Você está na página 1de 18

EXAME PARA OBTENÇÃO DO TÍTULO DE ESPECIALISTA

EM ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA - 2020

1º Dia – 21/11/2020

LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES

1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 100 questões 7. O tempo disponível para estas provas é de 4 (quatro)
numeradas de 1 a 100. Confira-o e caso esteja horas. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu
incompleto, tenha qualquer defeito ou apresente CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações
divergência, comunique ao aplicador da sala para que assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão
ele tome as providências cabíveis. considerados na avaliação. Não haverá tolerância para
2. DESLIGUE seu celular. Não é suficiente colocá-lo em tempo adicional depois de decorridas as 4 horas.
modo silencioso. Mantê-lo ligado causará sua 8. Quando terminar as provas, acene para chamar o
eliminação deste concurso. aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES e o
3. Preencha a parte superior do CARTÃO-RESPOSTA CARTÃO-RESPOSTA.
com seu NÚMERO DE INSCRIÇÃO e, na parte inferior, 9. Você poderá levar o CADERNO DE QUESTÕES se sair
escreva seu NOME e assine nos espaços próprios. Utilize definitivamente da sala nos 30 minutos que antecedem
caneta esferográfica grossa azul ou preta. o término das provas.
4. Não dobre, não amasse nem rasure o CARTÃO- Abreviações:
RESPOSTA, pois ele não poderá ser substituído. bpm – batimentos por minuto
5. Para cada uma das questões objetivas, são FC – frequência cardíaca
apresentadas 4 opções identificadas com as letras A, B, PA – pressão arterial
C e D. Apenas uma responde corretamente à questão. PAAF – punção aspirativa com agulha fina
6. No CARTÃO-RESPOSTA, preencha todo o espaço RM – ressonância magnética
compreendido no retângulo correspondente à opção TC – tomografia computadorizada
escolhida para a resposta. A marcação em mais de uma TOTG – teste oral de tolerância à glicose
opção anula a questão, mesmo que uma das respostas TFG – taxa de filtração glomerular
esteja correta. US – ultrassonografia
VR – valor de referência

NÚMERO DE INSCRIÇÃO: _____ _____ _____ _____

NOME:__________________________________________________________________________________

ASSINATURA:___________________________________________________________________________
TEEM 2020
Questão 1 Questão 4
Sobre a insulinoterapia, assinale a alternativa
Em relação ao diabetes mellitus pós transplante (DMPT)
CORRETA:
é CORRETO afirmar:
A) A insulina glargina pode ser misturada na seringa
A) DMPT é definido por hiperglicemia de jejum que se
com as insulinas lispro, asparte ou glulisina na hora da
inicia nos primeiros dois meses após transplante de
administração;
órgãos com elevação acentuada da hemoglobina glicada,
B) As insulinas NPH e regular podem ser misturadas na
não devendo ser realizado TOTG nesses pacientes;
seringa, desde que a insulina NPH seja aspirada antes
B) Pacientes mais jovens e obesos mórbidos, com níveis
da insulina regular;
de zinco e magnésio elevados e pacientes com infecções
C) A caneta de degludeca em uso precisa ser mantida
virais prévias como citomegalovírus e hepatites B e C
sob refrigeração em geladeira entre 2 e 8 graus Celsius
têm maior risco de DMPT;
e tem duração de um mês;
C) Dieta, atividade física e tratamento hipoglicemiante
D) A agulha de 4 mm pode ser utilizada para aplicação
farmacológico, redução da dose da prednisolona para
de insulina em todos os indivíduos, independentemente
5mg/dia e o uso de tacrolimus em baixa dosagem ou a
de sexo, idade ou IMC.
troca por ciclosporina melhoram o controle glicêmico;
D) Nos pacientes com DMPT, o risco de eventos e morte
cardiovascular é extremamente elevado e, dessa forma,
Questão 5
o tratamento da glicose precisa ser intensificado, tendo
No estudo SUSTAIN-6 houve um aumento na incidência
com meta de hemoglobina glicada valores < 6 %.
de retinopatia diabética no grupo intervenção. A mais
provável explicação para tal acontecimento é:
Questão 2
A) Efeito direto da liraglutida na retina, estimulando
Homem, 60 anos, com diabetes mellitus tipo 2, em uso
neovasos;
de hipoglicemiante oral, foi internado em unidade de
B) Ação da semaglutida estimulando VEGF;
terapia intensiva há dois dias por choque séptico e
C) Rápido controle glicêmico no grupo intervenção;
descompensação diabética com hiperosmolaridade. No
D) Aumento de espécies reativas de oxigênio no humor
momento, hemodinamicamente estável, sem uso de
vítreo.
droga vasoativa e em antibioticoterapia para tratamento
de pneumonia. Está recebendo insulina endovenosa em
bomba de infusão contínua e recebeu 30 unidades nas
Questão 6
últimas 6 horas. Pretende-se realizar a transição da
Mulher, 18 anos, sem história conhecida de diabetes
insulina por via endovenosa (EV) para subcutânea (SC).
prévio, tem diagnóstico confirmado de cetoacidose
Assinale a alternativa CORRETA:
diabética nas últimas 5 horas. A paciente está
A) Está adequada a administração de dose inicial de
recebendo hidratação parenteral com solução fisiológica
insulina basal, por via SC, quatro horas antes do
a 0,9% e infusão intravenosa (IV) contínua de insulina
desligamento da bomba de infusão de insulina EV;
a 0,1 U/kg por hora. A PA está normal e o nível de
B) Não é adequada a realização da transição da insulina
consciência preservado. Os novos exames revelam os
endovenosa para subcutânea enquanto o paciente
seguintes resultados: glicemia 120 mg/dl (VR 70 a 99);
estiver em ambiente de terapia intensiva;
Na 134 mEq/l (VR = 135 a 145), Cloro 90 mEq/l (VR
C) O uso de escalonamento de doses de insulina rápida
90 a 100); K 4,0 mEq/l (VR 3,5 a 5,5); pH 7,19 (VR 7,35
(sliding scale), por via SC, sem insulina basal, é o
a 7,45) e HCO3 14 mEq/l (VR 24 a 28). A conduta
recomendado após desligar a bomba de infusão EV;
CORRETA nesse momento é:
D) Como o paciente não utilizava insulina previamente,
A) Adicionar solução glicosada e potássio;
não há necessidade de insulina basal, por via SC, após
B) Suspender infusão de insulina por 1-2 horas;
o desligamento da bomba de infusão EV.
C) Modificar a insulina IV para via subcutânea;
D) Administrar bicarbonato por via IV.
Questão 3
Questão 7
Homem, 63 anos, diabético, com dores nas pernas há 2
A pioglitazona é um agonista do receptor PPAR-gama
anos, em queimação, que piora à noite ao deitar. Ao
(“Peroxysome Proliferator Activated Receptor-gama”) com
exame: hipoestesia tátil, térmica e vibratória abaixo dos
efeitos tanto sobre o metabolismo lipídico como
joelhos, hiperalgesia mecânica e ausência de alodinia.
glicídico. Sobre esse receptor e essa medicação, assinale
Com base no quadro clínico, marque a opção CORRETA
a alternativa CORRETA:
com relação ao tratamento dessa complicação:
A) PPAR-gama é um receptor transmembrana acoplado
A) A pregabalina é uma medicação de primeira linha no
a proteína G presente em pré-adipócitos. Sua ativação
tratamento (grau de recomendação A), sendo bastante
permite a diferenciação de pré-adipócitos em adipócitos
utilizada pois ajuda na perda de peso e não precisa de
maduros;
ajuste para função renal;
B) A pioglitazona tem efeito significativo na redução dos
B) A duloxetina é medicação de primeira linha de
triglicérides por possuir também um efeito discreto
tratamento (grau de recomendação A), mas não se
promovendo a ativação do PPAR-alfa (receptor ativado
recomenda o uso junto com antidepressivos tricíclicos,
pelos fibratos);
nem em pacientes com insuficiência renal estágio final;
C) O aumento da diferenciação de pré-adipócitos em
C) A amitriptilina é grau de recomendação B e é
adipócitos maduros induzido pela ativação do PPAR-
recomendada para pacientes idosos pois apresenta
gama se associa a uma redução significativa dos ácidos
poucos efeitos colaterais nessa população;
graxos livres, TNF-alfa e adiponectina;
D) O ácido tióctico, grau de recomendação B, é um
D) Mutações no gene do PPAR-gama já foram
antioxidante e uma boa opção para início de tratamento,
relacionadas com o desenvolvido de lipodistrofia
mas deve ser utilizado com cuidado, pois pode
congênita generalizada, com perfil fenotípico
aumentar os níveis glicêmicos.
semelhante à Síndrome de Berardinelli-Seip.

SBEM 2
TEEM 2020
Questão 8 Questão 12
Para proteção renal no paciente diabético, busca-se o Homem, 46 anos, empresário, diabético há 2 anos com
uso de inibidores de SGLT2 (iSGLT2) e de anti- sobrepeso (IMC 26,2 kg/m2 e circunferência abdominal
hipertensivos que bloqueiem o sistema renina de 92 cm), em uso de terapia antidiabética oral tríplice
angiotensina (BRA/IECA). Em relação ao local de ação com sitagliptina (100 mg), metformina (2 g) e
(arteríola aferente ou eferente) e à ação (vasodilatação pioglitazona (15 mg). Sem outras comorbidades, não
ou vasoconstrição) dos iSGLT2 e dos BRA/IECA, fuma nem ingere bebidas alcoólicas. Há mais de um ano
assinale a alternativa CORRETA: pratica exercícios físicos regulares e intensivos e tem
A) iSGLT2 – eferente, vasodilatação; avaliação cardiovascular recente normal. HbA1c recente
BRA/IECA – aferente, vasoconstrição; de 6,5 % e demais exames laboratoriais normais.
B) iSGLT2 – eferente, vasoconstrição; Planeja viajar para Machu Picchu e quer fazer uso de
BRA/IECA – aferente, vasodilatação; acetazolamida, recomendado por amigo médico, para
C) iSGLT2 – aferente, vasodilatação; evitar mal-estar por altitude, o “Mal da Montanha”. Qual
BRA/IECA – eferente, vasoconstrição; a recomendação mais adequada nesse caso?
D) iSGLT2 – aferente, vasoconstricção; A) Proibir a viagem, uma vez que diabéticos com tal
BRA/IECA – eferente, vasodilatação. estado clínico não podem viajar para locais com elevada
altitude;
B) Permitir a viagem, desde que com período máximo de
Questão 9 uma semana, para minimizar os efeitos deletérios da
Recentemente uma nova insulina foi lançada no Brasil altitude, mas sem o uso da acetazolamida, pelo seu
com uma característica de ter seu início de ação mais efeito hiperglicemiante;
rápido que o das insulinas ultrarrápidas disponíveis até C) Permitir a viagem e o uso da acetazolamida,
então. Sobre essa nova insulina, é CORRETO afirmar: recomendando a suspensão da metformina nesse
A) Ainda não pode ser utilizada na gestação, pois é período;
classificada como categoria de risco C; D) Permitir a viagem e o uso da acetazolamida,
B) Está indicada apenas para diabéticos tipo 1, pois os recomendando a suspensão da sitagliptina nesse
estudos em diabéticos tipo 2 estão em andamento; período.
C) Deve ser administrada cinco minutos antes da
refeição ou até 15 minutos depois de iniciada a refeição;
D) Na transição de outras insulinas ultrarrápidas para Questão 13
essa insulina, utiliza-se a proporção de 1U:1U. Observe a figura abaixo:

Questão 10
Sobre os vários tipos de diabetes monogênico, é
CORRETO afirmar que:
A) O MODY 5 ocorre por mutação no HNF1A e pode
apresentar alterações genito-urinárias e auditivas
concomitantes;
B) O MODY 3 evolui com perda progressiva na
capacidade de secreção de insulina e responde bem a
doses baixas de sulfonilureias;
C) O MODY 2 (mutação no gene da glucoquinase)
usualmente é controlado com sulfonilureia, precisando
de insulina posteriormente.
D) O MODY 1 (mutação no HNF4A) é o tipo mais
frequente de diabetes monogênico e geralmente não
cursa com complicações crônicas.

