atribui competência para cada ente da federação para


instituir os impostos, os quais são distribuídos da seguinte forma:

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7 IMPOSTO DA UNIÃO

Os Tributos Federais, eles representam 65,95% de todo imposto arrecadado.


Reconhecidos por siglas, no Brasil, constituem-se numa gama extensa de tributos
arrecadados pela União, previstos pela Constituição Federal, entre os quais:
• Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS)
• Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)
• Imposto sobre a Exportação (IE)
• Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR)
• Imposto sobre Operações de Crédito (IOF)
• Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR - pessoa física
e jurídica)
• IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)
• Programa de Integração Social (PIS)
Além de taxas, contribuições de intervenção e outros tributos (assim
considerados), como o FGTS e as demais contribuições previdenciárias

7.1 COFINS - Contribuição para Financiamento da Seguridade Social

A COFINS – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social, foi instituída


pela Lei Complementar 70 de 30/12/1991.
A contribuição COFINS, atualmente, é regida pela Lei 9.718/1998, com as
alterações subsequentes.

Contribuintes
São contribuintes da COFINS as pessoas jurídicas de direito privado em geral,
inclusive as pessoas a elas equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, exceto as
microempresas e as empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional (Lei
Complementar 123/2006).

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Base de cálculo
A partir de 01.02.1999, com a edição da Lei 9.718/1998, a base de cálculo da
contribuição é a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica, sendo irrelevante
o tipo de atividade por ela exercida e a classificação contábil adotada para as receitas.

Alíquotas
A alíquota geral é de 3% (a partir de 01.02.2001) ou 7,6% (a partir de 01.02.2004)
na modalidade não cumulativa.
Entretanto, para determinadas operações, a alíquota é diferenciada
Nas pessoas jurídicas que tenham filiais, a apuração e o pagamento das
contribuições serão efetuados, obrigatoriamente, de forma centralizada, pelo
estabelecimento matriz.

COFINS não cumulativa


Através da Lei 10.833/2003, para as empresas optantes pelo Lucro Real, com
exceções específicas, foi introduzido o regime de não cumulatividade da COFINS sobre
a receita bruta.
A base de cálculo da COFINS no regime não cumulativo é o faturamento mensal,
este sendo entendido pela fiscalização como o total das receitas auferidas pela pessoa
jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação contábil.
Neste regime, há a possibilidade de o contribuinte apropriar créditos sobre
determinados custos e despesas.

7.2 CSLL - Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido

A contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL ou CSSL) foi instituída pela Lei
7.689/1988.
Aplicam-se à CSLL as mesmas normas de apuração e de pagamento
estabelecidas para o imposto de renda das pessoas jurídicas, mantidas a base de cálculo
e as alíquotas previstas na legislação em vigor (Lei 8.981, de 1995, artigo 57).

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Desta forma, além do IRPJ, a pessoa jurídica optante pelo Lucro Real, Presumido
ou Arbitrado deverá recolher a Contribuição Social sobre o Lucro Presumido (CSLL),
também pela forma escolhida.
Não é possível, por exemplo, a empresa optar por recolher o IRPJ pelo Lucro Real
e a CSLL pelo Lucro Presumido.
Escolhida a opção, deverá proceder à tributação, tanto do IRPJ quanto da CSLL,
pela forma escolhida.
Base de cálculo da CSLL
Para as empresas no regime Lucro Presumido a partir de 01.09.2003, por força do
artigo 22 da Lei 10.684/2003, a base de cálculo da CSLL, devida pelas pessoas jurídicas
optantes pelo lucro presumido corresponde a:
12% da receita bruta nas atividades comerciais, industriais, serviços hospitalares
e de transporte;
32% para:
a) prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares e transporte;
b) intermediação de negócios;
c) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de
qualquer natureza.
Deduções da Receita Bruta: Da receita bruta poderão ser deduzidas as vendas
canceladas, os descontos incondicionalmente concedidos e os impostos não cumulativos
cobrados destacadamente do comprador ou contratante, e do qual o vendedor dos bens
ou prestador dos serviços seja mero depositário (IPI e ICMS Substituição Tributária).
A receita bruta poderá ser considerada pelo regime de caixa, desde que o critério
seja adotado também para o IRPJ, PIS e COFINS.
Adições à Base de Cálculo
Deverão, ainda, ser somadas à base de cálculo da CSSL no Lucro Presumido:

• Os ganhos de capital, as demais receitas e os resultados positivos


decorrentes de receitas não compreendidas na atividade, inclusive:
• Os rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizadas entre
pessoas jurídicas controladoras, controladas, coligadas ou interligadas,
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exceto se a mutuaria for instituição autorizada a funcionar pelo Banco


Central do Brasil;
• Os ganhos de capital auferidos na alienação de participações societárias
permanentes em sociedades coligadas e controladas, e de participações
societárias que permaneceram no ativo da pessoa jurídica até o término do
ano-calendário seguinte ao de suas aquisições;
• Os ganhos auferidos em operações de cobertura ("hedge") realizadas em
bolsas de valores, de mercadorias e de futuros ou no mercado de balcão;
• A receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social da
pessoa jurídica, deduzida dos encargos necessários à percepção da
mesma;
• Os juros relativos a impostos e contribuições a serem restituídos ou
compensados;
• As variações monetárias ativas;

Nota: A partir de 01.01.2000, as receitas decorrentes das variações monetárias


dos direitos de créditos e das obrigações, em função da taxa de câmbio, serão
consideradas, para efeitos da base de cálculo, entre uma das seguintes opções:
• No momento da liquidação da operação correspondente ("regime de
caixa"); ou
• Pelo regime de competência, aplicando-se a opção escolhida para todo o
ano-calendário.
• Juros remuneratórios do capital próprio pagos ou creditados por sociedade
da qual a empresa seja sócia ou acionista.
• Os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras de
renda fixa e renda variável.
• O resultado do cálculo do preço de transferência, decorrentes de operações
externas de exportação ou mútuo com empresas vinculadas ou
domiciliadas em países com tributação favorecida. Nesta hipótese, será
somada 12% da diferença da receita de exportações e o valor integral da
receita com mútuo apurados segundo as regras do IRPJ.
20

A base de cálculo para as pessoas jurídicas optantes pelo lucro real é o lucro
contábil, ajustado pelas adições e exclusões previstas na legislação.
Antecipações Mensais
As empresas que recolhem a CSLL por estimativa mensal, a partir de 01.09.2003,
devem considerar a nova base de cálculo da CSLL de 32% para as seguintes atividades:
a) prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares e de
transporte;
b) intermediação de negócios;
c) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de
qualquer natureza;
d) prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia,
mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar e
a receber, compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de
prestação de serviços (factoring).

Alíquotas da contribuição social


8% (oito por cento) até 30.04.1999.
A partir de 01.05.1999, a alíquota foi majorada para 12% (doze por cento) e a partir
de 01.02.2000 a alíquota é de 9% (nove por cento).
Para as entidades financeiras e equiparadas a alíquota é de 15%.
Receita bruta - regime de competência ou regime de caixa vinculado a opção da
tributação do IRPJ
Se a empresa apurar o IRPJ no Lucro Presumido segundo o regime de caixa sobre
a receita bruta, deverá proceder ao cálculo da tributação pela CSLL também pelo regime
de caixa.
No caso de ter optado pela tributação do IRPJ pelo regime de competência, fará a
apuração da CSLL segundo este regime.
Ou seja, a escolha entre regime de caixa e regime de competência, no IRPJ,
vincula a forma de apuração da CSLL.

21

7.3 IE- Imposto sobre a Exportação

Segundo a Constituição Federal (art. 153, II), o Imposto de Exportação é de


competência exclusiva da União.
Tem como fato gerador a saída de produto nacional ou nacionalizado do território
nacional.
Uma de suas características é a cobrança com função fiscal e regulatória, não só
na medida em que se presta a arrecadação, mas também de acordo com a variação de
suas alíquotas, à disciplina do fluxo de exportação.
O imposto de exportação não se sujeita ao princípio da anterioridade, podendo ser
alterado no mesmo exercício financeiro. É facultado ao Poder Executivo, atendidas as
condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas do IE. No CTN - No
Código Tributário Nacional, encontramos as regras e as disciplinas para o imposto em
seus artigos 23 a 28.
Na legislação ordinária, temos o Decreto-lei nº. 1.578/77, que dispõe sobre o
imposto de exportação.
O imposto, de competência da União, sobre a exportação, para o estrangeiro, de
produtos nacionais ou nacionalizados tem como fato gerador a saída destes do território
nacional - art. 23 do CTN.
O fato gerador se caracteriza com o fato material da saída de produto nacional,
ou nacionalizado, para outro país, qualquer que seja a finalidade de quem remete, e não
com o negócio jurídico da compra e venda do exportador para o estrangeiro.
Com exceção dos casos pessoais, como bagagens, estabelecidos no art. 23 do
CTN e art 1º do Decreto-Lei nº 1.578/77, não importa que se trate de doação ou
mercadoria do próprio remetente, o fato da saída para fora do país ocasiona o fato
gerador.
Considera-se ocorrido o fato gerador no momento da expedição da Guia de
Exportação ou documento equivalente.
O Poder Executivo relacionará os produtos sujeitos ao imposto.

22

Contribuinte
Contribuinte do imposto é o exportador ou quem a lei a ele equiparar, considerada
qualquer pessoa que promova a saída de produtos do território nacional, podendo
também a lei equipar terceiro ao exportador. (art. 27 do CTN e art. 5º do Decreto-Lei nº.
1.578/77).

Base de cálculo
A base de cálculo do imposto é o preço normal que o produto, ou seu similar,
alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência
no mercado internacional, observadas as normas expedidas pelo Poder Executivo,
mediante ato do Conselho Monetário Nacional.
O preço à vista do produto, FOB ou posto na fronteira, é indicativo do preço normal.
Quando o preço do produto for de difícil apuração ou for susceptível de oscilações
bruscas no mercado internacional, o Poder Executivo, mediante ato do Conselho
Monetário Nacional, fixará critérios específicos ou estabelecerá pauta de valor mínimo,
para apuração de base de cálculo.
Para efeito de determinação da base de cálculo do imposto, o preço de venda das
mercadorias exportadas não poderá ser inferior ao seu custo de aquisição ou produção,
acrescido dos impostos e das contribuições incidentes e de margem de lucro de quinze
por cento sobre a soma dos custos, mais impostos e contribuições.
A lei pode adotar como base de cálculo a parcela do valor ou do preço excedente
de valor básico, fixado de acordo com os critérios e dentro dos limites por ela
estabelecidos.

