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A execução das medidas obedece a um Plano de Intervenção elaborado em harmonia com o estabelecido
no acordo de promoção e proteção, devendo espelhar os resultados da avaliação diagnóstica realizada tendo
em conta uma perspetiva ecológica e sistémica da situação.
Pretende-se que a construção do Plano de Intervenção seja um processo colaborativo que garanta a
participação da criança tendo em conta o seu nível de desenvolvimento, do jovem, dos pais, dos cuidadores
(familiares, pessoa idónea, etc.), da rede social de apoio informal (família alargada, adultos significativos), e
das entidades da rede de apoio formal (da educação, saúde, intervenção social, IPSS, equipas de projetos,
casa de acolhimento, entidade enquadradora do acolhimento familiar, família de acolhimento, etc. Tem por
objetivo clarificar as responsabilidades de cada um na proteção, segurança e bem-estar da criança/jovem, no
apoio ao desenvolvimento e ao reforço de competências e forças familiares e individuais, bem como de
garantir uma intervenção articulada e coordenada.
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ORIENTAÇÕES DE TRABALHO – PLANO DE INTERVENÇÃO
PROCESSO DE PROMOÇÃO E PROTEÇÃO - CPCJ
Orientações
1. O plano de intervenção deverá ser centrado nas soluções, para remoção do perigo,
2. Para que todos os intervenientes envolvidos compreendam de forma inequívoca os objetivos a atingir,
as ações, tarefas e responsabilidades que lhe são atribuídas, bem como os apoios a prestar, o plano
deve ser explicado e redigido com linguagem clara, objetiva e simples para que todos entendam.
3. O plano deverá ser assinado por todos os intervenientes, especialmente pela criança, jovem, e família,
a quem é dada uma cópia do documento.
4. O plano é revisto durante o período de acompanhamento da medida, nomeadamente nos momentos
de avaliação e de tomada de decisão quanto à proposta de continuação, prorrogação, alteração ou
cessação da medida, como previsto na Lei, devendo ter expressas as datas de avaliação e o(s)
responsável(eis) pela sua execução.
5. A avaliação do Plano de Intervenção centra-se no grau de execução das ações que concorrem para os
objetivos definidos.
6. A avaliação deverá promover a discussão com vista à apreciação global da intervenção desenvolvida e
espelhar a perspetiva de todos os envolvidos.
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ORIENTAÇÕES DE TRABALHO – PLANO DE INTERVENÇÃO
PROCESSO DE PROMOÇÃO E PROTEÇÃO - CPCJ
Plano de Intervenção para a execução da medida
ITE PRINCIPAIS ASPETOS
NS A TER EM CONTA
Identificação Proc. Nº; Nome da criança / jovem; Gestor de Processo; Medida Aplicada; Período
da de acompanhamento.
Criança/Jove
m
Para cada objetivo podem ser definidas uma ou mais ações, a desenvolver pelos
diversos intervenientes:
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5. Ações de intervenção junto da criança/jovem: que garantam o direito à
participação; de preparação da criança para a execução da medida;
construção de um plano de segurança ou rede de segurança; de apoio ao
processo de mudança, entre outras.
Metodologias Entrevista, visitas domiciliárias, reuniões de rede, contactos telefónicos. entre outras
(como vamos fazer?)
Intervenientes Identificar as pessoas implicadas em cada ação, a quem foram atribuídas tarefas e
(quem faz?)
responsabilidades.
Para cada ação definir o tempo em que decorre. O enquadramento temporal da ação pode:
Data
(quando?) - Definir data de início e data fim, p. ex. frequência de curso de educação parental ou a
duração do apoio económico,
- Definir data de início sem data fim, p. ex. iniciar a frequência de creche a partir do dia/mês
X,
- Definir uma data específica, p. ex. ir a uma consulta médica/entrevista previamente
agendada,
- Definir uma data fim de prazo, p. ex., o pai compromete-se a inscrever-se no IEFP até ao
dia X.
- Definir a periodicidade e a frequência de determinada ação, p. ex. reunião mensal entre
os técnicos ou com a família para a avaliação dos resultados da intervenção.
O grau de execução das ações concorre para a avaliação do grau de execução dos
objetivos, i.e., um objetivo é considerado totalmente atingido quando todas as ações
forem cumpridas, parcialmente atingido quando algumas das ações forem cumpridas, e
não atingido quando nenhuma das ações for cumprida.
Data(s) Reproduzir o campo as vezes que forem necessárias, para registar os diversos momentos
de avaliação.
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EXEMPLO DE PREENCHIMENTO
AÇÕES
OBJETIVOS METODOLOGIA INTERVENIENTE DATA RESULTADOS
S DA AVALIAÇÃO/
(o que vamos
(O que (Como vamos (Quando?) INTERVENÇÃO
fazer) GRAU DE
queremos fazer?) (Quem faz?) EXECUÇÃO
alcançar?)
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Apreciação Global e Propostas (aquando da revisão da medida):
20-09-2020 Os objetivos não foram todos atingidos, havendo necessidade de rever o Plano de
Intervenção, o que foi negociado e acordado com todos os intervenientes, do seguinte
modo:
a) Quando o pai não puder acompanhar o Manuel nos trabalhos de casa, avisa
previamente a mãe, para que a mesma possa organizar-se e garantir esse
acompanhamento;
b) O Manuel pode jogar à bola com os amigos depois de terminar as aulas, todas
as 4ª e 6ª feiras, entre as 16:30h e as 18:00h, comprometendo-se a chegar a casa até
às 18:30h.
c) Às 2ª, 3ª e 5ª feiras, o Manuel passa a frequentar o centro de estudos
organizado pelo psicólogo escolar, devendo chegar a casa até às 18:30h.
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