Questão 11
Menino, 13 anos, encaminhado com quadro de diabetes
diagnosticado aos 11 anos. A mãe refere que a criança,
desde os 5 anos de idade, foi perdendo gradualmente Assinale a alternativa CORRETA:
tecido adiposo e foram aparecendo manchas escuras em A) O transportador de glicose (GLUT) marcado em A é o
pescoço e axilas. Atualmente está usando insulina em GLUT-4;
doses elevadas. Refere artralgias e foi diagnosticado com B) O íon C é o sódio e a sua manutenção no exterior da
artrite reumatoide juvenil. Ao exame apresenta célula a despolariza;
acantosis nigricans, hepatomegalia, perda da bola
C) O íon D é o cálcio e a sua entrada na célula é
gordurosa de Bichat, flebomegalia e escassez da gordura
subcutânea em tronco e membros. O diagnóstico mais essencial para a secreção da insulina;
provável para essa criança é: D) O canal 1 é fechado pelo aumento do B que
A) Síndrome de Lawrence; representa o potássio intracelular.
B) Síndrome de Berardinelli-Seip;
C) Síndrome de Duningan;
D) Síndrome de Barraquer-Simons.

SBEM 3
TEEM 2020
Questão 14 Questão 18
Recentemente estudos com uma classe de drogas Mulher, 33 anos, é trazida pelo SAMU ao hospital por
antidiabéticas mostraram proteção renal e redução de ter sofrido síncope em um shopping center. Quando os
hospitalização por insuficiência cardíaca. Quanto aos paramédicos chegaram, estava torporosa e sudorética.
efeitos clínicos dessa classe, é CORRETO afirmar que: Glicemia capilar foi 38 mg/dl. Já no local, recebeu
A) Reduz o hematócrito por efeito inibitório na produção solução glicosada por via venosa e o quadro se resolveu
renal de eritropoietina; imediatamente. Ao revisar o prontuário, você constata
B) Reduz o colesterol LDL sérico por aumentar o que ela se submeteu a cirurgia bariátrica (derivação em
clearance do colesterol; Y de Roux) há 5 meses, sem intercorrências, e vinha
C) Aumenta a gliconeogênese hepática por aumentar a perdendo peso de forma satisfatória. Sem sinais de
liberação de glucagon pelas células alfa pancreáticas; doença sistêmica e teste de gravidez está negativo. A
D) Aumenta os níveis plasmáticos de ácido úrico em paciente refere que vem tendo palpitações, sudorese e
decorrência do aumento da glicosúria. tremores ao acordar e, não raro, se passa mais de 5-6
horas sem se alimentar. Assinale a alternativa
Questão 15 CORRETA sobre o próximo passo de investigação:
Mulher, 33 anos, vem à consulta com 25 semanas de A) Hospitalização para teste de jejum por 72 horas;
gestação e foi feito diagnóstico de diabetes gestacional. B) Pedir um teste de refeição mista;
Tinha glicemias capilares de jejum sistematicamente C) Avaliar o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal;
acima de 110 mg/dl e o médico prescreveu insulina NPH D) Solicitar uma endoscopia digestiva alta.
10 unidades ao deitar. Ela usa um sensor de glicose tipo
“flash” e traz um relatório onde a glicose estaria “no
alvo” (entre 70 e 180 mg/dl, conforme o manual) em 88 Questão 19
% das determinações. Os gráficos mostram que a Mulher, 67 anos, foi submetida a bypass gástrico em Y
glicemia se eleva acima de 140 mg/dl após o almoço, de Roux há 2 anos e, a densitometria óssea de
permanecendo nesta faixa até em torno das 17 h. Não seguimento pós-operatório, mostrou osteoporose. O
há hipoglicemias, com valores noturnos após o jantar tratamento farmacológico da osteoporose MAIS
entre 100 e 120 mg/dl e madrugada entre 80 e 95 ADEQUADO nessa paciente é:
mg/dl. Qual das alternativas abaixo seria uma A) Suplementos a base de carbonato de cálcio,
providência adequada a tomar a partir de agora? colecalciferol objetivando 25OHVitamina D > 20 ng/ml
A) Adicionar glimepirida pré-almoço; e alendronato 70 mg, via oral, semanalmente;
B) Aumentar a dose da insulina NPH; B) Suplementos a base de citrato de cálcio, colecalciferol
C) Manter o esquema atual, porque a glicose está no alvo objetivando 25OHVitamina D > 20 ng/ml e ibandronato
do aparelho; 150 mg, via oral, mensalmente;
D) Acrescentar insulina ultrarrápida no almoço. C) Suplementos a base de citrato de cálcio, colecalciferol
objetivando 25OHVitamina D > 30 ng/ml e zoledronato
Questão 16 5 mg, endovenoso, anualmente;
Sobre complicações da derivação gástrica em Y de Roux D) Suplementos a base de carbonato de cálcio,
(DGYR), da gastrectomia vertical (GV) e das derivações colecalciferol objetivando 25OHVitamina D > 30 ng/ml
biliopancreáticas a Scopinaro (DBP-S) e a duodenal e ibandronato 3 mg, endovenoso, trimestralmente.
switch (DBP-DS), assinale a alternativa CORRETA:
A) A presença de febre e leucocitose são sinais precoces
de fístula, que raramente necessita de intervenção Questão 20
cirúrgica na DGYR; O índice de massa corpórea (IMC) é utilizado para
B) Fístulas são mais frequentes na DBP-DS do que na diagnóstico de obesidade. Assinale a alternativa
DBP-S, mas úlceras de anastomose são mais raras na CORRETA que mostra a faixa de valor normal de IMC
DBP-DS do que na DBP-S; respectivamente em crianças/adolescentes (desvio-
C) Vômitos alimentares são sugestivos de obstrução da padrão do IMC ou Z-IMC), adultos ocidentais, adultos
alça biliopancreática e vômitos biliosos de obstrução da de origem asiática e idosos (kg/m2):
alça comum na DGYR; A) -1 a +2; 18,5 a 25,0; 18,5 a 25,0; 18,5 a 26,9;
D) A presença de anastomoses digestivas na GV B) -1 a +1; 18,5 a 24,9; 18,5 a 22,9; 22,0 a 26,9;
aumenta o risco de fístula na região do fundo gástrico. C) -1 a +1; 18,5 a 24,9; 18,5 a 24,9; 20,0 a 24,9;
D) -2 a +2; 18,5 a 24,9; 18,5 a 22,9; 20,0 a 24,9.
Questão 17
Mulher, 21 anos, com histórico de obesidade desde a
infância e transtorno disfórico pré-menstrual, em uso
de sibutramina 15 mg, prescrita pelo endocrinologista,
e de fluoxetina 40 mg/dia, prescrita pelo ginecologista.
Este trocou a fluoxetina por paroxetina 20 mg, sem
pausa entre eles. Uma semana após o início da
paroxetina, a paciente relatou aumento da ansiedade,
insônia e agitação constante. Depois de alguns dias
referiu palpitações, fraqueza, espasmos incontroláveis,
tremor e ao exame físico apresentava taquicardia,
hiperreflexia e temperatura de 38,5 oC. O diagnóstico é
compatível com:
A) Síndrome neuroléptica maligna;
B) Síndrome serotoninérgica;
C) Tempestade tireotóxica;
D) Síndrome da taquicardia postural ortostática.

SBEM 4
TEEM 2020
Questão 21 Questão 24
Adolescente, 13 anos, vem à consulta, acompanhado Em relação à cirurgia bariátrica ou metabólica no
dos pais, por obesidade. O jovem tem IMC 42 kg/m2, tratamento do diabetes mellitus tipo 2 (DM2), é
acantosis nigricans em região cervical e axilas, PA CORRETO afirmar:
normal e nenhum estigma de síndrome de Cushing. A) A redução da glicemia ocorre por efeitos incretínicos,
Exames laboratoriais recentes mostram glicemia 88 sem nenhuma relação com a perda de peso;
mg/dl, HbA1c 5,1 %, triglicerídeos 200 mg/dl, HDL 34 B) Menor tempo do diagnóstico à cirurgia se
mg/dl e ácido úrico 7,1 mg/dl. A mãe relata que há 10 correlaciona com menor chance de remissão do DM2;
meses vem em acompanhamento com nutricionista e há C) A remissão do DM2 é menor com bypass gástrico em
4 meses uma psicóloga vem fazendo terapia cognitivo- Y de Roux comparado à banda gástrica;
comportamental. O paciente é ativo fisicamente, D) HbA1c mais alta e uso de insulina se correlaciona
frequentando academia e fazendo caminhadas (60 negativamente com a chance de remissão de DM2.
minutos diariamente). Qual dos medicamentos a seguir
pode ser corretamente indicado como tratamento
adjuvante da obesidade, nesse caso? Questão 25
A) Topiramato; Mãe traz menino de 9 anos de idade com redução da
B) Naltrexona + bupropiona; visão progressiva à noite e com perda da visão central.
C) Liraglutida; Refere que a criança inclina a cabeça para um dos lados
D) Sibutramina. para pegar um objeto no chão. Teve um diagnóstico de
distrofia retiniana. A mãe relata atraso da fala,
dificuldade no aprendizado, alterações de
Questão 22 comportamento e incoordenação motora, aumento do
Mulher, 45 anos, foi submetida a bypass gástrico em Y volume de urina e muita sede. O peso ao nascimento foi
de Roux há 4 anos. Na ocasião, seu IMC era 46 kg/m². 3 kg com aumento significativo do peso no primeiro ano
Perdeu mais de 50 % do excesso de peso até o segundo de vida, e posteriormente. Apresenta polidactilia pós-
ano pós-operatório. Nos últimos meses, vem tendo axial no lado ulnar em mãos e pés, pênis e testículos
episódios frequentes de confusão mental, fala com dimensões reduzidas, palato ogival e anomalias
arrastada, sudorese e cefaleia, iniciando entre 2 e 3 dentárias. Um exame radiológico apresentou
horas após comer. Nega episódios semelhantes ao deformidade calicial e rins com lobulação fetal. Sobre
despertar. Vem usando todas as suplementações esta condição, assinale a alternativa CORRETA:
prescritas e não iniciou nenhuma medicação nova. Peso A) Trata-se da síndrome de Laurence-Moon;
estável, sem alteração de apetite. PA 110 x 80 mmHg. B) Existem mais de 14 loci situados em cromossomos
Qual seria o passo inicial na avaliação? diferentes relacionados com esta síndrome;
A) Confirmar tríade de Whipple: medir glicose no C) A síndrome leva a perda da visão central, mas não à
momento do sintoma e ingerir carboidrato para ver se cegueira completa;
sintomas aliviam; D) Trata-se de uma variante da síndrome de Prader-
B) Hospitalizar e fazer um teste de jejum prolongado por Willi.
72 horas, medindo glicemia e insulinemia a cada 6
horas;
C) Encaminhar urgentemente para avaliação Questão 26
neurológica, face à hipótese de encefalopatia por Mulher, 45 anos, assintomática, hipertensa há 3 anos
deficiência de tiamina; em uso apenas de enalapril 10mg/dia. Nega tabagismo
D) Referir novamente ao cirurgião bariátrico para que e história pessoal ou familiar de AVC, IAM ou
revise a anastomose gastro-jejunal. revascularização. IMC 28,4 kg/m² e PA 123 x 78 mmHg.
Exames recentes: HbA1c 5,1 % (VR < 5,7); Glicemia 98
mg/dl (VR 70 a 99); LDL 115 mg/dl; Triglicerídeos 332
Questão 23 mg/dl; HDL 34 mg/dl; Colesterol Não-HDL 145 mg/dl;
Mulher, 34 anos, há cerca de um ano com queixa de creatinina 1,1 mg/dl (VR 0,7 a 1,2); albuminúria 32
hiperfagia vespertina/noturna, insônia inicial, mg/dl (VR < 15). Utilizando a diretriz da associação
episódios de ansiedade, frequentemente com americana de cardiologia (2018), é CORRETO afirmar:
dificuldade de manter o sono e despertares seguidos de A) O alvo de não HDL-colesterol <130 mg/dl é a meta
ingestão alimentar, com anorexia matinal. Nega terapêutica primária nessa paciente, por apresentar
comportamentos purgativos. O quadro é sugestivo de hipertrigliceridemia com dislipidemia tipicamente
uma alteração do comportamento alimentar. Assinale a aterogênica;
alternativa CORRETA em relação ao diagnóstico e B) Identificando como doença renal crônica estágio IV e
tratamento: V a paciente faz parte de uma população de benefício
A) Transtorno da compulsão alimentar - para iniciar o uso de estatinas;
lisdexanfetamina; C) Há indicação do uso de ferramentas (escores de risco)
B) Síndrome do comer noturno - sertralina; para cálculo de risco cardiovascular (CV). A terapia com
C) Transtorno alimentar relacionado com o sono - estatina pode ou não ser recomendada se a paciente
zolpidem; apresentar risco borderline (7,5 a 10 % em 10 anos);
D) Bulimia nervosa não purgativa - fluoxetina. D) Se a paciente tiver condições sistêmicas como lúpus,
artrite reumatoide ou história de menopausa precoce
e/ou diabetes gestacional são agravantes que podem
mudar a sua estratificação de risco CV.