Alíquotas
A alíquota do imposto é de 30%, facultado ao Poder Executivo reduzi-la ou
aumentá-la, para atender aos objetivos da política cambial e do comércio exterior.
Em caso de elevação, a alíquota do imposto não poderá ser superior a 150%.
O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar
as alíquotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-lo aos objetivos da política
cambial e do comércio exterior.
23

Devido ao fato de que o equilíbrio da balança comercial depende


fundamentalmente do esforço de exportação e que o imposto é extrafiscal, o imposto é
minimamente exigido, sendo comum o uso da alíquota zero, pois, o fator constitutivo do
dever tributário não está na sua hipótese de incidência (ou fato gerador), mas sim, no
mandamento da norma de tributação.

7.4 ITR - Imposto Sobre a Propriedade Territorial Rural

O ITR é previsto constitucionalmente, através do inciso VI do artigo 153 da


Constituição Federal.
O Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR, de apuração anual, tem
como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza,
localizado fora da zona urbana do município, em 1º de janeiro de cada ano.
Considera-se imóvel rural a área contínua, formada de uma ou mais parcelas de
terras, localizada na zona rural do município.
A legislação que rege o ITR é a Lei 9.393/1996 e alterações subsequentes.

Contribuinte
Contribuinte do ITR é o proprietário de imóvel rural, o titular de seu domínio útil ou
o seu possuidor a qualquer título. O domicílio tributário do contribuinte é o município de
localização do imóvel, vedada a eleição de qualquer outro.

O ITR não incide sobre pequenas glebas rurais, quando as explore, só ou com sua
família, o proprietário que não possua outro imóvel.
Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, pequenas glebas rurais são os
imóveis com área igual ou inferior a:
I - 100 ha, se localizado em município compreendido na Amazônia Ocidental ou
no Pantanal mato-grossense e sul-mato-grossense;
II - 50 ha, se localizado em município compreendido no Polígono das Secas ou na
Amazônia Oriental;
III - 30 ha, se localizado em qualquer outro município.
24

São isentos do ITR:


I - O imóvel rural compreendido em programa oficial de reforma agrária,
caracterizado pelas autoridades competentes como assentamento, que,
cumulativamente, atenda aos seguintes requisitos:
a) seja explorado por associação ou cooperativa de produção;
b) a fração ideal por família assentada não ultrapasse os limites estabelecidos no
artigo anterior;
c) o assentado não possua outro imóvel.

II - O conjunto de imóveis rurais de um mesmo proprietário, cuja área total observe


os limites fixados, desde que, cumulativamente, o proprietário:
a) o explore só ou com sua família, admitida ajuda eventual de terceiros;
b) não possua imóvel urbano.

Entrega do DIAC
O contribuinte ou o seu sucessor comunicará ao órgão local da Secretaria da
Receita Federal (SRF), por meio do Documento de Informação e Atualização Cadastral
do ITR - DIAC, as informações cadastrais correspondentes a cada imóvel, bem como
qualquer alteração ocorrida, na forma estabelecida pela Secretaria da Receita Federal.
Declaração Anual - DITR
O contribuinte do ITR entregará, obrigatoriamente, em cada ano, o Documento de
Informação e Apuração do ITR - DIAT, correspondente a cada imóvel, observadas data
e condições fixadas pela Secretaria da Receita Federal.

Apuração pelo Contribuinte


A apuração e o pagamento do ITR serão efetuados pelo contribuinte,
independentemente de prévio procedimento da administração tributária, nos prazos e
condições estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal, sujeitando-se a
homologação posterior.
A base de cálculo do ITR é o Valor da Terra Nua Tributável (VTNt).

25

(Lei nº 9.393, de 1996, arts. 10, § 1º, I e III, e 11; RITR/2002, arts. 32 e 33; IN SRF
nº 256, de 2002, arts. 32 e 33)
O valor do ITR a ser pago é obtido mediante a multiplicação do VTNt pela alíquota
correspondente, considerados a área total e o grau de utilização (GU) do imóvel rural.
(Lei nº 9.393, de 1996, art. 11; RITR/2002, art. 35; IN SRF nº 256, de 2002, art. 35)
A alíquota utilizada para cálculo do ITR é estabelecida para cada imóvel rural, com
base em sua área total e no respectivo grau de utilização, conforme a seguinte tabela:
(Lei nº 9.393, de 1996, art. 11, e Anexo; RITR/2002, art. 34; IN SRF nº 256, de 2002, art.
34)

Fonte:cadastrorural.gov.br

7.5 IOF – Imposto sobre importações financeiras

O IOF incide sobre:


I - Operações de crédito realizadas:
a) Por instituições financeiras;
b) Por empresas que exercem as atividades de prestação cumulativa e contínua
de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos,
administração de contas a pagar e a receber, compra de direitos creditórios resultantes
de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring);
c) Entre pessoas jurídicas ou entre pessoa jurídica e pessoa física;

26

II - Operações de câmbio;
III - Operações de seguro realizadas por seguradoras;
IV - Operações relativas a títulos ou valores mobiliários;
V - Operações com ouro, ativo financeiro, ou instrumento cambial.

Não incidências
Não se submetem à incidência do IOF as operações realizadas por órgãos da
administração direta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e,
desde que vinculadas às finalidades essenciais das respectivas entidades, as operações
realizadas por:
I - Autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II - Templos de qualquer culto;
III - Partidos políticos, inclusive suas fundações, entidades sindicais de
trabalhadores e instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos,
atendidos os requisitos da lei.
Fato gerador
O fato gerador do IOF é a entrega do montante ou do valor que constitua o objeto
da obrigação, ou sua colocação à disposição do interessado.

Contribuintes
Contribuintes do IOF são as pessoas físicas ou jurídicas tomadoras de crédito.
São responsáveis pela cobrança do IOF e pelo seu recolhimento ao Tesouro
Nacional:
I - As instituições financeiras que efetuarem operações de crédito;
II - As empresas de factoring adquirentes do direito creditório;
III – A pessoa jurídica que conceder o crédito, nas operações de crédito
correspondentes a mútuo de recursos financeiros.
O IOF funciona sob diferentes taxas para cada tipo de operação em que incide,
entre os pagamentos com crédito, seguros, câmbio de moeda ou investimentos
financeiros.

27

Além de se diferenciar por cada operação, o IOF é um imposto que está em


constante alteração, conforme decidido pelo governo brasileiro.

7.6 IR - Imposto de Renda

É um dos tributos administrados pela Receita Federal do Brasil (RFB), sendo


devido tanto pelas pessoas jurídicas quanto físicas.

Imposto de Renda - Pessoa Jurídica


São contribuintes do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ):
I – As pessoas jurídicas;
II – As empresas individuais.
As disposições tributárias do IR aplicam-se a todas as firmas e sociedades,
registradas ou não.
As entidades submetidas aos regimes de liquidação extrajudicial e de falência
sujeitam-se às normas de incidência do imposto aplicáveis às pessoas jurídicas, em
relação às operações praticadas durante o período em que perdurarem os procedimentos
para a realização de seu ativo e o pagamento do passivo (Lei 9.430/1996, artigo 60).
As empresas públicas e as sociedades de economia mista, bem como suas
subsidiárias, são contribuintes nas mesmas condições das demais pessoas jurídicas
(Constituição Federal, artigo 173 § 1º).
As Pessoas Jurídicas, por opção ou por determinação legal, são tributadas por
uma das seguintes formas:
a) Simples.
b) Lucro Presumido.
c) Lucro Real.
d) Lucro Arbitrado.

28

Base de cálculo
A base de cálculo do imposto, determinada segundo a lei vigente na data de
ocorrência do fato gerador, é o lucro real, presumido ou arbitrado, correspondente ao
período de apuração.

Como regra geral, integram a base de cálculo todos os ganhos e rendimentos de


capital, qualquer que seja a denominação que lhes seja dada, independentemente da
natureza, da espécie ou da existência de título ou contrato escrito, bastando que
decorram de ato ou negócio que, pela sua finalidade, tenha os mesmos efeitos do previsto
na norma específica de incidência do imposto.

Período de apuração
O imposto será determinado com base no lucro real, presumido ou arbitrado, por
períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de
setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário. À opção do contribuinte, o lucro real
também pode ser apurado por período anual.
Nos casos de incorporação, fusão ou cisão, a apuração da base de cálculo e do
imposto devido será efetuada na data do evento.
Na extinção da pessoa jurídica, pelo encerramento da liquidação, a apuração da
base de cálculo e do imposto devido será efetuada na data desse evento.

Alíquotas e adicional
A pessoa jurídica, seja comercial ou civil o seu objeto, pagará o imposto à alíquota
de 15% (quinze por cento) sobre o lucro real, apurado de conformidade com o
Regulamento.
O disposto neste item aplica-se, inclusive, à pessoa jurídica que explore atividade
rural.

29

Adicional
A parcela do lucro real que exceder ao valor resultante da multiplicação de R$
20.000,00 (vinte mil reais) pelo número de meses do respectivo período de apuração,
sujeita-se à incidência de adicional de imposto à alíquota de 10% (dez por cento).
O adicional aplica-se, inclusive, nos casos de incorporação, fusão ou cisão e de
extinção da pessoa jurídica pelo encerramento da liquidação.
O disposto neste item aplica-se, igualmente, à pessoa jurídica que explore
atividade rural.
O adicional de que trata este item será pago juntamente com o imposto de renda
apurado pela aplicação da alíquota geral de 15%.

