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Curso básico de operação de osciloscópio

O osciloscópio é um dos instrumentos mais versáteis usados na eletrônica. Com ele podemos verificar um sinal
elétrico e suas variações no tempo. O osciloscópio mostra o gráfico da tensão em função do tempo. O eixo
horizontal (eixo “X”) é o eixo dos tempos ou base de tempo, o eixo vertical (eixo “Y”) é o eixo das amplitudes dos
sinais ou tensão de base.
O elemento básico de um osciloscópio é o tubo de raios catódicos (CRT), cuja superfície interna é impregnada de
uma substância fosforescente que emite luz quando bombardeada por um feixe de elétrons. Esse feixe move-se
na tela sob a ação dos campos elétricos atuantes nas placas de deflexão horizontal e vertical, que estão no
interior do tubo. Cabe aqui lembrar que os princípios que fazem funcionar um osciloscópio não são só usados em
eletrônica, mas também em instrumentos de outras áreas, por exemplo: química, física, medicina, mecânica.
Também é importante lembrar que a leitura desta apostila será mais útil para alguém que esteja vendo um
osciloscópio. Outra consideração é que muitas vezes o nome dos ajustes e funções estão escritos no idioma
inglês.

O que é um osciloscópio?
O osciloscópio é basicamente um dispositivo de visualização gráfica que mostra sem as variáveis elétricas de
tempo. O eixo vertical, a partir de agora denominado eixo Y, representa a tensão; enquanto que o eixo horizontal,
denominado eixo X, representa o tempo.

O que podemos fazer com um osciloscópio?


Basicamente:
• Determinar diretamente o período e a tensão de um sinal.
• Determinar indiretamente a freqüência de um sinal.
• Determinar que parte do sinal é DC e qual AC.
• Localizar avarias em um circuito.
• Medir a fase entre dois sinais.
• Determinar que parte do sinal é ruído e como varia este em função do tempo.
Os osciloscópios são os instrumentos mais versáteis que existem, e sua utilização engloba desde reparos em
aparelhos televisores até alguns dos mais avançados aparelhos médicos, por exemplo. Um osciloscópio pode
medir um grande número de fenômenos, provisto do transdutor adequado (um elemento que converte uma
magnitude física em sinal elétrico) será capaz de nos dar o valor de uma pressão, ritmo cardíaco, etc.

Que tipos de osciloscópios existem?


Os equipamentos eletrônicos se dividem em dois tipos: Analógicos e Digitais. Os primeiros trabalham com
variáveis contínuas enquanto que os segundos trabalham com variáveis discretas. Por exemplo, um toca-disco é
um equipamento analógico e um Compact Disc é um equipamento digital.
Os osciloscópios também podem ser analógicos ou digitais. Os primeiros trabalham diretamente com o sinal
aplicado, este, uma vez amplificado, desvia um feixe de elétrons em sentido vertical proporcionalmente ao seu
valor. Ao contrário, os osciloscópios digitais utilizam previamente um conversor analógico-digital (A/D) para
armazenar digitalmente o sinal de entrada, reconstruindo posteriormente esta informação na tela.
Ambos os tipos tem suas vantagens e inconvenientes. Os analógicos são preferíveis quando é prioritário visualizar
variações rápidas de em sinal de entrada em tempo real. Os osciloscópios digitais são utilizados quando se deseja
visualizar e estudar eventos nos respectivos (picos de tensão que se produzem aleatoriamente).

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Que controles possui um osciloscópio típico?
A primeira vista um osciloscópio se parece a uma pequena televisão portátil, menos a rótula que ocupa a tela e
maior número de controles que possui.
Na seguinte figura representam-se estes controles distribuídos em cinco sessões:

** Vertical. ** Horizontal. ** Disparo. ** Controle de visualização ** Conectores.

Como funciona um osciloscópio?


Para entender o funcionamento dos controles que possuem um osciloscópio é necessário deter-se um pouco nos
processos internos levados a cabo por este aparato. Começaremos pelo tipo analógico, este por ser mais simples.