SBEM 5
TEEM 2020
Questão 27 Questão 29
Em relação à hipertrigliceridemia severa, assinale a A lipoproteína (a) é um biomarcador de avaliação de
afirmativa CORRETA: risco cardiovascular que:
A) Quando causada por hiperquilomicronemia, observa- A) é um fator de risco causal independente para infarto
se um aumento importante dos triglicerídeos às custas
do miocárdio, acidente vascular cerebral, estenose
das moléculas de IDL e VLDL-colesterol circulantes. O
colesterol total também pode estar elevado, mas sempre valvar aórtica, doença aterosclerótica e morte
em uma proporção triglicerídeos:colesterol < 5:1; cardiovascular, segundo estudos de randomização
B) O tratamento com volanesorsen, um inibidor mendeliana;
antisenso do RNA mensageiro da Apo CIII, diminui em B) apresenta estrutura semelhante à molécula de LDL-
até 60 a 80 % os níveis de triglicerídeos e com isso o colesterol, sendo composta por uma molécula de Apo A
risco de evolução para pancreatite aguda; ligada à Apo B por pontes dissulfídicas e tendo 80 a 90%
C) Caso se opte pela utilização de ômega 3 e 6, as formas
da sua composição determinada por fatores ambientais
purificadas de ácidos graxos que contêm mais ácido
docosahexanóico (DHA) são as que possuem maior (dieta e exercícios);
efeito redutor, com doses de 6 g/dia; C) deve ser mensurada em indivíduos com história
D) Os xantomas tuberosos ou tuberoeruptivos, familiar de doença cardiovascular prematura,
localizados nas superfícies extensoras, são geralmente hipertrigliceridemia primária, suspeita de
móveis, de cor alaranjada ou vermelha e hipercolesterolemia familiar ou níveis de LDL-colesterol
patognomônicos de mutações do gene ABCA1, que > 160 mg/dl;
codifica o ATP binding cassette transporter A1.
D) indica um risco cardiovascular aumentado quando
muito elevada (>180 mg/dl ou 430 nmol/l) em adultos
Questão 28 jovens, devendo-se usar para a sua redução o
Homem, 56 anos, com diabetes tipo 2 há 4 anos, tratamento com estatinas de alta potência ou na dose
hipertenso, tabagista, teve infarto agudo do miocárdio máxima tolerada.
há 1 ano, sendo realizada angioplastia. Em uso de
enalapril 20 mg 2 vezes ao dia, hidroclorotiazida 25 mg, Questão 30
AAS 100 mg, clopidogrel e metformina 850 mg 3 vezes Menina, 10 anos, com hipercolesterolemia em dieta
ao dia. Foi prescrito atorvastatina 40 mg, mas ele hipolipídica desde os 5 anos de idade, com pouca
suspendeu há 1 semana por “dor nas pernas”. Exames melhora dos exames laboratoriais. PA 90 x 60 mmHg;
atuais: colesterol total 159 mg/dl; HDL 31 mg/dl; LDL FC 88 bpm, sem xantomas. Mamas Tanner 2. Restante
86 mg/dl, triglicerídeos 210 mg/dl; CPK total 402 U/l do exame físico normal.
(VR 22 a 334). Qual das condutas abaixo é a mais Exames laboratoriais: colesterol total 380 mg/dl, HDL
apropriada? 55 mg/dl, triglicerídeos 77 mg/dl.
A) Devido à possibilidade de rabdomiólise, manter a Pais saudáveis, ignoram níveis pessoais de colesterol,
suspensão da atorvastatina e trocar para ezetimiba já avó materna (60 anos) com miocardiopatia dilatada
que está contraindicado o uso das estatinas; isquêmica e tia materna teve morte súbita aos 55 anos.
B) Nesse momento não há indicação de estatina, Excluídas causas de hipercolesterolemia secundária.
devendo ser repetido 6/6 meses o perfil lipídico já que Sobre o caso clínico, é CORRETO afirmar:
LDL está menor do que 100 mg/dl; A) A paciente deverá manter dieta hipolipídica até a
C) A atorvastatina é metabolizada pelo CYP3A4, devendo menarca, quando poderá iniciar estatina;
ser trocada por outra estatina de alta potência, como B) A paciente deverá iniciar sequestrantes de ácidos
rosuvastatina 20-40 mg; biliares, já que é a única medicação aprovada nessa
D) Está indicada a troca para um fibrato, já que a idade;
metabolização da atorvastatina tem interação com o C) A paciente deverá iniciar estatina, podendo ser
clopidogrel. associado a ezetimiba caso necessário;
D) A paciente deverá iniciar associação de sequestrantes
de ácidos biliares e ezetimiba, únicas drogas aprovadas
nessa idade.

Questão 31
Homem, 65 anos, sem comorbidades e eutireoidiano,
traz US de tireoide solicitada pelo cardiologista após um
achado sugestivo de alteração em um doppler de
carótidas. US de tireoide: volume 12 cm³, textura
homogênea. Nódulo com 1,8 cm, hipoecogênico, com
microcalcificações e bordas irregulares em lobo
esquerdo.
PAAF evidenciou resultado Bethesda VI.
Qual a conduta mais apropriada?
A) Encaminhar para medicina nuclear para iodoterapia
do nódulo quente;
B) Pelo alto risco de câncer, solicitar PET-FDG para
rastreio de metástases;
C) Solicitar teste molecular para identificar mutações
sugestivas de carcinoma medular;
D) Encaminhar à cirurgia de cabeça e pescoço para
tireoidectomia.

SBEM 6
TEEM 2020
Questão 32 Questão 35
Mulher, 45 anos, apresenta quadro de taquicardia, Homem, 36 anos, com hipertireoidismo por doença de
tremores, irritabilidade e dor de forte intensidade em Graves há 6 meses. Atualmente em uso de metimazol
região cervical anterior há 6 dias. No último mês teve 20 mg/dia, mantendo nível de TSH suprimido, T4 livre
uma síndrome gripal e o teste de swab nasal e oral para 1,5 ng/dl (VR 0,8 a 1,9); TRAb 3,2 UI/l (VR < 1,75). Nega
pesquisa de RT-PCR para COVID-19 foi positivo. Ao tabagismo. Ao exame não apresenta sinais da atividade
exame físico FC 110 bpm, PA 140x70 mmHg, palpação inflamatória na órbita com CAS (clinical activity score)
de tireoide prejudicada pela dor de forte intensidade na igual a um. Há 3 semanas iniciou prurido difuso, que
região. Considerando o diagnóstico mais provável, quais tem se intensificado nos últimos dias, principalmente
exames complementares devem ser solicitados? em membros superiores e inferiores, sem melhora com
A) Hemograma, T4 livre, TSH, VHS; uso de antialérgicos não hormonais.
B) Tomografia computadorizada de tórax; Qual a conduta mais apropriada?
C) Sorologia para COVID-19 IgG e IgM; A) Trocar a droga antitireoidiana para propiltiouracila
D) Ultrassonografia cervical e D-dímero. pois não existe associação entre efeitos colaterais com o
uso de metimazol e propiltiouracila;
B) Tireoidectomia de urgência, pois os efeitos colaterais
Questão 33 menores podem progredir para agranulocitose ou
Homem, 40 anos, tem hipertireoidismo por doença de hepatite medicamentosa;
Graves há 6 meses. Faz uso de metimazol e está clínica C) Há indicação de radioiodoterapia como tratamento
e laboratorialmente eutireoideo. Há 3 semanas iniciou definitivo, associada ao uso profilático de corticoides
proptose ocular bilateral associada a lacrimejamento, como prednisona;
fotofobia, sensação de areia nos olhos e dor retro-ocular D) Mudança de tratamento com realização de
espontânea. Ao exame físico ocular apresenta hiperemia radioiodoterapia, sem necessidade do uso profilático de
conjuntival, sem edemas. Considerando as corticoides.
manifestações clínicas e o exame físico, assinale a
alternativa CORRETA:
A) Trata-se de quadro de orbitopatia de Graves em Questão 36
atividade inflamatória ativa devendo-se iniciar Mulher, 36 anos, com queixa de cansaço, desânimo e
corticoterapia via endovenosa devido ao risco de perda queda de cabelo. Ao exame clínico apresentava pele
de visão; seca, hiporreflexia patelar, FC 52 bpm, tireoide não
B) O quadro corresponde a orbitopatia de Graves em palpável. TSH 15,0 mUI/l (VR 0,4 a 4,0); T3 0,65 ng/ml
atividade inflamatória ativa com indicação de uso de (VR 0,7 a 1,8) e T4 livre 0,6 ng/dl (VR 0,8 a 1,9).
corticoide oral em dose imunossupressora associada à Cintilografia de tireoide com níveis de captação de
radioterapia retro-ocular; radioiodo discretamente diminuídos. Assinale a
C) Os achados são compatíveis com orbitopatia de alternativa CORRETA:
Graves leve onde medidas locais, como lubrificação A) A paciente apresenta provável resistência aos
ocular com colírios, óculos escuros e seguimento clínico hormônios tireoidianos por mutação da subunidade
são mais apropriadas no momento; beta do receptor do hormônio tireoidiano;
D) O quadro corresponde à orbitopatia de Graves em B) A paciente apresenta provavelmente tireoidite crônica
atividade inflamatória ativa e o tratamento de escolha autoimune e o anticorpo antitireoperoxidase ajuda a
envolve medidas locais, tais como colírios, oclusão confirmar a hipótese de tireoidite de Hashimoto;
ocular e uso de anti-inflamatórios não esteroides. C) Não é possível afastar o diagnóstico de
hipotireoidismo subclínico, pois os sintomas de
hipotireoidismo são frustros e inespecíficos;
Questão 34 D) A reposição hormonal deve ser feita com levotiroxina
Homem, 80 anos, vem encaminhado pelo cardiologista na dose inicial de 1,6 mcg/kg de peso por dia, embora
com os seguintes exames realizados como parte de uma o ideal seja associar T3 ao tratamento.
avaliação de rotina por ter hipertensão.
Questão 37
TSH 8,3 mUI/l (VR 0,4 a 4,0 para a população geral);
Homem, 40 anos, apresenta US de tireoide com “nódulo
T4 livre 1,4 ng/dl (VR 0,8 a 1,9); em istmo, com 1,4 cm, sólido, hipoecoico, paralelo à
antitireoperoxidase 10 UI/ml (VR < 35). pele, margens regulares, com microcalcificações e
O paciente estava assintomático e não tinha exames vascularização predominante central, TIRADS 5”.
prévios. Sem história familiar de doenças da tireoide. Os De acordo com a classificação de 2017 da American
demais exames são normais e vem tratando hipertensão College of Radiology, as características
com uma combinação de diurético tiazídico e poupador ultrassonográficas do nódulo que foram consideradas
para a sua classificação TIRADS são:
de potássio com bom controle.
A) Ecogenicidade, margens, vascularização, tamanho e
Em relação a esse paciente, é CORRETO afirmar: composição;
A) O primeiro passo é repetir os exames de avaliação da B) Margens, focos ecogênicos, tamanho, forma e
função tireoidiana para confirmação do quadro; vascularização;
B) O tratamento deve ser imediatamente iniciado, com C) Ecogenicidade, focos ecogênicos, vascularização,
objetivo de diminuir mortalidade cardiovascular; composição e localização;
C) O TSH está muito elevado para essa idade, apesar de D) Ecogenicidade, margens, focos ecogênicos, forma e
composição.
ainda haver discussão sobre valor normal em idosos;
D) Há evidências de que o tratamento combinado T4 e
T3 trará benefício clínico para esse paciente.