Imposto de Renda - Pessoa Física


São contribuintes do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) as pessoas físicas
domiciliadas ou residentes no Brasil, titulares de disponibilidade econômica ou jurídica
de renda ou proventos de qualquer natureza, inclusive rendimentos e ganhos de capital,
sem distinção da nacionalidade, sexo, idade, estado civil ou profissão.
A renda e os proventos de qualquer natureza percebidos no Brasil por residentes
ou domiciliados no exterior ou a eles equiparados estão sujeitos ao imposto de acordo
com as disposições legais pertinentes.
As pessoas físicas brasileiras deverão prestar contas à Receita Federal, apurando
o imposto de renda devido segundo as normas do Regulamento do Imposto de Renda.
Anualmente, deverão entregar a declaração de seus rendimentos e bens, pagando
o imposto devido ou apurando a restituição, se houver.
São tributáveis pelo IRPF os rendimentos (como salários, benefícios e
remuneração por serviços prestados), ganhos de capital, juros e outras rendas (como
aluguéis e direitos autorais) ou proventos.
Está obrigada a apresentar a Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a
Renda referente ao exercício de 2019 a pessoa física residente no Brasil que, no ano-
calendário de 2018:

30

I) Recebeu rendimentos tributáveis sujeitos ao ajuste anual na declaração, cuja


soma foi superior a R$ 28.559,70, tais como: rendimentos do trabalho assalariado, não
assalariado, proventos de aposentadoria, pensões, aluguéis, atividade rural;
II) Recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na
fonte, cuja soma foi superior a R$ 40.000,00;
III) Realizou em qualquer mês do ano-calendário:
- Alienação de bens ou direitos em que foi apurado ganho de capital, sujeito à
incidência do imposto; ou operações em bolsa de valores, de mercadorias, de futuros e
assemelhadas;
IV) Teve a posse ou a propriedade de bens ou direitos, em 31/12/2018, inclusive
terra nua, cujo valor total foi superior a R$ 300.000,00;
V) Passou à condição de residente no Brasil e encontrava-se nessa condição em
31 de dezembro.
VI) Relativamente à atividade rural, com o preenchimento do Demonstrativo da
Atividade Rural:
- Obteve receita bruta superior a R$ 142.798,50; ou
- Pretenda compensar, no ano-calendário de 2018 ou posteriores, prejuízos de
anos calendário anteriores ou do próprio ano-calendário de 2018;
VII) optou pela isenção do imposto sobre a renda incidente sobre o ganho de
capital auferido na venda de imóveis residenciais, cujo produto da venda seja aplicado
na aquisição de imóveis residenciais localizados no País, no prazo de 180 dias contados
da celebração do contrato de venda, nos termos do art. 39 da Lei nº 11.196, de 21 de
novembro de 2005.
Dispensa
A pessoa física que se enquadrou em qualquer das hipóteses previstas nos itens
I a VII acima fica dispensada de apresentar a declaração se constar como dependente
em declaração apresentada por outra pessoa física, na qual sejam informados seus
rendimentos, bens e direitos, caso os possua.

31

7.7 IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados

O imposto sobre produtos industrializados (IPI) incide sobre produtos


industrializados, nacionais e estrangeiros.
Suas disposições estão regulamentadas pelo Decreto 7.212/2010 (RIPI/2010).
O campo de incidência do imposto abrange todos os produtos com alíquota, ainda
que zero, relacionados na Tabela de Incidência do IPI (TIPI), observadas as disposições
contidas nas respectivas notas complementares, excluídos aqueles a que corresponde a
notação "NT" (não-tributado).
Produto industrializado é o resultante de qualquer operação definida no RIPI como
industrialização, mesmo incompleta, parcial ou intermediária.

Industrialização
Caracteriza industrialização qualquer operação que modifique a natureza, o
funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o
aperfeiçoe para consumo, tal como:
I – A que, exercida sobre matéria-prima ou produto intermediário, importe na
obtenção de espécie nova (transformação);
II – A que importe em modificar, aperfeiçoar ou, de qualquer forma, alterar o
funcionamento, a utilização, o acabamento ou a aparência do produto (beneficiamento);
III – A que consista na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte um
novo produto ou unidade autônoma, ainda que sob a mesma classificação fiscal
(montagem);
IV – A que importe em alterar a apresentação do produto, pela colocação da
embalagem, ainda que em substituição do original, salvo quando a embalagem colocada
se destine apenas ao transporte da mercadoria (acondicionamento ou
reacondicionamento);
V – A que, exercida sobre produto usado ou parte remanescente de produto
deteriorado ou inutilizado, renove ou restaure o produto para utilização (renovação ou
recondicionamento).

32

Não se considera industrialização:


I – O preparo de produtos alimentares, não acondicionados em embalagem de
apresentação:
a) na residência do preparador ou em restaurantes, bares, sorveterias,
confeitarias, padarias, quitandas e semelhantes, desde que os produtos se destinem a
venda direta a consumidor;
b) em cozinhas industriais, quando destinados a venda direta a corporações,
empresas e outras entidades, para consumo de seus funcionários, empregados ou
dirigentes;
II – O preparo de refrigerantes, à base de extrato concentrado, por meio de
máquinas, automáticas ou não, em restaurantes, bares e estabelecimentos similares,
para venda direta a consumidor;
III – A confecção ou preparo de produto de artesanato.
IV - Confecção de vestuário, por encomenda direta do consumidor ou usuário, em
oficina ou na residência do confeccionador;
V – O preparo de produto, por encomenda direta do consumidor ou usuário, na
residência do preparador ou em oficina, desde que, em qualquer caso, seja
preponderante o trabalho profissional;
VI – A manipulação em farmácia, para venda direta a consumidor, de
medicamentos oficinais e magistrais, mediante receita médica;
VII – a moagem de café torrado, realizada por comerciante varejista como
atividade acessória;
VIII - a operação efetuada fora do estabelecimento industrial, consistente na
reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte:
a) edificação (casas, edifícios, pontes, hangares, galpões e semelhantes, e suas
coberturas);
b) instalação de oleodutos, usinas hidrelétricas, torres de refrigeração, estações e
centrais telefônicas ou outros sistemas de telecomunicação e telefonia, estações, usinas
e redes de distribuição de energia elétrica e semelhantes;
c) fixação de unidades ou complexos industriais ao solo;

33

Nota: O disposto neste item não exclui a incidência do imposto sobre os produtos,
partes ou peças utilizadas nas operações nele referidas.
IX – A montagem de óculos, mediante receita médica;
X – O acondicionamento de produtos classificados nos Capítulos 16 a 22 da TIPI,
adquiridos de terceiros, em embalagens confeccionadas sob a forma de cestas de natal
e semelhantes;
XI – o conserto, a restauração e o recondicionamento de produtos usados, nos
casos em que se destinem ao uso da própria empresa executora ou quando essas
operações sejam executadas por encomenda de terceiros não estabelecidos com o
comércio de tais produtos, bem assim o preparo, pelo consertador, restaurador ou
recondicionador, de partes ou peças empregadas exclusiva e especificamente naquelas
operações;
XII – o reparo de produtos com defeito de fabricação, inclusive mediante
substituição de partes e peças, quando a operação for executada gratuitamente, ainda
que por concessionários ou representantes, em virtude de garantia dada pelo fabricante;
XIII – a restauração de sacos usados, executada por processo rudimentar, ainda
que com emprego de máquinas de costura;
XIV – a mistura de tintas entre si, ou com concentrados de pigmentos, sob
encomenda do consumidor ou usuário, realizada em estabelecimento varejista, efetuada
por máquina automática ou manual, desde que fabricante e varejista não sejam empresas
interdependentes, controladora, controlada ou coligadas.
Também por força do artigo 12 da Lei 11.051/2004, não se considera
industrialização a operação de que resultem os produtos relacionados nos códigos
2401.10.20, 2401.10.30, 2401.10.40 e na subposição 2401.20 da TIPI, quando exercida
por produtor rural pessoa física.

Contribuintes
São obrigados ao pagamento do IPI como contribuinte:
I – O importador, em relação ao fato gerador decorrente do desembaraço
aduaneiro de produto de procedência estrangeira;

34

II – O industrial, em relação ao fato gerador decorrente da saída de produto que


industrializar em seu estabelecimento, bem assim quanto aos demais fatos geradores
decorrentes de atos que praticar;
III – O estabelecimento equiparado a industrial, quanto ao fato gerador relativo aos
produtos que dele saírem, bem assim quanto aos demais fatos geradores decorrentes de
atos que praticar;
IV – Os que consumirem ou utilizarem em outra finalidade, ou remeterem a
pessoas que não sejam empresas jornalísticas ou editoras, o papel destinado à
impressão de livros, jornais e periódicos, quando alcançado pela imunidade.
É ainda responsável, por substituição, o industrial ou equiparado a industrial,
mediante requerimento, em relação às operações anteriores, concomitantes ou
posteriores às saídas que promover, nas hipóteses e condições estabelecidas pela
Secretaria da Receita Federal.
Fato gerador do IPI é:
1. O desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira;
2. A saída de produto do estabelecimento industrial, ou equiparado a industrial.
A TIPI - Tabela do IPI, é uma lista de produtos com suas respectivas alíquotas.
A atual tabela, vigente a partir de 01.01.2017, foi aprovada pelo Decreto
8.950/2016

8 IMPOSTO ESTADUAIS

Tributos Estaduais equivalem a 28,47% de todo imposto arrecadado, sendo eles:


• Transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens e direitos – ITCD
• Operações relativo à circulação de mercadoria e sobre prestação de serviços de
transportes interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as
operações e as prestações se iniciem no exterior – ICMS
• Imposto sobre propriedade de veículo automotores – IPVA

35

8.1 ITCD- Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação

O Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação - ITCD encontra-se previsto


no caput do inciso I e no § 1º do art. 155 da Constituição Federal de 1988. A alíquota é
fixada pelo Senado Federal, não ultrapassando o percentual de 8%. Em Minas Gerais, o
ITCD está previsto na Lei 14.941/2003 e é disciplinado no RITCD/05, aprovado pelo
Decreto nº 43.981/05.
As hipóteses de incidência são:
1. Transmissões “Causa Mortis” (transmissões hereditárias ou testamentárias)
• Bens imóveis situados em território do Estado e respectivos direitos;
• Bens móveis, inclusive semoventes, direitos, títulos e créditos, e direitos a eles
relativos, quando:
a) O inventário ou arrolamento judicial ou extrajudicial se processar neste Estado;
ou
b) O herdeiro ou legatário for domiciliado no Estado, se o de cujus possuía bens,
era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário processado no Estado.

É legítima a incidência do Imposto de Transmissão “Causa Mortis” no inventário


por morte presumida.

2. Doações de:

• Bens imóveis situados em território do Estado e respectivos direitos;


• Bens móveis, inclusive semoventes, direitos, títulos e créditos, e direitos a eles
relativos, quando:
a) O doador tiver domicílio no Estado;
b) O doador não tiver residência ou domicílio no País e o donatário for domiciliado
no Estado.
Observe-se que dentre as hipóteses de incidência, nas transmissões por doação,
incluem-se os bens e direitos que forem atribuídos a um dos conjugues, a um dos

36

companheiros, ou a qualquer herdeiro, acima da respectiva meação (excedente de


meação).