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Osciloscópios analógicos:

Quando se conecta a ponta (sonda) a um circuito, o sinal atravessa esta última e se dirige a sessão vertical.
Dependendo de onde situamos o comando do amplificador vertical atenuaremos o sinal onde o amplificaremos.
Na saída deste bloqueio onde se dispõe do sinal suficiente para atacar as placas de deflexão verticais (que
naturalmente estão em posição horizontal).
Para cima a tensão é positiva com respectivo ponto de referência (GND) e para baixo este sinal é negativo.
O sinal também atravessa a sessão de disparo para desta forma iniciar a barra horizontal (está é o encarregado
de mover o feixe de elétrons desde a parte esquerda da tela até a parte direita em um determinado tempo). O
Traçado (recorrido da esquerda pra direita) é obtido aplicando a parte ascendente de um dente de serra às placas
de deflexão horizontal (elas que estão em posição vertical), e pode ser regulada em tempo atuando sobre
comando TIME-BASE. O retraçado (recorrido da direita pra esquerda) se realiza de forma muito mais rápida com a
parte descendente do mesmo dente de serra.
Desta forma a ação combinada do traçado horizontal e da deflexão vertical traça o gráfico do sinal na tela. A
sessão de disparo é necessária para estabilizar os sinais repetitivos (se assegura que o traçado comece no
mesmo ponto do sinal repetitivo).
Na seguinte figura pode-se observar o mesmo sinal em três ajustes de disparo diferentes: no primeiro disparo em
curso ascendente, no segundo sem disparo e no terceiro disparo em curso descendente.

Como conclusão, para utilizar, de forma correta um osciloscópio analógico, necessitamos realizar três ajustes
básicos:
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• A atenuação da amplificação que necessita o sinal:
Utilizar o comando AMPL. Para ajustar a amplitude do sinal antes que seja aplicada às placas de deflexão
vertical. É conveniente que o sinal ocupe uma parte importante da tela sem sobrepassar o limite.
• A base de tempo:
Utilizar o comando TIMEBASE para ajustar o que representa em tempo uma divisão em horizontal da tela.
Para sinais repetitivos é conveniente que na tela possam se observar aproximadamente um par de ciclos.
• Disparo do sinal:
Utilizar os comandos TRIGGER LEVEL (nivel de disparo) e TRIGGER SELECTOR (tipo de disparo) para
estabilizar o melhor possível, os sinais repetitivos.
Também deve-se ajustar os controles que afetam a visualização:
• FOCUS (enfoque);
• INTENS. (intensidade) nunca excessiva;
• Y-POS (posição vertical do feixe);
• X-POS (posição horizontal do feixe).

Osciloscópios digitais
Os osciloscópios digitais possuem além das sessões explicadas anteriormente um sistema adicional de processo
de dados que permite armazenar e visualizar o sinal.

Quando se conecta a ponta de um osciloscópio digital a um circuito, a sessão vertical ajusta a amplitude do sinal
da mesma forma que fazia o osciloscópio analógico.
O conversor analógico-digital do sistema de aquisição de dados mostra o sinal em intervalos de tempo
determinados e converte o sinal e tensão continua em uma série de valores digitais chamados amostras. Na
sessão horizontal um sinal de clock determina quando o conversor A/D toma uma amostra. A velocidade deste
clock se denomina velocidade de amostragem e se mede em amostras por segundo.

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Os valores digitais amostrados se armazenam em uma memória como pontos de sinal. O número dos pontos do
sinal utilizados para reconstruir o sinal na tela se denomina registro. A sessão de disparo determina o começo e o
final dos pontos de sinal no registro. A sessão de visualização recebe estes pontos do registro, uma vez
armazenados na memória, apresenta-se na tela o sinal.
Dependendo das capacidades do osciloscópio se podem ter processos adicionáveis sobre os pontos amostrados,
incluso se pode dispor de um pré-disparo, para observar processos que tenham lugar antes do disparo.
Fundamentalmente, um osciloscópio digital funciona de una forma similar ao analógico, para poder tomar as
medidas se necessita ajustar o comando AMPL, o comando TIMEBASE assim como os comandos que intervém
no disparo.

