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* 1. INTRODUÇÃO:
I. O que é lógica:
- Distinguir a sentença das proposições (visto que uma oração declarativa pode ser
diferente de outra e ter as mesmas proposições, valorações e significado).
- p. 15/30
- "Em cada argumento uma ou mais premissas e uma conclusão são afirmadas" (COPI,
1978, p. 30)
- Uma declaração condicional (se, então) pode não ser um argumento, vai depender se
a declaração foi afirmativa nas premissas/conclusões ou não.
- "Se bem que todo argumento implique a pretensão de que suas premissas forneçam a
prova da verdade de sua conclusão, somente um argumento dedutivo envolve a
pretensão de que suas premissas fornecem uma prova conclusiva" (COPI, 1978, p. 35)
- "Os arumentos indutivos não são "válidos" nem "inválidos" no sentido em que estes
termos se aplicam aos argumentos dedutivos [correto e incorreto]" (COPI, 1978, p.
35)
V. Verdade e validade:
- "Verdade e falsidade podem ser predicados das proposições, nunca dos argumentos"
(COPI, 1978, p. 38)
- Exercícios de raciocínio
- p. 21/43
uma surda, uma faladora, uma gorda, uma odiadora da sra dumont, uma com deficiência
vitamínica, uma dona da casa.
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detest sra dumont = Não pode ser a banjo, não pode ser a clive
| Possibilidades = pode ser Abrams, Dumont, Ekwall
Clive = Não pode ser a mulher surda, não pode ser a mulher com deficiência
vitamínica, nem a mulher que detesta sra drummond | possibilidades = dona da casa
* CONCLUSÕES:
Sra Fish é a mulher surda = pois ela sentou-se ao lado da mulher gorda, e a mulher
gorda se sentou entre a surda e a que odeia a sra Dumont. Visto que a Sra Fish tem
bom relacionamento com todas elas, ela não pode odiar a Dumont, portanto, é ela que
esta sentada à direita da mulher gorda.
Sra Clive é a dona da casa = pois a mulher surda (sra fish) sentou-se diante dela
Sra Abrams tem deficiência vitamínica = pois visto que a fish está de frente com a
clive e ao lado da mulher gorda, e do outro lado da mulher gorda está a que detesta
a sra. dumont, a abrams estaria cara a cara com a fish ou com a banjo. Visto que
que a que detesta a sra dumont não pode ser a banjo e a fish é surda e está
defronte à clive, sobra a sra abrams.
Senhora Ekwall é a Dumont: sabendo que ela não é a senhora banjo (a qual ela está
de frente) e nem Clive (dona), Abrams (deficiência) e Fish (Surda), sobra apenas
Dumont e Ekwall. Visto que Ekwall não poderia detestar-se a sí mesma e ser
conhecida por isso nessa situação, ela não pode ser Dumont, portanto, só poder
Ekwall.
Senhora Dumont é a gorda: Dumont está de frente com Abrams (deficiência), ao lado
da Fish (surda) e ao lado de Ekwall (detesta sra dumont). Visto que a Ekwall está
de frente com a banjo (portanto, não está ao lado, como está a mulher gorda),
deduz-se que Dumont seja a mulher gorda entre Ekwall e Fish.
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2. USOS DE LINGUAGEM:
- "A linguagem tem uma função expressiva, quando é usada para dar expansão à
sentimentos e emoções, ou para comunicá-los" (COPI, 1978, p. 49)
- "A linguagem serve a uma função diretiva, quando usada com o propósito de causar
ou (ou impedir) uma ação manifesta" (COPI, 1978, p. 50)
- "A diferença entre uma ordem e um pedido é bastante sutil, pois qualquer ordem
pode ser traduzida num pedido se lhe adicionarmos as palavras "por favor", ou
mediante alterações adequadas no tom da voz ou na expressão facil" (COPI, 1978, p.
50)
- "A maioria dos usos ordinários da linguagem é mista" (COPI, 1978, p. 51)
- Verbo atuante = "[...] é aquele que denota uma ação que, em condições adequadas,
é tipicamente desempenhada mediante o uso desse verbo na primeira pessoa" (COPI,
1978, p. 52) - ex: aceitar, aconselhar, desculpar-se, parabenizar, oferecer,
prometer, sugerir etc.
- "É um erro acreditar que tudo que há na forma de uma oração declarativa é
discurso informativo, para ser valorizado se for verdadeiro e recusado se for
falso" (COPI, 1978, p. 52)
- Ex: "Gostei muito de ter vindo a sua festa" = Oração declativa de função
expressiva.
Proposições a serem afirmadas: para ter "vida" e paz não é necessário ser
escravizado; As pessoas encontram o que gostam;
Ações manifestas que pretende provocar: Que deus todo-poderoso não o permita; deve-
se procurar o que quer encontrar;
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- "Para que uma frase formule uma proposição, suas palavras devem possuir um
significado literal ou cognitivo, referindo-se a objetos ou acontecimentos e às
suas propriedades ou relações" (COPI, 1978, p. 60)
- "A mesma palavra ou frase pode ter, simultaneamente, uma significação literal e
um impacto emocional" (COPI, 1978, p. 60)
- Exemplo: vagas que reformulam o nome de um cargo tradicional, como, por exemplo,
trocar "assistente administrativo" por "conselheiro assistente de administração" e
etc.