Os prazos para o pagamento do ITCD são:


1) Transmissão de causa mortis: 180 dias contados da data de abertura da
sucessão;
2) Cessão de direitos de forma gratuita:
a) Antes da lavratura da escritura pública, se tiver por objeto bem, título ou créditos
determinados;
b) 180 dias contados da data de abertura da sucessão, quando a cessão se
formalizar nos autos do inventário, mediante termo de desistência ou de renúncia
com determinação de beneficiário;
3) Substituição de fideicomisso: 15 dias contados do fato ou do ato jurídico
determinante da substituição; antes da lavratura, se por escritura pública; antes
do cancelamento da averbação no ofício ou órgão competente, nos demais casos.
4) Excedente de meação decorrente de dissolução de sociedade conjugal ou de
união estável: 15 dias contados da data em que transitar em julgado a sentença,
ou antes da lavratura da escritura pública.
5) Doação de bem, título ou crédito que se formalizar por escritura pública: antes da
lavratura da escritura pública.
6) Doação de bem, título ou crédito que se formalizar por escrito particular: 15 dias
contados da data da assinatura do contrato.
7) Nas transmissões por doação de bem, título ou crédito não referidas acima: 15
dias contados da ocorrência da doação.

Para cálculo do imposto devido, ou sua isenção, deve-se verificar a legislação


vigente à época do fato gerador. O imposto é recolhido mediante DAE a ser emitido pelo
sítio da Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais (SEF/MG). Se o imposto não
for recolhido, dentro dos prazos previstos na legislação, acarretará a cobrança de multa
e juros moratórios, sem prejuízo dos procedimentos fiscais e legais cabíveis.

37

O documento, expedido pela SEF/MG, que comprova a regularidade do ITCD, é a


Certidão de Pagamento / Desoneração do ITCD. Para viabilizar a emissão da referida
Certidão, além de realizar o recolhimento do imposto, o contribuinte deverá preencher a
Declaração de Bens e Direitos, por meio do Sistema Integrado de Administração da
Receita – SIARE, disponibilizado no endereço eletrônico,
http://www.fazenda.mg.gov.br/empresas/impostos/itcd/solicitacao.htm

8.2 ICMS - Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços

O ICMS (imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre


prestações de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação) é
de competência dos Estados e do Distrito Federal.
Sua regulamentação constitucional está prevista na Lei Complementar 87/1996 (a
chamada “Lei Kandir”), alterada posteriormente pelas Leis Complementares 92/97, 99/99
e 102/2000.

Destaque do imposto
O ICMS devido é informado na nota fiscal, em coluna própria.
Exemplo de preenchimento na coluna "Cálculo do Imposto" da nota fiscal
eletrônica (NF-e)
Base de Cálculo do ICMS: R$ 1.000,00
Valor do ICMS: R$ 120,00
Alíquota: 12%

Incidências
O imposto incide sobre:
I – Operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive o fornecimento de
alimentação e bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos similares;
II – Prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por
qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias ou valores;

38

III – Prestações onerosas de serviços de comunicação, por qualquer meio,


inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição
e a ampliação de comunicação de qualquer natureza;
IV – Fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não compreendidos
na competência tributária dos Municípios;
V – Fornecimento de mercadorias com prestação de serviços sujeitos ao imposto
sobre serviços, de competência dos Municípios, quando a lei complementar aplicável
expressamente o sujeitar à incidência do imposto estadual.
VI – A entrada de mercadoria importada do exterior, por pessoa física ou jurídica,
ainda quando se tratar de bem destinado a consumo ou ativo permanente do
estabelecimento;
VII – O serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior;
VIII – A entrada, no território do Estado destinatário, de petróleo, inclusive
lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica,
quando não destinados à comercialização ou à industrialização, decorrentes de
operações interestaduais, cabendo o imposto ao Estado onde estiver localizado o
adquirente.

Contribuinte
Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade
ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria
ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação,
ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.
É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade:
I – Importe mercadorias do exterior, ainda que as destine a consumo ou ao ativo
permanente do estabelecimento;
II – Seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha
iniciado no exterior,
III – Adquira em licitação de mercadorias apreendidas ou abandonadas;

39

IV – Adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo


e energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não destinados à comercialização
ou à industrialização.

Local da operação ou da prestação


O local da operação ou da prestação, para os efeitos da cobrança do imposto e
definição do estabelecimento responsável, é:
I – Tratando-se de mercadoria ou bem:

a) do estabelecimento onde se encontre, no momento da ocorrência do fato


gerador;
b) onde se encontre, quando em situação irregular pela falta de documentação
fiscal ou quando acompanhado de documentação inidônea, como dispuser a legislação
tributária;
c) o do estabelecimento que transfira a propriedade, ou o título que a represente,
de mercadoria por ele adquirida no País e que por ele não tenha transitado;
d) importado do exterior, a do estabelecimento onde ocorrer a entrada física;
e) importado do exterior, o do domicílio do adquirente, quando não estabelecido;
f) aquele onde seja realizada a licitação, no caso de arrematação de mercadoria
importada do exterior e apreendida;
g) o do Estado onde estiver localizado o adquirente, inclusive consumidor final,
nas operações interestaduais com energia elétrica e petróleo, lubrificantes e
combustíveis dele derivados, quando não destinados à industrialização ou à
comercialização;
h) o do Estado de onde o ouro tenha sido extraído, quando não considerado como
ativo financeiro ou instrumento cambial;
i) o de desembarque do produto, na hipótese de captura de peixes, crustáceos e
moluscos;
II – Tratando-se de prestação de serviço de transporte:
a) onde tenha início a prestação;

40

b) onde se encontre o transportador, quando em situação irregular pela falta de


documentação fiscal ou quando acompanhada de documentação inidônea, como
dispuser a legislação tributária;
c) o do estabelecimento destinatário do serviço, na hipótese da utilização, por
contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado em outro Estado e não esteja
vinculada a operação ou prestação subsequente;
III – tratando-se de prestação onerosa de serviço de comunicação:
a) o da prestação do serviço de radiodifusão sonora e de som e imagem, assim
entendido o da geração, emissão, transmissão e retransmissão, repetição, ampliação e
recepção;
b) o do estabelecimento da concessionária ou da permissionária que forneça ficha,
cartão, ou assemelhados com que o serviço é pago;
c) o do estabelecimento destinatário do serviço, na hipótese da utilização, por
contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado em outro Estado e não esteja
vinculada a operação ou prestação subsequente;
d) o do estabelecimento ou domicílio do tomador do serviço, quando prestado por
meio de satélite;
d) onde seja cobrado o serviço, nos demais casos.
IV - Tratando-se de serviços prestados ou iniciados no exterior, o do
estabelecimento ou do domicílio do destinatário.

Ocorrência do fato gerador


Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento:
I – Da saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para
outro estabelecimento do mesmo titular;
II – Do fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias por qualquer
estabelecimento;
III – da transmissão a terceiro de mercadoria depositada em armazém geral ou em
depósito fechado, no Estado do transmitente;
IV – Da transmissão de propriedade de mercadoria, ou de título que a represente,
quando a mercadoria não tiver transitado pelo estabelecimento transmitente;
41

V – Do início da prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal,


de qualquer natureza;
VI – Do ato final do transporte iniciado no exterior;
VII – Das prestações onerosas de serviços de comunicação, feita por qualquer
meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a
repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza;
VIII – Do fornecimento de mercadoria com prestação de serviços:
a) não compreendidos na competência tributária dos Municípios;

b) compreendidos na competência tributária dos Municípios e com indicação


expressa de incidência do imposto da competência estadual, como definido na lei
complementar aplicável,
IX – Do desembaraço aduaneiro das mercadorias importadas do exterior;
X – Do recebimento, pelo destinatário, de serviço prestado no exterior;
XI – Da aquisição em licitação pública de mercadorias importadas do exterior
apreendidas ou abandonadas;
XII – Da entrada no território do Estado de lubrificantes e combustíveis líquidos e
gasosos derivados de petróleo e energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não
destinados à comercialização ou à industrialização;
XIII – Da utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado
em outro Estado e não esteja vinculada a operação ou prestação subsequente.

Não cumulatividade do imposto


O imposto é não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação
relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços de transporte interestadual
e intermunicipal e de comunicação com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo
ou por outro Estado.
É assegurado ao sujeito passivo o direito de creditar-se do imposto anteriormente
cobrado em operações de que tenha resultado a entrada de mercadoria, real ou
simbólica, no estabelecimento.

42

Substituição Tributária
A Lei estadual poderá atribuir a contribuinte do imposto ou a depositário a qualquer
título a responsabilidade pelo seu pagamento, hipótese em que o contribuinte assumirá
a condição de substituto tributário.
A responsabilidade poderá ser atribuída em relação ao imposto incidente sobre
uma ou mais operações ou prestações, sejam antecedentes, concomitantes ou
subsequentes, inclusive ao valor decorrente da diferença entre alíquotas interna e
interestadual nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor
final localizado em outro Estado, que seja contribuinte do imposto.
A atribuição de responsabilidade dar-se-á em relação a mercadorias ou serviços
previstos em lei de cada Estado.
É assegurado ao contribuinte substituído o direito à restituição do valor do imposto
pago por força da substituição tributária, correspondente ao fato gerador presumido, que
não se realizar.

8.3 IPVA – Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores

O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) é um tributo


devido anualmente pelos proprietários de automóveis de passeio ou utilitários,
caminhonetes, motocicletas, ônibus, caminhões, aeronaves e embarcações, salvo em
situações de isenção ou imunidade.
Conforme legislação vigente, o IPVA tem como fato gerador a propriedade do
veículo em 1º de janeiro de cada exercício. No entanto, tratando-se de veículo novo,
considera-se ocorrido o fato gerador do imposto a data da sua primeira aquisição ou, se
o veículo for de procedência estrangeira, a data do seu desembaraço aduaneiro.
Também considera-se ocorrido o fato gerador a data da perda da imunidade ou isenção.
O valor a pagar é calculado com base no valor venal do veículo, sobre o qual
aplicam-se alíquotas que variam de 0,5% a 4 %. O pagamento do referido imposto pode
ser feito de uma só vez (com desconto de 3%) ou em três parcelas consecutivas (sem o
desconto), observando-se o valor mínimo da parcela (R$ 50,00).