Métodos de amostragem
Se trata de explicar como se ajustam os osciloscópios digitais para reunir os pontos de amostragem. Para sinais
de lenta variação, os osciloscópios digitais podem perfeitamente reunir mais pontos necessários para reconstruir
posteriormente o sinal na tel. Para sinais rápidos (por serem rápidos, dependerão da máxima velocidade de
amostragem de nosso aparelho) o osciloscópio não pode recolher amostras suficientes e deve recorrer a uma
destas técnicas:
• Interpolação: Estimar um ponto intermediário do sinal baseando-se no ponto anterior e posterior.
• Amostragem em tempo equivalente: Se o sinal é repetitivo é possível amostrar durante quantos ciclos em
diferentes partes do sinal para depois reconstruir o sinal completo.
• Amostragem em tempo real com Interpolação: O método standard de amostragem nos osciloscópios
digitais é a amostragem em tempo real: o osciloscópio reúne os suficientes pontos para reconstruir o
sinal. Para sinais não repetitivos, a parte transitória de um sinal é o único método válido de amostragem.
Os osciloscópios utilizam a interpolação para poder visualizar sinais que são mais rápidos que sua velocidade de
amostragem.
Existem basicamente dois tipos de interpolação:
• Linear: Simplesmente conecta os pontos amostrados com linhas.
• Senoidal: Conecta os pontos amostrados com curvas seguindo um processo matemático. Desta forma os
pontos intermediários se calculam para preencher os espaços entre pontos reais de amostragem. Usando
este processo é possível visualizar sinais com grande precisão dispondo de relativamente poucos pontos
de amostragem.

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Amostragem em tempo equivalente
Alguns osciloscópios digitais utilizam este tipo de amostragem. Trata-se de reconstruir um sinal repetitivo
capturando uma pequena parte de sinal em cada ciclo.
Existem dois tipos básicos:
• Amostragem seqüencial:
Os pontos aparecem da esquerda para a direita em seqüência para conformar o sinal.
• Amostragem aleatória:
Os pontos aparecem aleatoriamente para formar o sinal.

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Terminologia técnica
Ao estudar um novo tema, implica conhecer terminologia técnica totalmente nova para muitos. Este capítulo se
dedica a explicar os termos mais utilizados em relação ao estudo dos osciloscópios.

Termos utilizados ao medir


Existe um termo geral para descrever um padrão que se repete em um tempo: ONDA. Existem ondas de som,
ondas oceânicas, ondas cerebrais, ondas de rádio e, por exemplo, ondas de tensão.

Um osciloscópio mede estas ondas, no caso ondas elétricas. Esta onda tem um tempo de duração. Este tempo
chama-se CICLO. Um ciclo é a mínima parte da onda que se repete no tempo.

Uma FORMA DE ONDA é a representação gráfica, lida pelo osciloscópio, de uma onda. Uma forma de onda de
tensão sempre se apresentará com o tempo no eixo horizontal (X) e a amplitude no eixo vertical (Y).

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Tipos de ondas
Pode-se classificar as formas de ondas nos quatro tipos seguintes:
• Ondas senóidais;
• Ondas quadradas e retangulares;
• Ondas triangulares e dente de serra;
• Pulsos ou escalas.

Ondas senóidais
São as ondas fundamentais pelas seguintes razões: Possuem propriedades matemáticas muito interessantes, por
exemplo, com combinações de sinais senóidais de diferentes amplitudes e freqüência se pode reconstruir
qualquer forma de onda.
O sinal que se obtém das medidas de corrente de qualquer residência tem esta forma, os sinais de teste
produzidos pelos circuitos osciladores de um gerador de sinal são também senóides, sendo a maioria das fontes
de potência em AC (corrente alternada) produzem sinais senóidais.
O sinal senoidal moderado é um caso especial deste tipo de ondas e se produz em fenômenos de oscilação, que
não se mantém constante em função do tempo.
Na linha automotiva encontraremos ondas senóidais, nos seguintes componentes (sensores indutivos):
- Sensores de rotação e PMS;
- Sensores de fase de motor;
- Sensores de detonação;
- Sensores de velocidade do veiculo, etc.