- "Uma palavra pode sempre adquirir um significado emotivo por associação, mas não
é necessário que essas associações se produzam diretamente com a referência literal
da palavra" (COPI, 1978, p. 61)
Eu sou inteligentíssimo
tu és muito inteligente
ele é uma pessoa não-prática.
Eu sou inigualável
tu és de difícil alcance
ele é um competidor neurótico
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- "A mesma situação pode ser descrita com palavras diferentes que expressem
atitudes bem divergentes" (COPI, 1978, p. 63)
- "A respeito de qualquer assunto, duas pessoas podem concordar nas convicções e
divergir nas atitudes, ou podem concordam tanto em umas como em outras. É possível,
também, que coincidam numa atitude, apesar de discordarem na covicção" (COPI, 1978,
p. 63)
- "[...] o acordo ou desacordo podem relacionar-se não só com os fatos, num caso
determinado, mas também com atitudes diante desses fatos" (COPI, 1978, p. 63)
- "Se o desacordo está nas convicções, pode ser resolvido mediante uma averiguação
dos fatos" (COPI, 1978, p. 64)
- "[...] o desacordo [em atitudes] não é sobre o que os fatos são, mas sobre o modo
como podem ser avaliados" (COPI, 1978, p. 64)
- "[no caso de desacordo em atitudes] Podera-se tentar a persuação [...] A retórica
pode ser de suprema utilidade, quando se trata de unificar a vontade de um grupo,
de realizar a unanimidade de atitudes"
- "Junto aos valores morais existem os valores estéticos, e além dessas duas
importantes categorias, há certamente outros tipos, preferências pessoais que
apenas refletem questões de gosto" (COPI, 1978, p. 65)
- "Quando duas partes em litígio afirmam seu desacordo e expressam seus pontos de
vista divergentes em enunciados que são logicamente coerentes e, talvez, dentro do
texto, verdadeiros, seria um erro dizer que os antagonistas não discordam
"realmente" ou que o seu desacordo é "puramente verbal"." (COPI, 1978, p. 66)
- "Delinear as distinções indicadas não resolve, por si só, o problema, nem elimina
os desacordos, é claro. Mas elucida as condições de análise e revela o tipo e o
lugar do desacordo" (COPI, 1978, p. 67)
- "E se é certo que os problemas têm solução mais fácil, quando são mais bem
compreendidos, então a análise dos diferentes usos da linguagem é de considerável
valor"
- p. 33/67
- "A linguagem emotiva não é má em si mesma, mas, quando o que se preocura é uma
informação, será conveniente escolher palavras cujos significados emotivos não nos
distraiam e não nos impeçam de considerar com êxito o que descrevem" (COPI, 1978,
p. 71)
emotivo:
Neutro:
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3. FALÁCIAS NÃO-FORMAIS:
- "Não há uma classificação universalmente aceita das falácias" (COPI, 1978, p. 73)
- Falácia = designar uma ideia equivocada ou falsa crença, acreditr em algo falso.
I. Falácias de relevância:
- Exemplos:
8. Falácia de acidente: "A falácia de acidente consiste em aplicar uma regra geral
a um caso partiular, cujas circunstâncias "acidentais" tornam a regra aplicável"
(COPI, 1978, p. 82) | "Quando se recorre a uma generalização, ao argumentar sobre
um determinado caso cujas circunstâncias acidentais impedem a aplicação da
proposição geral, diz-se que oargumento cometeu a falácia de acidente" (COPI, 1978,
p. 82)
10. Falácia de Falsa Causa: "Tomar como causa de um efeito algo que não é a sua
causa real | inferência de que um acontecimento é a causa de outro simplesmente
porque o primeiro é anterior ao segundo" (COPI, 1978, p. 82) - conexão causal
falaciosa | "[...] um número incontável de pessoas é "sugestinado" por testumnhos a
respeito de remédios milagrosos, os quais informam que a Sra. X sofria de um forte
resfriado; bebeu três vidros de uma cozedura de erva "secreta" e em duas semanas o
resfriado desapareceu" (COPI, 1978, p. 83)
12. Falácia da Pergunta Complexa: Perguntas que não se podem responder sim ou não,
como por exemplo "Você deixou de bater na sua mulher?" - se a pessoa responder sim
ela confirma que batia na mulher, se a pessoa responder não ela confirma que bate
na mulher. Desse modo, pressupõe-se que já houve uma resposta definitiva a uma
pergunta anterior nunca feita, fazendo com que a pessoa confirme algo sem que esse
algo seja necessariamente verdadeiro. - Não da responder sim ou não. - Divisão da
pergunta complexa "X sim, B não" | "Na forma do seu todo explícita, a falácia da
pergunta complexa ocorre no diálogo: uma pessoa formula uma pergunta complexa. Seu
interlocutor responde, inadvertidamente, com um "sim" ou um "não", e a primeira
pessoa, então, extrai uma inferência falaciosa que poderá parecer apropriada"
(COPI, 1978, p. 86)
- p. 44
- ad hominem circunstancial: Você não pode levar a sério o que fulano fala sobre o
salário dos professores. Como professor, ele é naturalmente favorável a um aumento
dos slários dos professores.