43

As datas de vencimento são escalonadas de acordo com o final de placa,


iniciando-se em janeiro, e o contribuinte inadimplente fica sujeito a cobrança de multas e
juros, bem como impedido de obter o licenciamento do respectivo veículo.
A partir de 2019 os contribuintes que efetuaram todos os pagamentos em dia dos
2 últimos anos (2017 e 2018) receberão um desconto extra de mais 3% na base de
cálculo do IPVA 2019.
A revisão ou restituição do IPVA podem ser solicitadas, caso haja discordância do
valor calculado pela SEF/MG ou se efetuado pagamento a maior.
O Estado repassa ao município onde o veículo está licenciado, 50% da receita
arrecadada com o IPVA, depois de descontado o percentual do FUNDEB, previsto no
Inciso II, do parágrafo 1º do artigo 31, Lei 11.494/07. O produto da arrecadação deve ser
aplicado na prestação de serviços públicos como saúde, educação e segurança.
Em Minas Gerais, a cobrança e o controle da arrecadação do IPVA é
responsabilidade da Superintendência de Arrecadação e Informações Fiscais (SAIF) -
Subsecretaria da Receita Estadual (SRE), da Secretaria de Estado de Fazenda
(SEF/MG).

9 IMPOSTOS MUNICIPAIS

E com 5,58% de todo imposto arrecadado, os impostos Municipais


• Propriedade predial e territorial urbano – IPTU
• Serviços de qualquer natureza – ISS
• Transmissão de Bens Imóveis – ITBI

9.1 IPTU - Imposto Predial e Territorial Urbano

É um imposto cobrado de quem tem um imóvel urbano. Pode ser casa,


apartamento, sala comercial ou qualquer outro tipo de propriedade em uma região
urbanizada.

44

Ele é um imposto cobrado pelas prefeituras. Cada cidade escolhe os critérios para
a cobrança. O valor dele varia conforme a avaliação do imóvel.
Todo o dinheiro arrecadado com o IPTU fica no município. E, com isso, ele pode
ser usado em obras na cidade.
O dono do imóvel é o responsável pelo pagamento do imposto. É em seu nome
que está enviado o boleto de pagamento do imposto e, se houver atraso, a multa com a
prefeitura é feita no seu nome.
O locatário pode fazer o pagamento do IPTU para o dono do imóvel, desde que
isso esteja previsto no contrato de aluguel.

Quem tem que pagar por ele?


O proprietário do imóvel é o responsável pelo pagamento do IPTU. Ele pode ser
tanto pessoas físicas (consumidores) como empresas jurídicas (empresas). Cada imóvel
tem o próprio IPTU. Então, se possuir mais de uma casa, vai pagar mais de um imposto.
Se o terreno não tiver nenhuma construção, é preciso pagar o Imposto Territorial
Urbano no lugar do IPTU. E não pense que quem mora no interior está livre de impostos,
não. Quem não vive em área urbana precisa pagar o ITR (Imposto Territorial Rural).
Uma dúvida muito comum sobre o imposto é qual forma de pagamento é mais
vantajosa: à vista ou parcelado. Primeiro é importante saber que cada cidade pode definir
o percentual do desconto que vai oferecer no IPTU. É possível até mesmo que não haja
desconto.
Em São Paulo, por exemplo, o desconto em 2018 foi de 3%. Os moradores de
Belo Horizonte tiveram desconto de 5% no pagamento antecipado. Já no Rio de Janeiro,
o percentual foi de 7%. Em Salvador, o desconto foi maior ainda, de 10%!
Cada município tem suas próprias regras e condições para Isenção do IPTU. As
três capitais acima, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, tem isenção para quem
é aposentado ou pensionista, entre outros. Um fator que pode fazer você se tornar isento
a pagar o imposto é o seu imóvel ter valor venal abaixo da média estabelecida pelo
prefeitura.

45

Valor venal é o valor base do imóvel para a prefeitura ter um parâmetro na hora
de calcular os impostos a ser cobrados. Esse valor é inferior ao do mercado, que é
organizado para atender aos impostos pela venda do terreno, e ou, imóvel.
As prefeituras utilizam o valor venal da propriedade para calcular o IPTU. O valor
venal é um preço estabelecido pelo Poder Público (a prefeitura neste caso). Ele é
diferente do valor de mercado, que é o preço do imóvel para compra ou venda.
Alguns fatores influenciam o valor venal do imóvel, como: o tamanho do terreno, a
localização, a área construída e o tipo de acabamento. A base de cálculo usa essas
informações para depois multiplicar o valor venal pela alíquota que cada município
estabelece para o IPTU.

9.2 ISS – Imposto Sobre Serviços

O ISS é o e veio substituir o antigo ISSQN (Imposto sobre Serviços de Qualquer


Natureza). Ele é um tributo de competência dos municípios e Distrito Federal e incide
sobre a prestação de serviços. É regido, a partir de 01 de agosto de 2003, pela Lei
complementar 116/2003. Tem como fato gerador a relação de serviços contida na Lei nº
11.438/1997.
O ISS é pago pelas empresas prestadoras de serviços e profissionais autônomos.
Aqueles que se encaixam no primeiro caso deverão recolher o ISS, além dos demais
impostos, como: IR, PIS, COFINS, contribuição social ou, substituídos pelo Simples
Nacional, caso optante. As empresas pagam uma alíquota de 5% sobre o valor da nota
fiscal, excetuando decretos municipais que incentivam serviços como o de informática
que, em algumas cidades, chega a 2% (alíquota mínima – Emenda Constitucional nº 37
de 12 de junho de 2002).
O profissional com curso superior, como advogados, médicos, arquitetos,
administradores, entre outros que trabalhem sem vínculo empregatício, devem contribuir
com o ISS. Nesse caso, eles devem pagar a contribuição anual, conforme a tabela
proveniente dos serviços. Na situação em que o profissional não esteja inscrito na
prefeitura como autônomo, a contratante deverá pagar os tributos devidos, efetuando o
pagamento do valor subtraído dos impostos correspondentes (valor líquido).
46

Pessoas jurídicas que em seu contrato social têm por objeto alguma atividade que
corresponda a prestação de serviços e os autônomos com incidência do imposto deverão
fazer a inscrição.
Em muitas cidades há o convênio entre a Junta Comercial e a Prefeitura. Assim,
as inscrições municipais são automatizadas para pessoas jurídicas.

9.3 ITBI – Transmissão de Bens Imóveis

Imposto recolhido pelo município para oficializar a transmissão ou aquisição de


bens imóveis.
Previsto no Art. 156 da Constituição Federal, o tributo municipal é obrigatório e
deve ser pago para fins de efetivação da transferência de um imóvel. A quantia a ser
paga não pode ser parcelada. Para ela, será cobrada uma porcentagem do valor venal
do imóvel, que, ao final, é recolhido pelo Município.
Não existe uma determinação geral sobre quando deve ser feito o pagamento do
tributo: irá depender do que foi estabelecido pelo Município. Geralmente, ocorre após a
lavratura de escritura ou durante o registro dos bens imóveis.
O pagamento do ITBI é obrigatório e se aplica às pessoas físicas e jurídicas que
buscam adquirir ou transferir imóveis. Apesar da obrigatoriedade, existem algumas
exceções e situações em que não será preciso contribuir com o imposto.
No geral, não precisa recolher o ITBI:
• Quem recebe o imóvel devido ao falecimento de alguém;
• Quando o vendedor do imóvel combina com o comprador que irá pagar o tributo,
é preciso ficar atento neste caso, pois nem sempre o acordado entre vendedor e
comprador ocorre.
• Em casos de contratos de alienação fiduciária. Neste tipo de contrato,
caracterizado por formalizar uma dívida entre credor e devedor, o Tribunal da
Justiça de São Paulo determinou o cancelamento da cobrança do ITBI.
Observação: os casos de não-incidência do tributo são destacados no Art. 156 da
Constituição Federal.

47

Cabe ao Município estabelecer o valor do ITBI, assim como quaisquer itens


relativos ao imposto;
O imposto não deverá ser recolhido pelo Município quando houver apenas a
garantia ou compromisso de compra e venda dos bens imóveis. Em outras palavras, o
ITBI não deve ser cobrado após um acordo informal da venda de imóvel, por exemplo;
Ele não incide sobre empreendimentos (pessoas jurídicas em geral) que:
Transferiram bens ou direitos após fusão, cisão, incorporação ou extinção de uma
pessoa jurídica;
Transferiram bens ou direitos a uma pessoa que realiza capital social.

10 CLASSIFICAÇÃO DOS IMPOSTOS

Diretos: São aqueles em que o valor econômico da obrigação tributária é


suportado exclusivamente pelo contribuinte sem que o ônus seja repassado para
terceiros. Os impostos diretos incidem sobre o patrimônio e a renda, e são considerados
tributos de responsabilidade pessoal. Exemplo: IRPF, IRPJ, IPTU, ITR, IPVA e etc.
Indiretos: São aqueles em que a carga financeira decorrente da obrigação
tributária é transferida para terceiros ficando sujeito passivo obrigado a recolher o
respectivo valor, mas o ônus fica transferido para outrem. Os impostos indiretos são
aqueles que incidem sobre a produção e a circulação de bens e serviços e são
repassados para o preço, pelo produtor, vendedor ou prestador de serviço. Exemplo: IPI,
ICMS, ISS, COFINS e etc.

48

11 REGIME TRIBUTARIO

Fonte:viasoft.com.br

Para fins tributários federais, a apuração dos impostos, no Brasil, pode ser feita
de três formas:

1. Lucro Real;
2. Lucro Presumido e
3. Simples Nacional (opção exclusiva para Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte).

11.1 Lucro Real

O lucro real é uma forma de apuração da alíquota de tributação para pagamento


do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o
Lucro Líquido (CSLL).
O valor do lucro real é o regime geral usado para calcular o valor da tributação das
empresas, ou seja, se a empresa não optar por outra forma de cálculo do imposto, o
regime tributário adotado será o lucro real. Este regime de cálculo é considerado o mais
complexo dos existentes no sistema tributário.
49

Base de cálculo
A base de cálculo do imposto, determinada segundo a lei vigente na data de
ocorrência do fato gerador, é o lucro real correspondente ao período de apuração.
Como regra geral, integram a base de cálculo todos os ganhos e rendimentos de
capital, qualquer que seja a denominação que lhes seja dada, independentemente da
natureza, da espécie ou da existência de título ou contrato escrito, bastando que
decorram de ato ou negócio que, pela sua finalidade, tenha os mesmos efeitos do previsto
na norma específica de incidência do imposto.
Quando se trata do regime de Lucro Real pode haver, inclusive, situações de
Prejuízo Fiscal, hipótese em que não haverá imposto de imposto de renda a pagar.
Olhando somente pelo lado do imposto de renda, para uma empresa que opera
com prejuízo, ou margem mínima de lucro, normalmente optar pelo regime de Lucro Real
é vantajoso. Porém, sempre é prudente que a análise seja estendida também para a
Contribuição Social sobre o Lucro e para as contribuições ao PIS e a COFINS, pois a
escolha do regime afeta todos estes tributos.