Típica onda senoidal

Ondas quadradas e retangulares


As ondas quadradas são basicamente ondas que passam de um estado para outro de tensão, a intervalos
regulares, em um tempo muito reduzido. São utilizadas usualmente para testar amplificadores. A televisão, o rádio
e os computadores utilizam muito este tipo de sinais, fundamentalmente como relógios e temporizadores.
As ondas retangulares se diferenciam das quadradas por terem intervalos de tempo iguais, mantendo o nível de
tensão baixo ou alto. São particularmente importantes para analisar circuitos digitais.
Na linha automotiva encontraremos ondas quadradas, nos seguintes componentes (sensores por efeito hall ou
capacitivos):
- Sensores de pressão absoluta;
- Sensores de rotação e PMS;
- Sensores de fase de motor;
- Sensores de posição;
- Sensores de velocidade do veiculo, etc.

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Típica onda quadrada

Ondas triangulares e dente de serra


Produz-se em circuitos desenhados para controlar tensões lineares. As transições entre o nível mínimo e máximo
do sinal mudam em um ritmo constante. Estas transições se denominam RAMPAS.
A onda dente de serra é um caso especial de sinal triangular com uma rampa descendente de muito mais
inclinada que a rampa ascendente.
Este tipo de onda é mais usado em circuitos específicos de controle de vídeo, sendo de pouco ou quase nenhum
uso na linha automotiva.

Típica onda triangular

Pulsos ou escalas
Sinais, como os pulsos, que só se apresentam uma só vez, se denominam sinais transitórios. Uma escala indica
uma mudança repentina na tensão, por exemplo, quando se conecta um interruptor de alimentação. Geralmente o
pulso representa um bit de informação atravessando um circuito de um computador digital ou também um
pequeno defeito em circuito (por exemplo, um falso contato momentâneo). É comum encontrar sinais deste tipo
em computadores, equipamentos de raios X e de comunicação.
Na linha automotiva, vamos encontrar este sinal em:
- Rede de comunicação (CAN)
- Estágios de controle de ignição e injeção;
- Sinal de velocidade e rotação para painel de instrumentos, etc.

Típico sinal de pulso

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Medidas nas formas de onda
Nesta sessão descreveremos as medidas mais usuais para explicaremos uma forma de onda.

• Período e Freqüência
Se um sinal se repete em um intervalo de tempo, possui uma freqüência (f). A freqüência se mede em Hertz (Hz) e
é igual ao número de vezes que o sinal se repete em um segundo, sendo assim, 1Hz equivale a 1 ciclo por
segundo.
Um sinal repetitivo também possui outro parâmetro: o período, definindo-se como o tempo que o sinal demora a
completar um ciclo.
Período e freqüência são recíprocos um do outro:

• Tensão
Tensão é a diferença de potencial elétrico entre os pontos de um circuito. Normalmente um dos pontos deve ser
massa (GND, 0v), por exemplo, se pode medir tensão pico a pico de um sinal (Vpp) como a diferença entre o valor
máximo e mínimo desta. A palavra AMPLITUDE significa geralmente a diferença entre o valor máximo de um sinal
e a massa.

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• Fase
A fase pode ser explicada muito melhor se considerarmos a forma de onda senoidal. A onda senoidal pode extrair
da circulação de um ponto sobre um círculo de 360º.

Quando se comparam dois sinais senóidais de mesma freqüência pode ocorrer que ambas não estejam em fase,
ou seja, que não coincidam em tempo. Neste caso, diz-se que ambas senóidais estão defasadas, sendo o tempo
de atraso entre um sinal e outro.

• Tempo de subida
É o tempo necessário para o sinal ir de 10% a 98% do seu valor. É um parâmetro muito importante quando se
deseja medir com facilidade um pulso. Um osciloscópio não pode visualizar pulsos com tempos de subida mais
rápidos que o seu próprio tempo.

• Sensibilidade vertical
Indica a facilidade do osciloscópio para amplificar sinais debilitados. Pode-se ser medido em mV por divisão
vertical, normalmente na ordem de 5 mV/div.