SBEM 7
TEEM 2020
Questão 38 Questão 41
Homem, 57 anos, observou aumento de volume cervical Considerando que os testes moleculares podem ser
há 6 meses. Ao exame físico mostrou nódulo de 2,3x3,1 utilizados com valor prognóstico para nódulos
cm em lobo esquerdo de tireoide. Foi submetido à PAAF, tireoidianos categorias III e IV de Bethesda, assinale a
cujo exame citológico, com amostra representativa, alternativa CORRETA:
mostrou: A) Mutações BRAF V600E e TERT têm pior prognóstico
“Células foliculares com anisocariose, cromatina no carcinoma diferenciado de tireoide;
irregularmente distribuída, nucléolos proeminentes, B) Rearranjo do RET é típico do carcinoma medular de
inclusão citoplasmática intranuclear (pseudo-inclusão tireoide e sinaliza melhor prognóstico;
nuclear) e dobras da membrana nuclear (grooving)”. C) Mutação do RET/PTC é encontrada no carcinoma
Assinale a alternativa CORRETA quanto ao diagnóstico: folicular de tireoide com melhor prognóstico;
A) Trata-se de uma atipia de significado indeterminado D) Rearranjo do RAS é específica do carcinoma
(Bethesda III), não sendo possível a diferenciação de um anaplásico com pior prognóstico.
adenoma ou de um carcinoma folicular;
B) A citologia da PAAF é benigna (Bethesda II), sendo
possível o seguimento do nódulo tireoidiano com Questão 42
ultrassonografia de tireoide a cada 6 meses; Homem, 45 anos, sem comorbidades prévias, há 3
C) A citologia da PAAF já é suficiente para diagnóstico meses teve diagnóstico de doença de Graves e iniciou o
de carcinoma papilífero de tireoide (Bethesda VI), sendo uso de metimazol. Há 1 mês, por melhora dos sintomas
indicada a tireoidectomia total;
iniciais do hipertireoidismo, suspendeu a medicação por
D) As principais hipóteses são carcinoma anaplásico e
carcinoma pouco diferenciado, não sendo possível conta própria. Deu entrada no pronto socorro
diferenciar apenas com esses achados citológicos. apresentando, há 2 dias, quadro de agitação
psicomotora, taquicardia, vômitos, dispneia, febre,
tremores. Ao exame físico: temperatura de 40 °C, FC
Questão 39 146 bpm, PA 160x90 mmHg. Exame laboratoriais: TSH
Mulher, 43 anos, sem comorbidades, vem para consulta 0,01 mUI/l (VR 0,4 a 4,0); T4 livre 3,6 ng/dl (VR 0,8 a
de rotina. Queixa-se de prurido em região dorsal e rubor
1,9); cálcio 10,3 mg/dl (VR 8,8 a 10,6); glicose 112
facial à ingesta de bebida alcoólica. Ao exame tireoide
normopalpável e presença de líquen cutâneo em dorso. mg/dl (VR 70 a 99); creatinina 1,5 mg/dl (VR 0,7 a 1,3);
Traz US de tireoide com nódulo em lobo direito com 0,86 TGO 60 U/l (VR até 40); TGP 57 U/l (VR até 58);
cm, sólido, hipoecoico, com microcalcificações e hemograma e urina normais. Diante desse quadro, qual
margens espiculadas. Uma PAAF mostrou das alternativas representa a melhor conduta?
citopatológico de carcinoma medular. Qual a conduta A) Reiniciar metimazol imediatamente e medidas de
mais apropriada? suporte (aspirina e cobertor frio) e prescrever
A) Seguimento com US e realizar tireoidectomia total se
propranolol, lugol e corticoide para tratamento
volume do nódulo aumentar em mais de 50 %;
B) Afastar feocromocitoma e indicar lobectomia por se domiciliar;
tratar de um microcarcinoma (< 1 cm); B) Iniciar lugol imediatamente junto com medidas de
C) Tireoidectomia total imediata com iodoterapia suporte (aspirina e cobertor frio), seguido de
complementar e supressão do TSH no seguimento; propiltiouracila, propranolol, corticoide e internação
D) Afastar feocromocitoma e realizar tireoidectomia total hospitalar;
com esvaziamento do compartimento central.
C) Iniciar lugol e medidas de suporte (acetoaminofeno e
cobertor frio) imediatamente, seguido de prescrição de
Questão 40 propiltiouracila, propranolol e corticoide para
Mulher com doença de Graves em uso de metimazol tratamento domiciliar;
(MTZ) há 8 meses (30 mg/dia) descobre que está grávida D) Iniciar propiltiouracila e medidas de suporte
e retorna ao endocrinologista com 15 semanas de (acetoaminofeno e cobertor frio) imediatamente, seguido
gestação, assintomática. de propranolol, lugol e corticoide e internação
Exames laboratoriais recentes: hospitalar.
TSH 0,01 mUI/l (VR 0,4 a 4,0 para não gestantes);
T4 livre 1,9 ng/dl (VR 0,8 a 1,9);
TRAb 10 UI/l (VR < 1,75). Questão 43
A conduta CORRETA a ser tomada nesse momento é: Em resposta à doença crítica, os valores dos hormônios
A) Aumentar a dose do metimazol para melhorar o tireoidianos podem se alterar. Assinale a resposta
controle nesse período crítico da gestação; CORRETA:
B) Trocar metimazol para propiltiouracila 600 mg/dia A) Paciente com doença leve/moderada, T4 usualmente
na relação de 1:20 (MTZ:PTU) pelo risco na gestação;
se eleva e o TSH e o T3 estão baixos;
C) Manter o metimazol na dose prescrita, considerando
a idade gestacional atual da paciente; B) No paciente com doença mais grave e prolongada, T4
D) Associar levotiroxina ao metimazol para fazer a e TSH se reduzem;
terapia “block and replace”. C) No choque séptico, TSH e T4 se elevam
significativamente;
D) Na fase aguda do infarto do miocárdio, TSH se eleva
e T4 cai abaixo do valor de referência.

SBEM 8
TEEM 2020
Questão 44 Questão 47
Mulher, 30 anos, é avaliada com sintomas de cansaço e Mulher, 38 anos, apresenta sinais e sintomas típicos de
obstipação. Exames laboratoriais revelam: TSH 70 síndrome de Cushing. Exames laboratoriais: cortisol
mUI/l (VR 0,4 a 4,0) e T4 Livre 1,5 ng/dl (VR 0,8 a 1,9). livre urinário de 24 horas (2 amostras) 290 e 370
A avaliação laboratorial foi reavaliada e mostrou os mcg/24h (VR 21 a 111); cortisol após 2 mg de
seguintes resultados: dexametasona 10,2 mcg/dl; ACTH (2 amostras) 22 e 24
TSH 75 mUI/l (VR 0,4 a 4,0), T4 livre 1,6 ng/dl (VR 0,8 pg/ml (VR 10 a 45).
a 1,9), T4 total 10,0 mcg/dl (VR 6 a 12). Anticorpos Em relação ao caso é CORRETO afirmar:
antitireoidianos negativos e ultrassonografia de tireoide A) Valores normais de ACTH confirmados em duas
normal. Assinale a alternativa CORRETA: amostras tornam o diagnóstico de doença de Cushing
A) Trata-se de hipotireoidismo primário e deve-se iniciar improvável;
tratamento com levotiroxina; B) O próximo passo da investigação seria a realização
B) Deve-se considerar a possibilidade de interferência das dosagens de cortisol e ACTH basais e após estímulo
analítica como a presença de macroagregados (macro- com desmopressina em veias periféricas;
TSH) levando ao achado discordante; C) A presença de um adenoma hipofisário de 3 mm na
C) Hipertireoidismo central por tumor hipofisário ou RM de sela túrcica dispensa a realização do cateterismo
síndrome de resistência aos hormônios tireoidianos de seios petrosos;
devem ser considerados como causa do achado D) A ausência de visualização de um adenoma
laboratorial; hipofisário na RM não descarta o diagnóstico de doença
D) O quadro laboratorial discordante deve ser de Cushing.
decorrente de provável uso de biotina pela paciente.
Questão 48
Homem, 52 anos, com diagnóstico de acromegalia, foi
Questão 45 submetido à cirurgia transesfenoidal. Os exames pós-
Mulher, 54 anos, sem comorbidades prévias, veio operatórios foram: GH 5,3 ng/ml e IGF-1: 770 ng/ml
encaminhada para avaliar tireoide. Ansiosa, com (VR 75 a 278). Iniciou tratamento com octreotida LAR
tremores, palpitações, insônia e irritabilidade. PA 30 mg e após um ano de tratamento apresenta os
130x90 mmHg, FC 100 bpm. Tireoide normopalpável. seguintes exames: GH 2,9 ng/ml, IGF-1: 380 ng/ml (VR
Exames: TSH 0,1 mUI/l (VR 0,4 a 4,0); T4 livre 2,0 ng/dl 75 a 278) e glicemia 109 mg/dl. RM de sela túrcica 3
(VR 0,8 a 1,9); T3 1,8 ng/ml (VR 0,7 a 1,8); anticorpos meses pós-cirurgia e após 1 ano de tratamento com
antitireoperoxidase, antitireoglobulina e TRAb octreotida LAR mostra a mesma lesão residual de 8 mm
negativos. US de tireoide com volume 11 cm³, localizada dentro do seio cavernoso esquerdo. De acordo
ecotextura homogênea, com nódulo de 0,7 cm, com o consenso de tratamento da acromegalia
espongiforme em lobo direito. publicado em 2018, a melhor abordagem para esse
Você solicita uma cintilografia de tireoide com I131 que paciente seria:
mostrou hipocaptação homogênea em região cervical A) Trocar octreotida LAR por pasireotida já que o
anterior e proeminente captação em região pélvica paciente tem resíduo tumoral visualizado em exame de
esquerda. A mais provável hipótese diagnóstica e a RM de sela túrcica;
conduta mais apropriada é: B) Adicionar cabergolina já que houve resposta parcial
A) Tireoidite de Quervain – Propranolol; ao octreotida LAR e o paciente apresenta níveis de GH e
B) Doença de Plummer – Iodoterapia; IGF-I moderadamente elevados;
C) Síndrome de Marine-Lenhart – Tireoidectomia total; C) Trocar octreotida LAR por pasireotida + pegvisomanto
D) Struma Ovarii – Cirurgia. já que o paciente apresenta resíduo tumoral e tem
glicemia alterada;
D) Realizar radioterapia convencional, pois o paciente
Questão 46 não controlou a doença com octreotida LAR e tem
Em relação ao tratamento de hipopituitarismo, é resíduo tumoral.
CORRETO afirmar que:
A) Mulheres com deficiência de GH necessitam de doses Questão 49
menores de GH quando usam concomitantemente Homem, 26 anos, com múltiplas e pequenas lesões em
reposição estrogênica oral; pulmão, evoluiu com alteração de sódio. Ao exame
B) A reposição de GH, em indivíduos com físico: vigil, mucosas hidratadas, eupneico, estável
hipopituitarismo e insuficiência de ACTH, pode
hemodinamicamente, diurese sem alterações. Exames
aumentar o risco de insuficiência adrenal;
C) A reposição de GH, em indivíduos com laboratoriais: glicemia 80 mg/dl (VR 70 a 99); sódio 130
hipopituitarismo e insuficiência de TSH, pode aumentar mEq/l (VR 136 a 145); osmolalidade plasmática 260
os níveis de T4 livre e reduzir os níveis de T3; mOsm/kg (VR 280 a 300); densidade urinária 1040 (VR
D) Pacientes que iniciam reposição estrogênica com 1018 a 1025); creatinina, cortisol, TSH e T4 livre
contraceptivos orais combinados podem precisar de normais. Qual hipótese diagnóstica mais provável e o
menores doses de levotiroxina. tratamento que deve ser instituído?
A) Diabetes insípidus nefrogênico – diurético;
B) Polidipsia psicogênica – ansiolítico;
C) Síndrome de secreção inapropriada de ADH -
restrição hídrica;
D) Diabetes insípidus central, fase tardia – DDAVP
intranasal.