Período de Apuração
O imposto será determinado com base no lucro real por períodos de apuração
trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de
dezembro de cada ano-calendário.
No caso da apuração com base no lucro real, o contribuinte tem a opção de apurar
anualmente o imposto devido, devendo, entretanto, recolher mensalmente o imposto por
estimativa.
Nos casos de incorporação, fusão ou cisão, a apuração da base de cálculo e do
imposto devido será efetuada na data do evento.
Na extinção da pessoa jurídica, pelo encerramento da liquidação, a apuração da
base de cálculo e do imposto devido será efetuada na data desse evento.
Alíquotas e adicional

50

A pessoa jurídica, seja comercial ou civil o seu objeto, pagará o imposto à alíquota
de 15% (quinze por cento) sobre o lucro real, apurado de conformidade com o
Regulamento.
O disposto neste item aplica-se, inclusive, à pessoa jurídica que explore atividade
rural.

Adicional
A parcela do lucro real que exceder ao valor resultante da multiplicação de R$
20.000,00 (vinte mil reais) pelo número de meses do respectivo período de apuração,
sujeita-se à incidência de adicional de imposto à alíquota de 10% (dez por cento).
O adicional aplica-se, inclusive, nos casos de incorporação, fusão ou cisão e de
extinção da pessoa jurídica pelo encerramento da liquidação.
O disposto neste item aplica-se, igualmente, à pessoa jurídica que explore
atividade rural.
O adicional de que trata este item será pago juntamente com o imposto de renda
apurado pela aplicação da alíquota geral de 15%.
Pessoas Jurídicas Obrigadas ao Lucro Real. De acordo com a Instrução Normativa
RFB nº 1700, de 14 de março de 2017 Título X.
Da Tributação Com Base no Lucro Real e no Resultado Ajustado
CAPÍTULO I
Das Pessoas Jurídicas Obrigadas à Tributação com Base no Lucro Real e no
Resultado Ajustado
Art. 59. São obrigadas ao regime de tributação do IRPJ com base no lucro real as
pessoas jurídicas:
I - Cuja receita total no ano-calendário anterior tenha excedido o limite de R$
78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) ou de R$ 6.500.000,00 (seis milhões e
quinhentos mil reais) multiplicado pelo número de meses de atividade no período, quando
inferior a 12 (doze) meses;
II - Cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos,
bancos de desenvolvimento, agências de fomento, caixas econômicas, sociedades de
crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades
51

corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores


mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de
seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta;
III - Que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;
IV - Que, autorizadas pela legislação tributária, usufruem de benefícios fiscais
relativos à isenção ou redução do imposto;
V - Que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo
regime de estimativa, na forma prevista nos arts. 33 e 34;
VI - Que exploram as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços
de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos,
administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes
de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring); ou
VII - Que exploram as atividades de securitização de créditos imobiliários,
financeiros e do agronegócio.
§ 1º Considera-se receita total o somatório:
I- Da receita bruta mensal;
II - Dos ganhos líquidos obtidos em operações realizadas em bolsa de valores, de
mercadorias e futuros e em mercado de balcão organizado;
III - Dos rendimentos produzidos por aplicações financeiras de renda fixa e de
renda variável;
IV - Das demais receitas e ganhos de capital;
V - Das parcelas de receitas auferidas nas exportações às pessoas vinculadas ou
aos países com tributação favorecida que excederem o valor já apropriado na
escrituração da empresa, na forma prevista na Instrução Normativa RFB nº 1.312, de 28
de dezembro de 2012; e
VI - Dos juros sobre o capital próprio que não tenham sido contabilizados como
receita, conforme disposto no parágrafo único do art. 76.
§ 2º A obrigatoriedade a que se refere o inciso III do caput não se aplica à pessoa
jurídica que auferir receita de exportação de mercadorias e da prestação direta de
serviços no exterior.

52

§ 3º Para fins do disposto no § 2º, não se considera direta a prestação de serviços


realizada no exterior por intermédio de filiais, sucursais, agências, representações,
coligadas, controladas e outras unidades descentralizadas da pessoa jurídica que lhes
sejam assemelhadas.
§ 4º São obrigadas ao regime de tributação do IRPJ com base no lucro real as
pessoas jurídicas que exploram atividades de compra de direitos creditórios, ainda que
se destinem à formação de lastro de valores mobiliários.
Art. 60. Estarão sujeitas ao regime de tributação da CSLL sobre o resultado
ajustado as pessoas jurídicas que adotarem o regime de tributação do IRPJ com base no
lucro real.

11.2 Lucro Presumido

O Lucro Presumido é uma forma de tributação simplificada para determinação da


base de cálculo do Imposto de Renda - IRPJ, e da Contribuição Social Sobre o Lucro
Líquido - CSLL das pessoas jurídicas.
A sistemática é utilizada para presumir o lucro da pessoa jurídica a partir de sua
receita bruta e outras receitas sujeitas à tributação. Em termos gerais, trata-se de um
lucro fixado a partir de percentuais padrões aplicados sobre a Receita Operacional Bruta
- ROB. Sobre o referido resultado somam-se as outras receitas eventuais auferidas,
como receitas financeiras e alugueis. Assim, por não se tratar do lucro contábil efetivo,
mas uma mera aproximação fiscal, denomina-se de Lucro Presumido.

53

Exemplo:
Especificações: IRPJ CSLL
Receita Operacional Bruta com a venda de R$ 100.000 R$ 100.000
mercadorias
Percentual de lucro fixado fiscalmente 8% 12%
Lucro Presumido decorrente da ROB R$ 8.000 R$ 12.000
Outras Receitas a adicionar (integralmente):
- Receitas financeiras R$ 1.000 R$ 1.000
- Aluguel de imóvel (quando não for objeto R$ 1.500 R$ 1.500
social da empresa)
Lucro Presumido Total R$ 10.500 R$ 14.500

A base de cálculo da CSLL corresponde a: 12% da receita bruta nas atividades


comerciais, industriais, serviços hospitalares e de transporte e 32% para:
a) Prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares e transporte;
b) Intermediação de negócios;
c) Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de
qualquer natureza.
Para fins de determinação do IRPJ os percentuais são diversificados, conforme
tabela a seguir:

54

Espécies de atividades Percentuais sobre a receita


Revenda a varejo de combustíveis e gás natural 1,6%
• Venda de mercadorias ou produtos 8%
• Transporte de cargas
• Atividades imobiliárias
• Serviços hospitalares
• Atividade Rural
• Industrialização com materiais fornecidos pelo
encomendante
• Outras atividades não especificadas (exceto
prestação de serviços)
• Serviços de transporte (exceto o de cargas) 16%
• Serviços gerais com receita bruta até R$
120.000/ano
• Serviços profissionais (médicos, dentistas, 32%
advogados, contadores, auditores, engenheiros,
consultores, economistas, etc.)
• Intermediação de negócios
• Administração, locação ou cessão de bens
móveis/imóveis ou direitos
• Serviços de construção civil, quando a prestadora
não empregar materiais de sua propriedade nem se
responsabilizar pela execução da obra (ADN Cosit
6/97).
• Serviços em geral, para os quais não haja previsão
de percentual específico
No caso de exploração de atividades 1,6 a 32%
diversificadas, será aplicado sobre a receita bruta de
cada atividade o respectivo percentual

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Embora não seja um regime obrigatório, o Lucro Presumido é bastante difundido


devido a sua simplicidade e, principalmente, por questões de estratégia tributária, pois
pode representar economia tributária, sobretudo nas empresas altamente lucrativas.
Portanto, se não houver impedimento, pode ser uma boa ferramenta de planejamento
tributário.
A opção pelo regime de tributação com base no Lucro Presumido será manifestada
com o pagamento da primeira ou única quota do imposto devido correspondente ao
primeiro período de apuração de cada ano-calendário.
A saída do sistema de tributação pelo lucro presumido pode ocorrer anualmente
por opção ou, obrigatoriamente, quando a pessoa jurídica deixar de se enquadrar nas
condições para permanecer no sistema.
O imposto de renda devido, apurado trimestralmente, será pago em quota única,
até o último dia útil do mês subsequente ao do encerramento do período de apuração.
À opção da pessoa jurídica, o imposto devido poderá ser pago em até três quotas
mensais, iguais e sucessivas, vencíveis no último dia útil dos três meses subsequentes
ao de encerramento do período de apuração a que corresponder.

11.3 Simples Nacional

Fonte: blog.egestor.com.br
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A Lei Complementar nº 123/2006, instituiu novo tratamento tributário simplificado,