• Velocidade de amostragem
Nos osciloscópios digitais indica quantas amostras por segundo é capaz de tomar o sistema de aquisição de
dados (especificamente o conversor A/D). Em outro extremo da escala, também se necessita deste parâmetro
(velocidade de amostragem) para poder observar sinais de variação lenta. Geralmente a velocidade de
amostragem muda ao atuar sobre o comando TIMEBASE para manter constante o número de pontos que se
armazenam para representar a forma de onda.

• Longitude de registro
Indica quantos pontos se memorizam num registro para reconstrução da forma de onda. Alguns osciloscópios
permitem variar, dentro de certos limites, este parâmetro. A máxima longitude de registro depende do tamanho da
memória de que disponibilizamos no osciloscópio. Uma longitude de registro grande permite realizar um zoom
sobre detalhes na forma de onda de forma muito rápida.

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Controles de um osciloscópio:
Observação: Dependendo do modelo, marca e qualidade do osciloscópio, o mesmo poderá ter mais ou menos
controles. O exposto aqui pretende apenas mostrar alguns dos controles mais comuns deste instrumento.

• Chave liga-desliga (POWER): liga e desliga o aparelho.


• Chave seletora (CH SELECT): na posição CA, é ligado internamente um capacitor para bloquear qualquer
componente CC. Na posição CC, podemos determinar o nível da tensão contínua sob teste. Na posição
terra, a entrada vertical é aterrada para que seja possível o ajuste correto da posição do feixe no centro da
tela.
• Entrada vertical (IN): é onde conectaremos o sinal a ser medido.
• Seletor de amplitude vertical (VARIABLE V/DIV): Controle escalonado de ajuste do ganho do amplificador
vertical e, conseqüentemente, a amplitude do sinal na tela em v/cm ou volts por divisão.
• Seletor de base de tempo (TIME/DIV): Controla o tempo de varredura horizontal, através de um ajuste
escalonado. Geralmente vem acompanhado de um ajuste fino.
• Posição vertical (POSITION Y): controle de ajuste do sinal com relação ao deslocamento do feixe no eixo
y da tela.
• Posição horizontal (POSITION X): controle de ajuste do sinal com relação ao deslocamento do feixe no
eixo x da tela.
• Astigmatismo (ASTIGMATISM): permite focalizar corretamente o feixe eletrônico, trabalhando como
complemento do controle de foco.
• Foco (FOCUS): controle, em conjunto com o astigmatismo, usado para focalizar o sinal na tela, mediante
o ajuste de convergência do feixe. Com estes ajustes impede-se que o sinal apareça borrado na tela.
• Intensidade (INTEN): permite variar o brilho do sinal. Deve ser utilizado em uma posição que possibilite
uma boa visualização da imagem sem, no entanto, permitir que o feixe incida de uma forma excessiva na
tela, desgastando assim a substância fosforescente que a cobre.
• Variação do sinal horizontal (VARIABLE H): mediante este controle podemos variar o ganho do sinal
aplicado à entrada horizontal. Esta entrada é, geralmente, usada quando trabalhamos com um outro
instrumento chamado de gerador de varredura ou SWEEP.
• Entrada horizontal (IN H): permite a entrada de sinais para que possamos usar o osciloscópio como
traçador de curvas, com sweep ou geradores de varredura.
• Controle automático de sincronismo (AUTO): se o sinal de entrada tem uma forma de onda periódica,
cada ciclo do mesmo deve aparecer na tela em correspondência ponto a ponto com o ciclo precedente (a
imagem é considerada estável, ou sincronizada). Isso pode ser conseguido com o ajuste de sincronismo
chamado de trigger.
• Nível (LEVEL): controle de nível para o sincronismo, permitindo que a imagem fique, na tela, estável.
• Entrada de sincronismo externo (SINC EXT): serve para sincronizarmos o sinal a ser medido com uma
fonte de sinal externa.
• Atenuador (ATEN): pode-se ter uma chave com várias posições (x1, x10, x100) para atenuações dos
sinais recebidos pela entrada horizontal. Na posição x1 o sinal é dividido por 1, na posição x10 o sinal é
dividido por 10 e assim sucessivamente.
• Saída para calibração (CAL): apresenta um sinal de 0,5 volts pico a pico, por exemplo, para servir de
referência para calibração das entradas vertical ou horizontal.