SBEM 9
TEEM 2020
Questão 50 Questão 52
Mulher, 40 anos, sem comorbidades prévias, vem à Mulher, 38 anos, apresenta-se com ganho de peso,
consulta com amenorreia, sonolência excessiva, leve fraqueza muscular proximal importante, acne facial e
aumento de peso e queda de cabelo. G2P2A0, hiperpigmentação. Exames laboratoriais: glicemia jejum
210 mg/dl, potássio 3,0 mEq/l (VR 3,5 a 5,0), cortisol
amamentou apenas primeiro filho pois no seu último
após 1 mg de dexametasona 17,2 mcg/dl e cortisol livre
parto, aos 30 anos, apresentou hemorragia pós-parto. urinário 262 mcg/24h (VR 21 a 111). Foi administrado
Ao exame: consciente, hidratada, extremidades frias, PA dexametasona 2 mg/dia por dois dias e dosado ACTH
decúbito dorsal: 120 x 80 mmHg, PA ortostase: 105 x plasmático 480 pg/ml (VR 10 a 45) e após administrar
70 mmHg, FC 84 bpm, tireoide normopalpável, sem CRH, a dosagem de ACTH foi de 500 pg/ml (VR 10 a 45).
alterações nos demais sistemas. Exames: TSH 5 mUI/l Teste com altas doses de dexametasona (8mg) mostrou
(VR 0,4 a 4,0) e T4 livre < 0,20 ng/dl (VR 0,8 a 1,9). Com cortisol basal 30 mcg/dl e após a dexametasona 25
mcg/dl. RM hipófise: microadenoma hipofisário de 0,4
relação ao caso acima é CORRETO afirmar:
cm.
A) A história é sugestiva de síndrome de Sheehan, Qual a provável etiologia do hipercortisolismo?
devendo ser realizada dosagem basal de cortisol, FSH, A) Síndrome do ACTH ectópico;
LH, estradiol, prolactina e IGF-1 e repetir T4 livre e TSH; B) Doença de Cushing;
B) Paciente com provável hipotireoidismo primário, C) PseudoCushing;
devendo ser iniciado de imediato a reposição com D) Síndrome de Cushing exógena;
levotiroxina para melhora dos sintomas;
Questão 53
C) Paciente com provável insuficiência adrenal primária
Um paciente de 20 anos, atualmente com estatura de
com hipotensão postural e será necessária realização de 1,75 m e 70 kg, teve baixa estatura desde os 2 anos e
testes dinâmicos para confirmação diagnóstica; diagnóstico de deficiência de GH e hipotireoidismo
D) Paciente com provável hipotireoidismo central central aos 9 anos. Refere que, na época, a RM de sela
isolado, devendo ser iniciado reposição com levotiroxina túrcica era normal. Aos 15 anos teve diagnóstico de
imediata, sem indicação de deficiência de outros hipogonadismo central. Faz reposição hormonal
hormônios hipofisários. regularmente com somatotropina 1U (0,33 mg) por dia,
levotiroxina 125 mcg ao dia; cipionato de testosterona
200 mg a cada 21 dias. Possui uma irmã com as
Questão 51 mesmas deficiências hipofisárias. Há 4 meses o paciente
Mulher, 28 anos, nulípara, encaminhada por vem apresentando tontura, náusea, hiporexia e perda
amenorreia há 4 meses, trazendo dosagem de prolactina de 4 kg, e seu cortisol sérico às 8h da manhã foi de 2,7
84 ng/ml (VR 3 a 25). Ao exame físico, apresentava mcg/dl (VR 5 a 25). Em relação ao caso é CORRETO
apenas galactorreia bilateral à expressão. Negava uso de afirmar:
qualquer medicação. TSH, T4 Livre, cortisol e IGF-1 A) O paciente pode estar evoluindo com insuficiência
normais. Nova prolactina após repouso 80 ng/ml (VR 3 corticotrófica tardia, comum no hipopituitarismo
a 25). A RM evidenciou lesão sólida selar de 10x12x9 congênito por mutação no gene PROP-1;
mm, com invasão de seio cavernoso à direita. Foi B) A dose de somatotropina está insuficiente e pode
iniciada cabergolina 0,5 mg 2 vezes por semana. Após 8 estar relacionada aos sintomas que o paciente vem
meses de tratamento, as menstruações estavam apresentando;
normais e a prolactina estava 1,5 ng/ml (VR 3 a 25). À C) A RM deve ser repetida pois, em casos de
RM, o tumor apresentou discreto aumento (10x13x10 hipopituitarismo congênito com neurohipófise ectópica
mm), mas não encostava no sistema óptico. TSH, T4 a presença de história familiar é comum;
livre, cortisol e IGF-1 permaneciam normais. D) O paciente pode estar evoluindo com insuficiência
Qual a alternativa CORRETA neste caso: corticotrófica, e a dosagem de ACTH plasmático está
A) Aumentar a dose de cabergolina devido ao aumento indicada para confirmar o diagnóstico.
de volume do prolactinoma;
B) Cirurgia de retirada parcial (cirurgia de debulking) do Questão 54
prolactinoma; Mulher, 36 anos, portadora de lesão hipofisária com 1,6
C) Diminuir a dose da cabergolina para 0,5 mg por cm ao diagnóstico. Prolactina 2500 ng/ml (VR 3 a 25).
semana e repetir RM em 12 meses; IGF-1, TSH, T4livre, cortisol normais. Fez uso de
D) Associar análogo da somatostatina para controle do cabergolina 0,5 mg 2 vezes/semana por 2 anos e agora
tamanho tumoral. está em uso de 0,5 mg por semana há 2 anos. No
momento, apresenta ciclos menstruais regulares,
ovulatórios e sem galactorreia ou outras queixas.
Prolactina atual 3,5 ng/ml (VR 3 a 25) e RM de sela
túrcica com adenoma de 0,3 cm.
Segundo as últimas recomendações da SBEM de 2018,
qual a conduta mais adequada para este caso?
A) Manter o uso de cabergolina até a menopausa, para
evitar aumento do tamanho tumoral;
B) Realizar a campimetria visual, para identificar a
possibilidade de suspender a cabergolina;
C) Trocar para bromocriptina para obter efeito aditivo e
maior resolução da massa tumoral;
D) Suspender a cabergolina e reintroduzi-la se
prolactina voltar a se elevar.

SBEM 10
TEEM 2020
Questão 55 Questão 59
Em relação ao diabetes insipidus, é CORRETO afirmar: Segundo as recomendações atuais da SBEM, estaria
A) A principal causa de diabetes insipidus é a indicada a dosagem de 25OHvitamina D nas seguintes
compressão da neurohipófise por macroadenoma situações:
hipofisário; A) Indivíduos usando anticonvulsivantes, orlistate,
B) Perda do sinal hiperintenso da neurohipófise na RM sibutramina ou colestiramina;
de sela túrcica é considerado patognomônico de B) Indivíduos com doença celíaca, gestantes e usuários
diabetes insipidus central; crônicos de antirretrovirais;
C) Osmolalidade urinária < 300 mOsm/Kg e sérica C) Em indivíduos com mais de 50 anos, pelo menos uma
acima do limite superior da normalidade ao final do vez por ano;
teste de restrição hídrica confirma polidipsia primária; D) Em atletas, crianças e gestantes.
D) Aproximadamente 90 % dos casos de diabetes
insipidus diagnosticado no pós-operatório de cirurgia Questão 60
hipofisária por adenoma de hipófise são transitórios. Homem, 52 anos, portador do vírus HIV em uso de
tenofovir há 7 anos. Nega outras medicações. Refere dor
Questão 56 e fraqueza muscular há aproximadamente 6 meses, de
Dois residentes estavam conversando sobre uma caráter progressivo, e que atualmente apresenta
proteína X com as seguintes características: é produzida dificuldade para deambular. Relata ainda que neste
pelo osteócito; inibe formação óssea; quando afetada por período apresentou fraturas em metatarso direito e
fêmur esquerdo e que todas as fraturas tiveram atraso
mutação inativadora causa doença de Van Buchem.
no diagnóstico, sendo diagnosticadas apenas na RM.
Sobre qual proteína eles estavam falando? Assinale a alternativa CORRETA em relação ao provável
A) RANK-L; diagnóstico e alterações laboratoriais desse paciente.
B) Esclerostina; A) Osteoporose secundária ao HIV; hipocalcemia;
C) Catepsina K; B) Doença de Paget; aumento da fosfatase alcalina;
D) FGF-23. C) Osteomalácia oncogênica; redução do FGF23;
D) Osteomalácia induzida por tenofovir; hipofosfatemia.
Questão 57
Mulher, nissei, 68 anos, iniciou alendronato oral aos 55 Questão 61
anos para prevenção de osteoporose. Na ocasião, tinha Mulher, 35 anos, fez densitometria óssea solicitada pelo
T-score de coluna lombar -2,0 DP e colo de fêmur -1,5 seu médico generalista que revelou Z-score em:
DP. Relata tomar alendronato corretamente até hoje. L1-L4: -2,6 DP
Menopausa foi aos 52 anos e faz reposição hormonal Colo do fémur: -2,4 DP
estroprogestagênica desde então. Nega fraturas. Há 6 Fêmur total: -2,2 DP
meses refere dor na face lateral da coxa direita quando Não tem antecedentes patológicos e negou fraturas por
caminha ou se movimenta. Na radiografia, observa-se fragilidade óssea. A investigação de causas secundárias
uma espícula na cortical lateral do fêmur direito. Nesta de osteoporose não demonstrou anormalidades. Sobre
situação, qual das condutas abaixo estaria ERRADA? esse caso, é CORRETO afirmar:
A) Interromper o alendronato, retirar carga e solicitar A) Diante desse diagnóstico de osteoporose, está
RM para avaliar a lesão óssea; indicado tratamento com bisfosfonatos a fim de reduzir
B) Encaminhar ao ortopedista para avaliar necessidade o risco de fraturas;
de colocação de haste intramedular neste fêmur; B) Para essa paciente, a indicação de denosumabe é
C) Trocar o alendronato por um antirreabsortivo mais preferível aos bisfosfonatos, para evitar possíveis efeitos
potente, pelo risco iminente de fratura; adversos sobre uma futura gestação;
D) Avaliar se o fêmur contralateral apresenta lesão C) Em virtude da ausência de fraturas, a osteoporose
semelhante. diagnosticada nessa paciente deve ser tratada apenas
com cálcio e vitamina D;
Questão 58 D) Na ausência de causas secundárias e de fraturas,
Mulher, 55 anos, com paraplegia por lesão de medula além de adequação do cálcio e vitamina D, essa baixa
causada por acidente automobilístico, vem para massa óssea deve ser reavaliada após 1 ano.
consulta com os seguintes resultados na densitometria
óssea (T-score): Questão 62
L1-L4: -1,8 DP Paciente com 1 mês de vida, apresentou grave hipotonia
Colo do fêmur: -2,7 DP e bradicardia. Os exames laboratoriais mostraram:
Fêmur total: -2,6 DP glicemia 60 mg/dl (VR 50 a 80); sódio 140 mEq/l (VR
Dentre os bisfosfonatos, considerando os resultados dos 138 a 145); cálcio 18 mg/dl (VR 8,8 a 10,5); cálcio
estudos pivotais, qual é o MENOS indicado para essa ionizado 2,8 mmol/l (VR 1,20 a 1,40); fósforo 3,8 mg/dl
paciente? (VR 4,5 a 6,7); magnésio 2,8 mg/dl (VR 1,6 a 2,6); PTH
A) Ibandronato; intacto 500 pg/ml (VR 12 a 65). Exames adicionais
B) Risedronato; mostram função renal normal e calciúria diminuída.
C) Alendronato; Qual hipótese melhor explica o quadro descrito?
D) Ácido zoledrônico. A) Mutação inativadora da 1-alfa hidroxilase;
B) Hiperparatireoidismo materno;
C) Mutação inativadora do receptor sensor de cálcio;
D) Pseudohipoparatireoidismo congênito.