também conhecido como Simples Nacional ou Super Simples.
O Simples Nacional estabelece normas gerais relativas ao tratamento tributário
diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno
porte no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, mediante
regime único de arrecadação, inclusive obrigações acessórias.
Agendamento para 2018
O agendamento é um serviço que objetiva facilitar o processo de ingresso no
Simples Nacional, possibilitando ao contribuinte manifestar o seu interesse pela opção
para o ano subsequente, antecipando as verificações de pendências impeditivas ao
ingresso no Regime.
Assim, o contribuinte poderá dispor de mais tempo para regularizar as pendências
porventura identificadas.
Esta funcionalidade está disponível entre o dia 1º de novembro e o dia 28 de
dezembro de 2017 no Portal do Simples Nacional > Simples – Serviços > Opção >
“Agendamento da Solicitação de Opção pelo Simples Nacional”.
Não havendo pendências, a solicitação de opção para 2018 já estará confirmada.
No dia 01/01/2018, será gerado o registro da opção pelo Simples Nacional,
automaticamente.
Caso sejam identificadas pendências, o agendamento não será aceito. O
contribuinte poderá regularizar essas pendências e proceder a um novo agendamento,
até 28/12/2017.
Após este prazo, a empresa ainda poderá solicitar a opção pelo Simples Nacional
até 31 de janeiro de 2018, no Portal do Simples Nacional > Simples – Serviços > Opção
> “Solicitação de Opção pelo Simples Nacional”.
É possível realizar o cancelamento do agendamento da opção, no mesmo período
do agendamento, por meio de aplicativo disponibilizado no Portal do Simples Nacional.
Para as empresas que exercem as novas atividades autorizadas pela Lei
Complementar 155/2016 (produtores de cervejas, vinhos, destilados e licores), não será
possível realizar o agendamento. A solicitação de opção poderá ser feita em
janeiro/2018, até o último dia útil (31/01/2018). A opção, se deferida, retroagirá a
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01/01/2018. Não haverá agendamento para opção pelo SIMEI. Não haverá
agendamento para empresas em início de atividade.
Definição de Microempresa e de Empresa de Pequeno Porte:
Consideram-se microempresa ou empresas de pequeno porte, a sociedade
empresária, a sociedade simples e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei 10.406,
de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil Brasileiro), devidamente registrados no registro
de empresas mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso,
desde que dentro dos limites de receita bruta previstos na legislação.
VEDAÇÕES
Determinadas atividades ou formas societárias estão vedadas de adotar o Super
Simples - dentre essas vedações, destacam-se:
1) Pessoas jurídicas constituídas como cooperativas (exceto as de consumo);
2) Empresas cujo capital participe outra pessoa jurídica;
3) Pessoas jurídicas, cujo sócio ou titular seja, administrador ou equiparado de
outra pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o
limite de receita.
Ficaram fora da vedação ao regime, as empresas de serviços contábeis, que
poderão ser optantes pelo Simples Nacional.
RECOLHIMENTO ÚNICO
O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único
de arrecadação, do IRPJ, IPI, CSLL, COFINS, PIS, INSS, ICMS e ISS.
Entretanto, em alguns desses tributos há exceções, pois, o recolhimento será
realizado de forma distinta, conforme a atividade.
INSCRIÇÃO
Serão consideradas inscritas no Simples Nacional as microempresas e empresas
de pequeno porte regularmente optantes pelo Simples Federal (Lei 9.317/1996), salvo
as que estiverem impedidas de optar por alguma vedação imposta pelo novo regime do
Simples Nacional.
PARCELAMENTO DE DÉBITOS
Os débitos tributários poderão ser parcelados, dentro de condições específicas.

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12 POR DENTRO DA CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA

Fonte: abraseunegocio.com.br

A contabilidade tributária pode ser considerada de caráter interdisciplinar, o que


significa que ela envolve disciplinas diferentes. Tais como a Economia, o Direito, a
Administração, a Psicologia e a Sociologia e, evidentemente, a Contabilidade, as quais
aparecem da seguinte forma:
Economia: contribui com a contabilidade tributária ao oferecer recursos para
melhorar o desempenho das organizações em relação aos tributos, por exemplo. É dela
que a contabilidade tributária busca ferramentas para analisar aspectos. Tais como: o
impacto do tributo nas decisões dos agentes econômicos, a análise sobre como os
impostos afetam o comportamento do contribuinte, entre outros.
Direito: os aspectos legais, como a constitucionalidade de uma norma legal, a
legitimidade de uma exigência tributária, entre outros, norteia o trabalho de profissionais
contábeis na otimização do relacionamento da empresa com os tributos.
Administração: é preciso sempre ter atenção especial a questões como a gestão
e as finanças que envolvem questões tributárias. Neste sentido, a Administração oferece
ferramentas significativas.

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Psicologia e Sociologia: são ciências que funcionam como ferramentas auxiliares


para a melhor compreensão da abordagem econômica. Entretanto, não deixam de ter
grande importância. Isso porque o estudo do indivíduo e sua maneira de pensar e se
comportar são significativos para o tema.
A contabilidade tributária pode ser considerada um campo ou disciplina da
Contabilidade. Se dedica aos princípios, conceitos, técnicas, métodos e procedimentos
que podem ser aplicados à apuração dos tributos devidos pelas empresas. Seu objetivo
é encontrar alternativas para reduzir a carga tributária e cumprir as obrigações acessórias
exigidas pelo fisco.
A contabilidade tributária é a área de atuação do contador que se dedica à gestão
tributária das organizações. Por isso, representa importante espaço no mercado de
trabalho para esse profissional.

13 FUNÇÕES DO PROFISSIONAL TRIBUTARISTA

Fonte:planejus.com.br

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O contador que trabalha com os tributos exerce as seguintes funções:


Análise das atividades e operações das empresas com o intuito de identificar os
tributos devidos por elas. Uma das atribuições do profissional é verificar quais são os
tributos devidos por uma indústria, por exemplo. Neste caso, ele deve identificar alguns
dos impostos envolvidos nas atividades da organização, como o IPI, o IRPJ, a CSLL,
entre outros. Da mesma forma, se a corporação também atua na prestação de serviços,
como instalação ou manutenção, é possível saber que o ISSQN também estará envolvido
nas atividades.
Outra função importante que esse profissional realiza é identificar a legislação
aplicável a cada caso e necessidade das empresas. Portanto, ele precisa compreender
tudo o que está envolvido em termos legais com os tributos devidos.
Uma vez que a legislação foi identificada, é preciso analisá-la e interpretá-la. Ou
seja, conhecendo os termos que regulam o IPI, por exemplo, o profissional precisará
avaliar diferentes desdobramentos desses termos. Além de saber quais operações
podem conceder direito ao crédito, ou então em quais hipóteses existirá a isenção ou
imunidade para a companhia, entre outros.
Existe também o trabalho de orientação e assessoramento interno aos
departamentos da empresa. Estes podem solicitar diferentes tipos de questões ao
departamento de gestão tributária. Cabe ao contador tributarista prestar os devidos
esclarecimentos até mesmo para que a equipe funcione em sincronia.
Outra importante função é estabelecer as rotinas de apuração e de cumprimento
das obrigações tributárias. Neste aspecto, o profissional tributarista precisa estruturar o
departamento e dividir as tarefas. Além de criar meios para fazer com que todos os
objetivos sejam alcançados por meio do gerenciamento eficaz dos recursos humanos e
dos materiais disponíveis.
Também existe a necessidade de identificar alternativas lícitas para reduzir o ônus
tributário a partir do desenvolvimento do planejamento tributário.
Por fim, cabe a este profissional fazer a representação do contribuinte junto aos
órgãos fiscais competentes. Executando o trabalho de requerimentos administrativos,
consultas, impugnações, entre outros.

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14 O PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

Fonte: chavesadvocacia.com.br

É inevitável falar do planejamento tributário quando o assunto é contabilidade


tributária. Ele é de fundamental importância para a existência de uma gestão de tributos
eficiente. Com ele, é possível definir estratégias que possibilitem o gerenciamento de
assuntos relacionados a tributos. Sejam obrigações principais ou acessórias na relação
entre o contribuinte e o fisco.
Para um planejamento tributário eficiente, existem dois conceitos extremamente
importantes:
Elisão fiscal: ocorre quando o contribuinte, seja pessoa física ou jurídica, utiliza
de meios que a lei permite para diminuir a carga tributária, sempre respeitando o
ordenamento jurídico.
Evasão fiscal: ocorre quando, de forma consciente, o contribuinte realiza
determinada ação que diminui o pagamento de tributos de forma ilícita, ou seja, sem
legalidade.
A contabilidade tributária é a base de um planejamento tributário. Encontrar
alternativas legais para reduzir a carga tributária de uma empresa, além de acompanhar
com atenção as legislações, bem como o controle dos relatórios contábeis, é
simplesmente imprescindível para a maximização dos lucros e a manutenção do negócio.

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Somente com uma boa contabilidade tributária é possível estruturar uma empresa
de modo a fazer com que sua gestão de tributos seja eficiente. Desde a escolha do
regime tributário mais adequado até o estabelecimento de normas e padrões para o dia
a dia, capazes de influenciar nos gastos de maneira lícita. Sem correr riscos ou sonegar
impostos.

14.1 Aplicações de contabilidade tributária

Assim, a definição do regime tributário mais adequado pode ser um bom exemplo
de aplicação da contabilidade tributária. Mediante um estudo aprofundado de suas
características e faturamento, observado os limites da lei, seu gestor pode optar pelo
Lucro Presumido em vez do Lucro Real. Isso reflete um bom planejamento tributário que
foi feito em consequência da contabilidade tributária bem-feita. O que gera uma situação
capaz de render uma excelente economia de impostos para a organização.

15 A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO PARA O SETOR


EMPRESARIAL

Fonte: brasaosistemas.com.br

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O planejamento tributário, antes visto como um instituto complexo e encarado com


receio pelos empresários brasileiros, tem atraído cada vez mais o interesse das
empresas, em razão da elevada carga tributária que assola a produção e o consumo de
bens e serviços em nosso país.
Dados divulgados por órgãos como o IBGE mostraram que a carga tributária, em
2008, atingiu o percentual aproximado de 36% (trinta e seis por cento) do PIB (produto
interno bruto) brasileiro, numa época em que a crise financeira mundial trouxe prejuízos
incalculáveis para o setor empresarial.
Fato é que, com uma máquina administrativa cada vez mais inchada e burocrática
como a brasileira, agravada ainda pelo desvio e má utilização dos recursos públicos, a
elevação da carga tributária se mostra como uma tendência permanente, visando garantir
a continuidade das atividades estatais.
O planejamento tributário se apresenta, portanto, como o meio viável e lícito (legal)
para permitir a redução da carga tributária das empresas, garantindo, assim, uma maior
competitividade e, por via de consequência, a sua sobrevivência. O planejamento
tributário é tão importante para a empresa como o processo de capacitação de seus
empregados, o planejamento logístico, o desenvolvimento de novos produtos e serviços,
modernização tecnológica e etc., portanto, a análise da realidade tributária da empresa e
a redefinição do seu posicionamento, por meio do desenvolvimento do chamado
planejamento tributário, pode lhe permitir uma grande economia financeira, capaz de dar
fôlego e impulsionar as suas atividades.
Cabe lembrar que é no começo de cada ano ou exercício fiscal que as empresas
têm uma preocupação a mais, qual seja, definir o regime de tributação mais adequado
para a sua atividade durante todo o ano calendário (Lucro Real ou Lucro Presumido),
além da adoção de outras providências e cautelas que poderão implicar numa
significativa economia tributária.
Não existe, porém, uma fórmula matemática e imutável para o planejamento
tributário, que permita às empresas preenchê-la com os seus dados reais e obter o
resultado correto (o caminho a ser seguido para obter a economia tributária), como se faz
com um programa de computador. Isto quer dizer que a melhor escolha para a prática de
um ato ou negócio jurídico por parte da empresa dependerá da análise concreta e
64