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• Tela
A seguinte figura representa a tela de um osciloscópio. Existem traçados que dividem tanto na vertical como
horizontal. A separação entre as linhas consecutivas da rótula constitui no que se denomina uma divisão.

Alguns osciloscópios possuem marcas horizontais de 0%, 10%, 90% e 100% para facilitar a medida de tempos de
subida e entre os pulsos (se mede entre a 10% e a 90% da amplitude de pico a pico). Alguns osciloscópios
também visualizam em sua tela quantos volts representa cada divisão vertical e quantos segundos representam
cada divisão horizontal.

• Medida de tensão
Geralmente quando falamos de tensão queremos realmente expressar a diferencia de potencial elétrico,
expressado em volts, entre dois pontos de um circuito. Normalmente um dos pontos esta conectado a massa (0
volts) e assim simplificamos falando da tensão no ponto A (quando na realidade é a diferença de potencial entre o
ponto A e GND). As tensões podem-se, também, ser medidas de pico a pico (entre o valor máximo e mínimo de
um sinal). É muito importante que especifiquemos, ao realizar uma medida, que tipo de tensão estamos medindo.

Na figura anterior está assinalado o valor de pico (Vp), o valor de pico a pico (Vpp), normalmente o dobro de Vp e
o valor eficaz (Vef ou Vrms).
Realizar a medida de tensão com um osciloscópio é fácil, simplesmente se trata de contar o número de divisões
verticais que ocupa o sinal na tela. Ajustando o sinal com o comando posicionamento horizontal podemos utilizar
as subdivisões da rótula para realizar uma medida mais precisa (recordar que uma subdivisão equivale geralmente
a 1/5 do que representa uma divisão completa).

É importante que o sinal ocupe o máximo espaço da tela para realizar medidas confiáveis, para isto atuaremos
sobre o comutador do amplificador vertical.

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Funcionamento do osciloscópio
Observando a figura 1, seguindo o canhão eletrônico e partindo de sua base vemos o seguinte: o filamento que
aquece o cátodo que emite os elétrons. Temos a seguir uma grade de controle e dois ânodos que juntos dividem
as funções de acelerar os elétrons e focalizar o feixe, com isso obtém-se um feixe fino de elétrons e, como
conseqüência, uma imagem nítida na tela (em foco ou “focada”).
A face interna do bulbo (CRT) é revestida com uma substância condutora (aquadag), à base de carbono, a qual é
conectada eletricamente ao ânodo, no caso de um único ânodo ou no ânodo de focalização no caso deste existir
(estes ânodos são polarizados positivamente). A função desta cobertura ou revestimento é capturar os elétrons
secundários que são expulsos pelo impacto do feixe de elétrons principal contra a tela fosforescente. Se estes
elétrons não fossem capturados seriam absorvidos pela regiões vizinhas ao ponto de incidência do feixe principal,
causando em torno dele uma luminosidade difusa que prejudicaria a nitidez da imagem, ou seja, teríamos uma
perda de contraste.
Quando não há nenhuma tensão aplicada às placas defletoras, o ponto luminoso forma-se no centro da tela,
porque o feixe de elétrons incide nesse local.
Se uma tensão positiva for aplicada a uma das placas defletoras, o feixe de elétrons (que são negativos) será
desviado em sua direção e a posição do ponto luminoso na tela se alterará, tendendo para a direção dessa placa.
Uma tensão negativa na placa tem, evidentemente, efeito contrário, de modo a se obter o deslocamento do ponto
em sentido contrário. O importante disto é perceber que, tanto uma tensão positiva como uma negativa nas
placas, desviará o feixe de elétrons.
Conhecendo agora o princípio da deflexão eletrostática em um osciloscópio vamos supor que tenhamos uma
forma de onda senoidal aplicada nas placas defletoras verticais. Neste caso uma placa ora será positiva, ora
negativa, o mesmo acontecendo com a outra. Quando a tensão for tal que a placa superior se encontre positiva e
a inferior negativa, o feixe de elétrons se deslocará para cima, ao se inverterem estas polaridades o feixe virá para
baixo. Caso a freqüência da senóide seja baixa poderemos ver o ponto luminoso se desloca, mas se a freqüência
for alta veremos apenas um risco na vertical.