SBEM 11
TEEM 2020
Questão 63 Questão 65
Homem, 48 anos, há 3 anos apresenta dificuldade de Mulher, 52 anos, procura o endocrinologista por
deambulação. Era previamente saudável, mas há 5 anos apresentar cálcio sérico elevado solicitado em exames de
começou a ter dores no corpo e fraqueza muscular até rotina. Nega fraqueza, dor muscular, fraturas, sintomas
que, há 3 anos, teve uma fratura no colo do fêmur gastrointestinais, diminuição de memória, nefrolitíase,
esquerdo que necessitou de correção cirúrgica. Desde polidipsia ou poliúria. Nega uso de lítio ou diuréticos.
então não consegue mais caminhar sem auxílio e Exames: cálcio 11,0 mg/dl (VR 8,8 a 10,6); fósforo 2,5
atualmente está em cadeiras de rodas. Ao raio X de mg/dl (VR 2,5 a 4,5); cálcio urinário 340 mg/24 h; PTH
coluna há múltiplas fraturas em vértebras e costelas. 110 pg/ml (VR 12 a 65), marcadores de reabsorção
Exames laboratoriais: 25OHvitamina D 26 ng/ml (VR óssea elevados, 25OHvitamina D normal, TFG (CKD-
20 a 60); cálcio 9,8 mg/dl (VR 8,8 a 10,6); fósforo 1,7 EPI) 70 ml/min. Uma densitometria óssea (DMO)
mg/dl (VR 2,5 a 4,5); PTH 78 pg/ml (VR 12 a 65); mostrou T-score -1,5 em colo do fêmur e -1,2 em coluna
atividade de fosfatase alcalina 248 U/l (VR 50 a 110); lombar. US de rins e US cervical normais, cintilografia
creatinina 0,9 mg/dl (VR 0,7 a 1,2). Esse quadro clínico de paratireoides com Tc-sestamibi mostrou captação em
e laboratorial é altamente sugestivo de: região posterior e superior ao lobo direito da tireoide.
A) Osteomalácia oncogênica; Segundo as recomendações mais recentes para esta
B) Hiperparatireoidismo primário; patologia, qual seria a conduta RECOMENDADA?
C) Doença óssea adinâmica; A) Exploração cervical bilateral com exérese da
D) Osteodistrofia de Albright. paratireoide superior direita;
B) Exploração cervical bilateral com retirada das quatro
Questão 64 glândulas e implante de fragmento em antebraço;
Calculando o risco de fratura pelo FRAX de uma C) Reposição com 7.000 UI vitamina D e 1g cálcio, além
paciente com 65 anos, peso de 56 kg e 150 cm de altura, de diurético tiazídico para reduzir calciúria;
tabagista atual, chegou-se ao gráfico abaixo para risco D) Acompanhamento anual com dosagem de cálcio e
de fraturas maiores, utilizando o método desenvolvido função renal e DMO a cada 1-2 anos.
pela National Osteoporosis Guideline Group (NOGG):
Questão 66
Menina, 3 anos de idade, foi encaminhada devido a
retardo de crescimento e encurvamento dos membros
inferiores. Nos exames laboratoriais constatava-se
fósforo 2,8 mg/dl (VR 4,0 a 7,0), fosfatase alcalina 568
UI/l (VR 80 a 200), cálcio total corrigido 10,5 mg/dl (VR
8,8 a 10,8), PTH 62 pg/ml (VR 12 a 65), creatinina 0,3
mg/dl (VR 0,2 a 0,5) e 25OHvitamina D 34 ng/ml (VR
20 a 50). A taxa de reabsorção tubular de fósforo foi
calculada em 78 %. Baseado nestes resultados, é
possível EXCLUIR a hipótese de:
A) Raquitismo por deficiência da 1-alfa hidroxilase;
B) Síndrome de Fanconi;
C) Raquitismo hipofosfatêmico ligado ao X;
D) Cistinose nefropática.

Questão 67
Considerando que o gene MKRN3 seja de imprinting
materno, que alternativa abaixo descreve o impacto de
Baseado nesse gráfico, é possível afirmar que:
mutações deste gene na apresentação do quadro de
A) Por estar na faixa amarela, a paciente pode ser
puberdade precoce nesta família?
mantida apenas com cálcio e vitamina D e ser reavaliada
A) Se a mãe for portadora da mutação, ela pode
após 12 meses;
transmitir o gene e o quadro clínico para filhos de ambos
B) A paciente deve ser tratada com medicações de
os sexos;
segunda linha (raloxifeno ou calcitonina), uma vez que
B) Se o pai for portador da mutação, ele pode transmitir
seu risco é baixo;
o gene e o quadro clínico para filhos de ambos os sexos;
C) Para melhor avaliar o risco de fraturas e a
C) Se o pai for portador da mutação ele pode transmitir
necessidade de tratamento é preciso realizar uma
o gene somente para as filhas;
densitometria óssea;
D) Se o pai for portador da mutação, ele pode transmitir
D) O gráfico indica necessidade de iniciar tratamento
o gene, mas não o quadro clínico para as filhas.
com bisfosfonato oral, pois a densitometria já mostra
osteoporose.
Questão 68
Na avaliação da densitometria óssea em crianças está
CORRETO:
A) O diagnóstico de osteoporose não pode ser baseado
apenas em dados densitométricos;
B) Deve-se solicitar aquisição da coluna lombar (L1-L4),
colo de fêmur e fêmur total;
C) Valores de T-score entre -1,0 e -2,5 DP são
diagnósticos de osteopenia;
D) A interpretação diagnóstica deve ser realizada a
partir do T-score.

SBEM 12
TEEM 2020
Questão 69 Questão 73
Menina, 3 anos, vem à consulta por pubarca precoce há Na consulta de uma lactente com genitais femininos
6 meses, aumento do clitóris e acne. Mãe nega uso de típicos, a mãe refere que a pesquisa do sexo fetal por
qualquer tipo de medicação nos últimos meses. Ao DNA em sangue materno (“sexagem”) havia concluído
exame físico peso no percentil 50 e altura no percentil que o feto era de sexo genético masculino. Um exame de
25; acne em face e pelos pubianos escuros grossos e imagem feito por profissional experiente revelou
encaracolados já se estendendo em direção ao abdômen; ausência de útero. Com esse quadro, é possível
genitália feminina, ausência de fusão labial com clitóris AFASTAR a hipótese diagnóstica de:
aumentado de tamanho. Restante do exame físico A) Insensibilidade total a andrógenos;
normal. Idade óssea de 2 anos. B) Mutação no receptor LH/HCG;
Qual o diagnóstico mais provável? C) Defeito de síntese de testosterona por deficiência
A) Tumor de córtex adrenal; enzimática;
B) Hiperplasia adrenal congênita, forma clássica não D) Disgenesia gonadal pura.
perdedora de sal;
C) Puberdade precoce central;
D) Hiperplasia adrenal congênita, forma não clássica. Questão 74
Menina, 10 anos e 7 meses vem para avaliação por baixa
estatura. Apresentava-se com estatura -3,0 DP, sem
Questão 70 alterações fenotípicas características, exceto um
Com relação ao surgimento de telarca em meninas com discreto palato em ogiva. Exames laboratoriais: LH 2,1
menos de 8 anos de idade cronológica, é CORRETO mUI/ml (VR até 1); FSH 18,2 mUI/ml (VR até 4); TSH,
afirmar: T4Livre, IGF-1 normais; cariótipo 45,X. Idade óssea 9
A) Telarca precoce com aumento da velocidade de anos. Sobre esse caso podemos afirmar:
crescimento e manchas café-au-lait é sugestiva de A) A paciente não precisa fazer uso de hormônio do
síndrome de McCune-Albright, cujo diagnóstico é crescimento recombinante, pois apresenta IGF-1
confirmado por estradiol e gonadotrofinas elevadas; normal;
B) A presença de telarca antes dos 2 anos e após os 6 B) Estrogenioterapia deve ser iniciada imediatamente e
anos de idade pode ser parte do desenvolvimento mantida por 18 a 24 meses, quando se associará
normal em alguns casos, e pode não necessitar progestágeno;
intervenção medicamentosa; C) Deverá realizar rastreio de outras anormalidades
C) A visualização de vários folículos em ovários durante como ultrassonografia abdominal, de vias urinárias e
exame de ultrassonografia pélvica em paciente com ecocardiograma;
telarca precoce confirma o diagnóstico de puberdade D) É obrigatória a investigação de outras causas de
precoce periférica; baixa estatura, já que o diagnóstico citogenético não
D) A maioria dos casos de puberdade precoce central em explica o grau de comprometimento estatural.
meninas menores de 6 anos é idiopática, não havendo
obrigatoriedade de exame de imagem de sistema
nervoso central nesta situação. Questão 75
Criança de 3 anos apresenta história de 2 fraturas da
tíbia direita, 1 fratura da tíbia esquerda e 1 fratura do
Questão 71 úmero esquerdo, frouxidão ligamentar e anormalidades
No ambulatório você atende uma criança com queixa de dentárias, além de raio-x de crânio que mostra ossos
baixa estatura. Com relação ao exame clínico e sua wormianos. A base fisiopatológica e o perfil laboratorial
relação com a abordagem diagnóstica, assinale a plasmático mais prováveis são:
alternativa CORRETA: A) Defeito na síntese do colágeno, cálcio baixo, fósforo
A) A observação de fronte proeminente e face triangular elevado;
sugere o diagnóstico de pseudohipoparatireoidismo; B) Defeito no receptor de cálcio, cálcio baixo, fósforo
B) A presença de 4º metacarpo curto é característica da elevado;
síndrome de Silver-Russell; C) Defeito na síntese do colágeno, cálcio normal, fósforo
C) Se a relação segmento superior/segmento inferior normal;
estiver diminuída deve se pensar em acondroplasia ou D) Defeito na reabsorção do fósforo, cálcio baixo, fósforo
hipocondroplasia; elevado.
D) Braços e pernas curtos são alterações observadas na
síndrome de Turner e em doenças relacionadas ao gene
SHOX. Questão 76
A condição clínica que permite o uso de contraceptivos
hormonais combinados orais, sendo considerada
Questão 72 categoria 1 ou 2 segundo o CDC (Centers of Disease
Com relação à síndrome de McCune-Albright, é Control and Prevention) é:
CORRETO afirmar: A) Diabetes mellitus com complicações crônicas como
A) O hipercortisolismo ocorre com maior frequência em retinopatia e neuropatia;
meninos, durante a puberdade; B) Cirurgia bariátrica com procedimento restritivo como
B) Deve-se avaliar GH, IGF1 e prolactina, pela a banda gástrica vertical;
possibilidade de cossecreção de GH e prolactina; C) Cirrose hepática descompensada;
C) Na presença de hipertireoidismo, não há indicação de D) Cirurgia bariátrica com procedimento de bypass
radioiodoterapia como tratamento definitivo; gástrico em Y de Roux.
D) Há redução da concentração do FGF-23, sendo
marcador da gravidade da lesão óssea.