individualizada das suas características, de sua situação contábil e financeira, bem como
do conhecimento da legislação, principalmente a tributária.
Assim a escolha por um regime ou outro de tributação (Lucro Real ou Lucro
Presumido) bem como a prática de qualquer ato ou negócio jurídico pelas empresas não
é tão simples, podendo lhes gerar consequências positivas ou negativas, sob a ótica
tributária, durante um longo período.
Nesse sentido, vale ressaltar, inicialmente, que nem toda pessoa jurídica pode
adotar o regime do Lucro Presumido para apuração do IRPJ (Imposto de Renda Pessoa
Jurídica) e da CSLL (Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido). Determinadas
empresas estão obrigadas à adoção do Lucro Real, nos termos do artigo 14 da Lei
9.718/98 (clique aqui), ainda que o Lucro Presumido lhe traga maior economia tributária.
Outro ponto a ser considerado é que, no regime do Lucro Real, o IRPJ e a CSLL
são calculados sobre o lucro contábil/líquido apurado pela empresa, ajustado pelas
adições e exclusões permitidas pela legislação tributária, ou seja, a base de cálculo para
incidência daqueles tributos é o lucro real (verdadeiro) obtido pela empresa. Daí a
conclusão de que se a empresa apura prejuízo contábil no respectivo período de
apuração, não estará sujeita ao pagamento do IRPJ e da CSLL, pois não há a
disponibilidade econômica ou jurídica da renda que constitui o fato gerador desses
tributos.
Já no Lucro Presumido, a base de cálculo para incidência do IRPJ e da CSLL é
encontrada a partir da aplicação de percentuais (artigos 15 e 22 da Lei 9.249/95 - clique
aqui) sobre a receita bruta auferida pela empresa, gerando a presunção de que esse
valor apurado corresponde ao lucro passível de tributação. Sobre a base presumida são
aplicadas as alíquotas do IRPJ e da CSLL.
Desta forma, ao contrário do que ocorre no Lucro Real, o que importará para fins
de tributação pelo IRPJ e pela CSLL no Lucro Presumido é o recebimento de receitas no
caixa da empresa, pouco importando se ela apresenta lucratividade ou não. Em outras
palavras, ainda que a empresa apresente prejuízo fiscal, deverá pagar o IRPJ e a CSLL
caso tenha auferido receitas no respectivo período de apuração, que é trimestral no Lucro
Presumido.

65

Não basta, todavia, que a empresa avalie isoladamente o custo ou economia que
a escolha por um ou outro regime lhe representará, a título de pagamento de IRPJ e
CSLL, pois a opção pelo Lucro Real ou Lucro Presumido impactará, também, na forma
de apuração e recolhimento do PIS/PASEP e da COFINS. E vale lembrar que essas
contribuições sociais representam um grande ônus para as pessoas jurídicas, pois
incidem diretamente sobre suas receitas ou faturamento.
Nesse norte, a opção pelo Lucro Real determinará a apuração e recolhimento do
PIS/PASEP e da COFINS pela sistemática não-cumulativa, que, apesar de possibilitar o
abatimento de certos créditos autorizados pela Lei (Lei 10.637/02 - clique aqui e
10.833/03 - clique aqui) com o valor do tributo a pagar, estabeleceu alíquotas maiores
para as contribuições (1,65% para o PIS/PASEP e 7,6% para a COFINS). E apesar da
possibilidade de creditamento de certos insumos, bens e serviços adquiridos, a
sistemática não-cumulativa implicou no aumento da carga tributária para as empresas
prestadoras de serviços, pois seu principal insumo, qual seja, a mão-de-obra, não gera
direito a crédito.
Já os contribuintes que optarem pelo Lucro Presumido deverão apurar o
PIS/PASEP e a COFINS pela sistemática cumulativa, que, apesar de não possibilitar o
abatimento de créditos com o valor do tributo a pagar, instituiu alíquotas menores para
as contribuições (0,65% para o PIS/PASEP e 3% para a COFINS).
Diante do exposto, para que a empresa faça a opção correta pelo regime de
tributação que lhe será mais favorável, faz-se necessária a análise minuciosa da sua
contabilidade e das atividades que desenvolve, visando determinar o percentual de sua
lucratividade em relação ao total das receitas auferidas, bem como os bens, insumos e
serviços que lhe dão direito a crédito de PIS/PASEP e COFINS. E vale lembrar que a
opção por um dos regimes é feita com o primeiro recolhimento do imposto, que
determinará a adoção do regime por todo o ano-calendário.
Por fim, é importante destacar que cada um desses regimes de tributação permite
a adoção de uma série de medidas pelas empresas, muitas delas exclusivamente
contábeis e sempre lícitas, que possibilitam reduzir, ainda mais, a pesada carga tributária
brasileira. A título de exemplo, é possível que uma empresa promova a segregação de
suas atividades e respectivas receitas, considerando a lucratividade de cada uma delas,
66

de modo a adotar o Lucro Presumido para aquela que apresentar elevado percentual de
lucro e o Lucro Real para aquela que apresentar prejuízo.

16 A IMPORTÂNCIA DA ESCOLHA DO REGIME PARA RECOLHIMENTO DO IRPJ E


CSLL

Os regimes tributários atuais mais usados são o Simples Nacional, o Lucro


Presumido e o Lucro Real, e a apuração e recolhimento do IRPJ e CSLL vai ser diferente
dependendo de cada regime de apuração adotado.
No Lucro Presumido e no Lucro Real, o recolhimento Imposto de Renda e a CSLL
são mais flexíveis do que o Simples Nacional com relação a prazos, pois os prazos para
recolhimento do IRPJ e CSLL para uma empresa tributada no Lucro Presumido, é no final
de cada trimestre, mas o pagamento destes valores pode ser antecipado e pago
mensalmente, no final do trimestre, ou postergado em até 3 cotas após o trimestre da
competência apurada, sendo que as cotas não podem ter valor inferior a R$ 1.000,00
cada para que possam ser parceladas.

Fonte: brasaosistemas.com.br

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Importante ressaltar que caso o imposto seja recolhido em cotas, como o


pagamento se dará em data posterior a do original vencimento da guia, no caso da
segunda e terceira cota, elas estarão acrescidas da taxa Selic, acumulada mensalmente.
Com relação a prescrição de decadência destes impostos, mesmo que seja feito
o pagamento antecipado, as datas são contadas pela ocorrência do fato gerador dos
impostos, sendo considerado o primeiro dia do exercício seguinte aquele em que o
lançamento poderia ser sido efetuado.
Já a tributação pelo Lucro Real dá a possibilidade de o contribuinte apurar
anualmente o imposto, devendo recolhe-lo mensalmente por estimativa ou fazer o
recolhimento trimestral, onde com base no resultado apurado em cada trimestre se
recolherá o IRPJ e CSLL.
Como cada empresa tem suas próprias características, é sempre interessante
estar avaliando a melhor forma de tributação e pagamento dos impostos, quando a
legislação possibilita este tipo de escolha. É importante essa análise, pois este tipo de
decisão pode influenciar a saúde financeira de empresa positivamente ou negativamente.
Em casos em que as empresas apresentam alta ou baixa lucratividade escolher
entre o Lucro Presumido e o Real fará bastante diferença na hora de pagar o IRPJ e a
CSLL, pois a tributação do IRPJ e da CSLL pelo Lucro Real por exemplo, é vantajosa
para empresas que não tenham, ou tenham uma baixa margem de lucratividade, pois
além de ser tributadas com base no Lucro fiscal Real da empresa, ainda existe a
possibilidade de uso da compensação pelos prejuízos acumulados.
Já para empresas que não podem optar pelo Simples Nacional e tem alta margem
de lucratividade, normalmente torna-se mais interessante escolher o Lucro Presumido,
pois no lucro é presumido por percentuais fixados em lei, então se a margem de lucro for
superior à prevista em lei a empresa estará com uma vantagem tributária.
Veja que em média 33% do faturamento das empresas é voltado para o
pagamento dos tributos, e a carga do IRPJ e CSLL seja no Lucro Presumido ou Real são
as mais pesadas. Portanto é muito importante ter como hábito rever esse planejamento
para opção de regime tributário do IRPJ e CSLL e a forma de seu pagamento.

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17 REFERÊNCIAS

AMARO, Luciano. Direito tributário brasileiro. 17ª. ed. São Paulo: Saraiva, 2011, p.134

URBANO ERMOLI, Arthur. Princípios constitucionais tributários. Direitonet, [S. l.], p. 1-9,
18 nov. 2014. Disponível em: https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/8808/Principios-
constitucionais-tributarios. Acesso em: 30 out. 2019.

CARNEIRO, Claudio. Impostos Federais, Estaduais e Municipais. 5ª. ed. atual. e aum.
São Paulo: Saraiva, 2015.

LEAL, Marcello. Conceito de planejamento tributário: elisão, evasão e elusão fiscal. 2014
Disponível em: <http://marcelloleal.jusbrasil.com.br/artigos/113726054/conceito-de-
planejamento-tributario- elisao-evasao-e-elusao-fiscal>. Acesso: 31/10/2019.

MORAES, William. Competência tributária: Conceito e características. ITCD -


Informações Gerais, [S. l.], p. 1-11, 1 maio 2016. Disponível em: https://jus.com.br/artigos.
Acesso em: 14 nov. 2019.

NETO, José Batista Maciel. A importância da contabilidade na gestão tributária das


empresas com foco no planejamento tributário.(2010) Disponível em: http://www.crc-
ce.org.br/crcnovo/files/planejamento_tributario.pdf. Acesso: 31/10/2019.

SIQUEIRA, Eurípedes Bastos; CURY, Lacordaire Kemel Pimenta; GOMES, Thiago


Simôes. Planejamento tributário. Artigo publicado na Revista CEPPG – Nº 25 – 2/2011 –
ISSN 1517-8471

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18 BIBLIOGRAFIA

LUZ, Érico Eleuterio - Contabilidade tributária - 2ª edição, Editora Intersaberes ISBN:


9788544300275
FABRETTI, Laudio Camargo. Contabilidade Tributária. 13. ed. atual. [S. l.]: Editora Atlas
S.A., 2013. 392 p. ISBN 9788522478644.
PÊGAS, Paulo Henrique. Manual de contabilidade tributária. 4. ed. [S. l.]: Freitas Bastos,
2006. 775 p. ISBN 9788535303391.

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