Figura 2.

Desta forma não estamos visualizando a forma de onda senoidal que injetamos no osciloscópio. Mas agora, ao
mesmo tempo que nas placas verticais injetamos uma senóide, vamos aplicar nas placas defletoras horizontais
uma onda dente de serra, ou seja, uma tensão que partindo de um valor mínimo cresça linearmente até um valor
máximo e que caia, então, rapidamente, até o valor mínimo, reiniciando um novo ciclo. É bom lembrar que o
período de subida deve ser bem maior que o de descida. Neste caso o feixe ao mesmo tempo que sobe e desce
se deslocará de um lado para o outro da tela, indo para a direita mais lentamente do que volta para a esquerda
(devido ao tempo de subida ser maior do que o tempo de descida da tensão dente de serra).
Se o tempo que o feixe de elétrons leva para completar um ciclo vertical coincidir com o tempo que a tensão dente
de serra demora para ir de seu valor mínimo ao máximo, a imagem projetada será a de uma senóide, ou seja,
corresponderá à forma de onda do sinal aplicado às placas verticais. Verificamos, então, que a composição de
uma forma de onda qualquer com uma forma de onda dente de serra sempre resultará no aparecimento de uma
forma de onda qualquer, desde que suas freqüências coincidam.
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Introdução
Esta sessão explica as técnicas de medição básicas com um osciloscópio. Descreve como realizar medidas
visualmente na tela do osciloscópio. Alguns osciloscópios digitais posuem um software interno que permite realizar
as medidas de forma automática.

Alguns osciloscópios possuem na tela um cursor que permite tomar as medidas de tensão sem contar o número
de divisões que ocupa o sinal. Basicamente o cursor são duas linhas horizontais para a medida de tensão e duas
linhas verticais para a medida de tempos que podemos deslocar individualmente pela tela. A medida se visualiza
de forma automática na tela do osciloscópio.
• Medida de tempo e freqüência.
Para realizar medidas de tempo se utiliza a escala horizontal do osciloscópio. Este inclui a medida de períodos,
largura de impulsos e tempo de subida e descida de impulsos. A freqüência é uma medida indireta e se realiza
calculando o inverso do período. Assim como ocorria com as tensões, a medida de tempo será mais precisa se o
tempo de medida ocupar a maior parte da tela, para isso atuaremos sobre o comutador da base de tempos. Se
centrarmos o sinal utilizando o comando de posicionamento vertical podemos utilizar as subdivisões para realizar
uma medida mais precisa.

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• Medida de tempos de subida


O tempo de subida de um pulso é a transição do nível baixo ao nível alto de tensão. Por convenção, se mede o
tempo entre o momento que o pulso alcança de 10% da tensão total até alcançar os 90% da tensão total. Isto
elimina as irregularidades nas bordas do impulso. Isto explica as marcas que se observam em alguns
osciloscópios (algumas vezes simplesmente umas linhas pontudas).
A medida nos pulsos requer um fino ajuste nos comandos de disparo. Para converter-se em espectro na captura
de pulsos é importante conhecer o uso dos comandos de disparo que possua nosso osciloscópio. Uma vez
capturado o pulso, o processo de medida é o seguinte: se ajusta atuando sobre o comutador do amplificador
vertical ou o comando variável associado, tendo que a amplitude pico a pico do pulso coincida com as linhas
pontudas (ou as assinaladas como 0% e100%). Mede-se o intervalo de tempo que existe quando o impulso corta
a linha assinalada como 10% e 90% do valor, ajustando o comutador da base de tempos para que deste tempo
ocupe o máximo da tela do osciloscópio.