SBEM 13
TEEM 2020
Questão 77 Questão 80
Menino, 16 anos, vem se queixando de aumento das Com relação à investigação de amenorreia e abordagem
mamas, bilateralmente, há aproximadamente 06 meses da amenorreia hipotalâmica funcional (AHF), assinale a
que o impedem de tirar a camisa para jogar futebol. Vem alternativa ERRADA:
praticando musculação regularmente e, na academia, A) Sugere-se avaliar AHF em mulheres cujo intervalo do
foi prescrito testosterona para potencializar o ganho de ciclo menstrual persistentemente exceda 45 dias e/ou
massa muscular, que o paciente vem utilizando há com amenorreia por 3 meses ou mais;
aproximadamente 1 ano. Ao exame, presença de tecido B) A indução da ovulação em mulheres com AHF deve
mamário glandular bilateral, indolor, sem nódulos ou ser recomendada se o IMC for superior a 18,5 kg/m2 e
tumorações. Sua genitora refere que logo após o após tentativas de normalizar o balanço energético;
nascimento, o mesmo apresentou aumento das mamas, C) Pacientes com AHF e com baixa densidade mineral
autolimitado. Em relação ao caso, assinale a alternativa óssea devem receber tratamento com bisfosfonatos ou
CORRETA: denosumabe para recuperação da saúde óssea;
A) A ginecomastia após o nascimento como história D) Após excluir a gravidez, o teste de progesterona
pregressa não é relevante, já que pode ser encontrada objetiva induzir sangramento de privação e garantir a
em grande número de recém-nascidos; integridade anatômica.
B) Pela grande possibilidade de ser ginecomastia
puberal, por respeito à privacidade do adolescente, não
há necessidade da avaliação testicular no exame físico; Questão 81
C) Caso apresente elevação isolada de estradiol, com A figura abaixo mostra o ciclo menstrual.
beta-HCG, testosterona, LH, TSH e prolactina normais
não é necessário investigação adicional;
D) O uso de testosterona não é relevante, pois está
associado à virilidade e aumento de massa muscular e
não a aumento de mamas.

Questão 78
Doenças sistêmicas podem levar ao aparecimento do
hipogonadismo masculino. Sobre esse assunto, assinale
a alternativa ERRADA:
A) O hipogonadismo secundário à sobrecarga de ferro
(talassemia e hemocromatose) é diretamente devido à
deposição de ferro nas glândulas endócrinas como
consequência da doença sistêmica primária;
B) Pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica, Qual das características abaixo pode ser atribuída à
fatores coexistentes contribuem para o desenvolvimento FASE 2 do gráfico?
do hipogonadismo como hipoxemia, inflamação A) Transformação do endométrio pelo hormônio D de
sistêmica e uso de glicocorticoide; proliferativo para secretório;
C) A sarcoidose causa mais frequentemente B) Produção de hormônio C pelo corpo lúteo, cuja queda
comprometimento testicular, levando a uma levará à descamação uterina e menstruação;
apresentação clínica e laboratorial de hipogonadismo C) Produção de hormônio B pelo corpo lúteo, levando o
hipergonadotrófico; endométrio de secretório para proliferativo;
D) Alterações dos hormônios sexuais em homens com D) O pico concomitante dos hormônios B e D no meio
doenças hepáticas são frequentemente funcionais, da fase causa descamação do endométrio.
sendo revertidas pelo transplante de fígado ou quando
há recuperação da função hepática.
Questão 82
Sobre o hipogonadismo masculino, assinale a
Questão 79 alternativa CORRETA:
Mulher trans, 30 anos, entrou em relação estável com A) Hipogonadismo orgânico é causado por condições
mulher cis e quer discutir alternativas para o casal ter que suprimem gonadotrofinas e testosterona,
seus filhos biológicos. A paciente vem em tratamento de reversíveis com o tratamento da etiologia;
afirmação de gênero há 2 anos, em uso de estradiol e B) Hipogonadismo funcional é causado por doença
espironolactona. Traz exames recentes, com estradiol congênita, estrutural ou destrutiva e leva à disfunção
sérico em concentração típica de mulheres na menacme hipotalâmica, pituitária ou testicular permanente;
e testosterona suprimida. Qual seria a postura inicial C) Hiperprolactinemia, doença renal em estágio
mais adequada? terminal e abuso de álcool são causas de hipogonadismo
A) Adicionar citrato de clomifeno ao esquema utilizado; orgânico ou clássico;
B) Discutir se a suspensão da terapia hormonal atual D) O uso de opioides, obesidade e diabetes mellitus do
seria uma opção aceitável; tipo 2 são possíveis etiologias de hipogonadismo
C) Propor adoção como única alternativa; funcional.
D) Encaminhar para aspiração microcirúrgica do
epidídimo para coleta de esperma.

SBEM 14
TEEM 2020
Questão 83 Questão 86
Mulher, 28 anos, há dois meses com dor em porção Dentre as principais formas de hiperplasia adrenal
proximal do fêmur a despeito do uso de dipirona. Com congênita (HAC), é CORRETO afirmar que:
a piora progressiva da dor, necessitou de sedação A) Meninas com deficiência da 11-hidroxilase se
continuada com oxicodona e avaliação com exames de apresentam com quadro de hipertensão arterial
imagem que mostrou lesão óssea sugestiva de associado à pseudopuberdade precoce isossexual;
neoplasia. Deprimida, começou a usar paroxetina sob B) Os meninos com deficiência da 21-hidroxilase se
orientação médica. Indicada intervenção cirúrgica, foi apresentam normotensos, hipocalêmicos e com atraso
identificada elevada pressão arterial na avaliação pré- puberal;
operatória e iniciou o uso de losartana. Reavaliada duas C) Em ambos os sexos, na deficiência da 17-hidroxilase,
semanas após, estava com níveis pressóricos pode ser encontrado hipertensão arterial e
controlados, mas referiu que a sua menstruação pela hipercalemia;
primeira vez não tinha acontecido. D) Em meninos com deficiência de 21-hidroxilase, a
Considerando os medicamentos em uso pela paciente, presença de restos adrenais testiculares é frequente e
assinale a alternativa na qual a justificativa explica uma pode levar à infertilidade.
potencial e plausível interferência da droga no ciclo
menstrual.
A) Dipirona: interferência na pulsatilidade do GnRH Questão 87
hipotalâmico aumentando sua frequência; Mulher, 56 anos, realizou TC por dor abdominal e
B) Oxicodona: antagonismo competitivo na ligação ao detectou, acidentalmente, uma massa de 1,7 cm na
receptor de progesterona; adrenal direita, com índice de atenuação de 5 HU e
C) Losartana: interferência paradoxal ovariana de eliminação do contraste > 65 % em 10 minutos. Negava
síntese de esteroides por vasoconstrição; sintomas paroxísticos como elevação da PA, dor
D) Paroxetina: redução do tônus inibitório torácica, sudorese, cefaleia ou palpitação. História
dopaminérgico e elevação dos níveis de prolactina. patológica pregressa nada digno de nota e não usava
quaisquer medicamentos. Menopausa aos 50 anos.
Exame físico normal, PA 116x74 mmHg; FC 68 bpm.
Questão 84 Peso 60 kg e estatura 1,65 m. Apresentava hemograma
Com relação à monitorização do tratamento de homens normal; glicose 78 mg/dl (VR 70 a 99); sódio 141 mEq/l
submetidos à terapia hormonal (TH) com testosterona, (VR 136 a 145); K 4,3 mEq/l (VR 3,5 a 5,0); ureia 31
assinale a alternativa CORRETA: mg/dl (VR 19 a 49); creatinina 0,7 mg/dl (VR 0,7 a 1,2).
A) Pacientes em uso de undecanoato de testosterona Sobre esse caso é CORRETO afirmar:
injetável, a testosterona sérica total deve ser avaliada A) Apesar da ausência de paroxismos e a paciente ser
logo antes da próxima aplicação objetivando avaliar o normotensa, deve-se proceder a investigação de
nadir do efeito; feocromocitoma;
B) Monitorar as concentrações de testosterona sérica de B) Uma vez que a paciente é normotensa e não tem
3 a 6 meses após o início da TH objetivando estigmas associados ao hipercortisolismo, não há
concentrações séricas de testosterona total no limite indicação de investigação de hiperaldosteronismo
superior da normalidade; primário e de secreção autônoma de cortisol;
C) Avaliar as concentrações de testosterona sérica até 1 C) As características da imagem à TC sugerem
hora após a aplicação do gel transdérmico desde que o malignidade e, portanto, a paciente deve ser submetida
paciente esteja em uso da TH há pelo menos 1 semana; à adrenalectomia direita;
D) Homens em TH entre 55 e 69 anos com risco para D) Mesmo na ausência de hipersecreção hormonal
câncer de próstata e PSA superior a 1,4 ng/ml, atual, a paciente tem grande chance de desenvolver
confirmado, é indicativo de avaliação urológica. hipersecreção futura.

Questão 85 Questão 88
Paciente, 23 anos, encaminhada ao endocrinologista Homem, 35 anos, apresentando quadro clínico de perda
por amenorreia primária. Ao exame físico: 57 kg, 1,63 ponderal inexplicada, adinamia, vômitos, palidez e dor
m, PA 120x80 mmHg, fácies atípica, Tanner M4P1. abdominal. Resultados iniciais mostraram: cortisol
Genitália externa feminina, ausência de clitoromegalia. basal 5 mcg/dl (VR 5 a 25), ACTH 17 pg/ml (VR 10 a
Exames laboratoriais: testosterona 406 ng/dl (VR < 75); 45), sódio 134 mEq/l (VR 136 a 145); potássio 4,5
estradiol 20 pg/ml (VR 27 a 125); LH 15 mUI/ml (VR mEq/l (VR 3,5 a 5,0). Assinale a alternativa CORRETA:
2,1 a 10,9); FSH 9,4 mUI/ml (VR 3,85 a 8,8) prolactina A) O cortisol basal definiria diagnóstico etiológico se
8,3 ng/ml (VR 3 a 25). estivesse inferior a 3 mcg/dl;
Qual a hipótese diagnóstica mais provável? B) A ausência de hiperpigmentação cutânea e
A) Deficiência de 5-alfa redutase; hipotensão sugerem insuficiência adrenal primária;
B) Deficiência da 17alfahidroxilase; C) Os resultados não são conclusivos e testes funcionais
C) Resistência androgênica completa; são necessários para o diagnóstico;
D) Síndrome de Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser. D) O paciente tem indicação de realizar TC de abdome
com protocolo de adrenal.