- Conclusão irrelevante: Estou certo de que o embaixador deles será razoável sobre
a questão. Afinal de contas, o homem é um animal racional
- ad baculum (recurso à força): Falas mal dos homens com excessiva desenvoltura,
Sócrates, se bem me conheces, sabes que deve ser cauteloso. Em atenas, é muito mais
fácil fazer mal a um homem do que fazer-lhe bem.
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3. Ênfase: "Não devemos falar mal dos nossos amigos" - pode ser intrepretado como
não se deve falar mal das pessoas se não for colocada ênfase. Mas se a ênfasse for
nos "nossos amigos" e "não", conclui-se que não se deve falar mal APENAS dos nossos
amigos (subentendendo-se que falar mal dos outros está liberado)
- Resumo:
1. Equívoco = argumentação com palavras polisêmicas.
2. Anfibologia = argumentação pouco claro, com várias interpretações.
3. Ênfase = mais atenção a certas palavras do que a outras.
4. Composição/5. Divisão = Coletividade e distribuição,
Composição = toma a distribuição como coletividade;
Divisão = toma a coletividade como distribuição.
"O que é bom para cada indústria, dificilmente pode ser mau para a economia como um
todo" - Falácia da composição, visto que ele toma a distribuição de cada indústria
(qualidade distributiva) como favorável em relação a coletividade econômica
(qualidade coletiva), o que nem sempre é correto, visto que a economia não é apenas
uma coleção de indústrias e cada indústria opera de um modo diferente em relação à
representação do todo econômico.
"As ameaças russas são boas notícias, pois o que não é notícia é boa notícia" -
Falácia de divisão, pois classifica todas as boas notícias como representadas por
parte distributiva das notícias (as notícias da Rússia). Portanto, não ter ameaças
russas é uma boa notícia, mas o que não é notícia não é necessariamente notícia
quando se aplicado ao todo em detrimento da distribuição específica das notícias de
ataque russo.
- Treinar depois...
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- Treinar depois
- p. 50
- ...
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* 4. DEFINIÇÃO ------------------------
- p. 52
- p. 56
- "[...] convém observar que as definições são sempre símbolos, pois somente os
símbolos têm signficados que as definições explicam" (COPI, 1978, p. 112)
- p. 59/119
- Termos gerais e termos de classe aplicáveis.
- "As propriedades possuídas por todos os objetos que cabem na extensão de um termo
recebem o nome de intensão ou conotação desse termo" (COPI, 1978, p. 119)
- qualquer termo com extensão variável tem também uma intensão variável.
- Lei da variação inversa: quanto maior a intensão de um termo, menor sua extensão.
(e vice versa) - Quanto mais propriedades são contempladas, menor é a classe/grupo
onde os objetos são contemplados.
- As extensões podem ser vazias ou nulas quando o objeto não existe na vida real,
como "unicórnios" que possui intensão e nenhuma extensão.
V. Técnicas de definição
- p. 62/123
- p. 63/126
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2. Uma definição não deve ser circular | "É óbvio que se o próprio definiendum
aparece no definiens, a definição só tornará explicito o significado do termo
definido para quem já o conhece" (COPI, 1978, p. 131)
3. Uma definição não deve ser excessivamente ampla nem excessivamente estreita. |
"Definiens não deve denotar mais coisas do que as denotadas pleo definiendum, nem
menos" | "Conta-se que os sucessores de Platão, na Academia de Atenas, dedicaram-se
muito tempo e meditação ao problema de definir a palavra "homem". Finalmente,
decidiram que significada bipede implume. Estavam muito satisfeitos com essa
definição até que Diógenes depenou um frango e o jogou dentro da Academia, por cima
do muro. Era indiscutível que se tratava de um bípede implume, mas também era
inegável que não se tratava de um homem"
4. Uma definição não deve ser expressa em linguagem ambígua, obscura ou figurada |
"Mas, qualquer definição que contenha linguagem figurada, por mais divertida ou
persuasiva que seja, não pode servir par dar uma explicação séria do significado
preciso do termo que se quer definir" (COPI, 1978, p. 133)
5. Uma definição não deve ser negativa quando pode ser afirmativa: definição deve
explicar o que um termo significa, e não o que ele não significa | "Definir a
palavra "divã" como significando uma coisa que não é uma cama e não é uma cadeira é
fracassar lamentavelmente na explicação precisa do significado da palavra, pois
existe uma quantidade infinita de outras coisas que a palavra "divã" não significa"
(COPI, 1978, p. 134)
- p. 67/134
- estudar depois
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1. DEDUÇÃO ----------------------------
* 5: PROPOSIÇÕES CATEGÓRICAS:
- p. 69/139
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