• Medida da defasagem entre sinais


A sessão horizontal do osciloscópio possui um controle chamado X-Y, que nos vai a introduzir a uma das técnicas
de medida de defasagem (a única que podemos utilizar quando só dispomos de um canal vertical no osciloscópio
usado).
O período de um sinal corresponde-se com uma fase de 360º. O defasamento indica o ângulo de atraso ou
adiantamento que possui um sinal com respeito a outra (tomada como referência) se possuem ambas o mesmo
período.
Um dos métodos para medir o defasamento é utilizar o modo X-Y. Isto implica introduzir um sinal pelo canal
vertical (geralmente o I) e a outra pelo canal horizontal (o II). Este método só funciona de forma correta se ambos
sinais são senóidais. A forma de onda resultante na tela se denomina figura de Lissajous (devido ao físico francês
denominado Jules Antoine Lissajous). Pode-se deduzir fase entre s sinais, assim como sua relação de freqüências
observando a seguinte figura.
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Tensão alternada

Freqüência e amplitude do sinal


Abaixo damos alguns dados sobre tensão alternada (independente da tensão).

+ +
Amplitude do sinal = Amplitude do sinal =
3,00 volts AC 1,00 volt AC

- -

Freqüência do sinal =
Freqüência do sinal =
1,00 Hertz ou
1,00 Hertz ou
1 ciclo pôr segundo
1 ciclo pôr segundo

Para os exemplos seguintes, adotaremos para racionalizar o manual, a simbologia abaixo:

+
7,00 Amplitude do sinal =
VAC 7,00 volts AC

8,00
HZ

Freqüência do sinal =
8 Hertz ou
8 ciclos pôr segundo

5,00 Amplitude do sinal =


VAC 5,00 volts AC

2,00
HZ

Freqüência do sinal =
2 Hertz ou
2 ciclos pôr segundo

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Sinais gráficos típicos de freqüência.

Sensor de rotação de freios ABS

X Y
HZ VAC

+ Baixa rotação da roda =


Baixa freqüência/
Baixa tensão
-

+ Alta rotação da roda =


Alta freqüência
Alta tensão

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Sensor de detonação
Há duas maneiras de teste do sensor de detonação
1a – Com a chave de ignição ligada e motor funcionando.

Chave de ignição

Y UCE
HZ X
VDC

Janela (15 KHz)

Ignição PMS Ignição PMS

Sem detonação presente Com detonação presente

2a – Com a chave de ignição desligada e a UCE desconectada do chicote, medindo direto nos pinos do conector
da UCE. De uma leve pancada no bloco do motor, nas imediações do sensor de detonação. Jamais bata
diretamente sobre ele.

Y
HZ

Chave de
ignição

X
VAC

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A tensão e a freqüência serão proporcionais ao impacto do martelo. Impacto menor, tensão e freqüência menor,
impacto maior, tensão e freqüência maior.

Impacto menor

Impacto maior

Bobina impulsora de distribuidor de ignição

Rotação baixa do motor

0,00 0,20 3,00 -3,00


VAC VAC VAC VAC

Rotação alta do motor

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Sensor de rotação do motor e PMS (roda fônica de 58 dentes)

Sistema de injeção sem sensor de fase do comando de válvulas (semi-sequencial)

Falha de sincronismo PMS 1/4 PMS 2/3

Sistema de injeção com sensor de fase do comando de válvulas (seqüencial)

PMS 1/4 PMS 2/3 PMS 1/ 4

Falha de sincronismo Falha de sincronismo


+

-
Cilindro 1 em ordem de explosão

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Onda quadrada

Sensor Hall do distribuidor

UCE UCE

5,00 0,00
VDC VDC

+
Baixa rotação do motor
0

+
Alta rotação do motor

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Sensor pressão absoluta digital

+
0

Baixa carga Média carga Alta carga

Vácuo = Vácuo = Vácuo =


450 mmHg 220 mmHg 76 mmHg

46 45 26 46 45 26 46 45 26
109 130 150
Hz UCE Hz UCE Hz UCE
EEC-IV EEC-IV EEC-IV

Sensor de velocidade do veiculo

+
Baixa velocidade do veiculo
0

+
Alta velocidade de veiculo
0

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