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Caso Clínico- Diabetes Mellitus tipo 1.

ÍNDICE:
 Introdução Explicativa da Doença
 História Clínica do paciente
 Exame físico
 Suspeitas Diagnósticas
 Condutas
 Histórico Familiar
 Resultados de Exames
 Diagnóstico

Introdução:
Afinal, o que é Diabete Mellitus Tipo 1?
-A diabetes Mellitus tipo 1 desenvolve-se geralmente em crianças, adolescentes ou jovens adultos,
podendo, contudo, também aparecer em adultos (LADA) e até idosos. Neste tipo de diabetes, o pâncreas
deixa de produzir completamente a insulina, por essa razão, a única maneira de tratar a diabetes é via
administração desse hormônio.

História Clínica do Paciente:


C.A.S., Helena, paciente sexo feminino, 14 anos vem apresentando há cerca de três meses um quadro de p=oliúria,
polidipsia, e perca de peso. A mãe Regina agendou uma consulta no Hospital Particular de sua cidade devido às
manifestações clínicas da filha. A Dra. Maria Vitoria Pimentel, médica que atende nesse hospital realizou a consulta
com a paciente há cerca de um mês e havia solicitado alguns exames para analisar o que estava acontecendo com a
jovem. A paciente acompanhada de sua mãe voltou ao hospital após 3 semanas da primeira consulta para levar os
resultados dos exames solicitados pela médica. Ademais, a mãe percebeu que a filha tem ficado mais letárgica, o que
a preocupa devido á queda do rendimento na escola. Além disso a paciente relata uma falta de ânimo para realizar
atividades físicas. Contudo, ambos negam a presença de sintomas febris.

Exame físico:
-QUEIXA PRINCIPAL: O paciente apresentou um quadro de poliúria, polidipsia e perda de peso que teve início a cerca
de 3 meses, e também reclama que vai ao banheiro toda hora para urinar.

Suspeitas Diagnósticas:
-Diabetes Mellitus 1A/1B
-Diabetes Mellitus tipo 2

-Parasitose Intestinal

-Câncer

Condutas Médicas:
-Após a análise dos resultados de Helena, foi observado
alterações significativas para a suspeita de Diabetes Mellitus
Tipo 1. Foi solicitado Glicemia em Jejum, um Hemograma e
Teste de Hemoglobina Glicada e um rastreio Parasitológico
de Fezes para descartar algum tipo de Parasitose.

Histórico Familiar:
A mãe e o pai são vivos e apresentam hipertensão arterial
sistêmica. Sua irmã não apresenta nenhuma morbidade. Suas
avós materna e paterna possuem diabetes mellitus tipo 2. Seu avô paterno, que já é falecido, não apresentou
nenhuma doença crônica em vida. Seu avô materno tinha diabetes mellitus tipo 1 e faleceu com 72 anos.

Resultados de Exames:
Na consulta de retorno com os resultados solicitados dos exames, a Dra. Maria Vitoria os analisou. Nesse sentido,
observou que o rastreio parasitológico de fezes deu negativo, o hemograma estava normal, porém os resultados dos
exames de Glicemia em Jejum e Hemoglobina Glicada estavam alterados,
como podemos ver abaixo:
Diagnóstico:
Logo, Dra Maria fechou o diagnóstico de diabetes mellitus tipo 1B devido aos achados clínicos de
sintomas pertinentes á doença, histórico familiar atrelado ás dosagens glicêmicas acima dos padrões de
referências nos exames laboratoriais e que, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), não
há necessidade de repetir as dosagens já que vieram todos muito alterados. A classificação em 1B foi
devido ao fato do paciente ser jovem, ‘’saudável’’, apresentar IMC normal para a idade (18,37 kg/m²) e
possuir casos doença na família. Com isso, descartou-se a possibilidade de ser a diabetes mellitus tipo 2,
pois normalmente essa forma acomete os adultos, os idosos e pacientes obesos.

Tratamento:
Como exposto, na diabetes mellitus tipo 1 há uma deficiência na produção de insulina pelo organismo do
enfermo. Sendo assim, o princípio da terapia medicamentosa da doença é a reposição dessa insulina, o que
se faz por meio da insulinoterapia. Se traz necessário discutir com a equipe de cuidado do paciente quais
os ‘’alvos glicêmicos’’ do tratamento, que servirão de parâmetros para o ajuste das doses de insulina
administrada. Outroassim, em consequência á hiperglicemia, o paciente urina mais vezes por causa da alta
osmolaridade da urina, visto que a glicose é um componente livremente filtrado pelos rins, mas totalmente
reabsorvido, principalmente pelo túbulo contorcido proximal. Entretanto, em condições de excesso de
glicose sanguínea, este composto não é totalmente reabsorvido e acaba saindo na urina, o que leva a um
quadro de poliúria visto a grande quantidade de água que é eliminada. A justificativa para o
emagrecimento repentino de Helena se dá pelo fato de que ao precisar utilizar outras fontes como a
quebra de lipídios e proteínas para conseguir suprir a necessidade energética faz com que o indivíduo
perca massa corporal. O tratamento que Dra. Maria Vitoria indicou a paciente com insulinoterapia pode
ajudar, assim como uma Dieta Diabética, tendo acompanhamento com nutricionista e auxílio de Exercício
Físico Moderado, porém é uma doença crônica que infelizmente não tem cura.

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