SBEM 15
TEEM 2020
Questão 89 Questão 92
Homem, 35 anos, teve diagnóstico de hipertensão Homem, 67 anos, dá entrada na Emergência após
arterial resistente aos 19 anos. Nega câimbras e acidente automobilístico. TC de abdome revela lesão em
fraqueza muscular. Atualmente em uso de losartana 50 adrenal direita, com 3,2 cm no maior diâmetro e índice
mg 2x/dia, anlodipino 10 mg, hidralazina 50 mg 8/8h, de atenuação 1 UH. Nega sintomas paroxísticos e
hidroclorotiazida 25 mg. Os exames mostraram: K 3,2 fraqueza muscular. Tem hipertensão há 2 anos em uso
mEq/l (VR 3,5 a 5,0), aldosterona 45 ng/dl e renina <1,6 de atenolol 100 mg/dia e anlodipino 10 mg/dia,
mUI/ml. TC de abdômen superior mostrou adrenais diabetes tipo 2 em uso de metformina XR 1500 mg/dia
normais. Em relação à investigação diagnóstica desse e dislipidemia, em uso de sinvastatina 20 mg/dia. Nega
paciente, é CORRETO afirmar: tabagismo ou etilismo. Ao exame fácies atípica,
A) É essencial que as drogas anti-hipertensivas em uso presença de acantose cervical. PA 130x80 mmHg. FC 60
sejam substituídas por hidralazina, verapamil e bpm. IMC 30,4 kg/m². Hemograma normal; glicose 119
prazosina e a investigação laboratorial repetida; mg/dl; HbA1c 6,4 %; sódio 140 mEq/l (VR 136 a 145);
B) O rastreamento foi positivo para hiperaldosteronismo potássio 4,1 mEq/l (VR 3,5 a 5,0); função renal normal.
primário, mas a realização de um teste confirmatório é Cortisol após 1 mg de dexametasona 3,9 mcg/dl. Duas
essencial para o diagnóstico; dosagens de cortisol livre urinário: 100 e 98 mcg/24h
C) Deve-se investigar hiperaldosteronismo supressível (VR 21 a 111). Duas dosagens de ACTH 6,1 e 5,0 pg/ml
por glicocorticoide com teste prolongado com (VR 10 a 45). Aldosterona 12 ng/dl e atividade de renina
dexametasona; plasmática 1,5 ng/ml/min. Metanefrinas urinárias:
D) O cateterismo de veias suprarrenais está indicado e metanefrinas 171 mcg/24h (VR <320); normetanefrinas
deve ser realizado antes de qualquer investigação 199 mcg/24h (VR <390).
adicional. Em relação a esse caso, assinale a alternativa
CORRETA:
A) Caso esse paciente seja submetido à adrenalectomia
Questão 90 direita, não há risco de insuficiência adrenal pós-
Homem, 32 anos, teve diagnóstico de feocromocitoma operatória;
de 10 cm (critério de PASS = 10) à direita há 5 anos. Foi B) Deve ser realizado a dosagem de sulfato de DHEA por
orientado que estava curado e não realizou mais ser a medida mais confiável para o diagnóstico de
seguimento. Há 6 meses, voltou a apresentar crises secreção autônoma de cortisol;
paroxísticas de hipertensão arterial associada a C) Os níveis normais de cortisol livre urinário em duas
sudorese, cefaleia e palpitação. A dosagem de dosagens excluem o diagnóstico de secreção autônoma
metanefrinas fracionadas totais plasmáticas mostrou: de cortisol;
normetanefrinas 5,3 nmol/l (VR <0,9) e metanefrinas D) A adrenalectomia direita pode melhorar os
0,9 nmol/l (VR <0,5). Exames de imagem mostraram componentes da síndrome metabólica desse paciente
massa interaortocaval à esquerda de 3 cm sugestiva de (hipertensão, diabetes e excesso de peso).
paraganglioma e múltiplos nódulos hepáticos suspeitos
de acometimento secundário. Em relação a esse caso, é Questão 93
CORRETO afirmar: Mulher, 34 anos, com hipotireoidismo primário desde os
A) No diagnóstico inicial, o escore de PASS > 4 já é 14 anos, apresenta astenia, hiporexia, tonturas e perda
suficiente para o diagnóstico de feocromocitoma de peso nos últimos 6 meses. Ao exame: hipocorada,
maligno; hidratada. Tireoide impalpável. PA (sentada) 90x70
B) O sítio mais frequente de metástase é ósseo, o que mmHg; PA (em pé): 80x60 mmHg. FC 88 bpm, IMC 19
contribui para que a malignidade nos feocromocitomas kg/m2. Restante do exame físico normal.
e paragangliomas seja subdiagnosticada; Exames: hemograma discreta anemia normocítica e
C) O tratamento de escolha para esse paciente é normocrômica; glicose 71 mg/dl (VR 70 a 99); sódio 136
quimioterapia sistêmica com ciclofosfamida e mEq/l (VR 136 a 145); K 5,2 mEq/l (VR 3,5 a 5,0); ureia,
dacarbazina; creatinina, TSH e T4 livre normais.
D) Cintilografia com MIBG-I131 é o método mais sensível Cortisol matinal sérico em duas ocasiões foram de 2,1 e
para o diagnóstico de metástases, sendo superior ao 1,9 mcg/dl (VR 5 a 25). A dosagem do cortisol 30 e 60
PET-FDG com DOTATATE marcado com Ga68. minutos após 250 mcg de ACTH sintético foi 3,2 e 3,4
mcg/dl, respectivamente. ACTH plasmático 165 pg/ml
(VR 10 a 45). Em relação ao caso, marque a alternativa
Questão 91 CORRETA:
Para se realizar o diagnóstico sindrômico do A) A paciente apresenta insuficiência adrenal isolada e
hiperaldosteronismo primário, é CORRETO afirmar: as mais prováveis etiologias são autoimune, infecciosa
A) Renina plasmática e atividade plasmática de renina e adrenoleucodistrofia devendo realizar exames
são adequadas para calcular razão aldosterona-renina; específicos para avaliar cada uma das causas;
B) A razão aldosterona-renina obedece a um ritmo B) Leucocitose, eosinofilia, hipercalemia e redução dos
circadiano e deve ser colhida no horário da noite; níveis de atividade de renina plasmática e aldosterona
C) Níveis séricos de potássio são utilizados na triagem, são alterações laboratoriais provavelmente encontradas
pelo custo acessível, praticidade e sensibilidade; na investigação deste caso;
D) A US de adrenais é o exame de imagem mais C) O diagnóstico mais provável é resistência aos
adequado para localizar o aldosteronoma. glicocorticoides considerando os elevados níveis de
ACTH. Dessa forma, o DHEA estará normal, por ser um
androgênio ACTH-dependente;
D) Na investigação etiológica, a TC de abdome teria
utilidade, pois se detectar adrenais aumentadas ou
calcificadas sugeriria causa infecciosa, hemorrágica ou
metastática.

SBEM 16
TEEM 2020
Questão 94 Questão 97
Mulher, 27 anos, Gesta 2 Para 0 Aborto 2, com acne, Baseie-se na tabela abaixo de código genético, com os
hirsutismo e oligomenorreia desde a menarca aos 12 códons e seus respectivos aminoácidos:
anos. Em investigação de infertilidade há 2 anos,
apresentou 17OHprogesterona elevada. Teste com
ACTH sintético 250 mcg na fase folicular mostrou:
17OHprogesterona (ng/dl) basal 515; 30 minutos (min)
1573 e 60 min 1891 e cortisol (mcg/dl) basal 6,69; 30
min 12,2; 60 min 18,7.
Genotipagem do CYP21A2 revelou mutação em
homozigose V281L (atividade residual da enzima de
cerca de 50 %). O marido não é da mesma família e
possui espermograma normal. Sobre esse caso, a
recomendação mais adequada é:
A) Iniciar hidrocortisona ou prednisona agora e, se
engravidar, manter durante a gestação com fins de
redução do risco de abortamento;
B) Iniciar dexametasona agora e, se engravidar,
aumentar a dose e manter pelo menos até a Assinale a alternativa que melhor correlaciona os tipos
determinação do sexo fetal; das seguintes mutações:
C) Solicitar a genotipagem da CYP21A2 do marido para Fragmento de gene selvagem (wild type):
decidir sobre o uso de corticoide antes e durante a DNA: 5’ – ATG ACT CAC CGA CGC GCG – 3’
gestação; 3’ – TAC TGA GTG GCT CGC CGC – 5’
D) Solicitar 17OHprogesterona na fase lútea do ciclo mRNA:5’ – AUG ACU CAC CGA GCG CGA – 3’
para decidir sobre o uso de corticoide antes e durante a
gestação. Mutação 1:
DNA: 5’ – ATG ACT CAC TGA CGC GCG – 3’
3’ – TAC TGA GTG ACT CGC CGC – 5’
Questão 95 mRNA:5’ – AUG ACU CAC UGA GCG CGA – 3’
Menina, 3 anos, procura por baixa estatura com
velocidade de crescimento de 2,2 cm no último ano, Mutação 2:
obesidade progressiva e hipertensão arterial. Traz DNA: 5’ – ATG ACT CAC CCG ACG CGC – 3’
investigação com cortisol livre urinário 280 mcg/24h 3’ – TAC TGA GTG GGC TCG CCG – 5’
(VR 25 a 140), ACTH indetectável e TC de adrenais mRNA:5’ – AUG ACU CAC CCG AGC GCG – 3’
demonstrando discutível aumento bilateral das
adrenais com micronodularidade. Qual o diagnóstico A) Mutação 1: mutação missense/ mutação 2: mutação
mais provável? nonsense;
A) Hiperplasia macronodular bilateral de adrenais, se B) Mutação 1: mutação nonsense/ mutação 2: mutação
paciente apresentar lentigo cutâneo e mixoma cardíaco; em frameshift;
B) Hiperplasia nodular primária pigmentada de C) Mutação 1: mutação missense/ mutação 2: mutação
adrenais, mesmo sem aumento significativo na TC; em frameshift;
C) Hiperplasia bilateral de adrenais por mutações de Gs- D) Mutação 1: mutação nonsense/ mutação 2: mutação
alfa, se apresentar hiperandrogenismo associado; missense.
D) Doença de Cushing associada a neoplasia endócrina
múltipla tipo 1, com envolvimento bilateral de adrenais. Questão 98
A Figura abaixo mostra a estrutura de uma importante
glândula do corpo humano:
Questão 96
Setmelanotida é um agonista altamente potente do
receptor de melanocortina tipo 4 (MC4R). Em que
modelo abaixo ele NÃO causará perda significativa de
peso?
A) Humanos com deficiência completa da pró-
opiomelanocortina (POMC);
B) Humanos com mutações heterozigotas do MC4R;
C) Camundongos com knockout do MC4R;
D) Ratos com deficiência do receptor de leptina.

Sobre a estrutura acima, é CORRETO afirmar:


A) Um tumor funcionante das células da camada 1
levaria a virilização em uma mulher;
B) A destruição das células da camada 2 levaria a um
quadro de hiperglicemia;
C) Um tumor funcionante da camada 1 levaria a
hipertensão com hipopotassemia e alcalose metabólica;
D) A destruição das células da camada 3 levaria a um
quadro de hipotensão e hipercalemia.

SBEM 17
TEEM 2020

Questão 99 Questão 100


Na síntese dos hormônios tireoidianos, vários passos Associe o ligante ao tipo do seu receptor:
são importantes, qual das afirmações abaixo está 1.Leptina I.Receptor nuclear tipo 1
CORRETA: 2.Triiodotironina II.Receptor nuclear tipo 2
A) O hormônio tireoestimulante (TSH) regula 3.Glicocorticóide III.Receptor transmembrana
positivamente a transcrição e tradução do 4.Colecistoquinina tirosino-quinase
cotransportador sódio-iodo (NIS) através da via do AMP 5.GLP-1 IV.Receptor acoplado à proteína G
cíclico (c-AMP); 6.Oxintomodulina V.Receptor de citocina tipo 1
B) O iodeto regula positivamente a expressão do gene 7.Insulina
NIS e a síntese proteica, aumentando a atividade
transcricional e diminuindo a depuração da proteína A) 1-III, 2-I, 3-II, 4-IV, 5-IV, 6-V, 7-III;
NIS; B) 1-V, 2-II, 3-I, 4-IV, 5-IV, 6-IV, 7-III;
C) Dentro dos tireócitos, o transporte de iodeto através C) 1-IV, 2-I, 3-II, 4-III, 5-III, 6-V, 7-V;
da membrana apical para o lúmen folicular é mediado D) 1-V, 2-I, 3-II, 4-V, 5-IV, 6-IV, 7-V.
pela pendrina, um transportador encontrado
exclusivamente na tireoide;
D) Após o iodeto cruzar o citosol para o lúmen, ocorre
um processo de organização na membrana apical e no BOA SORTE
espaço coloide dos tireócitos. Esse processo é mediado (Sorte é o encontro do preparo com a oportunidade)
por uma única enzima-chave, a tireoperoxidase (TPO).

SBEM 18

Você também pode gostar